quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A EVOLUÇÃO DAS PRINCESAS DA DISNEY

Em outubro, o Sociological Images colocou duas ilustrações sobre princesas Disney. Esta se chama “O que os príncipes da Disney ensinam aos homens sobre atrair mulheres” (seja rico, charmoso, famoso, e atraente). A outra eu traduzo no final do post.

Mirella surgiu neste bloguinho faz pouco tempo, defendendo o meio ambiente e os animais. Agora, ela decidiu falar das princesas da Disney, aproveitando o lançamento de O Sapo e a Princesa. Mirella é bióloga, gestora ambiental e dançarina no interior de SP. E muito mais especialista que eu em desenhos animados. Fiquem com seu guest post.

Pegando o gancho sobre personagens femininas marcantes no cinema, vou falar sobre algo que li esses dias e que tem a ver com personagens feminimos da ficção. Li um artigo de Carolina Lanner Fossatti, da PUC-RS (leia em pdf aqui), onde a autora faz uma análise das categorias de gênero sobre as princesas e heroínas disney, e como me interessei pesquisei um pouco mais, encontrando também no site G1 a evolução das personagens Disney.
Desde pequena sempre gostei muito dos desenhos Disney e não tinha me dado conta, até agora, do quanto eles nos influenciam. Não é de se estranhar algumas atitudes e pensamentos que povoam o universo infantil, que vão desde o estereótipo imposto como ideal de beleza e de comportamento (branca, magra, submissa, casta) àqueles relacionados a questões sociais (o ideal e aceito pela sociedade é a mulher casar com homem rico).
Pensando agora sobre esses filmes e sua trajetória conseguimos enxergar mudanças e avanços, mas que estão ainda longe de serem totais. As princesas foram se modificando em seu comportamento, nas atitudes, pensamentos, etnias. No desenho mais recente da Disney, a princesa é uma garçonete negra que vive no subúrbio.
Partindo do que eu li nesses links e nas reflexões que tive, já que tenho todos os vídeos dos desenhos e os conheço de cór e salteado, vou citar a evolução dessas personagens:
- Branca de Neve, de 1937, protagonista do primeiro clássico da Disney. Ela inaugura o ideal de princesa que se mantém há mais de sete décadas: uma mulher bonita, dócil, pura e de bom coração. Ao comer a maçã envenenada, Branca de Neve é traída por sua ingenuidade e derrubada pela competição feminina, a Rainha Má. E as únicas pessoas que têm compaixão por ela e a ajudam são homens, os anões e o caçador que a liberta, ao invés de matá-la. Além disso, a salvação de Branca de Neve está na passividade: ela deve esperar deitada e casta até que o príncipe encantado apareça e resolva o problema.
- Cinderela, de 1950, também bela, pura, casta e bondosa, é submetida pela madrasta e pelas irmãs a uma rotina de servidão e humilhações (já que a competição e a maldade feminina imperam), e aceita o sofrimento com doçura. Mais uma vez, a princesa tem uma atitude passiva diante dos problemas, mas desta vez é a Fada Madrinha que traz a salvação, num passe de mágica. Porém, com uma advertência e uma punição para as mulheres que desobedecerem a hora de voltar pra casa. Mulheres de respeito não podem ficar na rua a partir da meia noite. A salvação de sua rotina de humilhações está novamente num homem, ou precisamente, no casamento.
- Aurora, a bela adormecida de 1959. Entre as princesas, é certamente a que tem o papel mais passivo na trama, já que só aparece acordada em menos de 20 minutos de filme. Está sempre preocupada em agir de acordo com o que os outros querem e não reafirma suas próprias opiniões. E claro, é salva por um homem e pelo casamento.
- A pequena sereia, de 1989. A sereia deseja ter pernas para tentar conquistar o príncipe e não hesita em modificar sua aparência física para estar de acordo com o padrão estético imposto, mesmo que para isso tenha que sacrificar também sua voz, ou seja, sua liberdade de expressão. Desse modo, vai conseguir o que toda mulher deseja, casamento. E novamente, a personagem má da história é uma personagem feminina (a bruxa do mar) e que não atende a nenhum estereótipo de beleza ― não é branca, não tem cabelos compridos e é bem gorda. Quando a bruxa do mar lhe diz que ela terá que perder a voz, a sereia lhe pergunta como conseguirá conquistar o príncipe. Ao que a malvada lhe diz: "Você terá sua aparência, seu belo rosto, e não subestime a linguagem do corpo". E ainda canta uma música pra ela que diz assim (versão dublada brasileira): "O homem abomina tagarelas; garota caladinha ele adora. Se você ficar falando, o dia inteiro fofocando, o homem se zanga, diz adeus e vai embora. Não vai querer jogar conversa fora, que os homens fazem tudo pra evitar. Sabe quem é mais querida? É a garota retraída. E só as bem quietinhas vão casar." É mole? Porém, aqui a princesa mostra algum avanço, ao desafiar o poder patriarcal e sair um pouco da passividade, já que ela toma a iniciativa perante o homem.
- Bela, de A Bela e a Fera, de 1991. A heroína que se apaixona pela Fera e enxerga além de sua aparência monstruosa inova ao esnobar o rapaz mais desejado do povoado e demonstrar seu amor pela literatura. Aliás, no começo Bela nem pensa em casamento, apenas almeja sair da cidade pequena e progredir. O interessante é que ela é vista na cidade como uma mulher muito estranha. Todos se perguntam por que ela não quer casar e não se interessa por vaidade, apenas por leitura. E é legal também que colocam um personagem masculino bem boçal e machista, mostrando como ele é grotesco. Também foi a primeira vez que a Disney mostrou uma princesa na posição de salvadora do príncipe, e não o contrário, como de costume.
- Jasmin, de Aladin, de 1992. A filha do sultão é uma das princesas mais avançadas em termos de representação da mulher moderna. Rebelde frente ao poder patriarcal e à ordem da realeza, ela desafia a estrutura social ao assumir o amor por um rapaz de classe bem mais baixa. Diferentemente da maioria das princesas, ela tenta fazer seu próprio destino, sem esperar passivamente pela ajuda dos outros. E é também a primeira vez que a heroína não é branca com características européias. O personagem mau do filme é um homem, porém feio, que não atende a nenhum estereótipo de beleza. Até porque os bonitos são bons.
- Pocahontas, de 1995. Ela é também um marco da visão mais feminista nos desenhos Disney. Desafia o poder patriarcal, não aceita o noivo que o pai lhe impõe, não pensa em casamento, e também não é passiva. Ela é que toma a iniciativa e ― pasmem! ― beija um homem (e aqui é beijão de lingua, ha ha), sem pensar em casamento. No final, é ela quem salva o homem e toda a sua tribo e ainda discursa com propriedade e sabedoria.
- Mulan, de 1998. Quando o imperador ordena que um homem de cada família seja convocado para servir ao exército, Mulan, sabendo que seu pai está velho e doente e, portanto, não resistiria à guerra, decide assumir seu lugar. Disfarça-se de homem e se apresenta no exército, de armadura, espada e tudo. É legal a parte em que é mostrada indignada com a condição das mulheres, que têm de se enfaixar, se entupir de maquiagem e andarem retidas, com aqueles tamancos altíssimos. Ela odeia isso tudo. E, quando se disfarça de homem, cortando os cabelos, tirando a maquiagem, tirando os vestidos apertados e colocando calças, ela se sente muito mais confortável e feliz. E ainda se dá melhor do que os homens! Se torna o melhor, mais persistente e mais inteligente soldado. Mesmo com menos força, ela se sai melhor, o que é uma vergonha para os homens. No final é ela quem salva um país inteiro! Mulan torna-se a protagonista atual mais feminista da Disney.
- Tiana, de A Princesa e o Sapo (trailer legendado aqui). Este ano, a Disney lançou a personagem Tiana, a primeira heroína negra da história do estúdio. Pelo que eu li, Tiana é a primeira do panteão de princesas a trabalhar fora, como garçonete, mas acaba servindo a uma branca rica. Apesar de sua beleza, Tiana passa a maior parte do filme transformada em um sapo, ao lado de um príncipe boêmio, falido e amaldiçoado, longe de estereótipos anteriores.
É bom acompanhar essa trajetória dos desenhos Disney, pois suas mensagens, tanto diretas, indiretas e subliminares, são absorvidas pelas crianças.Esta outra ilustração do Sociological Images fala sobre a Branca de Neve (minha pobre tradução): “Sua sexualidade nascente é uma ameaça para outra mulher, então ela é morta. Sua única qualidade, beleza física, é o que a salva no final”. Sobre Aurora: “Entronada no berço para solidificar uma posição política, ela é morta por uma outra mulher sem nenhum motivo. Seu dono, quer dizer, noivo, a salva com um beijo. Novamente, o sexo é sua única salvação”. Sobre Jasmin: “Esta princesa precisa se casar para satisfazer as exigências da lei. Sua relutância causa muita dor de cabeça a seu pai poderoso. Ela é escravizada por um homem poderoso e salva pela esperteza de um moleque de rua”. Sobre A Pequena Sereia: “Esta drasticamente muda sua aparência física para tornar-se mais atraente para os homens. O preço é que não pode falar. Sem problemas, ela não tem nada de importante pra dizer mesmo. É salva por um príncipe”. Sobre Bela: “Salva a vida de um príncipe. Com sua única qualidade, sua sexualidade”. Sobre Cinderela: “Um príncipe a salva de condições de vida terríveis. Ele faz isso não por que ela dá duro, mas porque é linda”.
Aqui um post bem trabalhado sobre contos de fada que são, logicamente, a inspiração para todas as princesas Disney. E recomendo a leitura de um dos livros mais fascinantes que já li, A Psicanálise dos Contos de Fada, de Bruno Bettelheim (tem à venda pelo Submarino). A Lauren recomenda o mais atual Fadas no Divã, de Diana Lichtenstein Corso.

