segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A SENHORA ESTÁ NO CÉU

Senhoras usam chapéus?

Como hoje é praticamente um feriado pra muita gente (não pra professor universitário, chuif, que sempre tem milhares de textos pra corrigir, provas pra preparar, papers pra escrever etc), não espere nenhum post super profundo. Ontem recebi um e-mail muito gracioso de uma leitora recente, a Patrícia:

"Googando vida afora eu fui bem sozinha e encontrei o blog da Lola! A estrada (do auto conhecimento) é longa e o caminho é deserto... Que bom, Lola! Vou ter que ir devagar porque senão vicio, até os comentários são ótimos e as 'brigas' ali são boas, hein? Belos cérebros se digladiando com uma elegância que dá gosto!
Tava gugando sobre 'ser chamada de senhora' que eu odeio com todas as minhas forças, rsrs, e caí num post seu, deixa ver... ah, tá, esta séria senhora assina, lembra? O que me enoja é a forma cheia de pejo (disfarçada de deferência!) com que esse senhora muitas vezes é dito. É quase como se nos dissessem 'Escuta aqui sua velha escrota e feia, vc está fora dos padrões do minimamente aceitável, não é jovem nem bonita...' Tá. Posso estar exagerando e certamente estou colocando minha mágoa em cima de algo, talvez, sem grande importância, mas acho que vc concorda que isso acontece sim, muitas vezes. Infelizmente. Pois é, eu fiz 42 agora em setembro, mas sou chamada de senhora desde os meus 20 e poucos, mesmo dentro de um contexto em que não cabia senhora, saca, tipo, não era em ambiente de trabalho, ou, sendo atendida por um vendedor, e isso sempre me incomodou muito porque, olha só, Lola, na sociedade em que vivemos onde as pessoas deixam de comer pra comprar um pote de creme anti age de 100 reais, vai falar que aparência jovem não importa? Agora, foda mesmo é ser chamada de 'sênhóóóóra' por senhores/as que são bem mais velhos que eu... Deixa prá lá... O que importa é que achei seu blog e agora sou mais feliz!) e só queria que você soubesse que considero tê-lo descoberto um presente!
Beijo bem grandão pra você e um domingo amazingly happy! (Putz, a mulher é doutora em língua inglesa e eu aqui com meu inglesinho áimi nóti dógui nôu! Hahahahaha)."

Seja bem-vinda, Patrícia, e obrigada pelo carinho! Incrível que alguém tenha chegado e, pior ainda, ficado no blog por causa de um dos textos mais estranhos que já escrevi. Aquele post atira em todas as direções. Não quero me repetir muito, mas resumindo: também detesto ser tratada de senhora. Parei de chamar os mais velhos desta forma desde que, quando eu era criança, pedi as horas prum senhor na praia, que respondeu com “o senhor está no céu; são … horas”. Em compensação, minha mãe automaticamente condena qualquer um (tirando, talvez, os filhos) que não a chamem de senhora. Ela acha o cúmulo do desrespeito. Não deve estar tendo muito motivo pra reclamar em Fortaleza, porque por aqui o “senhora” é muito comum. É uma questão cultural, e não tenho vontade de lutar contra todo mundo o tempo todo. Meus queridos aluninhos e aluninhas (o diminutivo é carinhoso) sempre me chamam de senhora. Felizmente, a maior parte das nossas aulas é em inglês (é que eu tenho uma disciplina, Inglês Técnico, que é em português, e os alunos não são os de Letras, mas de todas as outras áreas imagináveis), e quando dizem “you” não precisam decidir se estão me chamando de você ou de senhora. É uma vantagem do inglês, convenhamos. Só que, em qualquer intervalo, em qualquer troca de palavras que seja fora da sala de aula, lá vem o pessoal me chamar de senhora. E acho que não tem muito o que fazer mesmo, Pat. Afinal, eu, com 44 anos nas costas, sou muito mais velha que meus aluninhos de 18, 20, 23... Alguns poucos têm mais de trinta anos, mas são poucos (bem diferente da faculdade em que cursei Pedagogia, em que metade das alunas era recém-saída do ensino médio, e a outra metade tinha mais de 30 anos, eu inclusa).
Agora, sobre isso de ser chamada de senhora como se fosse insulto, como se fosse sinônimo de velha escrotossaura, ou eu sou muito ingênua e nunca notei (mais provável), ou nunca aconteceu comigo. Praticamente todos os insultos que recebo na vida vêm da internet, e por aqui a galera trollística costuma ser mais direta. Mal posso esperar pelo próximo “A senhora é uma ingrata com o patriarcado feia, chata e gorda, além de ser uma comunista de esquerda que defende o genocídio em massa e não penteia o cabelo, não necessariamente nessa ordem”.

133 comentários:

Zé Costa disse...

Eu acho exagerado o peso que as pessoas botam sobre algumas palavras. Sei lá, eu como a Lola parei de chamar as pessoas de senhor ou senhora quando tinha 9 anos e uma professora me respondeu exatamente coma mesma expressão: "senhora está no céu."

Eu sempre uso você e acho que o que denota formalidade é o tom com que você fala. Acho que o respeito se mostra mais na sua postura perante a pessoas do que em palavras.

Eu morei na França ano passado e sempre achei ridícula essa troca "vous/tu" porque havia pessoas que te tratavam pelo "vous" (formal) enquanto gritavam na sua cara sem o menor respeito. Sempre achei um contra senso. Mas mesmo assim nunca reclamei de ser chamado de "monsieur" ou mesmo de "senhor" quando fui plantonista num cursinho pré-vestibular onde os alunos tinham 18 anos em média e eu 23. :p

No fim são só palavras...

Zé Costa disse...

No fim o que eu queria dizer com o meu comentário é que a atitude fala mais alto que a palavra em questão.

Sei lá, às vezes eu acabo falando demais pra dizer de menos. :/

Anônimo disse...

@ Lola
"É uma questão cultural, e não tenho vontade de lutar contra todo mundo o tempo todo."

boa pedida, Lola... boa pedida!

e obrigada pelas dicas literárias via capa dos livros... rs.... uma peculiaridade literária que tenho é vez ou outra selecionar livros com uma mesma palavra em comum no título... rs.... como ainda ontem eu pesquisava José de Alencar e até o citei num comentário pra vc, agora vou me embrenhar na leitura de livros em cujo título aparece a palavra SENHORA, começando com o escritor cearense...

"minha Senhora, eu estou enamorado/ minha Senhora quero ser seu namorado..." canta Roberto Carlos.

ouça
http://www.youtube.com/watch?v=mPcEwyDjs8M

bem, Lola, em inglês nós temos o tratamento Mrs. e se vc desse aula aqui.... vc seria You, Mrs. Aronovich... sem contar a cerimônia de que qdo prof. tem apenas mestrado os alunos esperam por cinco minutos na sla de aula se o/a prof. se atrasa... se prof. tem doutorado a espera é de quinze minutos, minha senhora!

Anônimo disse...

ah! José Tarcísio Costa, os franceses são realmente bem temperamentais sim! e se houver um teco de sangue italiano correndo-lhes pelas veias, me acuda, minha nossa senhora!

Anônimo disse...

Acho um pouco exagerado e até mau educadas essas pessoas que ao serem chamadas de "senhora" ou "senhor", respondem com a patada "nossa senhora tá no céu!". Essa forma de tratamento e respeito que os meus pais me ensinaram, também deixei de usar!As pessoas não entendem que é uma forma respeitosa de tratamento. Eu sou professora tenho 32anos e sempre sou tratada por senhora ou tia pelos mais pequenininhos. Não vejo nenhum tipo de chacota ou problema com esse tratamento. Minha opinião tem pessoas que realmente tem problemas com a passagem dos anos.
Primeira vez que estou comentando e gosto muito do seu blog Lola

Lord Anderson disse...

Concordo com a Andreia.

Usar senhor/senhora foi algo que meus pais me ensinaram, uma maneira de demonstrar respeito e de ser formal quando necessario.

Nunca imaginei que ofende-se tanto algumas pessoas.

Annah disse...

Acho ruim quando implica alguma condescendência por idade. Da mesma forma que chamamos mulheres adultas, com ensino superior completo, carreira profissional e até mestrado de "meninas" por terem menos de 30 anos.

Teresa Silva RJ disse...

Por ser uma pessoa formal no trato com gente com quem não tenho intimidade, eu uso a palavra tanto na forma feminina como na masculina. Já me perguntaram se eu servi no exército por chamar tanto os outros de senhor. Já me responderam trocentas vezes com o "senhor tá no céu" mas não deixo de usar esse tratamento. Como disse os comentaristas acima, é formal e respeitoso.

Se não gostam que chame de senhora, vamos chamar de quê? Tia, pra ouvir um "eu não sou sua tia"? Véia, pra quem tem neura com idade ficar furiosa? Dona? Moça, pra ouvir piadinhas de quem relaciona a palavra com virgindade? Nem, abreviação de neném usada aqui no RJ e que é apelido do traficante preso? Cartas para a redação.

Teresa Silva disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Zé Costa disse...

Como eu disse eu acho que o que conta mais é a atitude, quando eu trato alguém com respeito a pessoas percebe o respeito na minha voz a na minha expressão corporal e não vai ser um "você" que vai fazer com que o respeito vá embora.

Eu sou muito mais um você sincero do que um "senhor" da boca pra fora, onde se embute o respeito no pronome mas se esquece de coloca-lo na prática. Usei um exemplo dos franceses porque foi onde vi essa contradição ser mais patente.

A pessoa te trata como um cachorro mas bota o "vous" na frente, que deveria conotar que existe um respeito, uma formalidade entre as pessoas, e aí está tudo bem. Sei lá é como dizer "o senhor é um filho da p**a", do que adianta o pronome formal quando a atitude não reflete isso?

Por isso acho que palavras as vezes são só palavras e as atitudes é que contam. :D

Danielle disse...

Acho o contrário.
Eu passei a chamar de senhor ou senhora quando morei na França,que se vc se dirigir a alguém falando vous em vez de monsieur ou madame (mademoiselle só as mais novinhas meesmo,acho que abaixo dos 25,no máximo).
Acho que é uma forma de respeito a pessoa,principalmente quando vc não a conhece,sair chamando de vous (você) é estranho. Mas isso só com as pessoas um pouco mais velhas (nem precisa ser tão mais velha) e que eu não conheço, pq né,é lógico que eu não vou ficar chamando minhas amigas de senhora pelamor.

Zé Costa disse...

Pra mim um bom, cordial e sorridente "você" representa mais do que mil "senhor/senhora".

Lord Anderson disse...

Pois é Teresa

Tb ja reclamaram quando usei o "você" e "Dona".

Entãi fica dificil...

Danielle disse...

Acho um pouco exagerado e até mau educadas essas pessoas que ao serem chamadas de "senhora" ou "senhor", respondem com a patada "nossa senhora tá no céu!".(...) As pessoas não entendem que é uma forma respeitosa de tratamento. (2)

Assino embaixo.

