sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

CRÍTICA: 500 DIAS COM ELA / 500 coisas que odeio no filme

- Eles estão olhando pra gente! Vamos fazer pose de cool!

Já vou começando com uma colher de chá: sim, é possível que eu estivesse muito cansada após um dia inteiro de caminhão de mudanças pegando os meus móveis para entregá-los em Fortaleza, no melhor estilo “Mandou a Mobília e Foi ao Cinema” (espero que o pessoal mais jovem tenha entendido o trocadilho com “Matou a Família e Foi ao Cinema”?). Mas não gostei nem um pouco de 500 Dias com Ela (trailer aqui). Pausa para vocês jogarem tomates podres e ovos em mim. Tô aqui. Mandem. Metam bala. Agora, por favor, taquem alguns tomates no maridão, que gostou menos ainda. Obrigada, obrigada.
Na saída, perguntei pra minha cara metade: “Por que tanta gente gosta tanto desse filme?”. Ele respondeu: “Porque mostra que gente totalmente desinteressante pode parar no cinema”. E galera que nunca mais vai falar comigo depois de eu pichar 500, posso dizer que concordei com ele? Porque o casal de 500 é chatinho que dói. O carinha, Tom, um arquiteto frustrado que trabalha criando cartões e que acredita no amor, é feito pelo Joseph Gordon-Levitt (Stop-Loss). A mocinha, Summer (o título original é 500 Days of Summer), uma não-entendi-a-profissão-dela (mas não importa, desde quando mulher precisa de profissão, né?) que não crê no amor, é feita pela Zooey Deschanel (Sim Senhor, Fim dos Tempos). É a história de um caso que não dá certo, e que é contada dia após dia. Esse é um fator que me torrou a paciência. Odiei aqueles numerinhos na tela, dia 2, dia 326, assim como detesto as legendas em filmes de ação dizendo “Casa Branca, Washington, quinta-feira, 25 de janeiro de 2009, 14:32, tempo nublado”. É realmente importante saber se é o dia 123 ou 258 do relacionamento entre Tom e Summer? Eu mal sei quanto tempo é 500 dias (um ano e meio, aprendi).
Pra vocês não ficarem revoltadas(os) demais e jogarem objetos cortantes na tela do computador, vou contrabalançar o que odiei com algo que gostei do filme. Gostei da narração em off no início, falando do tipo de pessoa que Summer era quando criança. Havia duas coisas que ela mais amava: seu cabelo longo e sedoso e como ela podia cortar esse cabelo sem sentir nada. Algo assim. Mas isso não é explorado. Se a narração não tivesse dito isso, essa característica da Summer apareceria pra gente? Mesmo com a narração, aparece? Não, e sabe por que não? Porque Summer não é um personagem bem construído. Ela não é nada, só objeto do amor de Tom. Tudo bem, entendo que ela seja totalmente vazia e não dê explicações pro seu comportamento porque, afinal, ela não existe fora da visão do Tom. Mas e ele? Como explicar como ele é opaco? E por que euzinha aqui devo me preocupar com o destino de duas almas tão pouco sólidas que desmancham no ar?
(Rápido, Lolinha, rápido! Um aspecto positivo!). Ahn, gostei da cena em que Tom sai sorrindo, e isso vira um número musical, porque, afinal, sou fã de musicais. Só acho que faltou criatividade nos gestos que fazem pra ele. Todo mundo apontando, como se dissesse “You're the one!”, “você é o cara”. Mas eu me identifico, porque tem vezes em que estou tão, mas tão feliz, que começo a rir sozinha, na rua, e dá pra ver como isso é contagiante. Só que o diretor Marc Webb faz de praticamente toda cena um número musical. Este é seu primeiro filme, mas ele já era diretor de videoclips, e juro que eu saberia disso sem que precisasse ter lido. 500 é inteirinho um segmento de videoclips, um após o outro. Como disse um crítico americano, o filme é como se fosse um Noivo Neurótico, Noiva Nervosa para a geração i-pod.
Ah, concordo com a crítica, se se pode chamar assim, que 500 faz da indústria de cartões. Tem cartão pra tudo. Uma data fabricada exige um cartão, certo? Cartão pro dia das mães, pro dia dos namorados, pro natal. E pra expressar o que você sente. E aí eu penso: pô, você se expressa sendo você mesmo, escrevendo o que você sente. Não comprando um cartão genérico cheio de obviedades que alguém (alguém que não te conhece nem conhece a pessoa que vai receber o cartão) escreveu. Cartões com desenhos ou fotos bonitinhas, eu gosto. Mas dispenso os dizeres. E a internet fez proliferar muito esse culto à impessoalidade. Email é ideal praquela pessoa incapaz de mandar ou responder um email, mas que manda correntes ou slides de fotos pra toda sua caixa de endereços. É o seu jeito de dizer “Estou pensando em você”. E se você reclama que não tem notícias da pessoa faz séculos, ela pergunta, espantada: “Mas você não recebeu meu email?”, referindo-se ao slideshow que ela enviou com as abelhas se reunindo em torno de um jarro, e que você deletou sem abrir. E pior que cartões ou emails impessoais, só aqueles cartões telefonados, ou o caminhão de som que vai até sua porta explodir fogos de artifício. Já contei sobre uma vez em que eu convidei uma turma de amigos pra um churrasco no meu aniversário? Poucos minutos antes do início marcado pras pessoas começarem a chegar, quando eu estava desesperada correndo de um lado pro outro organizando as últimas coisinhas, toca o telefone. Uma voz diz que eu recebi um cartão telefonado, que ela tocará a seguir, mas que só dirá quem enviou o treco após eu ouvir o cartão. E eu lá, revirando os olhos, pronta pra ouvir qualquer banalidade sobre como o meu aniversário é uma data especial pra humanidade ou, pelo menos, pra mim. E aí começa a gravação: “Mãe, o seu dia é...”. Quando terminou, voltou a voz, disse que ele foi enviado pela minha amiga tal (anotei no meu caderninho negro pra toda a vida), e ainda perguntou: “E aí, gostou?”. E eu: “Ô. O problema é que eu não sou mãe”. E a pessoa: “Opa! Desculpe, foi o cartão errado. Espera que eu já coloco pra tocar o certo!”. Então eu desliguei, né? E depois fui tentar explicar delicadamente pra minha ex-amiga por que esses cartões-aberrações representam o atraso da sociedade moderna.
(Espero que essa pequena interrupção tenha dissipado a sua raiva. Pra vocês poderem reabastecer:) odeio quando mostram uma cidade, falam que é uma das mais bonitas do mundo, e só depois de uma hora de filme anunciam que cidade é — Los Angeles. Dá licença, ô centro do universo! Ninguém é forçado a reconhecer uma cidade americana só de olhar pra ela. Nova York é até fácil, tem aquele skyline clássico (e eu fiquei boba ao pisar em NY em 2008 e perceber o quanto eu já conhecia a cidade — pelos filmes!). Mas LA não é NY. E vem cá, uma das cidades mais lindas do mundo?! Aquele lugar em que sem carro você não é nada? Minha definição de beleza é um pouco diferente.
E por falar em beleza, a Zooey é bonitinha com uma pontinha de cinismo. É doce mas um tiquinho amarga ao mesmo tempo. E o filme é assim mesmo, copiando a Zooey. Só que, acima de tudo, vazio. Vápido. Obscuro. Vocês pensam que Summer e 500 são cool, mas não são. Ambos se esforçam demais pra agradar, e isso não é cool.
E o pior (preparem-se que vou falar bem) é que acho que, no departamento amoroso, eu tô muito mais pro Tom que pra Summer. Eu meio que acredito em destino, no sentido de como que eu e o bofe do maridão fomos parar no mesmo lugar ao mesmo tempo. E eu preciso fazer planos. Isso da Summer gostar do Tom por enquanto, não pra sempre, seria difícil pra mim (quer dizer, não tô falando só de sexo, de uma noitada, mas de um relacionamento de meses). Summer está longe de ser uma vilã, já que é bastante honesta com Tom. Mas eu me senti muito mal na semana em que namorei dois carinhas ao mesmo tempo (um deles era o maridão), sem contar nada pra eles. Não sabemos o que Summer sente, e nisso 500 é bem convencional e conservador. Ela faz o que quer (mesmo que tenha a grande preocupação de não ferir os sentimentos do homem-protagonista), mas o universo permanece totalmente falocêntrico. Ele é que conta a história, his story.
(Vocês devem ter reparado que não tenho mais pontos positivos pra falar sobre o filme há uns cinco parágrafos. Ah, lembrei:) Adoro como o dinheiro nunca é problema na vida dos dois privilegiadinhos. (ops, não foi exatamente um elogio; enganei vocês, foi sem querer).
500 é pra pessoas que não entenderam A Primeira Noite de um Homem (o único personagem interessante daquele clássico dos anos 60 não é o mocinho, e muito menos a mocinha, mas a mãe da mocinha, a Mrs. Robinson!). É meio uma comédia romântica pra gente cool que não gosta de comédias românticas, e que, pior, se acha superior a quem gosta de comédias românticas. (Agora que vou ser linchada mesmo). Mas a Summer é tão insípida quanto qualquer protagonista de comédia romântica. E troca de roupa tantas vezes quanto qualquer princesa que se preze.
E agora quem vai trocar de roupa sou eu, que todos esses tomates jogados em mim me deixaram vermelha.

