segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A MEMÓRIA FALHA E A VIDA EM COLAPSO

É muito difícil largar Para Sempre Alice, belo romance de Lisa Genova. Bem antes das primeiras 40 páginas eu já estava completamente fisgada. Fui fazer um resumo pro maridão: esse começo fala da rotina de uma professora de Psicologia de Harvard, e de como, pouco a pouco, ela começa a se olvidar das coisas. Não sabe onde deixou a carteira, esquece nomes e datas conhecidos, pula um compromisso importante. Até que um dia, ao correr num parque onde vai direto, não sabe onde está nem como voltar pra casa. E o maridão: “Ahá! A primeira parte do seu resumo parecia falar diretamente de mim. Mas nessa parte d'ela se perder perto de casa, eu não tive dúvidas: é você!”. Pois é, tem alguém que não se identifique com esses pequenos lapsos? Eu sinto que minha memória deu uma caída violenta nos últimos cinco anos. Antes eu era quase uma enciclopédia ambulante pra nomes de astros e datas de filmes. Hoje eu sou aquela que pensa: “O Brad Pitt é casado com a moça com bocão, como é mesmo o nome dela?”. Torço pra que não seja Alzheimer.
Sim, porque é disso que a protagonista é diagnosticada: mal de Alzheimer. Ela aprende que 10% dos portadores dessa doença degenerativa, progressiva e sem cura têm menos de 65 anos. Ela tem 50, e o que o neurologista lhe diz é que as coisas só tendem a piorar, apesar do coquetel de remédios que lhe dá pra tomar.
Uma parte que me deixou arrepiada já nesse início da trama é que ela descobre que sua doença é genética. Ela provavelmente a pegou do pai (que era alcoólatra, e todo mundo acha que ele morreu em consequência disso, mas que, à medida que Alice pensa nele, vai constatando que era Alzheimer). Alice tem três filhos na casa dos 20, e o negócio é o seguinte: cada um dos três têm 50% de terem adquirido o gene da mãe para Alzheimer precoce. E aí, vale a pena alertá-los agora para uma doença que pode ou não se manifestar daqui a vinte, trinta anos? Como isso mudaria a vida deles? Eles podem desistir de ter seus próprios filhos, pelo temor de passar o gene pra eles? E se descobrem que um dos irmãos têm o gene, e os outros não? Como fica o relacionamento entre eles? E se a mãe decide não desvendar essa parte da conversa pra eles, mas eles descobrem por conta própria? Tudo isso já me parece material pra uma coleção de uns cinco romances, todos eles fascinantes. Mas o livro é focado na sua protagonista.
Ainda que a narração não seja estritamente na primeira pessoa, ela gira inteirinha em torno de Alice. Deve ser duro escrever sob o ponto de vista de alguém sem suas faculdades mentais e com um vocabulário limitado. Faulkner fez isso brilhantemente em O Som e A Fúria, mas lá a narração (em primeira pessoa!) do irmão que não tem quase nada de noção de onde ou com quem está é apenas um dos quatro capítulos. Se dependesse apenas do relato dele, a gente não entenderia nada. Genova não tem pretensões de ser Faulkner, lógico. Mas o que ela faz é excelente. Em uma ou outra parte, ela repete ações, indicando que foi exatamente isso que sua protagonista fez. Noutra passagem, é mais sutil: Alice vê uma peça de sua filha, que é atriz. Fica totalmente absorta, acompanhando cada passo da personagem que sua filha está interpretando. A narração que segue naquela página deixa de se referir à filha pelo nome, chamando-a agora pelo nome da personagem. Isso explica bem sua confusão.
Alice vai a uma espécie de asilo para portadores de Alzheimer. O paciente mais novo tem seus 70 anos. Sabe quanto custa a clínica? Uma diária de 285 dólares! Isso dá uns cem mil dólares por ano, durante quanto tempo? Cinco, dez, vinte anos? E pra quê? Ela não vai conseguir reconhecer seus familiares, e nem eles a ela, pelo menos não do jeito como a conheceram. A pessoa vai se esquecendo de tudo até chegar às coisas mais básicas, como usar a linguagem, andar, comer. E é irreversível e não tem cura.
Ela diz que preferiria ter qualquer outra doença: “Desejou estar com câncer. Trocaria o mal de Alzheimer pelo câncer sem pestanejar. Envergonhou-se de desejar isso, o que decerto era uma barganha inútil, mas, ainda assim, permitiu-se fantasiar. No câncer ela teria algo a combater. Havia a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia. Haveria uma possibilidade de que ela vencesse. Sua família e a comunidade de Harvard se uniriam a sua batalha e a considerariam nobre. E, ainda que no fim ela fosse derrotada, poderia olhá-los nos olhos, consciente, e se despedir antes de ir embora” (115).
Alice bola um plano de suicídio, porque, de fato, não tem graça viver assim. Coloca cinco perguntinhas no seu computador, indagando seu endereço, o endereço do seu escritório, em que mês estamos, a data de aniversário de sua filha mais velha, e quantos filhos tem. E anota lá: se algum dia tiver dificuldade para responder alguma dessas questões, abra a pasta borboleta e siga imediatamente as instruções.
Há uma certa tendência, que a meu ver Genova evita, de culpar o marido. Ele não vai a reuniões de apoio para parentes de portadores de Alzheimer (uma doença que, como tantas outras, afeta tanto a família como o próprio paciente), ele é um tanto impaciente às vezes, quer assumir um cargo e se mudar de cidade, não aguenta olhar pra Alice nos seus piores dias, não quer abdicar de sua carreira para passar com ela os últimos meses (semanas? anos?) que ela tem de lucidez. Mas, pô, eu o entendo perfeitamente. É egoísmo desejar seguir com a sua vida quando sua amada tem uma doença incurável?
As últimas quarenta páginas foram duras de ler por um motivo: eu não parava de chorar. Meus olhos ficavam embotados, a visão turva, as lágrimas caíam em cima do papel. Foi como ler um livro numa banheira transbordante. E isso que o romance não tem nada de sentimentalóide. Mas quando Alice diz “Sinto saudade de mim”, ah, tenta não chorar, tenta!