Anônimo disse...

Engraçado, no começo eu estranhava!
Sou Oficial da PM, e desde os meus 20 anos sou chamada de "senhora" pelos subordinados (na hierarquia militar), mesmo que muito mais velhos!
Mas eu achava muito estranho, depois a gente se acostuma!!!!

Zé Costa disse...

Danielle

Eu também usava e uso o "vous" mas o que eu quero dizer é que nem sempre as pessoas são sinceras ao usa-lo, assim como com senhor/senhora.

O respeito não deveria se limitar às palavras e sim deveria ser estendido à atitude. Do que adianta eu te chamar de senhora se eu não me porto de acordo?

As vezes soa como decoro parlamentar, você pode mandar um deputado se f**er desde que você coloque o V. Excelência na frente, aí não configura quebra de decoro.

Não sou contra o uso de senhor/senhora desde que a pessoa que o utilize seja coerente com o tratamento. :D

Poxa, de novo eu acho que eu chovo no molhado, mas enfim gosto de escrever por aqui. :p

Liana hc disse...

Tem maneiras respeitosas e indiretas de falar com alguém, por ex, "Com licença, poderia..." Nem sempre precisamos especificar "você, senhora etc", no dia-a-dia. Já uma situação formal é menos maleável.

A atitude, a postura, o tom de voz, contam muito mais para a maioria das pessoas.

Acho estranho ser tratada por "senhora" ("senhorita" é ridículo) estando ainda na casa dos 20, mas não falo nada.

Tem quem não goste, mesmo sabendo que é uma forma tradicional de "respeito". Não vejo exagero o simples fato da pessoa recusar este tratamento, geralmente declinam com educação. Até para não parecer afetação ou arrogância da parte delas se permitirem tanto formalismo. Às vezes é para deixar o interlocutor mais à vontade. Se a pessoa reclama com grosseria, o problema é mais a atitude do que a reclamação em si.

Danielle disse...

Ah,mas nisso concordo com vc José Tarcísio,imagina que HILÁRIO uma pessoa falando 'olha,eu quero mais é que a senhora Vossa Excelência vai se F*DER,TOMAR NO MEIO DO SEU C*.' Eu ia chorar de rir no mínimo,se visse um treco desse. Parece aquelas discussões de parlamentares no planalto que a gente vê na globo. Enfim,acho que tudo tem que ser dentro de um contexto. Eu sempre fui uma pessoa muito educada e polida,e, acho que a França me ajudou a dar o toque final com o vous,madame e monsieur (e,a despeito do que muitos acham,eu achei os franceses muitíssimo educados,eles só são frios,mas eu também não gosto muito de gente grudenta,então,pra mim,tava ótimo).

Trícia disse...

Então, amig@s apreciador@s deste blog!
O José Tarcísio, desde o primeiro comentário, foi perfeito!
E o trecho a seguir (do primeiro comentário dele) sintetiza à perfeição tudo o que quis dizer no @ que mandei para a Lola:

"acho que o que denota formalidade é o tom com que você fala. Acho que o respeito se mostra mais na sua postura perante a pessoas do que em palavras.Eu morei na França ano passado e sempre achei ridícula essa troca "vous/tu" porque havia pessoas que te tratavam pelo "vous" (formal) enquanto gritavam na sua cara sem o menor respeito"

É isso, gente!

O que me motivou a buscar o google e, na sequência encontrar o tal post da Lola, foi um péssimo atendimento que tinha acabado de receber no wall mart, de uma moça (nada moça...) extremamente grosseira. É uma estória graaande e nem sei se vcs vão ter s*co prá ouvir, mas ela falou com um escárnio tão grande que eu, no meio de uma TPM braba, recolhi minhas lágrimas e fui chorar no carro...

"A sênhóóóóra não tá vendo não que isso aqui é caixa de 10 volumes!!!! Tá na fila errada senhóóra (vociferando e mascando chiclete); ô fulano, (outro atendente) encaminha a senhorinha aqui ao caixa correto", balançando a cabeça...
Detalhe:Não havia nenhuma sinalização de que o caixa era de 10, 15 volumes, nada, e eu estava absolutamente distraída conversando com o amigo que me acompanhava. Aliás, ele insistiu muito para que eu procurasse a gerência mas eu queria mesmo era sumir logo dali (cheia de cólica, enxaqueca, pés inchados e nervos à flor da pele, típico de tensão pré menstrual.
Até penso que a atendente poderia estar num mal dia, por isso, e pela total indisposição em "me defender" deixei prá lá. Mas isso, realmente, me deixou MAL naquele dia.

Elaine Cris disse...

Eu vejo a utilização de senhora como uma forma de demonstração de respeito com uma pessoa que não conhecemos em uma situação formal, que exige um pouco de distanciamento. No meu trabalho quando atendo as pessoas, tenho que chamá-las de senhor/senhora, ainda que numa situação diferente, eu não trataria assim.
Se alguém for te xingar no trânsito, por exemplo, a palavra senhora não vai aparecer no meio. Muita gente se incomoda de ser chamada de senhor/senhora, mas acho que é bobagem.
Mas confesso que já usei a palavra senhor como arma nas vezes que me aconteceu de ser paquerada por alguém que não me interessa. Chamar o cara de senhor indica exatamente formalidade, distanciamento, e aí já deixo claro pro cara que não estou querendo intimidade com ele de uma forma mais que educada.
Divagações de véspera de feriado...rs
Abraços Lola

Anônimo disse...

José eu entendi perfeitamente a sua colação.Se for para usar senhor ou senhora e em seguida usar F*é melhor não usar nenhum pronome de tratamento. O que esta em discussão aqui, é a falta de educação que algumas pessoas tratam as outras aos chamadas senhoras e senhores.A patada nossa senhora tá no céu!É muito desagradável! Você fica sem saber onde enfiar a cara! E sem entender né! Você não xingou a pessoa trato-a simplesmente com respeito! Agora se a pessoa não aceita as suas rugas e cabelos brancos, acho que ela tem que rever até os seus conceitos sobre o envelhecimento e sobre o significado que a vida esta tendo para ela dessa fase de sua vida. A cada fase de nossa vida temos que procurar um sentido e principalmente nos aceitarmos.

Danielle disse...

E outra coisa :
senhor,senhora,bom dia,boa tarde,boa noite,obrigado,com licença etc,etc. Isso não é livrinho de etiqueta da Gloria Kalil não, isso é EDUCAÇÃO. E as pessoas deveriam usar isso todos os dias.

corujinha disse...

Bem eu evito comentar, mas as vezes não resisto...rsrsrs
Eu até gosto de discutir as coisas e acredito que cada um tem direito a se incomodar com expressões e tals... Minha mãe odiava (acho que ainda odeia) ser chamada de tia... tinha enxaquecas e tals... coitada.
Mas se a gente entrar na piração de questionar tudo vai ficar difícil, viu!
Aqui na França a briga tá enorme agora para acabar com mademoiselle (senhorita), afinal não tem (aliás tem, mas ninguém usa) o mesmo tratamento para os homens, indicando o grau de relacionamento e idade. Ok, até concordo que é um problema, apesar que eu acho mademoiselle lindo!!
Uma amiga que veio da Espanha disse que lá tá uma briga para acabar com o termo Rural e falar Campo porque rural tem um estigma muito negativo. Minha amiga é totalmente de acordo, diz que as palavras trazem uma carga e tal..
Em alguns casos eu até concordo, mas em outros é preciso acima de tudo mudar a mente das pessoas, tirar o próprio preconceito. Porque a pessoa que defende a troca de rural para campo, diz que nunca moraria num fim de mundo que não tem nada (mudou alguma coisa de rural pra campo?).
Eu adoro ser chamada de senhora, porque sofri muito (como um post anterior) porque tenho cara de muito novinha (tá passando esse problema...srsrsr). Mas é só para mostrar que é uma questão de perspectiva e, por isso, ao meu ver, é preciso cuidado para se questionar a carga das palavras.

Anônimo disse...

Eu acho que ao nos reportamos a alguém usando o tratamento senhor/a não implica somente o quesito idade e sim boas maneiras. Se eu for apresentada a uma pessoa mais nova do que eu, seja homem ou seja mulher, seja o prefeito de 30 anos ou seja minha faxineira de 25 anos, vou usar senhor/a. Se a pessoa me disser pra tratá-la por você, então eu a trato por você.

Informalmente eu me refiro à Dilma como a presidentE. Se eu me reportar a ela pessoalmente ou por escrito, vou usar presidentA pq ela prefere e eu a respeito. O mesmo vale para o pronome de tratamento senhor/a a qq outra pessoa. O fato dos deputados se desacatarem entre si um mandando o outro calar a boca enqto mantêm o tratamento Vossa Excelência não me faz mudar minha opinião sobre boas maneiras e a devida prática.

Sobre o 'vous' dos franceses, as pessoas de língua espanhola tb usam 'vos'... vous = vos - vós

'Vous' não é você como entendi num dos comentários... em português é vós... vós sois... vós quereis. Todas as pessoas de língua espanhola, de todos os níveis sociais, letradas e/ou analfabetas, ao serem apresentadas a outra pessoa a tratam por VOS (claro que não entre adolescentes). Mas se um médico, um professor, um dentista, um advogado for apresentado a outro ou todos entre si, o tratamento será VOS até que um dos lados diga algo como que "tráteme por tú" ou trátame por tu... não bem a concordância verbal).

As novelas da Globo do passado introduziram dois novos costumes na cultura brasileira: essa de VOCÊ pra todo mundo e tb usar apenas a primeira sílaba do nome pra dar apelido pra pessoa.

Tipo assim, alguém diz que vai me apresentar à professora de tal matéria, da universidade tal, e eu sei que ela é PhD (tem doutrado). O nome dela é Dolores, mas todos a tratam por Lola e lá vou eu: "Ah! Lô, já ouvi muito falar de Você!" Tem cabimento isso?

Essas novelinhas da Globo são de introduzir o costume que a Globo bem entender na cultura brasileira... faz pouco eu estava seguindo uma novela de 1982 e foi lá que começou o tal de Dô (Dolores, nome da personagem) e por aí vai. A novela do VOCÊ pracá e pralá não me lembro qual foi... Ainda hoje vejo novelas bem antigas da Globo pra estudo de costume cultural, coisa assim. Confesso que algumas vezes é uma perrenha seguir capítulos com tanta boçalidade...

É claro que a mãe da Lola se desagrada com essa informalidade de VOCÊ a torto e a direito... ela é argentina (ou morou na Argentina por tempo suficiente) e sabe que señora equivale a vos y a vous... (leia-se vôs e vu --movendo os lábios como se fosse dizer vi - do verbo ver... eu vi...).

Danielle disse...

sim,lisanahd,vous não é vc. vc é tu
e não interessa se a pessoa é alfabetizada ou não,pode ser um mendigo,vai chegar pra vc te chamar de vous ou madame,jamais de tu.
não tem a ver com ser letrado.

