A New York Magazine (não confundir com a New Yorker ou com o New York Times) traz uma reportagem bem interessante sobre a blogosfera feminista americana. Quer dizer, a matéria começa meio claudicante, falando da Marcha das Vadias em NY, o que não tem muita relação com o resto da história. Depois a autora critica a revista feminista Ms, o que também é irrelevante. Já deu quase uma página inteira e o assunto principal ainda não foi introduzido! Mas finalmente a autora fala de vários portais e blogs conhecidos, como o Jezebel, Feministing, Racialicious, e outros (veja uma lista aqui). Ultimamente, o que infelizmente quer dizer nos últimos dois anos, tenho tido pouquíssimo tempo pra frequentar esses blogs, todos muito bons. Geralmente são escritos por mulheres jovens que gostam muito de cultura pop e, como diz a revista, mais que gostam de pornografia -– elas a celebram (eu não compartiho desse entusiasmo). Parece que a palavra de ordem é empoderamento mesmo.
Muitos desses blogs começaram em 2004, e tiveram uma explosão em 2008, com as eleições presidenciais americanas. No começo, a piada interna entre eles é que a cada três meses, por aí, aparecia um post num blog escrito por algum homem com a pergunta “Por que as mulheres não blogam?”. E elas diziam “Estamos aqui, f*ck you!”. Pois é, a gente aqui no Brasil tem problemas parecidos. Só porque muitos homens (incluindo aí blogueiros progressistas) não conhecem blogs feitos por mulheres não quer dizer que esses blogs não existam, certo? Que las hay, las hay!
Os muitos temas de cultura pop que os blogs feministas americanos abordam servem como chamariz. Imagine uma adolescente numa cidadezinha rural no meio dos EUA googlando sobre Beyoncé ou Real Housewives, e no meio de sua busca, ela vai parar num debate feminista sobre aborto. Não consigo ver como isso pode ser ruim!
Mas claro que há brigas e discussões, como em qualquer grupo plural. A jornalista cita uma placa levada por uma manifestante da Marcha das Vadias que, citando a famosa frase do John Lennon, dizia “Woman is the niger of the world” (a mulher é o negro do mundo). Foi uma frase poderosa umas décadas atrás, mas hoje há bastante consenso que “the N word” (ago como a palavra crioulo) é um grande insulto que não deve ser mais usada. E uma frase assim lembra uma crítica frequente ao feminismo, que é de ser um movimento branco e de classe média.
Como qualquer blog escrito em inglês, esses blogs feministas americanos têm a vantagem de atraírem um público internacional. Compare: o inglês é a segunda língua mais falada na blogosfera, com 36% (a primeira, por incrível que pareça, é o japonês, com 37%). Apenas 2% dos blogs são escritos em português. E, enquanto um holandês sabe falar inglês e pode ler blogs em inglês, os blogs em português ficam mais restritos. Enfim, só uma explicação óbvia pra entender por que é duro comparar a repercussão de um blog escrito em inglês com um escrito em qualquer outra língua (que não seja o japonês). Mas é minha opinião que a blogosfera feminista no Brasil está ativa e não precisa copiar a americana em nada. O Blogueiras Feministas tem uma lista de links muito completa de tantos blogs feministas que temos no Brasil (embora eu ainda ache que a lista estaria melhor se fosse organizada de acordo com posts mais recentes de cada blog).
Tô com o tempo curtíssimo, então cliquei em apenas um ou dois links e fui parar num post sobre mulheres com dificuldade pra beber água. A gente (ok, euzinha) pensa que será um post sobre, bem, mulheres que precisam se esforçar para beber aqueles dois famosos litros por dia (eu conheço um monte que diz que odeia água), e aí a gente clica e vê montes de fotos satirizando uma das categorias mais banais da propaganda, que é aquele tipo de anúncio que lembra o mais banal da pornografia –- ejaculação na cara da mulher (existe algum outro tipo?). E aí tem um dos comentários matadores, porque as leitoras que comentam são sempre parte integral dos bons blogs: “Apesar de toda a água, eu me sinto suja”. Ha ha!
O I Blame the Patriarchy (Eu culpo o patriarcado) sempre me pareceu mais agressivo (e engraçado) que os outros, e, por isso, um pouco destoante. Como escreve a autora: “Alguém mencionou ontem que havia um novo post em algum lugar argumentando que sou uma hater radical de pinups e que sou um desserviço ao feminismo por tentar tirar a sensualidade das mulheres. Só um post? Estou chocada”. Adoro esse humor e a atitude ligada no “dane-se”.
Eu não vejo nada de errado em escrever sobre assuntos do momento. E acho que eles servem pra atrair pessoas que mal sabem o que é feminismo, ou até que são hostis ao feminismo. Pessoalmente, tenho o maior orgulho em ter um blog que serve como umas das portas de entrada na internet pro feminismo (mas este post está confuso e indo pra todas as direções).
Achar que a blogosfera (ou qualquer outra mídia, ou qualquer evento) vai mudar o mundo de um dia pro outro é ilusão. Mas ajuda a mudar aos poucos. É uma área de combate extremamente importante. E é ótimo quando a mídia tradicional abre espaço pra blogs feministas. No caso da reportagem da NY Mag, há várias fotos de blogueiras feministas americanas. Será que elas passaram no teste do cabelo escovado corretamente?
Os muitos temas de cultura pop que os blogs feministas americanos abordam servem como chamariz. Imagine uma adolescente numa cidadezinha rural no meio dos EUA googlando sobre Beyoncé ou Real Housewives, e no meio de sua busca, ela vai parar num debate feminista sobre aborto. Não consigo ver como isso pode ser ruim!
Mas claro que há brigas e discussões, como em qualquer grupo plural. A jornalista cita uma placa levada por uma manifestante da Marcha das Vadias que, citando a famosa frase do John Lennon, dizia “Woman is the niger of the world” (a mulher é o negro do mundo). Foi uma frase poderosa umas décadas atrás, mas hoje há bastante consenso que “the N word” (ago como a palavra crioulo) é um grande insulto que não deve ser mais usada. E uma frase assim lembra uma crítica frequente ao feminismo, que é de ser um movimento branco e de classe média.