P.S.: Este lindo romance está à venda em português no Submarino. Ainda estou tentando entender as regras do Sub. Parece que, pelo regulamento, não posso informar o preço de um produto ou pedir pro leitor(a) clicar no link. Argh, odeio regras. Mas se você quiser comprar Para Sempre Alice (certamente um dos melhores livros de ficção que li no ano) e fazer uma Lolinha feliz, obrigada. Descobri que já ganhei a fortuna de R$ 23,80 em comissões! (isso pode falar? Espero que sim. Afinal, qual a graça de ganhar dinheiro se não for pra fazer o Bill Gates morrer de inveja?).
P.S.2: Esqueci de avisar que o livro tem um site, onde você pode ler uns trechos e a biografia da autora.

48 comentários:

Mica disse...

Eu estou chorando só de ler o seu texto (e pior, estou no trabalho!).
De fato Alzheimer é uma doença horrível. Minha vó (que eu amava de todo meu coração) teve Alzheimer e faleceu em julho. Mas tivemos que vê-la definhando pouco a pouco nos últimos 4 anos até se tornar um pequeno corpinho em cima da cama, magro, esquecido, enfim, uma sombra da minha vó lutadora e cheia de vida.
Alzheimer é uma doença que pessoa alguma nesse mundo merece ter, porque apaga tudo o que você é, e pior, deixa todos ao seu redor lidando com a situação, o que não é fácil e é extremamente dolorido.

Bau disse...

Que coisa emocionante seu relato sobre o livro. Imagino que ficarei mergulhada em lágrimas, mas como ando meio sensível, vou deixar para ler no ano que vem, senão tenho um tréco antes do final do ano. Beijos, querida

Rita disse...

Oi, Lola

quando escrevi sobre Paula, de Allende, várias amigas saíram em busca do livro para chorar junto. Agora vou fazer como elas e correr atrás de Alice.

Quanto às falhas da memória, caso eu venha a ter Alzheimer no futuro (toc toc toc), vai ser difícil perceber os primeiros sinais: tenho péssima memória, perco tudo, esqueço tudo, datas, compromissos, onde está a caneta, o relógio, a sombrinha, é assim desde sempre. Esqueço nomes, rostos, lugares...

E agora mesmo eu ia escrever alguma coisa (juro), mas esqueci o que era. E agora preciso ir. Bjs.
Rita

L. Archilla disse...

tb escrevi sobre o livro em junho, fui procurar pra pôr o link e vi q vc já leu e comentou ahahah

mas, pra quem tiver curiosidade: http://acordeiquesonhava.blogspot.com/2009/06/efemeridade-das-coisas.html

tb gostei bastante.

=draupadi= disse...

lolinha, acho q vc deveria colocar ao final do post uma foto do livro com o link para o submarino... poupa trabalho para os possíveis compradores acidentais... rs
mais ou menos como faz o alex, entretanto uma das poucas coisas de q eu não gosto no blog dele é que acho meio 'sujo'. Mas dá pra entender... outro dia li uma entrevista em q ele contava q c/ o blog ganhava o suficiente pra pagar o aluguel do ap q ele mantem no rio!!

Tina Lopes disse...

Super dica, Lola, adorei. Obrigada.

Anônimo disse...

Acabei de comprar o livro pelo Submarino rs... Um pequeno presente de Natal.
Pelo seu texto tento não pensar muito em como será minha leitura. Meus olhos já enchem de lágrimas snif

Beijos

Rita disse...

Ô, Lolaaaa... e você nem me avisa!! Obrigada pelo link, viu? Sinto-me honradíssima, de coração. Quanto à sua última sugestão por lá, anotada. Na verdade, o rascunho até já nasceu há algumas semanas, mas mexe tanto comigo que sempre adio a publicação. Mas vai sair, pode esperar.

