terça-feira, 8 de outubro de 2019

CORINGA DOS QUADRINHOS NÃO TEM NADA DE INCEL

Vi Coringa ontem, adorei o filme e vou escrever sobre ele. Mas como o pessoal não tá se aguentando na caixa de comentários, e demorarei um tiquinho mais pra escrever (muita informação reunida!), gostaria de publicar um guest post de uma conversa gerada há uma semana no Twitter.
Eu disse que não era fã nem entendida em histórias em quadrinhos, e que portanto não sabia muito de como o personagem Coringa foi retratado ao longo das décadas -- como ele pode ser incel, se tinha como parceira a Arlequina, por exemplo? Então Pablo Vasques, de Brasília, programador de interfaces web, e muito fã da Mulher Maravilha, escreveu e me enviou este texto muito bacana. Obrigada, Pablo!

Antes de mais nada, queria dizer que seus textos foram absolutamente essenciais para que eu tivesse a oportunidade de entender melhor o feminismo, e também foi um portal valioso para encontrar outras vozes do feminismo e também entender melhor o meu papel, como homem sedento de justiça social nessa história toda, não somente das lutas relacionadas com a mulher, mas todas as outras lutas sociais também. Então, MUITO OBRIGADO! 
Foi uma postagem sua no Twitter sobre o Coringa e a Arlequina que me motivou a escrever esta mensagem. Pensei em responder no próprio Twitter, mas começaram a aparecer muitas ideias na cabeça e achei melhor não encher a timeline com alguns detalhes que provavelmente não interessariam a muita gente. Bom, pelo menos vou me esforçar para manter o tópico minimamente interessante.
O Coringa é um personagem quase tão antigo quanto o Batman, e tem tantas versões diferentes quanto o próprio herói. Tanto a DC Comics como sua dona corporativa, a Warner, possibilitam a diferentes autores apresentarem diversas interpretações de seus personagens. Assim, o que as pessoas têm em mente quando pensam em Coringa se originou nos anos 80, quando Frank Miller produziu o Cavaleiro das Trevas e solidificou a imagem do Batman como um cara sombrio, amargurado e violento.
Nessa época, os fãs de quadrinhos clamavam por histórias mais sérias, mais consequentes, e um dos efeitos colaterais disso foram histórias apresentando o Coringa como um sociopata incorrigível, cometendo crimes assustadores como o assassinato do segundo Robin, Jason Todd, e a violência sexual contra a Barbara Gordon (identidade secreta da Batgirl) na história A Piada Mortal, de Alan Moore.
Esta história é importante porque apresentou o que muitos consideram a versão definitiva do Coringa: um ladrãozinho mequetrefe e extremamente azarado que por força das circunstâncias acaba sucumbindo à loucura e se transformando no Coringa. Mas a trama é extremamente problemática, pois vitimiza a personagem Barbara Gordon com o único objetivo de mover a trama dos protagonistas, Batman e o comissário Gordon.
Curiosamente, o celebrado autor Alan Moore se apresenta como progressista e feminista, mas a violência sexual contra mulheres é dolorosamente presente em boa parte de sua obra. Apesar das críticas, A Piada Mortal se tornou emblemática por outras razões, pois Barbara Gordon, paralisada por um tiro da cintura para baixo, deixou de lado o manto da Batgirl para se tornar a heroína Oráculo, que da sua cadeira de rodas se tornou um dos personagens mais importantes da DC, tanto dentro do universo como fora dele (como exemplo de representatividade).
Há cerca de 10 anos a DC resolveu "pedalar para trás" e promoveu uma reorganização de seu universo de super-heróis, apagando a existência da Oráculo e restabelecendo Barbara Gordon como a Batgirl. Muitos fãs protestaram pois outras heroínas haviam assumido o manto da Batgirl e elas também foram apagadas da existência, junto com a Oráculo. Mas isso é outra história no longo rol de cagadas da DC Comics.
Voltando ao Coringa, e principalmente à Arlequina, ela foi um personagem originalmente criado para a extremamente popular (e incidentalmente ótima) série animada televisiva do Batman. Então sua versão equivalente do Coringa, por ser voltada para crianças, não é depravada como a dos quadrinhos. Mesmo assim, é perceptível que a relação dele com a Arlequina está muito longe de ser sadia (até por conta da insanidade dos dois personagens).
Então a Arlequina fez essa transição da TV para os quadrinhos e com isso se tornou mais violenta e sinistra, e os aspectos mais doentios da relação entre ela e o Coringa foram tornados mais explícitos. Eventualmente ela supera o "amor bandido" e se afasta dele para o bem de sua própria sanidade, ironicamente. Ela também manifesta sua bissexualidade se envolvendo com a Hera Venenosa, com quem tem uma relação mais igualitária, digamos assim.
Essa é a inspiração para a Arlequina que aparece no filme Esquadrão Suicida
bem interpretada por Margot Robbie apesar de sua caracterização meio problemática. Estou com a esperança de que ela seja melhor retratada no vindouro filme das Aves de Rapina (Ou A Fantabulosa Emancipação de Uma Certa Arlequina, que é o subtítulo do filme e dá a ideia de que ela será um personagem central).
Os filmes do Esquadrão Suicida e esse das Aves de Rapina são ostensivamente considerados parte do "DCEU", ou Universo Estendido da DC, significando que suas tramas se passam em um mesmo mundo compartilhado pelas diferentes produções da DC desde O Homem de Aço, excluindo os filmes do Batman, incluindo Aquaman, Mulher Maravilha e Shazam.
Coringa, por outro lado, foi concebido desde o início para ser algo diferente. E nesse universo particular de Coringa, não existe sinal do restante do universo DC, exceto pela cidade de Gotham. Batman e a Arlequina não estão nesse mundo. E pelo que entendi o próprio Coringa tenta ser algo diferente, ainda, de todas as versões do personagem já apresentadas. Difícil dizer quão diferente.
Uma coisa é certa: os incels elegeram Coringa como uma ode a eles próprios sem sequer ver o filme. Suspeito que estejam bastante equivocados, mas veremos.
Peço desculpas por ter ocupado seu tempo com essa parede de texto. Se você chegou até aqui, espero que tenha sido ao menos um pouco interessante. Não que seja muito útil, admito.

