Eu tô sem tempo pra nada porque preciso entregar um curso inteiro até final de janeiro. Mas não resisti e vi a posse histórica da Dilma Roussef. Logo eu, que sou do tipo que odeia tradições, cerimoniais e rituais. Pois é, eu detesto, mas sempre me comovo. E lógico que desta vez não foi diferente.
Primeiro, adorei que as seis policiais federais que servem de guardas pessoais da Dilma fossem mulheres. Parece que isso também é tradição (quando a autoridade é mulher é costume que suas seguranças também sejam), mas convenhamos: como não vemos muitas autoridades mulheres, deve faltar emprego pra guardas mulheres. A menos que primeira dama seja considerada autoridade. É? Bom, as próprias guardas declararam que 80% de seus colegas são homens. Ah, e muitos dos batedores (policiais rodoviários em motos) no trajeto da posse também eram mulheres.
Acompanhei a posse (ou seja, fiquei cinco horas em frente à TV) pela Record, não pela Globo. Só vi uns pedacinhos na Globo, e concordo com o que alguém (desculpe, não anotei, era um retweet) disse no Twitter: que ver a Globo transmitindo a posse da Dilma era como ouvir Galvão Bueno narrando gol argentino contra o Brasil. A falta de entusiasmo era total. Mas o que mais me chamou a atenção é que a Globo tinha dois jornalistas homens comentando, enquanto a Record destacou duas jornalistas mulheres.É, gente, vai se acostumando. Termos uma primeira presidenta não vai fazer nem de longe que o machismo acabe de um dia pro outro no Brasil, ou que mais mulheres sejam promovidas para postos de chefia, ou que automaticamente aumente o número de juízas e parlamentares mulheres. O que vai fazer é abrir os olhos para a falta de representatividade feminina e para a linguagem. Não é à toa que Dilma, em seus dois discursos de posse (um no Congresso, outro pro povo), falou em “queridas brasileiras e queridos brasileiros”, alternando a ordem, ou que em nenhum momento se referiu ao genérico “homem” quando queria dizer pessoa ou ser humano. A linguagem é machista porque reflete o que somos, e já faz uns onze anos que a Unesco lançou apostilas em várias línguas para incluir as mulheres na língua, mas a gente precisa de uma presidenta pra talvez se dar conta disso (aguardem o choro dos privilegiados dizendo “bu bu bu, que besteira essa onda politicamente correta, eu me sinto representado quando falam em 'origem do homem'"). Quanto à falta de mulheres em praticamente todas as esferas de poder da nossa sociedade, Dilma fez um grande esforço para escolher o ministério mais feminino da história do Brasil, e ainda assim apenas nove dos 37 ministros são mulheres. Mas as pessoas vão passar a reparar mais nisso. Quando virem um bando de homens engravatados entrevistando presidente, muita gente vai chiar e perguntar: “Opa, cadê as blogueiras?”. Quando virem um comitê executivo composto apenas por homens, vão sentir a falta de mulheres. Espero que a ausência de pessoas negras (de ambos os gêneros) também salte aos olhos. Ou não. Será que estou sendo otimista demais por pensar que ter uma presidenta mude a cabeça das pessoas? Porque eu desliguei a TV quando a Record interrompeu a posse dos ministros (e ministras; só mesmo na posse de uma ministra teríamos uma menininha correndo solta entre os poderosos engravatados, rompendo totalmente o protocolo) pra entrevistar o José Alencar por telefone (a Globo já havia cortado a transmissão faz tempo; afinal, novela é mais importante pra nação). E aí vim pra cá escrever este post e, antes, dar uma passada rápida no Twitter. E então eu vejo que tá nos Trending Topics a Marcela Temer, que até hoje eu nem sabia quem era, mas que é a primeira dama do vice Michel. What the duck, pessoal? No dia da posse da nossa primeira presidenta, quem rouba a cena é uma mulher jovem e bonita? Pô, isso é um tapa na cara das mulheres. É lembrar a gente que dane-se que uma mulher terá poder, que o importante mesmo é uma mulher ser jovem e bonita (nada dá mais poder que isso, dizem os machistas que juram que as mulheres têm todo o poder do mundo, já que podem virar a cabeça dos homens). Também tava nos TT a Marisa, ex-primeira dama (que me fez chorar por chorar na posse), e uma tonelada de insinuações do tipo “Quem será a primeira dama da Dilma?”, fazendo