Danielle disse...

e isso entre adolescentes tb,até que um deles pergunte 'posso te tratar com tu' aí sim.

Anônimo disse...

Minha sugestão pra quem se rebela ao uso vigente doss pronomes de tratamento da língua portuguesa brasileira faça o seguinte:

1. Torne-se bacharel em Letras (língua portuguesa brasileira)

2. Faça Mestrado na respectiva área.

3. Faça Doutorado na respectiva área.

4. Faça pós-Doutorado na respectiva área.

5. Tenha certeza de saber a Gramática da Língua Portuguesa Brasileira detrásprafrenre defrentepratrás. Seja bambambam em Linguística.

6. Publique uma Gramática da Língua Portuguesa Brasileira Contemporânea.

7. Escreva routeiros pras novelas da Globoo educando o povo brasileiro em como usar os respectivos e devidos pronomes de tratamento.

Pronto?

Anônimo disse...

routeiros? não, roteiros !

Zé Costa disse...

LisAnaHD
Cuidado pra não confundir o "vous" de vocês com o "vous" de formal.

Na Espanha eles usam o "vosotros" como segunda pessoa do plural. Se for pra ser formal eles usam "Ustedes" ou "Usted" para singular. Vosotros não é nada formal na Espanha é o pronome normal de tratamento no plural.

Na França, o "vous" pode significar vocês ou pode ser o tratamento formal quando você fala diretamente com alguém.

Trícia disse...

Então, Andréia, eu não gosto mesmo de ser chamada de senhora, mas JAMAIS respondi com um "a senhora tá no céu" ou coisa que o valha a quem me dirigisse assim... Nunquinha! rsrs Nem assim, nem de outra forma, por exemplo, eu sequer digo: "me chame de vc, por favor!", nem isso... Mas agora, dizer que eu gosto, não gosto, não! E me aceito bem, viu? Inclusive as minhas rugas e meus cabelos que não são brancos (ainda! haha, breve ficarão!) mas são tão finos e ralos que nunca pude usá-los longos, anyway, aceito minhas rugas e meu cabelinho...rs Não gosto de ser chamada de senhora porque não me sinto senhora, mas mal educada com as pessoasd é coisa que nunca fui! Não me sinto senhora mas, claro, não me sinto uma teenage, eu sei bem a minha idade cronológica e a mental tbm! Quanto ao ser chamada de senhora por pessoas bem mais velhas que eu, só me sinto mal qdo é dito num tom de escárnio, sabe, com pejo mesmo (como da atendente do wall mart), e isso acontece muito (comigo, tá, gente?) com homens bem mais velhos mas com aquela pinta de "sou boy" (alguém já viu?), aqueles tipos meio (desculpem) tarados, sabem?, que se portam como se fossem garotões de 18 anos e olham mulheres mais velhas como se fossem lixo.
Esse dia no wall mart foi f**da, e acabei desabafando prá Lola, que tinha acabado de "conhecer" naquele post!
Bem, é isso, não fiquei chateada com seu comentário, Andréia, mas quis esclarecer!
Vc é professora tbm! Fui professora também, de escola pública Infantil (com alguns adolescentes e pré adolescentes), e na ocasião, nunca me importei de ser chamada de senhora ou tia pela meninada!
Beijo!

Anônimo disse...

Danielle e José TC, minha cunhada é parisiense. Ela aprendeu português com meu irmão e com as empregadas braileiras que trabalharam na casa deles. Uma vez, numa das férias dela no Brasil, ela me disse que o brasileiro tem uma dificuldade tremenda em se adaptar a novas culturas... e deu um monte de exemplos.

Ela estava certa. Eu me canso de ouvir críticas de brasileiros que vivem muito bem nos EUA... minha amiga brsileira, de pais italianos que foram pro Brasil e lá se radicaram, mais tarde toda a família foi morar na Itália. Ai como eu ouvia crítica ao povo italiano! Eu tive dois namorados argentinos e uma grande amiga argentina e ouvia um monte de críticas por parte de brasileiros... pq argentino é convencido, argentino tem mania de grandeza, argentino isso e aquilo e eu feliz da vida... ninguém gostava de espanhol (e se eu tivesse de escolher um único idioma pra falar pro resto da vida, seria espanhol sem a menor sombra se dúvida.

Uma vez um advogado e professor de inglês de uma renomada escola de inglês de SãoPauloCity foi pra Paris e qdo chegou no hotel foi-lhe negada reserva assim que o atendende viu o passaporte brasileiro dele. Disse que não havia reserva e foi aquela explicação e finalmente o brasileiro disse que não era do Rio e sim de São Paulo. A reserva estava pronta!

Meu irmão viajava pela Europa toda (antes da unificação) aliás ele viajava praticamente pelo mundo todo quase e somente com o passaporte francês... o brsileiro somente qdo ia pro Brasil mesmo.

Enfim brasileiro de um modo geral não se acostuma aos costumes de outra sociedade pra onde foram de livre e espontânea (ou é expontânea... não me lembro!!!) vontade e ainda reclamam que não gostam dos costumes e nem da comida etc. etc. eita idiossincrasia, hein?

Danielle disse...

Vou ter que copiar mais uma vez o que já tinha escrito (haja paciência) :

'E outra coisa :
senhor,senhora,bom dia,boa tarde,boa noite,obrigado,com licença etc,etc. Isso não é livrinho de etiqueta da Gloria Kalil não, isso é EDUCAÇÃO. E as pessoas deveriam usar isso todos os dias.'

e isso não tem absolutamente nada a ver com mestrado,doutorado,dicionário e o escambau,isso é puramente educação,que até um motorista de ônibus sabe usar.
realmente,menina,vc deve ter algum probleminha.

Anônimo disse...

Sim, José, vc esclareceu bem. Qdo eu disse 'vos' eu me referi a 'Vosotros' e 'Usted' pq o verbo tem a mesma concordância ou estou equivocada? Se for o caso, vou correndo na minha gramática com 500verbos em espanhol... e falo isso com seriedade.

Pra quem estuda línguas e for lá na página http://www.amazon.com existe uma série 500 verbos em vários idiomas... um livro de 500 verbos pra cada idioma!

Zé Costa disse...

LisAnaHD

Eu concordo plenamente com você. Eu moro na Europa há 1 ano e meio (é já estive por aqui antes por seis meses) e normalmente eu fujo de brasileiros por aqui.

Eu sempre usei o vous na França, o Sie na Alemanha e o Usted da Espanha a não ser que me pedissem pra fazer o contrário. E quando me pedem, me pedem com educação e não à la "senhora está no céu".

Nunca tive nenhum problema no países que passei e uma vez num restaurante na Alemanha uma garçonete me perguntou se eu era realmente brasileiro. (Triste isso né? ) Mas enfim, um diferença grande eu percebi uma vez que estava caminhando pela Paulista em Sampa e uma mulher parou na minha frente e disse: "você sabe onde fica o lugar o x". Eu olhei pra ela e disse: Bom dia. Ela ficou me olhando e repetiu a pergunta. Foi a primeira vez que eu me dei conta que pra grande parte dos brasileiros é difícil usar as um bom dia, com licença, poderia te fazer uma pergunta? e coisas do tipo.

Mas não gosto de generalizar eu já encontrei pessoas bem educadas e mal educadas em todos os lugares onde vivi.

Anônimo disse...

José, no Brasil tb já foi assim. Digamos que vc tivesse 21 anos e seu subalterno de 35 se dirigisse a você, então ele diria:

- Sr. José, vós quereis que eu......

E se ele estivesse falando com você, seu pai, sua avó ele tb diria vóso no sentido de plural.

E se você fosse falar com sua mulher, seus filhos, seus empregados todos juntos você tb usaria VÓS no sentido de plural.

O vós em português já foi usado em dois sentidos: tratamento formal dirigido a uma única pessoa e tratamento pluralizado (pra mais de uma pessoa).

Eu entendo que o equivalente permanece nos países de fala espanhola e de fala francesa.

Danielle disse...

Isso não existe.
Eu tenho um apartamento em Paris,na 16éme (se vc conhece,sabe que é a área mais cara de Paris),vou pra lá sempre que posso,ano passado passei praticamente o ano todo lá,sempre fui muitíssimo bem tratada,mesmo eles sabendo que eu sou Brasileira,tb rodei a Europa toda com passaporte brasileiro,fiz muitos amigos e não tenho do que reclamar.

Zé Costa disse...

Na verdade o Usted e o Ustedes se conjugam na terceira pessoa como o "você" em português. Algo como se o tu e o vós fossem informais mas o você e vocês fossem formais. :D

Tu e vosotros são usados entre amigos, jovens e etc. Já no Francês (assim como no alemão) isso gera um poco de confusão porque na verdade o vous pode ser "vocês ou vós" mas também pode ser o formal.

Quando eu falo diretamente com um amigo eu uso tu, mas se eu falo com um professor eu uso "vous".

Algo como: (Francês/Espanhol/Português)

Informal
Tu - Tu - Você
Vous - Vosotros - Vocês

Formal
Vous - Usted - Sr/Sra
Vous - Ustedes - Srs/Sras

Eduarda Cirne disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Danielle disse...

Parafraseando o José Tarcísio :

'Mas enfim, um diferença grande eu percebi uma vez que estava caminhando pela Paulista em Sampa e uma mulher parou na minha frente e disse: "você sabe onde fica o lugar o x". Eu olhei pra ela e disse: Bom dia. Ela ficou me olhando e repetiu a pergunta. Foi a primeira vez que eu me dei conta que pra grande parte dos brasileiros é difícil usar as um bom dia, com licença, poderia te fazer uma pergunta? e coisas do tipo. '

Já aconteceram situações idênticas comigo(agora estou no Brasil),mas mesmo assim,eu continuo usando o bom dia,boa tarde,boa noite,senhor,senhora,com licença que aprendi com eles lá e acho que me fez muito bem.

Anônimo disse...

José TC, brasileiro é dado a olhar pros países vizinhos (limítrofes) e de toda a América do Sul com desdém. Aliás o brasileiro desdenha todos os povos hispanos!!!

Você não imagina o preconceito e discriminação e isso me corta o coração pq qdo a gente diz que é brasileiro/a esse pessoal demonstra tanto apreço por nós!

É verdade que o sistema americano tem lá umas perrenhas meio irritantes, eu sei. Fui convocada pra fazer parte do júri de um julgamento. Lá fui eu. Tinha de preencher um formulário assinalando a etnia/raça da pessoa... num monte de opção a única que se encaixaria pra mim seria Caucasian mas eu fiquei na dúvida se sou caucasian nos EUA... rs... minhas outras duas opções seriam Hispanic ou Other. Na boa, escolhi Hispanic. Não tenho nem de muito longe nada de espanhol, mas pelosimpelonão optei por Hispanic pq eu me sinto bem com a cultura e falo o idioma e aprecio a literatura.. Qdo comentei com os brasileiros ficaram HORRORIZADOS com minha opção! E meu marido me disse que a gente não precisa preencher isso que essa informação é opcional.

