terça-feira, 29 de novembro de 2011

HOMEXPLICANISMO, MERECIMENTO, E PEDESTAIS DESMORONANDO

Esse conceito de Mansplaining é bastante novo pra mim, embora seja uma expressão que tem se popularizado em inglês. Como ainda não vi versão em português, vou traduzi-lo como Homexplicanismo. Um excelente post de uma feminista chamada Sady num blog americano conta tudo (minha tradução): “Homexplicanismo não é apenas o ato de um macho se explicar; muitos homens conseguem explicar coisas todos os dias sem serem minimamente ofensivos a suas interlocutoras. Homexplicanismo é quando um cara explica a você, mulher, como fazer algo que você já sabe fazer, ou como você está errada a respeito de algo que você de fato está certa, ou apresentar 'fatos' variados e incorretos sobre algo que você conhece muito melhor que ele. Pontos extras se ele te explicar como você está errada sobre algo ser sexista!”
(Num outro blog, a autora dá uma dica ao homexplicador: “Ignore tudo que todas digam [na caixa de comentários], e aí acuse todo mundo de ser sexista com você! Prossiga com uma explicação intensa. As muié são lerdinhas, mas elas um dia vão te entender! Porque você é um HOMEM! E você está EXPLICANDO!” )
Continua Sady: “Há muitas variedades de homexplicanismo. Mas talvez nenhuma seja tão ridícula e ofensiva como esta: o Homexplicador Pseudo-Feminista. É uma forma particularmente ilógica que acontece em todo lugar, principalmente quando mulheres feministas entram em contato com caras liberais [de esquerda; progressistas]. Não é só um carinha à toa dizendo 'Isso não é sexista', como eles dizem toda vez que uma mulher pronuncia a palavra 'sexismo' em relação a qualquer coisa. É um cara se apropriando do feminismo para poder silenciar mulheres que identificam algo como sexista.”
A autora diz que, em epidemias de homexplicanismo, rapidamente a caixa de comentários de um blog feminista é inundada por homens raivosos que recorrem à palavra “vadia” e demais ofensas que toda feminista (eu diria toda mulher) conhece. Ela afirma que é por isso que a maioria dos blogs feministas modera cuidadosamente a seção de comentários, “para que pessoas que tenham vontade de discutir sexismo sem experimentá-lo possam falar sobre isso sem serem soterradas ou assustadas por toda a Ira Masculina”. Ela tem razão. Mas geralmente o troll se revolta por ser deletado e chora suas pitangas reclamando que, se ele não pode criticar o feminismo, qual o motivo de ler feministas, ou de tentar entender feministas? (Esses trolls têm uma lógica engraçada, vamos concordar).
E aqui a blogueira responde à pergunta e desenha o ponto que incomoda tantos homens (e muitas mulheres que acham que o amor conquista tudo e que devemos ser boazinhas e compreensivas com os homens, para que assim eles gostem da gente): “Se você ouvir mulheres e feministas, você poderá começar a entender alguns pontos básicos, tais como: as mulheres não têm que automaticamente te aceitar como um expert, principalmente quando o assunto em discussão (sexismo!) é algo que você nunca experimentou em primeira mão. As mulheres não têm que te fazer sentir 'confortável' ou 'bem-vindo' em toda conversa. As mulheres não têm que automaticamente permitir um espaço pra você nas discussões delas, nos blogs delas, ou na vida delas. As mulheres não têm que permitir que você entre nos movimentos políticos delas, nos espaços delas, no corpo delas, ou em qualquer outra coisa que pertença a elas; você, como homem, não é merecedor de atenção, admiração, afeição, respeito, ou companhia das mulheres, só porque você quer. E se uma mulher disser 'não', você deve respeitar que aquela mulher disse não, e você deve parar.”
E Sady compara com perfeição o comportamento dos trolls machos na internet com o que acontece na rua quando um homem chega pra uma mulher e ela não está interessada. Primeiro a blogueira aponta que nós nunca dizemos não. Geralmente damos uma desculpa, como “Não, eu tenho um namorado”. O cara nos ignora e continua falando. E quando dizemos “não” com firmeza, “O cara simplesmente passa a gritar. Ele diz que você não é nem tão gostosa. Ele diz que você é uma vadia (Minha favorita é 'Sua vadia, eu tenho um Rolls Royce'). Às vezes ele te segue pela rua, gritando com você; às vezes, ele te segue com o carro. Esses caras sempre têm tanta certeza que eles merecem seu tempo e sua atenção que eles vão te incomodar até que você dê isso a eles, ou que você tenha medo e se arrependa por não ter dedicado esse tempo e atenção a eles”.
E a blogueira não para aí: “É assim que as mulheres são condicionadas a viver numa cultura sexista e de estupro. Assim como a maioria das mulheres, vivo numa sociedade em que violência, assédio e coisas assustadoras podem acontecer a qualquer momento, só porque eu disse 'não' pra um babaca qualquer sem ser boazinha. Fazer isso é tão perigoso que a maior parte das mulheres não se atreve; depois de alguns incidentes tenebrosos, elas aprendem a inventar desculpas, a sorrir, a ser doces e receptivas, a agir como se todo babaca na rua fosse um novo amigo precioso com quem elas adorariam conversar durante horas, se um destino cruel não tivesse atrapalhado. É assim que é ser uma mulher: ser legal com todo babaca, porque esse babaca qualquer pode ser aquele que vai te machucar. E, se ele te machucar de qualquer jeito, dirão que você lhe deu falsas esperanças”.
Bom, eu acho brilhante tudo isso que ela diz, se bem que nesta última parte ela exagera um tiquinho: “Tudo -– homexplicanismo, assédio sexual, cultura do estupro, e tudo o mais que não gostamos sobre como homens tratam as mulheres, da violação menor à mais violenta, tudo nasce da ideia que as mulheres devem ser ignoradas ou punidas quando dizemos 'não'”.
Pois é, não sei se é tudo, mas esse é o conceito do entitlement, do merecimento que grande parte dos homens sente em relação às mulheres. É preciso combater esse conceito de merecimento. Porque desculpe estragar sua festa, mas você não merece nada só por ser homem. Você pode merecer alguma coisa por ser um cara bacana. Isso quando e se a mulher quiser, lógico. Aceite essa ideia tão radical.

181 comentários:

Vinicius disse...

Acho que o pior está no tom de "calma, calma, pessoal. Cheguei pra salvar o assunto, relaxa, agora vou mandar a real."

Mas, ao mesmo tempo, nestes trechos, vejo uma defesa de feminicismo. Algo como "Se falar que algo não é sexista, vc é Mansplainner" - O que foge da objetividade que o feminismo sempre teve.

Óbvio que dá pra relacionar com trolls e não ficar em dúvida. Ok. Mas e o restante?

Angélica disse...

Lola!
Nossa, excelente texto!
Pena que, pelo que acompanho nessa vida, aquele que deve ler essas verdades está cego de merecimento e não será tocado.
Como tratar dessa questão para que eles entendam? como?

Abraços!

Isabela disse...

Acho que o pior da postura do "homexplicanismo" é a de querer explicar às mulheres que não vivemos numa sociedade machista, nem sexista, nem repleta de questões de gênero pq "eu não sou machista" ou "eu não vejo isso". É claro que no mais das vezes o dominante não vê o que se passa com o dominado, assim como o homem em geral não enxerga o machismo pq, pasme, não é vítima dele, por não ser mulher.

E ele, do alto da sua superioridade, vem te explicar como vc é uma neurótica persecutória ao ser feminista pq afinal de contas, ele tem certeza, e poderá te explicar, que vc está errada, e não conhece nem entende nem reflete sobre nada acerca do meio onde vive.

Anônimo disse...

Excelente texto, mesmo!


Pena que, pelo que acompanho nessa vida, aquele que deve ler essas verdades está cego de merecimento e não será tocado.
Como tratar dessa questão para que eles entendam? como? (2)

Asterias

Death disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
aiaiai disse...

ótimo texto. É a cegueira de quem tem certeza que está certo e não consegue se colocar no lugar do outro para ter uma outra perspectiva do assunto. E ainda tenta explicar como o outro está errado.

Só para tentar desenhar, vou fazer analogia usando assunto totalmente diverso, a partir de uma comentarista q outro dia usou essa nobre caixa de comentários para dizer algo como:

"no brasil as mulheres não sofrem tanto o problema da dupla jornada porque existem as empregadas".

a comentarista tá tão cega na sua posição de "patroa" q não consegue enxergar q a empregada também é mulher. E mais: não vê que tem muito mais mulher no brasil na condição da empregada dela: empregadas + outras profissionais q não ganham o suficiente para ter empregadas. Ou seja, a grande maioria das mulheres brasileiras sofre o problema da dupla jornada, mas ela (a comentarista), como não sofre,pq é da classe dominante, não consegue ver isso. E ainda "explica" q o problema existe mesmo é nos EUA ...

Renato Mattar disse...

Acabo de ler, via sugestão de um amigo, um texto de um dissidente soviético, ex-candidato à presidência russa em 2008, Vladmir Bukovsky. O texto tem o título de "Será o politicamente correto pior que o leninismo?". Até aí tudo bem, o problema é o que ele fala sobre os movimentos feministas.
Se tiver tempo e vontade de ler, fica a dica (e olha que esse cara faz parte de grupos de direitos humanos e o escambau).

eis o link:

http://www.ivorydome.us/2011/03/can-political-correctness-be-worse-than-leninism/

Vinicius disse...

m4v3r1ckk

Cuidado com julgamento precipitado...

Rafael disse...

Mudando um pouco de assunto, sabe o que isso me lembra? Branquexplicanismo.

Sempre, sempre, sempre, seeeempre que alguém em algum lugar faz um post falando sobre racismo, aparecem os brancos oprimidos pra "branquexplicar" e botar os pingos nos Is.

"Ai, que exagero dos negros. Outro dia um favelado me chamou de 'branquelo', acredita?! Absurdo! Eu sou vítima de racismo também e nem por isso fico reclamando!"

"Os negros são obviamente os mais racistas, pois eles não param de falar de racismo."

"Que racismo o quê! O segurança só estava fazendo o seu trabalho. Um dia um guarda olhou feio pra mim, não tá fácil pra ninguém!"

E a minha predileta: "Hoje em dia o duro é ser branco (e hétero)! Daqui a pouco vai ser crime não ser negro. Também quero cotas nas universidades!"

Pois é, não tem nada mais chato do que essa gente. Fazem de tudo para proteger essa visão de mundo privilegiada, só para não terem que reavaliar seus conceitos. "Se tal coisa não aconteceu comigo, é por que não existe (ou é frescura)". Não é a toa que existem homens que não acreditam em estupro. Aff...

Iara disse...

Texto muito interessante! acho importante lembrar também que muitos homens também de sentem oprimidos pela cultura machista que diz que eles não devem chorar, que devem ser agressivos, gostar de futebol, carros e etc. Sei que não é a mesma coisa. Não é mesmo. Principalmente no que se refere à violência física gerada por conta disso. Isso faz com que homens sejam mais do que bem-vindos nessas discussões. O sexismo diz respeito a tod@s!

Escarlate disse...

Realmente, masnplaining é um negócio nojento. E acontece muito com caras progressistas e mesmo de esquerda, vc ouve cada coisa q te faz se contorcer de dor.

"ah mas vadia não é xingamento sexista" realmente é fácil falar quando vc nunca vai ser chamado disso.

Sara disse...

Há tempos gostaria de falar sobre esse assunto, mas pra variar não tenho sua capacidade de expressar pensamentos Lola.
Vc tocou num ponto que realmente mostra o quanto muitos homens são totalmente insensíveis, já vi em vários blogs desses machistas assumidos, que eles julgam que as mulheres adoram ficar juntando um monte de homens interessados por ela, para receberem alguns tipos de benefícios desses homens, eles dizem que não deixamos claro pra eles que não estamos interessadas, apenas para termos capachos a nossa disposição, mas a realidade é que se somos bem claras o que geralmente acontece é truculência como no caso da moça na danceteria, que teve o braço quebrado, ou somos detratadas exatamente como vc descreveu, por outro lado se no intuito de não magoar ou humilhar os sentimentos desses homens, apenas damos desculpas o mais esfarrapadas possíveis, para que eles se toquem e nos deixem em paz, a reação mais normal é essa mesma que vc descreveu, eles se fazem de desentendidos e ficam importunando até o fim dos seus dias.
Ao que me parece eles realmente se julgam merecedores sempre, não admitem ser desprezados, basta ver como se referem as escolhas que nós mulheres fazemos, como sempre sendo insensatas, desprovidas de lógica e irresponsáveis.
É muito bom que tenhamos homens do nosso lado, que eles nos aceitem como iguais em direitos e deveres também, mas sabemos que muitos precisam lidar melhor com essa sensação de poder diante da mulher que esta tão arraigada em muitos.

Liana hc disse...

Lola, excelente texto!

Essa é uma sutileza do machismo que no dia-a-dia passa despercebida e as pessoas reproduzem com a maior naturalidade.

Ter que ser legal com cada sujeito que me para na rua exigindo minha atenção porque eu não sei se ele vai surtar ou não, é uma coisa que me irrita profundamente. Pior ainda se o cara te aborda num lugar onde você olha para um lado, olha para o outro e se sente acuada.

Nem sei quantas vezes eu fui seguida na rua depois que eu ignorei um homem ou me seguraram pelo braço com aquele papo de "ei, eu tô falando com você!" com a maior cara de ofendido. E isso simplesmente andando na rua. Algumas vezes, tive que dar voltas no quarteirão, perto da minha casa, para o sujeito não ver onde eu moro, ou parar em alguma loja, descer do ônibus alguns pontos antes ou depois. Ser xingada é de praxe, né. Já cansei de ouvir coisas como "Tá se achando, vadia. Eu não queria nada contigo não. Só tava sendo simpático. Você tá maluca. Me deixa em paz.". Normal. Loucura.

E depois ainda vem com essa de que "feminismo não é mais necessário", "as coisas mudaram, vocês já podem 'até' votar e trabalhar fora", "isso que aconteceu não é sexismo", "todos estão sujeitos a violência". Faz favor, né.

Alberto disse...

Homexplicanismo é quando um cara explica a você, mulher, como fazer algo que você já sabe fazer, ou como você está errada a respeito de algo que você de fato está certa, ou apresentar 'fatos' variados e incorretos sobre algo que você conhece muito melhor que ele. Pontos extras se ele te explicar como você está errada sobre algo ser sexista!”

Eu não gostei dessa explicação.

Primeiro, o fato de você conhecer um assunto melhor do que outra pessoa não torna o que você diz sobre algo correto e o que a outra pessoa diz errado. Isso é um argumento de autoridade. O fato dos 'fatos' que o homem apresenta estarem incorretos deveria ser suficiente pra ele estar errado.

E essa última frase também me soa argumento de autoridade: passa a impressão de que a mulher não tem que apresentar argumentos de que alguma coisa é machista, basta ela dizer que é.

Bruno S disse...

Aquela turma que fica querendo ensinar o movimento feminista de como ele deve fazer seu ativismo se enquadram bem nessa de "homexplicanismo".

Andrea disse...

"Homexplicanismo é quando um cara explica a você, mulher, como fazer algo que você já sabe fazer, ou como você está errada a respeito de algo que você de fato está certa, ou apresentar 'fatos' variados e incorretos sobre algo que você conhece muito melhor que ele. Pontos extras se ele te explicar como você está errada sobre algo ser sexista!”

Sempre acompanho os posts do blog, mas não sei se entendi a idéia desse trecho. Então uma mulher nunca precisa apresentar argumentos de que algo efetivamente é machista/sexista? E qualquer discussão entre uma mulher e um homem automaticamente já coloca este como sexista. Algumas feministas tendem a ser extremadas demais, há casos e casos. Sei que sou só uma na multidãso, mas este tipo de generalização me incomoda tanto quanto o 'mansplanning'.

Vinicius disse...

Bruno,


Mas, aí, cai naquilo que o rapaz lá em cima insinuou de mim. Digo, o fato de eu ter contrariado uma das expressões do texto me fez mansplainner. Logo, o fato de eu estar falando que o rapaz me fez um mansplainner por ter insinuando no comentário de cima, já me enquadra como mansplainner por dizer que me acham um mansplainner, assim por diante.

O meu ponto é: É possível ser racional em questões de gênero (e dominação) sem ser mulher? Se sim, a insinuação de ser mansplainner só por contrariar é dogmatismo.

Isso fecha o movimento de uma maneira infantil. É quase como dizer que só podem criticar os ditadores, aqueles que estava vivos na época da ditadura.