Como qualquer blog escrito em inglês, esses blogs feministas americanos têm a vantagem de atraírem um público internacional. Compare: o inglês é a segunda língua mais falada na blogosfera, com 36% (a primeira, por incrível que pareça, é o japonês, com 37%). Apenas 2% dos blogs são escritos em português. E, enquanto um holandês sabe falar inglês e pode ler blogs em inglês, os blogs em português ficam mais restritos. Enfim, só uma explicação óbvia pra entender por que é duro comparar a repercussão de um blog escrito em inglês com um escrito em qualquer outra língua (que não seja o japonês). Mas é minha opinião que a blogosfera feminista no Brasil está ativa e não precisa copiar a americana em nada. O Blogueiras Feministas tem uma lista de links muito completa de tantos blogs feministas que temos no Brasil (embora eu ainda ache que a lista estaria melhor se fosse organizada de acordo com posts mais recentes de cada blog).
Tô com o tempo curtíssimo, então cliquei em apenas um ou dois links e fui parar num post sobre mulheres com dificuldade pra beber água. A gente (ok, euzinha) pensa que será um post sobre, bem, mulheres que precisam se esforçar para beber aqueles dois famosos litros por dia (eu conheço um monte que diz que odeia água), e aí a gente clica e vê montes de fotos satirizando uma das categorias mais banais da propaganda, que é aquele tipo de anúncio que lembra o mais banal da pornografia –- ejaculação na cara da mulher (existe algum outro tipo?). E aí tem um dos comentários matadores, porque as leitoras que comentam são sempre parte integral dos bons blogs: “Apesar de toda a água, eu me sinto suja”. Ha ha!
O I Blame the Patriarchy (Eu culpo o patriarcado) sempre me pareceu mais agressivo (e engraçado) que os outros, e, por isso, um pouco destoante. Como escreve a autora: “Alguém mencionou ontem que havia um novo post em algum lugar argumentando que sou uma hater radical de pinups e que sou um desserviço ao feminismo por tentar tirar a sensualidade das mulheres. Só um post? Estou chocada”. Adoro esse humor e a atitude ligada no “dane-se”.
Eu não vejo nada de errado em escrever sobre assuntos do momento. E acho que eles servem pra atrair pessoas que mal sabem o que é feminismo, ou até que são hostis ao feminismo. Pessoalmente, tenho o maior orgulho em ter um blog que serve como umas das portas de entrada na internet pro feminismo (mas este post está confuso e indo pra todas as direções).
Achar que a blogosfera (ou qualquer outra mídia, ou qualquer evento) vai mudar o mundo de um dia pro outro é ilusão. Mas ajuda a mudar aos poucos. É uma área de combate extremamente importante. E é ótimo quando a mídia tradicional abre espaço pra blogs feministas. No caso da reportagem da NY Mag, há várias fotos de blogueiras feministas americanas. Será que elas passaram no teste do cabelo escovado corretamente?
81 comentários:
É isso aí!
E viva os blogs feministas!
O meu teve o primeiro momento "boom" de visitas devido a um texto sobre uma diretora que repreendeu um aluno por ouvir Iron Maiden no interior de SP.
Os portais de rock e metal publicaram e, invariavelmente, muitos leitores foram pescados pro meu blog e puderam se familiarizar com outros textos, que eram feministas!
Essa liberdade que a internet permite é incrível. Porque quando que tantas pessoas teriam tanto espaço para mostrar suas idéias? E ajuda muito mesmo. Falo por experiência própria. Tenho 18 anos, e nunca tive muita informação sobre o feminismo no ciclo a minha volta. E ter acesso a todo esse conteúdo é muito bom. Me fez abrir a minha mente e enxergar mais longe. Sentir que eu não estou sozinha. E as coisas que antes me incomodavam, mas que eu ignorava por ser a "única", hoje fazem sentido. Porque sei que não estou sozinha, sei que existem pessoas que também conseguem ver as injustiças da nossa sociedade. E tendo acesso a toda essa informação e a esse apoio nos tornamos mais fortes. Mais corajosas para enfrentar os desafios diários de ser uma mulher na nossa sociedade. E mais ciente de quem somos e do que somos capazes.
Rá! vocês feministas nazistas descabeladas são terríveis! Usam temas populares como isca para matar, principalmente nos JOVENS, o espírito machista que sempre liderou a nossa civilização patriarcal ocidental e maravilhosa!
suas ingratas do patriarcado!!!
"Será que elas passaram no teste do cabelo escovado corretamente?" aUHEUHEUHUa eu não passaria, em escova tenho.
Eu acho tão legal achar blogs feministas em português, que foi uma felicidade graande achar o blogueiras! :D
E o seu acho q já é vanguarda, né? pensar que vc morava na mesma cidade que eu, escrevendo sobre filmes, com crônicas que eu adorava ler qdo era criança (!) e hj em dia até ameaça de processo vc recebe! ahah
um blog que não sei se aparece na lista gringa, mas que vejo todos os dias é o themarysue.com
Eu me divirto um bocado com o blog I Blame the Patriarchy. Quando li o tal "ingratas com o patriarcado" lembrei dela na mesma hora. É muito bom ver os blogs feministas ganhando notoriedade, aqui no Brasil e no exterior.
Essa parte da pornografia também não é algo que me apeteça. Acho que faz parte de ser uma feminista jovem "moderninha". A pressão é grande, nem o movimento feminista escapou dessa influência.
Aposto que o serviço secreto já está monitorando tão poderosas moças subversivas.
Bom dia Lola,
Como vai? Seguindo mais uma de suas sugestões aproveitei uma viagem aos USA para comprar o Backlash da Susan Faludi num sebo, logo começo a leitura e agradeço mais essa indicação.
Abraço
Eu cheguei ao seu blog e a outros feministas atraves daquela postagem coletiva sobre o 8 de Março, que vi no site da Shoujofan.
Bom saber que apesar de tanta gente aproveitar a net pra vomitar odio e preconceito, tb tem muitas pessoas a aproveitando não apenas para discutir oq é importante mas tb para agirem em conjuto.
a net da uma possibilidade unica de aproximação e cooperação.