Beijos
Rita

Rubens Oliveira disse...

Lola,

Apenas uma dica, pois sei que você não tem obrigação nenhuma de saber: nunca sugira, nos seus posts, para clicarem no banner.

A submarino sempre monitora os blogs e penaliza os que fazem esse tipo de solicitação (conforme informado no termo de adesão e uso da loja virtual).

Ah, o AdSense (do google) também pune esse tipo de ação.

Gosto do seu blog e concordo plenamente que deva ganhar alguma coisa por ele, por isso o aviso.

Abração

Luma Perrete disse...

Fiquei com vontade de ler. Vou comprar na minha próxima compra de livros =]

Por falar em livros, você conhece o Skoob? É tipo uma rede social para quem gosta de ler. Lá você diz os livros que está lendo, quais já leu, quais você quer, pode avaliar, fazer resenha do livro e mais um monte de coisas. É bem legal. Se quiser se cadastrar, usa esse link: http://www.skoob.com.br/promocao/codigo/44919
Tá tendo uma promoção e pra cada pessoa que se cadastrar por esse link eu ganho um cupom =]

=draupadi= disse...

"A submarino sempre monitora os blogs e penaliza os que fazem esse tipo de solicitação (conforme informado no termo de adesão e uso da loja virtual)."

uai, gente... o alex ás vezes faz isso...
se bem que não me lembro se ele faz explicitamente, heheheh

Gustavo Ca disse...

Poxa.. será que eu leio? =/

lola aronovich disse...

Putz, Miquinha, eu chorei tanto lendo esse livro, cê nem imagina... Mas bom saber que minha resenha te emocionou. Sinto muito pela sua avó. Eu realmente sei pouco sobre Alzheimer, fiquei sabendo bem mais ao ler o livro (e também ao ver Longe Dela, ano retrasado). Acredito que seja pior que câncer, como explica a protagonista de Para Sempre Alice. Mas leia o livro, que é lindo.


Bauzinha, é, querida, deixa pra depois, que o choro é inevitável. Eu até acho que fui durona durante boa parte do livro...

lola aronovich disse...

Rita, é bem interessante essa parte em que a protagonista começa a avaliar seus sintomas. Ela checa a internet e pensa que são coisas da menopausa. Só depois de um tempo e de vários exames ela recebe o diagnóstico de Alzheimer Precoce. E ela pensa se perdeu muito tempo pela demora em descobrir. Mas não há cura, por enquanto. Só alguns medicamentos que não funcionam muito bem pra retardar os efeitos da doença. Há muitos estudos e muitos testes, e espera-se que descubram uma cura um dia (dentro de 20 ou 30 anos, tempo suficiente para que a filha da protagonista, que tem o gene, possa curar a doença quando ela aparecer). Outro ponto ótimo no livro é como, no começo, Alice esquece coisinhas “normais”, que todo mundo esquece. Aí ela está no parque e não sabe onde está durante alguns minutos, e nem como chegar na sua casa. Depois ela esquece onde está o banheiro da sua própria casa, e faz xixi nas calças por não encontrá-lo a tempo. Ela guarda o laptop no congelador. É um monte de coisa assustadora e bem típica de Alzheimer.


Lau, pois é, tinha esquecido totalmente da sua resenha. Vc não gostou do livro tanto quanto eu, né? Eu amei, e depois o passei pra minha mãe, que amou tb e até já comprou o livro pra dar de presente pra uma amiga. Eu acho um livro importante, porque, além de emocionar e ser gostoso de ler, é muito educativo sobre a doença. Eu recebi o livro de uma editora pequena em junho, e levei MESES pra ler. Não dava, né? Primeiro eu tinha que defender a tese, depois me preparar pro concurso. Acho que só o li em setembro ou outubro, e aí fiz várias anotações, mas demorei pra escrever a crítica. E a editora ficou me cobrando durante um tempinho, até que eu falei pra parar. Pô, não pedi o livro, só iria lê-lo quando quiser/puder, e só iria escrever uma crítica se eu tivesse o que dizer. Mas, enfim, agora fico muito feliz que eu tenha recebido o livro porque eu adorei mesmo.

lola aronovich disse...

Draupadi, tô tentando descobrir como fazer isso. Lembre-se que eu (e o maridão) somos meio analfabetos na internet. O maridão descobriu como se colocar uma imagem (do livro, por exemplo, ou de um dvd), e colocar o link do Submarino a partir dessa imagem. O problema é que aí não aparece o meu numerinho de associada. Ainda estamos engatinhando, vamos aprender. O Alex não usa blogspot, e cada sistema é diferente. A gente ainda vai aprender!
É, eu já li um post do Alex onde ele dizia tirar uns 500 reais por mês do blog, entre o que ele recebe da InterneyBlogs, do Submarino, e da venda de livros dele. Acho uma fortuna. Que eu saiba, o blog dele tem mais visitas que o meu, mas não muito mais. Bom, ele faz “campanhas” com frequência pedindo a colaboração dos leitores, e também “monetiza” o blog faz tempo. Quem sabe um dia eu chego lá também... Olha, por enquanto, se eu ganhasse 60 por mês eu já ficaria feliz, porque, pelo que entendi, seria (beeeem) mais ou menos (chutando) o que eu receberia entrando no Interney.


