segunda-feira, 28 de outubro de 2019

COM O CAPITALISMO FALINDO, A DESIGUALDADE AMEAÇA AS DEMOCRACIAS

A direita brazuca olha com medo para as eleições na Argentina e no Uruguai e para os protestos no Chile e Equador, e só sabe bradar "Foro de São Paulo". 
Ela continua sem entender que o perigo não é o comunismo, mas o capitalismo. E que a ameaça à democracia vem da direita, não da esquerda, como se vê no Brasil.
Para um panorama mais internacional da situação, reproduzo o artigo que Jamil Chade escreveu para o jornal El País na semana passada. 

Quito, Londres, Barcelona, Beirute, Hong Kong, Santiago e até mesmo Bagdá e Argel. Praticamente nada une essas cidades pelo mundo. Suas populações vivem realidades sociais radicalmente diferentes. São governadas por partidos de ideologias políticas das mais variadas e cada qual conta com uma história única.
Mas algo nas últimas semanas as aproximou de forma surpreendente: a ira de suas populações contra as autoridades.
Em Santiago, foi o preço do transporte que levou os estudantes a bloquear o maior sistema de metrô da América do Sul, obrigando o governo a declarar “estado de emergência”. Em Beirute, uma taxa sobre o Whatsapp transbordou o copo de uma sociedade empobrecida e com 40% de seus jovens sem trabalho.
Em Barcelona, o movimento independentista aglutinou parte dos cidadãos enfurecidos diante do colapso da ilusão de crescimento e do sentimento de traição de um acordo de autonomia cuidadosamente negociado.
Em Londres, no penúltimo sábado, milhares protestaram pela cidade por conta da indefinição sobre o destino do país e do Brexit. Ao tentar sair do prêmio do Parlamento mais tradicional da Europa, deputados tiveram de ser escoltados pela polícia diante da fúria popular.
No Iraque, centenas tomaram as ruas –- e morreram -- para protestar contra a falácia da democracia num país que, quase duas décadas depois de retirar um ditador sanguinário, ainda não conseguiu encontrar seu destino. Em Argel, a queda do governo de Abdelaziz Bouteflika não foi suficiente para acalmar uma população esgotada.
E, em Hong Kong, o que começou como um protesto contra a ingerência chinesa se transformou num ato de força de uma população que não quer perder seus direitos.
Em cada uma delas, o que ficou claro foi a insatisfação popular diante da descrença em relação ao compromissos dos líderes em servir aos cidadãos. Abusados em suas inteligências, sofrendo para pagar suas contas e fartos de uma elite que insiste em não reconhecer a disparidade de renda cada vez maior na sociedade, esses locais foram tomados por um profundo desgosto em relação à autoridade.
Pelas ruas de Quito, Beirute ou Argel, os cartazes assustadoramente se parecem. Palavras como “traidores”, “democracia” e “poder popular” ganham espaço em diferentes línguas, em diferentes formas.
Certamente, alguém virá para alertar: não há como comparar Lenín Moreno a Boris Johnson. Claro que não. Também existirão aqueles que alertarão sobre o risco de esses movimentos estarem sendo manipulados pela oposição ou por grupos que estariam interessados em promover a instabilidade social. Reconheço que esse elemento pode existir.
Mas há uma pergunta básica que precisa ser feita: o que vem levando milhares à ruas? Como explicar a explosão de raiva contra governos eleitos, autoridades estabelecidas ou constituições ratificadas?
Uma das explicações mais plausíveis seria a constatação do fracasso do sistema em atender aqueles aos quais precisa servir.
Num recente informe, o Fórum Econômico Mundial alertou: a crise econômica que eclodiu em 2008 continua a gerar um impacto negativo, minando as bases da sociedade. Não se trata de uma entidade que quer derrubar o capitalismo. Muito pelo contrário. Mas a realidade é que até mesmo os organizadores de Davos, a Meca do sistema financeiro, entenderam que os 10 trilhões de dólares jogados pelos bancos centrais às economias para socorrê-las da crise na última década não funcionaram.
Melhor dizendo: não funcionaram para uma parcela da população, que foi obrigada a viver com menos, trabalhar mais e reajustar até mesmo seus sonhos.
Certamente aberrações como a das contas gregas precisavam passar por uma reforma. Mas quem pagou por elas?
Para sociedades em diferentes partes do mundo, o que se viu foi o estabelecimento de uma década perdida, enquanto a concentração de renda ganhou um novo patamar até hoje inédito.
O exército de desempregados transformou a psicologia de famílias inteiras, levou a um aumento do suicídio, viu a volta de doenças que tinham desaparecido e até reduziu as expectativa de vida em alguns locais.
Uma década depois, os bancos têm seu futuro assegurado. Mas não a renda de milhões de famílias. E, não por acaso, isso tudo se traduziu em um novo comportamento político e social.
No fundo, o capitalismo foi salvo. Mas não necessariamente as sociedades.
Em cada local do mundo, tal crise foi lentamente traduzida de forma diferente nas ruas, nas urnas. Mas um elemento as une: a fúria.
Em seu mais recente livro Rage Becomes Her, a escritora Soraya Chemaly questiona o argumento de que a raiva seja irracional. Para ela, essa ira é, no fundo, o idioma da Justiça. Em sua obra, ela trata de como a desigualdade encarada pelas mulheres começa no nascimento e as acompanha até a morte.
Extrapolando essa avaliação, não seria exatamente esse o sentimento de milhões de marginalizados da sociedade ao entender que seus sonhos serão apenas sonhos? O próprio Fórum de Davos constatou que, hoje, para a camada mais pobre dos brasileiros ou colombianos chegar a ter uma renda média de seus respectivos países, terão de esperar de oito a nove gerações.
Mesmo em alguns locais da Europa, com sua ampla rede social, os mais pobres também terão de esperar quatro ou cinco gerações para serem considerados como classe média. Como não desesperar?
Neste ano, o Electoral Psychology Observatory da London School of Economics (LSE) constatou que metade da sociedade britânica hoje se diz enfurecida contra pessoas que votaram por partidos opostos ao nosso. Um terço dos entrevistados confessa sentir ódio. A mesma pesquisa concluiu que um em cada cinco britânicos poderia considerar a possibilidade de uma revolução.
O contexto de nossos dias também levou o professor da Williams College, George Marcus, a pesquisar uma sociedade com medo e com raiva. E suas conclusões são explícitas: sim, tal situação tem um impacto direto nas escolhas políticas de um país. “Ignorar a raiva e não entender o medo nos deixarão cegos”, alertou.
Quem não está cego é o movimento populista, que já entendeu que pode canalizar toda essa fúria em apoio a seus partidos que governam pelo ódio. Pessoas que instrumentalizam essa ira popular para chegar ao poder, prometendo supostas soluções fáceis.
Basta sair da UE que seremos ricos. Basta fechar nossas fronteiras que estaremos seguros. Basta tirar esse partido do poder que teremos nosso futuro assegurado.
Não é exagero dizer que o mundo dito livre está em uma encruzilhada. Se partidos tradicionais e as elites não ouvirem as ruas e transformarem seus regimes políticos, se não aceitarem que a prioridade é lidar de forma urgente com a desigualdade social, o que está em jogo não é apenas sua permanência no poder. Mas a própria democracia.