Isso tem que ser aproveitado ao maximo.
Bruno
será que os trolls que sempre vão encher nesses blogs não são na verdade agentes do serviço secreto?
Eu acabei caindo aqui através de um link no blog da Cely (que descanse em paz).
Era um dos que tinha preconceito com o feminismo. Mas com um pouco de coração aberto pra sair de defensiva, empatia e a ajuda de textos coerentes e inteligentes, acabei me tornando um apoiador. Mesmo que tenha divergências volta e meia.
A internet realmente é uma ferramente maravilhosa. Permitiu às pessoas se comunicarem, além de transformar todos em potenciais geradores de conteúdo, saindo do escopo da grande mídia.
A desigualdade de condições entre homens e mulheres deixa o Brasil atrás de 79 países em um ranking de 146 nações, segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) é um dos indicadores complementares ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
O IDG é uma medida composta que reflete a desigualdade entre homens e mulheres em três dimensões: saúde reprodutiva, capacitação e mercado de trabalho, de acordo com o Pnud. O índice considera variáveis como mortalidade materna, gravidez na adolescência, assentos do Parlamento nacional e taxa de participação na força de trabalho.
No Brasil, 48,8% das mulheres adultas têm alcançado pelo menos o nível de educação secundária, contra 46,3% dos homens. O país reduziu significativamente a taxa de mortalidade materna nos últimos anos, que caiu de 110 para 58 a cada mil nascimentos, entre 2010 e 2011. No entanto, apenas 9,6% dos assentos do Congresso Nacional são ocupados por mulheres. Na Suécia, por exemplo, essa proporção é 45%. Outro fator de desigualdade de gênero marcante no Brasil é a participação no mercado de trabalho: a taxa é 60,1% para as mulheres e 81,9% para os homens.
Os resultados no IDG deixam o Brasil na 80ª posição do ranking, atrás do Chile, da Argentina, do Peru, México, da Venezuela e até dos árabes como a Líbia, o Líbano e o Kuwait. Os melhores índices são da Suécia, dos Países Baixos e da Dinamarca. Os piores desempenhos, que refletem desigualdades mais profundas entre homens e mulheres, são do Iêmen, Chade e Níger. O Irã é o 92° colocado no ranking. A Arábia Saudita aparece na 135ª posição.
Lamentável
Fonte SOS Ação Mulher Campinas
Lord,
os trolls dão muito na pinta.
Acho que as comentaristas muito assíduas e politizadas são fortes suspeitas de serem agentes duplas.
Não acho que blogs ajudem em nada, assim como blogs feministas existem blogs machistas (masculinista ou o que for), atraindo pessoas do mesmo modo.
Qualidade de ensino, isso sim ajuda a criar consciência e senso crítico, além de leis severas sendo aplicadas contra violência e difamação.
total// off topic, mas é pop: 13 tipos de cartazes de cinema e o que eles significam. Muito bom e engraçado:
http://bit.ly/vEud2L
Será que por causa dessas reportagens as feministas americanas ficaram brigando uma com as outras usando como argumento o tipo de cabelo?
Hum....
já entendi a diferença entre o feminismo de lá e o daqui
Oc blogs sobre feminismo americanos são muito tangenciais, às vezes. Talvez por tenderem a esse tipo de feminismo "liberal", se preocupam mais em defender atrizes pornô do que mostrar como pornografia é uma industria terrível.
Lola, não tenho vergonha nenhuma em dizer o quanto eu era ignorante quanto o assunto feminismo e o quanto seu blog tem me ajudado a esclarecer muitas coisas!Não só o seu blog, mas os comentários, td!Tbm sigo o Blogueiuras feministas agora (embora não concorde com algumas coisinhas).
Cheguei a conclusão que eu não posso me considerar uma feminista, pois o buraco é muito mais embaixo do que eu imaginava (vou ateh escrever sobre isso, pois já me declarei feminista em alguns posts sem ter ma mínima noção do que estava falando). Me declaro então, uma mega simpatizante do feminismo 9do pouco que conheço) e umna aprendiz, que com o tempo, quem sabe, se torne efetivamente uma feminista. Não ligo de discordarem em mim aqui, nem de me corrigirem, nem de acrescentarem mais em minhas palavras ,pois estou aqui pra aprender mesmo!
Pena que não sei falara inglês =(, se não, leria todos os outros blogs!
Quanto a questão da pornografia, não me atrai nem um pouco, acho horrível e animalesco, muito diferente de erotismo.
Dayane: é que lá pela metade dos anos 80 surgiu esse ponto de contenção entre grupos feministas, com alguns grupos se cologando a favor de pernografia como "escolha individual das atrizes".
Pessoalmente, sou completamente contra uma indústria que é francamente misógina e com frequência produz imagens de mulheres em situações de humilhação.
Uma autora que comenta bem sobre esse assunto é a Andrea Dworkin, que militava por regulações na industria de filmes pornôs, entre outras causas.
Além de lembrar outra imagem, a mulher do anúncio da água tem uma péssima pontaria. Parece o clássico sorvete na testa.
Ra ra ra, tão cedo não vão esquecer da criatura mandando pentear o cabelo! Falando em rivalidades e feministas americanas: alguém sabe da fofoca de que Betty Friedan e Gloria Steinem "se estranhavam"? Verdade ou era só intriga da oposição?
A.H.B
Tbm acho!Colocam as mulheres, a maioria das vezes, em papéis humilhantes!
Confesso, nunca assisti um inteiro, mas já vi pedaços e achei nojentos e horríveis!Não pelo o que a mulher estava fazendo, mas COMO ela estava fazendop, com o homem a tratando da pior maneira possível, praticamente a obrigando!
Quanto essa coisa de imagem sexualizada da mulher, eu não vejo nada de mais em vc ser sexual TBM!@Cm disse nos comentários com a Mundomel, o problema é vc ser um fetiche o tempo todo, mas vc tbm ter uma identidade sexual, não vejo nada de mais.
Eu acho as Pin ups muito lindas, mas sei que elas provém de ideais machistas e a própria forma cm elas são apresentadas (sempre burrinhas, indefesas,frágeis) é machista. Mas acho o visual lindo!