É quase como esquecer que a relação de dominação entre homem e mulher não é uma questão de 'sentir' ou de 'achar'. Ela é encontrada objetivamente nas normas sociais, nas instituições, nas leis e etc.

Neste ponto eu não concordo nem um pouco com o texto. A tentativa de fazer das relações de dominação uma questão de "eu sinto, eu sei", retirando sua objetividade.

Denise disse...

Aiai,

Fui eu quem falou da dupla jornada menor das mulheres brasileiras quem têm empregada/babá/faxineira. Só que você fez o que muito jornalista gosta de fazer. Pegou uma frase que eu escrevi, tirou do contexto e ainda me acusou de ser uma patoá cega! PQP!!
Eu não sou patroa, meu bem. Não tenho empregada, nem babá e nem faxineira. Eu faço tudo em casa com um pouco de ajuda do meu marido. Então me dizer que eu trabalho menos em casa em comparação com as mulheres da classe média brasileira é demais! A classe média brasileira tem empregada sim e isso diminui os afazeres domésticos das mulheres; a classe média americana e/ou européia não tem empregada e isso aumenta os afazeres domésticos. Deu para entender?
Está até parecendo um dos trolls que não lê direito o comentário, ignora o contexto e parte para ofender a pessoa... Puxa! Esperava mais de você

Escarlate disse...

"Homexplicanismo é quando um cara explica a você, mulher, como fazer algo que você já sabe fazer, ou como você está errada a respeito de algo que você de fato está certa, ou apresentar 'fatos' variados e incorretos sobre algo que você conhece muito melhor que ele. Pontos extras se ele te explicar como você está errada sobre algo ser sexista!”

Acho q o texto deu uma margem para alguns generalizarem.
Algo que ilustra bem o que está escrito:
Eu já vi um cara falar que mulher não tem TPM, que isso é frescura. O QUE CARA PÁLIDA? Tipo, o cara nunca sentiu ou vai sentir o que é TPM (além de que não conhece o google tb) e ele estava palpitando sobre algo alheio à sua vida. Aí o cara começa a tirar links ridículos de outros homens "provando" (mil aspas) q não existe TPM, que isso é uma desculpa para nós mulheres não lavarmos a louça.
É o mesmo que um branco falar que negros não sofrem preconceito e etc.

Então esclarecendo: Não, meus queridos, vcs não estão mansplainando (?) quando discordam e usam de bom senso numa discussão de que pelo menos tem a ver com vcs. Se há argumentos, e vc está respeitando a vivência do outro e suas experiências, não há desrespeito.

Lord Anderson disse...

Otimo post.

Não conhecia o termo, mas esse tipo de atitude é bem comum.

Parece haver uma necessida de nós homens sermos os centros da atenção em qualquer assunto.

Mesmo queremos "ajudar", temos dificuldade em não nos impormos quando as interlecutoras são mulheres.

Precisei de um bom tempo de convivencia com feministas, de muita leitura e reflexão pra sair dessa rotina de dizer que mulheres "exageram" em tudo ,etc.

Felizmente pensar e refletir nunca forma problemas para mim (momento de auto elogio rs) e não tão dificil assim aprender a olhar alem de si mesmo.

Basta ter boa vontade.

Bruno S disse...

Obrigado, Escarlate,


falou o que eu tava pensando. E nem vou precisar homexplicar o assunto.

Eu homexplicaria se, num debate sobre o impacto da moda na autoestima feminina eu, uitlizando a "superioridade intelectual masculina" escrevesse um longo comentário demonstrando uma hipotética verdade. Principalmente se a "verdade" explicar que os pontos de vista feministas são baboseira.

Bruno S disse...

Acho que homexplicar é uma forma mais refinada de trollar um debate com uma ou mais mulheres.

Talita Salles disse...

Andrea e Alberto: não, a mulher não tem necessariamente que apresentar uma série de argumentos lógicos para determinar que algo é sexista.

Muitas vezes a discriminação é velada, apresentada de forma a parecer que não existe. A gente sabe muito bem disso. E muitas vezes, você não consegue ver exatamente o motivo, mas você se sentiu discriminada.

Tipo: "Foi o olhar que ele deu para mim enquanto falava que eu era competente."
"Ah, mas você pode ter interpretado errado, e ele disse que gosta do seu trabalho!"

Ou pior: "Mas ele olhou pros meus peitos!"
"Você sabe, todo homem olha pros peitos das mulheres, isso não quer dizer nada! Só que ele é um homem saudável, mas não que ele te leve menos em consideração."

Às vezes, a pessoa talvez esteja errada ("puxa, mas eu só olhei pro seu broche, desculpe!"), mas considerando-se a sociedade em que vivemos, se você não tiver certeza absoluta de que aquele indivíduo específico não fez aquela ação específica (nem venha me falar de intenções, pq sexismo é subconsciente), não vá discutir com a mulher. Ela vai se sentir diminuída, achar que não tem o direito de reclamar, que não importa o que ela sente se a coisa não for explícita, etc.

É diferente, por exemplo, de discutir sexismo e pornografia, uma discussão teórica de escopo mais amplo. Mesmo assim dá para ter homexplicanismo, por exemplo se você chegar com um argumento "ah, mas fazer o que se o gosto dos homens é esse?"

Death disse...

Vinicius

Primeiramente, não é rapaz, é moça ;D

Em segundo lugar:

Vc como homem vir aqui num blog feminista e dizer que quem aponta o Mansplainner de um homem está defendendo o tal do "Feminicismo" está sim querendo "explicar" e ensinar o que é para ser dito ou não, o que é correto ou não.

Isso é Mansplainner.

Mesmo que, para começar, "Feminicismo" é um termo tão perjorativo quanto "feminazismo", ora, o que vc defende? Que uma mulher não pode mostrar a um homem que ele está se metendo a ensinar sobre um assunto que ele não sabe o que é?

"O mesmo que dizer que só quem pode criticar os ditadores é quem viveu a época de repressão".

Nenhuma feminista, seria tão "infantil" de se sustentar com um argumento destes, é bem sabido que toda forma de repressão é mantida por diversos agentes, pode até ter um representate maior, mas a sua ideologia é posta em prática por seguidores da mesma filosofia, patrulhamento ideológico se vê abundantemente por aí.

E não só isso, toda forma de repressão deixa suas amarras bem apertadas por aí através da sua cultura, vê-se isso muito bem na história como um todo.

Aliás, usar o termo "infantil" para designar a falha do pressuposto pensamento feminista, que segundo a sua visão está equivocada, já é uma forma de diminuição, afinal, que autoridade tem uma criança para falar não é mesmo sr sabichão?

Deixa que os "adultos" os "esclarecidos" tomem conta da conversa.

Lord Anderson disse...

Rafael

Verdades. Parece que cada vez mais tem gente querendo inverter a situação e colocar as "minorias" como opressoras.

No geral são pessoas com serias deficuldades em olhar alem do proprio umbigo e que na pratica só quer mesmo ser deixado em "paz" pra continuar vomitando preconceito.

Chingis khan disse...

E qual seria simplesmente a razão dessa carência masculina por atenção? Seria isso um reflexo das diferenças de criação entre meninos (mimados pelas mães) e meninas (desde pequenas doutrinadas pelas progenitoras a receber não)?

Liana hc disse...

Minha Nossa Senhora da Leitura Preguiçosa. Prestem atenção desta vez! Vai expressões em DESTAQUE, elas são importantes. Se liguem no contexto.

"Homexplicanismo é quando um cara explica a você, mulher, como fazer algo que você ~ JÁ SABE ~ fazer, ou como você está errada a respeito de algo que você ~ DE FATO ~ está certa, ou apresentar 'fatos' variados e incorretos sobre algo que você conhece ~ MUITO MELHOR QUE ELE ~ . Pontos extras se ele te explicar como você está errada sobre algo ser sexista!”

Notem que isso acontece durante um DIÁLOGO. Cês sabem, duas pessoas conversando, uma com a outra.

Por favor, agora contextualizem isto com algo chamado MACHISMO, com ênfase na ARROGÂNCIA e na CONDESCENDÊNCIA.

E não se façam de bobos, o texto está CLARO* que NÃO se trata de QUALQUER conversa entre um homem e uma mulher, nam fala que mulher está sempre certa, mas fala de uma situação bem ESPECÍFICA de PRECONCEITO.

* "Homexplicanismo NÃO é apenas o ato de um macho branco se explicar; muitos homens CONSEGUEM explicar coisas todos os dias SEM serem minimamente ofensivos a suas interlocutoras. Homexplicanismo é quando..."


Custa tanto assim ler o texto direito?

Alberto disse...

@Talita Saller

Mas nesses exmplos todos que você deu a mulher apresenta argumentos pra existência de machismo.

MAs e quando é uma parada mais subjetiva, que pode sim depender da interpretação da mulher e não há nenhuma evidência de machismo? É certo tomar a impressão que ela diz ter tido como verdade incontestável?

Talita Salles disse...

Alberto,

É disso que eu estou falando. Verdade incontestável, não. Nada nesse mundo é. Mas no mínimo você tem que partir do pressuposto de que ela pode estar certa, e provavelmente está.

Se não houvesse discriminação, as mulheres não estariam sensibilizadas para se sentir discriminadas. Mas há, e elas estão. Não é que nós vemos pêlo em ovo. É que a maior parte dos ovos é cabeluda mesmo, aqui, hoje.

Se as pessoas começassem a partir do pressuposto de que se a pessoa se sentiu discriminada é porque deve ter algo errado mesmo, ao invés de entrar numa posição defensiva (defendendo o que? o status quo?) e ficar tentando achar os furos no argumento dela... Se levarem a questão a sério, aí começa a mudar o paradigma.

Essa é a diferença: realmente discutir e ponderar, ou esperar a mulher acabar de falar só para mostrar o quão errada ela está. O mundo é machista. Não sou eu que sou sensível demais ou estou exagerando. Parta desse pressuposto, e vai mudar muito a perspectiva numa discussão. E o respeito.

Lord Anderson disse...

Khan

Não sei se é apenas a educação materna. passa por todo o contexto machista em que se "espera" que homens estejam no comando. sendo protagonistas.]

Quando há mulheres envolvidas então isso fica mais claro.

A ideia do homem liderando ainda é muito forte e tem gente que não sabe lidar com mulheres que não sejam seguidores obedientes.

Basta ver alguns trolls que aparecem aqui querendo pautar a Lola ou, não importando o assunto, querendo trazer o foco para sim.

mesmo em post sobre violencia ou abuso de mulheres, tem quem quer se colocar em maior evidencia.

e bem percebem o ridiculo disso.

Lord Anderson disse...

Frasht

Não seria melhor então criar um blog falando sobre isso?

coloque os problemas dos homens e pauta e chame outros homens e mulheres para debater lá o assunto.

fale do que vc considera sofrimento, coloque seu argumentos e exemplos do que vc acha que mudaria isso.


ficar fazendo marcação num blog alheio, menosprezando oq é contado e querer que sua visão seja a levada em conta é uma demonstração clara do que tá sendo descutido no post.

Lord Anderson disse...

Como tem gente que se alegra em ser idiota...

nem percebe que ta dando uma grande comprovação de como sua vida é inutil.

Lord Anderson disse...

deve ser triste só poder se orgulhar de fazer papel de idiota.

mas vida vazia e inutil, fazer oq?

taty disse...

Chingis khan

"E qual seria simplesmente a razão dessa carência masculina por atenção? Seria isso um reflexo das diferenças de criação entre meninos (mimados pelas mães) e meninas (desde pequenas doutrinadas pelas progenitoras a receber não)?"

Eu acho que isso influencia, e muito.
E vejo que atualmente estamos numa geração desencontrada: As mulheres já não são criadas para serem donas de casa, cuidar dos filhos, etc. Atualmente, a criação das meninas também está voltada para serem independentes, trabalharem e tudo mais. No entanto, muitos homens ainda foram criados num modelo machista, para serem servidos, não se preocuparem com afazeres domésticos, os filhos, etc.
Os meninos crescem e cadê as mulheres que irão servi-los como lhes foi "prometido"?


Acredito que isso está mudando. As novas mães (que já vem de uma geração menos machista) estão mais preocupadas em dar um tratamento igual para os meninos e meninas.
Tenho esperança que nas próximas gerações esse desencontro na forma de criação será exceção (e não a regra, como vemos hoje) e que, com isso, o machismo será bem menor ou até inexistente.

Alberto disse...

Talita

Eu não disse que a mulher não pode ter sofrido discriminação porque ela não tem evidências de que sofreu, muito menos que não há machismo.

O que eu quis dizer é que eu não concordo é com esse tipo de argumento de autoridade: "a mulher não tem necessariamente que apresentar uma série de argumentos lógicos para determinar que algo é sexista".

A mulher ter o poder de "determinar o que é sexista" me parece muito diferente de que se deve "partir do pressuposto de que ela pode estar certa".

Lord Anderson disse...

taty

concordo com sua analise, mas não sei se sou tão otimista.

Toda essa guinada conservadora, essa falta de pudor de algumas pessoas em declararem seu preconceito, essa postura de combater o politicamento correto como se fosse uma praga...

o proprio conservadorismo de tantos jovens...

tudo isso me faz acreditar que a luta por mais respeito e menos intolerancia ainda tem um longo caminho a percorrer.

Lord Anderson disse...

estraho,

chama outros de vagabundas, mas é tão desocupado que tem tempo pra fazer o papel de ridiculo...

claro, pode ser coisa da pouca idade, embora eu não me lembre de ter conhecido nenhuma criança tão imbecil assim...

Sara disse...

Taty exelente seu comentário, acho que vc tocou em um ponto super importante pra se entender os desencontros entre homens e mulheres na atualidade.
Eu só acho que apostar todas as fichas na educação que as mulheres estão dando aos seus filhos talvez não seja a solução definitiva para esse problema, vai ter que haver cooperação de toda a sociedade para que o quadro mude definitivamente.

Lord Anderson disse...

pessoas mediocres, tem objetivos mediocres...

Lord Anderson disse...

Pois é Denise.

entra naquilo que eu disse, a educação familiar é importante mas não é a unica influencia.

felizmente até, pq se não todo mundo reproduziria os preconceitos da proprias familia.

Honoravel kelvin disse...

Machos, a mulher não gosta de ser contrariada então deixem o clube da lolazinha em paz
Deixem elas na doce ilusão de que estão certas
Assim o tombo na realidade vai ser maior

taty disse...

Para troll:
Birra de criança que está nos terrible two (terríveis dois anos) é normal, mas passar dos 4 anos e ainda fazer birrinha é por que algo está errado.
O que dizer, então, de birra de um jovem ou de um adulto?
Amigo, vai se tratar.


Para Denise,
Eu concordo com você que precisa ter uma cooperação de toda a sociedade para que o quadro mude.
Mas vejo com esperança a educação que muitas mães atuais dão aos seus filhos com relação igualar a forma de criação de meninos e meninas, eis que tais mãe já são fruto de um modelo um pouco menos machista e são mães que também trabalham, são mais independentes, etc.
No entanto, a forma de educação dessas mães muitas vezes esbarra na forma de educação do pai (que ainda faz uma distinção na forma de educação dos filhOs e filhAs).

Sara disse...

Nisso concordo com vc Dig din sinto muitas saudades da Niemi, espero que ela esteja bem.

Ragusa disse...

Isso é algo já bastante pesquisado por psicólog@s e pesquisador@s da comunicação. Por exemplo, Deborah Tannen e outr@s pesquisador@s examinaram modelos de interrupção nas conversas diárias e descobriram que os homens interrompem mais as mulheres do que o contrário. E é evidente que isso implica uma expressão de poder: o homem considera, conscientemente ou não, que o que tem a dizer é mais importante do que tudo que ela possa dizer. E também pensa ter o direito de impor-se à ela. Isso caracteriza as relações assimétricas: professor/aluno, pai/filho, patrão/empregado, médico/paciente. Muitas mulheres sentem que os homens não as deixam falar e têm razão. Isso muitas vezes as levam a falar mais rápido, na esperança de não serem interrompidas (e a se expressarem de maneira precipitada, aparentemente histérica). Em muitos casos simplesmente abandonam a luta. Esse vazio de comunicação é aproveitado pelo homem para consolidar sua posição de força - o diálogo se converte em monólogo.

Patricia disse...

Concordo com a maioria do texto, mas eu faço uma objeção: eu acho sim que nós mulheres temos fazer qualquer pessoa se sentir bem-vinda, independente do sexo e outros. Acho que uma certa "ala" das feministas tem de perceber que nenhum movimento bem-sucedido é feito por um grupo de pessoas iguais. Na história de movimentos defendendo direitos iguais, nenhum surtiu efeitos positivos a longo prazo sem a união a este de pessoas de todos os tipos.