71 comentários:

Lord Anderson disse...

Lola, eu não quero assim abusar da sua boa vontade...

Mas será que vc poderia refazer a critica?

É que assim, não entendo nada dela...

Bruno S disse...

Me desculpe, mas fiquei com a impressão de que você assistiu ao filme com algum tipo de implicaância pévia.

Como disse o Lord Anderson, eu também não entendi muito os motivos de não ter gostado do filme.

Você diz que achou o Tom opaco, mas não diz o porquê. Ou o problema era a Summer ser pseudocool.

Talvez o cansaço tenha te atrapalhado, mas logo no começo ela apresentada como nova assistente do chefe da empresa.

Tudo bem que dinheiro não parece ser problema, mas nada que eles fazem no filme parece estar além do padrão de vida que poderiam sustentar.

babsiix disse...

Lola, eu admito q n achei tb o filme lá essas coisas apesar de ver q varias pessoas e criticos adoraram. E ficava pensando cmg mesma: "o q esse filme tem q eu n percebi ainda? o q o faz ser bom?"

Bom, plo menos agora encontrei alguem q tb n achou lá essas coisas- mais ainda detestou.

O filme é tão normalzinho..

Unknown disse...

eu não vou jogar tomates em vc, não...hehe...mas eu adoreeeeeeeeeeei "500 Days of Summer". Já entrou pra minha lista de favoritos!!!
:)

Anônimo disse...

fiquei com a impressão de que você assistiu ao filme com algum tipo de implicaância pévia.[2]

Gostei muito do que você falou dessa impessoalidade de cartões, emails reenviados e afins. Principalmente porque me insiro totalmente nesse contexto, porque adooooooooro esses emails idiotas encaminhados, tenho relacionamentos de anos que se sustentam só na base do encaminhar emails, e sou incapaz de conversar algo além desses emails com essas pessoas =D

disse...

Eu amei o filme, amei antes de ver a amo mais agora. Um porque amo o estilo a Zooey, outra porque amo comedias românticas e gostei ainda mais depois de descobrir que o Joseph fez 10 coisas que odeio em você (que eu amo muito).

Joguei tomates em você quase o post inteiro (apesar de adorar suas criticas). Parei quando você disse: “É meio uma comédia romântica pra gente cool que não gosta de comédias românticas, e que, pior, se acha superior a quem gosta de comédias românticas.” Eu amo comedias românticas e não vejo filmes de terror (não curto MESMO), e odeio quando aquelas pessoas que não vejam nada que tenha um casal se amando na capa reviram os olhos quando falo isso.

Enfim, cada um tem a sua opinião e respeitando a sua vou deixar você jogar tomates em mim. Porque eu não gostei de Avatar, hahaha.

Marlena disse...

Concordo com você em quase tudo, Lola. Você se esqueceu de mencionar a personagem da irmãzinha: madura como pessoas que já tiveram muitos relacionamentos profundos. Ah, faça-me o favor! 500 é assim, assim... Esteticamente bonitinho, arrumadinho, mas tudo é muito artificial.

Renan Lazzarin disse...