alusões a sua orientação sexual (afinal, poder não é uma característica feminina. Se uma mulher for poderosa, ela torna-se masculina. E homem que é homem gosta de mulher, sacam? É um argumento um tanto tortuoso, eu sei).Olha só, gente, não é difícil. Acompanhem meu raciocínio. O próprio termo “primeira dama” é um termo machista, porque não existe o equivalente masculino. Não tem primeiro damo, certo? E por que não? Porque, até pouco tempo, todos os governantes eram homens. E héteros, e casados, porque pegava mal um político não ser um “homem de família” (Dilma não seria eleita trinta anos atrás por ser divorciada! Naquela época havia minissérie sobre mulher separada, tipo Malu Mulher, porque era visto como grande ousadia uma mulher viver sem um homem). Logo, quase todo político tinha uma primeira dama. Dessa forma, o brasileiro (e outras nacionalidades) caiu no hábito ridículo de discorrer sobre a vida de todas as primeiras damas. Ahn, primeira dama não é um cargo eletivo. A Carla Bruni não é poderosa. O Sarkozy é. O Sarkozy os franceses podem tirar do cargo, a Carla não. Portanto, não deveria ter importância nenhuma nas nossas vidas se a primeira dama do vice é bonita ou 50 anos mais jovem que o cara (pô, se eu vou fingir que Michel Temer não existe pelos próximos quatro anos, então não preciso saber da vida da mulher dele, preciso?). Falar de primeira dama é meio como falar de reis, rainhas, príncipes e princesas: é um cargo simbólico, uma inutilidade, uma coisa do passado. Mas voltando ao que importa: o discurso de Dilma pro congresso foi ótimo (aqui na íntegra). Eu chorei em várias partes, principalmente quando ela engasgou, no momento em que disse que será presidenta de todos os brasileiros. Já Lula passando a faixa foi meio anticlimático. Todo mundo esperava que ele desabasse, e nada, quem chorou foi Marisa. Ainda bem que desistiram de tocar o tema da vitória (aquele do Ayrton Senna) quando Lula desceu a rampa. Não só aquilo tá ligado ao Senna, como a uma emissora de TV que no ano passado queria por no ar uma comemoração de 45 anos com o mesmo número, logotipo e tema da campanha adversária. E que, tipo, foi talvez a maior responsável pela derrota do Lula frente ao Collor em 89. Lula com jingle da Globo não combina.
Também não entendi por que, no final da fila de congratulações pra Dilma estava o Edir Macedo e toda a direção da Record. Desde quando a direção da Record é chefe de Estado de algum país? Eu adorei ver a Dilma, toda simpática e descontraída, falando com um a um dos chefes, principalmente com o Chávez e com a Hillary, mas seria legal saber quem era quem. Como quando mostraram os ministros.
No entanto, tirando essa falta de informações, a cobertura da Record foi muito boa. Pelo menos as duas jornalistas não falaram muito sobre o vestido ou a maquiagem da Dilma. E não teve intervalos comerciais! Foi a posse mais comovente que já vi, até porque não vi a do Lula. Em janeiro de 2003, quando Lula foi empossado pela primeira vez, eu estava cruzando o Uruguai, de carro, indo de São Lourenço do Sul a Montevidéu. O Uruguai inteiro acompanhava a posse do Lula, ao vivo. As TVs transmitiam toda a cerimônia. Parecia que era o presidente deles que estava assumindo. A gente tinha adesivo do Lula no carro, e um monte de uruguaio nos aplaudia e buzinava pra gente, só por isso. No dia seguinte, um dos jornais de lá trazia a manchete em espanhol: “Assumiu o torneiro mecânico da esperança latino-americana”. Isso foi exatamente oito anos atrás. Naquela época, assim como o Brasil, o Uruguai nunca tinha tido um presidente de esquerda. No final de 2004 elegeu o primeiro, Tabaré Vázquez. Talvez isso não tivesse acontecido se não fosse a influência brasileira.Hoje, no dia primeiro de janeiro de 2011, um dos chefes de Estado a apertar a mão da nossa primeira presidenta foi José Mujica, segundo presidente de esquerda do Uruguai, sucessor de Tabaré. Mujica, ex-guerrilheiro, saudou Dilma, também ex-guerrilheira, segunda presidente de esquerda, sucessora de Lula. Acho que isso diz muito sobre nosso amado continente, sobre as mudanças que tivemos e as muitas que ainda vamos ter. E tem gente interessada em primeira dama...
Desenhando um pouquinho: mais sobre machismo na posse aqui.