Ah!Quando falei do Blogueiras Feministas, que não concordo com td, eh pq li uns dois posts que cahei literais de mais.Um é esse:
http://blogueirasfeministas.com/2011/11/meninas-e-maquiagem/comment-page-1/#comment-7590
O qual fiz o seguinte comentário:
"Georgia,
Eu sou igual a vc, mas ao contrário.
Eu sempre fui muito hipponga, nunca me preocupei em fazer as unhas ou usar maquiagem, nem salto alto, nem chapinha. E olha que mina mãe tem um salão de beleza! Sempre ouvi críticas por isso. Mas comigo aconteceu o inverso. Eu achava que se eu usasse algo assim, eu seria cm vc descreveu, cretina e fútil, que mulheres que usavam isso eram cretinas e fúteis e que eu não queria ser cretina e fútil. mas aí notei que estava sendo creitna e fútil do mesmo jeito, já que julgava quem não pensava cm eu e colocava tds as meninas que se maqueavam e usavam saltos nesse mesmo balaio de “cretinas e fúteis!”. Hj em dia eu uso um pouco de maquiagem, amo salto alto e sabe pq? pq mudei!pq comecei a ver que pra ser mulher vc tem que agradar a si e não aos outros.Trabalho com Social Media e classifico muitos blogs de maquiagem, assim cm vídeos e comecei a notar que as meninas que os faziam eram muito inteligentes e que uma pessoa fútil jamais colocaria a cara a tapa na internet, sem um pingo de maquiagem, mostrando espinhas, imperfeições e td o mais e ensinando alternativas de cm esconder essas coisas, caso isso incomodasse. Essas meninas são corajosas.
Hj tenho uma visão muito diferente. Entendo muito bem seu ponto de vista, acho que crinaças não tinham que usar maquiagem, tbm sou professora e já vi cenas cm essas. Mas acho que a partir de quando se torna uma escolha, um gosto pessoal, consciente, não deve ser julgado =).
Curto muito o blog, venho sempre aqui.Bjo"
Depois a garota disse que ela não acahava que quem se maqueava era cretina e fútil (meio bravinha), mas ao ler o post todo, dá pra notar que soou isso sim.
Teresa, realmente houve um desentendimento/fricção entre as duas (Betty Friedan e Gloria Steinem). Mais tarde Steinem se desligou do movimento.
Eh Flasht, isso que vc falou é verdade, existem vários estilos. Ten ho uma colega que que trabalha na X-plastic, que é um pornô diferente, pelo que entendi.Mas assim, os pedaços dos que vi eram bem direcionados a homens mesmo, uma coisa muito bruta. E ahhhh, eu vi seu coment no meu blog, viu???Tão lindo, parecia outra pessoa!rsMas eu to sacando a de vcs, trolls!Vcs se divertem em nos apurrinhar!Eh uma diversão, por isso é besteira o levarmos a sério!Seus fakes são personagens, vcs devem ser "gente boa" na vida real,rs. O Arnold foi outro que foi me fazer uma visitinha. Cheguei a uma conclusão:
TROLLS SAO APENAS CARAS DESILUDIDOS E SENSÍVEIS QUE SERÂO CURADOS COM O PODER DO AMOR!
kkkk!
E quando digo animalesco é no sentido de brutal, sabe. Do cara não ta nem aí pra mulher, tratar tipo qdo um cao pega uma cadela, que ela não quer mas ele agarra de td jeito!
Hey meninas!
Se vc é timida na cama, é só fazer o telecurso "brasileirinhas" 2000.
Um curso baseado em videos-DVD com professores de ótima qualidade (kid bengala e alexandre frota te darão ótimas dicas), tenha aulas de sexo selvagem sem sair da cama da sua casa!
Dica poderosas de Flasht o evangelizador do pornô!
Agora falando sério:
Me incomoda um pouco esse feminismo, (é feminismo?) que prega que temos que ter/imitar certos comportamentos ditos como masculinos.
Acho mais correto ir pelo "vc tem que saber de tudo que te cerca, as consequencias, saber se vc está sendo oprimida ou não e escolher o que vc acha melhor desde que sua escolha não prejudique outra pessoa".
Mas tem uns "ismos" por ai que parecem um machismo ao contrário, (tipo a galera do lingerie day).
Eu concordo Niemi,
O que me afasta um pouco do feminismo é ver que td tbm é muito cheio de regras ás vezes!Quase ditatorial tbm!Da mesma forma que o machismo nos "ensinou cm é ser mulher" ALGUUUUUUUUUUUUMAS linhas do feminismo tbm!Mulher não deve se maquera, não deve querer ser elogiada, não deve ser submissa (mesmo que esta seja por uma questão de personalidade), etc! Se te faz bem, faça!Se vc gosta, curta!Não fique apontando o dedo na cara das outras mulheres por ser "mais mulher" que elas por viver sob uma IMENSA PRESSÂO de nunca ceder ao machismo!Isso pra mim é repressão da mesma forma!
(NAO FOI INDIRETA PRA NINGUÉM!)
Infelizmente minha companheira está doente, acamada por alguns dias, e não pode escrever. Mas ela e eu decidimos abrir um blog de uma temática um tanto "polêmica" ( para @s conservador@s) por conta de um comentário que ela fez aqui e foi atacada por homofóbicos. E também fomos atacadas em comentários de uma blogueira da blogosfera materna. Algo que nos surpreendeu! Você transformou o comentário dela em post. Devido a isto, ficamos sabendo de tantos casais de mulheres ( e homens) que são AINDA atacados na internet, não bastasse o espaço público real. E temos recebido críticas por sermos protestantes e lésbicas, o que é surreal em um mundo tão diversificado, em pleno 2011. E tenho que concordar com a blogueira norte-americana que a culpa é do patriarcado.
Mas percebo, também, que as pessoas têm dificuldade em respeitar a opinião de terceiros. Eu, nos meus 48 anos de vida, jamais havia presenciado tanta intolerância com o pensamento do outro, como na blogosfera. Porém, de repente, aqui seja um espaço em que as pessoas não mostram a cara e sentem-se livres em dizer o que pensam. Não sei...Daria uma boa pesquisa em psicologia social. E como não é minha área, fico no empirismo mesmo.