Tininha, cê sabe que é de coração, né? Eu li quase na mesma época Para Sempre Alice e The Lovely Bones (que tá saindo como filme, e preciso urgente escrever sobre o livro), e, embora eu tenha chorado um pouquinho em algumas cenas de Bones, sem comparação. Alice é um livro muito melhor. Quer dizer, tirando esse aspecto emocional, eles são totalmente diferentes. É só que Bones tem um fã clube gigante, e eu fiquei decepcionada com o romance. Enquanto que de Para Sempre Alice eu não esperava muita coisa e me envolvi totalmente. Vale muito a pena.

lola aronovich disse...

Jeahhh, obrigada por comprar o livro! Depois volta pra dizer como vc alagou a sua casa. Vamos saber pelos jornais? “Enchente no bairro tal”?


Ritinha, ah, eu demoro pra incluir um blog no meu blogroll porque eu tenho que gostar do blog, e às vezes eu gosto muito, mas ele não tem atualizações frequentes. Mas seus posts têm sido ótimos, então taí. Sobre minha sugestão de post, nem acho que seja algo muito original, mas queria ouvir o que uma mãe tem a dizer.

lola aronovich disse...

Rubens, obrigada pela dica! Eu li bem por cima o regulamento da Submarino quando me filiei, já faz um tempinho (eles demoram pra aprovar), e não me lembrava mais. Mas agora li novamente, bem rápido e rasteiro, e não encontrei essa cláusula. Vc sabe onde está? E não entendo bem o porquê dessa cláusula. Por que eu não poderia dizer pros leitores clicarem no banner? O que posso colocar então? Eu encontrei isso, referente a não dizer o preço do produto: “É estritamente proibida a divulgação de preços ou quaisquer outras informações ou promoções da B2W”. Também não entendi direito o porquê. Será que é por que os preços mudam durante o dia? Me ilumine, please! (sem ironia).
Estive pensando em colocar o AdSense, bem discretamente, mas o Jacob (aquele um do blog americano de aposentadoria precoce) me disse que o AdSense tem cortado alguns afiliados sem avisar, dando calote mesmo (tipo, a pessoa tem algo pra receber, e o Google corta). Confere? E será que tem como fazer negócio com a Cultura e a Estante Virtual?


Luma, não conheço o Skoob! Explica melhor como funciona. Sei que há vários sistemas americanos que fazem trocas de livros (a pessoa só paga o envio do livro pelo correio). Mas aqui no Brasil ainda tá engatinhando, não?

lola aronovich disse...

Drau, pois é, não conheço bem as regras.
Só pra anunciar que eu passei agora pelo Submarino pra ver o regulamento e notei que já vendi R$ 541! Êêêêêêêêêêê! Minha comissão tá em 23 reais! Iuppi! Primeira vez EVER que eu ganho dinheiro com internet. (bom, pelo regulamento, só recebe quando tiver 50 reais, no mínimo, e emitir recibo. Algo assim).


Ué, Gustavo, por que não? Leia sim, eu amei! Como eu disse em outro comentário, passei o livro pra minha mãe (até com um certo receio, porque ela é idosa, e se eu que só tenho 42 anos fiquei altamente influenciada pelos sintomas relatados, pra uma pessoa mais velha seria pior). Ela leu em um dia e meio, não conseguia largar o livro (eu também não!). E amou tanto quanto eu (e olha que a gente discorda bastante sobre vários livros). A gente falou sobre o nosso medo de termos Alzheimer um dia, o que fazer... Na realidade não tem muito o que fazer, né? Mas se informar sobre a doença já ajuda.

Oliveira disse...

Lola:

Ontem eu revi Miami Vice, o filme, e depois li seu comentário no blog.

Eu acho que você deve dar uma olhada neste post pois um leitor seu fez o único comentário e, por sinal, o fez com bastante precisão complementando as informações que estavam faltando no seu comentário e adicionando outras muito importantes. Meus parabéns a ele, que no momento não me lembro o nome.

Mas o que me chamou a atenção foi que você diz no seu comentário do filme que a única vez que falam positivamente da América Latina e quando falam de não haver trafico em Cuba. Você sabe por que isso ocorre? Ë porque lá é uma ditadura e os poderes autocráticos não suportam nenhum tipo de poder paralelo; você acha que é essa autocracia que o Lula e o PT procuram aqui no Brasil? Seria um jeito de acabar como o crime no Brasil e eu não tinha entendido? O Lula, apóia o Chaves, o Fidel, o presidente do Iran!!!, Zelaya, e ai vai... Já está no caminho.

Bárbara Reis disse...