Acompanhei a posse (ou seja, fiquei cinco horas em frente à TV) pela Record, não pela Globo. Só vi uns pedacinhos na Globo, e concordo com o que alguém (desculpe, não anotei, era um retweet) disse no Twitter: que ver a Globo transmitindo a posse da Dilma era como ouvir Galvão Bueno narrando gol argentino contra o Brasil. A falta de entusiasmo era total. Mas o que mais me chamou a atenção é que a Globo tinha dois jornalistas homens comentando, enquanto a Record destacou duas jornalistas mulheres.É, gente, vai se acostumando. Termos uma primeira presidenta não vai fazer nem de longe que o machismo acabe de um dia pro outro no Brasil, ou que mais mulheres sejam promovidas para postos de chefia, ou que automaticamente aumente o número de juízas e parlamentares mulheres. O que vai fazer é abrir os olhos para a falta de representatividade feminina e para a linguagem. Não é à toa que Dilma, em seus dois discursos de posse (um no Congresso, outro pro povo), falou em “queridas brasileiras e queridos brasileiros”, alternando a ordem, ou que em nenhum momento se referiu ao genérico “homem” quando queria dizer pessoa ou ser humano. A linguagem é machista porque reflete o que somos, e já faz uns onze anos que a Unesco lançou apostilas em várias línguas para incluir as mulheres na língua, mas a gente precisa de uma presidenta pra talvez se dar conta disso (aguardem o choro dos privilegiados dizendo “bu bu bu, que besteira essa onda politicamente correta, eu me sinto representado quando falam em 'origem do homem'"). Quanto à falta de mulheres em praticamente todas as esferas de poder da nossa sociedade, Dilma fez um grande esforço para escolher o ministério mais feminino da história do Brasil, e ainda assim apenas nove dos 37 ministros são mulheres. Mas as pessoas vão passar a reparar mais nisso. Quando virem um bando de homens engravatados entrevistando presidente, muita gente vai chiar e perguntar: “Opa, cadê as blogueiras?”. Quando virem um comitê executivo composto apenas por homens, vão sentir a falta de mulheres. Espero que a ausência de pessoas negras (de ambos os gêneros) também salte aos olhos. Ou não. Será que estou sendo otimista demais por pensar que ter uma presidenta mude a cabeça das pessoas? Porque eu desliguei a TV quando a Record interrompeu a posse dos ministros (e ministras; só mesmo na posse de uma ministra teríamos uma menininha correndo solta entre os poderosos engravatados, rompendo totalmente o protocolo) pra entrevistar o José Alencar por telefone (a Globo já havia cortado a transmissão faz tempo; afinal, novela é mais importante pra nação). E aí vim pra cá escrever este post e, antes, dar uma passada rápida no Twitter. E então eu vejo que tá nos Trending Topics a Marcela Temer, que até hoje eu nem sabia quem era, mas que é a primeira dama do vice Michel. What the duck, pessoal? No dia da posse da nossa primeira presidenta, quem rouba a cena é uma mulher jovem e bonita? Pô, isso é um tapa na cara das mulheres. É lembrar a gente que dane-se que uma mulher terá poder, que o importante mesmo é uma mulher ser jovem e bonita (nada dá mais poder que isso, dizem os machistas que juram que as mulheres têm todo o poder do mundo, já que podem virar a cabeça dos homens). Também tava nos TT a Marisa, ex-primeira dama (que me fez chorar por chorar na posse), e uma tonelada de insinuações do tipo “Quem será a primeira dama da Dilma?”, fazendo alusões a sua orientação sexual (afinal, poder não é uma característica feminina. Se uma mulher for poderosa, ela torna-se masculina. E homem que é homem gosta de mulher, sacam? É um argumento um tanto tortuoso, eu sei).Olha só, gente, não é difícil. Acompanhem meu raciocínio. O próprio termo “primeira dama” é um termo machista, porque não existe o equivalente masculino. Não tem primeiro damo, certo? E por que não? Porque, até pouco tempo, todos os governantes eram homens. E héteros, e casados, porque pegava mal um político não ser um “homem de família” (Dilma não seria eleita trinta anos atrás por ser divorciada! Naquela época havia minissérie sobre mulher separada, tipo Malu Mulher, porque era visto como grande ousadia uma mulher viver sem um homem). Logo, quase todo político tinha uma primeira dama. Dessa forma, o brasileiro (e outras nacionalidades) caiu no hábito ridículo de discorrer sobre a vida de todas as primeiras damas. Ahn, primeira dama não é um cargo eletivo. A Carla Bruni não é poderosa. O Sarkozy é. O Sarkozy os franceses podem tirar do cargo, a Carla não. Portanto, não deveria ter importância nenhuma nas nossas vidas se a primeira dama do vice é bonita ou 50 anos mais jovem que o cara (pô, se eu vou fingir que Michel Temer não existe pelos próximos quatro anos, então não preciso saber da vida da mulher dele, preciso?). Falar de primeira dama é meio como falar de reis, rainhas, príncipes e princesas: é um cargo simbólico, uma inutilidade, uma coisa do passado. Mas voltando ao que importa: o discurso de Dilma pro congresso foi ótimo (aqui na íntegra). Eu chorei em várias partes, principalmente quando ela engasgou, no momento em que disse que será presidenta de todos os brasileiros. Já Lula passando a faixa foi meio anticlimático. Todo mundo esperava que ele desabasse, e nada, quem chorou foi Marisa. Ainda bem que desistiram de tocar o tema da vitória (aquele do Ayrton Senna) quando Lula desceu a rampa. Não só aquilo tá ligado ao Senna, como a uma emissora de TV que no ano passado queria por no ar uma comemoração de 45 anos com o mesmo número, logotipo e tema da campanha adversária. E que, tipo, foi talvez a maior responsável pela derrota do Lula frente ao Collor em 89. Lula com jingle da Globo não combina.