22 comentários:

titia disse...

Como dizia o grande Cazuza, eu vejo o futuro repetir o passado. O tempo do capitalismo ESTÁ chegando ao fim, esse regime autodestrutivo está nos seus últimos suspiros, e os privilegiados por ele querem manter-se no topo da pirâmide a todo custo fingindo não ver que está acabando e não terá mais volta. Marx não foi o único que avisou. Foi assim com o feudalismo, o mercantilismo, e todo regime social-econômico que veio antes do capitalismo (que só surgiu no século XV). O capitalismo está chegando ao fim, e nada vai mudar isso. A única tristeza é que quem morre durante esses ciclos de decadência e mudança é sempre o pobre, o idoso, a criança, o povo dito não civilizado, aqueles que menos causam danos mas pagam o pato no lugar dos grandes destruidores, que sentam suas bundas confortavelmente no dinheiro chamando-se de 'primeiro mundo' e 'sociedade civilizada', mas tudo que comem, bebem, vestem e consomem é ensopado do sangue de inocentes.

Anônimo disse...

Lola, você e suas amiguinhas lacradoras acham que venceram, não é?
Realmente, tivemos muitas baixas. Traidores como Joice, Frota, Lobão, Danilo Gentili, Nando Moura... Enfim, todos esses carrapatos que sugaram do Bolsonaro e hoje são "oposição". Mas lembre-se, Lola: antes de destruir os inimigos (você e suas amiguinhas), destruiremos os traidores. Sempre foi assim, sempre será.
Pode ter certeza que 95% dos que votaram no Bolsonaro, ainda estão com ele. Sabem que as coisas que ele prometeu e ainda não cumpriu se deve ao incompetente congresso que temos.
Esses traidores, que apunhalaram Bolsonaro, serão esquecidos com o tempo, mas NÓS, que apoiamos e apoiaremos o PRESIDENTE, nunca se esqueceremos do cara que deu seu sangue e suor pelo Brasil. Nós continuamos apoiando o presidente, não é uma meia dúzia de traíras que mudarão isso.