Minha paixão por (500) Dias com Ela começou tempos atrás, quando acabei assistindo ao trailer por acaso. Dali até ver o filme no início de dezembro foram meses de expectativas altas, que no fim se provaram bastante válidas. Esse é fácil, fácil um dos melhores filmes do ano para mim. De fato, é a melhor comédia romântica desde Amélie justamente por subverter o gênero. Não gostei do filme por ele ser cool, mas sim pela sua originalidade, que tanto falta à grande balaiada de comédias românticas lançadas todos os anos.

Em Vicky Cristina Barcelona, descobrimos que Cristina havia feito um curta de 12 minutos sobre por que é tão difícil definir o amor, ao que Woody Allen nos responde que é muito pouco tempo para retratar tal assunto. Ao fim da uma hora e meia de (500) Dias com Ela, fica a impressão de que o sucesso foi devidamente atingido. Um êxito tal, aliás, que passei o resto do dia deprimido por ter que reconhecer uma realidade com a qual é tão difícil de se lidar.

O casal de atores nos brindou com uma das melhores performances cômicas (ou dramáticas, como quase as considero) do ano, conseguindo dar vida a um roteiro igualmente excelente. É uma estreia respeitabilíssima para Marc Webb, cujos próximos trabalhos pretendo acompanhar.

Em 90% das vezes minha opinião sobre um filme coincide com a sua. Mas esse ano já discordamos com Lula, Sherlock Holmes e agora (500) Dias com Ela. Só falta você dizer que Guerra ao Terror é a obra-prima do ano. Daí paro de ler suas críticas na hora haha Brincadeira, a sua opinião é uma das que mais levo em conta para ver um filme e é normal que haja divergências. Aliás, seus textos ficam ótimos até quando você não gosta da fita. Seu humor não tem preço.

Fica a dica, porém, de assistir ao filme de novo daqui a um ano ou algo assim, quando você já estiver livre do stress da mudança e de outros fatores externos. Quem sabe você muda de ideia.

Enfim, toda a sorte do mundo na sua mudança. Abraços,

Renan Lazzarin

Bárbara Reis disse...

Eu gostei do filme, não é perfeito. Mas é muito bom sim, os personagens são simples... e o objetivo do filme, é mostrar como acontece o amor de verdade, numa cidade grande. Não é todo mundo que tem a sorte de encontrar alguém pra toda vida, como você, Lolinha. A intenção é mostrar como as pessoas entram na nossa vida, e a gente vai tentando conquista-la... mas acontece que um dia ela vai embora, e você fica mal, muito mal, até se conformar, e se abrir pra uma outra pessoa. E mostrar como desilusões amorosas nos fazem ficar céticos... e sim, é explicado porque a Summer não acredita mais no amor. Eu achei muito interessante, a Summer ser a pessoa livre de sentimentos, e o Tom ser a parte mais fofinha, principalmente porque eu não acredito que homens tenham sentimentos, e porque na grande maioria esmagadora das vezes, quem passa 500 dias sofrendo é a mulher. Enfim, fora tudo isso, a trilha sonora do filme é incrivel...

Mas você tem todo o direito de não gostar... só não pude deixar de defender o filme, porque eu gosto bastante dele.


Beijos,
Saudades de você, Lolinha!
Boa sorte na mudança!

Anônimo disse...

Ainda não vi o filme mas depois da sua crítica, sinto que devo assistí-lo imediatamente, e tenho o palpite de que vou gostar.

Hahaha, adoro suas críticas Lola, de verdade. São muito mais do que críticas, porque tem você o texto todo... Mas é que ultimamente estamos discordando tanto em relação aos filmes, que acho que devo arriscar dez reais pelo ingresso no cinema!

Anônimo disse...

Lola,

Eu também odiei o filme. E não estava cansada :) Meu marido também não gostou. E olha que fomos ao cinema (coisa que amamos fazer) depois de meses sem conseguir fazer este programa por falta de quem ficasse com a filhota. Fomos cheios de expectativas e odiamos o filme.

Achei o filme bobo e os personagens...chatos! Gente, aquele protagonista era muito chato! Eu nunca me apaixonaria por ele se fosse a Summer, carinha infantil e inseguro. Nem dá pra lembrar que é bonitinho no meio de tanta chatice.

Mas mudando de assunto, tenho curiosidade pra saber sua opinião sobre os filmes do Almodóvar (que adoro!). Você assisistiu Abraços Partidos?

Beijos,
Aline

Fabiana disse...

Eu achei esse filme extremamente conservador. Nojento, perdi quase duas horas da minha vida.

A única coisa que eu gostei foi das roupas delas.

Me sinto aliviada pq vc não gostou também.

Sabrina disse...

Lola, não entendi o que você (e o crítico americano) quiseram dizer com a frase "o filme é como se fosse um Noivo Neurótico, Noiva Nervosa para a geração i-pod." Acho que vou precisar de um desenho! Eu gostei de 500, gosto de Noivo Neurótico, Noiva Nervosa e gosto de Ipod também...

Vou apontar o que eu considero como aspectos positivos: primeiro, o ator que faz o Tom não é um protagonista típico de comédia romântica. Ele é um cara normal, nem lindo, nem feio. A Zooey não é a princesinha procurando por um namorado/noivo/marido, é segura e confiante e nem por isso é chamada de bitch. Existe uma inversão nos estereótipos: não é ela quem quer casar e viver uma história de amor. Não é ele quem quer liberdade, uma relação sem compromisso. Ele tem uma irmãzinha pra quem ele pede conselhos. Enfim, essas são algumas das razões pelas quais eu gosto de 500.

E eu tenho um caso de amor com a trilha sonora do filme! Quando no começo, o narrador diz que o Tom tinha uma ideia de amor baseada em música pop britânica, o filme me ganhou: eu sabia que vinha música dos Smiths. E ainda tem outras cantoras que eu gosto e uma referência a outra banda que eu gosto muito. O filme ganhou meu coração ali.

Quanto às suas críticas... O que tem o Tom ser um arquiteto frustrado? E você critíca que a Summer não tem profissão definida e atribui isso ao fato dela ser mulher. Mas no filme, o sucesso profissional deles não importa, porque eles trabalham numa fábrica de cartões... Não é como em A Proposta, que o sucesso profissional é uma parte da história. Sobre o personagem da Summer não ser bem construído, eu não concordo. O que eu acho, é que a Summer não precisa ser entendida e por isso o comprtamento dela não precisa de justificativas. Ela tem a premissa de não ser uma heroína romântica. E nem no final do filme, apesar do desfecho de sua personagem, ela muda sua opinião sobre destino.