Também não entendi por que, no final da fila de congratulações pra Dilma estava o Edir Macedo e toda a direção da Record. Desde quando a direção da Record é chefe de Estado de algum país? Eu adorei ver a Dilma, toda simpática e descontraída, falando com um a um dos chefes, principalmente com o Chávez e com a Hillary, mas seria legal saber quem era quem. Como quando mostraram os ministros.
No entanto, tirando essa falta de informações, a cobertura da Record foi muito boa. Pelo menos as duas jornalistas não falaram muito sobre o vestido ou a maquiagem da Dilma. E não teve intervalos comerciais! Foi a posse mais comovente que já vi, até porque não vi a do Lula. Em janeiro de 2003, quando Lula foi empossado pela primeira vez, eu estava cruzando o Uruguai, de carro, indo de São Lourenço do Sul a Montevidéu. O Uruguai inteiro acompanhava a posse do Lula, ao vivo. As TVs transmitiam toda a cerimônia. Parecia que era o presidente deles que estava assumindo. A gente tinha adesivo do Lula no carro, e um monte de uruguaio nos aplaudia e buzinava pra gente, só por isso. No dia seguinte, um dos jornais de lá trazia a manchete em espanhol: “Assumiu o torneiro mecânico da esperança latino-americana”. Isso foi exatamente oito anos atrás. Naquela época, assim como o Brasil, o Uruguai nunca tinha tido um presidente de esquerda. No final de 2004 elegeu o primeiro, Tabaré Vázquez. Talvez isso não tivesse acontecido se não fosse a influência brasileira.Hoje, no dia primeiro de janeiro de 2011, um dos chefes de Estado a apertar a mão da nossa primeira presidenta foi José Mujica, segundo presidente de esquerda do Uruguai, sucessor de Tabaré. Mujica, ex-guerrilheiro, saudou Dilma, também ex-guerrilheira, segunda presidente de esquerda, sucessora de Lula. Acho que isso diz muito sobre nosso amado continente, sobre as mudanças que tivemos e as muitas que ainda vamos ter. E tem gente interessada em primeira dama...
Desenhando um pouquinho: mais sobre machismo na posse aqui.
48 comentários:
Lola, cheguei aqui via Facebook por alguém que levou teu post sobre a posse da Dilma. Gostei de cara. Parabéns! Bom saber de gente que escreve com a sua leveza.
Abraços,
Mari-Jô Zilveti
bravo, lola!
acho que foi na band que vi um comentarista de moda narrando a posse e alfinetando o modo de vestir das ministras. what the duck? mesmo!
a velha midia nao esta preparada para ver mulheres no poder.
muito orgulhosa mesmo assim. de nos, mulheres, eh claro.
Eu me emocionei na posse da nossa Presidenta, e me emocionei ao ver nossos camaradas latinoamericanos ao lado dela, principalmente José Mujica, que tem uma biografia parecida com a de Dilma.
Um fato curioso do Presidente uruguaio: possui apenas um Fusca em seu nome e doa quase todo o salário para caridade. Simples, como todo latinoamericano.
Parece que funcionou o protesto daqueles que colocaram "Fora Lula" nos tais tópicos do Twitter: o Lula saiu mesmo.
Falando sério agora, existe ainda mais um motivo para comemorar: pela terceira vez seguida a faixa é recebida por alguém legitimamente eleita, sem golpes, sem impeachment, escolhida diretamente pelo povo. O Brasil tem muito chão pela frente, mas já deu primeiros passos importantes.
Se não me engano, Lola, é costume entre o pessoal de esquerda (os de verdade?) se referir ao público lembrando os dois gêneros. Até em emails a gente vê tod@s, amig@s, não só como contração, mas como respeito e consideração.
Espero que a Dilma leve do espírito da esquerda não só o tratamento, mas também muitas outras coisas que faltou ao Lula levar.
Foi emocionante mesmo, Lola.
O discruso dela ao COngresso foi técnico, conciso e muito coerente. A parte que mais me empolgou foi ela ter dito que o professor deve ser a autoridade da educação.
Só pra contextualizar: num debate este ano o Alckmin foi perguntado sobre aprovação automática e ele disse que filho de pobre também tinha direito a passar de ano e que ele manteria. Note o detalhe: trata-se da vontade do governador sem qualquer consulta a educadores e professores.
Quando perguntado sobre educação o Serra contou que vez por outra "dava" aulas (há um vídeo impagável dele errando uma continha de divisão numa dessas "aulas") e que daquela experiência ele conseguiu montar seu plano pra educação no Brasil. Surreal.