Acho extremamente importante lembrar isso.

lola aronovich disse...

Não, Andrea. Pense em todos os homens que aparecem querendo ensinar as feministas como elas devem agir. Já perdi a conta de quantos homens querem “salvar” as mulheres do feminismo. Pra não aparentarem ser machistas, eles vêm com boas intenções, dizendo que são a favor do “feminismo de verdade”, mas não dessas feministas, feminazis, feministoides, feminoias (os termos mudam). E quem define o que é feminismo de verdade? ELES. Que não são feministas. Que não sabem nada do assunto. Que são apenas anti-feministas. Mas esses caras se vêm no direito sagrado (entitlement) de achar que sabem mais sobre um assunto (sexismo) que as próprias pessoas envolvidas. E querem ditar pra gente os temas que devem ser abordados, o tom que devemos adotar, os termos que devemos usar, etc etc. Isso é homexplicanismo. É como resumiu o Bruno: “Aquela turma que fica querendo ensinar o movimento feminista de como ele deve fazer seu ativismo se enquadra na categoria de 'homexplicanismo'”. Entende? Imagina eu, branca, entrar num grupo de ativismo negros e querer explicar pra eles o que é racismo. Ou dizer que eles não são ativistas negros de verdade, porque os que eu respeito não fazem o que eles fazem, e sim X, Y, e Z. Faz algum sentido isso? Mas é assim que muitos grupos privilegiados atuam. E isso não se limita apenas aos homens, lógico.

Ragusa disse...

Outra questão: É um tipo de violência (simbólica, sutil), vivenciada por quem está em posição subalterna. Vai minando a auto-imagem da menina desde cedo, logo, é um assunto sério e grave. Estamos falando de situações muito comuns de desvalorização e infantilização da mulher. É difícil quebrar com esses padrões, tanto para mulheres (que aprendem a ser dóceis desde cedo),quanto p/ homens (que aprendem a competir em quase todas as situações da vida): exige coragem e mobilização interna.

lola aronovich disse...

Vinicius, mas aí é que está: não é qualquer homem que explica alguma coisa que está mansplaining. Qualquer um pode explicar qualquer coisa. Mas é essa sensação de entitlement que vem por trás, de ar de autoridade, de um homem achar que tá falando alguma coisa minimamente inteligente e que PRECISA ser ouvido só porque é homem. Isso a gente vê direto. Mas claro que tem homens feministas que participam ativamente dos movimentos feministas, e eles não são considerados mansplainers. Mas eles também têm umas “regras de etiqueta”, por assim dizer, pra seguir. Tem que começar no movimento com muita humildade. Chegar achando que já sabe tudo, crente que tá abafando, é péssimo em qualquer situação, mas ainda mais se você faz parte de um grupo privilegiado e quer participar de ativismo contra preconceitos. Então os homens dos movimentos feministas sabem quando ficar quietos. Uma discussão do tipo “Eu sou discriminado por ser hétero!” já seria ridícula em qualquer situação, mas mais ainda se ela for dita num grupo de ativismo gay, por um “simpatizante” hétero. Sinto muito, mas se você é branco, você não sente na pele o que um negro sente. Se você é hétero, você não sente na pele o que sente um gay. Se você é homem, você não sente na pele o que sente uma mulher. E por aí vai. E vir dar lições de moral em como negros, gays, mulheres devem se sentir, como devem se organizar, como devem agir, quais lutas devem lutar – não dá. A pessoa deve assumir que outras sabem mais de um determinado assunto que ela, por mais bem intencionada que seja. Só que em geral o mansplainer não tem nenhuma boa intenção. Ele não quer aprender nada com um grupo. Quer ensinar, isso sim. Do alto do seu privilégio.

Lord Anderson disse...

Eu to lendo errado ou alguem comparou tpm a cancer???

podiam me confirmar?

Ragusa disse...

"É quase como esquecer que a relação de dominação entre homem e mulher não é uma questão de 'sentir' ou de 'achar'. Ela é encontrada objetivamente nas normas sociais, nas instituições, nas leis e etc.

Neste ponto eu não concordo nem um pouco com o texto. A tentativa de fazer das relações de dominação uma questão de "eu sinto, eu sei", retirando sua objetividade."

O argumento acima é uma manobra de poder. Tenta fazer parecer que violência sutil não existe. Desqualifica a pessoa oprimida. É desumano. Argumento de quem não quer perder seu privilégio. Me dá nojo.

aiaiai disse...

Denise (que não é patroa)

de novo vc não inclui as empregadas, babás e faxineiras no universo das "mulheres brasileiras".
Perceba q vc não as vê como mulheres com um problema. Pra você as mulheres brasileiras são as mulheres de classe média ou alta q têm empregadas, babás e faxineiras.

Você é mais cega ainda do que eu imaginava, porque não sendo uma das mulheres que "têm empregadas, babás e faxineiras" continua a achar q esse problema não é grave no brasil.

Em nenhum lugar do meu comentário eu disse que você "trabalho menos em casa em comparação com as mulheres da classe média brasileira é demais!" Eu nem entendi o q vc quis dizer com isso.
O problema real, que você não quer ver, é que os homens brasileiros se recusam a dividir o trabalho da casa no Brasil - sejam eles pobres, miseráveis, da classe média ou ricos. Esse é o problema que nós temos que enfrentar, mostrando para eles q isso é machismo. Sacou?
E quando digo "nós", somos todas nós mulheres brasileiras, tanto as que podem como as que não podem pagar empregadas, faxineiras e babás. Nesse "nós" estão incluídas as empregadas, faxineiras e babás.

Se vc não entendeu agora, me diga o que não entendeu, pq mais claro do que isso só desenhando e eu não sei desenhar.

Fabiane Lima disse...

http://www.cartolamagica.com/curiosidades/esposa-de-valdivia-chama-mulheres-brasileiras-de-piranhas/

Vão deixar?

Talita Salles disse...

Entendi, Alberto, o seu ponto de vista.

Mas, ao mesmo tempo, acho que as mulheres são sim quem deve determinar o que é sexismo, no dia a dia.

Comparando com o racismo, no qual eu estou na posição confortável, eu já tive discussões sobre o que era racista ou não, e saí delas tendo certeza que o que eu acho não deve importar. Eu não vivo na pele o que eles vivem, e na hora que você chega ao fim de uma discussão com alguém falando "eu sei que não faz sentido, mas me incomoda muito", e outras pessoas concordando imediatamente, você percebe que a discussão deveria ter sido sobre *por que* isso é racismo, e não sobre *se* isso é racismo.

Talita Salles disse...

PS: claro que esse tipo de experiência me ajudou a descer mais um pouquinho do meu pedestal de pessoa branca

Serge Renine disse...

Homem que é homem de verdade não explica nada. Sabe que os homens mandam no mundo e entendem que as mulheres estão ganhando seu espaço graças a um supremo esforço e a fragilidade desse dito homem explicadinho e respeita essas mulheres, simplesmente.

Chingis Khan disse...

@Lola
"Sinto muito, mas se você é branco, você não sente na pele o que um negro sente. Se você é hétero, você não sente na pele o que sente um gay. Se você é homem, você não sente na pele o que sente uma mulher."

Lola, concordo com o seu argumento, mas isso não abre então uma brecha para que um homem critique a opinião contrária de mulheres porque "Elas não sentem na pele o que é ser homem?"

Usando esse argumento, de que então ser homem é moleza, nós só não estamos simplesmente dizendo que ser homem, hétero, branco e rico é STANDARD e o resto é periférico? O que de certa maneira é uma forma de corroborar o machismo?

Denise disse...

Aiai,

De novo você está torcendo o que eu falei. Para mim mulheres são mulheres. Eu nunca disse que as mulheres de classe mais pobre não tinha problemas, muito pelo contrario. Eu disse que as de classe media não tem uma jornada dupla tão difícil. Reparou? Acho que você esta precisando que eu desenhe!
E, o problema dos homens em geral não dividirem igualmente as tarefas domesticas foi justamente o meu comentario! Só mencionei que as mulheres de classe media tem uma carga mais leve que as outras mulheres de classe media nos EUA e na Europa. Eu falei que as mulheres (todas!) tem jornada dupla, no mundo todo incluindo EUA E Europa onde erradamente se pensa que os homens ajudam mais. Só que mencionei que as da classe media brasileira, por terem empregadas, tem uma jornada dupla menos pesada. Onde foi que eu disse que as mulheres de classe pobre não tem jornada dupla? Onde foi que eu disse que os homens dividem o trabalho com as mulheres? Onde foi que eu disse que mulher, qualquer que seja a classe social ou o pais que moram, não tem jornada dupla? Onde foi que eu disse que esse problema não é um que nós temos que enfrentar? Poça! Eu comecei justamente falando da desigualdade! Se você está querendo arrumar briga com alguém, os trolls oferecem um campo fértil.
Acho que além de não desenhar você está com problemas de leitura ou acordou do lado errado...

Talita Salles disse...

Chingis,

Não, não abre uma brecha, justamente porque eles são "classe dominante". Nas raríssimas vezes que sofrem discriminação, não importa, porque continuam na crista da onda. Não precisam lutar por reconhecimentos, só se for para manter a exclusividade em cima de alguns direitos, e isso vai contra qualquer igualitarianismo.

Essa é a questão. As "minorias oprimidas" não estão lutando para ter mais direitos. Estão lutando por direitos iguais. Se um homem se sentir discriminado porque não pode ter sentimentos ou usar um determinado tipo de roupa (vestido), aí sim, ele está entrando na luta da igualdade, e sobre isso ele pode falar. E ninguém pode contestar, porque só ele passa por isso.

Jéssica disse...

Nossa, isso aconteceu comigo ainda esse fim de semana.

Após terminar um curso, era para os alunos fazerem uma prova em dupla, como não nos conhecíamos as duplas foram ao acaso. A minha dupla foi um senhor de seus 60 anos.

Fazer a prova foi ok, tirando o fato que ele insistia comigo em fazer questões que o próprio professor falou que não era para fazer, e as vezes ridicularizou respostas minhas a algumas questões.

Na hora de corrigir, o professor falava alto o número da questão e os alunos falavam suas respostas.

Cada resposta errada esse cara fazia questão de me dar uma explicação na hora, claramente inventada e rasa, e perguntar "Entendeu?". Teve o cúmulo do cara fazer isso com as questões em que eu quis marcar a resposta certa e ele me ridicularizou na hora de marcar!

A partir daí eu simplesmente ignorei todas as opiniões dele. Alguém sugere alguma atitude melhor para esse tipo de situação?

Eu achava que eu detestava homens sabe-tudo (nunca achei uma mulher sabe-tudo!), agora eu sei que eu detesto mansplainers!

Jéssica disse...

Outra situação que o post me fez lembrar...

Faço Krav Magá há 1 ano, e já aconteceu duas vezes, no mínimo, de garotos que obviamente estavam no curso há bem menos tempo que eu quererem me ensinar como lutar!

A última foi ridícula, eu estava na faixa amarela (após a branca), e o garoto tinha acabado de entrar na faixa branca, fazia várias coisas errado (normal), mas teve a cara-de-pau de vir me falar como eu devo socar!

Tomei um susto, fiquei em dúvida sobre como reagir, acabei só falando "Eu sei, não se preocupe".

Nina Levy disse...

Ótimo texto, Lola! Ele retrata bem tantos homens que conheço que, de cima de seus pedestais, têm certeza que eu sou uma neurótica, exagerada, radical, que procuro pêlo em ovo. O tipo é bem esse: homens de esquerda, que se julgam moderninhos, cursam (ou cursaram) humanas e se acham o supra-sumo da inteligência. Ontem mesmo me irritei profundamente com um desses, que não conseguem entender que eles, do alto de seus privilégios, não têm o direito de ditar o que é ou não sexismo. Que só sabe da ofensa quem se sente ofendido. E se recusam a ouvir argumentos, chegando ao ponto de desconfiarem de índices e inventarem explicações absurdas e ilógicas para sustentarem a negação deles. É irritante e impressionante. O que eu fico me perguntando é: como lidar com tamanha soberba?

aiaiai disse...

Denise, neste caso, sugiro q vc leia novamente o que comentou:

" No Brasil isso é um pouco disfarçado pela questão empregada, mas retirem as empregadas da equação e quem vai tomar conta da casa e das crianças? "

Vinicius disse...

"O argumento acima é uma manobra de poder. Tenta fazer parecer que violência sutil não existe. Desqualifica a pessoa oprimida. É desumano. Argumento de quem não quer perder seu privilégio. Me dá nojo."

Muito pelo contrário, o argumento afirma que existe a violência simbólica, quer queira, quer não.

Peixe frito me dá nojo.

Fabiane Lima disse...

"Ter que ser legal com cada sujeito que me para na rua exigindo minha atenção porque eu não sei se ele vai surtar ou não, é uma coisa que me irrita profundamente. "

Hoje tive que explicar prum sujeito que moro em Curitiba, e aqui a cultura é assim: NINGUÉM fala com estranho, nem te olha na cara, nem nada. That's how we roll.

Vinicius disse...

m4v3r1ckk

"Vc como homem vir aqui num blog feminista e dizer que quem aponta o Mansplainner de um homem está defendendo o tal do "Feminicismo" está sim querendo "explicar" e ensinar o que é para ser dito ou não, o que é correto ou não."

Feminicismo = sociologismo = psicologismo = biologismo =
qualquer tentativa de fazer de uma ciência ou qualquer tema objetivo, se tornar dogmático ou fora da área específica. Psicologia evolucionista é um exemplo recente....

O Darwinismo social é um exemplo.. Assim vai.

Assim como eu não disse que apontar o mansplainer é feminiscismo, eu não disse que o discurso do homem tem autoridade de ser correto.

Porém, [desvirtuando], se considerar que discurso já é uma prática, falar algo é considerar isso verdadeiro. Logo, qualquer um que expresse qualquer opinião, acredita que ela é correta, mesmo negando. A própria negativa da certeza faz parte do discurso (de um relativismo absoluto e etc).

Tentar reprimir uma afirmação sob a acusação de autoritarismo (seja ele de qual tipo for) sem ver realmente no que ela é embasada é o mesmo que pedir para não ser criticado. É exigir uma pseudo tolerância que não existe verdadeiramente.

E é aí que entra o feminicismo que eu havia falado. Se vc é homem, não pode fazer afirmações sobre feminismo, pois, por consequência, seria mansplaining. Chega a ser reducionismo, se considerar que mansplaining envolve uma puta gama de significados simbólicos na relação de dominação. Só pra existir a "naturalidade" da autoridade masculina, há uma gama enorme de relações históricas por trás disso.

E, se eu deixar a conversa pra adultos assim, como vc, como fica? Aí acontece a inversão do significado de infantilidade e de maturidade.

Vinicius disse...

"Se vc é homem, não pode fazer afirmações sobre feminismo, pois, por consequência, seria mansplaining"

Só pra ficar claro, isso foi exemplo, só. Não foi um apontamento daqui e etc.

Simone S. disse...

Bah, muito interessante esse texto!

Eu não sei se tudo, sabe? Mas boa parte. A gente tem exemplos históricos disso, né? Sugiro o famosíssimo "Malleus Maleficarum".

Essa ideia de punição para as mulheres por não satisfazerem a vontade dos homens faz muito sentido sim, pois na nossa cultura eles sempre puderam ter tudo que queriam, ou pela violência ou, modernamente, pelo dinheiro.

Vinicius disse...

Lola, sim eu saquei isso.

Anônimo disse...

Lola, eu desconhecia essa expressão MANSPLAINING... mas conheço beeeemmmmm passar pela experiência em ser objeto do mansplaining... eu tinha dó de ver minha mãe engolindo a atitude mansplaining do meu pai até que um dia ela perdeu as estribeiras e lascou um "Se vc se acha tão sabido e inteligente pq vc não se casou com uma mulher igual a vc --inteligente e sabida-- como sua irmã que passou fogo no marido valentão?"

Meu pai sempre se achou o sabetudomaisdoquetodomundo até o dia em que eu dei uns berros com ele e ele provou uma dosezinha do próprio veneno delezinho mesmo...

Vez ou outra meu marido tem um lance mansplaining pq eu acho que todo homem tem ego pra isso... os que não o praticam regularmente é pq já foram devidamente domesticados por alguma mulher. Seja como for, não sou de me deixar intimidar por homem algum... por homem nenhum... beeeeem mais fácil em me sentir intimidada por uma mulher... qdo, em meio à minha explicação ou explanação sobre algo, dou com um "comportamento mansplaining", simplesmente digo:

-- "Quem está falando sou eu... e se vc quiser mostrar-se inteligente comigo, primeiro me ouça e entenda meu ponto de vista... não te peço pra concordar comigo, apenas pra entender... DEPOIS então será sua vez de se explicar ou me explicar em que estou equivocada."

