domingo, 11 de novembro de 2012

GUEST POST: MARISA EMPENHADA COM SLOGAN “DE MULHER PRA MULHER...MACHISTA!”

Feministas de Tocantins protestam: vou pelada mas não vou de Marisa

Não sou uma grande consumidora de nada além de chocolate (e, ultimamente, de lençóis! Comprei um percal 300 fios, mas alguém me recomenda algum tipo com tecido geladinho?), então nem pra boicotar as Lojas Marisa eu sirvo. Se eu fosse consumidora da loja, teria parado de comprar desde que ela irreparavelmente se associou a trabalho escravo. E continua associada!
Tenho acompanhado só de longe as últimas pisadas na jaca da Marisa. Esta mais recente precisa ficar registrada. A Lívia, estudante de Letras em BH, autora deste blog, colaboradora deste, e participante do grupo feminista no Facebook Machismo Chato de Cada Dia (que se formou através dos comentários deste post no meu bloguinho, digo orgulhosamente), explica tudo.

O Facebook foi palco, na noite de quarta-feira, de um dos mais emblemáticos exemplos de “social media disaster”, protagonizado pela Marisa, através de seu canal Vou de Marisa.
A marca já vinha sendo alvo de críticas devido às suas peças publicitárias de cunho machista, que desagradaram em cheio justamente o seu público alvo: as mulheres.
No primeiro vídeo, "Número de Homens", a empresa apresenta um cálculo absurdo de percentual de homens disponíveis para mulheres, desqualificando e discriminando homens que supostamente fogem de um padrão preestabelecido de masculinidade (como aqueles que fazem as unhas, têm um poodle, moram com a mãe), além de limitar todo e qualquer objetivo feminino ao objetivo de conseguir um macho, insinuando uma competição entre as mulheres para obter um companheiro.
Já no segundo, "Cantadas de Rua", a empresa acreditava estar inovando colocando mulheres em papéis tradicionalmente masculinos, protagonizando cantadas cujos alvos eram homens. Errou feio por não conhecer as bandeiras do feminismo, que rechaçam esta atitude, seja vinda de homem ou mulher.
Em sua última peça, a mais irresponsável e criticada, a Marisa mostra uma mulher magra agradecendo à má alimentação que teve,  por ter alcançado seu objetivo que era apenas ficar magra para vestir um biquíni e ser elogiada por homens, incentivando a prática irresponsável de dietas malucas e desconsiderando as pessoas que sofrem e morrem devido aos transtornos alimentares, cada vez mais comuns num mundo onde a magreza extrema é vendida como ideal de beleza.
Após as críticas dirigidas à primeira campanha, a redatora da agência responsável pela conta da marca escreveu um desabafo demonstrando todo o seu despreparo em lidar com o público, humilhando as pessoas que reclamaram do comercial, insinuando que as reclamações eram recalque de pessoas mal humoradas por não fazerem sexo.
Choveram críticas nas principais redes sociais, houve protesto na porta da loja e a palavra BOICOTE circulou intensamente, porém, a postura da Marisa foi se calar. Não houve nenhuma retratação ou pedido de desculpas.
Após manter o silêncio por alguns meses, decerto calculando o número de clientes que perdeu, a Marisa resolveu abrir uma discussão séria na página Vou de Marisa, hospedada no Facebook, onde se dispôs a ouvir as clientes. No entanto, já no vídeo de abertura deixou clara sua postura intransigente, ao afirmar que “toda mulher gosta de receber elogio, sim!”, algo altamente questionável porque os tais “elogios” (ou cantadas) nada mais são que manifestações de poder, recebidos mais como ameaça que como elogio pelas mulheres. O link para o canal de discussão dentro do Facebook é este.
Como muitas pessoas não têm conta no Facebook, onde aconteceu toda a discussão, vou tentar explicar com prints o ocorrido. A proposta da Marisa era uma conversa sobre assuntos de interesse da mulher (clique para ampliar):
O debate “de mulher pra mulher” começou com várias clientes manifestando seu apreço pela marca, outras fazendo críticas. Mas um perfil de nome Laís Canção chamou atenção porque estava tentando direcionar a conversa para temas mais amenos (os comentários relevantes estão destacados, mas eu recomendo ler todos, diversão garantida!):
Em seguida, tentou desviar totalmente o assunto, pedindo dica sobre manicure e forçando uma intimidade e naturalidade ao falar de sua vida pessoal, seus filhos e sua rotina como mãe:
Na medida em que aumentavam os questionamentos sobre o pedido de desculpas que a Marisa ainda não fez, Laís continuou tentando aparentar naturalidade falando sobre sua vida pessoal (de forma totalmente descabida, já que nenhum usuário estava falando sobre assuntos pessoais ou fugindo do tema como ela estava fazendo) e sempre mantendo uma postura de concordância com a postura da marca:
Laís Canção seguiu tentando interagir, fazendo-se de desentendida e perguntando sobre termos citados pelas participantes (cissexismo), apenas no intuito de criticar as mulheres engajadas (“está muito difícil ser engajada hoje em dia”):
Depois destilou todo seu preconceito ao afirmar que “me parece que tem mta gente desocupada, procurando pelo em ovo. Ou ha mta tempo sem... vc sabe... 'aquilo'". (sic)
Uma das participantes percebeu a incoerência e suspeitou estar diante de um perfil falso, postando o link para a página de Laís Canção. Quem usa Facebook sabe identificar um perfil falso (mesmo não podendo provar): não havia nenhuma postagem no mural, nenhuma foto, exceto a foto do perfil (que era uma imagem buscada na internet); havia muitas poucas páginas curtidas, e estas eram totalmente genéricas. Por mais que um perfil seja restrito, é possível ver quando há fotos (mesmo não conseguindo vê-las), se tem algum amigo adicionado (não tinha nenhum), há quanto tempo está ativo e se é realmente utilizado, o que não era o caso. Laís poderia até ser uma pessoa que usa pouco o Facebook e não usa fotos reais por medo de se expor, mas é estranho não ter nenhum amigo adicionado, e só usar a ferramenta para defender uma empresa numa discussão.
A reação de Laís foi risível, uma pérola do desrespeito à inteligência dxs demais: “e se a gente fizesse uma guerra de travesseiro?”:
Ao analisar os comentários feitos por Laís Canção, alguns participantes perceberam que, coincidentemente, apenas eram curtidos (que, para quem não conhece o Facebook, demonstra quantas pessoas gostaram ou concordaram com seu comentário) por funcionárias da agência responsável pela conta da Marisa, a Almap BBDO.
A suposta consumidora seguiu negando ser um perfil falso, porém após esta negativa não se manifestou mais:
Uma pessoa encontrou a imagem usada pelo perfil Laís Canção, provando ser facilmente encontrada no Google Imagens, copiada deste site. Como vocês podem ver, a imagem é tão surreal quanto a competência da marca para lidar com críticas: uma mulher grávida segurando uma pistola e uma melancia.
Então vamos recapitular: a Marisa convida seu público-alvo para uma conversa de mulher pra mulher, aparentemente disposta a iniciar um diálogo pelo qual esperávamos desde o lançamento do primeiro comercial machista. Quando começa a ouvir opiniões contrárias, surge uma “mulher real”, concordando com a Marisa e tentando direcionar os discordantes para fofoquinhas sobre a roupa de Michelle Obama ou dicas de manicure, e ninguém dá bola, exceto alguns funcionários da Almap BBDO
Ao ser desmascarado, o perfil fake some, bem como a pessoa que responde pela página, que até então vinha respondendo um ou outro comentário. As participantes, percebendo que não havia intenção nenhuma de diálogo, sentem-se ultrajadas com a forma com que foram tratadas e continuam massivamente criticando (e algumas vezes trollando) a inacreditável falta de profissionalismo e desrespeito da marca (num ótimo exemplo do afinado senso de humor feminista). No dia seguinte, o canal aberto contava com mais de 557.000 curtidas e 1000 comentários (números que seguem aumentando), a maioria esmagadora criticando o total descompromisso da Marisa com algo que ela mesma propôs: ouvir as clientes.
Não podemos afirmar que o perfil falso foi criado pelos responsáveis pela página, poderia ser apenas alguém sem muita noção ou compromisso com o debate, mas não é no mínimo estranho Laís Canção sumir junto com x responsável pela página quando é desmascarada? Se a Marisa queria nos ouvir, por que não ignorou a participante acusada de falsidade e continuou o debate? E os funcionários da Almap BBDO, por que participaram apenas endossando os comentários nonsense desta pessoa, quando tínhamos várias outras com argumentos inteligentes e bem embasados, contra ou a favor da marca? São tantas questões sem resposta...
A Marisa terá que lidar agora com a imensa repercussão negativa de mais uma tentativa incompetente de se aproximar de seu público. Como disse uma das participantes do debate, custa contratar alguém com um pouquinho de conhecimento sobre feminismo para dar uma assistência? E uma dica para os envolvidxs nesta série de erros: mulheres pensam (surprise, surprise!).