Anônimo disse...

Lola, essa fake news da FARC foi a pior até o momento
pior até que a mamadeira de piroca

Bandeira do Equador (farc é da Colômbia)
Uniformes limpinhos
Arma de airsoft
Muro de grama atrás.
Portunhol com sotaque carioca,

É de acabar de rir assistir esse vídeo e saber que tem gente que acredita nisso.

Anônimo disse...

Bolsonaro publica vídeo em que o STF é uma hiena
https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1188877520638267393

Anônimo disse...

Não contente com o pai chamando STF, a mídia e até a ONU de "hienas", Eduardo Bolso resolve envergonhar um pouquinho mais a imagem da política brasileira.
https://twitter.com/BolsonaroSP/status/1188889978513907716

Anônimo disse...

Realmente Bozo deu o sangue e o suor pela burguesia do Brasil!!! Um trilhão de reais por década co m a reforma da previdência. mais doido é pobre defender isso!!!!!

Anônimo disse...

E o mais longo movimento de protestos populares que já dura dois meses, o do Haiti, está totalmente invisível no exterior por ser um país muito pobre com um PIB menor que o de uma capital brasileira. E tem também Honduras cujo presidente violou a proibição constitucional de reeleição e que só venceu por causa de fraude eleitoral.

Anônimo disse...

A propósito, Cazuza era um filhinho de papai que sempre teve tudo de mão beijada e queria brincar de rebeldinho de condominio.

Anônimo disse...

Tenho medo pelo futuro dos meus filhos, dos meus netos , medo pelo meu futuro, em ver que o que acontece no Chile tem grandes chances de acontecer no futuro do Brasil, 2022 precisamos reverter essa situação urgentemente
Agora olha, Lola
Eu sei que é errado rir da miséria dos outros, mas não tem como não esboçar um sorriso vendo o vídeo do Nando Moura sobre o Olavo, a tristeza e decepção no olhar dele por o Olavo ter o "traído".
A direita está guerreando contra a própria direita, vão acabar se auto destruindo. Essa é uma esperança.

Anônimo disse...

2019 tem sido um ano conturbado para a América Latina. Na Venezuela, a Assembleia Nacional dissolvida por Maduro elevou Juan Guaidó ao posto de presidente da própria instituição e trava uma luta política que já dura quase um ano contra o governo bolivariano. No Equador, Rafael Leão, presidente do país entre 2005 e 2018, é acusado de comandar levantes contra o atual presidente Lenín Moreno. No Chile, a população se rebelou contra os aumentos na passagem de metrô e na tarifa de eletricidade. Isso sem falar de Bolívia e Perú...

O fato é que no Brasil, infelizmente, a “primavera latina” repercute da pior maneira possível. Acho que nada me incomoda mais que o exaltado apoio da esquerda aos protestos no Chile, ao mesmo tempo que o espectro trabalhista\marxista do país faz um silêncio incrível sobre o que acontece, por exemplo, na Venezuela, país com uma densa lista de presos políticos e mortos em manifestações contra o governo.

Os problemas da Venezuela vão muito além da esfera política e castigam duramente a população mais pobre. A Fundação Bangoa, ONG que elaborou estudos sobre a alimentação na Venezuela entre 2016 e 2017, mostra que a perda de peso média acumulada nestes dois anos foi de 19,4kg. Ontem o FMI publicou um artigo que indica que a crise Venezuelana estava longe do ápice em 2017, o artigo diz que o PIB venezuelano pode encolher mais de 20% em 2019.

Do outro lado, o Chile, país campeão em indicadores sociais e econômicos na América do Sul. Maior longevidade, maior renda média, além do ótimo desempenho no acesso ao ensino superior e nos anos de estudo. O fato é que hoje, o Chile é um país quase tão rico quanto Portugal, enquanto a Venezuela caminha para se tornar o país mais pobre do continente.

Nenhum Estado está acima de críticas, mas isso não significa dizer que toda crítica seja legítima ou verdadeira. Definitivamente não é nosso papel dizer se os chilenos têm legitimidade ou não para protestarem contra o aumento nas tarifas. Esse é um debate deles.