95 comentários:

Natália Guerreiro disse...

continuando o trab q os contos de fadas começaram, uma revista de finanças para mulheres ensina "como agarrar um milionário":
http://www.interney.net/blogs/papoeconomico/2009/12/17/como_nao_fazer_uma_materia_em_uma_revist/

Lord Anderson disse...

Como um paixonado pro musicais e que cresceu vendo desenhos Disney eu concordo que essa é uma analise muito interessante e reflexia.

Os guest post que vc escolhe são sempre muito legais pelas questões que levantam.

Parabens a Mirella que estreou com um artigo muito bom.

L. Archilla disse...

Lolinha, a artmed lançou o Fadas no Divã, que é uma versão mais atual do Psicanálise dos Contos de Fadas. Lá eles analisam personagens atuais tb, como turma da mônica e harry potter... vale a pena.

Raiza disse...

Gostei muito do post.Já escrevi sobre Mulan no meu blog,numa análise sobre filmes feministas.
http://garrafaaomar.zip.net/arch2009-07-19_2009-07-25.html#2009_07-21_01_04_41-124625543-0
Também gosto muito da Pocahontas e mais ou menos da Jasmin.
Lola,sabe aqueles cadernos,agendas,patati patatá das princesas disney? Já reparou como as personagens mais avançadas são raras nesse tipo de material?Nunca vi um caderno com a Pocahontas ou a Mulan.
E outra coisa,reparou como as mais modernas são as não-brancas?A jasmin,a árabe,a Pocahontas a índia e a Mulan,a chinesa?

CherryBlossomGirl disse...

adoooooooooro as princesas da disney! a minha preferida sempre foi bela - não pelo nome, mas porque ela era inteligente, gostava de ler e esnobava o gaston. mas se parar pra pensar, o único livro que ela lê durante o filme é um romance ("oh! mas que lindo quadro, quando eles se encontram no jardim... é o principe encantado, mas ela só descobre quem ele é quase no fim!"), ela nem pra ler um stephen hawking hein!

Luma Perrete disse...

Eu assisti A Princesa e o Sapo ontem. Amei o filme. A animação é muito boa, os personagens são carismáticos e as músicas são ótimas.
Só uma correção, no guest post a menina diz que o príncipe é romântico e quer casar. Na verdade ele é boêmio e só quer curtir a vida. O motivo de ele querer casar (no início do filme) é porque ele está falido e quer casar com a melhor amiga da Tiana, que é rica, pra dar o golpe do baú.
Uma coisa que eu gostei no filme é que eles não retratam as mulheres como "nós somos amigas, mas só até aparecer um homem, porque a partir daí somos rivais". O sonho da amiga da Tiana é casar com um príncipe, mas ao perceber que o príncipe e a Tiana se apaixonaram, ao invés de virar uma vilã e atrapalhar os dois (como acontece muitas vezes), ela fica feliz e ajuda os dois.
E também que a Tiana não desiste dos sonhos dela pra ficar com o príncipe, mas o contrário. Ela abre o restaurante dela e o príncipe, que tinha pavor a trabalho, ajuda ela.

Raiza, o motivo de não terem cadernos/agendas/etc. da Pocahontas e da Mulan é porque elas não são consideradas princesas, mas heroínas, e a coleção escolar é das princesas.

Rita disse...

Oi, Lola, Mirela e todos

No último final de semana levamos nossos filhos para assistir A Princesa e o Sapo (escrevi um post sobre isso lá no Estrada) e gostei do que vi. Apesar da incômoda visão de negros trabalhando duro e brancos nadando em riqueza, há outros personagens (secundários, figurantes, é verdade) negros ricos (nas visões que Tiana tem de seu restaurante no futuro, os clientes são negros, se bem me lembro). E também há brancos trabalhando duro, como o cozinheiro do pequeno restaurante onde ela trabalha quando vira sapa. Enfim, nem só para um lado, nem só para um outro, o filme foge um pouco de estereótipos indesejados. Mas o ponto forte, a meu ver, é mesmo a personalidade de Tiana em contraste com o príncipe mimado bobão. Ela se mantém, é dona de seu nariz. Ele tem de mudar para, digamos, merecê-la. Beeem diferente da Pequena Sereia, por exemplo.

Ah, a música do filme é ótima, minha filhota adorou. :-)

Bjs
Rita

p.s. Lola, vc tá tão calada...

Anônimo disse...

Adorei esse post!

Tenho ainda uma observação a fazer sobre o filme da Pequena Sereia, que realmente é um dos mais absurdos:

Reparem que é ela, e não ele, quem tem que abrir mão dos seus costumes, da sua família e da sua condição para adotar completamente o estilo de vida do homem. É terrível.

Paloma Peruna disse...

Gente, vcs já leram "Lobo Mau no divã"? É mto divertido, vale a pena. Adoro o tema psicanálise e desenhos animados!
Só tenho uma pequena ressalva qto à música da bruxa no "A pequena sereia". A música onde ela canta tdas essas asneiras é utilizada pela bruxa para enganar Ariel, uma adolescente sem qualquer experiência com os homens. A bruxa queria a voz dela pq odiava o rei e tals e precisava convencer Ariel a entregar a voz. Por isso canta uma música sedutora, conta mentiras e a induz a assinar o documento fechando negócio. Depois ela até se arrepende de ter feito o que fez. Não digo q não é machista pq Ariel via sua voz como seu grande atributo, seu poder de sedução e, inclusive, motivo de inveja entre as irmãs e razão pela qual seu pai a preferia entre todas as filhas. Aliás, são vários os momentos machistas. Mas com relação à música da bruxa especificamente eu não concordo. Assisti esse filme mais de 50 vezes (era criança àquela época e adorava Ariel) e lembro q sempre vi essa música como uma mentira contada pela bruxa para enganar a mocinha. No restante, eu concordo. Bjos :)

Tina Lopes disse...

Oi, Lola, oi Mirela. Eu assisti a Branca de Neve umas - sem exagero - 18 vezes. A Nina adorava. Comprei em fitas de vídeo toda a coleção Disney pra ela, que sabe de cor falas e músicas. Sempre vi, e tentei mostrar, sutilmente, sem forçar discurso, essas características menos nobres das princesas, hahaha. Mas realmente houve um avanço maravilhoso. Não só das princesas, como também da figura paterna (já que as mães são todas mortas) - os pais da Bela, da Pocahontas, da Jasmine, são caras legais porém presos a determinadas regras de seu tempo/sociedade e que aprendem a ver o mundo com os olhos das filhas. Mas temos que lembrar que estas são histórias muito anteriores à Disney, e eram muito mais terríveis. A Pequena Sereia, por exemplo, tem um destino triste e cruel, e seu príncipe era um sacana. As princesas mais "passivas", como Branca e Aurora (a Bela Adormecida) eram apenas crianças de 14 anos. Na história da Cinderela tem todo o contexto da escravidão pela família. Disney adoçou tudo, mas a maldade mesmo estava na sociedade da época de cada princesa - não só nas bruxas. Assim como nas histórias de João e Maria, abandonados pelos pais pra morrer de fome; da Chapeuzinho, que tem de sair sozinha etc. Uma vez o Marcelo Coelho contou que uma escola encenou Chapeuzinho Vermelho com o lobo sendo mandado para uma reserva florestal em vez de morrer... patético. Criança quer que o mau morra. Bem, eu leio todas as versões, as antigas apavorantes e as novas, pra Nina, sempre explicando que há um contexto histórico. Por isso é bom variar contando também mitos gregos, contos chineses etc. Ah, tem também a Anastasia e o Corcunda de Notre Dame, com histórias completamente distorcidas, mas que dão ótimas sessões da tarde. Afe, acho que viajei aqui. Outro dia vou comentar sobre os filmes de Barbie e atenção: te juro que são filmes feministas, super girl power. Chatíssimos, mas são. Bjk!

Unknown disse...

Oi Lola e oi Mirela!
Adorei o post, jamais tinha pensado sobre isso e agora que li parece que foi uma cortina se abrindo.
Adorei de verdade o guest post, o melhor e mais interessante de ser lido.
Quero apenas discordar da Paloma Peruna sobre a música da bruxa do mar. Tudo bem que a música que ela cantou foi para ludibriá-la, enganá-la mas e dá certo! E nela vemos o quanto de machismo existe! Dizer que mulher tem que ser quietinha mesmo, que só as submissas vão casar? É mole?
O pior é que deve ter criança que assimila isso de alguma forma.
Ah e tb pra alguém que disse que a Pocahontas não é considerada princesa, é engano, pois é a filha do chefe de sua tribo, portanto pode ser co0nsiderada "princesa" sim.
E outro dado realmente estranho que levantaram... pq elas não tem mãe????? Nenhuma delas tem mãe, pq isso?? Nem a Pocahontas, nem a Mulan, nem a Jasmine... ninguém! Que bizarro isso né!

Enfim, parabéns Mirela, seu guest post está de PARABÉNS!
Deveríamos sempre mostrar isso para nossas filhas e filhos que forem assistir aos desenhos.

Daniel Quaresma Dias disse...

Muito legal o post da Mirella. Eu, como homem e recem "acordado" para as questões feministas nunca tinha dado de conta dos contextos por trás dessas histórias infantis.
Me deu até vontade de ver novamente alguns filmes da disney só para poder relembrar e observar com olhar critico seus personagens.
Parabens pelo poste Mirella.

Fuçando na net encontrei em um blog algumas fotos atuais das princesas. hahahahahahaha
A branca de neve com cara de emburrada, cheia de filhos e com o marido com cara de mala no sofá esta muuuito engraçado.
Ai vão alguns links:
Branca de neve: http://fernandalopes.files.wordpress.com/2009/08/branca-de-neve1.jpg
Cinderela:
http://cartasmarottas.zip.net/images/fallenprincesses_05.jpg
A Bela:
http://colunas.epoca.globo.com/files/1033/2009/06/bela.jpg

Renata disse...