Um político que admiro é Cristovam Buarque que também comete este mesmo pecado (de uma forma bem mais branda). Quem olhar o plano de trabalho dele verá que uma das partes mais fracas é justamente aproveitar pouco a experiência dos professores. Contudo, trata-se de um dos maiores políticos deste país e com quem é possível dialogar. (O Plano dele tem algumas idéias ótimas que espero que a Dilma aproveite.)
O plano do Haddad (o PDE) foi amplamente divulgado e discutido com os professores da rede pública. Todos puderam opinar. E mesmo agora que estamos ajustando certas diretivas a voz de todos os professores é ouvida. Por isso o processo ficou lento. Contudo, é algo que vai de encontro com as palavras da Dilma.
Só daqui uns dez anos os brasileiros vão entender o trabalho que o Lula fez.
Na posse dos outros presidentes antes do Lula a única coisa que importava era o aperto de mão do líder americano ou francês. E aquela coisa fria e sem graça.
Foi lindo foi ver a Dilma cumprimentar líderes africanos e latinos com entusiasmo e não por protocolo. As africanas com seus vestidos coloridos me fizeram lembrar algumas festas que presenciei na Bahia onde famílias imensas e miscigenadas se encontravam. Eram mãos que não se largavam nunca. Um clima de alegria que só existiu nessa posse.
E o maior responsável por isso adivinha quem foi?
quando ela embargou a voz ao falar de ser presidenta de todos fiquei com os olhinhos marejados rss
bom eu acompanhei pela globo news e falaram bastante da importancia de ela ser mulher, que ela prefere ser chamada presidenta (eu também prefiro chamar assim), sobre as ministras mulheres (que deveriam ser mais mas só o pt indicou mulheres, não sei se procede). mas é bonito nessa foto do ministério ter tantos homens mas como uma mulher com a faixa no centro ;)
aqui em casa queriam mesmo era ver o exército ter q bater continencia pra ela hahahah
sobre reis e rainhas, como pode hj um país ter monarquia? isso não entra na minha cabeça, tão milenio passado...
agora é acostumar com ex-presidente Lula e nossa presidenta Dilma =D
Fiquei super emocionada com o discurso da Dilma, mas acho que fiquei mais na primeira posse do Lula. Acho que porque era a primeira vez que eu via alguém de esquerda ser eleito, algo que por um tempo eu achei que nunca veria.
Agora, achei linda mesmo foi a foto de gabinete da Dilma, com todas aquelas ministras. Bem melhor que a titia Thatcher, que em 79 fez um gabinete exclusivamente masculino... ela ficou lá, como a abelha-rainha, no meio de um bando de zangões.
Outra coisa, tudo que eu tenho a dizer sobre a Marcela Temer é: adorei a roupa, adorei o cabelo. E pra mim termina aí. Ela é coadjuvante do coadjuvante, e embora seja mesmo uma bela mulher, posse de presidente não é desfile de moda nem concurso de miss. Ela estava ali por causa do Temer, e só. Acho que devemos respeitá-la como se respeita qualquer mulher, mas não endeusá-la nem torcer o nariz pra garota só porque o marido dela é mais velho. Eu tenho visto ohs e ahs sobre a beleza dela e declarações vis sobre o casamento dela, e acho os dois igualmente desnecessários.
cá disse... "sobre reis e rainhas, como pode hj um país ter monarquia? isso não entra na minha cabeça, tão milenio passado..."
Sabia que além de existirem países com reis e rainhas, ainda existem pessoas que defendem a volta da monarquia no Brasil? Não só isso, a própria "família real" brasileira ainda se considera como tal, e parece acreditar que algum dia vai voltar a ter algum poder. Pra mim isso parece ser pouco mais que uma piada, assim como os movimentos separatistas aqui do Rio Grande...
Quanto aos militares prestarem continência à presidente, não para por aí: até onde sei (corrijam se estiver errado), nas salas, nos escritórios dos comandantes de esquadrão, batalhão ou base militar tem uma foto do presidente na parede; agora sai a foto do Lula e entra a foto da Dilma, então Brasil afora são muitos os comandantes militares que vão precisar ver a foto dela todos os dias e lembrar que ela é a comandante deles. Nada demais, vários deles devem ter votado nela, as forças armadas não são mais o que eram 40 anos atrás. Quando eu servi, não foram poucas as vezes em que vi militar ouvindo rap ou outras músicas esquerdistas, o tenente incentivava a gente a estudar e buscar coisa melhor que a vida de soldado e algumas regras sobre propaganda eleitoral tiveram que ser impostas em 2004 exatamente para evitar que militares ostentassem propagandas políticas nas roupas e/ou carros dentro do quartel...