42 comentários:

Anônimo disse...

Sua vadia, puta, gorda, retardada, jubarte acéfalo, você é mau caráter ao quadrado mesmo ou não entendeu nossa mensagem?
O Coringa do JOAQUIN PHOENIX é um dos nossos. Ninguém fala que o Coringa ostentador do Jared Leto é um dos nossos. O Coringa do Heath Ledger também anão, embora ele tenha um ar mais anarquista e revoltado para com a sociedade em geral, ainda assim ele é relativamente bem sucedido no que faz.
O Coringa do JOAQUIN PHOENIX é alguém MAL TRATADO pela sociedade, alguém que foi jogado na sarjeta, pisoteado e humilhado por todos. Ele é um dos nosso definitivamente.
Ninguém fala que o Coringa que namora Arlequina, é um dos nossos. Nós gostamos da maneira que o Joker vê a sociedade, mas não nos enxergamos nele. Aliás, não nos enxergávamos, antes do Joaquin Phoenix. Agora, depois do filme, temos CERTEZA que o Coringa do JOAQUIN PHOENIX é um dos nossos. Melhor ainda: ARTHUR FLECK É O NOSSO CARA.
Eu, assim como Arthur, sofri por toda a minha vida, fui rejeitado e desprezado, nunca perdi a virgindade, trabalho em um emprego de bosta pra ganhar um salário mínimo de merda que não dá nem pra suprir a maioria das minhas necessidades. Arthur Fleck é alguém falido, tendo de sobreviver com uma merreca como palhaço fracassado, é despedido, e o único relacionamento amoroso dele, beirando os 40 anos, é fruto ilusório da mente dele. SE ISSO NÃO É NOS REPRESENTAR, EU NÃO SEI O QUE É.
Vadia mau caráter, desgraçada.

Rafael disse...