Meu avô teve Alzheimer, faleceu em julho de 2007.Ele não aguentou nem dois anos com a doença, já não se lembrava de nada, já não falava, já não comia, não andava, era magro esquelético, as pernas faziam feridas. Foi horrivel...

Já assistiu 'Diário de uma Paixão', Lolinha?

Eu me acabo de chorar do começo ao fim.

:(

Beijão!

Marcos Vinicius Gomes disse...

Puxa essa narrativa parece emocionante mesmo. Não tive casos de alzheimer na família, mas conheço pessoas que tiveram é doloroso, é como se a família morresse junto com a pessoa dia a dia...Já li pesquisas que mostravam que a pessoa mentalmente ativa (ou seja, que usava o cérebro em diversos aspectos) como ler, jogar xadrez, fazer palavras cruzadas, pintura, desenho, tem menos chance de desenvolver a doença. Mas dizem que é preciso praticar cedo. Ah, aprender novos idiomas também é bom, dizem as pesquisas.

Isis disse...

Ai, deu muita vontade de ler.
Livros como esse explicam às pessoas, de forma sensível e clara, como é ter uma doença dessas, como o doente se sente.

Renato disse...

Olá, Lola!
Leio seu blog já há alguns meses, desde que meu filho nasceu e fiquei em casa de licença...
A licença já acabou, mas continuo passando sempre por aqui, porque simplesmente adoro ler os seus posts. Estou viciada.
Me emocionei com sua descrição do livro, vou ver se compro (através do bloguinho...).
Um grande beijo!
Marlies

Paloma Peruna disse...

Lolinha, não li o livro mas mesmo sem ler já estou achando mta maldade do marido não apoiá-la. Sempre acho q os maridos/mulheres que fogem na hora da doença são uns miseráveis. Sei q a reação é emocional e tals e q no mundo real há uma multiplicidade de fatores mas eu nunca consigo entender quem abandona a(o) amada(o) nesta hora.

Tb (assim cmo a Bárbara) vi Diário de uma Paixão. Chorei de ter dor de cabeça. Aliás, só de pensar no filme eu fico meio nublada... Bjo

Anne Karoline disse...

Minha avó, que mora comigo, tem Alzheimer (ela é mãe do meu pai, mas ele é adotado). Já está num estágio mais avançado da doença (pergunta-me se quando vou fazer a Crisma, sendo que estou às vesperas do casamento).

É bem triste, ver uma pessoa que você ama aos poucos deixar de ser ela mesma. Só resta dar amor e carinho, afinal ela precisa de tanta atenção quanto uma criança pequena.

Todos cuidamos dela lá em casa, mas o maior encarregado é meu avô. É o nome dele que ela sempre chama quando precisa de algo. Ele dá banho, leva para fazer xixi, dá café... Eu acho realmente bonitinho a dedicação dele, mesmo que às vezes ele perca um pouco a paciência.

Senti vontade de ler, mas quase chorei aqui no trampo só de ler o relato, e agora?

Anne (que é leitora fiel, mas nunca comenta)

L. Archilla disse...

É, eu não amei como vc, mas gostei. Dei uma lacrimejadinha (credo, ficou parecendo mijadinha) no final. mas do jeito q sou dura pra chorar, o fato de eu ter lacrimejado um pouco é sinal de que emociona bastante.

Ah, detalhe, minha avó morreu de Alzheimer. nós não éramos muito próximas, pois ela era da família do meu pai, com quem tenho menos contato, mas é uma doencinha miserável, mesmo. Felizmente não é o descrito no livro, de instalação precoce (acho que é isso), que tem as tais 50% de chance de passar para os descendentes, mas não deixa de me influenciar geneticamente...

Somnia Carvalho disse...

Lolíssima, estou aqui matando um leão por dia para conseguir ir para o Brasil semana que vem... por isso ando bem atrasada na leitura do blog...

mas devo confessar que embora seu post seja bem bonito eu não fiquei nem um pouco com vontade de ler o livro... acho que nunca leria mesmo. Meu problema, como o de outras leitoras ai, e que minha avó materna tem alzheimer e está num estagio também avançado...

isso me levou a algum tempo ficar pesquisando que nem doida na internet sobre a doença... tambem vi Iris, o filme.... vc sabe qual e? e um caso baseado numa historia real... foi duro assistir o filme...

mas isso da avo ja seria duro suficiente se eu não tivesse ha quase um ano quase total neuras comigo mesma... disse ate pra uma amiga que acho que tenho alzheimer precoce... nao to brincando com coisa seria não, e que eu sinto uma pressao horrivel toda vez que esqueco algo... e eu esqueco coisas o dia todo... ando invertendo nomes etc...

nao sei ate que ponto e cansaco ou muita coisa, mas ando muito neuras... entao decidi que vou a um medico para ver se o cara me manda pra um exame para eu constatar...

na familia da minha mae parece que mais mulheres tiveram... e a doenca normalmente e mais comum nas mulheres e a cada geracao, dizem, ela vai ficando mais precoce...

nao sei quanto dessa fantasia minha e real, so sei que eu nunca conseguiria ler esse livro porque pra mim doi demais...

beijinho! ah! e claaaaro passa meu email pra sua mamacita!!! e eu to organizando as telas num novo blog, ja que apareceu um comprador e eu vi que ando muito desorganizada e precisando pintar:

somnia.carvalho.blogspot.com

beijocas de novo! e torço que vc ganhe dinheirinha com o Natal e deixe o Bill Gates de queixo caido!