Zé Costa disse...

LisAnaHD

É verdade, falha minha, eu sempre esqueço desse uso do vós no Brasil porque eu realmente nunca usei o vós. :p

Trícia disse...

Uau!
Até que o post tá rendendo comentários, hein? rsrs
Gente, só prá esclarecer: eu sou "a senhora indignada" do post, mas, peloamordedeos nunca proferi a frase "a senhora está no céu!" rs

Anônimo disse...

Danielle e José TC, lendo seus comentários de volta ao Brasil, parece que o brasileiro se sente diminuído em ser educado, polido, formal, já reparou? No Brasil eu me sinto uma peixe fora d'água pq peço licença a sobrinho de 10 anos, falo por por gentileza a sobrinho de 15 anos, agradeço a empregada e aliás fico p da vida como tratam a empregada e qdo fiquei no Brasil alguns meses a empregada da minha família disse que nunca tinha sido tão bem tratada na vida... que minha mãe tava mais legal com as empregadas e minha família tava p da vida comigo pq eu estava costumando mal as empregadas, enfim a classe média alta brasileira é difícil da gente lidar.

Anônimo disse...

Tricia, aqui dá sim bons papos... algumas vezes alguém se irrita comigo... rs... mas não pq eu destrate ninguém, é pq sou específica... rs... mas tudo bem até qdo ninguém faz uso de sarcasmo pra espicaçar um e outro comentário. Hoje, até então, tá ótimo! O post tá rendendo!

Liana hc disse...

Uma coisa que é comum aqui no Brasil, país classista até o osso, é falar senhora/senhor da mesma maneira que se fala "dotô", com servilismo. Tanto tem o aspecto da educação, do respeito, do limite, quanto o do status social e aquela coisa de querer receber uma determinada atenção para si, mesmo quando a pessoa já foi educada e demonstrou respeito de outras maneiras. Procuro cumprir certos formalismos, mas não vejo nenhuma grande expressão de educação na mera palavra "senhora", não me acrescenta em nada realmente, presto mais atenção na atitude da pessoa.

Também falo "senhor" para alguns abusados que tentam forçar a barra comigo. Isso baixa a bola de muita gente. Acho engraçado o tal do "Seu", "Seu Agostinho saiu", falar "tia" para quem não é sua tia, é uó, ou o "Senhooora", dando aquela esticada como se tivesse com chiclete na boca. Telemarketing é uma coisa que dá tristeza.

Danielle disse...

Lisanahd
Eu não me senti nem um pouco mal ou envergonhada de ser gentil com as pessoas quando voltei ao Brasil. Eu sou eu,elas são elas,e não é pq elas não tem muita educação que eu tb não vou ter,né.
Continuo agindo do meu jeito sem me importar se a outra pessoa vai ser normal,grossa,ou,se vai gostar.

M disse...

Meu pai era filho de militar de quando eu nasci já era mais velho, mas ele odiava que os filhos e sobrinhos o chamassem de senhor, achava formal e desnecessário... Eu tb não gosto de ser chamada de senhora, tenho 31 anos e cara de mais nova, então não acontece muito, exceto em Brasilia onde morei por um tempo, lá era mais freqüente...Eu uso apenas com pessoas bem mais velhas do que eu, e não me importo de ouvir o famigerado "O senhor está no céu", muita gente responde dessa maneira para dispensar a função de hierarquização (?) que os pronomes de tratamento por vezes tem.

Eu concordo com o José Tarcisio Costa, não é o termo, mas o modo como é dito que faz toda a diferença.Se o objetivo é ser cortês a intenção vale mais que uma palavra.

Danielle disse...

Liana,eu falei do senhor e senhora dentro de um contexto de educação,como com licença,obrigada,por favor e diversas outras coisas que,hoje em dia,as pessoas esqueceram que existe.
e não dessa forma pejorativa de 'dotô',nada a ver.

Liana hc disse...

Tô vendo o povo aí reclamar da falta "bom dia". Nem sempre eu tomo a iniciativa de dizer, é mais como resposta. Costumo usar o "Com licença" quando entro num lugar ou quando abordo uma pessoa. Não vejo necessidade de mais. A questão é ser gentil, educada, então vale qualquer forma, até um sorriso e um "oi", e não só aquela que o outro acha que deve ouvir.

Aqui no RJ, povo muito expansivo do tipo que faz amizade até parado esperando o sinal abrir, é comum andar na rua respondendo "bom dia" para uma montueira de gente. Tem hora que é engraçado, tem hora que cansa, não dá nem para andar distraída. Tem o beijinho no rosto, aperto de mão, aceno, tapinha nas costas, e nem precisa ser conhecido.

Tenho colegas de fora (do Estado ou do país) que estranham tanta gente se falando na rua e com aparente intimidade.



Danielle, eu não disse que você falou. Disse que acontece aqui no Brasil. Nada a ver.

Danielle disse...

Liana
Não acontece só no Brasil,acontece DE MENOS só no Brasil.
Se vc entrar num restaurantezinho que seja na frança,e não der bom dia (onde já se viu a gente entrar num restaurante aqui e dar bom dia,eu mesma,quando estou aqui,não dou) ou vão te olhar feio ou vão te dar um bom dia forçado.

Mesma coisa,dar bom dia pros porteiros,etc,etc isso é tudo muito comum lá e aqui a gente nem se importa,é dar bom dia pro porteiro,pro rapaz do hotel,essas coisas que a gente nem lembra de fazer aqui,eu não to falando de ficar de intimidade,tapinha nas costas (até pq excesso de intimidade,os franceses não gostam ,e,muito menos eu)
Aliás,falando dos dois beijinhos,são extremamente comuns na França,assim como em toda a Europa,inclusive entre os homens,
então,acho que os estrangeiros reclamam é da falta de educação,e,não,do excesso dela.

Lanna Pat disse...

Desde o ano passado o que tem me incomodado muito é o "coroa". Termo detestável este, que, aliás, está mais para uma categoria. Completei 30 anos e toda vez que alguém vem dizer que agora sou "coroa" uso todos os argumentos possíveis para mostrar que esse termo é extremamente preconceituso, machista mesmo. Eu nem me tocava disso até chegar aos 30 e ouvir piadinhas do tipo: "Ah, agora tu já tá velha", "Ih, não teve filho até essa idade? tá ficando velha!". Me defendo e digo que me acho muito melhor hoje do que quando tinha 20 anos(e ao dizer isso não estou me referindo a aparência, como muitos pensam).
Comecei a prestar atenção e vi que o termo "coroa" ofendia não só a mim ,mas, a todas as mulheres que por conta de terem entrado na casa dos trinta eram desprestigiadas em suas posições na sociedade: a mulher que é "coroa" é menos atraente do que as mulheres mais novas que elas; não são experientes, são "rodadas", como já ouvi algumas pessoas falando. O que não acontece com os homens. Numa escala inversamente proporcional, eles, quanto mais velhos, mais charmosos, mais interessantes ficam.
E não me chame de balzaquiana porque também não gosto. Pior que isso é ouvir de amigas minhas que elas precisam fazer isso ou aquilo porque já estão com/ou chegando aos 30. Afff!

Liana hc disse...

Danielli, esse beijinho francês entre homens gerou o maior estranhamento entre conhecidos. Engraçado o brasileiro meio afastando o rosto, acho que pensou que ia levar um beijo na boca. A cara dele era "Que isso, amigo, tá me estranhando?" Tive que me segurar para não rir. Com o tempo o colega francês se limitou a apertar a mão.

lola aronovich disse...

Gente, o papo aqui tá muito interessante. Algumas observações:
- Eu também acho “mademoseille” lindo! Mas sou contra usar um termo para mulheres casadas e outro para solteiras.
- Acho que ser contra o uso de “tia” para professoras é um ato político, e muito mais sério que não gostar de senhor/senhora. Tem a ver com a valorização da profissão. Tia é parente da criança, professora é uma profissional competente que estudou para chegar a ter este emprego. Não dá mais pra chamar de tia não. (e isso só existe no Brasil?).
- Outra reivindicação política, digamos assim, é que mulheres não sejam chamadas de meninas. Menina é só pra criança; adolescente no máximo, ou uma forma de tratamento entre AMIGAS. Mas é totalmente diferente de um homem chamar (geralmente num ambiente profissional) mulheres adultas de meninas. É subestimá-las.
- Pode não ser muito bonito, mas não tenho nada contra “dona”.
- Eu gosto quando me chamam de moça! Aí eu me sinto muito jovem!
- Também acho que não tem nada que ser gross@ com quem nos chama de senhor/senhora (quando gostaríamos de ser chamados de você) ou com quem nos chama de você (quando gostaríamos de ser chamados de senhor/senhora). A pessoa não tem como saber como você gosta de ser chamad@, ué. É só avisar: “Me chame de você, por favor”. Mas concordo que “me chame de senhora, por favor” soa estranho. A pessoa está criando um distanciamento.
- Fui muitíssimo bem tratada em Paris, mesmo sem saber francês e praticamente só falando inglês. Mas devo dizer que fui muitíssimo bem tratada em todo lugar que fui, com exceção, talvez, de Moscou...
- Concordo que termos como obrigad@, desculpas, por favor, com licença, bom dia, etc etc devem ser usados sempre. E sorrir não dói!

Anônimo disse...

@ Danielle
"Lisanahd
Eu não me senti nem um pouco mal ou envergonhada de ser gentil com as pessoas quando voltei ao Brasil. Eu sou eu,elas são elas,e não é pq elas não tem muita educação que eu tb não vou ter,né.
Continuo agindo do meu jeito sem me importar se a outra pessoa vai ser normal,grossa,ou,se vai gostar."

Sim, Dani, foi isso que eu quis dizer... a gente é naturalmente bem educada ao tratar nosso semelhante e usamos os devidos pronomes de tratamento, mas o que eu disse é que muita gente brasileira já vem cheia de informalidade pq acha que tratar alguém por senhor, senhora e afins é submeter-se a um papel subalterno. Desculpe-me se não fui clara. No frigir dos ovos, eu concordei com vc.

Trícia disse...

Ok...
Teve algo bem sutil (e lindo!) neste post que foram as capas de livros intitulados "Senhora..." e também o delicado bordado, primeira ilustração do post... Não me passou despercebido! Acho que não foi "acidental"!
Beijo, Lola, gosto cada vez mais de vc!

Anônimo disse...

Senhores e Senhoras!
Vou correndo aos meus "500 Verbos em Francês" e "500 Verbos em Espanhol"...

tu et vous...
tú y vosotros...
Usted y Ustedes...
ah! preciso afiar a concordância verbal... obrigada pelo post e merci beaucoup pelos comentários supimpas que o post gerou.

Anônimo disse...

ah! Tricia... da ilustaçãp do post, tb 'dorei o lance das capas dos livros... somente em um deles não consegui identificar o nome do/a autor/a... e pelo título apenas não cheguei a nada via Google... sniff... sniff...