Tudo bem que várias das histórias reproduzidas pela Disney, são histórias bem mais antigas (por exemplo de Andersen - A Pequena Sereia), mas tb não podemos descartar a culpa da disney nisso. Pq nunca fizeram uma princesa gordinha? Pq a bruxa do mar tem que ser feia, gorda, não branca (como bem a Mirella falou), fora dos padrões de beleza estabelecidos?
Por exemplo no Aladin. Até hoje não compreendi pq o pai da Jasmine não tem características árabes e ele é super bonzinho no filme. E já o Jafar que é o malzão, tem todas as características árabes e é bemmmm feio (fora dos padrões estéticos novamente).
Todas as princesas Disney tem corpos de barbie. Daí a criançada cresce e as meninas ficam achando que tem que ser iguais para serem belas e felizes para sempre...

PS: Mirella, parabéns pela reflexão e por nos proporcionar esse ótimo guest post!

dannah5 disse...

Ah, eu sou fã das dualidades entre o bem o mal, das histórias de herois, princesas, romances impossiveis, eu cresci lendo e ouvindo essas histórias, pra mim foi legal pq eu queria um principe, nao queria um cara lindo mas queria alguém especial, acho q eh importante essa romantizaçao da vida, pra que não nos conformemos com qualquer um ou qualquer coisa.
Claro que tem esteriotipos e coisas desagradáveis, mas a medida que vamos crescendo vamos descascando a cebola e descobrindo mais coisas escondidas naquelas entrelinhas. Pq no inicio eh muito simples a visao das crianças sobre essas historias, eh a bruxa malvada, o principe que salva, a princesa que precisa de ajuda mas que antes de bonita tem q ser boa, tudo bem q sao todas lindas, mas nenhuma delas eh egoista ou futil, pelo menos isso.

A cinderela da a ideia de que pode ter um "princesa" em qualquer uma, seja ela rica ou pobre, obviamente que tem todo abuso que ela sofre mas quantas cinderelas nao conhecemos? Minha vó foi uma, ficou orfã com 7 anos e virou empregada de uma parente dela, subia no tijolinho para cozinhar, limpava casa, e viveu assim ate aos 18, quando conheceu seu principe ( meu avô que nao era lindo mas era uma pessoa bonissima) que a resgatou da vida de trabalhos forçados na casa dos outros e deu a ela o sonho de sua casinha propria, trabalhar para ter suas coisas e viveram felizes para sempre o que durou 60 anos de casamento.

No fundo se formos traçar paralelos vamos ver sempre uma historia parecida, Branca de neve, conheço uma pessoa que tem inveja da beleza da filha, o q pode fazer para ofuscar sua presença ela faz e assim vai.
Por mais absurdo que seja, ou q elas sejam passivas, ou bobinhas, na realidade ta cheio de mulher assim, bem como vemos homens parecidos.
Nao acho que as historias em si sejam preconceituosas, realmente eh o reflexo da sociedade e tem problemas que sao atemporais pq sao humanos.

Engraçado que ontem conversando com uma moça que estava procurando trabalho de domestica, eu ando meio desesperada com as meninas, trabalho, casa e comida, fiquei super feliz de falar com ela e no telefone ela me perguntou se tinha problema ela ser negra. Eu fiquei ate espantada e respondi, "claro que não, uai, pq teria?".
Pra mim a ideia do preconceito eh estranha pq nunca tive, mas a realidade eh que ainda existe muita coisa errada e esses esteriotipos sao situações totalmente reais e plausiveis.
Eu sei por exemplo que aparencia pesa em entrevista de emprego, ser gordinha eh mal visto e fecha muitas portas, vc eh vitima de esteriotipo, gordo preguiçoso.

Acho complicado julgar as historias, pq sei q para alguns elas sao muito reais na parte ruim, quem dera q o felizes para sempre fosse geral tbm!

Adorei, parabens Mirella!

beijocas

dannah5 disse...

Renata, o lance da princesa gordinha eu acho complicado, obesidade ainda eh visto como escolha, ninguem nasce obeso mas vc nasce negro, indio, branco, asiatico, entao quer dizer, ninguem precisa ser gordinha.

Obesidade eh tabu e eh doença, ninguem incentiva isso!hehe

Ainda acho que vai levar algum tempo para esse assunto ser abordado de forma "natural".
De verdade a gente nunca viu uma gordinha sendo sexy em canto nenhum ( não falo de fetiche), imagina entao virar princesa...

beijocas

Anônimo disse...

Dannah5 eu acho que o problema não é ter mulheres reais que são assim como a madrasta má, etc. Realmente existem mulheres assim. Mas eu acho que o ruim é eles colocarem nesses desenhos e histórias infantis pras crianças, como sendo o ideal de uma mulher: ser linda, magra e casar com cara rico.
Achei muuuuito interessante essa evolução das princesas que a Mirella colocou, realmente conseguimos ver nessa evolução que muita coisa mudou! E ainda bem né! Pois as crianças absorvem isso sim. Até nós absorvemos quando crianças e assistimos. Acredito que grande parte de nossos preconceitos e de nossa visão de ver o mundo (que temos que ser belas e magras e com nível social alto) veio com esses filmes.

Post maravilhoso e ideal para nos fazer pensar, repensar e mostrar às nossas crianças!

Alessandra disse...

qual o problema de casar com homem rico? eu é que não quero homem pobre, né, pelamor, sai exu

Valéria Fernandes disse...

Gostei do post, mas eu teria muito a pontuar, mas vou comentar somente 4 coisas:

1. Mulan não é princesa. Se ela entra na análise, deveriam entrar Esmeralda e a namoradinha do Hércules.

2. Mulan é ótima até os minutos finais do filme quando o imperador lhe oferece um alto posto no Estado e ela prefere voltar ao lar. Afinal, essas grandes coisas não são para as mulheres. Seu fim? O casamento.

3. A Pequena Sereia pode até se opor ao poder patriarcal, mas somente pare reforçá-lo depois. Ela enfenta o pai para ficar com outro homem e, para ficar com o Príncipe, ela não só se submete à mudanças físicas, ela também deixa para trás o seu mundo. Afinal, para que amigos/as, família quando você já agarrou o seu homem.

4. Pocahontas é ótima, mas ela não termina com o sujeito (*não incluirei no comentário Pocahontas II*) e reafirma-se, para mim, que os EUA não são uma nação mestiça. E mais, ela é princesa por seu direito. E é a única que não aparece nos produtos da linha. Mulan aparece, mas Pocahontas a Disney procura esquecer. Por que será?

Acho que algumas idéias presentes no texto, e que vieram de jornais e outros, mereciam ser questionadas e repensadas, não reproduzidas.

Mirella Nogueira disse...

Olá Lola e oi pessoal!!
Muito obrigada por terem gostado do meu guet post e por estarem comentando. Aprendi ainda mais com vcs.

É verdade sobre princesas gordinhas. Na minha opinião deveriam sim ter. Até pq, os principais bullyings infantis são com colegas gordinhos nas escolas. Desde pequeno somos "ensinados" a ver pessoas gordas como sendo feias e fora do padrão. E acredito que grande parte disso veio de nossa construção social desde pequenos, com nossos desenhos, filmes, etc.

Acho que por isso que eu gostei bastante de Shrek 1 e 2. Achei fabuloso que lá o principe encantado é retratado como um boçal, metido, burro e que só pensa em fica rico e lindo. E o melhor de tudo foi o final, que a Fiona, a princesa (que luta artes marciais... hahaha), para ser salva da maldição deve ter beijada; e quando acontece ela é salva e... vira Ogro! Uma linda princesa gordinha e totalmente fora dos padrões. Ou seja, a salvação e o ideal da princesa, não era ser a "linda dos padrões pré-estabelecidos", era ela ser uma linda gordinha fora dos padrões.

Fantático!

Mais uma vez obrigada Lola! E um super beijo!

Mirella Nogueira disse...

Olá Shoujofan!

Então, não escrevi sobre a Esmeralda e a namoradinha do Hércules pq elas são personagens secundários e pouco sabemos sobre elas. Pelo menos é como eu vejo.

As idéias estamos questionando e repensando aqui. Legal os seus levantamentos e a sua contribuição.

Amanda Siqueira disse...

Mirela, vc está de PARABÉNS!

Adorei suas reflexões e seu belo texto!

Valeu!

Julia disse...

Acho que tem um pouco de má vontade em algumas análises. A Disney, por ser empresa, não está menos sujeita à sociedade do que nós. Não há personagens explicitamente gays porque a Disney começou numa época onde isso era impensável - crime, em alguns estados! Numa época onde mulher era isso mesmo e não tinha o que mudar. Nesse caso, a empresa refletiu os valores. Não creio que tenha ajudado a mantê-los por pura maldade no coração. Os pais e mães que nos educam diferente dos meninos também não fazem isso por serem terrivelmente maléficos, fazem isso porque assim foram ensinados. A Disney até tem personagens femininas das mais interessantes para a época incrivelmente machista em que surgiu (mais ainda que a nossa, e isso QUER dizer algo...). Lembro de uma moça que estava reclamando que a Disney mostra uma visão "heteronormativa" do mundo. Ah, tá! A Disney! Só a Disney. Não são as pessoas homofóbicas, é a Disney. O fato de 90% dos filmes, novelas e seriados também envolverem apenas casais heteros é deixado de lado. A Disney tem sim muita coisa censurável, como TODA E QUALQUER empresa com mais de 50 anos, que passou por épocas diferentes da nossa, bem menos esclarecidas, com ideais que hoje vemos como inaceitáveis (e, infelizmente, nem todos percebemos como são inaceitáveis).

A Cinderela não aceita passivamente o dever de cuidar da casa. Ela apenas faz porque depende disso para ter um lar, mas zomba das irmãs e da madrasta, etc. Também toma uma atitude ao protestar pelo seu direito de ir ao baile. Sim, é um direito tipo "lutar pelo direito de alisar o cabelo", mas é a única coisa que ela conhece, e luta para tê-la. Vamos lembrar que esse desenho foi criado antes do nascimento de todas nós, quando uma mulher lutando por qualquer espécie de direito era visto com uma sobrancelha erguida e um "que bonitinha, achando que pode lutar".