(Por decisão do governo Lula, nós, soldados do ano obrigatório, ganhávamos apenas R$ 168,00 por mês, o que levava muitos a recorrerem a atividades paralelas, nem sempre legais, para complementar a renda. Mesmo assim votei nele na eleição seguinte, porque o país como um todo me preocupava mais do que o salário que recebi por um ano; mesmo assim, acho que foi uma decisão absurda do governo dele, e hoje lamento não ter entrado na justiça trabalhista contra o governo quando saí da Aeronáutica - outros fizeram e foram indenizados.)
Coisa linda, né,Lola? Abri o berreiro quando li essa sua passagem da primeira posse do Lula. Nunca antes na história desse país (rs) acho que houve um sentimento tão forte de unidade latino-americana.
E na política, como em todo o resto, a gente está sempre tendo que remar contra a maré, enfrentar machismos e preconceitos, má vontade. Ontem escrevi o post que vou publicar segunda lá no Blogueiras Feministas justamente lembrando que, de todas as vezes que votei pra presidente, foi sempre uma pauleira, a agonia de ver as armações dos poderosos para impedir que Lula, e depois Dilma, chegassem ao poder.
Eu desejo muita sorte à Dilma, porque além dos desafios naturais de administrar um país tão grande e diverso, ela vai enfrentar muito preconceito. Mas vai ser muito bom para nós, mulheres - aliás, já está sendo.
A reação das pessoas à Marcela Temer deu uma estragadinha na minha alegria. Idealmente a gente não deveria julgá-los pela diferença de idade, mas é triste constatar que juventude e beleza contam tanto!
Um lindo 2011 pra você, com muitos posts inteligentes e feministas!
Beijos!
desde criancinha sonho com este dia. cachoeiras de lagrimas.
Se eu fosse héterossexual eu pediria Dilma em casamento, então ela teria um primeiro-damo para acompanhá-la nas cerimônias oficiais. =)
Lola, você disse que foi anticlimático o Lula não chorar na entrega da faixa, mas acho que ele deixou as lágrimas para o final quando ele desceu a rampa acompanhado da mulher, da Dilma e do Michel Temer, ele foi cumprimentar a multidão e chorou, foi lindo! O povo todo queria abraçá-lo e tocar nele. Não é a primeira vez que faz isso, mas desta vez foi muito mais emocionante, porque foi a despedida.
Lolinha,
lindo post, entrei só para dizer que eu chorei o tempo todo...não desgrudei da tv enquanto a coisa toda não acabou. Saldo final: duas garrafas de vinho vazias, eu com o olho inchado de tanto chorar e meu namorado rindo de mim, mas também emocionado.
Grande dia, nunca me esquecerei!
Assim como você, eu esperava mais emoção na entrega da faixa presidencial, mas foi ali que admirei ainda mais Lula, que buscou ser discreto, não roubar a cena, pois era dia da Dilma.
O discurso ao Congresso foi maravilhoso, nem senti os 40 minutos passarem. Clap, clap, clap Dilma!
Eu chorei litros. Não consegui me segurar. E chorei ainda mais quando o Lula passou a faixa, ele me pareceu tão nervoso e comovido que não via a hora de não estar lá, afinal, tenho certeza absoluta que ele sentirá muito mais falta da gente dele, do que nós do nosso querido e eterno Presidente Lula, o trabalhador chegado numa cachacinha que mudou a forma como os países ricos olham os países em desenvolvimento.
Eu vou sentir uma falta dos diabos de dizer "o presidente Lula", mas sinto um orgulho do meu povo toda vez que eu disser "a minha presidenta Dilma".
O Lula teve toda a sua história, toda a sua luta glorificada nestes últimos anos. Ninguém mereceu mais do que ele. E o povo brasileiro soube reconhecer e dar o devido valor ao homem mais foda que esse país já teve.
Presidenta??? Não existe essa palavra.. apesar de muitos estarem usando, inclusive a nossa Presidente da República :)
Apesar de não ter votado nela (e nem no Serra, eu não pude votar esse ano aqui na Noruega) acompanhei a posse e achei muito emocionante, fiquei com os olhos cheios de lágrimas em vários momentoss.
Que a Dilma possa fazer um bom governo e que nosso país se desenvolva mais e mais.
Ótimo post, Lola. Tbm me emocionei muito com a posse da Dilma. Lutei tanto para que aquilo acontecesse, foi uma vitória de muita gente.
Os comentários machistas continuam, ainda temos muito o que lutar. Essa história da esposa do Temer foi demais, viu? Acho que o pior foram os comentários das pessoas achando tudo muito normal.
Como vc disse, não podemos esperar que tudo se conserte só pq temos uma presidenta, ainda há muita luta.
Bjo!
É?! Você tem certeza absoluta disso (tipo, sem asterisco depois da afirmação)?!
Na verdade, fico com a corrente que defende a veracidade e legalidade da palavra, e que só não é usual porque não se admitia a possibilidade de uma mulher chegar lá! (mas ela chegou, então que os machistas engulam a PRESIDENTA e a Presidenta DILMA!