Anônimo disse...

Uma coisa que muitos comentários aqui estão confundindo é o uso do você. Você é pronome de tratamento formal, não informal! Quando eu me dirijo a uma pessoa mais velha, uso o "senhor/senhora", mas quando quero me dirigir de forma respeitosa a alguém com idade próxima da minha, uso você. Pronome pessoal (para pessoas íntimas) é o tu.

Anônimo disse...

linhaeagulha
vc mora em Portugal? parece-me que sim, pois seu comentário se aplica a Portugal... no Brasil o pronome você está no uso informal há séculos!!!!

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

LisAnaHD
Eu moro no Brasil...

Anônimo disse...

Bem, eu acho que não tem nada a ver. É que geralmente, quando chamamos uma pessoa de Senhor ou Senhora, são pessoas mais velhas. Isso pra mim é coisa de gente que não quer admitir que está envelhecendo =/. Eu chamos as pessoas de Senhor ou senhora pois é um tratamento formal, que demonstra respeito.

Juliana disse...

linhaeagulha, de que lugar do Brasil você é? Achei curioso o seu comentário, pois aqui na cidade de São Paulo usamos "senhor(a)" como formal e "você" como informal. "Tu" eu nunca usei, mas pensei que tivesse o mesmo peso que "você", pelo menos acho que no Rio é assim.

Lola, acho que o fato de seus alunos chamarem você de "senhora" nao tem a ver com a idade necessariamente, mas com a posição hierárquica que você ocupa na sala de aula. Tenho 26 anos, dou aula para Ensino Médio. Meus alunos (alguns até de 19 anos) me chamam de "senhora" e nunca achei estranho, mas ainda não me acostumei com pais de alunos e com funcionários da escola me tratado assim também, embora eu não ache ruim.

Anônimo disse...

então, linhaeagulha, no começo o tratamento formal desde Portugal era Vossa Mercê. Os escravos africanos criaram a corruptela Vosmecê... com o passar do tempo o uso no Brasil passou a ser Você com permanecendo o verbo na terceira pessoa do singular.

Na gramática portuguesa brasileira não temos o pronome Você na conjugação verbal... aprendemos Eu, Tu, Ele, Nós, Vós Eles.

Em alguns estados do Brasil usamos o você (no lugar do tu), porém com a concordância verbal da terceira pessoa do singular... em alguns estados brasileitos usamos o tu tb com a concordância verbal na terceira pessoa do singular. Não sei em qual estado do Brasil usa-se o tu com a devida concordância verbal... creio que haja sim esse uso praticado em algum estado brasileiro.

Se vc voltar ao tempo do uso e prática de Vossa Mercê e posteriormente Vosmecê, então vc está correta que o Você seria (mas não é) um uso formal. Um dia o Você será apenas Cê.

- Cê tá me ouvindo, criatura?

E claro que se eu disser "Tu vai lá comigo?" isso passa, se eu escrever a mesma coisa numa redação do vestibular ou num concruso, reprovada estou.

Anônimo disse...

Isso me faz lembrara cm há professores e parofessoras que odeiam ser chamados de "tios" pelas crinaças, esquecem que isso é só um modo carinhoso que a crinaça tem de lhe tratar. Bem, eu não ligo, nunca liguei que me cahmassem de yia, professora ou Dayane. Muitos educadores eram bem grossos com as crinaças, do tipo "Olha, eu não sou irmã nem da sua mãe e nem do seu pai, portanto , não tem pq me chamar de tia!". Poxa =/.

Anônimo disse...

Tb acho que os alunos e as alunas da Lola não se reportam a ela usando o tratamento senhora pela idade da Lola e sim pela posição hierárquica, sem dúvida alguma.

Ukiyou disse...

Eu ainda estou na idade em que me chamam de "senhorita", e eu sempre fico meio alerta quando se referem a mim assim. Não só me classificam como jovem e provavelmente solteira, mas parece uma leve demarcação, não sei.

Isso principalmente por que pra homens não existe essa diferenciação, né? Um homem é "senhor" a vida inteira, independente da idade ou do estado civil.

O que eu fiquei sabendo é que nos paises que falam inglês, as mulheres que não gostam desses rótulos tem preferido "Ms" a "Miss" ou "Mrs", exatamente por isso, por significar apenas que é uma mulher, e não se ela está disponível ou não.

De forma similar, ouvi dizer que na Alemanha as mulheres tem preferido "Frau" (senhora) a "Fraulein"(senhorita), pelo mesmo motivo, pra não ter diferenciação de homens e não parecer que esse título é uma catalogação da pessoa.

É fácil achar que é besteira e que são só palavras quando não se sofre o preconceito e a rotulação. Não é só uma questão de nomear a idade da pessoa ao se referir a ela.

Priscila Torres disse...

Realmente, para algumas pessoas, o uso de 'tia' e'senhora' implica na forma como ela mesma se enxerga.
Eu mesma, aos meus 18 anos, já fui chamada de senhora, e lembro-me que na hora me espantei e uma série de perguntas fiz a mim mesma: Será que estou ficando velha? Hó céus! justamente neste mundo da ditadura do forever young?. Mas depois dessa introspcção, percebi que nunca me vi como uma senhora, mas as palavras daquele outro estranho dirigidas a mim, implicou na minha auto-percepção. Aquela simples palavra de sete sílabas pouco a pouco começaram a fazer parte de mim e percebi como as palavras de outros estranhos nos transformam de tal maneira, ao ponto de mudar nossa percepção de si mesmo. Outra vez fui chamada de 'fia'(menina bobinha,criança),novamente, aos 18 anos de idade. O pronome de tratamento, veio de uma garota mais nova que eu. Novamente abri a porta da instrospecção: Agora aparento ser uma criança! Mas perae! Eu vejo-me como uma criança? Vejo-me como uma senhora?.
A partir destes questionamentos tento fazer prevalecer a minha percepção de mim mesma. A percepção alheia é secundária,e muitas vezes nem vale ser levada em conta, já que vêm enxarcada de uma visão cultural estereotipada, e as vezes a pessoa nem te vê como 'senhora', ela apenas faz uso desta palavra por questão de educação, por julgar que esta é a maneira mais educada de se dirigir. De tanto praticar, usar 'senhora' torna-se um habito cultural que, nem smepre, vem acompanhado da própria percepção que a pessoa tem da dita 'senhora'.
Outra coisa que é legal ressaltar, é esta visão negativa de ser chamada de senhora, fato que esta ligado justamente à velhice, onde a visão que mais se prevalece é a perda da beleza e da jovialidade, segundo a nossa cultura. Ora, há sim beleza na senhora, nós, crias do foreve young, que não sabemos olhar, ou melhor, não fomos e não somos ensinados a olhar a beleza das respectivas idades. Se soubecemos, ser chamada de senhora, seria um baita de um elogio para muitas pessoas.
Como sempre, posts super legais Lola :)

Mannï~ disse...

Uau... cai cair no vestibular? xD

Duas experiências pessoais:
~ Já que a gente vive numa sociedade bizarra, que valoriza mérito E juventude num mesmo indivíduo abstrato, eu parei de queimar neurônio com tato de tratamento e passei a tentar um meio termo, por tentativa e erro, e cheguei no termo "moço/moça". Apesar de mocidade remeter a juventude, é um termo tão anos 40 e fotos amarelas que o sentido faz ele ficar meio antigo - e batata, quase neutraliza idade, pra situações informais.

"Moça, por favor, que horas?"

As pessoas vivas a mais tempo costumam ficar lisongeadas. E não lembro de nenhuma bronca em alguns anos por "falta de respeito aos mais velhos".

~E entrando na seara do "vossa excelencia é um filho da p-!"... Pronomes de tratamento são a forma mais popular de ironia velada que eu conheço, o que me explica um cadinho a birra de tanta gente em ser chamada de Sr@. Tirando Brasília et all, onde o palavrão sai, entra o "se-nho-ra" dito entre os dentes, e aí entra o relato da Liana no comentário mais acima.

Se minhas aulas de literatura não se enganam, a mudança gradual da pronuncia de "senhôra~senhóra", tem bem a ver com isso, né, José de Alencar? (seu mala!)

E um casinho meu, só pra ilustrar... Num dia em que a professora de física não tinha controle algum da turma, eu fui expulsa da sala injustamente, por que o ato de eu pedir uma borracha emprestada foi interpretado como desobediência a ordem de ficar calada durante os exercícios. Depois de uns "ma-professo-""SEM MAIS! FORA!", saí, eu e a minha tpm da sala, e sentei no corredor, ao lado da porta, da maneira mais "desobediencia civil" possível pra alguém no ensino médio. Depois de ouvir 20 alunos protestando contra a ordem, ela mandou uma colega me buscar, e eu respondi-a "se a minha presença não é bem quista na aula de sua senhoria, prefiro ficar aqui no corredor."

Depois do que eu acredito ser o primeiro uso, em anos, do pronome "Sua Senhoria" naquele corredor, esse episódio ainda é lembrado, em gargalhadas, por outros professores do recinto. Na época eu ganhei cafunés compulsórios da coordenadora, achando tudo muito engraçado... Foi constrangedor.

Anônimo disse...

PriscilaѼ

Vc tem blogs muito legais! Linkei o de Mitologia, Literatura e história ao meu ^^!

Anônimo disse...

Monsieur Costa, passei lá nos seus blogs... li os posts Barcelona e agora estou lendo os posts França. Me diverti com seu jeito de comentar as diferenças culturais e a ladainha que devemos manter na ponta da língua qdo vamos comprar uma simples baguette... r.s...

Estou comentando aqui pq me parece que seu blog tá largado às traças, é isso mesmo? Ah! 'dorei le video de la chanteuse française e sua gentileza em traduzir la chanson.

Anônimo disse...

Realmente, como alguém mencionou acima, o tratamento senhora não tem sempre a ver apenas com idade... pode ter, mas nem sempre. Pode ser um respeito hierárquico ou simplesmente uma forma de consideração. Algumas empregadas lá em casa minha mãe e meu pai as chamavam de dona e de senhora.

O tratamento 'fia' eu acho enternecedor... ouvia isso de pessoas nordestinas e pessoas caboclas do interior de SP... sempre me soou doce.

Olha, gente, nós mesmos criamos o efeito que escolhermos com o tratamento que recebemos. Qdo eu era meninota teve gente que pensou que eu fosse a empregada da casa e que a empregada fosse a filha da patroa. Pra mim não foi ofensa nenhuma.