O texto se perde e pouco diz sobre o Coringa das HQs, e sim, o Coringa das HQs não é um incel, a última história que li com ele dizia que nem mesmo é uma pessoa apenas. Quanto ao Coringa do filme, ele possui elementos desses caras, o fracasso e os problemas mentais, a questão é sua consagração como exemplo, ele deveria ser aquilo que qualquer um NÃO DESEJARIA SER, mas os incels preferem abraçar o fracasso.

Leandro disse...

só uma observação, quem começou com essa história de eleger o coringa como um incel foram jornalistas que viram o filme primeiro. Aliás, eu nem sei se essa associação veio nos primeiros jornalistas ou depois. Se eu não me engano, os primeiros jornalistas falaram que o filme poderia fazer as pessoas que se acham esquecidas pelo estado se revoltarem. E fizeram uma ligação com gente que faz tiroteio, como nas escolas, mas isso é uma sacanagem, pois põe um rótulo em todos que se revoltarem de alguma forma. Depois, outros fizeram essa ligação de tiroteios em escola com alguns Incel que fizeram isso. Portanto, não foram os Incel que se viram no coring, foram os jornalistas que fizeram isso. Lembra o caso do jogo "Baleia Azul" (que foi desmistificado pelo canal do youtube "Fábrica de Noobs" (onde um jornalista se enganou na reportagem e acabou "criando" o jogo sem querer, sem nenhuma prova de que ele existe. Tá aqui o link: https://www.youtube.com/watch?v=vZsstxOoX0U)
A gente joga pros Incel muita coisa que eles nem fazem, como é costume dizer que eles o VaporWave é a estética deles (que ganhou até o nome de Fashwave), quando, na realidade, meia dúzia de carinhas fizeram uma dúzias de arte baseada nisso e a esquerda já atestou que eles "roubaram" o estilo. É hora da gente (de esquerda) começar a criar mais e parar de ficar jogando para os Incels coisas que eles nem fazem.

Leandro disse...

O Coringa não é um Incel, pronto. Ele seria Incel se fosse igual ao comentário do anônimo ali em cima: um sujeito "incrível, injustiçado" e que usa suas habilidades no teclado para digitar palavrões e matar o tempo. Um terrorista anônimo que "mata" a si mesmo e não volta mais para o local do "crime" porque tem medo de ser ridicularizado, já que ninguém se importa em predê-lo.

Lara disse...

Se os incels se sente representados pelo Artur Fleck, como o Anônimo de 16:55, deviam aprender com ele, o Artur do filme não tenta matar a personagem da Zazie Beetz, nem chama ela de vadia ou faz qualquer mal além de assustar ela entrando na casa, só matou quem realmente fez algum mal a ele e não acha que a culpa de seus males e das mulheres, mas das pessoas que o tratam mal a vida inteira.

Pablo Vasques disse...

Olá, Rafael, tudo bem? Agradeço pela franqueza. Realmente, o texto carece um pouco de estrutura, até porque foi pensado como uma mensagem, não como uma publicação. Claro que isso apenas explica, não justifica. Tentei não inserir detalhes demais, já que a Lola não é exatamente fã de quadrinhos.

Vista a longa trajetória do Coringa nos quadrinhos, achei que seria mais interessante dar só uma pincelada. Uma coisa que considero importante que acabei omitindo é a obsessão do Coringa pela figura do próprio Batman, e os paralelos entre as loucuras de ambos (afinal, se Bruce Wayne fizesse terapia o Batman jamais existiria). Em O Cavaleiro das Trevas de Frank Miller e Asilo Arkham de Grant Morrison o Coringa é claramente homossexual, o que eu acho um pouco problemático, mas enfim.

A versão mais recente do Coringa me parece enfatizar muito mais o lado da insanidade, imprevisibilidade e crueldade do Coringa do que o aspecto do palhaço. Pessoalmente lamento isso, pois com as atrocidades que ele comete fica difícil lembrar que ele já foi chamado de O Palhaço do Crime.

Bom, este comentário já se estendeu demais. Peço desculpas por quaisquer imprecisões ou equívocos que porventura eu tenha cometido. Agradeço pelos comentários e críticas construtivas. :)

Gabriel disse...