E isso tb vale pra médico que não quer ouvir a paciente pq acha que o que ele leu nos livros de medicina está acima da experiência da paciente... justamente quem vive algum problema de saúde e precisa ser ouvida e compreendida.

Muito boa sua abordagem sobre HOMEXPLICANISMO (argh... so easy em inglês, hein?). Qto aos trolls, o melhor que fazemos é deixá-los à deriva, pra que vc mesma lide com eles.

Denise disse...

Ai ai,
Realmente neste comentário eu não escrevi especificamente que era a mulher da classe média, mas também não desquilifiquei nenhuma outra mulher. E venhamos e convenhamos que todo mundo sabe que quem tem empregada no Brasil é a mulher classe média ou alta. Leia de novo:
 
"Em casa, por que a maioria dos machos, sejam eles feministas ou machistas, não fazem a mesma quantidade de tarefas que a mulher faz, nem com a mesma rapidez e qualidade. No Brasil isso é um pouco disfarçado pela questão empregada, mas retirem as empregadas da equação e quem vai tomar conta da casa e das crianças? Duvido que haja ou que vá haver uma igualdade."
Isso não desqualifica as mulheres que não tem empregada!
 
Se você tivesse se dado ao trabalho de ler o que eu escrevi depois, não teria ficado tão sensibilizada. Eu escrevi:

"Então, há de se pensar e de se pesar muito antes de ter um filho. E escolher bem o parceiro. Essas escolhas minimizam bastante as jornadas duplas.
Uma outra coisa que também minimiza é a empregada, instituição que a mulher brasileira tem (embora nem todos os estratos da sociedade), mas que mulheres de outros países não tem.
Na minha esperiência pessoal, eu enquanto mulher de classe média, considero que a mulher brasileira tem uma jornada bem menos pesada que tanto a mulher americana ou européia. Essas não tem nem empregada, nem babá e nem faxineira. Tudo é feito por elas. E, contrário ao que muitas mulheres brasileiras pensam, os homens americanos e europeus não são muito melhores que os brasileiros nos afazeres domésticos. Talvez um pouco, mas não tanto que faça uma diferença.
Não estou dizendo que não há o que batalhar, de jeito nenhum! Mas considerando que ela em tese tem mais tempo, a questão da dedicação ao filho fica mais tranquila, não acha?"
 
Valeu a dica de ter que explicar tudo nos mínimos detalhes para não magoar a sensibilidade das pessoas que estão a fim de achar um motivo para atacar as outras.

Anônimo disse...

Gente, não sei porque há tanta discussão a respeito do contexto do texto, para mim, parece bem claro e coeso.
É como alguém aí já disse (perdão, não lembro quem) o Mansplainning ocorre em situações onde o homem trata a mulher como inferior, agindo como um expert COM A ÚNICA INTENÇÃO de desmerecer o que ela disser.
Nessas situações, o homem NÃO AVALIA os argumentos da mulher, querendo que ela aceite os dele pelo simples fato DE ELE SER HOMEM.
Um post no BlogueirasFeministas fala sobre isso, o "Mulher só fala quando concorda" (http://blogueirasfeministas.com/2011/11/mulher-so-fala-quando-concorda/). Mulher que opina, discute, é mal vista, é taxada de grossa, mal educada, masculinizada. O Mansplainning é só mais uma tática para silenciar as mulheres, para desmerecer suas ideias e opiniõs, pois "é feio mulher respondona".
.
Sobre essa ideia que os homens têm de merecimento: infelizmente estou sofrendo isso na pele e está me dando dores de cabeça. Um vizinho idoso insiste em falar comigo sempre que me vê, não é só o básico "oi, tudo bem?", ele faz questão de me tocar, me abraçar, puxar o meu braço, desviar meu foco, etc.
Eu não quis ser grossa no início, mas notei que a intenção dele era realmente "tirar uma casquinha" sempre que possível. Já dei vários cortes, mas ele não se toca.
Eu levei O MAIOR SUSTO um dia desses. Estava tranquila caminhando pela rua, em direção à parada de ônibus, quando fui puxada pelo braço violentamente. Era esse senhor querendo "chamar a minha atenção". Ele apertava meu braço, tentando me fazer diminuir o passo para falar com ele. Meu ônibus chegou e eu lá, na luta para me desvencilhar do homem. Eu tive que fazer força para me soltar, já que ele se fez de idiota quando eu disse que perderia meu ônibus. Moral da história: perdi o ônibus e o cara ainda se fez de louco, querendo me fazer companhia até o próximo chegar. Eu fui mais enérgica e disse que teria perdido o ônibus se ele não tivesse me puxado e peguei um ônibus qualquer só para sair dali. Me arrependo de não ter xingado o infeliz.

Anônimo disse...

Ah! Denise
". . . explicar tudo nos mínimos detalhes para não magoar a sensibilidade das pessoas que estão a fim de achar um motivo para atacar as outras."

Realmente, tem umas "miguxas" aqui cheias de nãometoquenãomereles... quarqué estrepinho no nosso palavreado tem de ser posteriormente aclarado, explicado, desculpado.

O mundo todo concorda que o francês é um idioma sexy... intelectual sim... mas SEXY... por conta disso levei uma espinafrada aqui não de uma francesa (como o são minha cunhada e minha sobrinha e meu sobrinho), mas de une brèsilienne como quer que seja a ortografia de brasileira en français.

Antes da gente escrever e increver nesse espaço tem de tomar em consideração muitos melindres!!!! se não quiser ser alvo de ferinos ataques... eu disse feRinos e não feLinos, OK?

Jéssica disse...

@carolinapaiva

Que situação desagradável, total invasão de espaço pessoal. Um absurdo um homem achar que pode agir assim Oo

Anônimo disse...

Jéssica

Pois é, para sofrer esse tipo de coisa basta ser mulher. E o pior é que não há saída: se reagir, corre riscos, se não reagir, está "dando mole", sendo vadia.

ERRATA: (...)disse que NÃO teria perdido o ônibus se ele não tivesse me puxado...

Vinicius disse...

@carolinapaiva

Ou, então, quando o cara pára a moça na balada. Simplesmente a pára. Segura, fica na frente, e começa o papo furado.

Aí, e vem a parte interessante, se a moça rejeita, ele pode ser o agressivão ou pode simplesmente falar "foda-se", mas nesse foda-se ja´tá implícito um reconhecimento da mulher como objeto. Foda-se, essa coisa não me quis, tanto faz.

Não há o mínimo de reflexão do "pode ser que eu esteja errado".

Anônimo disse...

Lola, eu odeio isso!Não sei se isso tbm se encaixa no texto, mas hj mesmo tive uma conversa com a minha mãe, onde após ter ficado muita nervosa com meu namorado, ter que ouvir de todos os lados "Eu sei que ele errou, mas tente ser mais doce, tente ser maqis maleável!". NINGUÉM chega nele e o explica que ele está errado, mas vvem até mim explicar que EU estou errada por me sentir magoada!Acho isso o cúmulo!
Assim cm eu sempre aprendi a "deixar os homens pensarem que estao no comando", "Falar com jeitinho que ele aceita", sempre odiei isso!Sempre nos fazendo de inferiores, de servas, para agradá-los!

Anônimo disse...

Vinicius

É a educação machista. A ideia de que o homem deve ser um troglodita e mostrar o tempo todo o quanto ele é macho e fodão.

Anônimo disse...

Denise,

Recortarem frases nossas e tirarem do contexto para nos atacar é o que mais rola aquo. relaxa!Eu mesma nem to entrando mais em discussão, to só escrevendo e lendo!rs

Anônimo disse...

Eu não concordo com uma parte do se está discutindo aqui, nunca concordei, desde posts passados, essa coisa de "branco não pode questionar racismo", "hetero não pode dar palpite em GLBT", "Homem não pode falar o que acha sobre machismo", "Magra não pode dizer o que pensa sobre obesidade".
Eu particularmente, acho isso opressor. Acho que sim, um homem machista não deve tentar ensinar o que é machismo para mulher, um branco não deve dizer a um negro que racismo não existe, mas daí a vetar as opiniões, só pq "só quem sabe é quem está na pele" é segregatório! Quando dava minhas aulas, deixava bem claro a todos que todos poderiam falar, que ninguém ali seria desconsiderado, que a princípio, não existioa certo e errado, com o tempo, no desenrolar das discussões, íamos desmistificando, conversando e vendo onde TODOS estavam errando. Assim cm um homem machista é horrível, uma mulher dizendo que um homem não deve ser ouvido epnas por ser homem é sim, discriminatório.
Acho que os gtrolls devem ser desconsiderados, claro, mas vetar opiniões dos "opressores" não é a saída tbm.

Ukiyou disse...

Sobre abordagem às mulheres, vivi algo muito parecido com o que muitas vivem nas ruas em um evendo de fãs de desenhos animados japoneses.

Temos um hobby de criar réplicas de roupas, acessórios e armas dos nossos personagens favoritos de jogos, filmes ou desenhos animados, e vestir nos eventos para criar uma "incorporação" daquele personagem. Isso se chama Cosplay. Normalmente, quanto mais parecido ficar, melhor, e é comum os cosplayers circularem pelo evento, e outras pessoas pedirem para tirar foto, ou da pessoa fantasiada, ou junto com ela.

Ok, lá estava eu de Nariko de Heavenly Sword (uma rápida busca no google vai mostrar que é uma roupa com bastante pele à mostra. e no caso eu tinha uma espada mais longa que a minha altura), e algo que me incomodava é que era muito comum pedirem pra tirar foto comigo, mas os homens em geral me pegavam pela cintura. A maioria pedia permissão, ou não se incomodava se eu pedisse pra tirar a mão.

Um rapaz em particular perguntou se podia me pegar pela cintura e eu falei "não".
- Então posso segurar a sua espada?
- Não.
- Ué! Por que não?!
- Ela... pode soltar tinta.
- Affe! Também não quero mais tirar foto não! Não precisa mais!

E ele foi embora bem revoltado, como se meu aparecimento numa foto da maquina dele fosse um favor que ELE estivesse fazendo para mim, e eu tivesse impedido com tanta chatisse.
Se alguém achar estranho eu não ter deixado ele pegar a espada, é por que ela foi feita a mão por mim, de papel, era razoavelmente frágil, envernizada, e eu não queria ter digitais alheias nela, nem correr o risco de um cara qualquer fazer alguma besteira e estragar meu trabalho.

Liana hc disse...

Essa de ser assediada por idosos é todo um capítulo à parte. Há uma certa permissividade da sociedade com o assédio por parte deles e se a mulher reclama então ela tá "desrespeitando os mais velhos". Quando eu era criança, 90% das vezes que fui assediada na rua foi por idosos e só falavam as coisas mais toscas possíveis. Eu oriento minha filha a passar longe.

Ana Clara Telles disse...

Alguém citou o post 'Mulher só fala quando concorda', do Blogueiras Feministas. Acho isso muito interessante. É bom para a gente se perguntar, por exemplo, porque em uma sala de aula as mulheres fazem bem menos intervenções que os homens. Isso contribui e muito para acharem que universidade não é lugar de mulher (acreditem, isso ainda existe).

yulia disse...

uma das pérolas do homiexplicanismo é a de que o feminismo foi idealizado por um HOMEM.....

Anônimo disse...

@ Dayane Ok. 19:57
"Eu sei que ele errou, mas tente ser mais doce, tente ser maqis maleável!". NINGUÉM chega nele e o explica que ele está errado, mas vvem até mim explicar que EU estou errada por me sentir magoada!Acho isso o cúmulo!"

Ora ora... basta VOCÊ saber que ele (seu namorado) errou e pronto... deixar claro pra ele que ele errou e dane-se a opinião alheia, Dayane... afinal vc é ou não é Ok????

Desculpe-me, mas se sua mãe pudesse dar uma opinião sensata, ela nem teria ficado ao lado de seu pai, sorry if I sound rude.

Anônimo disse...

pra esses velhos velhacos que ficam assediando mulher mais nova, vale o "Não respeito os cabelos brancos pq os canalhas tb envelhecem."

Luiz disse...

Yula,

pelos meus conhecimentos, a primeira obra que se tem notícia que fala da discriminação contra as mulheres que existia no Sec. XIX, foi escrita por Stuart Mill no bom livro chamado "Sujeição das Mulheres". Caso conheça uma obra mais antiga, pode cita-la aqui.

Armouropoulos disse...

Vamos ver se entendi. Quer dizer que, se estou numa discussão com um indivíduo que por acaso é do sexo feminino, não posso apresentar meu ponto de vista que eu sinceramente acredito e defendo que a conteste para não ser machista? Se eu estiver num evento científico apresentando uma comunicação e uma colega me contestar devo abaixar minha cabeça e não defender o meu trabalho para não ser sexista? Se estou num ponto de ônibus e ao meu lado há uma mulher e um estranho nos pergunta qual ônibus deve pegar para chegar a tal lugar, se eu digo "X" e ela diz "Y", devo mudar automaticamente minha opinião para "Y" para não ser um machista? Agradeço desde já.

Jéssica disse...

@Armouropoulos

Eu me pergunto se você realmente não entendeu o texto ou fez um comentário de má fé. Se for a primeira opção, sugiro que releia.

luciana disse...

"você, como homem, não é merecedor de atenção, admiração, afeição, respeito, ou companhia das mulheres, só porque você quer. E se uma mulher disser 'não', você deve respeitar que aquela mulher disse não, e você deve parar.” AI COMO DÓI ISTO P UM HOMEM GENTE! Ter q engolir isso..diria q estão num período de provação (risos) ADOREI LOLA!

Luciana disse...

"você não merece nada só por ser homem"! Lola, de verdade..eu torço mto, mas parte de mim tem esperança de q este dia chegará, de q eles terão consciência disto..parte de mim fica oscilante.

Mas, este texto em especial foi maravilhoso..ri a maior parte, pq era como se vc tivesse falando o q nós gostaríamos de falar. Valeu. Bj.

Marilia disse...

Aí vem alguém comentar que os homens escreveram antes que as mulheres. Opa, que parte do discriminadas e relegadas a segundo plano ele não leu? Se até hoje, no revisionismo, certas autoras não são incorporadas aos cânones científicos e literários apenas porque eram mulheres?

Anônimo disse...

Não resisti a escrever sobre um comentário no qual alguém falou que americana e européia não tem empregada. Falo com conhecimento de causa - tem sim e, normalmente, essa 'empregada' faz papel de babá também. Nas famílias mais abastadas, ainda há a figura da 'au pair' (e daí vem meu conhecimento de causa. Fui au pair um dia). Para as americanas, é 'chique' ter au pair, já que ela vem de outro país, dentre outras coisas, para estudar inglês, ou seja, é mais 'esclarecida' e pode transmitir uma cultura nova para as crianças. Não conheci NENHUMA família que não tivesse, no MÍNIMO, uma empregada. Às vezes, a mulherada lá tem a empregada de todos os dias, uma babá para os fins de semana e AINDA uma au pair. A mulher brasileira (ou digamos, a latina em geral) está bem mais acostumada em ser multi-tarefas. Nós damos conta de um zilhão de coisas e estamos acostumadas. Lá (é sério mesmo o que vou falar), pegar o carro para IR a uma loja comprar alguma coisa (e não comprar pela Internet) 'dá muito trabalho'. Sim, já ouvi isso, sim. E não estou criticando, apenas estou ilustrando o tipo de 'dificuldade' que a americana classe média alta enfrenta.

Anônimo disse...

Ah, deixe-me esclarecer: as americanas fazem distinção entre babás (normalmente latinas ilegais em busca de uma vida 'melhor' na terra do tio Sam) e au pairs (em busca de experiência internacional e aprendizado). Dentre essas últimas há latinas também, além de muitas alemãs, francesas, suecas, tailandesas. Por isso mencionei a questão da transmissão de cultura pelas au pairs. Embora as babysitters possam transmiti-la também, elas são estigmatizadas e sofrem mais preconceito. É engraçado, mas eu percebia que ter au pair dava um certo glamour às famílias. Pela minha experiência (e não pela dos outros), a mulher brasileira'rala' muito mais. Eu conheço milhares de famílias no Brasil sem sequer uma faxineira. Nos EUA, isso é muito, muito comum. Ah, lembrando que a vida dessas mulheres (faxineiras, babás, empregads) é dificílima tanto aqui quanto lá, mas pelo menos lá elas são bem remuneradas. Fiz amizades com babás latinas lá e todas elas tinham, no mínimo, um bom apartamento (mesmo que alugado) para morar, TV, computador, conforto, viajavam...
Talita (tenho esquecido de assinar)

Gabriele disse...