Luma Perrete disse...

Então, sobre o Skoob, acho que o objetivo dele não é a troca de livros, mas mais a troca de informações sobre livros. Acho que ajuda bastante ler a opinião de outras pessoas se você estiver na dúvida de comprar ou não alguma coisa.
Lá você pode marcar os livros que você quer trocar. Mas não sei como funciona esse processo.

Melina disse...

Lola, eu também amei esse livro. E me fiz a mesma pergunta: será que é egoísmo do marido não querer ficar por perto para ver a mulher que ele ama desaparecer aos poucos? Será que eu iria querer que a última imagem que alguém que amo tivesse de mim fosse essa fragmentada pela doença e não a da mulher que sou hoje? Não sei!
Li uma matéria (acho que na Vida Simples) que fala justamente sobre egoísmo. O autor se pergunta se existe egoísmo bom. Quando o fim é "altruísta" o meio pode ser egoísta? Se a finalidade é preservar uma bela lembrança de alguém amado, vale a pena se afastar dessa pessoa em um momento de doença?
O que você acha?

lola aronovich disse...

Puxa, Barb, que péssimo isso do seu avô. Mas acho que nem é bom viver muito tempo nos estágios mais avançados de Alzheimer. Deve ser muito triste. Qual é Diário de uma Paixão? Nunca sei quais são esses títulos genéricos em português... Isso é The Notebook?


Marcos, eu já li também que fazer “ginástica mental” (ler, jogar xadrez, fazer palavras cruzadas, pintar etc) é importantíssimo pra manter a mente saudável. Assim como ser sedentário faz mal pro corpo, não fazer atividade mental (e ver TV não é uma atividade mental!) é ruim pra mente. Mas, no caso do Alzheimer, se é genético, não há muito que se possa fazer. A protagonista de Para Sempre Alice, por exemplo, é um crânio, professora de Harvard, montes de livros e artigos publicados, memória pródiga etc. E aí em pouco tempo com Alzheimer Precoce ela já tem dificuldade pra ler um bilhete...

lola aronovich disse...

Isis, pois é, o livro nos põe dentro da cabeça da protagonista. É muito bom.


Marlies, ah, que maravilha! Fico feliz que vc se viciou no meu blog e agora é tarde demais pra vc, ha ha. Parabéns pelo bebê! Continue viciada, e vicie seu filho o quanto antes (acho que com 6 anos já dá).

lola aronovich disse...

Paloma, bom, não é bem assim, isso que o marido não a apoia. Só que ele tem outros planos. Recebe uma proposta de emprego muito boa numa outra cidade. Não sei, ponha-se no lugar dele: eles são jovens, 50 e pouquinhos anos, e a esposa tem uma doença progressiva e incurável. Acho errado vc ter que parar com a sua vida quando um conjugê/parente tem uma doença. Ainda mais uma como Alzheimer. Acho injusto exigir isso de alguém. Claro que o livro fala de um casal formado por dois professores de Harvard (que são os mais bem pagos nos EUA, li em outro lugar que o salário inicial é de uns 150 mil dólares por ano). Eles são privilegiados, ricos, têm plano de saúde, tem até como pagar aquela clínica que custa 100 mil por ano. Ou podem contratar enfermeiras em tempo integral. E lembre-se tb que Alice tem Alzheimer Precoce. Quantos anos ela ainda vai viver? 10? 20? 30? Na maior parte do tempo sem saber quem é seu marido, seus filhos. Vc quer que o marido abdique da carreira pra cuidar dela durante 30 anos? Não acho que tenha que ser assim, e por isso jamais julgaria o parente/conjugê que decide levar a vida...


Anne, que legal ouvir o seu relato sobre a sua avó. Vai bem na contramão do que acabei de dizer no comentário pra Paloma. Vc diz que o seu avô cuida dela. Isso é ótimo, mas não dá pra ser compulsório, né? Tipo, não é porque existem pessoas que têm disposição, paciência, talento e tempo pra cuidar de um parente/conjugê que vamos exigir que TODOS façam isso. Temos que respeitar as escolhas de cada um. Claro que ninguém tá falando em abandonar. Mas olha, esse coment. até agora foi mais pra Paloma. Faz tempo que sua avó tem Alzheimer, Anne? Deve ser dureza mesmo. Imagino que seja pior quando é de instalação precoce, como no livro. Olha, Anne, recomendo muito a leitura pra vcs. Uma das coisas que Alice percebe é que, enquanto há grupos de apoio para a família do paciente (e esses grupos são fundamentais), não há grupos para os pacientes em si. E ela sente vontade de conversar com outras pessoas que tenham Alzheimer precoce, como ela. Quer dizer, isso num estágio ainda inicial da doença, depois não dá mais mesmo. Ai, eu nem sei o que dizer. Eu sofro muito só de pensar em pessoas com Alzheimer e seus familiares. Força, Anne!

lola aronovich disse...