Se as ações do Coringa fossem baseadas em conseguir ppks e ser reconhecido como um macho alfa, aí ele poderia ser um incel. Incels são escravocetas coisa que definitivamente o Coringa não é.

Lola Aronovich disse...

Usou o termo "escravoceta", é mascu. E incel é apenas um tipo de mascu. São todos iguais, tds misóginos neonazistas que fingem brigar entre si.

Anônimo disse...

O Coringa do filme homônimo não é um incel. Em nenhum momento ele culpa as mulheres por não lhe darem a atenção que acredita merecer nem demonstra inveja de outros homens que são bem sucedidos com o sexo oposto.

Nem mesmo enxerguei misoginia. Na cena do assédio no metrô, ele se mostra claramente incomodado e tem uma crise de riso devido a sua patologia neurológica. Seus alvos para atos violentos não são escolhidos de acordo com o gênero ou comportamento sexual.

Toda esse exagero criado pelos jornalistas que assistiram o filme antes do grande público criou um factoide que só serviu para desinformar e confundir a população.

Anônimo disse...

Você é um fracassado porque é um imbecil e como um filhinho da mamãe mimadinho, quer jogar a culpa nos outros. Que lástima! Você deveria ter vergonha de se manifestar.

titia disse...

Ainda não assisti o filme, mas vou dizer que o Coringa não representa os incels por uma questão muito, mas MUITO simples mesmo: ele não quer se adequar. Pelas críticas e opiniões que já li e ouvi, o Coringa não quer se adequar ao sistema sócio-econômico que o considera um fracassado completo, como fazem os mascus e incels. Quer destruí-lo, vingando-se justamente dos beneficiados e mantenedores do sistema que o enlouqueceu. Os incels reclamam do sistema mas só porque querem se adequar a ele e não conseguem. O Coringa não quer se adequar, quer destruí-lo.

Ah, e já que o Coringa tem quem transe com ele sem pagar, não tem como a personagem representar os mascus incels.

Anônimo disse...

Titia, o Coringa que os incels se referem é o Arthur Fleck, ele não "tem quem transe com ele sem pagar", aliás nem pagando. A diferença é que ele não culpa as mulheres por isso e nem tem ódio dos caras que pegam mulher, ele só se revolta com quem despreza ele, sua fúria é muito mais justificada que esses manés que odeiam as mulheres porque nenhuma quer eles.

Anônimo disse...

Ppks??? Que coisa mais infantil!

Anônimo disse...

Na verdade ele quer se adequar sim, passa o filme inteiro tentando e só no final quando dá tudo errado é que ele se revolta e chuta a barraca.

Anônimo disse...

Anon 14:23

E você é bem sucedido? Tem empresas? Carrões? Viagens para lugares fodas? Frequenta lugares de alta classe?

Ou é um BOSTILEIRO que ganha lixos miseráveis 3 mil reais trabalhando CLT e financia tudo no cartão? Viagens pela CVC em 48x?

Vai se foder, seu lixo.

Anônimo disse...

O homem que se rasteja por migalhas de atenção de mulheres não passa de um verme, um sub-humano.

Anônimo disse...

Lola, libera os comentários dos mascus para rirmos um pouco do desespero deles e depois apaga.

Lola Aronovich disse...

Só se eles se controlarem. Se mascu chega aqui chamando mulher de vadia, feminista de feminazi, psicóloga de putóloga etc etc, ele realmente acha que será publicado num blog feminista? Aprendam a falar como gente antes!

Anônimo disse...

Certo, Lola (((Aronovich))), sei que isso é arregar, mas irei acatar a sua exigência.