"Armouropoulos disse...

Vamos ver se entendi. Quer dizer que, se estou numa discussão com um indivíduo que por acaso é do sexo feminino, não posso apresentar meu ponto de vista que eu sinceramente acredito e defendo que a conteste para não ser machista? Se eu estiver num evento científico apresentando uma comunicação e uma colega me contestar devo abaixar minha cabeça e não defender o meu trabalho para não ser sexista? Se estou num ponto de ônibus e ao meu lado há uma mulher e um estranho nos pergunta qual ônibus deve pegar para chegar a tal lugar, se eu digo "X" e ela diz "Y", devo mudar automaticamente minha opinião para "Y" para não ser um machista? Agradeço desde já."

Não, não e não. Também sugiro uma releitura do texto, pois acho que você não compreendeu do que estamos falando aqui.

Gabriele disse...

Lola, achei bem interessante o texto, me deu bastante coisa pra pensar.

saturnreturn disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Chingis Khan disse...

@LisAnaHD

"Vez ou outra meu marido tem um lance mansplaining pq eu acho que todo homem tem ego pra isso... os que não o praticam regularmente é pq já foram devidamente domesticados por alguma mulher."

Você tocou num ponto interessante LisAnaHD. E aqui cabe um parênteses. Vou falar como homem agora, a minha percepção de como é "sentir na pele o que é ser homem".
Acho que todos conhecem a história da Bela e a Fera correto? Muita gente não entende a metáfora por trás do conto. A Fera representa todo homem em seu estado bruto (Machismo), é individualista, agressivo, opressor, egoísta e rancoroso, porque percebe que o mundo o rejeita por ter medo do que ele representa (seu poder de destruição violenta já que a força intimida).
Uma coisa que muitas pessoas (mulheres, mas homens principalmente) não compreendem é que assim como as mulheres, os homens também sofrem com os efeitos de seu hormonio sexual, testosterona, que é um hormonio naturalmente ligado a força e agressividade. Diferente das meninas que recebem seus hormonios em um período prolongado durante a puberdade, os meninos recebem uma dose cavalar de testosterona numa pancada só e num período muito curto seu cérebro imaturo precisa aprender a lidar com seus efeitos.
Nesse ponto, acredito eu, é que começam a pesar as questões sociais, culturais e familiares a respeito da conduta do indivíduo. Pois ser homem a meu ver é empreender uma luta constante contra essa Fera interna que acredita-se oniponente, que tudo deseja resolver na base do grito e da porrada. Se o individuo vai ou não conseguir entender isso vai depender do ambiente em que vive, da criação que recebeu e de sua própria percepção sobre as atitudes que tem em relação aos outros.
Mas como homem, posso lhes dizer isso não é tão fácil quanto parece. O menor descuído na vigilancia e pronto, a Fera escapou e você fez ou disse algo que se arrependerá imediatamente depois.
Pergunto aos homens que frequentam o fórum quantos de vocês em determinado momento não deram aquela resposta ríspida e desnecessária apenas por não conseguirem controlar o ímpeto de controlar o bicho?
E é aqui que cabe o ponto interessante que separei no comentário da LisAnaHD. Na fábula, Bella é a representação dessa luta. Aquilo que realmente importa e que no final vai trazer a redenção da Fera e transformá-lo num homem de verdade. E não por acaso a representação foi um mulher.
Então, ser Homem é empreender essa luta incansável e constante contra seu desejo instintivo de resolver as coisas no Berro e na Força. É uma luta sem fim e que é impossível de ser travada sem ajuda feminina, pois num ambiente só de homens, prevalece a lei da Fera (vide ambientes militares, hieraquia representando a submissão pelo poder).

Parafraseando Napoleão: "A pior de todas as batalhas é aquela que enfrentro todos os dias comigo mesmo."

Leila Silva disse...

Lisanad,

E porque uma brésilienne não poderia explicar certas coisas da cultura francesa melhor que a sua cunhada francesa? Minha cunhada também é francesa, meu sobrinho é belga, eu sou professora de francês (não fui que que te dei a espinafrada) e posso argumentar melhor que minha cunhada sobre alguns aspectos até porque o olhar do estrangeiro é muitas vezes bastante interessante. Minha cunhada francesa, por exemplo, não acha nada disso sobre a sua própria língua. E outra coisa aquela brésilienne que te respondeu (eu nem diria que foi uma espinafrada, acho que ela só tentou explicar o ponto de vista) estudou língua e cultura francesa, é a profissão dela.

Paola disse...

Uma vez qdo eu estava na faculdade eu neguei o convite q um cara me fez para sair.
Ele ficou bravinho e disse q na vida inteira só tinha levado foras de meninas lindíssimas....
Q e eu era bonita sim, q não entendesse ele mal, mas não era lindíssima para dispensá-lo....

AHUAHAUHAUAHUHAUHA.... Será q ele achou q me faria mudar de idéia com tamanha elegância?

Sara disse...

Chingis Khan talvez a "fera" seja mais o que construíram dentro de vc do que seus próprios hormônios é difícil pra uma mulher saber como se sente um homem com tudo que essa condição impõe, mas pelo menos sabemos que tanto homens como mulheres são seres racionais, e só por isso eu te pergunto, é justo só pelo fato de vc ter um sexo diferente do meu achar que tem mais merecimento por isso?

Chingis Khan disse...

@Denise

De modo algum. E acho que isso é consenso a todos os que não estão simplesmente berrando suas verdades aqui.

Com relação ao:
[b]talvez a "fera" seja mais o que construíram dentro de vc do que seus próprios hormônios[/b]

Sem dúvida, há uma grandiosissima pressão social para que o homem mantenha-se agindo da forma tida como "natural" (Ou seja, lei do mais forte) ou "tradicional" (pois é o Alpha quem tem sempre razão). Isso é inegável, mas por experiência própria, lhes asseguro há momentos em que não é a razão a conduzir o comprotamento. Você faz e imediatamente percebe (por ser capaz de se policiar com a razão, o que não é um atributo de todos) que o que fez foi errado. Ser capaz de desculpar-se diante dessa atitude é trancafiar a Fera. Não ser capaz é simplesmente seguir com a maré.

Anônimo disse...

Chingis Khan

Eu achei interessante o que vc disse, ateh pq eu tbm acredito que muitas características ditas femininas e masculinas tem influência da cultura (a maior parte delas), mas muitas tbm tem influência de fatores biológicos, hormonais e etc.Até mesmo sociedades antigas matr4iarcais havia uma representação de Deusa e Deus, onde Deus sempre era o lado mais sobre força, sobre competição,essas coisas. Ou seja, não descarto a sua explicação, achei interessantes, mas é cm a Denise disse, somos seres racionais. O que acontece é que muitos hopmens nem se preocupam em "domar essa fera", achando que ela é um aval para que seus desejos sejam satisfeitos imediatamente. Não é assim que ocorre na história? Via cm a Fera queria que a Bela estivesse pronta quando ela quisesse, comesse na hora que ela quisesse e a aceitasse de todo modo? Isso era a fera dizendo, mas a partir do momento que viu que teria que mudar para conseguir algo, que teria que aprender a conversar, que teria que aprender a esperara e ver que a Bela ficaqria com ela se QUISESSE, e não por imposição, as coisas começaram a mudar.
Muitos homens não querem aprender isso, acham que sua "fera" deve continuar sendo "fera" ("Sou macho!") e que as mulheres tem obrigação de satisfazê-la.

Ramon Melo disse...

Acho engraçado quando leio a expressão "mansplainning" por aqui. Não pelo termo em si, que é até bem eficaz (acerta mais do que erra), mas pelas pessoas que a escrevem.

Quando eu leio algo como isso:

"as mulheres não têm que automaticamente te aceitar como um expert, principalmente quando o assunto em discussão (sexismo!) é algo que você nunca experimentou em primeira mão."

lembro automaticamente dos posts da dona Lola & cia. falando sobre ciência como se fossem grandes conhecedoras do assunto. Porque, obviamente, para falar mal de um estudo científico não é preciso saber estatística, probabilidades e outros métodos matemáticos, qualquer estudante/professor(a) de ciências humanísticas ou sociais é automaticamente habilitado a falar do assunto.

Ao contrário do feminismo, que, obviamente, escolhe o sexo feminino como requisito obrigatório e único (nenhum estudo adicional necessário).

Deixo claro que concordo com o texto da autora, e digo mais: seja menos hipócrita e siga mais seus próprios conselhos. Se você não gosta de "mansplaining", pare de fazer "humanitiesplaining".

Chingis Khan disse...

@Dayane Ok

Sim, fico feliz que tenha compreendido meu argumento. É exatamente isso que quis dizer quando citei a fábula. As coisas só mudaram porque a Fera teve de encarar um obstáculo que não poderia remover pela imposição. Que é, a meu ver o papel do feminino numa relação dos generos. Mostrar ao homem que ele não é Onipotente sobre o outro. Ao passo que o papelo masculino, como você bem citou as sociedades antigas, é mostrar a mulher que ela não deve simplesmente submeter-se ao outro sem luta.
Mas reiteno a questão da racionalidade. Tal qual as mulheres tem seus momentos de desequilibrio emocional causado pelos hormonios femininos (Amplificados pela menstruação) os homens também os tem pelos masculinos, que nos induzem a agressividade por qualquer bobagem. Seja um sapato fora do lugar, seja uma discussão a respeito de qual caminho seguir (especialmente quando o macho está perdido e não quer admitir isso...) hehe.

Anônimo disse...

Chingis Khan

Eu acho que esse dilema não é só dos homens, ou de todos os homens, qualquer pessoa um pouquinho mais agressiva e que não curte muito isso dá umas derrapadas e depois se arrepende. Talvez boa parte das pessoas faça isso um dia.

Até entendo seu conflito, já até passei por uns semelhantes sendo mulher. Mas não acho bacana colocar a agressividade na testosterona, temos toda uma cultura reverenciando a agressividade, liga a televisão aberta vai ver gente fazendo até tiroteio ao vivo, vê os filmes que passam... Repara como algumas outras culturas tem alguns comportamentos menos violentos por parte dos homens, se bem que não acontece em muitas, infelizmente...

Bom, acho bacana que esteja tentando se controlar, mas o problema é que você parte de um princípio puramente biológico que que justifica violência (até contra a mulher)

Acho que o papel da mulher é todos os papéis, as mulheres não têm que corrigir os homens, afinal de contas eles são seres, assim como elas, de múltiplas capacidades, então vocês podem fazer isso sozinhos.

Temos que nos corrigir, com ajuda lógico como o blog nos ajuda e muitas outras coisas, mas nem o homem tem que corrigir a mulher nem o contrário.

Beijos!

Chingis Khan disse...

@Anonima

Não é que esteja justificando a agressividade do homem contra mulheres tão somente por conta da Testosterona. Não nego que o ambiente é fator preponderante para essa, plagiando a Lola, "cultura de estupro". O que insisto em dizer é: Isso é mais um dos fatores que não pode ser descartado tão somente hasteando a bandeira do racionalismo e dizendo que todo comportamento parte da razão. Fazer isso é mergulhar no obscurantismo racionalista do século XIX, que usava a ciência para justificar a superioridade de uns para com outros (que culminaria no nazismo anos mais tarde). Achar que somos seres meramente pensantes e que todas as nossas ações são fruto de decisões conscientes é negar psicologia e nossa condição animal. Para se compreender o comportamento agressivo do homem há de se pesar estes fatores biológicos sim.
Eu sei que mulheres tem arroubos de fúria, mas não é somente isso que estou me referindo. Como homem posso te dizer como é o processo de reação diante de um problema:
Primeiro algo grita na sua cabeça querendo que resolva DO SEU jeito.
Então entra sua razão e tenta controlar isso com base no que acredita ser Certo ou errado. (Aqui durante o julgamento do valor é que pesa a questão social a meu ver, se o indíviduo cresce num ambiente em que aceita o homem como opressor absoluto ele não vai julgar isso errado e vai dar ouvido a Fera).
Ok, você diz, isso também acontece com mulher, mas qual a intensidade do grito inicial? Pelo que vejo em minhas próprias experiências, mulheres tendem, seja por questões biológicas ou sociais agirem com mais firmeza sobre suas vontades desenfreadas. Homens não. Pode ser comportamental, sim, mas quando confrontado o corpo do homem se arma para guerra, fica tenso e pronto para lutar. Com mulheres é assim?

Com relação a outras culturas, me aponte uma em que o homem não é violento ou opressor? Os orientais, tidos como senhores da paciência são brualmente opressores na relação de gênero. Ocidentais, nem se fala.

Com relação aos papéis, foi um exemplo simplório. Mas acredito piamente que um ser não encerra todas as qualidades, pois se fosse o caso seria inútil viver em sociedade.

Milady Carol disse...

Lola, só uma correção na tradução do que é o mensplaining: "Homexplicanismo não é apenas o ato de um macho branco se explicar". "Branco" não aparece no inglês, a frase original diz "explaining whiLe male", não "explaining whiTe male", como você parece ter lido :)

S. disse...

Leila,

Obrigada pela compreensão.:) Você, como professora de francês, certamente também deve lidar cotidiana e exaustivamente com essa associação imediata francês= futilidade (lingua sexy, moda, perfume, Paris ville lumière, etc) Nossa luta é árdua!!! :)
Mas vamos em frente. Outra coisa engraçada, é a leitora ter uma bola de cristal para saber a minha nacionalidade! Claro que nem vou entrar no mérito da questão, você já o fez muito bem. :)
(fui visitar seus blogs, pena que o "Cadernos" está meio parado.)

Escarlate disse...

Falar que a testosterona é um fator relevante para "criar uma fera interior" é ótimo, já posso usar minha TPM pra isso tb.

Chingis Khan disse...

@Escarlate

É curioso seu comentário. Pois é cobrado dos homens que sejam compreensivos com determinados comportamentos alterados da mulheres durante períodos de mudança hormonal, como a gravides ou a TPM...

Se os hormônios femininos influênciam comprotamento, porque os masculinos também não deveriam?

Escarlate disse...

"É curioso seu comentário. Pois é cobrado dos homens que sejam compreensivos com determinados comportamentos alterados da mulheres durante períodos de mudança hormonal, como a gravides ou a TPM..."

Sério mesmo? Na minha vida inteira eu ouvi que TPM era frescura, quase não existem remédio para domar as minhas dores e mudanças de humor, quase não é pesquisado pelos médicos e sempre ridicularizaram QUALQUER vez que eu ficava nervosa falando que eu devia estar de TPM.
Nunca foi respeitado o meu "direito" de usar a TPM como o meu motivo de estar emotivo, sempre fui tratada como uma "histérica".

Enquanto isso, os homens podem até jogar sua culpa de agressões e assassinatos nessa tal de testosterona.

Escarlate disse...

"Falsa simetria" estampando nesses comentários.

Anônimo disse...

Gente,
Entendi bem o que o Chingis Khan quis dizer. Infelizmente, às vezes, uma palavra mal empregada pode levar a interpretações equivocadas. É fato que os hormônios alteram tanto o comportamento de homens como o de mulheres, e tais hormônios são diferentes. Eu, por exemplo, na TPM maximizo todos os meus problemas, faço tempestades em copo d'água e sou menos compreensiva. É fato! Todo mês é a mesma coisa, tanto que procuro não tomar decisões importantes nesses períodos. Obviamente, não podemos generalizar porque os homens não são todos iguais, assim como as mulheres também não são todas iguais. Tenho amigas que dizem não ter TPM, por exemplo. E tenho amigos extremamente sensíveis, com agressividade zero e muito mais ponderados que outros, que considero super explosivos. Por isso, é arriscado generalizar. Mas acho que o Chingis Khan também deixou claro que fatores ambientais influenciam no comportamento. Ele não simplificou nada a fatores apenas biológicos. Acho os textos e comentários deste blog interessantíssimos, mas algumas pessoas são muito extremistas e às vezes distorcem o que o outro 'quis dizer'. E vejam, como críticos que somos, sempre encontraremos inconsistências e 'inverdades' (segundo nosso julgamento pessoal) nos comentários dos outros. Mas eu, pelo menos, tenho aprendido muito aqui com visões diferentes das minhas.

Anônimo disse...

Esqueci de assinar de novo rs
Talita

taty disse...