Lola, obrigada pelos links das colegas feministas norte-americanas! E ficamos conhecendo @s menin@s da blogosfera feminista há pouco tempo, através de um blog de duas mães lésbicas. Os textos são muito interessantes! Veja você, um link leva ao outro e a gente acaba se "conhecendo". E depois de tanto tempo em entrar aqui, pego sempre post atrasados e fico lendo por um tempo. Mas a vida contemporânea, com tantos compromissos, limita muito. E não consigo acompanhar a velocidade das informações como gostaria.
Beijos nossos.
Ex: Eu sei que ela é irreal, que é um ideal de beleza, que é americanizado, que é um modelo de cm as mulheres devem ser, que ela tem um biotipo impossível, que transmite uma falsa felicidade, que é meiga e simpatiquinha, que isso e aquilo mas...tenho que confessar isso:
EU AMO BARBIES!!!!!
Sempre amei!Sao linda lindas lindas e eu choro de emoção ao vê-las *.*!
Aí vai ser assim:
To andando , vejo uma Barbie linda! Meu coração despara (exagero, óbvio), vou correndo ver, fico babando , mas aí vem uma trava "Não, não posso!Ela é um modelo ruim de cm a mulher deve ser!".
To andando na rua, aquele dia que to me achando um LIIIIXO, e um cara diz "Nossa, que linda vc é,hein!" Na hora fico toda a alegrezinha, mas aí tenho que "Não, tenho que ter raiva dele!Pois ele não tem esse direito!".
To segurando uma bolsa super pesada, aí um cara se propõe a segurara pra mim, cm gentileza (que no fundo é um machismo tbm). Mas eu to cansada pra caramba!!!!To louca pra dar a bolsa pra ele segurar, mas aí, lá vou eu de nv "Não!Eu posso segurara sozinha!Nao sou frágil!"
Pra mim isso td tbm é uma forma de repressão!
Acho que temos que ser nós mesmas. Se vc é mais "feminina" (no sentido cultural, sei lá, tipo frágil, que gosta de se arrumar, de rosa e tal), vc nao pode ser feminista???feminmistas tem que ser "brutas"????
Acho que temos que ser quem somos!Repressão é horrível, tanto pro machismo quanto pra qualquer ideologia!
(Ai, vou ouvir muito agora ><)
Primeira incursão ao blog, primeira leitura e a percepção de que há qualidade no ar!
Tava me sentindo tão bem que ia até criticar, mas você mesma se salvou no final do texto, notando que ele apontava mesmo em "várias e distintas direções"...
Tem muito assunto para comentar, de modo que, por ora, vou ficar só no contentamento por haver conhecido este espaço seu.
Abraço do Maltrapa
"Mulher não deve se maquera, não deve querer ser elogiada, não deve ser submissa (mesmo que esta seja por uma questão de personalidade), etc"
Sempre vai existir dicordâncias no movimento, e somos todos humanas. Algumas feministas podem agir de forma um tanto quanto autoritária, mas um dos pilares do feminismo e justamente a liberdade de escolha das mulheres. Ninguém é imune à pressão, mas não é por isso que vamos deixar de criticar o sistema que nos massifica e coisifica pq tem mulheres que não vão entender.
E isso acontece muito: Critico a pressão para usar maquiagem e tem quem entenda que eu não acho certo usar maquiagem. Acontece.
Mas acho um pouco desproporcional falar de "pressão feminista" pra NÃO usar maquiagem, ser submissa, fazer cirurgia plástica. NÃO fazer essas coisas é que está na contra-mão do sistema. É o que vai fazer você ser discriminada.
Sim Escarlate, eu tbm penso assim. Claro q vc tem que ser consciente de td!Mas cm exemplo (sem citar nomes):
Há quem diga aqui que não tem preconceitos, que luta pela liberdade da mulher, que temos o direito de td e tal, mas julga muito as escolhas de mulheres que optaram por ficar em casa, optaram por ter um padrão mais enquadrado no "socialmente aceitável!". Acho que é questão de escolha!
Eu gosto muito de salto alto. sei que dói, sei de tudo,sei que é um fetiche masculino, mas acho bonito!EU SEI DOS PORÉNS, mas gosto!Claro que a pressão sistema, que é muito maior, me verá com preconceitos, mas a visão de algumas feministas tbm verá, se declarara que gst dessas coisas. Opressão é opressão!
Escarlate
Não sei se é tão desproporcional assim, sei que generalismos são complicados, armadilhas para aparecerem gente que são contra o movimento e se aproveitarem disso e vir aqui trollar.
Mas vejo algumas pessoas defendendo posições bem rigidas, que pra mim tb não servem como medidas para um movimento que quer a liberdade...né.
Frisando, são algumas pessoas que distoam nesse sentido, não o movimento em si, (distoar de si mesmo tb não dá né?pensando melhor).
Dayane
Tudo isso que vc citou parte da escolha individual de cada uma, acho que gostar de barbie não te faz mais ou menos feminista, vc tem consciência do que ela representa e se vc luta contra essa imposição, então ok, sei lá acho que nossas opções no que diz ao ambito intimo não devem a principio interferir tanto no campo da militancia.
Sobre os exemplos que vc deu envolvendo cavalheirismo, sugiro a leitura sobre o "sexismo benevolente".
Sim, é disso mesmo que estou falando, Niemi. sei que é sexismo benevolentes, mas o que acontece que muitos homens não tem a mínima consciência disso!Eles fazem por gentileza!Aí do nada, vai uma "louca" e dá um puta de chacoalhão neles, e eles ficam sem entender, pois foram criados achando que o certos é ser cavalheiro com as mulheres!
Não sei se é pq tenho muito mais amigos homens e por ter tido péssimas experiências com "amigas" mulheres, que acabo, muitas vcezes, entendendo muito o lado deles.
"Mas vejo algumas pessoas defendendo posições bem rigidas, que pra mim tb não servem como medidas para um movimento que quer a liberdade...né."