Meu marido não dá a mínima pra isso de tratamento. Qdo vamos a alguma loja pra ele comprar coisas dele, ele não dá a mínima se é tratado com descaso... ele diz assim:

"Vim aqui pra comprar algo. Saí da loja com a mercadoria? ötimo. Não saí da loja com a mercadoria? Vou a outra loja. Pq meu interesse é comprar a mercadoria e não em avaliar forma de tratamento assim ou assado." E o homem vive sem estresse...

alice disse...

acho tb q a postura e a entonação são mais importantes, chamo a maioria das pessoas de "você", tipo os pais dos meus amigos, amigos mais velhos, colegas de sala de aula mais velhos.

já com estranhos na rua, eu acabo usando o tratamento mais distanciado, pq n sei se a pessoa prefere ser chamada assim. qd eu sei o nome da criatura, tb sou adepta do "dona" e "seu", pra pessoas mais velhas, pelo mesmo motivo.

só faço questão mesmo de usar essa senhorice toda qd estou discutindo com alguém, qualquer pessoa, e quero mostrar o quanto el@ está sendo grosseir@ e agressiv@: chamou de "senhor/senhora", a pessoa quase sempre abaixa o tom de voz.

professor e professora eu chamo assim mesmo: "professor, vai cair na prova?". meu #jeitinho é usar a voz passiva ou o sujeito indeterminado ("vão ser corrigidas quando?", "ficou marcado para...", "determinou-se que..."). agora, quando não tem jeito mesmo, acabo usando senhor/senhora pq pode ser q ele ou ela se importe com isso e me considere atrevida. afinal de contas, eles estão numa posição superior à minha.

já quando são professor@s legais, que tratam aluno feito gente, eu chamo de você, chamo pelo nome, puxo papo, adiciono nas redes sociais hehehe

o mesmo vale pro meu chefe: na área jurídica é muito comum o uso indiscriminado da palavra "doutor". se a pessoa faz questão de um tratamento elitista e é ela q paga meu salário, oq eu posso fazer? é até engraçado pq uso "doutor@" acrescido tanto de "senhor@" (se for alguém mais velho, mas de vez em quando escapa uns "você" tb) quanto de "você" (quase sempre). ("doutor@, @ senhor@ vai..?", "doutor@, ligaram pra você")

mais uma vez: se o chefe for legal, ele mesmo vai fazer cair esse vocativo formal. meu antigo chefe era 5 anos mais velho e a gente se tratava como colegas, era bem descontraído.

já meu chefe anterior tb não gostava de doutor/senhor, mas eu confesso q não conseguia evitar pq ele era bem coroa, tinha quase 60 anos... e eu via ele avaliando a beleza das funcionárias numa vibe meio "velho babão" e aquilo me incomodava muito. pra n correr o risco de confundir as coisas, eu usava pra distanciar mesmo, na postura mais séria possível.

na rua, tb adoto o moço/moça. pro motorista de ônibus, pro transeunte, pro pobre, pro rico, jovens, idosos, pra qualquer um. podendo evitar, tb impessoalizo: "pode me informar as horas, por favor? brigada"

quando quero me referir a alguém de até 30 e muitos, 40 anos, uso moç@ como substantivo tb. "viu uma moça de blusa verde passando por aqui?". se aparentar mais idade, uso senhor/senhora. (acho melhor do q perguntar "viu uma mulher/homem saindo?" ou "viu um@ idos@ passar por aqui?")

aiaiai disse...

no trabalho lido com pessoas que não conheço e com quem, provavelmente, nunca mais irei falar. Essas pessoas eu trato como senhora e senhor. Mas no dia a dia eu chamo todo mundo de menina/menino. As pessoas gostam, acho que percebem que estou sendo carinhosa. Outro dia, passei por duas senhoras que moram no meu prédio e disse: bom dia meninas! E uma delas respondeu: bom dia menininha! Eu achei lindo.
Mas acho que tudo tem a ver com o tom de voz e com a expressão facial. Um sorriso faz toda a diferença, né?

Na Itália, uma vez um brasileiro me disse para parar de tratar as pessoas informalmente. Ele chegou a relatar que alguem q tinha me conhecido numa festa disse: aquela sua amiga brasileira acha que todo mundo é íntimo dela! ...caramba, a mulher me conhece numa festa e reclama que eu não chamo ela de senhora?! Ri muito!

rizk disse...

Senhor/senhora eu acho bacana...

SENHORITA é que não pode ser. Acho acintoso, até.

L disse...

Eu costumo chamar pessoa dos 20 pra cima, que eu não tenho muita intimidade, de senhor ou senhora. Acho estranho usar 'você' pra falar com um estranho.
Mas a maioria parece se incomodar com isso. Sempre escuto 'Senhor/Senhora está no céu', mas é um hábito meu. E não vejo necessidade das pessoas se incomodarem com isso, é só um pronome de tratamento.

Dária disse...

Ihhh gente, "senhora" pra mim é muito mais cultural, e muito mais sinal de respeito as vezes, do que qualquer outra coisa. Moro em Natal, e por aqui sempre tive o hábito de chamar assim todo mundo, fosse em situação hierarquicamente superior, fosse em um atendimento, não me parece chingamento nunca não hehhe

Tive um professor na faculdade que tinha uns 24 anos. Minha turma foi a primeira em que ele deu aula, ainda no mestrado. Ficamos amigos. Ele saia um tempo com uma amiga minha, e eu com um amigo dele. Saiamos como amigos... e ainda assim, em uma completa discontração de carnaval, eu já soltei um "professor, o senhor..."
Ele: não Dária, você me chamando de senhor não.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Tipo, nada tinha a ver com a idade ou situação. Simplesmente chamava todos os professores assim, leva-se o hábito pra rua.

Quando trabalhei num Juizado em setor de atendimento ao público era a mesma coisa. Chamava até adolescentes assim.
Nunca parei para refletir sobre estes termos não. Me parece apenas que aqui no nordeste são mais usuais (meu ex-prof-amigo é carioca), e já está entranhado em nosso linguajar. Não é ofensa.

Dária disse...

E como disse a L aí em cima. Acho que só tenho o hábito de falar você com pessoas próximas. Desconhecidos tendem a ser "senhor" quase sempre heheh

Leila Silva disse...

Estou achando divertidos os comentários (acho que não li todos).

Linha e agulha me desculpe mas VOCÊ não é tratamento formal no Brasil, nós temos o nosso jeito de falar e os portugueses têm o deles, não quer dizer que um seja mais correto que o outro.

Lisahad, achei curioso esse negócio de esperar tantos minutos se o professor for mestre e tantos mais se for doutor (nos USA) até porque eu não imaginava que alguém pudesse ensinar numa universidade aí sem um doutorado. Mesma coisa na Europa onde estudei por um tempo, não havia professor sem um título de doutor.
Abraços

Carol F. disse...

Interessante como as pessoas têm opiniões diferentes quanto a isto. Realmente eu já vi o uso de "senhora" como tentativa de ofensa, normalmente para mulheres não muito velhas. Mas no dia-a-dia senhor e senhora são usados quando se quer demonstrar respeito, por hierarquia, idade ou os dois.
Eu não ligo que me chamem de senhora. Acho normal, embora normalmente me chamem de "moça". Só não suporto que me chamem de "tia" (a não ser que seja meu sobrinho), provavelmente porque na minha escola fosse proibido chamar professora de tia. Era senhora ou dona XXXX para professoras de qualquer idade. Por fim, eu nunca responderia para alguém "a senhora está no céu", mas já falei várias vezes "eu não sou sua tia", e vou continuar falando.

Starsmore disse...

Engraçado, chamo meu pai e minha por Sr. e Sra. e nunca pensei que na verdade estava chamando eles de velhos escrotos e feios. Por outro, lado se eu acho que é mais jovem chamo por rapaz/moça, talvez haja alguma razão na reclamação. Por fim, ainda adoro chamar médico por Doutor, mesmo que não tenha doutorado.

Sempre achei sinal de respeito e simpatia.

Também já escutei essa belíssima patada: "Senhor está no céu", mas vou continuar seguindo o que me foi ensinado como educação, mesmo que isto incomode alguns...

Starsmore disse...

Poxa, agora que percebi, têm vários reacinhas aqui no blog da Lola, todos com a mesma opinião que eu.

Bruna disse...

Minha mãe ODEEEEEEEEEEIA quando alguém da idade dela ou mais velho a chama de senhora.

jux_freedom disse...

Fofaronovich!
Dois commentarios vide realidade na Alemanha:

*) o termo Fraulein caiu em desuso total pq, originalmente, Fraulein servia para "nomenclaturar" uma mulher que 1) era jovem e 2) posteriormente, que nao havia se casado. Ou seja, bem antigamente, era normal chamar de "Fraulein" uma mulher solteira no poderoso auge dos 50 anos! Hoje, nao se usa mesmo, sob o risco de levar uma bela bordoada dado o carater claramente discriminatorio que o termo Fraulein teve desnudado.

2) aqui, quando a pessoa tem o titulo de Doutor, ela acrescenta isso ao nome. Entao, por exemplo, se vc estivesse aqui na Nutellaland, seu nome completo poderia ser (caso vc assim quisesse): Doutora Lolaxima Fofaronovich. Sim, pq Doutora Lolaxima seria seu Vorname - antes do Nome ou melhor, primeiro nome - e o Fofaronovich seria seu Name - o que o povo aqui chama de nome na verdade eh o sobrenome. E, maridao me contou hoje algo que me deixou de bico caido: quem tem dois doutorados acrescenta DOUTOR@ DUAS VEZES ao nome! Entonces, hipoteticamente, se vc resolver fazer mais um doutorado, aqui na Batatalandia vc seria Doutora Doutora Lolaxima Fofaronovich :D:D:D:D:D::D:D

beijukkkkkka

Anônimo disse...

@ Leila Silva
Sim, pra lecionar numa universidade americana é preciso ter doutorado (PhD). Porém, existem faculdades chamadas de Community College ou Junior College, onde o estudante pode fazer os dois primeiros anos e depois tranferir pruma universidade. Nessas faculdades há professores com mestrado e professores com doutorado.

No começo do ano/semestre letivo, o prof. diz se tem mestrado ou doutrado e já diz que para o caso do prof. estar atrasado os alunos devem esperar por cinco minutos no caso do prof. ter mestrado e 15 minutos no caso do prof. ter doutorado.

De praxe a palavra professor é pra quem tem doutorado e teacher ou instructor pra quem tem mestrado. Mas ninguém faz tempestade num copo d'água por isso... americano sabe respeitar hierarquia assim como sabe respeitar as diferenças culturais como por exemplo no uso de pronome de tratamento.

Advogados, por mais brilhantes que sejam, sempre são tratados por Senhor (Mister)... tipo Sr. Costa, Mr. Costa... se algum advogdo quiser ser tratado por Dr. é prerrogativa dele, mas fica fora do contexto cultural, a menos que ele seja um professor e o tratamento Doutor se aplica dentro da universidade.

Diferentemente do brasileiro engenheiro, arquiteto, e várias outras profissões que exigem o título de Dr., nos EUA não é assim... apesar do americano saber seguir a formalidade necessária no tratamento entre as pessoas, ainda assim, de certa forma, existe menos formalidade do que no Brasil.

Oliveira disse...

Lola:

Que inglês é esse seu? Nos Estados Unidos só se dirige a outra pessoa por you?