Chingis Khan,

Interessante seus comentários.
E eles vem fortalecer meus comentários em outros posts (sobre a relação da violência contra a mulher e violência infantil).
Como eu já havia comentado nestes outros posts, um dos problemas sérios da educação das crianças é a falta de ensinamento desse auto controle.
As pessoas (homens e mulheres) tem ciúmes, as pessoas tem raiva, as pessoas se estressam, as pessoas tem vários sentimentos ruins. Ok, não tem problema. A gente não tem controle do que a gente sente. Mas a gente tem que ter controle sobre nossos atos.
E é isso que as crianças precisam aprender. É essa civilidade que precisa ser ensinada. Não somos animais para ficarmos agindo sem controle (Infelizmente muitos adultos agem como animais).

Essa guerra entre sentimentos/vontades/impulsos com o que é correto agir não é exclusiva dos homens. As mulheres também tem uma Fera dentro delas.
No entanto, a sociedade machista permite que os homens libere essa fera e não assumam esta responsabilidade por seu atos como exigem da mulher.
Veja por exemplo no caso de estupros, onde muitas vezes culpabilizam a vítima (a mulher deveria se conter e não dançar de forma sensual, já o homem não teve culpa, pois qualquer homem sentiria enorme tesão em ver uma mulher com pouca roupa e dançando
daquela forma). Nesta sociedade machista, o homem se torna quase um inimputável pela sua ausência de autocontrole.

Mas eu repitro: essa guerra entre fazer o que é certo e o que é errado não é exclusividade dos homens. E estes tem que se controlar, não agir como animais, domarem a Fera e assumir aresponsabilidade sobre seus atos.

Anônimo disse...

Sim, Taty, mas pelo o que eu entendi dos comentários dele, ele entende sim que é necessário ter autocontrole. Não me parece que ele esteja defendendo o comportamento explosivo dos homens por causa da testosterona, de jeito nenhum. Ele apenas levantou essa questão, acho que foi bem levantada, tanto é que gerou comentários sobre outro ponto importante: controlarmos nossos impulsos humanos (sejam eles impulsos do homem ou da mulher). Ou seja, concordo, Taty, também com o que você disse. Isso esbarra na questão do fator ambiental (sociedade, cultura, meio), de certa forma, abordado por ele também. Comportamentos não podem ser justificados apenas pelo meio ou apenas pela questão biológica. Por isso existe o conceito de sociedade que, infelizmente, não é a ideal. Sabemos o que é 'certo' ou 'errado' justamente pelas regras da sociedade e por desejarmos também o bem comum. Mas esse já é outro assunto e geraria mais polêmica, pois é óbvio que certas regras estão longe de serem ideais.
Talita

taty disse...

Talita,
Eu não estou discordando do Chingis Khan, muito pelo contrário. ;)

Eu apenas ressaltei que nesta sociedade machista, este auto controle é mais exigido das mulheres e pouco exigido dos homens.

Bjs!

Chingis Khan disse...

Taty e Talita,

Vocês compreenderam meus argumentos. É exatamente isso que quis explicitar. Não é culpa tão somente de um ou outro fator, mas um conjunto deles.
Não estou defendendo que toda vilência de homens x mulheres seja fruto da testosterona. Isso é um fator "gatilho", o que é preponderante será o julgamento do que é certo e errado e nesse aspecto a cultura e o ambiente influem muito mais, e para "domar essa fera" é necessário um exercício continuo e incansável, porque se deixar levar é (além de justificavel pela cultura machista) muito mais fácil do que lutar contra.

Anônimo disse...

Ah sim, rs.
E concordo com vocês dois.
Talita

Anônimo disse...

Leila Silva, que coisa legal... temos vários aspectos em comum!!! Você sabe que nos EUA o Estado da Louisiana até hoje mantém o Código Civil Napoleônico? Pois é, a França deixou uma grande legado em terras amercianas tb e isso esse aspecto na cultura francesa foi um deleite pra mim que já vasculhei a vida de Bonaparte em tantos aspectos descohecidos dos próprios franceses como vc mesma frisou que nem sempre conhecem sua própria cultura ou melhor dizendo, nem sempre veem sua cultura como nós estrangeiros.

Se vc puder, leia sobre a vida do irmão caçula de Napoleão, qdo o rapaz chegou aos EUA e ficou, casou-se com uma americana milionária e, retornando à França a chamado do irmão, Napoleão deu uma aprontada FEDERAL contra o irmão... mas como a vida dá suas voltas e fecha o círculo, Napoleão Bonaparte pagou amargamente sua maldade. Mas nem por isso a gente deixa de propagar que la langue française est très chic.

Obrigada pela sua colaboração aqui nos comentários em manisfestação aos meu ponto de vista... que é mais do que um ponto de vista e sim uma verdade, entre tantas.

Anônimo disse...

@ Chingis Khan disse...
30 de novembro de 2011 07:59

nada tenho a acrescentar à sua sabedoria e verdade... resta-me expressar meu agradecimento pela sua exposição.. copiar e distribuir suas palavras entre mulheres que não compreendem os efeitos das acentuadas diferenças hormonais entre homem e mulher.

(e antes que alguma "amiguxa" me ataque, esclareço que por compreender as tais diferenças não endosso irresponsbilidade masculina qdo agridem e culpam hormônios apenas.)

Luiz disse...

Tenho duas amigas e colegas pesquisadoras (Uma bióloga e a outra psicóloga) que estudam o quanto os hormônios influenciam no comportamento dos mamíferos. Os seus resultados com ratos demonstram que quando estes são submetidos a doses altas de testosterona se tornam mais agressivos e violentos. Elas fizeram também a aplicação de testosterona em ratas e observou um comportamento bastante semelhante ao que foi observado nos ratos. Segundo me disseram pretende agora repetir o experimento em coelhos. Contarei aqui os resultados

Outro detalhe que me chama a atenção nos comentários das mulheres é o fato delas relatarem que muitas das vezes ignoram os homens e eles insistem em continuar se submetendo a esse tipo de coisa. Durante minha solteirice nunca me submeti a esse tipo de constrangimento. Tomei "foras" (No meu tempo se dizia levar tábua) de mulheres sim. Mas tomava um único fora. Para eu tomar dois foras de uma mulher eu teria que achar que ela valia muito a pena. Recordo me de apenas duas mulheres que me deram dois foras. Uma ex namorada e uma moça que eu achava muito interessante. Três foras? Nunca. Nem da Sharon Stones eu tomaria três foras. Minha religião definitivamente não permite isso. Gosto muito da minha esposa, mas se ela amanhã dizer que não quer mais continuar comigo certamente ficarei triste, mas definitivamente não irei atrás dela mendigar por migalhas de carinho e atenção.

Os seres humanos só se fazem respeitar quando eles próprios se respeitam. Além do mais não dá para tratar como prioridade quem te trata como opção.

Elaine Cris disse...

Esse post toca em vários pontos interessantes. Primeiro essa ideia de que certos homens parecem ter de que se você é mulher, obrigatoriamente vc é menos inteligente e menos sabida que ele em qualquer assunto. Aí quando se vê sem argumentos ou os próprios fatos mostram que ele se enganou, nem assim volta atrás, tenta te vencer pelo cansaço ou parte pra grosseria. Uma conversa boba vira uma disputa.

Outro ponto interessante é esse que acredito que toda mulher já passou na vida.
Você aprende que tem que ser simpática, dar um fora educado, inventar uma desculpa ou sair pela tangente. Aí o cara finge que não entende, continua te enchendo até se tornar inconveniente ou então sai reclamando que foi feito de bobo ou que a mulher mudou de ideia.
Por outro lado, se você é mais direta e diz na cara que não está a fim, você é grosseira, barraqueira, uma baranga que ele nem estava tão a fim mas que está se achando e blábláblá, fica na cara que aquelas ofensas todas são típicas de quem não admite perder, não admite ter razão. Não conheço mulher que nunca tenha passado por isso.

Elaine Cris disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Elaine Cris disse...

Ah, e vi algum cara afirmando que a primeira vez que se falou em sujeição das mulheres foi no século XIX por Stuart Mill, mas isso não está correto.
Lá atrás, no século XVI uma freira mexicana chamada Joana Inês de La Cruz já escrevia sobre o assunto.
Várias mulheres no século XIX também já falavam sobre o assunto, incluindo a brasileira Nísia Floresta.

Fábio disse...

Ah, como gostaria que isso pudesse ser aplicado dos dois lados...

Em algumas situações dei respostas diretas para questionamentos ou sujestões de algumas mulheres, e dali em diante, de cara legal passei a ser um ogro sem sentimentos.

Seria tão bom se o mundo fosse como a feminista quer, com nós homens também também podendo dar respostas francas e diretas ao invés de sorrisos e adulações fajutas para perguntas do tipo: "eu engordei muito? o que vc acha?"; "vamos passar 15 dias das nossas férias lá na mamãe, vai ser ótimo, vc não acha?"

Anônimo disse...

Fábio

É um tanto óbvio que um comportamento criticado será criticado de qualquer jeito, não importando de quem venha.
Por que, então, estamos focando as críticas aos homens? Ora, por uma questão de contexto. O homem não teme a violência sexual na mesma intensidade e frequência que a mulher. O receio de dar um fora mais direto, a "obrigação" em ser educada e dócil vem do medo. A mulher teme que aquele homem insistente seja mais violento com ela.
Falamos sob a ótima feminina, o que não quer dizer que haja dois pesos e duas medidas. Discutimos sobre os nossos problemas, o que nos afeta diretamente.
Pessoas mimadas, inconvenientes, que não aceitam "não" como resposta existem em ambos os sexos, não estamos apontando os homens como os únicos a terem esse tipo de comportamento. O que discutimos aqui é a ideia machista de que a mulher foi feita para satisfazer o homem, que o homem é merecedor da atenção e afeição de qualquer mulher, sem que haja o consentimento dela.

yulia disse...

''Eu, por exemplo, na TPM maximizo todos os meus problemas,
faço tempestades em copo d'água e sou menos compreensiva. É fato!''

vc espanca e mata alguém quando está na tpm?

testosterona é usado como justificativa para assassinatos
e agressões fisicas.

yulia disse...

Luiz, o fato de ter havido autores que escreveram sobre a opressão da mulher,não necessariamente tornam mentores e criadores do movimento feminista.

yulia disse...

: "eu engordei muito? o que vc acha?"; "vamos passar 15 dias das nossas férias lá na mamãe, vai ser ótimo, vc não acha?"
________
rsrsrsrs

acontece que vcs homens não querem isso.
muitos dizem que se não falar eu te amo, não conseguem transar. vcs se beneficiam da hipocrisia.

yulia disse...

Por outro lado, se você é mais direta e diz na cara que não está a fim, você é grosseira, barraqueira, uma baranga
_______

pode cre. eles falam que vc nem é tão bonita assim e que tem mulher melhor do que vc. ora se tem, porque não foi logo nas melhores? rsrsrsr

minar a autoestima da mulher logo quando é rejeitado, é a primeira lição da cartilha de nessahan

Chingis Khan disse...

@yulia

"vc espanca e mata alguém quando está na tpm? "

Já ouvi casos em que mulheres agiram agressiva e desmedidamente por conta de disfunção hormonal também yulia. Pode não ocorrer com todas (Assim como nem todos os homens se comportam como ogros só por conta da testosterona). Há também os casos de depressão pós parto...

Chingis Khan disse...

Ah, esqueci de dizer o que quis com o comentário acima...

É que nem sempre pode-se explicar um comportamento violento apenas pelo desejo de agredir ou pela cabeça tacanha de certos individuos, nem sempre está tudo nas mãos da razão...

Chingis Khan disse...

@Fabio

"Seria tão bom se o mundo fosse como a feminista quer, com nós homens também também podendo dar respostas francas e diretas ao invés de sorrisos e adulações fajutas para perguntas do tipo: "eu engordei muito? o que vc acha?"; "vamos passar 15 dias das nossas férias lá na mamãe, vai ser ótimo, vc não acha?"

Acho que a questão é o jeito da resposta muito mais do que a resposta em si Fabio. Sei como você se sente. Quando sua companheira lhe fizer pergunta semelhante novamente, faça o teste. Responda serenamente:

"Eu engordei muito?"
Você quer minha opinão sincera? (Colocando desse modo você demonstra que é SUA opinião e está perguntando se ela quer saber. Não pode ser responsabilizado ou achacado por alguém que quiser saber SUA opinião).

"Vamos passar 15 dias na casa da mamãe, vai ser ótimo! Voce não acha?"
Olha, eu sei que é sua mãe, mas tente entender minha situação, eu gostaria de desfrutar esses 15 dias com você de outra forma. Que tal reduzirmos isso pela metade?

(Agora não adianta nada você achar ruim visitar a casa dos sogros e não sair da casa do seus pais... Ai perdeu a moral meu irmão.)

Morena Mariah Couto disse...

Para quem acha que estamos exagerando e que temos que apresentar argumentos consistentes, vai aí uma história que aconteceu comigo e que não tem agravadores. Mas me ofendeu muito e eu não tenho como apresentar "fatos consistentes", tenho apenas o asco que eu senti.


Sou casada com a Luiza. Eu tenho 20 anos e ela 23. Ela é branca, pequenininha e magra. Eu sou alta, negra, magra. Muitos pessoas nos olham na rua porque andamos como um casal. E por isso se sentem no direito de falar e fazer o que bem entendem. Pegamos um ônibus por volta de meia-noite, estávamos sentadas juntas num dos bancos, o ônibus só tinha homens. Entra um homem. Senta atrás de nós. Após ter feito alguns carinhos nela, o tal cara que sentou atrás de nós começa a mascar nojentamente um chiclete. Quando eu digo isso é porque foi da maneira mais sórdida, de pernas bem abertas, com uma expressão bem nojenta. Só faltava abrir o zíper e se masturbar ali mesmo. Descemos pontos antes da nossa casa. Eu não tinha fatos concretos, mas sei muito bem, senti na pele, como aquele cara foi estúpido, me senti estuprada. E aliás, a maioria da violência que eu e ela sofremos na rua é bem velada, exatamente para que você não possa retrucar.
Outra aconteceu ontem mesmo. Estávamos voltando da academia, passamos por uma fábrica, um cara assoviou, mandamos o cara pro inferno, ele começou a gritar, e dar dedo do meio pra gente. Afinal "ele estava apenas no direito dele de simplesmente assoviar". Todas nós sabemos quando um cara está assoviando, e quando um cara está assoviando pra você.

Não é só com a razão que entendemos as coisas. Nós sentimos sim quando somos oprimidas pelos outros. E na maior parte das vezes é bem sorrateiro exatamente pra que você não possa reclamar. Poderia listar 500 mil vezes que passei por isso com homofobia, com racismo, com sexismo. Enfim... Sim, nós sabemos.

Vinicius disse...

""Eu engordei muito?"
Você quer minha opinão sincera?"

Ou seja, sim, engordou pra caralho.

Anônimo disse...

Yulia,

Eu acho que essa coisa de minar a auto-estima quando se é rejeitado é do ser humano e do homem. Assim cm um homem pode dizer "Vc nem é tao bonita, só queria te pegar mesmo!", a mulher pode dizer "Nossa, não me quer?Só pode ser veado!". Acho que isso é meio que uma auto-proteção.

Chingis Khan disse...

@Vinicius

Responder "Sim, engordou para ****" ou simplesmente SIM, ríspidamente só corrobora para a reclamação delas de que somos cavalos desalmados Vinicius.

Em contrapartida mentir dizendo: "não, eu acho que está perfeita" quando na verdade você não acha isso não é leal nem para ela (Que afinal pediu a opinião) nem para você.

Morena Mariah Couto disse...

Gente, desculpa mas essa coisa de eu engordei muito e vamos passar 15 dias na mamãe derivam de outro problema, nada a ver com machismo. Isso tem a ver com falta de crítica e de diálogo. Primeiro: as poucas mulheres que valem a pena que eu conheço não fazem esse tipo de pergunta idiota. Elas sabem quando engordaram ou não, não precisam desse tipo de artíficio para preencher ego. E segundo: 15 dias na mãe? Quem é a louca que namorando ou casada vai querer ficar 15 dias na casa da mãe? Uma coisa é uma visita ou um fim de semana, outra é uma insanidade como 15 dias de falta de privacidade para você e @ parceir@ na casa da mamãe. Isso é muita falta de senso crítico e de diálogo. Pelo menos no meu casamento não rola nenhuma das duas coisas. Eu moro na casa da minha sogra atualmente, mas sei o quanto a minha mãe é insuportável quando quer e não faria isso nem comigo, nem com a minha esposa; que aliás tem toda liberdade pra dizer que não gosta da senhora minha mãe.

Vale falar e agir com quem a gente namora/casa com muita sinceridade!!! Isso ajuda muito a fazer durar...