Sim, com certeza. Infelizmente tem gente que acha que suas escolhas são sempre melhores e acha que quem discorda está errado. Isso assusta quem está começando no feminismo.
Movimento não é religião, e muita gente não entende isso. Não existe carteirinha de feminismo, não existe uma "bíblia" que todas tem que ler (nem a beauvoir, pois é) e isso é foda pq isso tinha que estar claro pra todo mundo.
"Aí do nada, vai uma "louca" e dá um puta de chacoalhão neles, e eles ficam sem entender, pois foram criados achando que o certos é ser cavalheiro com as mulheres!"
Eu nunca dei chacoalhão em quem não merecia. Se o meu namorado quer levar minha bolsa que tá pesada, eu não acho ruim não. Quando ele precisar, eu vou fazer o mesmo. A palavra não deveria ser cavalheirismo, e sim GENTILEZA. Gentileza vc faz pro vizinho, pra amiga, pro namorado, pra mãe.
E sobre elogios na rua, eu já ganhei alguns legais. Mas nem se compara com os "gostosa", "ô lá em casa" ou "delícia". Se for pra evitar esses últimos, prefiro nunca mais ouvir nenhum.
E acho que a auto-estima precisa melhor trabalhada, pq depender de elogios de estranhos pra se sentir um pouco melhor, eu tb já dependi. Quando eu tava na fossa, quando eu me achava a mulher mais horrível do mundo.
Mas com terapia, auto-conhecimento e muuuuitos textos feministas a gente consegue se desvencilhar dessa dependência de elogios de estranhos. Até pq o cara que te chama de "linda" pode ser o cara que vai te chamar de gorda.
gente, tem um textinho ótimo sobre cabelos que você pode usar tb para coisas como maquiagem, salto alto, etc:
"não importa o q você faz, mas porque faz"
leiam:
http://duasfridas.wordpress.com/2007/07/04/tratando-dos%C2%A0cabelos/
Niemi concordo com vc...transformar o feminismo, numa machismo às avessas não faz dele uma luta justa...sou a favor da liberdade, do fim do preconceito e da igualdade de direitos...
Sou contra pré conceber a respeito de alguém pela aparência, pela cor da pele, pelo sexo ou pela classe social.
Sou a favor do amor!
Escarlate,
Eu penso o mesmo! Acho que gentileza é independente do sexo! Meu namorado paga a conta qdo to sem grana, assim cm eu tbm já paguei várias vezes. No início ele achava bem estranho! Eu dizia "E aí, vamos sair hj?" e ele "Ah, então...to meio sem grana!" e eu "Mas eu tenho, ué!". Ele ficava meio sem saber o que pensar,rs. Ele já namorou uma garota que dizia que "o papel do homem era bancar, mesmo que ela fosse rica!". Ridículo!
Quanto aos elogios, concordo q tbm seja problema de auto-estima vc ser dependente pra formar uma auto -imagem sua. lembro d ealguém que comentou uma vez que a amiga dizia que o elogio do pedreiro era o termômetro, e um dia o pedreiro falou "O gordinha gostosa!" e a menina ficou bem mal!
Só acho que não há nada de mal receber um elogio (ELOGIOS! Não grosseria!) e tem uns que te deixam mais feliz mesmo, assim cm ouvir uma baita crítica tem o poder de te deixar mal, um elogio tbm pode te deixar bem! Mas esses "O la em casa", "E gostosa!" além de serem baixos, são falsos!Pois ele fl isso pra aquluer mulher, não foi nada com vc!
"Não é o que você faz, mas porque você faz."
Acho que é exatamente isso. Quando a gente sabe mais, questiona mais, muitas escolhas acabam mudando, ou acabam permanecendo, mas por outro motivo.
Não existe guia de "Como ser uma feminista perfeita", mas refletir sobre as próprias escolhas é muito válido.
Eu adorava barbies quando criança, hj em dia acho legais os modelos de colecionador, exatamente por saírem do padrão normal da boneca. Tb gosto daquelas tipo "monster high", uma linha de gótico fofinho que acho bem bacana.
Mas... sei a influencia que a boneca em si tem na formação da identidade das meninas e nas crises de auto estima futura que ela alimenta.
Sim, se vc precisa que alguem te ponha pra cima é pq o padrão barbie de perfeição se implantou na sua mente. Nenhuma pessoa devia precisar de aprovação externa para se sentir bem consigo mesma.
Sobre pin ups, tem uma, de cartoon chamada Hilda que eu acho bem legal. Costuma ser apresentada como uma moça gordinha cuidando do seu dia a dia rural. Ela anda de bicicleta, pesca, colhe morangos, rega as plantas e por aí vai e nunca parece burrinha ou incapaz de cuidar de si mesma. Acho legal dar uma olhada, se eu achar um link volto aqui e posto.
CAVALHEIRIMSO
Não parece, mas eu sei escrever, gente U.U
Mas é claro que tem de ser sobre o feminismo nos EUA, país opressor.
Todos sabemos que Cuba já está tão evoluída que nem existe mais necessidade disto.
Oh menina se toca!
Largue de fazer papel de tonta (te xingaria de outra coisa mas a dona do "blogue" não deixa).
Fofura é salgadinho
Eu sou é MAL, muito MAL, terrivelmente MAL com as feministas que nem vc
KKKK!Tonta, sei!
Ai, esse Arnold!
Vc leu tds os coments?Disse em um deles que não posso me considerar feminista. Ou seja, nao tem pq vc ser mal comigo!
Comigo vc pode ser a fofura de sempre!
"Fofura é salgadinho"
Arnold pra presidente!
ser comunista é bom pra quem tá lá no alto escalão do comando segurando as rédeas pra guiar o povo... gente como a gente que vive/viveu em país comunista foge/fugiu na primeira oportunidade.
Acho que fofura era fofura antes de virar salgadinho.
Surgiu o assunto pornografia no post e nos comentários e me lembrei que há algum tempo assisti a um filme pornô feita por uma diretora feminista.
Depois de ter assistido, pensei que todo mundo que já assistiu um filme pornô na vida, poderia assistir a algum dela, no mínimo pra ver a diferença.