Nem a Aurora age de acordo com o que os outros querem sem opinião própria. A parte mais marcante em que ela está acordada é justamente a raiva de ser obrigada a voltar para o palácio e não ficar com quem queria. Como diz o Príncipe Felipe, "ora, papai, já estamos no século XIV!". No conto original ela era estuprada e ainda ficava com o estuprador no final. Acho que isso é uma BAITA evolução, e não creio que a escolha de modificar o conto tenha vindo apenas tendo em vista as crianças, afinal, a Disney tem vários momentos que não são dos mais próprios para crianças (alguém lembra da Margarida tentando suicídio ou o Donald obrigando os sobrinhos a fumar todos os charutos?).

A Bela, a Mulan e a Esmeralda sempre foram minhas princesas preferidas. Adoro o fato de o Gaston ser um estúpido machista e ser desprezado e adoro como a Bela não se encaixa no estereótipo de mulher em nenhuma forma. Ela só quer ler e ir para uma sociedade mais evoluída. É o contraponto das mocinhas que ficam babando pelo Gaston. Acho fantástico. E vejo Mulan, o desenho, como uma forma de mostrar que não há reais diferenças entre homens e mulheres. Ela faz tudo que um homem faz sendo mulher, nunca deixando de ser mulher, seja lá o que significa ser mulher nesse mundo caótico. E acho que a forma como ela se apaixona por um homem não é tipo "Ei, você até pode protestar contra coisas, mas goste de pênis, por favor". É sensacional que o casal do filme não ganhe nem 10min juntos! Pelo que me lembro, nem beijo direito tem. E a Esmeralda, de quem senti falta na análise, porra. Sem palavras pra Esmeralda. "Princesa" pobre, cigana, perseguida, humilhada, ameaçada de estupro, e que ainda assim não desiste, luta contra quem a ameaça, faz o possível pra se salvar e só depende de outra pessoa quando é absolutamente necessário. Adoro.

Julia disse...

Sobre a Tiana, assisti ao desenho e adorei como o foco dela é trabalhar para se sustentar, para sustentar o sonho dela. A branca rica, Lotte, realmente só pensa em casar: mas porque ela é rica e não tem outra preocupação na vida. Aliás, a Tiana não serve à Lotte. Elas são amigas e a Lotte a trata como igual, se oferecendo para ajudá-la e tudo. Quando contrata um serviço, paga justamente pelo serviço e não se importa quando a Tiana não consegue realizá-lo por completo. E tem uma cena que eu adoro, quando a Lotte beija o príncipe, e o beijo não é mistificado, não tem "guarde-se para o seu príncipe". Ela só dá um beijo e isso não é romantizado no filme. É só um beijo. A mensagem é clara.

É engraçado, aliás, ver que a única família rica do filme é composta por loirinhos de olhos azuis, e os outros pobres são invariavelmente negros. Uma criança pode até não entender o que isso significa, mas tenho certeza de que vai absorver a crítica.

Enfim. hahaha

Amanda disse...

Otimo post Mirela! Pena que ninguém falou da minha preferida, a Fiona! A ogrinha ganha de longe dessas magrelas!

Mirella Nogueira disse...

Pois é Amanda, eu falei aqui nos comentários sobre a Fiona. Também a adoro! Acho fenomenal Shrek 1! Se eu não me engano, no Shrek 2 ou 3 (não me lembro bem), eles mostram as princesas Disney, e elas são retratadas de forma muito engraçada... hehehe

Abraços!

Andrea disse...

Oi Lola! Muito bom o guest post de hoje! Adoro o tema literatura/cinema infantil. O livro do Bruno Bettelheim também tem sido um dos meus favoritos desde que comecei a ler sobre a área. Com relação às princesas/heroínas, minhas favoritas da Disney sempre foram Mulan e Pocahontas. Por que será (rs!)? E tem mais a Anastasia, da Twentieth Century-Fox, que tá no rol das minhas três favoritas. ;)
Grande abraço, Andrea

L. Archilla disse...

Shoujofan, minha cunhada que é viciada em Disney (e inclusive trabalha na loja deles no Canadá) disse q a comunidade indígena dos EUA processou (ou tentou processar, não sei) a Disney por ter distorcido a história real da Pocahontas, ou por uso indevido de um fato histórico deles, algo do tipo. Hoje em dia não se fabrica nada com a marca Pocahontas por causa disso...

Tina Lopes disse...

Ah, vou ter que defender a Ariel! Gente, ela queria mudar de vida, antes de conhecer o príncipe: ela queria ser gente. Acho que isso pode até ter uma implicação sexual porque ter pernas pressupõe ter sexo, não é? E o mundo debaixo d´água é frio - "poder andar poder correr, ver todo dia o sol nascer", conhecer o fogo... eu choro quando ouço a música da Ariel porque me identifico, sabe? de quando eu queria sair do interior e ir morar na cidade grande. Então, acho que há todas as implicações machistas, claro, mas também há reflexões e significados universais que tornam essas histórias bastante necessárias para o desenvolvimento infantil (eu também choro pra caramba com a Pocahontas cantando sobre escolhas). Ah, alguém lembrou de Hercules: adoro e recomendo demais.

dannah5 disse...

Olha, eu nunca vi eles dizendo que o ideal de beleza era ser magra loira de olhos azuis (isso eh masi coisa da Barbie)... No Shrek a gente ja ve eles dizendo que Fiona eh fora dos padroes mas ate as feiosas dos contos de fadas, tipo as irmas da Cinderela, sao magrelas, so sao feias, na minha concepçao eles querem dizer que quem eh bonito por dentro eh por fora tbm, mas assim, eh tudo muito subjetivo e hipotetico!Hehehe

Os desenhos na maioria sao feitos para o publico infantil e criança nao entende se vc nao exagerar nas diferenças, se a bruxa nao fosse TAO malvada em branca de neve, eles teriam dificuldade de ver diferença entre certo ( ser meiga e boa) e o errado ( vaidosa, egoista e invejosa). E tem uma coisa, a madrasta eh muito mais bonita pra mim do que a branca de neve, sempre foi, sempre achei a branca de neve com cara de Betty Boop, e a madrasta sim era um mulherao e isso desde pequena.

Entao acho q so quando crescemos eh q começamos a complicar tanto assim a historia, pra criança nao acho q eles entendam q tem q ser assim ou assado, minha filha nunca pediu pra ser loira!Hehe

beijocas

Isis disse...

Também assisti A Princesa e o Sapo ontem, com a Luma, que é minha irmã. E ela disse tudo que eu pensei em dizer, então não tenho nem mais o que adicionar =D
Ah, só fazendo uma correção: A Princesa e o Sapo já estreou. A Mirella disse que ainda vai estrear no começo do ano que vem.

Eu realmente pensei que a amiga da Tiana, que é rica e super mimada, se viraria contra ela no final por causa do príncipe. Mas não foi o que aconteceu, pelo contrário, ela quis ajudar.
Engraçado notar a evolução das personagens da Disney ao longo do tempo, quase que acompanhando a evolução do mundo em si. Se você reparar, qualquer animação hoje em dia evita mostrar mulheres passivas.
Amo a Disney, até porque amo musicais, e quando era pequena era a Pocahontas ehehe

E eu ia sugerir exatamente esse post do Just Lia que está no final do post haha

;)

Giovanni Gouveia disse...

Embora não seja princesa, Wendy (Peter Pan) nao sai do padrão, e é levada por um garoto para uma nova realidade para ser dona-de-casa/mãe dos órfãos da Terra do Nunca (enquanto os meninos se divertem), parece que é a segunda (das duas possíveis) função feminina; depis de toda aventura, ela volta pra casa e se torna... mãe


Gostei do post.

Anônimo disse...

tava lendo o comentario da Marilena Chauí sobre o livro mencionado. Acontece que na minha infancia, meu conto favorito, era a Bela e a Fera. Tanto que eu ganhei um boneco do Fera. Lindo, vc tirava a mascara de Fera e ele virava um louro principe de cabelo comprido.
Será que é por isso que eu até hoje estou namorando um idiota metaleiro, esperando que ele largue a mão de ser uma besta e vire logo um principe?

Liliane disse...

Lola,

Corrigindo: o livro "Fadas no Divã" foi escrito pela Diana Lichtenstein Corso e pelo marido, o Mario Corso.
Ops!

Abraços

Gabs disse...

Oi Lola,adorei o post e sempre gostei dos desenhos da Disney tbm.Mas o interessante são as verdadeiras historias antes da compilação desses contos,que eram orais,pelos irmãos Grim, que os adaptaram para o publico infantil.A bela adormecida,por ex: ela dormiu graças a uma farpa que entro dentro da sua unha,fazendo-a adormecer.O principe a estupra enquanto ela esta dormindo,até que ela engravida de gemeos e quando os bbs nascem,à procura do peito da mae,chupam o dedo dela por engano retirando a farpa amaldiçoada e fazendo-a acordar.A pequena sereia tbm tem um final bem ruizinho,ja que como seu "principe" acaba casando com outra,ela é amaldiçoada a sentir dor enquanto anda,como se pisasse em facas.Dão uma adaga pra ela matar o principe e acabar com a maldição,mas ela prefere morrer e virar espuma do mar do que matá-lo.Branca de neve no conto original tem 7 anos de idade.Existem mtas versões,andei dando uma pesquisada e são bem malucas,mas isso se da no contexto da idade media tbm ne...a de joao e maria e chapeuzinho vermelho são as que me dao mais medo.E como ja disseram ai,a Bela sempre foi a minha favorita de todas,quando era pequena.Bjão!

Tina Lopes disse...

Giovani, a Disney realmente estragou a Wendy, que tem espírito aventureiro e quer ser bucaneira, é imaginativa e cria as histórias de Peter Pan... ela na verdade se recusa a ficar na Terra do Nunca servindo só de mãe, ela quer paixão e amor em sua vida (*suspiro), ou seja: crescer, coisa a que o Peter se recusa. O filme Peter Pan é maravilhoso, recomendo muito: http://www.cineplayers.com/filme.php?id=118

Suzana Elvas disse...