O problema, pra nós, é como o nosso espectro progressista tem lidado com a crise política da América Latina.

Não precisa ser grande analista político pra concluir que o alinhamento da esquerda brasileira não é com a agenda que, de fato, melhore a qualidade de vida dos mais pobres como diz o discurso. O alinhamento das esquerdas é com a ideologia do governo e o modelo das instituições existentes no país em questão.

Se o ensino superior é pago no Chile, também é na China. Se o regime de aposentadorias no Chile é duro, pois ainda assim o país andino ainda gasta mais que a China com seguridade. Na agenda social, o Chile protege mais as frações mais pobres da sociedade que a China. Mas no fim das contas, a China serve de modelo e o Chile de escárnio. Por quê? Muito provavelmente o que está em jogo são as instituições, enquanto os asiáticos ergueram o país a partir da tradição marxista, os chilenos o fizeram a partir da tradição liberal e Maduro tenta aprofundar o marxismo, na Venezuela.

O apoio a Maduro contra Guaidó na Venezuela é só mais uma evidência de que a esquerda brasileira parou na guerra fria.

Anônimo disse...

China e Chile são evidentes casos de sucesso econômico entre países emergentes. O Chile, aliás, já é considerado país rico por algumas organizações internacionais. A China segue dando passos largos para se tornar país rico também.

A única ironia em toda essa onda de protestos no Chile é que as críticas ao modelo chileno, por este país não possuir uma teia de proteção social tão sólida quanto alguns de seus vizinhos, partem das mesmas pessoas que exaltam o modelo chinês por este ter supostamente "mais preocupação com as demandas das classes trabalhadoras".

O que o velho jargão atribuído a literalmente qualquer país governado por socialistas tem de velho, ele também tem de inconsistente. Apenas o governo central chileno gasta mais com educação e saúde que o conjunto de todas as esferas federativas na China.

Apesar disso, a carapuça de "neoliberal anti povo" só cabe ao primeiro. O país asiático pode gastar quanto quiser com welfare state, pois na cabeça do militante médio o que determina a sensibilidade social do governo é a sigla do partido que lidera o país, e não a fatia da renda nacional que o Estado de fato compromete com os serviços públicos.

Anônimo disse...

10 indícios de que bolsonarismo é nazismo com outro nome:
1. Em 1978, o pai do Ministro das Relações Exteriores do Brasil Ernesto Araújo dificultou a extradição de um nazista responsabilizado por 250 mil mortes entre 1942 e 1943. Gustav Wagner, conhecido como "a Besta de Sobibor".
2. Hitler também era manipulado por um astrólogo: Karl Ernst Krafft
3. O slogan "Olavo Tem Razão" é uma adaptação do "Mussolini ha sempre raggione"
4. Já o "Brasil acima de tudo" é uma adaptação do "Deutschland über alles", slogan da Alemanha Nazista.
5. O primeiro ato de Jair Bolsonaro ao saber de sua vitória nas urnas (em vídeo de comemoração em sua casa, facilmente encontrado no YouTube), foi levantar o braço para fazer a saudação nazista, ato que foi contido desesperadamente por Magno Malta, que estava ao seu lado.
6. Os filhos de Bolsonaro, assim como Geli Raubal (a sobrinha-amante de Hitler) parecem ter suas vidas dentro de uma gaiola dourada, onde podem tudo – desde que não ultrapassem os limites da gaiola.
7. Primeiro ato de Adolf Hitler e Jair Bolsonaro ao assumirem o posto de líder de suas nações: aprovaram medidas que enfraqueceram os sindicatos.
8. Bolsonaro sobre minorias: “Vamos fazer o Brasil para as maiorias; as minorias têm que se curvar às maiorias. As leis devem existir para defender as maiorias; as minorias se adequam ou simplesmente desaparecem…”
Hitler sobre minorias: “O que a maioria quer é a vitória dos mais fortes e o aniquilamento ou a captação incondicional dos mais fracos.”
9. O único partido a se coligar com o PSL foi o PRTB, representante político da
Frente Integralista Brasileira, que por sua vez é representante do Nazismo no Brasil.
10. David Duke, ex-líder da Ku Klux Klan, sobre Bolsonaro: 'Ele soa como nós'.

Anônimo disse...

titia o que estou tentando ressaltar é que o capitalismo oferece à pessoa comum (você e eu) a melhor oportunidade de seguir nosso próprio caminho, seguir nossos próprios sonhos e ser recompensado de acordo com nossos esforços individuais para fazê-lo. É por isso que a sociedade ocidental ultrapassou o resto do mundo em inovação até este ponto, e por que fomos capazes de chegar tão longe, enquanto outros estagnam por séculos.