Mister ou Miss é o que?

Se você não respeita outras pessoas, ou não gosta de ser respeitada, como sua mãe gosta, não fique fazendo companhas baseadas em informacões erradas do idioma que deveria ser a sua especialidade, "doutora".

Você não acerta uma?

Anônimo disse...

@ Oliveira
Em inglês (EUA, Grã-Bretanha, Austrália, etc.) existe YOU que vale pra VOCÊ, VOCÊS, TU, VÓS, e em certos contextos Senhor e Senhora.

- Sr. Oliveira, o SENHOR está se sentindo bem? - Mr. Oliveira, are YOU feeling well?

- Quero todos VOCÊS aqui, por favor. - Please I want all of YOU hear. (or I want YOU all here.)

- Atenção! Senhores e Senhoras... -- Attention! Ladies and Gentlemen...

- Sr. Oliveira, eu sei que o senhor é um cantor brasileiro. --Mr. Oliveira, I know YOU are a Brazilian singer.

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Ao pé da letra:
Senhor = Lord (Our Lord Jesus Christ, Nosso Senhor Jesus Cristo)

Senhora = Lady (Our Lady Virgin Mary, Nossa Senhora Virgem Maria)

Lady tb é um título da realeza... Lady Diana (Lady Di).... Lady Laura (mãe do cantor e Rei Roberto Carlos Braga, viúvo da Nice e da Maria Rita).

Rosangela disse...

Muitas vezes pessoas chamam uma mulher de senhora em tom ofensivo, sim. Geralmente, essas pessoas sao da mesma idade ou tem idade superior `aquela que e' chamada de senhora. E o recado e' bem claro: "vc nao e' mais jovem, querida, entao, porte-se de acordo com a sua idade". E esse "porte-se de acordo com a sua idade" nao significa que a "senhora" foi mal educada ou portou-se de forma extremamente inadequada. Significa que ela esta' fazendo algo ou tendo algum tipo de atitude que os conservadores de plantao desaprovam. Por ex: esta' vestindo uma roupa considerada pouco sobria para a sua idade? Esta' acompanhada de um rapaz mais jovem que parece ser amigo/namorado? Esta' usando termos ou girias da moda? Em qualquer desses casos, os cuidadores da vida alheia vao tentar feri-la jogando um "senhora". E eu acho que se incomodar com esse tratamento falso e venenoso nao tem a ver sempre com a nao aceitacao da maturidade. Tem a ver com essa divisao absurda e preconceituosa de que vc so' pode fazer ou desfrutar de certas coisas se for jovem. Tem um monte de site que chama a Madonna de "senhora" como para coloca-la no "devido lugar", aquele reservado `as senhoras da idade dela. Quer ser sexy, meu bem? Seja jovem! E, me desculpem, as palavras tem um peso enorme.

Anônimo disse...

@ Oliveira
Miss = Senhorita

- Miss Oliveira, are YOU feeling all right?

- Srta. Oliveira, VOCÊ está se sentido bem?

- Srta. Oliveira, a SENHORITA está se sentindo bem?

O nome Oliveira do meu exemplo poderia ser uma irmã sua, solteira... ou uma filha sua... e não debochando VOCÊ ou o SENHOR.

Anônimo disse...

@ Rosangela
Outras pessoas comentaram o mesmo ou quase o mesmo que você... fico até meio ressabiada em como me reportar às pessoas qdo da minha próxima ida ao Brasil, diante de tanta suscebilidade que as pessoas têm qto ao pronome de tratamento!

Cruzes, que gente do ego fragilizado! Até se melindrar pq pordetrás do 'senhora' existe alguma segunda intemção e maisisso e maisaquilo... isso me soa como falta de boa leitura! Falta de se atinar aos bons costumes...

Anônimo disse...

- Mr. Oliveira, I love YOU.

traduzindo:
- Sr. Oliveira, eu amo o SENHOR. / - Sr. Oliveira, eu TE amo. / - Sr. Oliveira, eu amo VOCÊ.

Oliveira disse...

Obrigado pelos esclarecimentos LiSanaHD. Eu só estava provocando a Lola.

Eu detesto essa mania que a Lola tem impor todas a tolices que vão pala cabeça dela, só porque a Intenet permite que qualquer besta vomite suas preferências como se fossem dogmas.

Anônimo disse...

De nada, Oli, de nada. Mas convenhamos, o blog é da Lola... ela tem direito a expor as opiniões dela... ela é pessoa de fortes convicções... a gente vem aqui pq quer... MAS no post ela escreveu "não tenho vontade de lutar contra todo mundo o tempo todo"... eu aprendi a ler os posts dela duas ou até três vezes antes de me pronunciar... rs... e muitas vezes me pronuncio em respota a algum commentário, apenas. Acho que pegar no pé d@ blogueir@ por pura implicância não ajuda em nada... mas isso é o eu que penso, né?

Pryska disse...

Acho muito estranho quando alguém me pede "me chame de você."... Eu tento, mas logo me esqueço e já estou chamando de senhora, senhor, moça... É muito difícil pra mim chamar alguém que não conheço ou não sou íntima de "você.". Pra mim é um desrespeito.

Mas tenho um critério. Chamo de senhora quem sei que é casada [e mãe na maioria das vezes], meu professor/professora, pessoas que estejam prestando um serviço pra mim [motorista do ônibus, a mulher da pastelaria, do xerox...]. Não chamo de doutor quem não tem doutorado e tenho a mania - segundo minha mãe, feia - de chamar o médico de sr.nome e não de doutor...
Agora, chamo pessoas que acho bem mais velhas de "seu fulano" "dona fulana". E não estou chamando de velhos, estou dizendo que tenho respeito porque viveu mais que eu (não por ser velho, entende?)


Por outro lado, não chamo ninguém de senhora se não tiver consideração, não admirar ou estiver com raiva.

Várias vezes refiro a minha mãe como "A senhora minha mãe..." Ex: "A senhora minha mãe não acha isso dramático demais?". E pra mim é um modo carinhoso de me referir a ela.

(e as pessoas ainda me acham má educada por não deixar de falar o que penso, mesmo sento eufêmica)

Aqui no meu estado é comum as pessoas chamarem de senhora/senhor. Mas minha mãe já me avisou "Olha Priscila, quando você for pra SP, vai ter que se acostumar a chamar as pessoas de 'você'... É estranho, mas lá costumam ficar ofendidos com essa formalidade. Acostumei com isso quando vim pra cá." ... Quando ela disse, achei um absurdo. Fiquei chocada. Agora já entendo, acho estranho, mas me esforço até me acostumar, se a pessoa se sentir incomodada [até se eu ver que a pessoa se sente muito formal].

Nunca usaria 'senhora' pra chamar ninguém de velha, só demonstro que considero a pessoa [porque senão considerar ou se for amiga, chamo pelo nome ou de 'você']

Não sei se me expressei bem, mas resumindo, me sinto esquisita chamando 'você'. Mas ficaria muito triste se uma pessoa me dissesse que se sente ofendida e claro, ia parar.

;*

Rosangela disse...

LisAnaHD,
Obrigada por me alertar, mas ja' tinha visto que algumas pessoas fizeram comentarios mais ou menos na mesma linha do meu comentario. Mas eu quis aproveitar a ocasiao para enfatizar o que considero uma bocalidade: enquadrar as pessoas, dizendo o que elas devem ou nao fazer, de acordo com a idade e, por que nao acrescentar, o genero, a etnia, a procedencia regional etc. Deixe-me desenhar pra vc entender. Imagine a situacao contraria, em que o outro lhe tasca um "viu, mocinha?" na intencao de menosprezar a sua intervencao em uma reuniao ou palestra. Nao sou contra o uso de certas formalidades, elas sao necessarias para o convivio social. Eu me sinto `a vontade para reforcar esse tipo de assunto neste blog porque o seu objetivo maior e' justamente quebrar o senso comum, relativizar "certezas" embutidas desde sempre na cabeca das pessoas. Eu moro em Rockville, MD, tenho 43 anos e sou frequentemente tratada como "madam" e nao vejo problema nenhum nesse tratamento.

Anônimo disse...

@ Rosangela
Esse "viu mocinha" não é ao que me referi sobre o pronome de tratameno. Existem convenções sociais... regras de etiqueta... costumes culturais... que devemos respeitar como pessoas devidamente educadas e sensatas. Não é "eu acho que deve ser assim ou ser assado" - e o brasileiro tem grande dificuldade em aceitar e respeitar regras sociais, respeitar hierarquia. Tanto é verdade que nos EUA todo é uma luta pra formar e manter por longo período de tempo uma associação devidamente unificada entre brasileiros! Todos querem mandar... se um cara é engenheiro e o presidente da associação é um estudante de administração de empresas e trabalha num McDonal's o engenheiro já não quer seguir as diretrizes do presidente pq o engenheiro se acha mais... e eu poderia citar tantos e qtos outros exemplos mas acho que nem vem ao caso.

Enfim num grupo de brasileiros todos querem mandar, todos querem apitar igualmente... é um desrespeito geral por hierarquia... 1-2-3 a pessoa é convidada pruma festa digamos de uma amiga sua e a pessoa já se acha íntima tb.

Bem, pra não ferir suscetiblidades, onde se lê 'brasileiro', leia-se 'nós brasileirios'

Rosangela disse...

I give up, honey.

Anônimo disse...

I understand, it's hard to accept it.

Liana hc disse...

Então, deixa ver se entendi: brasileiro está errado porque questiona autoridade e americano está certo porque aceita. A política externa deles é meio contraditória neste aspecto. A fama é precedente. Aceita a autoridade de uns, joga bomba em outros... Humm, talvez a gente devesse imitar, aí sim seríamos um país do futuro e perfeitamente educados.

Luciana disse...

Primeira vez q me chamaram de sra, pensei: Tou ficando velha?!ACHO Q TINHA UNS 28 P 30 ANOS. Mas, ate hj , na verdade, acho bem cansativo quando me chamam de sra. Parece q n estao se referindo a mim. Vai ver minha ficha nao caiu =)

Adorei Lola!!!!

Anônimo disse...

@ Liana
Se vc tivesse atinado ao assunto de que trata meu comentário, se vc tivesse deixado de lado seu sarcasmo ao se reportar ao meu comentário, daí sim poderiamos entabular uma conversa inteligente e produtiva. E eu me recuso a manter conversação menos inteligente uma vez que sei que meu interlocutar é inteligente, culto, tem todo o suposto preparo para uma troca de ideias sem lançar não do sarcasmo, coisa própria dos que se sentem menos e querem parecer mais.

S. disse...

Lisandra, é que fica uma coisa meio esquisita. Vc vem em um blog feminista, que, entendo, é contra preconceitos, todos os tipos de preconceitos. E aí voce larga essa de que brasileiros são mal-educados e que não respeitam hierarquia. Não é um imenso preconceito? Do mesmo tipo que apareceu esta semana na imprensa francesa, onde se falava do atraso nas obras para a copa do mundo e se explicava esse atraso com a justificativa da "indolência do trabalhador brasileiro"!!! Sim, isso mesmo. As obras da copa estão atrasadas porque os trabalhadores brasileiros são "indolentes"! Não é o mesmo tipo de preconceito que você está reproduzindo?