Esse filme é bom por vários motivos:
1° Demonstra o quão hipócrita é a mídia. Murray zombou do vídeo depreciativo de Arthur e teve o que mereceu. Essa mídia nojenta que só sabe humilhar os cidadãos e ganhar dinheiro e audiência em cima da desgraça alheia.
2° Mete a real nas psicolócas. Psicologia e psicanálise são pseudo ciências. Na idade de 16 anos, me foi recomendado pela escola frequentar uma clínica psiquiátrica. O motivo era eu não conversar com ninguém, algo absurdamente normal, mas que todos ao meu redor viam como possível distúrbio mental (é a sociedade...). A doutora era uma vad... opa, não pode, né? Enfim, era uma mulher que nunca tentou me entender, nunca me ouviu, nunca buscou um entendimento do que eu sentia. Eu passei 6 meses a visitando, foram 6 meses fazendo uma completa inutilidade. Não me adiantou de nada, foi um desperdício total. Igualmente como o caso do Arthur. A diferença é que ele podia ao menos pegar remédios, nem isso eu conseguia na época.
3° Mete a real na mãe solteira. Não adianta, vocês podem fazer malabarismo mental o quanto quiserem: mães solteiras continuarão sendo mulheres, e com isso, o filho crescerá cheio de fraquezas e doenças. Todo garoto precisa de uma figura paterna, e mulher alguma pode suprir essa falta. A figura materna é igualmente importante, mas não tanto quanto a paterna para um menino. No filme se vê claramente o que a falta dessa figura ocasionou em Arthur.
4° O filme apresenta um homem branco, hétero, solitário e possivelmente virgem como a "vítima" da sociedade. Destrói completamente a falácia esquerdista de que somente negros, mulheres ou gays sofrem. Esse filme nos apresenta alguém como NÓS (eu e meus semelhantes) e que sofre como NÓS. Alguém que passa pelas mesmas coisas que gente como eu passa. Eu não sou negro, não sou mulher, não sou gay, não sou favelado, e sofro mais do que qualquer um que seja todas essas coisas.

Enfim, possivelmente você não aprovará esse comentário, mas dei meu ponto de vista policiando-me com base na sua exigência. Arthur Fleck me representa em TUDO e o filme é excelente e cheio de redpills. Talvez a parte mais radical da esquerda, os da turma da Causa Operária, adorem o filme também por causa da luta de classes, mas tenho plena certeza de que vocês, progressistas liberais, não gostaram tanto. E nem adianta forçar qualquer narrativa, esse filme é para NÓS, celibatos involuntários SIM!

Anônimo disse...

Correção: celibatários involuntários.

Anônimo disse...

Criatura o a Arthur é tratado feito lixo porque tem problemas mentais, não tem nada a ver com gênero e cor da pele

Anônimo disse...

Quem transformou o Coringa em Incel foi a esquerda americana. Ficou falando disso até que ''pegou''

Marina disse...

Gente, o Arthur Fleck é um psicopata narcisista. Ele não é um coitadinho q foi humilhado por toda a sociedade (apesar disso acontecer tbm). Ele é constantemente infeliz pq acha q merece um grau de destaque e atenção q na realidade não merece. Ele é um palhaço e um comediante apenas ok, mas como grande parte dos homens brancos, acha q merece MTO. O velho entitlement (senso se merecimento), q a Lola já tratou aqui.
Nesse sentido ele é parecido com os incels, mas apenas na medida em que mtos homens brancos heteros tem esse sentimento de entitlement, ou seja, não é exclusivo de incels.
Mas não vamos perder de vista uma coisa - Arthur Fleck é um psicopata narcisista. Apenas.

titia disse...

HAHAHAHAHAAHAHAHHAHAHAHAHA!!!!

Aê, Lola, valeu por liberar os comentários dos mascus incels. Esse chororô do 20:09 foi ótimo pra começar o dia com uma risada!

Anônimo disse...

Anônimo Marina disse...


Mas não vamos perder de vista uma coisa - Arthur Fleck é um psicopata narcisista. Apenas."


Na verdade Arthur Fleck é um personagem fictício cuja patologia mental não se enquadraria bem em nenhum diagnóstico específico.

Ele não seria um psicopata porque no início do filme existem várias situações em que demonstra empatia, como quando chama de crianças seus agressores ou com o zelo que cuida de sua mãe idosa e doente. Também não se enquadraria como personalidade narcisista pois não se coloca acima dos outros ou merecedor de tratamento especial. Essa forma como o personagem foi retratado é essencial para o público se identificar com o personagem (pelo menos na primeira parte do filme)e se solidarizar com ele em vários momentos.