A relação sexual é mostrada de uma forma que me pareceu muito mais saudável e excitante que nos filmes convencionais, o prazer da mulher é valorizado e a atriz não é colocada simplesmente como a boneca que está ali só pra satisfazer o homem, sendo xingada de tudo que é nome, fazendo coisas que só causam dor e ainda fingindo de forma bem fake que está gostando.
Laurinha,
Eu tb comprei um dos filmes da Erika Lust. A mulher é foda pra caralho, com o perdão do francês.
Fora a dublagem em inglês que não curti (o próximo pego em espanhol!), não posso nem levantar o dedo pra reclamar de algo.
Ah, essas ingratas do patriarcado. Tsc tsc.
a indústria de filme pornô nos EUA passou por poucas e boas há um par de meses qdo um ator muito badalado do setor foi detectado com AIDS... finalmente suspenderam as filmagens por alguns meses até que todos os atores/atrizes passassem por exame de sangue... porém o risco não pára aí uma vez que se recusam a usar camisinha pra fazer filme pornô...
Haha, o post falou sobre tanta coisa que não sei mais o que comentar haha
Buscas sobre a Beyonce serão redirecionadas para cá '-'
Oi Lola, meio que off-topic, minha namorada ficou indignada pela truculência com que uma menina da ocupação da USP foi abordada por três brucutus do CHOQUE, recém visto no JN da globo. Gostaria de pedir tua ajuda no sentido de escrever algo a respeito e nos ajudar a difundir e acusar o ressurgimento da tecnocracia policialesca (pra não usar outros termos...) aqui em São Paulo.
Dayane,
Eu também não acho bonito mulher estilo panicat, agora dizer que elas não querem (ou merecem) respeito aí já é OUTRA história, e eu não ouso pensar assim.
Eu sou mais... "viva e deixe viver", sabe? Elas não me atrapalham em nada, não atrapalham o meu feminismo em nada, e nem que merecem menos respeito porque não "se dão" ao respeito (até porque, o que demônios é se dar ao respeito? ser discretinha, boazinha, falar baixinho?).
E por que elas não poderiam ser feministas?
Qual o problema de dar pra quem tem vontade? (sim, transar quem tem vontade é SUPER feminista, anti-feminista é cagar regra na vida sexual das mulheres)
Acho que vale a pena dar uma lida nesses links:
http://godotnaovira.wordpress.com/2011/11/07/sex-positivity/
http://ebompraquemgosta.wordpress.com/2011/10/11/gisele-hope/
http://godotnaovira.wordpress.com/2011/10/11/amelia/
pra ler o livro "Backlash" em português ... descobri seguindo links do post de hoje... está à disposição em arquivo pdf (título em inglês, texto em português)
http://blogueirasfeministas.com/biblioteca/
daí clica em Livros Feministas em pdf
Lola!!! Lembra do desenho Josie and the Pussycats??
É da década de 60, as meninas eram super ativas, a loirinha tocava bateria (coisa de macho hoje em dia), tinha uma negra super inteligente e entendida de tecnologia... não lembro muito bem do resto, mas acho que elas usavam malha de oncinha pra tocar. Hummm... sei lá, acho que dá um gancho legal pra falar sobre backlash. E os seus leitores não devem conhecer, acho. É um desenho tão antigo...
Abraços.
Faço minhas as palavras da Hel.
Nisia, fizeram um filme desse desenho, mas tiraram todo o carates de meninas que fazem o que curtem e transformaram em intriguinha adolescente e ciumeira pelo estrelato. Uma perda.
Tambem gostei do comentário da Hel, e Nisia eu conheço esse desenho, mas era da decada de 70, da Hanna Barbera.
Eu só não entendi o que ele pode ter haver com backlash.
Oi Hel,
Nçao disse que elas não merecem respeito, merecer elas merecem...E acho que se dar ao respeito vai muito além da "sexualidade". O fato de elas não me descerem não é pq dão pra quem querem, não é o fato delas fazerem muito sexo, isso é problema delas. Eui só acho elas imensamente caricatas! Eh igual vc pegar o Arnold, por exemplo, e achar que todos os homens do mundo são como ele.
E essas mulheres invadem o espaço alheio, isso que me irrita. Elas não são pq gostam, são pra mostar, pra interferir!Aiiiiiiiiii, desculpa, mas não me desce ><!
Oi, Denise,
Eu sei que parece não ter muita relação, mas serve de gancho... A Lola sabe tirar leite de pedra...
Brincadeira. É que ontem de madrugada, viajando no youtube, lembrei desse desneho. Final dos anos 60, um grupo de garotas - personagens principais - que tem diálogos que (pelo que lembro) não são sobre homens, e não vestem rosa invariavelmente.
Apesar de usarem roupinha de leopardo, rabo e orelhinhas, claro.
Não tenho visto desenhos ultimamente, mas o que rola aqui em casa atualmente, depois de passada a fase Backyardigans é só Barbie.
Até tenho encontrado uns certos méritos na Barbie, que apesar de loira e rosa, bem resolve seus problemas. Vá lá.
Mas tinha a Valerie, negra, linda e cuja principal característica é ser inteligente. Legal, né?
Infelizmente tinha o estereótipo da loirinha avoada, mas ela era baterista e também era arretada.
Faeli em backlash - assim, de orelhada, porque me falta ler horrores sobre os termos técnicos feministas. Nâo sou feminista da academia, por pura falta de tempo e disposição.
Mas estou hoje procurando um desenho com essa vibe, mais libertária, mais autônoma, onde mulheres resolvam problemas e não casem com o príncipe no final.
Se alguém tiver sugestões, eu agradeço, porque estou com uma mini-Barbie em casa. Ela brinca de uma musiquinha que aprendeu na escola e que me irrita: "com quem será que fulana vai casar? Rei, ladrão, polícia, capitão... loiro, moreno, careca, cabeludo..."