Só queria comentar que estou muito feliz de ter visto essa posse hoje, com 19 anos de idade. Acho que, se fosse coisa de uns anos atrás, eu teria a mentalidade infantil de "Ah! É terrorista, não importa o que o governo fazia!" e "BUUU bolsa esmola!", e teria perdido um momento histórico, um dos mais importantes em toda a história do nosso país. Já perdi a posse do Lula por ser muito novinha, né?
A posse foi linda e o discurso foi lindo demais.
AHHHHH e, Lola, como esquecer das Forças Armadas Brasileiras batendo continência pra Dilma? Caralho, melhor cena que já vi.
Lola,
Na TV Brasil, a cobertura foi adiante, indicando as autoridades que cumprimentavam Dilma (quase todas), assim como um resumo da biografia de cada ministra/o. Por sinal, a baixíssima representatividade do povo negro no ministério é, de fato, lamentável. De todo modo, foi muito emocionante ver uma militante FEMINISTA NEGRA abraçando nossa presidenta, ao assumir a SEPPIR. Viva Luiza Bairros, grande mulher NEGRA!
Viviane, feminista branca da Bahia.
cara pedrinha...quem foi que disse que Presidenta não existe? Tá lendo muito pig, amor. Procura um dicionário antes de ficar repetindo bobagem, ok?
Se quiser pode aprender com mestre Sírio Possenti aqui:
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4845435-EI8425,00-Presidenta.html
Nossa, a cobertura da TV Brasil foi otima!!!! Todos os jornalistas tinham o maior cuidado de falar PRESIDENTA todas as vezes, nenhum comentario sobre roupa, maquiagem e etc....falaram o nome de todos os chefes de estado de outros paises quando eles estavam cumprimentando a Dilma, e ainda rolou um tempão mais depois que a globo e record pararam de transmitir. E a posse, meu deus, foi muito emocionante! Uma posse cheia de simbolismo, de transformações....fiquei emocionada tambem. E hoje fico chateada de ver que no twitter ATÉ AGORA só se fala em Marcela Temer...ai ai, ainda falta muito....
Fico com o Aurélio e com o Pasquale.
"Na Argentina, houve discussão semelhante quando Cristina Kirchner se apresentou como candidata. Com a resistência ao uso da palavra presidenta pelos meios de comunicação, ela bradou em um discurso como queria ser chamada se eleita.
— Presidenta! Comecem a se acostumar. Presidentaaa... e não presidente! — disse, esticando a letra a."
E mais:
Presidenta: esta seria a forma adotada se dependesse do professor Cláudio Moreno. Ele observa que os dicionários admitem presidente ou presidenta e aposta que adotar o segundo é só questão de tempo. Lembra o caso da indiana Indira Ghandi (1966-1977 e 1980-1984), que começou a ser chamada de "o primeiro-ministro", passou a ser "a primeiro-ministro" e, por fim, "a primeira-ministra".
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&local=18§ion=Pol%EDtica&newsID=a3094237.xml
Eu lembro que sempre achei a forma presidentA estranha, mesmo sabendo que EXISTE (a forma).
Mas quando a Dilma foi eleita eu falei: nossa presidentA. E tudo parecia estar no lugar certo.
E ainda dizem que a língua não exclui...aiai.
Nossa, é isso mesmo, parece que ontem, como não víamos a muito tempo, "tudo estava em seu lugar", rsrs. A faixa, o cargo no feminino (o dicionário Caldas Aulete digital corrobora "presidenta"), a minoria crescida das mulheres no ministério, a menininha saltitante, Lula e Marisa realmente felizes, o beijo de Dilma na bandeira nacional, o povo na chuva sem arredar pé...
Valeu demais, demais.
Beijos, e parabéns pelo lindo post!
Dizer que a Marcela roubou a cena é coisa de idiota e não deve ser levado em consideração. Agora, não posso deixar de lamentar o fato de que, num dia tão importante para as mulheres, fui obrigada a encarar uma realidade: a de que a mulher vende seu próprio corpo para conseguir prestígio e dinheiro. Num dia tão simbólico, é isto que a presença da Marcela ao lado de um homem 50 anos mais velho que ela simboliza! A beleza é supervalorizada sim, mas bem que as mulheres a utilizam como moeda de troca. Mas a posse da Dima permite que eu continue sonhando que isso, um dia, vai mudar.
Ah, eu também chorei.
PRESIDENTA existe sim, Daniela, à partir de agora existe. Quem manda na língua é o falante, acostume-se. Até o chato do professor Pasquale já explicou que a palavra é 'aceita'.