Bom, como você vê, eu defendo 500 como uma ótima comédia romântica. Ela não é uma história de amor, é a história de um cara que encontra uma garota.

Beijão!

Júlio Pereira disse...

Fiz questão de não terminar de ler a critica.
Pelo simples motivo que isso não é critica, é sua opinião, e são 2 coisas bem distintas. Você diz que não gostou dos números, que tem ódio disso, isso é sua opinião, e não um aspecto negativo para o filme em si.
Você diz que os personagens são vazios, mas a sua "critica" é muito mas, já que você não explica realmente porque não gostou do filme.
Você tem que aprender que o que você está escrevendo é opinião(Mauricio Saldanha faz isso também, mas ele sabe separar as coisas, por isso tem muito mais visitas que você).
Enfim, vamos ver se um dia você se torna critica de cinema.

Fabiana disse...

Sabrina, pelo que eu entendi da frase da Lola é que os dois cineastas (tanto o Woody, quanto esse aí)usam de relacionamentos não convencionais no cinema, aqueles que as pessoas dizem que não dão certo, pra falar de amor. E ambos os protagonistas homens tentam juntar as migalhas, reconstruir uma relação que já acabou.


Mas, note, Anie Hall é uma mulher independente, que não se importa tanto em parecer qualquer coisa e o filme, é libertário. Porque afirma que a mulher pode fazer o que bem entende e não precisa se justificar a todo instante. E a Summer, ao fim e ao cabo, como a Lola bem definiu, é uma mocinha sessão da tarde a espera do seu grande amor. Que casa de véu e tudo.

E, também porque, o filme não é feito numa sequência narrativa (mesmo que o filme não seja linear, geralmente é usada uma sequência). É feito de fragmentos, meio que soltos. Isso é dito da geração Ipod, porque a garotada não tem muita paciência pra coisas que demandem mais reflexão e introspecção.

A música no Ipod é meio que utilitária, serve pra distrair e nós, balsaquianas, gostávamos de refletir sobre o que ouviamos. Por isso hoje tudo que é música nos parece efêmera, assim como esse filme.

Valéria Fernandes disse...

Conheço as críticas do Mau Saldanha, mas ele é tão opinativo quanto a Lola e muito mais violento em descascar alguma coisa que ele realmente não gosta (*assim, afetivamente falando*). Aliás, não vale a comparação, nem acho que a Lola esteja competindo com alguém para conseguir mais visitas.

Dito isso, não vi o filme, e compartilho da opinião do Anderson, não foi um texto muito inspirado ou organizado dessa vez. Eu gosto de ler as críticas da Lola, não para concordar ou por ela ser imparcial (*coisa que ela NUNCA diz que é. Feministas geralmente fazem isso.*), mas porque é um ponto d evista relevante. Daí, assim como faço quando assisto o Cabine Celular do Mau Saldanha, peso se vale assistir ou não. conehcendo a pessoa, sei exatamente o que pode ou não me atrair. :)

Sherlock Holmes e A Duquesa foram casos em que discordei de Lola. SH, assisti antes dela, mas o/a leitora critica não precisa ser tutelao pelo blogueiro crítico de cinema, simplesmente precisa conhecer-se a si mesmo. De que eu gosto? Do qeu não gosto? Vale a pena para mim?

Elaine Cris disse...

Fiquei curiosa pra ver o filme e não tenho a mínima idéia se vou gostar ou não, porque costumo gostar de comédias românticas que "saem do padrão"...
Lolinha, eu até concordo que o nosso mundo é irritantemente falocêntrico, mas pelo menos as comédias românticas costumam sair um pouco disso não? A maioria dessas histórias é sobre mulheres e 500 seria uma exceção, não?...
Bom, mas aí acabo de me lembrar que a maioria das comédias românticas gira em torno da procura pelo príncipe ( com poucas exceções como O Diabo veste prada, por exemplo) e aí acaba sendo uma coisa meio falocêntrica enquanto filmes geralmente "voltados pra homem" não coloquem as mulheres como centro ou objetivo principal...
Ah, agora fiquei confusa!!

Abçs Lola!!

Amanda disse...

Eu tbm detestei esse filme. Me venderam como se fosse "a nova geracao do cinema americano", no estilo little miss sunshine, mas nao tem nada a ver! Filme pretensioso, que se esforça a ser cool, mas que na verdade é mais reaça que as comédias romanticas normais. Spoiler: Ta certo que no inicio a mocinha é rebelde e o cara é romantico, mas no fim os papéis se inverte e ele vai à caça e ela se casa. Porra!

O papel da irmãzinha tbm é ridiculo, como bem lembrou a Marlena, e acho que foi uma das coisas que mais me incomodou no filme. Foi a prova irrefutavel de ma qualidade da obra.

Mas eu adorei vc falar que quem gosta desse filme é o tipo de gente que se acha superior ao publico das comédias romanticas e que na verdade é isso mesmo que eles sao tbm. Arrasou Lolinha!

Ah, a parte que vc falou sobre os emails, correntes e slides também adorei! Eh isso mesmo que acontece!

betina disse...

oi lola!

tb admito q o filme não é lá essas coisas... mas acho q esse nem era o objetivo. é só uma comédia romantica despretensiosa... desses pra vc ver em uma tarde gostosa.

mas e a trilha sonora? nem ela vc acha q salva?!?

bjos

Má disse...

Lolinha,,concordo totalmente com você!!
Achei o filme todo fragmentado e vazio...
Não sei, sei que foi bem quisto o filme e tal, mas não gosto muito, como vc disse desses filmes que querem parecer ser "cool"..
Tive esta impressão tb, as musicas bonitinhas demais ( e boas!), o figurino, as frases etc...

Sei lá Lola, não sei se você havia pensado nisso, mas li em algum lugar, acho que num blog de cinema um cara que disse que a zooey deschanel, a ellen page e a charlene yi são os novos moldes americanos...
Fiquei com isso na cabeça depois que vi este filme e "Paper Heart" (já viu?)e lembrando de Juno..
Não curto muito os cine pipoca mega produção, atrizes só bonitas, mas será que estes tipos de filmes pré-construidos p serem cool fazem diferença?
Fiquei pensando muito nisso depois que vi Summer e Paper Heart..
Por outro lado,no site Filmow, ler o povo dizer que se incomodou do filme "Paper Heart" porque a Charlene Yi é feia me incomodou demais...!!!!!
Tô misturando tudo, mas tenho pensado nisso que por um lado estas atrizes valem a pena estarem na tela enquanto uma representação de mulher fora do padrão único (loira, alta, magra com tal roupa etc..) mas enquanto filme e arte isso por si só não garante um bom filme (lindas mulheres já fizeram ótimos filmes!)..