Anônimo disse...

titia uma sociedade verdadeiramente capitalista se esforçaria para oferecer condições equitativas para que seus cidadãos pudessem competir livremente. Protegeria nossa capacidade de inovar e assumir riscos em novos empreendimentos. Não procurar limitar ou diminuir nosso potencial de sucesso. É aqui que os reguladores procuram encontrar equilíbrio.

Anônimo disse...

titia você prefere que um ditador diga o que fazer? Um monarca? Um tirano? Um governo fora de controle? Espere, já podemos ter esse...

Mas seriamente. Diga-me quando os outros sistemas já funcionaram? Estou esperando…

Quando uma nação desistiu de sua liberdade individual e acabou melhor por causa disso?

Na verdade, eu poderia argumentar que estamos nos afastando das idéias do capitalismo de mercado livre e da concorrência justa, e nos movendo em direção a um sistema sistematicamente distorcido de igualdade social apenas no nome. Em vez de trabalhar para proteger a igualdade de oportunidades e uma chance justa de buscar a felicidade, estamos trabalhando para garantir resultados iguais no papel, em detrimento da liberdade para todos na prática.

Além disso, vimos várias vezes que o caminho para o socialismo, o comunismo ou qualquer outro modelo econômico que não seja o capitalismo leva inevitavelmente à opressão em massa, um estado policial de estilo militar e controle total das pessoas e idéias que possam caso contrário, alimentar uma sociedade livre.

Anônimo disse...

Não estou xingando ninguém mas a Lola não está aprovando meus comentários, por a caso não consegue ver pontos de vista diferentes? Não consegue sair da bolha ideológica e ver que nem tudo é preto no branco?

Jane Doe disse...

Ótimas observações.
Vejam, eu tenho inúmeras reservas sobre o capitalismo também. Eu e meu marido constantemente conversamos sobre o tema. Ele é a favor que o mercado seja como um bicho selvagem na natureza. Eu não tenho 100% de certeza sobre isso, principalmente no que diz respeito aos direitos dos trabalhadores. Eu penso que sem absolutamente nenhuma norma, o trabalhador humano se tornará obsoleto. Ninguém consegue fisicamente e mentalmente suportar jornadas exaustivas por anos e anos a fio ganhando uma quantia que mal paga a sobrevivência. Pessoalmente eu acredito que se nesse quesito, se não houver alguma regulamentação, nós voltaríamos aos tempos em que pessoas trabalhavam 16-18 horas por dia até caírem doente (ou mortas) e simplesmente seria jogados para fora e colocariam outro peão no lugar.
Isso sem entrar no mérito do impacto ambiental, consumo abusivo etc. etc.
Por outro lado temos o "mundo dos unicórnios" vendido pelos esquerdistas e comunistas que o Estado é uma instituição meio que semelhante ao Deus da igreja católica - é só rezar bastante que Deus (neste cado o Estado) proverá. Não precisa fazer mais nada. Nem trabalhar, nem se esforçar, ou produzir ou assumir qualquer responsabilidade sobre seus atos... viva la vida louca que o Estado proverá... e quem não concorda - bom, nada que uma bala na nuca não resolva.
Aqui entra a parte mais ridícula dos esquerdistas atuais - fazem chacota dos terraplanistas e conspiracionistas da vacina mas acreditam em geração espontânea e não compreendem os fundamentos da matemática mais básica da soma e subtração. Acreditam com a inocência (estupidez? má fé? burrice pura e simples?) de uma criança que acredita em papai noel que igualdade social e liberdade das mazelas se atingem com o povo com uma coleira apertada no pescoço e lambendo migalhas das mãos do governo.

Os radicais de extrema direita vem crescendo no mundo todo de maneira exponencial. É super preocupante! As coisas estão caminhando para um lado bem obscuro... e um dos motivos de isso estar acontecendo é que a esquerda FALHOU MISERAVELMENTE e se recusa a tirar a cabeça de dentro do rabo do cadáver do Marx/Fidel ou de dentro do traseiro do Lula.
E de boa - a maioria das "soluções" apresentadas pelos esquerdo-comunistas ou só empurra o problema lá pra frente e a nova geração que se f**a limpando a merda ou só faz as coisas ainda pior...