Morena Mariah Couto disse...

Sobre essa coisa de responder na cara do indivíduo que vc não quer nada com ele, também tenho algumas experiências engraçadas.
Eu namorei diversos homens até conhecer a Luiza. E depois que os meus ex's descobriram que eu tinha casado com ela (sim, foi tudo rápido! eu tinha descoberto o que eu realmente queria) vinham dizer que ainda gostavam e blá blá blá. Até hoje isso ainda acontece um pouco (casamos há 1 ano e alguns meses). Uma das coisas mais válidas que aprendi com esse casamento foi a falar as coisas que eu pensava pra quem quer que fosse. E nesse caso foi bem engraçado porque alguns deles estavam agindo na lógica de que como havíamos namorado ele teria agora o direito a um ménage, já que relacionamento de mulher com outra mulher está à serviço do prazer de um homem SEMPRE. E quando eu dizia que não era isso, que não queria mais inclusive ter contato com o gajo para não ter que aturar conversinhas furadas (coisa que eu fazia antes) de "oi tudo bem" alguns ficaram putos, outros fizeram a linha magoado, outros tentaram ser amiguinhos pra dar continuidade na tentativa. Enfim, hoje eu falo mesmo na cara: "você não é meu amigo, você quer me comer, eu não quero você, logo não temos nada pra conversar". Alguns ainda ficam putos. Mas definitivamente eles não sabem quão machistas eles são.

Luiz disse...

Eu não acho que algum homem tem que criar movimento feminista. Para ser sincero, eu não gosto muito de nenhum movimento engajado. Nem de partidos políticos. Provavelmente Stuart Mill não queria criar nenhum movimento com seus escritos, apenas retratou uma realidade que ele achava que era inadequada. Discutiu um problema. Provavelmente outras pessoas fizeram isso antes dele. A vivência científica mostra isso. Em geral uma ideia vem sendo apresentada de maneira difusa até que alguém a condense em uma única tese. Em geral um pensador ou cientista não busca as idéias dele do nada. Quase sempre se inspira em um antecessor.

Quanto a questão da violência e sua possível ligação com a testosterona, apenas relatei um fato que vem sendo testado com algum sucesso em animais por duas colegas minha. Acredito que nós somos seres racionais e que medimos as consequências dos nossos atos, mas não o tempo todo. Temos instintos e deveríamos aprender a controla-los e a melhor maneira de fazer isso é conhecendo. Um animal habita dentro de cada um de nós. temos que doma-lo. Mulheres tem TPM? Provavelmente sim. Eu nunca tive, mas meus conhecimentos sobre biologia natural não me impedem que eu empiricamente tente entender como que intensas variações hormonais podem afetar o corpo de alguém. Esse é o princípio da transcendência que a ciência se baseia. Mas isso tem que ser olhado com ressalvas. Isso justifica crimes? Não.

Todo mundo reclama aqui do número de assassinatos contra mulheres no Brasil. Eu por exemplo reclamo do número de assassinatos no Brasil que é de 58 mil por anos. Em números absolutos somos o país que mais mata no mundo (Tem gente que diz que somos um povo pacífico). Onde está o problema? Na minha visão está no código penal que é muito brando. Outro dia fui acompanhar um julgamento de homicídio no Fórum. Sabe quantos anos o homicida ficará preso de fato? 5 anos. O resto ele ficará em regime semi aberto. No meu ponto de vista isso explica os nossos índices de homicídios. Matar por aqui compensa pois a pena é muito branda. Se dependesse de mim ele passaria o resto da vida preso (Sou contra a pena de morte, mas pelas razões opostas a todo mundo. Acho que é uma pena branda demais). Se introduzíssemos uma lei mais severa para homicídios as pessoas iam pensar duas vezes antes de matar alguém. Seja este alguém homem ou mulher.

Chingis Khan disse...

@Morena Mariah Couto

Pois é Morena, falou uma coisa importante a respeito da forma como a maioria dos homens vê um relacionamento lésbico e isso é histórico e arraigado. Homens tendem a enxergar relacionamento lésbico como "coisa bonita" (Pelo menos nunca ouvi um homem dizendo "que nojo duas mulheres se beijando), porque afinal duas mulheres é melhor do que uma.
Nisso eu concordo com a maioria, é puro machismo descarado. Parece até os padres inquisidores do séculos XVI ao XVIII que achavam ser impossível homosexualismo entre mulheres porque não haveria possibilidade de consumação do ato.
Afinal numa sociedade falocentrica sexo só com penetração.

Morena Mariah Couto disse...

Chingis Khan, disse tudo! Quando eu contei pra minha mãe, depois de todo o piti que ela deu, no fim ela perguntou: mas como, como que você vai fazer agora?
A única coisa que eu consegui foi rir muiiito. Achei bem engraçada tanta ingenuidade vinda de uma pessoa de 56 anos...

Chingis Khan disse...

@Luiz

Concordo. Apenas discordo do final, quando você diz ser o problema da pena a causa da violência.
Os EUA tem penas duríssimas (Capital inclusive) e nem por isso a população carcerária diminuiu nos últimos anos ou a violência reduziu drásticamente.

Então você tem o exemplo de NY. O que mudou daquele cenário Trash dos anos 80? Tudo e porque? Porque fizeram uma pancada de reformas para COIBIR o crime e não somente puní-lo com rigor.

Certa vez assisti um programa num canal a tanto tempo atrás que não me lembro nem onde foi, mas lembro que era sobre um assalto a uma casa na europa que tinha quadros valiosíssimo e que no final o bandido acabou preso, porque?
O analista de segurança disse que o obejtivo da segurança é impedir que o meliante cometa o crime. A casa entaõ tinha mil e um dispositivos para ir bloqueando o acesso do cidadão dificultando ao máximo o objetido dele de praticar o roubo, alarme, trava nas portas, cameras de segurança que gravavam etc. Mesmo assim o fulano persistiu no ato e quando achou que finalmente se daria bem a polícia chegou e o prendeu. O mal da violencia no Brasil é que o bandido NUNCA acha que vai se dar mal, porque se tiver a mínima dúvida, não comete o crime. Afinal mesmo que a punição seja branda, cadeia brasileira não é nenhum spa noruegues.

aiaiai disse...

Gente, proponho a escolha do Luiz (do comentário das 10h29 para ganhar o troféu homexplicanismo do post!

Chingis Khan disse...

Alias, aproveitando o gancho do Luis da até para fazer um paralelo com o assunto do machismo.

Fulano que agride mulher (fisica e moral) o faz porque acha que não vai sofrer sanção da sociedade.
Quando sofre fica se borrando de medo.

Vide o caso do babaca que quebrou o braço da moça na boate ou o mais recente do jogador em Pernambuco que beijou a força uma jovem na festa e agora está sendo indiciado por estupro.

O problema no segundo caso é que ele se meteu a besta com a mulher errada. Fosse "uma qualquer" ninguém daria moral para a coitada dizendo que ela estava exagerando.

Morena Mariah Couto disse...

É desarticulando os movimentos que se cala os oprimidos. "Não gosto de política", "acho isso tudo bobagem". Eu detesto partidos, acho que o sistema partidário está podre por dentro. Nem por isso desmereço as lutas necessárias empreendidas por estes. Para mudar as conjunturas é necessária participar delas, querido Luiz. Não é dizendo que não gosta, fazendo o blasé que algo acontece. Ou será que o objetivo é deixar tudo como está?
Esse discurso do "todos morrem" é muito pra mim. "Branco também morre, por que olhar pra preto", "hétero também morre, por que olhar pros gays", "homem também morre, por que olhar pras mulheres"? Por que, Luiz? Se podemos ficar de braços cruzados, pra que fazer algo? Branco não morre por ser branco, hétero não morre por ser hétero e homem não morre por ser homem. As mulheres morrem porque os homens se sentem no direito de matá-las. Os gays morrem porque os héteros se consideram superiores e no direito de matá-los. E por aí vai. Isso é uma questão de dívida social, já ouviu falar? Assim como os males da escravidão perduram SIM hoje em dia, os males do patriarcalismo também matam mulheres. E esse negacionismo é uma forma vil de silenciar as pessoas. Eu SEI que os negros tem menos oportunidades. Sou negra e sou uma exceção e sou lembrada disso o tempo todo, pois na faculdade onde estudo não existem negros, já perdi oportunidades de emprego por ser negra. E isso não é perseguição, nem se fazer de coitado, isso é realidade!!! Mulheres são mortas SIM por homens que se sentem nesse direito. É necessário evitar esses crimes e, óbvio, todos os outros!

Não adianta negar.

Morena Mariah Couto disse...

"Quando uma mulher discorre de maneira mais assertiva, é comum tomarmos essa atitude linguística como ataque pessoal, classificando-a como sinalizadora de grosseria propositada. Isso ocorre porque, atrelados ao senso comum, julgamos “anti-natural” que uma mulher se posicione de maneira clara, objetiva e, sobretudo, assertiva."

Retirado de http://blogueirasfeministas.com/2011/10/feminino-feminismo/

nanachan290 disse...

Luiz, você sabe me dizer se suas colegas, as que estão fazendo ou fizeram a pesquisa, também fizeram aquele teste de dar choques nos animais com os n´veis de testosterona altos, toda vez que eles demonstravam agressividade? Assim saberíamos melhor se até os animais são capazes de frear um impulso hormonal quando são repreendidos anteriormente, ou não.

Vinicius disse...

"Chingis Khan disse...
@Vinicius

Responder "Sim, engordou para ****" ou simplesmente SIM, ríspidamente só corrobora para a reclamação delas de que somos cavalos desalmados Vinicius.

Em contrapartida mentir dizendo: "não, eu acho que está perfeita" quando na verdade você não acha isso não é leal nem para ela (Que afinal pediu a opinião) nem para você."

Vc não entendeu, só de fazer a pergunta "Quer que eu seja sincero?" a resposta 'sim' já fica evidente.

Se fosse não, não precisaria deste "quer que eu seja sincero?"

Vinicius disse...

Chingis Khan

Qualquer um pode ser um cavalo desalmado. O machismo é o próprio julgamento por base do peso, por exemplo.

"puta merda, ela engordou... Acho que esse relacionamento não vai pra frente"

Esse é o problema do 'Sim'. Incluso nele também está a reprovação generalizada, por conta da ditadura do peso e etc etc etc etc etc.

Eu creio que a própria pergunta já é um problema, pois supõe a submissão à esses valores (o que é bem comum).

Desvirtuei de novo, mas achei bacana, não me julguem mal.

yulia disse...

Já ouvi casos em que mulheres agiram
agressiva e desmedidamente por conta de disfunção hormonal também yulia.
___________


o que vale é espancar e matar, tem alguma mulher
que fez isso durante a tpm?
crises de choro e acessos de raiva não vale.matou ou não?
Ainda que tenha matado, isso não serve de justificativa
a proporção de mulher que mata na tPM é infinitamente inferior ao cara que mata por causa da testosterona. quantos tem esse problema e não mata e nem agride? mulher idem.

ademais jusitificar qualquer que seja o crime sob esse prisma não é o certo.
lugar de assassino psicopata é na cadeia seja homem ou mulher, SEM MAIS!

''Há também os casos de depressão pós parto...''

sim, mas ninguém aqui é idiota de justificar uma mulher que tenta matar o filho por causa disso.
lugar dessas é na cadeia. assim como os esquentadinhos testoesteronicos que resolveM matar.

O fábio, chega na garota e fala assim eu não te amo não , eu só quero te comer... pode ser?

depois conta como foi...rsrrsrsr

Annah disse...

Escarlate: algumas mulheres não sentem nenhum tipo de dor ou alteração de humor durante ou antes da menstruação.
Obviamente os médicos não deveriam desqualificar seus problemas, já que você diz que têm. (eu tinha uma amiga que ficava de cama por causa da cólica, enquanto que eu nunca nem sei quando vou ficar menstruada)
Agora, acho que "TPM" é um nome moderno para o que chamavam de "histeria" no século XIX. Nós não podemos aceitar que alguém fale "você está de TPM" quando reclamamos de outra coisa, não podemos nos dizer escravas de uma variação fisiológica que nos torne menos capazes de racionalizar.
Além disso, ao invés de histórias pessoas, deveríamos nos basear em pesquisas cientifícas honestas, antes de ter certeza que "é assim e ponto final". Do mesmo jeito, um homem que diz que fez algo agressivo por causa da testosterona está erado. Não somos animais irracionais e descontrolados.
Eu realmente não aceito ser chamada de histérica e acho que toda mulher deveria pensar o quanto é grosseiro ouvir um "tá de tpm..." quado faz uma reclamação legitíma ou está aborrecida por qualquer outra coisa.

Anônimo disse...

Yulia, você está distorcendo os comentários de alguns comentaristas. Pelo que entendi, ninguém está justificando comportamento de assassino com testosterona. Um assassino não é assassino por causa de 'excesso de testosterona', seria um absurdo alegar uma coisa dessas. Não somos bichos desenfreados, sem controle sobre nossos impulsos e atos, e uma prova isso é justamente o fato de sermos capazes de debater,lucidamente, como fazemos, por exemplo, aqui, neste blog. Uns desenvolveram melhor essa capacidade. Há um outro extremo - gente que mal sabe se articular e age de forma menos consciente, mais animal (não estou justificando esse tipo de comportamento). O que quero dizer é que você, bem esclarecida, não pode querer se comparar a todo mundo e apontar como o outro deve agir, se você não conhece o histórico, a vida da pessoa. Não se controla pensamentos, mas é possível (e muito bem) controlar o que falar e como agir; ninguém nega isso. Agora, esse autocontrole varia de pessoa para pessoa. No assunto em questão, estamos falando de uma conjução de fatores - familiares, sociais, históricos, ambientais, etc. etc. etc., determinantes de algum tipo de comportamento. Vou dar um exemplo bem simples (aliás de como o MEIO influi, e não só a parte biológica: você acha que um cara criado na favela, sem a mínima perspectiva, vendo gente morrer diariamente, violência por todos os lados, lida com seus impulsos e hormônios da mesma forma que um cara criado em uma família estável, com persepctiva, instrução e boas condições de vida? (faço essa comparação já que você começou a falar de assassinato, embora isso gere discussões de outra natureza, além do que está sendo discutido aqui. Falar em psicopatia então - vc mencionou 'assassinos psicopatas' - estende ainda mais o assunto, engloba outras questões, tornando a discussão MUITO, mas muito mais complexa. O exemplo que dei mais acima serve para ilustrar, bem grosseiramente (sem aprofundar muita coisa) que comportamentos - seja lá quais forem eles - não são adotados APENAS devido a fatores biológicos - você (mal) interpretou que alguns estão justificando a agressividade com testosterona e não foi nada disso que foi dito. Basta ler as coisas com calma e em contexto. Foi falado sobre a 'influência' dos hormônios nos comportamentos. Mas é ÓBIVIO que ninguém age com base apenas em hormônios. É óbvio! Não somos animais. Comportamentos são predistpostos por INÚMEROS fatores. E comportamentos agressivos devem ser punidos (ninguém disse o contrário aqui). Não dá para reduzir uma exlicação de maneira tão simplista. Acho que ficou bem claro, para a maioria pelo menos, de que estamos falando de um CONJUNTO DE FATORES, repito e repito novamente. Todos vivemos em sociedade, com regras de conduta, com leis, normas - mil etcs - que determinam nossa forma de agir, que pode e deve ser controlada.
Talita

aiaiai disse...

só p constar, eu nunca tive TPM e já me desqualificaram muitas vezes com esse "tá com TPM?" É ofensivo pacas!

yulia disse...

''O que quero dizer é que você, bem esclarecida, não pode querer se comparar a todo mundo e
apontar como o outro deve agir, se você não conhece o histórico, a vida da pessoa.''

Não estou apontando como todo mundo deve agir, mas tenho o direito de não aceitar assassinos ou gente agressiva gratuita por quaisquer motivos.
aquele tal lindemberg que sequestrou e matou a eloá, até onde se sabia ele era tido como trabalhador e sério.
o assassino de realengo, também era tido como sério e pacato, dois cidadãos acima de qualquer suspeita e de repente.... matam.
e aí? o que explica? dois cara com um passado limpo.
o que motivou eles a fazer o que fizeram, não sei.só sei que a sociedade não pode e nem deve tolerar isso e eles tem que pagar pelo seus crimes, pois eles se converterama uma ameaça social.