Venho discutindo sobre isso aqui em casa, sobre filmes bons, sobre representação da mulher p pensar esses filmes pré feitos p serem alternativos...
Bem que você poderia escrever sobre isso né!!

Agora "A primeira noite de um homem" adooooro!!

Beijão Lolinha!

Má disse...

Ahh Lolinha, só p complementar que não é que detestei o filme..;)
Achei interessante a alusão do Sétimo Selo no filme, (spoiler) o final que não ficam juntos, a música...
mas..como alguém disse aí em cima, nada demais além disso...

agora vou mesmo..

Bruno S disse...

Fabiana,

não sei se você prestou a devida atenção no filme, mas em nenhum momento a mocinha(ou vilã) está procurando o grande amor. Mesmo quando ela se apaixona casa e tal não há ênfase nisso.

E ainda não consigo entender o que acham de tão pretensioso no filme. A narrativa fora de ordem, de tão batido, não deveria incomodar ou surpreender mais ninguém.

Continuo achando uma história simples, bem contada e divertida. E ainda tem o mérito de ter várias passagens em que as pessoas tendem a se identificar com o que acontece com os personagens.

L. Archilla disse...

estava em dúvida se veria ou não o filme, mas agora, só se passar na tv, mesmo. a sinopse já não tinha me despertado vontade nenhuma, e se tem uma coisa q eu detesto é filme-pra-ser-cool, tipo Juno.

no mais, vê se aprende a escrever crítica, hein, Lola! por enquanto "só" deu opinião. ahahhahahaha

vamolá, galera, todo mundo: tchaaaau Júliooo!

L. Archilla disse...

Jarid, será q foi Simplesmente Amor? tinha pai viúvo com filho, portuguesa q se apaixona por escritor.. só não tinha casal q fazia filme pornô (não q eu me lembre)... acho q vc tá confundindo... oq vc anda vendo, hein? hein? AHAHAHAH

;)

Dai disse...

Oi Lola,

Eu também não gostei do filme e fico feliz em encontrar alguém que partilhe disto. Muitos d@s meus/minhas amig@s acharam fofinho, antenado, etc. E eu fiquei calada, achando que eu era muito exigente e chata.
Eu acho a Zooey linda, adoro o estilo dela. Também acho que a moça canta muito bem. Mas a empatia acaba aí. Se em quase famosos ela prometia, depois coseguiu acumular uma atuação estereotipada sobre a outra. A narração em off achei meio uma tentativa ameliepoulainesca que não deu certo pois não se encaixa no resto do clima do filme. O filme me pareceu todo ele uma tentativa em vão.
De fazer algo realmente relevante para um público jovem de aspirações indienescas. De consagrar atores promissores (ele até tem os seus momentos inspirados, mas, a Zooey... como atriz é excelente cantora).A comparação com Annie Hall acho que desconsidera algo muito importante. Annie Hall, mesmo aos olhos de Wood, é uma personagem consistente, com passado, sonhos, motivações, conhecemos a vovó Hall, entendemos pq ela se veste daquela forma masculina, descobrimos que ela quer ser cantora, rimos com seus desacertos. Nos apaixonamos e sentimos a dor da sua partida. Já a Summer, acho que fica reduziada a uma bitch, mesmo, uma figura superficial, etérea, uma bonequinha bem vestida e sedutora, que desvanece quando o rapaz perde seu encanto por ela. Ela se esvai na trama, sem deixar nada que nos marque, a não ser seus lindos vestidos e belos olhos azuis (isto, sim, é mérito da Zooey). Eu entendi tudo o que vc escreveu, provavelmente porque assisti ao filme e pq concordei quase que totalmente. O que é raro, mesmo gostando muito de suas críticas, costumo discordar de muita coisa (preciso dizer que odiei Avatar?). Mas acho que é isso mesmo. Crítica é impressão, é personalista, ser muito benevolente às vezes é ser desonesto consigo mesmo. E aí não rola. Beijocas e aproveita os tomates numa lasanha à bolonhesa, hahah!

Fabiana disse...

Sabe, Bruno, eu gosto de entender as coisas. Procuro não ficar numa visão superficial. Então, a mensagem implícita desse filme é a de que a vida só estará completa quando a pessoa encontra um grande amor. Mesmo que ela, no início, não queira admitir no fim ela confirma. Lembra da última frase do filme? Que ela disse pro cara de pastel amanhecido que ele estava certo sobre ela?

P.S. odeio gente de internet que tenta desqualificar a opinião de outra pessoa pra reforçar o seu ponto de vista. Antes de dizer que *eu* não prestei atenção no filme, tente perceber se há algum ponto que *você* entendeu diferente. :^)

Roberta disse...

Achei o filme sem sal tbm Lola.
Mas na verdade fiquei boa parte do post pensando na cara que vc fez quando a "homenagem"telefonica começou a tocar :)
KKKKK

Unknown disse...

Lola, adoro seus textos, mas em geral gosto de uns 80% dos filmes que você não gosta e vice-versa. Então leio , me divirto com o texto e aproveito pra conferir aqueles que vc não gosta! Tem dado bastante certo!!!

Eu lembro de um casal fazendo filme pornô em simplesmente amor. Na verdade, acho que eles se tornam um casal ao longo do filme.

Vitor Ferreira disse...

Lola, não dê ouvidos aos comentários, não assiste esse filme de novo não. Eu vi e achei mediano, mas cada vez que penso nele ou leio a respeito, gosto menos. É fraquinho mesmo. E a Zooey é péssima. É um Keanu Reeves de saias. Acho muito pouco interessante ver um filme sobre desilusão que quer transformar isso em comédia. Acho que o único mérito é que o roteiro não é clichê, mas fora isso, é bem fraquinho mesmo.

Vitor Ferreira disse...

Lola, Continue a escrever como preferir e achar que deve. Não acredito que você esteja competindo por "ibope".