Esse negócio de presidenta não existe. É invenção de moda, conversa fiada típica da esquerda brasileira que nunca teve a inteligência como um de seus atributos mais marcantes... O que existe é o marido de uma presidente ou uma chefe de estado (ou chefa pra quem fala presidenta), convencionalmente chamado de primeiro-cavalheiro. Canelada dupla.
Quanto à Marcela Temer era inevitável que uma mulher tão bonita roubasse a cena. Qualquer um poderia prever isso e o melhor teria sido a Dilma ou seu cerimonial escondê-la, como tentaram fazer desastradamente depois que o leite já estava derramado. Mas enfim, já estou com o ouvido preparado pra ouvir presidentas, regentas, chefas, e outras aberrações idiomáticas pelos próximos anos pois afinal estamos no Brasil!
Não sei por que tanta preocupação se a palavra "presidenta" existe ou não. Se ela não existia, a partir de agora existe e pronto, e se os especialistas em língua portuguesa disserem o contrário eles estão errados (provavelmente são os mesmos que inventaram aquela bobagem de "reforma ortográfica"). Porque as palavras são faladas, usadas pelo povo e depois vão parar nos livros e dicionários, não o contrário.
Assistir uma cidadã que foi torturada pela didatura militar nos anos 70/80 acusada de subversão passando a tropa em revista como Presidente da República não tem preço!!!
Klaus,
Principalmente andando com aquela perna aberta igual um pato, aí que não teve preço mesmo. Será que ela sempre andou daquele jeito ou foi alguma sequela da tortura?
Na verdade, o equivalente a "primeira dama" é "primeiro cavalheiro"
aiaiaiaiaiai...
o rancor da direitinha tão enfraquecida é lindo.
Acostumem-se com o fato de que vocês não têm força alguma neste país, PELO BEM DA NAÇÃO.
Fiquem ai sentados bebendo uísque, comendo o rabo uns dos outros (caras cobrinhas)e tropeçando na própria arrogância: caem sempre sentados no próprio rabo.
A inveja dos reacinhas é impagável.
Bem Carina,
Numa democracia pressupõe-se que haja em algum momento a alternância do poder. Sendo assim, há a hora de consertar os mal feitos mas há também a hora de dar boas risadas...
Sandro, e vc chama de "dar boas risadas" perguntar se o andar de alguém é sequela de tortura, Ô BABACÃO? Tortura é um assunto divertidíssimo, né? Sério: faz uma piada assim e vs se joga, sozinho, no vão dos idiotas. Não precisa de duas piadinhas não. Só uma já tá bom.
Lola,
Apesar de leitor assíduo do teu blog e não concordar contigo em quase nada, desta vez tenho que fazer um mea culpa porque foi mesmo uma péssima piada.
Mesmo porque, pelo que consta, a nossa presidenta-chefa-gerenta-mestra anda daquele jeito esquisito de nascença mesmo.
Acho fantastico viver esse momento histórico.
Me emocionei lendo teu texto, pois penso parecido contigo! Não vi a posse completa, me irritei com o pessoal da band, que também mostrava um certo descaso com a cerimônia, ao ignorar os cumprimentos de Dilma e os líderes ou representantes mundiais. comentavam assuntos relacionados à invasão, Sergio Cabral como se tivessem noticicando um evento qualquer. Mas ouvi parte do discurso dela e curti o momento de emoção, ela também é humana, como alguns ainda não perceberam! Abraços.
Maiara Dourado
Resposta:
A mulher do Temer é linda; o Fernando Henrique foi bonito, o Lula foi, é, e será sempre muito feio; a Dilma é bonita (rosto); e a Lola é feia e despeitada.
Quando eu vejo o nivel da direita que aparece por aqui tenho muitas esperancas de que a esquerda realmente ficara muito tempo no poder. O povinho infantil e retardado! :)
Não assisti a posse. Não por falta de vontade, mas porque estava na praia sem tv. Me emocionei muito com o seu post e com o fato de ter contribuido para eleger a primeira PRESIDENTA do meu país. Como mulher, escritora, nordestina e feminista tenho orgulho de poder presenciar esse momento histórico e espero que seja apenas o início da quebra de muitos paradigmas nessa sociedade machista que ainda finge esconder esse machismo.
Um salve a nossa presidenta, e um salve a todas as mulheres! \o/
Ps: Posso colocar seu texto devidamente creditado, claro, no meu blog?
Também me emocionei muito com a posse, Jéssica. Sobre colocar o post no seu blog, eu prefiro que vc coloque uma parte (os primeiros parágrafos, por exemplo), e deixar um link dizendo "continue lendo aqui". Obrigada e um abraço!
Lola, espero que tu não se importe com cópia de texto. Várias vezes já colei textos do teu blog em fóruns que participo, mas sempre dando os créditos e colocando link da fonte (aliás, sempre faço isso com qualquer texto). É uma forma das idéias e discussões chegarem a pessoas que a princípio nunca entrariam aqui e nunca leriam esses textos.
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