Tina, eu ia falar dos desenhos da Barbie:

Nossa, as princesas são super faça-você-mesma! As meninas aqui em casa até comentaram: "Mãe, os príncipes dos filmes da Barbie não fazem nada, né? Só ficam falando o tempo inteiro que elas não vão conseguir, não vão adiante, não, não, não. Aí elas vão lá e fazem." Rá! Super power girls!

Shoujofan, a Mattel (que faz a Barbie) tem bonecas das "rejeitadas": a da Pocahontas é LEEEEENDAAAAAAAAA! A da Esmeralda (cigana) é UM LU-XO! E vendem no Brasil. Tem numa loja de brinquedos aqui pertinho. E agora, com as Mosqueteiras, eles lançaram o segundo desenho com uma personagem negra - a primeira foi a Rainha das Nuvens (absolutamente poderosa, eu me dei a boneca e o vestido dela era uma das duas fantasias lançadas pela Sulamericana) de "Barbie e a magia de Aladus".

Quanto aos enredos da Disney, não tem jeito: sãoa adaptações de Perraut, que já as tinha adaptado dos contos recolhidos pelos Irmãos Grimm pelo interior da Alemanha. A Cinderela, por exemplo, na história original não tinha fada madrinha: ela chorava sobre a sepultura da mãe. De uma árvore gigantesca ali caía para ela lindos vestidos escondidos dentro de nozes - três vestidos para três noites de baile. O sapato foi experimentado pelas duas irmãs, que cortam pedaços dos pés para que eles caibam; pombas avisam ao príncipe que há "sangue nos pés" da escolhida, então ele volta e devolve a irmã, agora mutilada (uma corta fora um pedaço do calcanhar, a outra um dos dedos). Cinderela entra na igreja para se casar tendo uma irmã de cada lado. Quando entram, duas pombas arrancam um olho de cada irmã. Quando elas saem, as pombas terminam cegando as duas.

Legal, né? Os Grimm tem cada história ótima: crianças degoladas, meninas enterradas vivas... Edificante como devia ser a educação medieval das crianças.

bete disse...

eu li a psicanálise dos contos de fada( roubei da irmã que é pedagoga) achei fantástico. e ao contrário do meu post, é nessahoar que agradeço ter meninos e não meninas, tenho que pensar muito em como não ensiná-los a não reproduzir padrões machistas, afinal eles não moram só na minah casa, mas no mundo. amei o post. aliás hoje me perguntaram se acredito em príncipe encantado. acho que acreditei só até ver a Lady Di casando com o horroroso do Charles, ali já sabia que aquilo ia dar em m...e eu devia ter uns 7 anos rss

Star disse...

Gente boa, seguinte:

A Disney é uma empresa que está avançando no tempo, mas tb não pode ir contra aos valores do seu público alvo, ou não vende né?! Quem vai produzir, investir, em algo que não vai trazer lucro?~Qual empresa?!
* Fiona não poderia aparecer no estudo porque NÃO é um produto da Disney.
* Pocahontas tem uma parte MAIOR do que todas as outras princesas no especial IMAGINATION no Epcot, parque da Disney.
* Nos EUA tem produtos (lapis, roupinha, caderno, boneca, etc) dela sim! O que acontece é que no Brasil a venda de produtos já é menor do que em outros países, portanto a limitação dos produtos, em função dos mais populares.
* E SIM, há pessoas que nascem gordas, e pré-dispostas à obesidade. Lutar contra isso é possível, MASSSS uma LUTA como contra qualquer outra doença, diária.
* A Disney provavelmente como o resto do mundo, não vê os gordos como algo a ser imitado, idolatrado. No entanto, no filme Wall I num dos momentos mais importantes do filme, é um gordo que salva tudo. Há outros filmes onde o "gordo" é personagem principal, como Ice AGe com o mamute.

LOLAAAAAA, please, leia o livro "Loucas de amor" e comente aqui p nós!

AMPLEXOS!!!

Valéria Fernandes disse...

Suzana, é claro que tem bonecas das "rejeitadas". Só que são edições bem limitadas ou que nãoo são vendidas em todas as grandes lojas de brinquedos. E veja que Bra´silai é um mercado lucrativo. Fora isso, eu falo do grosso do material "princesas". Pocahontas não está incluída, mas Mulan aparece.

Vá em qualquer banca e veja o almanaque de férias das princesas. Tem uma não-princesa, mas não tem pocahontas.

Nos álbuns de figurinhas não tem Pocahontas tb. Por que eu sei? Eu vou até às bancas e lojas de brinquedo com freqüência. E colecionei o último álbum das princesas. Não tem Pocahontas. Não tem agenda 2009 nem de Pocahontas, nem de Mulan (que não é princesa). Por que será? Mas duvido que não saia da Tiana ano que vem. Mas como eu escrevi no meu blog, A Princesa e o Sapo é um filme sobre um casal de sapos. a princesa poderia ter quaquer cor, ela aparece somente em 30% do filme. Talvez um pouco mais, mas não muito mais que isso.

E não pensem que não gosto do material da Disney, eu gosto. Eu coleciono, mas observo as representações sociais e papéis de gênero que estão sendo vendidas ali.

Oliveira disse...

Lola: um bilhão e duzentos milhões de presente. Nào é calúnia. Está acontecendo!

O seu presidente maravilhoso, O Sr. Molusco, esta “pagando”~ US$ 1.200.000.000,00 (isso mesmo! um bilhão e duzentos milhões de dólares!) pelo gás boliviano, em agradecimento por aquele índio ridículo,que é presidente da Venezuela, ter roubado a usurpado a Petrobras nacionalizando uma empresa privada nossa. Tudo isso apenas para agradar, e não ofender, (que covardia deste Lula) o ditador bananeiro, Hugo Chaves. O Lula e o PT não só envergonham o Brasil todo dia, como tiram recursos financeiros fundamentais para o Brasil para presentear "países" que nos humilham. Tudo para ter apoio destes débeis mentas que são presidentes em paisecos na América Latina e, através disso, se perpetuar no poder.

Acorda Lola; ou... se toca Lula.

Oliveira disse...

Correçao:

Um bilhão e duzentos milhões A MAIS!

dannah5 disse...

Alcyone, eu sei que ha, eu sou uma q passo por isso desde pequena, mas a verdade eh, ninguem liga muito, obesidade eh sinonimo de um monte de coisas ruins, preguiça, falta de força de vontade, falta de vergonha, e mais um monte de adjetivos ruins.

Ainda eh tratada como escolha! Vê o Wall-E, um monte de pessoas q escolheu ficar obesa e vegetar.

Eh preconceito mas nao eh igual ao etnico. Tem até livro famoso "Só é gordo quem quer" e nao eh verdade.
Por isso nao espero ver nenhuma mudança radical sobre esse tema especifico, passaram 30 anos e continua com o mesmo estigma.

Mudando de assunto, nossa Grinn era sinistro, se hj ele fizesse animes iamos ver uns bem grotescos! o.O

Andréia Freire disse...

O texto é ótimo, mas tem só tem um detalhe sobre A Pequena Sereia. Ela desde o começo do desenho queria ter pernas e deixar a vida de sereia pra se tornar humana, inclusive antes de conhecer o "príncipe". Chegava a colecionar objetos humanos que afundavam de navios. Tem até uma música em que ela canta esse sonho dela de "se libertar". Acho meio injusto dizer que ela fez isso apenas pelo cara.

Andréia Freire disse...

Tipo, a parte de perder a voz tudo, é absurda mesmo. Mas quanto a mudar o estilo de vida e largar tudo... bem.. ela sonhava com isso antes de conhecer o Eric, gente.

Vivien Morgato : disse...

Gosto do livro do Betelheim. Contos de fada sempre me interessaram, mas me falta uma leitura maior para discuti-los.
Quanto à interpretação da Disney sobre eles, acho que acabaram ficando realmente muito suaves, dado que são violentos.
Quanto a Pequena Sereia, me corrijam se eu estiver errada, mas no conto original ela sente dores atrozes por conta da transformação e fica muda ( nunca poderia, portanto, contar a façanha que se submeteu para adentrar no mundo do amado), deprimida, morre e vira espuma na praia.
Os desenhos Disney tem vários aspectos interessantes, mas os problemas são gritantes. Um dos pontos é o anacronismo, como acontece no desenho sobre Hércules, que aponta um maniqueismo na mitologia grega que não existia.
No caso das "princesas", outro dia meu filho comentava que ainda vamos precisar de décadas para nos livrar desse "ideal" de feminilidade.
Mas a piorzinha mesmo é Branca de Neve, pelamor.
Vale a pena ver o conto remontado na interpretação de Neil Gaiman: narrado através da ótica da madastra, alterando a posição do "mal".

Anônimo disse...

Adorei as análises e os comentários. Meu filme Disney favorito é o Corcunda de Notre Dame, com a nossa inesquecível Esmeralda, então eu também achei que faltou ela aqui.

E sabe que me deu um clic agora? Desde que eu cheguei aqui eu me pergunto por quê diabos em meio a tantas princesas os indianos insistem só na Ariel. É Ariel em materiais escolares, é Ariel em peças de escolas, é Ariel em Cartazes, é Ariel em bolo de decoração de festa. Parece que a Ariel é mesmo a preferência geral. Agora, lendo que ela ficou sem voz, a coisa ficou bem óbvia... os indianos TÊM que se identificar é com ela mesmo.

Valéria Fernandes disse...

Vivien, é difícil falar em contos de fada "no original", mas no caso d aPequena Sereia, as versões anteriores mostram isso, sim. A transformação gerava dor. A TV Cultura exibiu quando eu era adolescente um pacote de desenhos animados russos, e um era o da Sereia. Lembro que o narrador falava que quando ela andava era como se fosse perfurada por mil adagas. Ela sofria, o princípe a transformou em sua amante, mas não em sua esposa e ela morreu no final para o dito cujo ficasse com a princesa, pois ele ouvira a voz da sereia (lá no início), mas vira o rosto da princesa humana ao acordar. A Disney cortou a princesa.

