Hoje e amanhã (dias 2 e 3 de outubro) tem paralisação de 48 horas com atividades descentralizadas em todos os campi. Amanhã haverá atos em todo o país, em mais uma grande greve da educação.
De acordo com a UNE e UBES, as principais organizações da greve, as pautas para a greve são contra o Future-se, os cortes de recursos, a militarização das escolas, os interventores colocados por Bolso, e a retirada de direitos dos trabalhadores.
A UFSC foi a primeira universidade do Brasil a entrar em greve contra o corte de verbas do desgoverno federal. Leiam o manifesto e vejam um excelente vídeo produzido por estudantes do Centro de Ciências Agrárias da UFSC pra constatar qual é a balbúrdia que as universidades promovem.
O inconsequente governo do Brasil está ameaçando o futuro e a dignidade da humanidade, desmontando a ciência e a educação do país, e isto pode gerar desastrosos impactos em médio e longo prazo, entre eles, o agravamento da crise ambiental global.
O processo de mudança climática tem se intensificado nas últimas décadas e pode afetar negativamente toda a população mundial, especialmente pelos impactos na agricultura (diminuindo a produção de alimentos) e pelo aumento do nível do mar devido ao derretimento das calotas polares (deixando em situação vulnerável toda população que vive nas zonas costeiras -- 70% da população brasileira).
A população brasileira tem plena capacidade de gerenciar seus recursos naturais. Para isto é imprescindível o investimento público em pesquisa e desenvolvimento para geração e adaptação de tecnologias que aliem conservação ambiental e desenvolvimento econômico e social. Esse conhecimento, somado ao investimento em capital humano, é essencial para embasar políticas públicas e programas de governo inovadores que promovam o bem estar social e ambiental.
Nós, cientistas brasileiros, estamos nos unindo para mostrar o que está acontecendo aqui ao mundo! Esperamos que articulados com os diferentes setores sociais possamos influenciar as tomadas de decisão do governo para que o mesmo valorize a ciência e recue frente aos cortes já realizados. Exigimos que o governo redesenhe sua política educacional e científica, que no nosso modo de ver está muito mal formulada, e é irresponsável, indo na direção contrária da que se espera de uma boa governança dos bens comuns.
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