E Bárbara Reis, essa guerra dos sexos já tá fora de moda. Dizer que homens não têm sentimentos é no mínimo ingênuo.

Jarid, o nome do filme eu acredito que seja Simplesmente Amor (Love Actually).

Anônimo disse...

L. Archilla, a Jarid naum se confundiu naum, foi 'Simplesmente Amor' o filme q ela assistiu e tem um casal q se conhece no teste de luz p/ um filme pornô sim.

luci disse...

ai, nao, cruzes. nao vi esse filme e nao vou ver porque me lembrou muito juno. "o que eh que tem a ver?" tem a ver essa vontade de ser cool, pô.

eu vi o cartaz desse filme, olhei pra cara da menina e disse "conheco ela, nao sei de onde e nao gosto". nao lembrava porque, mas agora vejo que eh porque detestei "yes". detestei a personagem dela.

acabei de ler tua critica sobre juno e ADOREI! perfeito! tudo! um grande amigo ficou horrorizado porque eu disse que odiei juno. mas paciencia: a menina tem 16 anos, tah gravida e ainda consegue ter/manter um humorzinho ironico inabalavel? vomitei.

Júlio Pereira disse...

Ah, luci, eu tenho uma irmã que teve filho com 16 anos e tem sim um humor ironico inabalavel, a vida de uma pessoa não para quando ela tem um filho não, é aí que você se engana(se você achar outro aspecto ruim no filme, mostre ele, mas esse não, por favor.)

luci disse...

julio, desculpa ai, mas eu nao tou enganada porque eu nao quis dizer que a vida de uma mulher para quando ela engravida (seja aos 16, seja aos 26, aos 36 etc...). o que eu tou criticando é como a personagem dela eh totalmente fora da realidade. os dialogos do filme sao como os dialogos da serie "gilmore girls": ironia atras de ironia, piadas prontas e super inteligentes, como se as pessoas falassem assim no cotidiano. me poupe.

ah, e foi mal (de novo), mas eu tenho o direito de achar o que eu quiser da trama, independente da experiencia que sua irma teve com a gravidez dela.

| viviana | disse...

Lola, é, essa sua crítica tá mais para desabafo! Nossa, é só um filminho! Pra que tanto ódio no seu coraçãozinho? Haha.

Gostei de "500" mas não achei ótimo. Como disse, é só um filminho. Gostei que a narrativa não segue uma linha temporal, vai e vem misturando o momento "bliss" de uma relação, e quando as coisas começam a azedar. Gostei que é o mocinho quem é romântico e quer uma namorada de verdade, enquanto a mocinha é quem quer ter sua liberdade e curtir a vida.

E o número musical serve exatamente para ser forçado. É uma paródia, uma metáfora para mostrar que quando a gente tá apaixonado parece que o mundo gira em torno da gente.

Eu amei a trilha sonora, brinquei que parece que fui eu quem escolheu as músicas. Isso, claro, me cativou. É bom por uma vez sentir seu gosto representado na telona, ao invés de Celine Dion e Phil Collins (com desculpas a quem gosta).

Bjs!

L. Archilla disse...

caramba, vi Simplesmente Amor esses dias, adorei e não consigo de jeito nenhum lembrar de um casal q se conhece em teste de luz de filme pornô! quando puder vou rever...

Anônimo disse...

Viviana! Também tive a impressão de que eu tinha feito a trilha sonora, rsrsrsrs. Será que a trilha sonora também foi pseudo-cool? Olha eu aqui, cada vez me identificando mais =D

anália disse...

Vixe, Lola! Ou o filme é péssimo mesmo ou a mudança te deixou amarga, hahaha! Que pesadelo!
Beijos,
Anália

Unknown disse...

Lola,
Hoje eu estou escrevendo pra pedir ajuda pra protestar contra a violência e matança de gatinhos que está ocorrendo no bairro do Grajáu . Rio de Janeiro em nome do comércio ilegal de aves silvestres. Apesar de eu ligar da Noruega para o disque denúncia no Rio de Janeiro, fui mau tratada e não consigo outra forma de protesto que ponha um fim nesta situação. Tive a idéia de entrar em contato com um maior números de blogs possível pra protestar contra essa situação!!!!Por favor passe no meu blog (marciasovik.blogspot.com) e leia sobre essa situação. Aceito diversas sugestões!!!!
Grande abraço

Juliana disse...

eu adorei 500 dias, mas como eu já disse, não é mto difícil me agradar, especialmente numa comédia romântica, ainda por cima com o Joseph Gordon-Levitt...

e quanto ao Simplesmente Amor, as cenas do casal que faz "stand in" pra filme pornô foram todas cortadas na televisão, não me lembro se na Universal ou na Warner...

Ághata disse...

Pf, gravidez numa menina de 16 anos é uma barra! Não importa que a guria seja fora de realidade o bastante para achar isto "normal"! Isto só prova que ela não tem noção mesmo do que é a responsabilidade de gerar e criar uma criança!!
Mas também, com 16 anos, como se entende as proporções disto??

Agora, é claro que tem aquelas meninas sortudas que tem condição de continuar estudando, ganhando mesada do papis e tendo o filhote criado pela mãe (agora avó) e pela babá, sem precisar nem abdicar das baladas.
Aí, é mais fácil, é que nem ganhar irmãozinho, né?

| viviana | disse...

Gente, mas se formos ver em cinema tudo o que não corresponde à realidade... Filme fiel à realidade é documentário.

Jamilla disse...

Lola, adoro suas criticas + esse me decepcionou... acho q vc deveria rever o filme e ver como ele trata de um tema batido sendo diferente. Particularmente, só gostei do filme depois de uns dias , pq na hr em q acabou eu achei vazio + depois eu fiquei pensando o quanto ele se aproxima da realidade, já que mesmo q existam pessoas como o Tom(meu caso), sempre vão existir pessoas como a Summer e a gente nunca sabe quando vai ser pra vida toda.

Letícia disse...

Tá sabendo que o Marc Webb fechou com a Sony de dirigir o reboot do homem-aranha?

Patty Martins disse...

Oi Lola!
que bom que vc já tava preparada pra levar tomate, hein?? rsrs

Mas vou ter que discordar de você dessa vez, amei 500 Dias com ela. Fui ver no Festival do Rio em setembro, e não sabia nada do hype em torno dele, e saí do cinema bem feliz.
Claro que não é nenhuma revolução no filão das comédias românticas, mas sai da mesmice do que vemos por aí, além da trilha sonora maravilhosa e do clima gostoso, pop, moderno.