Agora, acho que a melhor discussão sobre contos de fada é de uma teórica feminista e o livro saiu no Brasil, chama-se Da Fera A Loira
Sobre Contos De Fadas E Seus Narradores
da Marina Warner. Como historiadora e feminista, eu tenho gande resistência às intepretações psicanalíticas, por isso, também sugiro o primeiro capítulo do Livro O Grande Massacre dos Gatos do Robert Darnton. É uma análise histórica dos contos de fada franceses.

Valéria Fernandes disse...

Segundo eu ouvi do pessoal do site Planeta Disney, a princesa que mais dá lucro para a Disney é Cinderela. Eu fiquei surpresa.

Lord Anderson disse...

Serio? Justo a Cinderella?

Será pq a historia dela é mais "comum", quer dizer tirando a parte da Fada Madrinha, ela tem apenas que lidar com uma madastra abusiva e irmãs tiranicas, ao inves de bruxas, envenenamentos e maldições.

Mais facil das pessoas se identificarem imagino.

Dani In Sitarland disse...

Pessoal, de onde vocês estão tirando essas historias do Grim? Achei muuuuuuito interessante.
quero ler todas. Alguem por favor, me indica onde encontro

Lord Anderson disse...

Dani.

Existem muitas verssões e publicações das obras dos Irmãos Grimm (que na verdade nem são deles, os dois apenas reuniram diversos contos e lends populares da Alemanha e outros paises).

Na duvida procure nas livrarias ou biblitecas por livros mais antigos ,de preferencia coletaneas.

Suzana Elvas disse...

Dani;

Tem um livro da Rocco maravilhoso que é a análise feita pela Clarissa Pinkola Estés chamado "Contos dos Irmãos Grimm". Como diz o reelase do livro, "a rica edição de Contos dos irmãos Grimm [...] traz 53 histórias acompanhadas de belas ilustrações do mestre vitoriano Arthur Rackham (1867-1939) e apresentadas pelo prefácio da analista junguiana Clarissa Pinkola Estés.
[...] No longo e precioso ensaio A terapia dos Contos, que abre o livro, a Dr.ª. Clarissa Pinkola Estés (autora de Mulheres que correm com os lobos, publicado no Brasil pela Rocco) discorre sobre a história, a moral e o simbolismo das narrativas compiladas pelos Grimm no início do século XIX."

Você pode começar por aí.
Bjs

Cantinhos da Surpresa disse...

Lola, veja é interessante como a disney é realmente paradoxa...
dita uma mulher feminista no entanto as consumistas são as certinhas, no filmes é o que mais tem...
Parei de ver filme da Disney por causa disso, essas novas cantoras ahhhhhh nem ligo, é muito lixo pra mim,
Sei lá, a disney nunca me encantou, passo longe do palhaço(mcdonalds) sou incomum no meio da multidão e sofro muito preconceito com isso.
E nunca fui fã das princesas apesar que gosto de jarmim, mulan e a pocahantas, as outras são comum demais.

Cantinhos da Surpresa disse...

Desculpe Mirella, o costume
seu artigo é excepcional!!!

Bárbara disse...

http://www.cefetsp.br/edu/eso/filosofia/contosfadaspsicanalisechaui.html

Achei esse texto sobre contos de fadas da Marilena Chauí bem interessante. São trechos do livro "Repressão sexual: essa nossa (des)conhecida".

Unknown disse...

Oi Lola! Eu sou a Carolina Fossatti. Adorei lei seus comentários. Estou com um livro bem legal, fala sobre as mulheres da obra de J. R. R, Tolkien. Talvez seja legal você conferir. Bj
Carol

cynara disse...

Por que as princesas da disney ou qualque outro personagen da disney sempre encontra uma maneira de fazer o M com os dedos das mãos !!!!

Anônimo disse...

OLA VC NAO TERIA A FOTO DOS PRINCIPES SEM AS ESCRITAS

Bia Alencar disse...

A Disney é uma empresa com mais de 70 anos de idade. Como voce mostrou no post, ela evoluiu com o tempo...Mas em relação ao padrão de beleza, sinceramente, em filme de animações sobre princesas você queria que elas fossem feias?? Me poupe. E além do mas, elas não são fúteis e imprestáveis. Todas são boas e simpáticas. Elas evoluíram no quesito de passividade ao longo dos anos, por que os tempos mudam, e a Disney é uma empresa, logo, tem que acompanhar as mudanças.

E como já observaram, Ariel queria ter pernas humanas e larga a vida que tinha antes de conhecer o principe. Ele só foi o complemento para sua atitude. Ou seja: O objetivo dela nunca foi se casar, e mudar de vida por causa dele.

Kazi disse...

Lola, adorei o Guest Post. Apenas gostaria de acrescentar algo sobre nossas HEROÍNAS (Pocahontas e Mulan):

Não há casamento no final desses filmes. O romance acontece, mas o final feliz delas é a paz de seu povo e não o casamento.

Amo as duas e - sem zoeira - sempre choro quando assisto Pocahontas ou Mulan.

Florzinha disse...

Puxa, amei esse post! E a coincidência é que eu assisti Aladin nesse fim de semana e fiquei pensando como a Jasmin é diferente das outras princesas (é a minha favorita!) que vieram antes dela, como ela questiona a lei e a autoridade do pai, em consequência, já que ele é o sultão. E apesar dela ser salva pelo Aladin, casar sempre foi uma escolha dela e não uma necessidade, como a Bela Adormecida e a Cinderela, por exemplo.
Ainda não assiti A Princesa e o Sapo, mas agora me animei!
Parabéns pelo post!!

BJs

Anônimo disse...

Achei interessante o fato de citar a tal princesa "Mulan" como se uma mulher fosse mesmo capaz de tais atos, não é atoa que grande maioria da população prefere filmes, seriados ou qualquer coisa relacionado a ação com homens interpretando, visto que uma mulher é incapaz de fazer qualquer coisa que o filme diga que ela "faz".

Bárbara Machado disse...

Ótimo post! Concordo com a maior parte do que li, mas usei uma abordagem um pouquinho diferente com A Pequena Sereia. Tenho grande interesse pelo assunto, tanto que meu trabalho de conclusão de Curso (fiz Publicidade e Propaganda) sobre as princesas Disney. É uma comparação do papel feminino por elas representado e como isso pode influenciar na consumo de imagens (exemplos e atitudes) e mercadorias (consumismo). Usei inclusive esse livro do Bruno como fonte! Legal ver que existem mais pessoas que pensam como eu e dão importância ao assunto! Muita gente acha que é "tolice".

Fuko Ibuki disse...

Minha personagem preferida é a Branca de Neve, a acho inocente e sem maldades e isso é bom, pois assim as crianças acabam sendo crianças, isso que está faltando hoje em dia, querem que as crianças saibam de tudo, espera!! São apenas crianças, as deixem enxergar o mundo com seus com olhos inocentes e as deixem sonhar, estão tirando a fantasia do mundo das crianças, quando crescerem irão entender, mas por enquanto as deixem ser APENAS crianças de coração puro e alma pura u.u
Mas uma coisa, a Branca de Neve se não perceberam ainda, ela é um pouco fofinha, as meninas quando vão se fantasiar de alguma personagem as que escolhem a Branca de Neve são as meninas que são mais fofinhas, então, acho isso incrível pois se a Branca de Neve é considerada na história a mais bela então isso é bom pois assim a mais bela não é a magrinha e sim a mais fofinha ^=^

Fuko Ibuki disse...

Mais outra coisa a comentar, cada pessoa escolhe tal personagem por que acaba se identificando, a maioria é sempre assim, então se uma garota gosta da personagem Jasmin ninguém fala nada, já ficam falando que ela é uma pessoa de atitude e coragem blá blá, mas se uma garota se identifica com a Cinderela aí já falam mau, minha mãe sempre desde criança se identifica com a Cinderela, pois sempre trabalhou desde criança e igualmente a Cinderela tem fé, fé que tudo vai dar certo e que as coisas vão mudar e os seus sonhos se tornarão realidade, é isso que eu vejo, a Cinderela é batalhadora pois desde de pequena trabalha e tem fé sempre acreditando que seus sonhos se tornarão realidade, isso é fantástico!!! Pois ensina a batalhar e ter fé u.u
Cada princesa tem uma personalidade e uma história é claro por que nenhuma história é igual a outra e nenhuma pessoa é igual a outra, cada um tem as suas culturas, personalidades e aparência, não tem nada de mais, acho que depende do ponto de vista de cada um, em vez de ficar procurando chifre em cabeça de cavalo, por que não tentam enxergar as coisas de outra maneira? Não é isso que os contos de fadas Fazem? O adulto voltar a ser criança, voltar a ter fé, a sonhar, a amar, a confiar, acreditar, então voltem a enxergar com olhos inocentes outra vez..

eva disse...

Imaginem se dessemos uma olhadinha,nos mascotes....

Coisas de Tássia disse...

Amei este teu texto, e já até comecei a analisar a nova personagem que é a Rapunzel, que foge de uma "mãe" malvada e ainda se apaixona por um ladão!