A verdade é que ninguém quer de fato amenizar os problemas sociais, ou da aposentadoria, ou dos trabalhadores, das mulheres, dos negros, etc. Não a importa por que lado você comece, a solução sempre vai esbarrar na ideologia cega/surda/muda/retardada de alguém.
E o resultado dessa pirraça e da cegueira seletiva ta aí...

titia disse...

"titia o que estou tentando ressaltar é que o capitalismo oferece à pessoa comum (você e eu) a melhor oportunidade de seguir nosso próprio caminho"

Mentira. Não existe "seguir seu próprio caminho" quando suas opções são aceitar o primeiro emprego que aparecer e toda a exploração que vem junto ou morrer de fome. E, aliás, que 'sonhos' são esses que você diz ter? Ter um carro de luxo? Uma mansão? Viajar de primeira classe para a Europa? Comprar todo iPhone novo que sair? São sonhos seus mesmo ou são necessidades forjadas através da mídia por um sistema que precisa que as massas consumam pra se manter? Aliás, aproveite e pense nisso; quantos 'sonhos' seus não envolvem dar uma montanha de dinheiro para alguém?

"titia uma sociedade verdadeiramente capitalista se esforçaria para oferecer condições equitativas para que seus cidadãos pudessem competir livremente"

Errado. Eis aqui a definição de capitalismo: "O capitalismo é um sistema econômico que está baseado na propriedade privada dos meios de produção e tem como principais objetivos o lucro e a acumulação de riquezas. No sistema capitalista, os meios de produção e de distribuição são de propriedade dos capitalistas, que empregam os trabalhadores, também chamados de proletariados. Os proletários ganham um salário em troca do trabalho desempenhado."

Capitalismo é um sistema econômico baseado na propriedade privada dos meios de produção e sua operação com fins lucrativos. Ou seja, o capitalismo serve para enriquecer a minoria da minoria da população mundial em detrimento de todo o resto. Como os capitalistas enriqueceriam com competição livre? Como o 1% encheria o rabo de grana se todo mundo pudesse produzir e distribuir? Como monopolizar o mercado se o Zé das Couves tiver plena liberdade e recursos pra oferecer o mesmo produto/ serviço que você por um preço menor? Como haveriam milionários e bilionários se a renda fosse distribuída de forma justa, uma vez que dinheiro não nasce do nada e pra que um tenha mais é preciso que outro tenha menos? Acorda pra vida, Poliana. Um dia você não vai mais ganhar mesada e seus fóruns de ancaps não vão te servir de nada.

titia disse...

Para outros iludidos que compraram a fanfic corporativista que o capitalismo salva, olha só:

https://socientifica.com.br/2018/03/26/as-familias-mais-ricas-de-florenca-em-1427-ainda-sao-as-familias-mais-ricas-de-florenca/

Livre concorrência? Com certeza, abiguinho, tem sim:

https://cartacampinas.com.br/2015/01/brasil-dos-oligopolios-10-empresas-dominam-70-das-vendas-dos-supermercados/

https://vitaminapublicitaria.com.br/mapa-monoplio-das-marcas/

https://www.sunoresearch.com.br/artigos/competicao-monopolista/

Coisa mais triste que ser burro é ser burro quando se tem a informação a literalmente um clique no Google de distância.

titia disse...

"Além disso, vimos várias vezes que o caminho para o socialismo, o comunismo ou qualquer outro modelo econômico que não seja o capitalismo leva inevitavelmente à opressão em massa, um estado policial de estilo militar e controle total das pessoas e idéias que possam caso contrário, alimentar uma sociedade livre"

Aham, claro que o capitalismo quer uma sociedade livre. Só ver as ditaduras que patrocinaram na América do Sul, o embargo de décadas contra Cuba, o combate à pirataria e ao streaming (porque direitos autorais não existem só pra encher o rabo das gravadoras de dinheiro não, abiguinho, é verdade esse bilete) e como não existem cartéis nem monopólios. Ah, e como músicas, filmes, livros e todo tipo de produção que falam contra o sistema capitalista e seus plutocratas tem todo o espaço e liberdade na mídia.

Como eu disse antes, mais triste que ser ignorante é ser ignorante porque quer.

É por isso que eu defendo o meteoro.

titia disse...

"Apenas o governo central chileno gasta mais com educação e saúde que o conjunto de todas as esferas federativas na China."

Fonte: Instituto DataBunda - Estatísticas Confiáveis Extraídas do Reto.

Anônimo disse...

Pode-se dizer quase o mesmo desse texto sobre a Social-democracia.