Eduardo Marques disse...

Mas quanto recalque nesse texto! Não vejo problema nenhum em me chamarem de senhor. Quem não gosta de ser chamada de "senhora" por se sentir velha só está se desvalorizando e desvalorizando os outros de sua idade. O tempo passa e as pessoas envelhecem, lidem com isso.

"- Eu gosto quando me chamam de moça! Aí eu me sinto muito jovem!"

Ai, meu Deus!

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Thiago Lasco disse...

Lola, tô com uma pauta de economia e acho que você será uma boa personagem para a matéria. Vou te mandar um e-mail já já! Beijão!

Regina Spinelli disse...

Em casa, quando criança, meu pai nos ensinou a tratar todos por você, pois dizia que não era a palavra usada que demonstrava o respeito pelas pessoas e sim as atitudes. Quando fui crescendo tive que aprender a falar senhor e senhora, pois sentia que algumas pessoas não gostavam de serem chamadas de você, principalmente pessoas de mais idade ou desconhecidos. Talvez por isso, até hoje, acho estranho quando alguém me chama de senhora.

Anônimo disse...

@REgina Spinelli
Devemos educar adequadamente as crianças. Onde já se viu educar crianças para usarem o pronome de tratmaento VOCÊ a torto e a direito?

Dispensar o tratamento formal é prerrogativa da pessoa a quem nos dirigimos.

Mar Eu disse...

Adorei o blog e o post
Porque realmente "alguns jovens" nos chamam de senhora como forma de preconceito mesmo...a gente nota o tom...e eles logo aparecem com aquele discursinho FDP que é por "respeito"
Respeito é algo mais profundo do que isso...é respeitar em cada idade as belezas e limitações...já pensou se eu me achasse mais "sábia" e chegasse falando "owww babaquinha novinho"
Então o que acho é que tenho o direito de ser chamada pelo nome...simples assim !

Carmen Lins de Carvalho disse...

Bom, eu acho que uma mulher tratar a outra por "senhora" só para deixar uma idéia de que é mais jovem, é o fim da picada. Tive uma vizinha até mais velha do que eu. Tratei-a Senhora, mas ela: - por favor de me trate por senhora. A conversa prosseguiu e ela me tratando or "Senhora", é mole?

piadinhas da mariane disse...

Eu odeeeeio ser chamada de senhora, acho o som da palavra horrível. Preconceituoso mesmo. A verdade é que uma pessoa que hoje tem 50 anos tem uma espectativa de vida muito maior do que aquela que tinha 50 anosna década de 70, por exemplo! Mulhreres, vamos nos rebelar! Eu não quero ser chamada de senhora até chegar a, pelo menos, 70 anos! Até lá, minha vivência já permitirá até ouvir com prazer a palavra "senhora" dirigida a mim. Por enquanto, acho abominável, mesmo!
Claro, já fui professora e não me importava que meus alunos me chamassem de senhora. Nesse caso específico, sabia que era puro respeito.
A propósito, tenho 45 anos, e nem todos me chamam de senhora. Fico muto feliz, aliás, quando me tratam por moça, menina (só algumas vezes... rrrrrr)
Sabem como eu devolvo o senhora de alguém? Chamando a outra pessoa também de senhor ou senhora.Vejam a reação.....

Unknown disse...

Eu tenho pavor dessa coisa d senhora!...acho uma total falta d respeito,e nem 1 pouco educado!...é 1 preconceito,geralmente,da a entender q achou a pessoa velha!...ou então q quer 1 afastamento...isso devereia acabar d vez!...melhor chamar d vc, é democrático...usando-se o mesmo termo p/ todos...corre-se bem menos riscos d ofender!...caso me chamem assim,eu devolvo na hora!...

Anônimo disse...

Eu tenho 45 anos e não mudei em 20 anos, é só que engordei um pouquinho mais, rs. Mas as pessoas acham que mulher obesa tem que ser chamada de "senhora", essa é a impressão que tenho. E odeio ser chamada de "senhora", principalmente na frente de colegas. Chamem-me de insegura, mas continuo não gostando. E faço exatamente o que a Mariane faz: chamo de "senhora" de volta, só para olhar para as caras de tacho. E, claro, rir muito por dentro.

Anônimo disse...

Senhor, senhora (= mulher casada) e senhorita (= mulher solteira) são pronomes de tratamento usados formalmente (ou seja, quando não se tem intimidade).

Mas aqui no Brasil não se tem o hábito de formalidades, então as pessoas estranham. Prova disso é as pessoas associarem esses pronomes à velhice, o que não tem nada a ver.

Quanto ao fato de se usar um tratamento formal mas não se ter o devido respeito, concordo em parte com o que foi dito (as pessoas deveriam se tratar respeitosamente independente do pronome ser de tratamento ou pessoal). Mas não é totalmente um contra-senso porque as pessoas não precisam ser íntimas para se desentenderem.

É aí que ocorre certa confusão: os pronomes "senhor", "senhora" e "senhorita", são meros tratamentos formais entre pessoas que não têm intimidade e por respeito a essa não intimidade. O respeito e o decoro para com a pessoa com quem se está falando é necessário com íntimos é não íntimos.

Anônimo disse...

NO Brasil, é frequente usar o "Senhora" como exclusão social, para designar uma criatura velha que está fora do seu grupo social e deve ficar quieta no seu canto como se fosse um objeto e não um ser humano. A prova disso é que quando uma pessoa diz que não quer ser chamada de senhora/ Senhor, o interlocutor não a atende, e parte para uma atitude agressiva, começa a fazer bulling e chama-la de Senhora/ Senhor o tempo todo pra dizer : Olha aqui seu Velho (a) , cala a boca e fica quieto. Se a pessoa pediu pra não ser chamada de Senhora/ Senhor, por que reagir de forma tão agressiva, cadê o "respeito" ? Resposta: Não existe o tão falado respeito por trás do tratamento Senhor/Senhora no Brasil, se existisse o respeito, o interlocutor concordaria em paz e pararia de chamar a pessoa de SEnhor/ Senhora.

Anônimo disse...

Venho notando que ate os *idosos acima de 70 anos, já não estão mais gostando de serem tratados de SR e SRA. Outro dia uma sra. de 74 anos pediu que eu (TENHO IDADE DE SER FILHA DELA) a chamasse de voce! gente ta difícil assim.... Temos que lembrar sempre que se 70 anos a pessoa já é idosa, então 35 anos é a metade de 70, aí com 35 pra cima já é uma pessoa de MEIA IDADE e pronto.... Vamos aceitar o envelhecimento e pronto....

Anônimo disse...

meus comentários não saem porque:

Anônimo disse...

Sabe porque muitas pessoas não gostam de Senhor, Senhora, é simples, quem chama de Senhor ou Senhora outra pessoa, o outro(a) se sente diferente, porque foi passado isso de geração em geração, desde que foi criado os pronomes de tratamento.Aos mais velhos em sinal de respeito,Senhor ou Senhora.Mas não explicou o desrespeito na palavra você.Ora, se antes eu era chamado(a) de você era normal, agora que estou com mais idade,é Senhor(a), então é velho mesmo,é o que pensa, as muitas velinhas apagadas, deveriam ser de vivências, e não de velhice, algo que não serve mais, porque velho remete-se a isso.Ninguém fica com idade menor, ao passar dos anos, fica a maior, ou seja, a pessoa não muda seu eu,as mudanças só são físicas, as rugas, agilidade etc., por dentro, a sua essência é a mesma.Só na outra dimensão acredito que não vai haver Senhor(a) mas por aqui na terra vai existi sempre.

Unknown disse...

Isso rende assunto porque incomoda a quem recebe...quando chamar de senhora ou senhor não é apenas respeito e está incluso nesse tratamento também o preconceito e a restrição de você poder fazer coisas que são restrita a "jovens". exemplo, gosto de ir a bares, para tomar uma cerveja e ver o movimento...garçom ou outra pessoa fala- a cerveja é para essa senhora,ou, pode passar senhora...normalmente vem de homem...não sei se é machismo,ou se é preconceito com a idade(48)...acho que são os dois e agravado por ser mulher....então deixe em certos momentos quem não cabem senhor ou senhora...somos todos seres viventes e com experiencias diversas, no mesmo planeta esse negócio de ser jovem foi a mídia que inventou pra vender produtos o espírito é jovem a saúde ajuda "tamo junto"

Anônimo disse...

Chamei o cara que vai ser meu chefe de senhor na entrevista, ele disse que se eu chama-lo de senhor novamente serei demitida, achei um exagero total! Só o chamei assim em sinal de respeito, pois o cargo dele é acima do meu, e ele é mais velho que eu, mas não o chamei por causa disso, ele pode não gostar, mas não precisava disso tudo!

lcd disse...

Concordo

lcd disse...

Eu acho que chamar uma pessoa de senhora sendo realmente bem mais velha que VC e uma coisa agora a pessoa e da mesma idade ou até mais velha aí te chama de senhora eu sinto muito mas isso faz a gente se sentir acabada

lcd disse...

Concordo

Unknown disse...

Andreia lemmes a senhora tem toda razão

Anônimo disse...

Sinceramente? Fodam-se a Linguística e os pronomes de tratamento.
Chamo a todos (inclusive meus pais, que assim o querem) de "você", e não me venham com discursinho de aceitação e o escambau.
A quem me chama de "senhora" (e isso inclui aquelas atendentes suuuuuuper bacanas que existem por aí, nas lojas da vida), chamo de "senhora" de volta.
Não é "respeito" que me estão dando?
Pois bem, estou retribuindo o "respeito". E com um sorriso sardônico no meu rostinho de 50.

Dias disse...

Concordo plenamente.

Dias disse...

É melhor evitar.

Dias disse...

Então tem chamar de senhor/senhora até os jovens!

Dias disse...

"Rugas e cabelos brancos "
A questão não é essa,no Brasil existe uma mania de lançar as pessoas na terceira idade antes do tempo,acabo de dar uma bronca em um rapaz que chamou -me de "coroa ",detesto!!e não sou idoso!!

Dias disse...

Subentende-se "senhor de idade ",o que não cabe a uma pessoa que não chegou a terceira idade.

Unknown disse...

São só palavras ! Não entendi.

Anônimo disse...

Simples: chame de "você ".

Anônimo disse...

Palavra docarai e feia e senhora ai que raiva

Anônimo disse...

Eu. ODEIO ser chamada de senhora, de DONA, de TIA. Nossa como eu odeio. Antes menos, hoje mais, principalmente por pessoas que tem a minha idade . Afff!!!
Queria aprender uma maneira de me defender nessa situação.
As vezes falo que não gosto, mas alguns continuam me chamando assim..,