Oi Nisia pelo jeito vc tem uma garotinha em casa, mas não se preocupe tanto com os modismos que ela acaba trazendo da escola, a minha mais nova tambem fazia isso, ela me deixava passada quando dançava a boquinha na garrafa rrrsssss, porque quanda ela era criança , era isso que estava na moda, e vai se preparando, porque certamente virão outras modas, até elas se afirmarem como mulheres, a minha foi gotica, baladeira, emo e por ai vai rrrsss,uma hora elas encontram seu caminho, e hoje estou muito orgulhosa das minhas.
Quanto aos desenhos esse que vc citou era baseado no seriado das "panteras", mas acho que a She-Ha e a mulher maravilha, são mais feministas rrrsss, mas minha idola mesmo é a Xena, que embora não seja desenho, é um seriado que diverte e tambem não estereotipa tanto a mulher.
@Carol,
também achei o flime das Gatinhas super bobo. Uma pena...
@Denise
Bom, a Xena, só conheço muito por alto, sei a cara que ela tem, e que parece que tinha um romance com uma loirinha no meio, né não? Devo ter lido em algum lugar, ou isso era fofoca?
Taí, Mulher-maravilha e She-Ra. Tenho que apresentar essas pra minha pequena.
Boa lembrança! Obrigada!
Eu achava She-Ra o máximo. E ela tinha um amigo com bigode de Freddie Mercury.
Denise, eu não perdia um episódio de Xena. O seriado fez muito bem em deixar um climinha entre as duas personagens. Acho que foi a primeira vez que eu torci por um relacionamento lésbico :) mas ficou só na insinuação.
Até quando o assunto não tem nada haver essa menina me bota no meio.
Dayane, tira o Arnold da sua boca!
vlw?
Nisia: assiste Tomb Raider com sua filha. A Lara Croft é uma personagem bem legal: é uma arqueóloga bem sucedida que vai em busca de um artefato mitológico.
O filme remake das Panteras também é bem bacana.
E A Princesa Léia de Star Wars também é um bom "role model", porque ela quebra o estereótipo de princesinha em perigo em vários momentos da série.
Se lembrar de alguma outra série que crianças possam gostar, posto aqui.
Legal, gente, que bom que temos alternativas à figura da Barbie Princesa da Ilha, Castelo de Diamantes, Moda & Magia. Acho que minha figura aqui tá saturando da fase princesa, pois está migrando das Pollys - uma bonequinha cujo único atrativo é ter milhares de roupas - para os bichinhos fofinhos diversos.
Legal. Quem sabe não emplaco uma coisa mais heróica com esses exemplos? Vou catar uns videos com esses desenhos.
Abraços!
Que bacana. Meu blogzinho teve um boom por causa de posts sobre revistas femininas, um sobre porque as mulheres têm medo de feminismo e por causa da série de posts que eu faço sobre a banda The Runaways (primeira banda com o line up só de mulheres em 1975). www.mundomel.wordpress.com
Mas eu confesso que sou um tanto radical quando o assunto é pornografia e é por isso que normalmente não me dou bem com os blogs americanos que costumam ver a pornografia como uma coisa libertadora e talz. Eu sou super contra. Acho que pornografia só trabalha com objetificação. E não é nisso que eu acredito.
Tá bom, Arnold, não falo mais ;)!
Que pena que essa discussão já acabou. Ou ainda não acabou...?
Eu vivo nos EUA há sete anos e já passei por dois subúrbios - Westchester/NY e Rockville/MD - típicos refúgios da classe média branca americana. É osso, viu!? De modo geral, como vcs já sabem faz tempo, é um povo puritano e recalcado. Neste contexto, ainda que eu não seja uma defensora contundente da pornografia, passei a achar válida a sua defesa como forma de combater esse puritanismo exacerbado.
Rosangela,
Eu entendo esse ponto de vista de combater puritanismo e aceitar a pornografia e talz. Mas uma coisa é fazer com que sexo seja visto de uma forma natural e tranquila e aí sim combater o puritanismo de verdade. Pornografia não tem nada a ver com sexo natural e aceito de forma tranquila. Pornografia simplesmente molda a cabeça das pessoas em práticas sexuais falsas. Mas enfim. Como eu disse, eu sou muito radical em relação a esse assunto.
Hel,
Acho que a questão da Mulheres estilo Panicat (e tantas outras anônimas por aí) não tem nada a ver com liberdade sexual ou feminismo, já que cm a Lola disse no post do lingerieDay, elas fazem o que o machismo espera delas: Tiram a roupa para deleite masculino. Elas, a meu ver, são muito machistas, já que usam do corpo cm forma de promoção e o oferecem como se fosse um açolgue. Se colocam no estereótipo d emulher "burra ,porém gostosa" pois é um paple que a classe masculina almeja a tempos!Elas merecem todo o respeito do mundo, mas serão vistas da forma que se propóes a serem vistas. se querem ser vistas cm pedaços de carne, nunca veremos nada mais além disso. Diz aí, isso é feminismo?
A questão da pornografia é engraçada mesmo. Fui assistir um vídeo da Erika Lust com minha namorada, o handcuffs. Depois de 5 minutos, ela falou "Que negócio chato pra caralho. Não tem uma coisa mais interessante pra ver não?"
A Gayle Rubin, em um texto da época das Porn Wars Feministas, diz que quer "desafiar a assunção de que o feminismo é ou deveria ser o lugar da teoria da
sexualidade. O feminismo é a teoria da opressão de gênero. Assumir automaticamente que isso
faz com que seja o lugar da teoria da opressão sexual é falhar na distinção entre gênero por um lado, e o desejo erótico, por outro."
Aconselho bastante esse texto. É meio datado, mas...
http://www.miriamgrossi.cfh.prof.ufsc.br/pdf/gaylerubin.pdf
E eu acho que o I Blame the Patriarchy tem uns posts que são cheios de misandria. Não me agrada muito não.
Mas foi no Jezebel que eu achei o ótimo texto da vítima de abuso sexual reivindicando o direito dela de fazer piada com a própria desgraça.
A diversidade é algo fantástico.
Essa matéria é muito interessante, tbm da TPM:
http://revistatpm.uol.com.br/revista/112/reportagens/faca-amor-nao-faca-porno.html
Quem conseguir ler em inglês (ou quiser usar o google tradutor):
http://puckerup.com/feminist-porn/what-is-fp/
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