Eu, particularmente, me "super-identifiquei" com a Summer, então a minha simpatia pelo filme foi maior. Mas o filme dividiu opiniões sim, pelas críticas que li por aí, não foi uma unanimidade não.
bjoss

Veruska disse...

Noooossa, tanta controvérsia, tanto amo e odeio, que vou ver esse filme imediatamente. Ruins são os que provocam indiferença;)

L. disse...

Lola! Então, nunca gostei de comédias românticas,narrativas coesas que anunciam e delineiam tipos urbanos perfeitos. Porém em 500 dias a sensação experimentada é outra, a roupagem cool do casal e as crises comuns esboçadas não derruiram minhas expectativas que começaram com a trilha sonora (sensacional!)e os discursos de Summer em relação aos compromissos e garantias de uma relação (Sei que as problematizações da personagem não avançam em diálogos profundos, mas seria necessário esse tom?)
Não concordo que summer assuma no filme o papel de objeto de amor de tom, ela sugere, proporciona mais em suas performances, falas que denotam uma menina livre, inteligente.
Quanto ao moço que canta pixies no karaokê - apesar de evocar ares de normalidade - ensaia e revolve os dramas com uma inquietude que comove, pelo menos a mim.
abraços a todxs!

L. Archilla disse...

que decepção! vi um filme mutilado!

Jéssica disse...

Lola, você esqueceu da trilha sonora que é bem legal! - a nao ser que também nao tenha gostado :(

Vivien Morgato : disse...

"É meio uma comédia romântica pra gente cool que não gosta de comédias românticas, e que, pior, se acha superior a quem gosta de comédias românticas"

ah, depois dessa, me mato de rir...não há nada pioooor do que isso.;0)

Quando aos cartões/emails gerais, é realmente chatérrimo. Eu recebo algumas coisas repassadas pela net que valem a pena, mas alguns dos meus amigos insistem em me mandar - muiiiitas - msg piegas e tolas, que deleto irritada.

Tina Lopes disse...

Não vi o filme, adoro o ator - que era guri qd fazia a série Third Rock From The Sun, um fofo - e acredito q vc tenha implicado, hahahaah! Então talvez até o veja nas minhas férias. Queria só comentar que qd eu era publicitária ODIAVA ter que fazer textos de cartões pras empresas mandarem aos clientes; tinha que ser sempre um negócio original e que tivesse uma sacada da data com o ramo da empresa. Tipo "esquecer de você nessa data seria um papelão", pra uma fábrica de papéis, hahahaha - história real.

Júlio Pereira disse...

Viviana, filme fiel a realidade não é documentario, tem varios filmes que são ligados a realidade e não são.
E documentario documenta alguma coisa, não necessariamente tem que ser real, tem bastante documentario fake

cris disse...

concordo com o julio pereira quando ele diz que o que você escreveu não é uma crítica, uma resenha, mas sim a tua opinião pessoal, a qual deve ser respeitada, pois todos têm direito a ter a sua. o problema é que, como é uma visão altamente particular, ela força a barra em vários aspectos. dizer que o filme tem um viés falocêntrico é apenas um deles. é óbvio que neutralidade absoluta é algo que não existe, mas um texto crítico deve estar mais bem 'ancorado' em argumentos. o 'eu-gosto-porque-gosto' é uma opção pouco recomendada quando a gente quer dar validade a um texto.

lola aronovich disse...

Cris, Julio, eu gostaria muito de saber quando uma crítica não é uma opinião pessoal da pessoa que a escreve. Só por curiosidade (pessoal) de uma pessoa que escreve crônicas de cinema há 12 anos.

cris disse...

oi, lola. eu posso voltar mais tarde pra responder com calma, agora vai uma resposta apressada mesmo. todo texto está contaminado pelas visões do observador, concordo com isso. nenhum texto é neutro, 'objetivo', isso é realmente uma abstração. até textos científicos caem nesse esquema. porém, eu acredito em gradações, em textos mais ou menos 'subjetivos'. a crítica não recai sobre textos que expressam uma 'opinião pessoal', mas sim em como essa opinião se fundamenta. um texto que se ancora em argumentos frágeis 'na minha opinião' não se sustenta. mas isso, claro, depende do meio em que se escreve. na academia é assim; num blog não. portanto, foi só uma observação. eu acho que resenhas, embora expressem uma opinião pessoal, devam, ao menos, estar bem fundamentadas. claro que sempre pode se dizer que o é um argumento mais sólido pra mim, não o é para o outro, mas se formos levar esse relativismo todo às últimas consequências, ficaremos impossibilitados de avaliar qualquer texto. é isso. bj

Morgan disse...

Tudo bem, fugindo um pouco do assunto do post (até porque eu não assisti o filme ainda)... Eu vi em vários comentários uma certa implicância e generalização com os adolescentes.

Adolescentes não refletem sobre filmes? Adolescentes não divagam sobre as músicas que escutam? Entre outras coisas. Parece que uma grande quantidade de pessoas aqui está se prendendo ao esteriótipo de adolescente que adora transformers, a Megan Fox e ouve Lady GaGa e falando algumas coisas ofensivas para adolescentes que 'surpreendentemente' sabem pensar e sabem fazer uso disso.

É frustrante. Os que diferem disso acabam cansando, porque não importa, a imagem que continuam tendo deles é essa.

Desabafo de uma menina de catorze anos.

Fabiana disse...

Ah, Morgan foi eu que escrevi isso. E eu gosto dos adolescentes, afinal trabalho com eles.

Mas a meu ver, adolescentes hoje, não são apenas as pessoas de 14 anos. Existe uma puerização da cultura pop - tipo senhor dos anéis, na época que eu li, no século passado, era considerado literatura juvenil. Batman, Homem Aranha, Homem de Ferro? Gibi de criança. Então, nem se ofenda quando você ler uma critica geral aos adolescentes, porque na verdade estamos falando de nós mesmos.

E, o termo geração I Pod, que eu ouvi a primeira vez aqui, está relacionada com isso, não exatamente com a idade cronológica da pessoa.

Renato Sansão disse...

Acredito que não tenha curtido porque o filme, rápido, cruzado e às vezes esquizo, é endereçado justamente à geração iPod (de todas as idades).