Abraços

Anônimo disse...

concordo que a Disney sempre, SEMPRE traz mensagens subliminares nos filmes, e isso é vero!!!!! Seja nas histórias, nos personagens, nas músicas ou nas imagens e tb concordo que conforme a cultura macho e fêmea foi mundando os filmes mudaram tb, é natural..... não seriam doidos de colocar algo extremamente feminista em uma época machista, agora aos poucos estão mudando o foco, até porque nenhuma mulher quer ser a menina boazinha e sim a gostosona sedutora, que ao meu ver infelzimente, tb não tem nada a ver com feminismo, inclusive pra mim o fato de uma personagem querer ter características masculinas tb não é..... o que eu acho errado de fato é a sexualização da mulher e a falta de respeito por ela como algo inferior, e não necessariamente retratar homem e mulher em papéis diferentes porque somos diferentes... nem melhores e nem piores, apenas diferentes e quando existe o respeito de ambas as partes não podemos rotular que a moça "boazinha demais, casta e submissa" seja necessariamente uma mulher escrevizada pelo machismo como vejo isso sendo citado em muitos blogs feministas.... a verdade é que eu sou uma mulher com cultura, liberdade, conhecimento, educação, força que preferi colocar como prioridade na minha vida a família e ao mer ver isso não é nada contra o feminismo, simplesmente o meu prazer está em cozinhar, costurar, ler romances e tantas outras coisas que para muitas é escravidão e que eu discordo totalmente, quando me casei e vi que estava trabalhando e cuidando da casa e estava ficando cansada, simplesmente avisei meu marido, que eu tinha decidido parar de trabalhar e que ele iria que cuidar sozinho de toda a parte financeira, foi uma escolha minha que ele aceitou, continuo comprando tudo o que eu quero e já comprava, e me dedicando ao que gosto de fazer, nosso casamento é ótimo onde a base do respeito mútuo faz com que um ajude o outro em suas decisões pessoais e onde o pensamos na outra parte tb quando tomamos alguma decisão..... se fui influenciada a pensar assim? Até certo ponto, pode ser.... mas não podemos jamais botar a culpa um fator externo quando devemos levar em consideração nosso temperamento que ao meu ver impera mais do que qualquer coisa externa....creio eu que a idealização de um estereótipo barbie seja sim, uma culpa externa imposta pela sociedade, nesse quesito de ser objeto de desejo tb
falando nas princesas, embora sempre gostei de assistir e ouvir contos as únicas que me apeteceram de verdade foi a Bela e a Fera e Cinderela, do resto nunca gostei.... ah também gostava de um outro conto (que assistia sempre na Cultura nos anos 90) dos 3 porquinhos, e da cigarra e da formiga.... no final das contas, os contos de românces sempre são "mais do mesmo" a história sempre a mesma.... mas eu sinceramente prefiro coisas que nos tragam a esperança de que as coisas são possíveis de se resolver do que certos filmes que tenho visto ultimamente onde pessoas boas só se ferram... pra mim essa é a pior msg que se pode passar, onde se vc for bom vc vai só de dar mal mas se for egoísta, interesseiro, ladrão vc se sai melhor....porque não envolve somente mulher ou homem, mas o comportamento humano com o próximo....
gosto muito de sites feministas, só não gostam quando certas feministas "impõe" que se não somos a favor do aborto, se não trabalhamos fora, se não isso, se não aquilo, não somos feministas e somos mulheres escravizadas ao machismo.... para mim ser feminista tem a ver com exigir respeito a mim, pelo fato de ser mulher e ponto.

Carol disse...

Que post incrivel! amei.. mas a Disney só reflete as regras que a sociedade impõe, ou seja, a culpa é nossa também, já que por mais que não percebemos repassamos essas ideias para nossos filhos até mesmo sem perceber, como por exemplo, impomos certas regras a filhas mulheres pelo simples fato de serem mulheres, é uma coerção exterior a nós.

ALly DzZz disse...

Excelente texto! De fato, isso é uma coisa que tenho analisado há um bom tempo nas histórias de princesas!!

Mas acho que você deveria atualizar a postagem, mencionando à Rapunzel e à Merida, porque ambas são as que mais representam essa evolução que é o tema principal do post!! Não tanto a Rapunzel, mas a história da Merida em si foi uma reviravolta nesses contos clássicos de princesa!!
Aliás, algo que comento sempre com meus amigos, é o fato de que ainda tenho medo que a Disney invente uma continuação de "Valente" só para casar a Merida... sério, eu vou me revoltar muito com a Disney, caso o façam!!

Adorei esse blog! Parabéns pelo ótimo trabalho!

edu11 disse...

Olá Meninas,

Li o Post buscando sobre o tema princeas pras minhas filhas.

Pessoal, tá rolando uma tremenda sacanagem com as mulheres a meu ver, trata-se da OBRIGAÇÃO de ser moderna, pra frente, independente, decidida, etc.

Isso é uma MERDA, pois esta sendo colocado pela midia que a forma masculina de viver o mundo é que é a correta e que se agir assim a mulher será feliz. MENTIRA.

O grande segredo da felicidade é o direito de escolha, se a mulher deseja ser uma dona de casa, cuidar de seus filhos e seu marido,acordar as 5 e fazer café para todos, que seja, esse é o desejo dela, mas se ela deseja estudar Direito, administração, contabilidade e virar uma super executiva, que o seja, essa é a vontade dela.

É importante apenas ressalvar uma coisa, cada escolha traz suas consequencias.
Apesar de uma IMBECIL que escreveu um livro intitulado HOMENS PREFEREM MULHERES PODEROSAS, o que é uma grande mentira, visto que vão haver sim homens que gostam desse tipo, mas outros detestarão, não tomem por bases livros ridiculos como esse para assumir uma postura de personalidade, seja você mesma.

Mas lembrem-se tenham consciencia das consequencias escolhas que vocês fizerem.

Pensem no que desejam, se é viver bem ao lado de um homem, ou viver sua vida livre e sozinha, ambos são escolhas e direito de toda mulher escolher.

Agora se o desejo de vocês é viver ao lado de um homem aconselho lerem HOMENS SÃO DE MARTE MULHERES SÃO DE VENUS.

Tentem entender o mundo masculino e ajudem o cara a entenderem o seu, SOMOS DIFERENTES, nem melhores nem piores, apenas diferentes e essa guerra que esta sendo plantada pela midia só tem prejudicado as relações.

Lembro que nos tempos de nossos pais casamentos duravam uma vida, hoje de cada 10 casamentos 7 acabam em menos de 5 anos, ISSO É UM ABSURDO. E NÃO VEJO NINGUEM SAINDO GANHANDO NEM SENDO FELIZ.

Se vocês perceberem que ganham e são felizes sendo doceis sejam, se ao contrario perceberem que a saida é ser combativa seja, mas busque ser você, ser feliz.

bem um abraçao.

fica meu email

eduardomarquesw11@gmail.com

José Vitor disse...

Eu li esse post há alguns dias e queria saber se você vê ou já viu uma série da ABC (passa na SOny), Once Upon a Time.
É uma adaptação muito boa que mostra, por exemplo, uma Branca de Neve mais real que nos contos clássicos. Tem o Príncipe, mas a sucessão dos eventos não é de "não conhecia>beijou>salvou>casou", com um passado denso e sem aquela ideia de que "o homem tem que salvar a donzela em perigo". Vou falar só dela porque é a primeira história a ser contada com mais detalhes e pode ser que alguém esteja no começo ou que ainda verá.

Uli disse...

Então... achei as análises meio superficiais, pois ainda tem muita coisa escondida nos filmes. Como a autora mesma disse, houve evoluções, mas ainda está longe de ser o ideal... No caso da bela e a fera, por exemplo, apesar da mensagem que é passada "propositalmente" ser a de "ver além das aparências", não se pode ignorar que a Fera vira um príncipe no final... E a Princesa e o Sapo é o filme mais capitalista que eu já vi, com a mensagem de que "se vc trabalhar duro vai conseguir, mesmo que seja negro (sofra preconceito) e venha de um background miserável", mas isso é mais implicância minha, acho...

Déborha Coelho disse...

É interessante observar que os contos de fadas tanto influenciam como são influenciados pela realidade cultural. Se formos pesquisar as origens dos contos, no período dos Irmãos Griimm, ou antes deles, as histórias retratavam verdadeiras crueldades, estupros, mortes sangrentas, pq na época medieval era comum e essas histórias eram passadas aos mais jovens para que eles soubessem o que acontecia, de fato, naquela época. Tanto que podemos observar isso por meio desta análise q Lola fez, como nossa sociedade vem mudando e nossos contos tbm, apesar de muita coisa (machismo maquiado, por exemplo) permanecer no inconsciente social.

ana disse...

Olá,
Muito bom o post e os comentários, diversos por sinal, também. Estou assistindo a série "Once upon a time", nela todas as já conhecidas histórias das princesas, e também de outros contos, tomam rumos diferentes. Está na 2ª temporada. Muito interessante. Eu tenho um fraco pelas bruxas. Malévola me encantava.
Ana Mota

Unknown disse...

E tambem as tres primeiras sao super "prendadas", sao donas de casa exemplares! Agora a mais nova princesa da animaçao "Valente" parece ter evoluido bastante, adorei o filme.

Anônimo disse...

Gosto dos filmes da Disney, interessante ver por esse lado. Acho que seria legal até olhar algumas continuações de filmes (mas geralmente as continuações da Disney são péssimas)... O melhor é Rei Leão 2, que tem a princesa Kiara, também tem a continuação da Pequena Sereia, que tem a princesa Melody, e Mulan 2... Esses são os que eu me lembro, algumas continuações eu assisti e nunca mais quis ver, haha. Poderia ter um pouco sobre as princesas não oficiais também. :)

Anônimo disse...

Lola, você se equeceu da Merida!!! A princesa mais feminista da Disney, além da Mulan!!! http://www.papeldeparede.etc.br/fotos/wp-content/uploads/merida-valente.jpgs

Moyza disse...

Interesting trivia fact: Bela é zoófila, já que ela não sabia que Fera tornaria-se humano ao ser amado.

Unknown disse...

Nossa. Tem uns trechos aí que só podem terem sido analisados com muita má fé. Na pequena sereia, o príncipe não adora aquelas que são caladas, mas ele ODEIA aquelas que falam besteiras (o "falar demais"). E o fato dela ficar muda, não é o que agrada ele, mas isso é essencial para que ela veja o sacrifício que está fazendo, e ele também perceba o sacrifício dela em buscar a COMUNICAÇÃO, o relacionamento com uma pessoa. É uma necessidade que todos temos: sem comunicação o ser não se humaniza. Vá por esse lado que você vai ver que ela é uma das personagens mais fortes que há. Infelizmente vocês não entendem muito de histórias. Têm uma visão bem limitada.

Marcelo Delfino disse...