''você acha que um cara criado na favela, sem a mínima perspectiva, vendo gente morrer diariamente, violência por todos os lados, lida com seus impulsos e hormônios'


isso não é desculpa. tem muito cara de favela que tinham
tudo para ser bandido e não foram. buscaram trabalhar
melhorar de vida.
assim como tem muito playboysinho que mesmo dinheiro carro, faculdade, cometem crimes. os famosos pitboys.
saem na noite para ficar espancando sei la quem.
os filhos do dono da rbs doparam e estupraram uma garota da maneira mais horrivel que se podeimaginar.
e aí? estrutura e familia eles tem. eu teria enfiado
esses dois na febem, e quando fizessem 18 anos era cadeia para o resto da vida... mas aqui é
Brasil, né? fazer o que?

''Falar em psicopatia então - vc mencionou 'assassinos psicopatas'''

vc quer discutir o histórico de vida deles certo?
como eu disse nos dois exemplos acima, dois caras de passado
insuspeito fizeram o que fizeram e aí? passado não livra a cara
das pessoas.

''E comportamentos agressivos devem ser punidos (ninguém disse o contrário aqui). Não dá para reduzir uma exlicação de maneira tão simplista.''

ta, mas não sou eu que fico encontrando subterfúgios para justificar criminosos ou agressivos.
seja ambiente hormonios, familia ,classe, não interessa , matou,bateu tem que ser preso, pronto. se vc concorda também com isso ,
então ta tudo resolvido.

Liana hc disse...

AHB, eu também nunca sei quando vou ficar menstruada, não sinto nada, só vem. Muito difícil ficar com dor e minha alteração de humor, quando tenho alguma, é ficar desanimada, sem energia.

Já para quem tem dor é importante insistir com o médico ou trocar até achar um que dê a devida atenção.

Como mulher tem o sistema hormonal mais delicado, ir num endocrinologista fazer um check up pode ser interessante. Um problema menstrual pode ser resultado de outras coisas além da competência do ginecologista.

Chingis Khan disse...

@Yulia

Você não me entendeu Yulia. Não estou dizendo que todo comportamento violento é causado por disfunção hormonal, mas como disseram Talita, Taty e outras esse aspecto não deve e não PODE ser descartado.

Eu vejo que muitas aqui defendem com unhas e dentes a tese de que somos seres absolutamente racionais. Poxa vida, se for o caso como explicar casos como o dos rapazes psicopatas que você citou? Ou então, como explicar comportamento anti-ético de professoras e professores que fazem sexo com seus alunos? Eles não são racionais?
Desculpem, mas me recuso a acreditar que somos um computador, imune a qualquer influência das biles de nosso corpo animal. O que nos torna racionais é um cérebro grande e cheio de terminações nervosas, uma estrutura física desenvolvida pela natureza e que tem sim seus defeitos estruturais.
Fico curioso com essa postura "Razão triunfa sobre todo o resto" sempre que a escuto pois é uma forma de Antropocentrismo moderno. Dizer que o ser humano é absoluto e supremo, imune a qualquer influencia biológica que o restante do corpo possa influir na tão poderosa e onipotente razão é desprezar todo o avanço científico dos últimos 100 anos.

Eu acredito ter entendido seu argumento. Nada justifica um crime capital. Acrescentaria mais, nada justifica crime nenhuma, mas eles acontecem memso assim a pelo menos 1 milhão de anos.
Recentemente a corte norueguesa concluiu que o atirador que matou quase uma centena de jovens é iniputável, tem problemas sérios de cabeça e por isso não pode ser responsabilizado pelo crime como um criminoso comum. Por conta disso vai ficar o resto da vida trancado num manicômio porque sua condição "especial" o torna incapaz de viver em sociedade. Não foi a razão dele que o fez cometer o crime, foi uma disfunção cerebral.

O que estou apontando com esse meu argumento não é a defesa de crimes baseadas na testosterona masculina. Mas que esse hormonio influencia na elevada taxa de violencia do homem em comparação a mulher. Com relação a depressão pós parto, sinceramente, procure se informar, a mulher que sofre esse mal não quer matar o filho por pura maldade, ela simplesmente está fora de si e precisa de ajuda para superar esse problema.

Se não me engano foi Rene Descartes que disse: "Não há nada no mundo que esteja melhor repartido do que a razão: toda a gente está convencida de que a tem de sobra."

yulia disse...

cara, quantos fakes vc tem aqui?
a minha ultima resposta foi para a talita aguardo a resposta dela, não precisa responder por ela.
esse negócio de um responder pelo outro já está virando baderna aqui.


''Eu vejo que muitas aqui
defendem com unhas e dentes a tese
de que somos seres absolutamente racionais''

e somos também. temos ciência do certo e do errado.O resto é desculpa.

''Poxa vida, se for o caso como explicar casos como o dos rapazes psicopatas que você citou?''

a talita disse que tinhamos que levar em conta seus históricos de vida, não estou tentando
explicar nada, eu é que quero uma explicação dela já que ela abordou fatos como familia e influencias sociais. pergunte isso a ela.

''Eles não são racionais?''

sim, são, e cometeram crime. um está preso o outro, como tinha ciencia de que era
errado e repugnante sua atitude, tratou de se matar.
na hora de planejar o sequestro , de planejar o ataque
os horarios a rotina da escola, usaram toda a sua capacidade racional e frieza para planejar os ataques.

''Desculpem, mas me recuso a acreditar que somos um computador, imune a qualquer influência das biles de nosso corpo animal. ''

criminoso é criminoso, já é a milésima vez que vc vem com essa, depois não gosta quando a gente fala que vc tenta justificar os crimes.

''Dizer que o ser humano é absoluto e supremo, imune a qualquer influencia biológica que o restante do corpo possa influir na tão poderosa e onipotente razão é desprezar todo o avanço
científico dos últimos 100anos.'''

lugar de animal é trancafiado na jaula. acho engraçado isso, somos animais....ah tá mas os ''animais'' não querem abrir mão do computador do celular, do carro, das roupas, quer que todo mundo respeitem as leis , a propriedade , o patrimonio
enfim todas as benesses que o processo civilizatório
trouxe.
nessas horas ninguém quer ser animal, só quando (interessa)
estou farta dessa pseudo -ciencia evolutiva obscurantista.
quer ser animal, vá viver como animal, abra mão
de tudo isso da casa, dos bens e suma no mato. vão viver da caça , da pesca e do nomadismo.


''mas eles acontecem memso assim a pelo menos 1 milhão de anos.''

sempre haverá uma cadeia para eles. não se preocupe.

''Com relação a depressão pós parto, sinceramente, procure se informar, a mulher que sofre esse mal não quer matar o filho''

não quer matar , mais mata, tem que ser presa. ponto!
não está em discussão a intenção e sim o fato!

Chingis Khan disse...

@Yulia

Uau... bom acho que depois dessa devo recolher-me a minha insignificância contemplativa, Yulia, seus argumentos são definitivamente superiores e irrefutáveis.

Acho que você seria mais feliz vivendo na China. Esse seus discurso fundamentalista tem muito eco lá.

Anônimo disse...

Yulia, eu já tinha desistido de refutar sua última resposta ontem, mas já que você aguarda um argumento meu, resolvi postar pela última vez sobre este assunto. Eu SABIA que você falaria sobre os 'playboys' que comemtem crimes e também era previsível que você mencionaria os que, apesar do meio violento em que vivem, da opressão, da falta de recursos ou perspectiva, não se tornaram bandidos e melhoraram de vida. Eu já previa sua reação, porque ela é óbvia, mas não vou argumentar sobre isso, pois leva o assunto a uma outra esfera. De qualquer forma, mais uma vez (cansei), o que estamos tentando dizer é que, comportamentos (de qualquer natureza, inclusive os bons) são influenciados por uma gama variada de fatores, e não UM ÚNICO isolado (seja ele qual for: social, econômico, histório, biológico). Por esse argumento, você NÃO deve inferir que estejamos defendendo comportamentos agressivos, muito menos crimes. Você disse "...não sou eu que fico encontrando subterfúgios para justificar criminosos ou agressivos". Bom, pelo que li, as pessoas cuja opinião você está atacando (de forma agressiva, a propósito) também NÃO estão justificando crime nem agressão, entenda isso. Acho que para a maioria ficou claro. E os dois últimos comentários do Chingis Khan complementam o meu. Sem mais.
E, sem dúvida (concordando com você; está satisfeita?) criminosos não devem ficar impunes, mas, como já argumentado aqui também, cada caso é um caso, e um criminoso com distúrbio psicológico deve ser punido de forma diferente de uma pessoa, digamos, 'normal'. E por favor, por respeito aos que tem familiares e amigos com depressão, não venha falar que uma mãe com depressão pós-parto deve ser julgada da mesma forma que mães aparentemente 'normais'. Tenho histórico de suicídio na minha família - esse assunto é seríssimo - e essa pessoa da minha família, que cometeu a agressão contra ela mesma, estava certamente fora de si e sem condições racionais perfeitas.
Sobre este assunto, fica aqui meu último comentário. Cansei!
Talita

Vinicius disse...

Fiz um post, queria que vissem

http://cabanadeinverno.wordpress.com/2011/12/02/homem-estuprador-poder-e-genese-do-masculinismo/

Vinicius disse...

Acho que esse Link pro Post facilita as coisas.

REPLICANTE disse...

Lola qual sua opinião sobre sexismo? sendo que nós homens só reconhecemos subjetiva personalidade. e porque é proibido discordar de certos dizeres do feminismo??????!

yulia disse...

''Eu SABIA que você falaria sobre os 'playboys' que comemtem crimes e também era previsível que você mencionaria os que, apesar do meio violento em que vivem, da opressão, da falta de recursos ou perspectiva, não se tornaram bandidos e melhoraram de vida.''


que bom. e vc sabe também que o
que eu disse não é nenhum absurdo.


''Eu já previa sua reação, porque ela é óbvia, mas não vou argumentar sobre isso''

é eu sou a doutora do óbvio mesmo.

''pois leva o assunto a uma outra esfera.''

uai, tava tudo bem, daí vc coloca
fatores sociais , ambientais, familiares não sei mais o que no meio e não quer que eu responda sobre isso?

''você NÃO deve inferir que estejamos defendendo comportamentos agressivos, muito menos crimes.''

ta bom,vcs não estão defendendo e nem justificando e nem amenizando os crimes. mas também não se deve descartar que os criminosos
usam muito da raciocínio e da inteligencia para planejar seus atos.

nenhum disse...

Só um ponto: muitos homens também tem certa dificuldade em dizer "não" para investidas, apropriadas ou não, de mulheres.

Anônimo disse...

Não concordo com boa parte do texto aqui.

Pois se um homem não merece muitas coisas das mulheres só pq ele é homem, o contrario também não é valido. A mulher não tem o direito de direcionar todo o acontecimento só pq ela é mulher.

O que deve existir é respeito e boa vontade de ambas as partes.

Já vi muita mulher desrespeitando o espaço do homem e quando ela se cança de correr atrás acaba chamando tal homem de homosexual.

Karina Catellan disse...

Este foi o primeiro post que li seu e fiquei encantada! Achei o termo "homexplicanismo" bastante adequado para o que se propõe, até porque hoje em dia, estamos nomeando tudo que ainda não tem nome ou renomeando os que já tem.
Mas voltando ao texto em si, adorei a parte de dizer não, é realmente desde modo que as coisas acontecem! O que mais me entristece nisso tudo é o fato de que muitas mulheres não se dão conta de que não merecem e não devem passar por certas situações só por serem mulheres.
Espero que com o passar dos anos, como já vêm ocorrendo, cada vez mais as mulheres se concientizem de quem são e do poder que têm.

Vou parar de escrever porque acho que já estou escrevendo demais e bobeiras hehehehhe, beijos!

Anônimo disse...

agora sense of entitlement é um defeito só dos homens, tá certo...

Anônimo disse...

Engraçado, esses dias eu pensei em algo parecido, mas aplicado às mulheres. Mulherexplicanismo, talvez? É quando uma mulher se sente no direito de explicar ao homem tudo o que ele faz de errado na cultura do flerte, como se ela fosse dona de uma sabedoria genética imemorial acerca de psicologia doméstica. Sabe aquela coisa: "ah, você tem que chegar assi me assado e não assim" Na verdade, ela não sabe mais do que o homem de nada; é que é muito difícil decifrar todos os sinais favoráreis e distinguir os desfavoráveis nesses assuntos (onde o hermetismo de ambos os lados é pressuposto fundamentalmente), mas por alguma suposição presunçosa história, as mulheres acham que sabem algum segredo inacessível aos homens, um mistério delas mesmas, que na verdade não passa do fato delas estarem em uma posição melhor para julgar, uma vez que, culturalmente, é responsabilidade do homem arriscar-se num lance temerário dentro desse hermético e intrincado jogo dos sinais dissimulados: o flerte.

Ruhan disse...

Assim como os homens também não,vcs querem se intrometer no espaço dos homens se dizendo iguais,mas quando os homens querem fazer o mesmo é sexismo! Mulherexplicanismo "As mulheres não têm que automaticamente permitir um espaço pra você nas discussões delas, nos blogs delas, ou na vida delas. As mulheres não têm que permitir que você entre nos movimentos políticos delas, nos espaços delas, no corpo delas, ou em qualquer outra coisa que pertença a elas; você, como homem, não é merecedor de atenção, admiração, afeição, respeito, ou companhia das mulheres, só porque você quer. E se uma mulher disser 'não', você deve respeitar que aquela mulher disse não, e você deve parar.”

Joane Farias Nogueira disse...

""vcs querem se intrometer no espaço dos homens se dizendo iguais""
Mais uma babaca que se acha dono da l(r)ua e não entende o motivo da reclamação alheia. E duro ouvir isso, Ruhan, mas hoje, não tem espaço para divisões por gênero. O que você chama de espaço de homem, é espaço do ser humano, e as mulheres se encaixam como tal.

Joane Farias Nogueira disse...

É complicado! Eles acham que qualquer reclamação nossa é esquizofrenia! Como eu tenho lido no livros da Susan Maushart(Socióloga e feminista) ,"Profissão : esposa" :"Eles são maiores beneficiários do poder. Por qual motivo se moveriam para mudar algo?" eles fazem tudo parecer que é uma reclamação infundada, ou "coisa de mulher". E coisa de mulher não tem valor.
O feminismo é só mais uma "coisa de mulher" que a sociedade não entende e não liga para entender. Por que? Não dou um prêmio pra quem adivinhar.
Tenho lido e me identificado - e ficado revoltada, diga-se de passagem - com muita coisa que a Susan escreve sobre como os assuntos dos homens são nossos e deles. Mas os nossos são só nossos. Pessoas perto de mim que eu considero esclarecidas, que dizem que acha que deve haver igualdade, não entendem o motivo do feminismo : "somos todos humanos". Ok! Mas,ninguém achou desnecessário haver um movimento abolicionista pq somos todos humanos.
Quem sabe de nossas necessidades e que nos afeta somos nós. Não é a mesma coisa. Eu sou humana,mas não sei o que é urinar de pé. Ok! Cadê o humano macho lutando meu direto de humano fêmea?

Luciana Bordallo Misura disse...

Pô, então o que o meu ex-chefe do trabalho fazia tem nome! Tem uns "amigos" meus no Facebook que adoram fazer isso toda vez que eu coloco algum status feminista...mas esses homens não tem jeito né? Ou tem? Normalmente eu não perco muito o meu tempo argumentando com eles...

Anônimo disse...

Eu prefiro viver na luz, na esplicação, no conhecimento.
Seja o sentido convencional ou o sentido real das coisas, você escolhe.A verdade está no ar, é de dominio público.

Anônimo disse...

Se eu não concordar que algo é sexismo, (não algo óbvio, mas algo mais polêmico ou mais complexo) então sou algo ruim, um "homemexplicanista"? Foi abolido o direito dos homens de ter opinião ou de se equivocar? Ou eu sou um lixo só porque tenho um peru?

Anônimo disse...

De qualquer jeito sábio é aquele que fica com a ultima palavra, porque ninguém esconde uma vela acesa de baixo da cama, coloca no alto para alumiar a todos. Ninguém pode relutar contra a realidade.

Anônimo disse...

HAHAHa "É preciso combater esse conceito de merecimento. Porque desculpe estragar sua festa, mas você não merece nada só por ser ''"MULHER""" OK.
Você pode merecer alguma coisa por ser um MULHER bacana. Isso se O HOMEM TE quiser, CLARO . Aceite essa ideia tão radical. ISSO VALE PRA VOCÊS TB!!!!

Anônimo disse...

Vocês inventam termos demais pra explicar babaquice humana.

Victor Cardoso disse...

Muito Bom e exclarecedor, estou aprendendo muito com esse blog.

Victor Cardoso disse...

òtimo Texto e muito exclarecedor, tenho aprendido muito cada vez que leio postagens desse Blog.