Sua pegada - e digo isso pois acompanho o blog há um bom tempo - é mais cadenciada, dificilmente embarcaria no esquema de videoclipes encadeados.

MUITO CURIOSO para ler sua crítica de Up in the air, essa sim uma comédia romântica/drama de 1meiríssima qualidade.

Beijos e boa nova vida!!!

marina w. disse...

esse filme é a maior baboseira. Beijo Lola!

paulo disse...

Comédia romantica é uma merda mesmo. Mal aí.

Chicória disse...

Eu também gostei do filme, não é um filmão, achei que algumas idéias não eram muito originais (algumas coisas são muito chupadas do filme Amélie Poulain) mas me identifiquei muito com a trilha sonora (é preciso aceitar que este é um filme musical repleto de mini-videoclipes) e também do assunto abordado. Acho que só quem sofreu muito gostando de alguém que não gostava tanto dele é que se identifica e se enternece com o enredo do filme.
Adoro eles dizerem que essa idéia que ele tinha de alma gêmea poderia ter sido gerada pelas músicas deprês de rock britânicas e pelo filme "A primeira noite de um homem" porque acho que foi assim também que me deixei levar minha adolescência toda... :o)

Juliana disse...

Eu gosto do filme. Não saberia defender esse meu gostar,porque gosto simplesmente porque ofilme me tocou, me emocionou.
Me senti identificada. E essas coisas de identificação, acho, mão dá pra explicar.

Mas tenho que concordar o filme tem um tom conservador sim. especialmente, nas sequencias finais.

miras disse...

o q mais me chamou atenção no filme é a relação do protagonista com seus melhores amigos. ele não faz nada mais do que humilha-los enquanto eles orbitam em torno dele. um despota de mão cheia, tem uma hora q ele fala pro gordinho: cala a boca, vc nunca pegou ninguem. ou algo assim. um dos protagonistas mais antipatico dos ultimos tempos. como se diz, um prego.

Marcelo Dias disse...

lola, em se falando da sétima arte. até acho que você entende do metiê sim! ...escreve muito bem, mas não entendo por que gastou tanto post pra falar mal do filme!!

eu fico feliz, por mais um diretor competente na área, e com um roteiro bem construido. acho que é um filme pra gente jovem, que ainda não está carregado de amargura...tem uma estrada ainda pra catar as desilusões, que talvez já tenhamos no bolso.
para um primeiro filme deste diretor, achei nota 10!

m1t0 disse...

Eu respeito seu comentário, assisti este filme estes dias e tenho algo a dizer que pode ser inesperado!
Eu conheço uma pessoa vazia como a personagem Sammer deste filme.
E para se entender este filme tem de se conhecer uma pessoa assim.
Tudo bem, o cara é apaixonado e só ver ela na vida dele e a narração vai em cima disso.
Agora pra mim isto tem a ver com a perspectiva do filme, a mesma historia pode ser contada de diversos modos.
Mas, se você tivesse uma experiência com alguém assim e por mais que voce não entenda, realmente a pessoa é fria por ser fria mesmo.
E também quer fazer as coisas por que convém naquele momento, e não por sentir algo.
Chega a ser assustador, mas é verdade e a vida da pessoa é só aquilo mesmo apesar de no caso de narrar a profissão de Sammer, ai realmente o filme esteve falho.
Mas para quem vive com pessoas iguais ao seu redor e só conhece malucos pelos filmes e seriados, parece que isso tudo ai é uma mentira.
Mas não é acredite.

Só mais uma coisa:
Pra quem não gostou do filme você até que escreveu muita coisa ai!
Tomate não mas uma abobora rsss!!!

Sarah Alcântara disse...

Concordo, também não entendo o porquê das pessoas gostarem tanto desse filme.

Mas aquele negócio do telefonema da sua amiga, ai, que fofo! Eu gosto disso ;)

Saulo P disse...

Lola, achei um tanto insensível da sua parte ao falar da cena inicial, com narração em off, quando o narrador fala que Summer "depois da separação dos pais só ama duas coisas: seu cabelo e como ela pode facilmente cortá-los e não sentir nada".

Isso é basicamente uma metáfora de como a personagem se vê, como ela prefere não se envolver.

A ideia é referenciada em outras cenas do filme quando, por exemplo, Summer diz que ama panquecas e Tom não consegue compreender como ela consegue amar panquecas e não amar a ele.

Anônimo disse...

qual o problema de uma mulher nao ter uma profissão? sou a favor da escolha, se uma pessoa opta por não trabalhar, nao deve ser menos por isso. summer era secretária no filme, e se não fosse? feminismo é tão a favor de escolhas, contato que seja a escolha x???
e achei ironico tb o menosprezo pela personagem summer...pq uma mulher tem que acreditar em destino? uma mulher pode nao querer se relacionar, pode escolher viver só, pode escolher nao acreditar no amor...são tantas opções...

mas é a velha historia né, as pessoas tendem a defender liberdade, desde que seja igual a minha...bobagem!!

o filme nao pretendia falar sobre política, ou whatever, e sim, contar uma historia de amor, de um garoto que gosta de uma garota e ela nao... diz isso na sinopse... nao acho que seja pretensioso, pq ele se apresenta dessa forma, e cumpre o papel.

Anônimo disse...

é muito machista achar que a summer é vazia... ela nao pode nao querer se relacionar e ser a menininha romantica que acredita em alma gemea?

Unknown disse...

Lola, adoro suas críticas, sempre que assisto um filme dou uma passa dinha aqui pra ver a sua opinião e ela quase sempre bate com a minha!no caso de 500 dias com ela, te admiro muito por você ter conseguido assistir até o final. Que filme chatooooo!e acho que ele reflete muito bem os relacionamentos nos dias de hoje.Me lembra muito Brilho eterno de uma mente sem lembranças, que pra mim é outro pé no saco.

Anônimo disse...

Eu não saberia avaliar esse filme profissionalmente como seus aspectos técnicos, mas para mim esse filme tem uma mensagem poderosa por se tratar de algo da vida real que é: o amor acaba e vc deve seguir em frente. No caso do personagem do Joseph gordon ele na busca para seguir em frente encontrou uma forma de se tornar uma pessoa melhor desenvolvendo suas capacidades profissionais. O vc pode está sozinho mas não deve parar de evoluir, não se acomode!