Felizmente, Marcelo sobreviveu ao ataque e está fora de perigo
Um típico caso de homofobia chocou boa parte do país esta semana. Aconteceu no domingo, em Camaçari, Bahia. Marcelo Macedo, 33 anos, estava paquerando seu companheiro num bar à noite. Eles se beijaram, um selinho. Três homens foram até sua mesa intimidá-los. Um perguntou: "Você não têm vergonha?"
Segundo testemunhas, Marcelo respondeu que não estava fazendo nada de errado e que tinha o direito de estar ali. Então os três covardes passaram a agredir o casal com socos e chutes. Um dos homofóbicos sacou a arma e atirou em Marcelo duas vezes, pelas costas. O companheiro de Marcelo conseguiu fugir e foi acolhido na casa de uma senhora. Ainda caído no chão do bar, Marcelo foi atingido por mais duas balas. Quatro tiros no total.
Milagrosamente, Marcelo sobreviveu. E segue internado em hospital.
Marcelo Macedo. Força, Tiello! |
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), condenou o ataque e garantiu que o caso seria investigado como prioridade: "Esse episódio compõe esse tecido que se construiu no Brasil nos últimos anos, de pregar ódio e intolerância nas pessoas. [...] Esse não é o Brasil que nós merecemos".
Marcelo Cerqueira, presidente do Grupo Gay da Bahia, declarou:
"Espaço público é espaço de todo mundo, e um beijo não é crime. Isso não deve incomodar porque não é proibido, nem para gays nem para héteros. Um beijo não é motivo para indignação a ponto de alguém fazer isso com outra pessoa. O que permitiu essa violência foi a má índole dos agressores e a vulnerabilidade social em que a comunidade vive, com essa sensação de impunidade para crimes desse tipo".
Seis meses atrás, também em Camaçari, o servidor público e ativista LGBT Alex Matos Fraga foi barbaramente assassinado. Seu corpo foi encontrado num matagal com marcas de tiro, estrangulamento e pauladas na cabeça. Até hoje o caso não foi resolvido.
No caso ocorrido no último domingo, as imagens de segurança do bar possibilitaram identificar os criminosos, que se apresentaram à delegacia e foram liberados. O que atirou é policial. A delegada responsável afirmou que eles podem pegar até trinta anos de prisão pela tentativa de homicídio, com a homofobia como agravante.
Hoje Marcelo, conhecido como Tiello, postou uma foto e um texto no seu Instagram. "Dormi e acordei em uma cama de hospital, e só sabia chorar, achei que tivesse morrido e desfrutava do paraíso. [...] Temo pelos meus familiares. Estamos assustados em saber que quem atentou contra a minha vida está solto por aí, sua cara não está estampada em todos os jornais estando tão vulnerável como eu me encontro agora. [...] Me chamar de 'viado' ñ é ofensa. Tomar 4 tiros sim".
Um outro caso de homofobia que veio à tona hoje ocorreu no dia 6 de outubro, no Distrito Federal. O jovem Felipe foi esfaqueado 22 vezes por 16 homens por ser homossexual. Ele estava indo embora de uma festa beneficente organizada por ele. Só sobreviveu porque um casal de amigas dele estava próximo, e uma delas correu e o abraçou para que parassem de esfaqueá-lo.
Esses homens de bem não veem nada de mais em tentar matar um homossexual. O problema, pra eles, não é o ódio. É o amor.
9 comentários:
Dolores, sua puta, é o seguinte: estou te dando 48 horas pra deletar essa merda de blog e apagar seu perfil no Twitter. Caso contrário, o assassinato de sua reputação começará. Lançaremos dossiês e mais dossiês sobre você e sobre seu papel no jogo político. Mostraremos quem você é realmente, sem apelar para mentiras, e faremos com que todos conheçam quem de fato é Dolores Aronovich.
É um ultimato: ou desiste desse joguinho de gato e rato ou terá todos seus mais sórdidos segredos revelados.
a) Sinceramente se eu pudesse eu iria embora do Brasil vivemos dias sombrios
Lola querida! Um sujeito que te ameaça anonimamente, não tem uma coisa chamada "culháo". Se tivesse, estaria com nome e sobrenome! Hoje o que nos causa medo são as pessoas "de bem", então, temos que nos cuidar desses ataques que vem por trás, de gente covarde. Como ele não conseguiu sair do armário e VIVER, sabota a felicidade alheia ameaçando, machucando, atirando, como vc bem sabe, como forma de amenizar sua frustração. Força querida!!! Muita gente está com você!!!
Depois são as mulheres que ficam "histéricas" por "falta de rola" (o que significa na linguagem dos mascus"falta de sexo").
Olha o estado do anônimo do primeiro comentário. Nem o sexo solitário resolve mais a histeria desses dementes.
Eu fico com medo também. Sou um cara gay que acompanha seu blog há tempos. Temos que nos apoiar, nos ajudar, fazer valer a justiça.
Não precisa nem dizer que os autores desse crime mais que provavelmente são um bando de enrustidos rancorosos, furiosos porque não são homens o suficiente pra se assumir e serem felizes e nem são maduros o suficiente para arcar com as consequências das próprias escolhas de vida e deixar os outros viverem em paz. Merecem a morte e faço votos sinceros de que recebam em dobro todo o mal e violência que cometeram contra suas vítimas. Assassino homofóbico merece todas as desgraças desse mundo.
De novo? Hahaah
Cão que ladra não morde..
Afinal os gays em geral são felizes ou infelizes? Seu comentário como quese sempre soou contraditório.
Os não assumidos, como alguns mascus, são bem infelizes mesmo. Diria que qualquer gay enrustido não é feliz, pois não vive coisas muito importantes: a própria sexualidade e a afetividade (ou o faz escondido).
Não há nenhuma contradição no que ela escreveu aí.
Postar um comentário