A Disney passa hoje pelos mesmos dilemas que a sociedade em geral. Suas personagens femininas (princesas ou não) não escapariam desses dilemas. Desde o ano passado, tornou-se mais interessante ainda acompanhar como ficarão as principais personagens femininas das histórias da Disney, já que foi em 2012 que o grupo comprou a Lucasfilm, levando uma penca de personagens femininas destacadas (se levarmos em conta cinema, TV, quadrinhos, livros, etc), a começar pela mais famosa delas: a princesa Leia. Aquela que, embora ainda tenha sido concebida com aquele estereótipo da princesa que precisa ser salva, acaba se revelando não só uma líder política, como também uma mulher que toma a frente das situações, e mais ainda quando cercada de personagens imprevidentes. Luke Skywalker e o contrabandista Han Solo não tinham plano de fuga da Estrela da Morte. Se ela não tivesse tomado o blaster de Luke, não tivesse tomado a liderança da empreitada e não tivesse apontado a saída da carceragem pelo duto de lixo, todos eles teriam sido capturados pelos imperiais.

Fernanda disse...

Sou apaixonada por contos de fadas e pelos filmes da Disney! Achei um tema bastante interessante, que gera uma boa discussão. Mas fico na dúvida o quanto essas questões realmente nos influenciam... quero dizer, talvez inconscientemente nos forme uma 'visão de mundo', mas revendo alguns filmes percebi muitas coisas que passaram batidas quando era criança. Em vários aspectos. Principalmente quanto a diálogos sobre coisas que não entendemos (em A Espada era a Lei percebi que tinha reduzido o filme a palhaçadas do Merlin e Madame Min e o Arthur tirando a espada da pedra...) e percebi que muitas das piadas adultas que vemos nas animações atualmente (principalmente as que não são da Disney), provavelmente não são entendidas pelas crianças.
Concordo com quem defendeu algumas das histórias, principalmente a da Ariel. Outro detalhe que acho interessante adicionar é que ela é uma sereia, e segundo o mito elas seduzem os homens com a voz, então por isso toda a questão em cima da voz, e não necessariamente que a mulher não precisa ter voz pra casar e ser feliz... Acho que às vezes tendemos a ver as coisas pelo lado negativo, ou até a autora, pra fazer uma evolução mais linear das princesas, exagerou pra manter a coerência.
Quanto à evolução dos padrões de beleza, em relação ao cabelo, olho, cor da pele não concordo totalmente. Os primeiros filmes são baseados em contos antigos (Grimm, Andersen, Perrault...) e justamente são histórias que se passam na Europa (Alemanha e França, principalmente). Então obviamente os personagens terão características desses povos (que nem sempre são loiras de olhos azuis). E como a Disney é americana começou por esse tipo de história, que é da cultura ocidental. Depois buscaram histórias de outras culturas (árabe, indígena). E aí passaram a inventar as próprias histórias, sempre tentando contar uma história diferente de um povo diferente.
E os vilões serem feios, pode não ser politicamente correto, mas como alguém disse é pra diferenciar, até porque alguns são assustadores, e acho que esse é o efeito nas crianças. Quanto à Úrsula não ser branca, sério, ela é roxa!!! Bom, eu sempre pintava polvos de roxo, e ela é meio que um, não?!
Não sei, acho que as princesas são tão evoluídas quanto poderiam ser considerando o conto original e a época em que os filmes foram feitos. Mulan e Valente são histórias que se passam tão ou mais antigamente quanto às das princesas, só que foram escritas e produzidas nos dias de hoje, e por isso são tão 'moderninhas'. Se Valente fosse feito em 1950, provavelmente um dos pretendentes seria bonitão e a Mérida ia acabar casando com ele.
Bom só estou levantando alguns contrapontos, não que discorde totalmente do texto. Mas talvez por ter crescido com essas histórias, sempre tentando ver o lado positivo e defender (porque às vezes parece que querem banir essas histórias que nem querem fazer com as do Monteiro Lobato, pra não ensinar algo 'errado' pras crianças)

Juri Tanaka disse...

A grande injustiça da Branca de Neve é que os anões a acolheram na casa deles, lutaram contra a bruxa e não a enterraram, pois pensaram que a princesa estava morta (mas isso porque ela era linda e os anões não tiveram coragem de sepultá-la como a rainha previu). Tipo, os anões fizeram o trabalho pesado, mas quem leva o crédito é o príncipe. Aurora tem uma vantagem em relação a Branca de Neve, ela chamou o príncipe para ir a casa dela, com toda a timidez do mundo, mas chamou. Isso era uma atitude bem a frente de sua época, que aliás era a mesma da Cinderela. Quem veio fazer isso beeeem depois foi a Mulan. A Cinderela apesar de passiva, era revoltada com sua situação, já no início do filme, ela ouve o badalar do sino (ou do relógio) e reclama do fato de que tem que trabalhar como uma escrava. Vieram outros filmes da Cinderela, mostrando ela como uma moça mais simples, batalhadora e determinada. A música da Ursula dirigida a Ariel foi uma crítica da Disney ao "cala boca" que o patriarcado impõe as mulheres, afinal quem canta é a vilã.

betoquintas disse...

Johnny Do Later...eu escrevi em meu blog o texto "espírito do tempo" que fala da curiosa identidade feminina no mundo Disney e o reflexo na sociedade. Recentemente a Disney tem revolucionado também o papel e imagem do vilão. Veremos algum progresso na sociedade com essa nova concepção? Eu espero que sim.

Camila Lucena disse...

Lola, adorei seu post.
Aliás é sobre isso que escrevo, pretendo publicar meu primeiro artigo sobre criança e padrões. Neste vou explicar como e por que as nossas crianças acabam tornando algo vulnerável de toda essas mensagens divulgadas nos meios de comunicação. Gostei do post e gostei também do artigo em pdf que você disponibilizou, quem sabe aí uma futura citação hahaha

Obrigada por abordar esta temática (e pode aborda-la mais vezes - pois sobre esta sempre haverá uma leitora: eu) bjs

Ná M. disse...

Lindoooo esse Post, muito bom !!!! Entender que histórias de fadas representam o momento psicológico de gerações é talvez uma grande oportunidade pra mulheres que ainda não estão conscientes do patriarcado nosso de cada dia! Mitos, histórias, nos dizem muito de nós mesmos! Essencial, lindo, adorei!!!

Anônimo disse...

tudo o que li sobre as princesas são mentiras e mais mentiras os príncipes a salvam não e pela sexualidade e sim porque as amam no caso da bela também ela o amava então
então isso foi uma grande mentira esfarrapada

confidencial ;P disse...

eu tenho uma visão completamente diferente da Pequena Sereia, é importante lembrar que ela já queria conhecer a terra firme antes de conhecer o Eric, e o discurso de ser quieta e não ter voz parte da vilã, enquanto o príncipe se apaixona justamente pela voz dela. Ele não beija ela ou diz que gosta dela antes de saber que a voz que ele ouviu na praia é dela, isso não é justamente uma critica a sociedade normativa da época onde as mulheres deveriam ficar caladas e obedientes?

DeniseM disse...

Amei o post!

Meu ícone da infância foi a Rainha Má. Detesto a branca de neve do fundo do meu coração. A rainha é determinada, forte, articulada, ela é criativa e tem espírito. Ela faz escolhas, ela chama pra briga! Tudo o que naquela época (e pelo o q tenho vivido ainda hoje), é considerado ruim para uma mulher. Diva. Amo.

céu azul disse...

Eu tenho 9 anos e não gosto de princesas pathy eu gosto tipo mulan pocahontas e jasmine

Unknown disse...

Não vejo dessa forma, acho que esses contos sao para crianças e de fato nao acredito que elas entendam as historias dessa maneira e que possa afetar em seu comportamento atreveis dessas influencias que vc mensionam. Cresci ouvindo esses contos e sempre li por diverçao e por gostar da magia de um conto de fadas que todos sabemos que nao e real inclusive as crianças

Daiane Martins disse...

Eu nunca assisti a um filme de princesas da disney quando era criança não que eu me lembre,
rsrsrs, de uns tempos pra cá que assisti um ou outro.
Mas eu entendi o que você quis dizer, mas a maioria das histórias vem de lendas de regiões diferentes do mundo e da época......baseado nas culturas e tradições. Não vejo como imposição da "Disney" querendo colocar algo feminista ou machista, mas só retratou é claro com modificações as histórias que já existiam.
Hoje temos princesas diferentes como a Mérida do Valente que bate o pé no que quer, a Fiona so Sherek princesas modernas do tempo de hoje, o cinema acompanha as épocas para acompanhar as histórias.

Anônimo disse...

Gostei

Unknown disse...

Uma cosia que me chamou atenção desde que eu assisti a primeira vez o desenho da Bela Adormecida quando eu era criança foi a passividade e a submissão da rainha, a mãe da princesa Aurora. Ela não falou uma palavra durante o filme inteiro, só o rei, pai da princesa. percebe-se que ela,a rainha era uma mulher bonita, enquanto o rei era um homem feio, do homem não é exigido beleza física para ele conseguir se casar, da mulher sim. Foi ele, o rei juntamente com o outro rei, pai do Príncipe Filipe que era noivo de Aurora que selaram o acordo de casar seus filhos quando estivessem na idade adulta, a mãe de Aurora nunca se meteu. A maioria das princesas da Disney não tinha mãe, e a única que tinha, a sua mãe era passiva e submissa, praticamente "nem existia", não passava de uma mera figuração

Unknown disse...

Embora já tenha pesquisado sobre as versões de chapeuzinho vermelho, é bastante interessante ver toda a influência que contos de fadas tem na nossa sociedade do machismo até o a procura exacerbada pela beleza perfeita acima de qualquer coisa, por exemplo, vejo alguns desenhos da disney atuais como shrek e malevóla quanto em um a aparência não é ponto mais importante para amar e no outro reflete não existir uma pessoa absolutamente má nem absolutamente boa, respectivamente, é determinante para a nova geração ter como exemplos animações que não leva apenas aparência como única e principal característica para uma pessoa.