O roteiro expressa que o protagonista teria uma suposta lesão neurológica responsável por seus acessos de riso em situações de estresse e delírios que aparentemente estavam sob controle enquanto estava medicado. Mas a partir do momento que interrompe o uso da medicação, passa a se tornar violento, delirante e aí sim, com características de transtornos de personalidade antissocial e narcisista. Porém, não se mostra impulsivo, com comprometimento da capacidade de executar tarefas complexas ou ambivalente como o esperado para a maioria das pessoas acometidas por lesões neurológicas graves. E que a medicação seria capaz de modificar características de personalidade, mesmo que adquiridas através de uma lesão cerebral, o que não ocorre na realidade.

O roteiro não tem compromisso em seguir um manual de psicopatologia. Por isso o personagem principal é meio que uma salada de transtornos mentais.

Anônimo disse...

"Ele é constantemente infeliz pq acha q merece um grau de destaque e atenção q na realidade não merece."

Não vejo assim, ele é uma pessoa com um sonho, virar um comediante, e que tenta correr atrás apesar de tudo ser contra, não vi ele com sentimento de superioridade por ser branco, aliás a cor da pele é irrelevante pra ele, o filmw é sobre doença mental e luta de classes, se ele fosse negro, judeu, latino ou japonês não ia mudar nada na situação dele, e ele não fala wm momento algum que merece algo por ser assim, só repete que quer ser comediante.

Anônimo disse...

Então criatura, é isso que ele tá falando, ser branco não garantiu privilégio nenhum a ele, apesar de muita gente falar que problema de homem branco é mimimi.

Marina disse...

ATENÇÃO, ESSE COMENTÁRIO CONTÉM SPOILERS!!!!ATENÇÃO, ESSE COMENTÁRIO CONTÉM SPOILERS!!!!






08:26, discordo fortemente.
O filme toca semente de RELANCE na questão da luta de classes, inclusive pq o próprio Arthur não tá nem aí pra isso! A agitação na rua é q toca na questão da luta de classes, pois acaba virando uma guerra contra os ricos. Mas veja, o Arthur em nenhum momento agita isso, faz alguma menção à isso, e ele só acha legal o q acontece na medida em que serve pra alimentar o seu próprio ego. No filme todo ele está completamente embotado em si mesmo e só olha pra fora pra se ver refletido nas imagens de palhaço dos jornais. Ele não dá a mínima pra narrativa de guerra contra os ricos. Sim, o filme toca na questão da condição psicológica dele, mas diz muito mais sobre a questão da risada incontrolável, q é muito mais sofrimento q risada. E ele é mto narcisista sim, pq o ponto de maior virada é o fato do apresentador lá fazer chacota dele, não é nem a questão toda com a mãe. Com a mãe ele vai lá, resolve a questão a matando e se volta pro seu plano final de matar o apresentador, q só o emputeceu pq o tal apresentador não deu o valor q ele achava q ele tinha. E convenhamos, ele era um palhaço mediano, um comediante mediano. Cara, ele levou uma arma prum hospital infantil. Óbvio q ele ia ser mandado embora, isso é ser um PÉSSIMO profissional. Então não tem nada de "tenta correr atrás apesar de tudo ser contra". Não tem nada de "tdo contra", ele é medíocre, pra não dizer irresponsável. O fracasso dele tá na conta dele mesmo. PONTO. Claro q o entorno, a situação calamitosa da cidade contribui, as situações difíceis q ele passou contribuem, mas ele tá MUITO LONGE de ser "pessoa com um sonho". E ele não quer simplesmente "ser comediante", ele quer que as pessoas o venerem e o achem o melhor comediante e quando isso não acontece, ele pira. E por conta disso a cor da pele e o gênero dele influenciam muito sim, pq esse senso de merecimento acomete essencialmente homens brancos. Nesse ponto, ver o post da Lola sobre o assunto, faz favor.

Anônimo disse...