Lau, que triste isso da sua avó. Bom, mas nem todo Alzheimer é passado geneticamente, né? Anyway, suponho que dentro de 30 ou 50 anos tenham a cura. Não é possível que não! Deve haver alguma coisa que possa ser feita. Por enquanto não há, e é interessante como a Alice se põe à disposição para ser cobaia de qualquer coisa. Mas vamos torcer que, até que vc e a maioria das minhas leitoras seja velhinha, Alzheimer não seja mais uma doença incurável. E vc é dura pra chorar, Lau? Não sabia. Quer dizer que numa terapia, nem pensar?


Somnia, querida, ah, não vi Isis. Nem sabia que era sobre Alzheimer!
Eu entendo as suas neuras. Acho impossível alguém ler Para Sempre Alice e não ficar com muito mais neuras, pelo menos temporariamente. Porque lapsos de memória todo mundo tem. Mas nem comece a cogitar isso de vc ter Alzheimer Precoce. Vc é muito nova até pra ser precoce, Som! Mesmo assim, se isso vai te tranquilizar, faça todos os exames neurológicos.
Ah, e pare de matar leões! Eles são parentes próximos dos meus gatinhos, inclusive!
Vc já tá vindo pro Brasil? Que legal!

lola aronovich disse...

Luma, ah, entendi. Então é meio uma troca não de livros, mas de resenhas de livros?


Melina, é um assunto muito complexo. Acho que não dá pra falar por todos, cada um é um caso. Tem gente que tem mais vocação pra cuidar dos outros. Tem até quem goste disso. Acho que a culpa de quem abandona deve ser enorme. Não consigo imaginar uma pessoa que não se sinta culpada numa situação dessas. Até aqueles parentes/conjugês que cuidam da pessoa se sentem culpados, quanto mais os outros... Não sei, talvez eu empatize com o marido de Alice por me identificar com ele. Se o maridão tivesse Alzheimer Precoce agora, a gente não saberia o que fazer, lógico. Mas eu não teria vontade de cuidar dele. E a mesma coisa com a minha mãe. Eu sei que me sentiria muito culpada pelo meu egoísmo, e tampouco abandonaria quem precisa, mas eu mesma cuidar, não. E também não exigiria que fizessem isso por mim. O negócio é se vale mesmo a pena viver assim. Eu acho que poderia viver (e gostaria de viver) enquanto tivesse minha mente lúcida. E enquanto não sentisse dor. Com dor e sem as faculdades mentais, what's the point? (pra mim pelo menos). Eu acho que, se eu fosse Alice, também elaboraria um plano de suicídio pra mim. Mas isso me chamou a atenção no livro: ela esconde muita coisa do marido, demora pra contar pra ele da doença. Fiquei com a impressão que eles já não eram muito próximos mesmo antes do Alzheimer, vc não? Eu obviamente comunicaria meus planos suicidas pro maridão.

L. Archilla disse...

Lolinha, demorei exatamente 1 ano e meio pra chorar na frente da minha psicóloga. E olha q tinha passado meses comendo o pão q o diabo amassou. Foi no dia do meu aniversário do ano passado. Mas eu tô trabalhando essa resistência na terapia e acho q já melhorei bastante. Engraçado, né? Eu penso em contar essas coisas no blog, mas não tenho coragem...

Alba Almeida disse...

Olá, Lolíssima.
Estou paralisada e louca pra ler.
O seu texto é impressionante. Vou correr atrás, me presentear.
Beijos e boa semana.

Oliveira disse...

Lola:

Por favor: acesse esse link http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0712200919.htm

Ai está explicado como democracia liberal de esquerda, quer elevar o que é fraco, plebeu e incopetente, em detrimento do é viril, nobre e eficiente. É por isso que estamos como estamos, principalmente no Brasil.

Vitor Ferreira disse...

Lembrou Away from her, com a Julie Christie. Essa história com a Meryl Streep interpretando ia ser o pipoco!

Bárbara Reis disse...

Sim, sim, esse mesmo, com a Rachel McAdams. *-*

É foi bom e ruim ao mesmo tempo. Ele não era bem cuidado também. Minha vó tem 80 anos. Minhas tias, cuidavam nas coxas, meu pai fazia a barba dele, cortava o cabelo, carregava ele no colo, pra levar pra tomar banho, essas coisas. Mas não tava lá sempre. E eu não podia fazer nada. :/
Eu chorava toda vez que eu o via. E um dia antes dele morrer, foi bem estranho, eu fui visita-lo no hospital, e ele me olhava com olhos vazios, sem 'alma'... eu soube na hora que ele ia morrer, e me despedi dele. =[

jonas_cg disse...

Oba! Já sei qual vai ser uma das minhas leituras de férias!

Acompanho seu blog faz um tempinho, mas só hoje resolvi comentar...rs

Abraços

Vivien Morgato : disse...

Minha avó tem Alzheimer. Me chama de senhora, não reconhece ninguém e nos últimos anos, perdeu a conexão com as palavras.
A doença é triste, deprimente e desgastante para os cuidadores.
Eu sou lúpica e tenho perda de me´mória recente, já estive andando e de repente, não sabia onde estava. É como estar em um pesadelo.;0(

lola aronovich disse...

Lau, no momento que eu te fiz aquela observação, vi que ficou dúbio. Não, eu queria dizer se vc se emociona com o que alguma paciente te conta. Imagino que não, não pode, né? Mas bom saber que vc “só” demorou um ano pra chorar na frente da sua psicóloga, sua insensível! Lau, vc já escreveu sobre In Treatment no seu blog? Ah, escreve? Please?


Albinha, obrigada, vc é um amor.


Oliveira, não dá pra acessar, é só pra assinantes. E parece que esses estão em falta.
Mas eu ri com os adjetivos que vc usou. VIRIL?! Ha ha ha, Freud explica... O que seria uma democracia viril?

lola aronovich disse...

Vitor, pois é, eu tinha pensado em Longe Dela, e aí alguém disse que Isis tb é sobre Alzheimer. Mas eu não vi, vc viu? Ô, eu adoraria que Para Sempre Alice ganhasse uma versão no cinema...


Barb, ai, que triste o relato sobre o seu avô! Sabe, quando vc falou dos “olhos vazios, sem alma”, eu me lembrei de Amnésia. Vc viu esse ótimo filme? Eu amo! Então, tem um personagem que não tem mais memória curta (short term memory). Mas o seguro não acredita nele e manda alguém investigar. E o investigador não acredita nele, diz que sempre vê uma faísquinha de reconhecimento nos seus olhos quando se encontram. E aí o investigador descobre: essa faisquinha de vida nos olhos é fingimento! É só pra fingir que o conhece. Então, por um lado, se a gente enxergar a vida como uma grande performance, a gente pode ver Alzheimer como a perda desses recursos. A gente para de atuar, e, sem isso, não tem como se relacionar com as pessoas. Muito triste...

lola aronovich disse...

J.anquevitti, obrigada! Leia sim, e depois conte o que achou. Espero que vc goste, eu amei!


Vivien, puxa, fico muito triste. O que é “lúpica”? Tem algo a ver com lupus? (desculpe minha ignorância). Isso que vc conta de não saber onde estar deve ser uma experiência assustadora mesmo. Mas como vc se vira com a sua perda de memória recente? Não é sempre, né?

Melina disse...

Lola, concordo que o casal já estava se afastando antes mesmo da doença da Alice. Ela sugere isso em vários momentos. E, no fundo, achei corajoso o marido não se render à culpa e à pressão familiar e largar os sonhos e projetos dele por causa dessa infelicidade que é a doença.
Eu também não gostaria que ninguém largasse tudo para cuidar de mim, se estivesse doente. E também não abriria mão de viver para me tornar uma "cuidadora". Mas há quem ache isso o cúmulo do egoísmo, não é?
Li uma dos posts sobre maternidade, o da Luciana Haland, que fala justamente sobre não ter filhos (que é também minha escolha). Ela cita o argumento de muita gente: "você precisará de alguém para cuidar de você no futuro!" Como se pudéssemos exigir isso de alguém, que essa pessoa viva sabendo que um dia, se for preciso, terá que largar tudo e cuidar de alguém doente. E quem usa esse argumento não se dá conta de que, mais grave que delegar essa função de cuidar do enfermo, é o terrível comportamento egoísta de quem exige essa abnegação de outra pessoa.
Gostei muito de saber que você pensa mais ou menos como eu.
Recomende mais livros, Lolita, para clicarmos aqui e irmos direto ao Submarino! rsrsrs
Beijo!

Vitor Ferreira disse...

Vi Lola. Kate Winslet perfeita como sempre, só não tá bonita. O filme é bem deprê, com um ritmo tipo As Horas. A Whoopi Goldberg fez brincadeira no Oscar dizendo que até Ingmar Bergman achou o filme deprê.

Vitor Ferreira disse...

E é Íris, não Isis, só pra não se confundir quando for tentar conferir.

Anônimo disse...

Puxa, eu não sei não...esse negócio do marido abandonar a esposa porque ela tem alzheimer é foda. ele pode continuar sim com a vida dele, colocar ela no asilo e até arrumar outra. mas deixar de se importar com o bem estar dela?
eu falo por mim. eu tenho paranóia e tenho um ex-namorado terminou comigo um namoro de 4 anos ao descobrir a doença, que hoje é tratada e não dá sinais. tudo bem ele ter querido seguir com a vida dele, mas e o suporte? e o companheirismo?