"LONGE de ser "pessoa com um sonho". E ele não quer simplesmente "ser comediante", ele quer que as pessoas o venerem e o achem o melhor comediante e quando isso não acontece, ele pira." Em qual parte do filme você interpretou isso? Não vejo essa soberba de ser o melhor nele, vejo ele procurando ser aceito, querendo um pai pra dar carinho, ser reconhecido como um bom filho por cuidar da mãe velhinha, no discurso antes de matar o apresentador ele fala que ninguém foi gentil com ele, não vi nenhum momento que descrevesse algo parecido por frustação por se achar melhor que os outros, miito pelo contrário...

Anônimo disse...

E ele ser um comediante ruim só mostra como ele é deslocado, precisa de ajuda e não encontra nem na psicóloga qur o atende e nem nos colegas de trabalho, mas isso não o impede de sonhar e querer ser stand-up. Ou você acha que só quem é altamente profissional pode sonhar? Se uma pessoa for medíocre não merece sonhar com mudar de vida? Ou ele não pode sonhar com isso só porque é homem branco? Embora isso não tira os estigmas de ser pobre e doente mental.

Adler meets Frankl disse...

Vi o filme. Excelente. Que fotografia linda, ultra noir.

Acho que ele trata de dois temas gerais: doença mental e gentileza (ou a falta dela).

Não tem nada de "incel" ou "luta de classes". Isso é coisa de ativista e ressentido político que transformou algumas categorias acadêmicas em mania própria.

Ao ir ao "show do Murray" o Joker deixa claro do princípio que os protestos de rua com o tema do "palhaço" são uma bobagem para ele.

O ponto central é simples: trate todas as pessoas muito bem todos os dias. Você pode ser mais um cretino na vida de quem só está sujeito a cretinos. E um dia a corda arrebenta. Não em um ataque terrorista ou motim, apenas, mas em tristeza, depressão, indigência e suicídio silencioso.

Assim como o sexo oposto não é uma obsessão do personagem. A vizinha se torna objeto de delírio apenas porque ela é a única pessoa que o trata com o mínimo de afeto e descontração.

Carry on.

Anônimo disse...

Para alguém que se identifica com o Coringa você não parece ter senso de humor. Na boa, vai pra fora de casa tocar numa grama, pegar uma vitamina D. Você tá soando mais como um moleque chiliquento do que qualquer outra coisa... Melhoras.

Anônimo disse...

Concordo, e inclusive o vaporwave teve origem no tumblr, creio eu. 7+ anos atrás eu já via a galera de lá vidrada nisso, o que é bem irônico já que o tumblr hoje em dia é uma das principais plataformas sjw e feminista.

Anônimo disse...

Nossa que aprendizado exemplar...

Anônimo disse...

Isso é verdade. Mulher tem nojo deste tipode de pessoa...

Anônimo disse...

Bem vindo aos tempos do politicamente incorreto nas críticas de cinema...hahah

Anônimo disse...

O mais engraçado pra mim é que vemos as feministas atacarem os incels, que não se relacionam com mulheres e serrm enganadas pelos feministos que fingem ser feministas pra pegar mulher..

Anônimo disse...

Tarja preta é uma das explicações para os atiradores malucos. TODOS os agentes destes atentados fazem uso desta medicaçao desde cruança, receitado pelos psi.

Anônimo disse...

Enfim uma análise sensata.

Felipe disse...

Você precisa de terapia. Transformar seus problemas em troféu não parece estar dando muito certo.

Anônimo disse...

Moço, procura ajuda terapêutica e psiquiátrica! Se dá ao menos uma chance de cura! Ficar ofendendo pessoas na internet não vai solucionar seus problemas e vc pode sim ter uma vida melhor! Força para vc!

Anônimo disse...

Oi, Anon das 20:09. Eu sinto muito por vc ter tido uma experiência tão ruim com a psicoterapia. Existem profissionais excelentes mas pelo jeito a que você frequentou não era das melhores...eu tenho visto muitas postagens de incels e elas são bem agressivas e bad vibes ao extremo, como a sua. Eu não posso fazer muita coisa, infelizmente, mas torço, sinceramente, que você(s) fique(m) bem! Que vcs fiquem equilibrados e felizes!