119 comentários:

Anônimo disse...

Deixa eu ver, feministas engajadas não representam nem 10 % da população feminina brasileira....

...a marisa continuará indo muito bem obrigada !

Anônimo disse...

"Já no segundo, "Cantadas de Rua", a empresa acreditava estar inovando colocando mulheres em papéis tradicionalmente masculinos, protagonizando cantadas cujos alvos eram homens. Errou feio por não conhecer as bandeiras do feminismo, que rechaçam esta atitude, seja vinda de homem ou mulher"

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espera ai um minutinho, as feministas são contra as cantadas que partam de homens, certo ?! ai então dependeriamos que as mulheres tomassem a iniciativa, mas as feministas também são contra as cantadas femininas ?
como que faz então ?

Maria Luiza disse...

Como faz? Não entendi, precisa haver cantadas grosseiras, que expõe a mulher como carne no açougue, pro mundo continuar? Engraçado, eu continuo saindo, conhecendo pessoas, sem precisar ser abusiva com ninguém e as pessoas comigo. Quanto ao "feminismo não representar nem 10% da população", de onde veio esse dado tão preciso? Tem um link aí pra eu ver? A ultima vez que o censo veio aqui em casa não me perguntaram se eu era feminista ou não...

Bia disse...

Anônimo das 11:29,

o feminismo apoia, sim, que mulheres tomem a iniciativa quando querem ficar/se relacionar com um homem. Só que isso não significa que as cantadas de rua, invasão do espaço pessoal de uma pessoa, sejam aprovadas. Tomar a iniciativa é, sei lá, ligar e chamar para um cinema. Não gritar um "tá gostosx, hein" no meio da rua. Percebe a diferença? =]

Hailey disse...

"As feministas" (generalizando né) são contra qualquer tipo de avanço/abordagem sexual abusivo, anon. É só pensar naquele velho exemplo: porque homens acham normal cantar e assediar mulheres mas se um gay faz o mesmo eles adotam posturas hiper agressivas a homofóbicas? Como diz um meme por aí "homofobia é o medo que homens héteros tem de serem tratados do mesmo jeito que tratam mulheres".

Layana disse...

Infelizmente o nº de pessoas que a Marisa deve perder com isso é pequeno. Até porque seu público forte é de baixa renda (embora ele queira se enquadrar em outro) e que está pendurada no cartão deles até a goela e por isso só pode comprar lá. E não é bem este público que se importa em como somos mostradas e tal.
É uma pena. Um bafafá destes com uma loja de outro perfil seria muito pior.

Unknown disse...

Numa boa? Invejo o autor desse fake. Ganhar dinheiro para trollar os outros é o novo sonho brasileiro.
Percebe-se nos diálogos que muitas vezes o autor do fake não consegue disfarçar a ironia.

Por fim, estou ansiosa para ver o resultado disso. Sendo que estou achando que não vai resultar em tanta coisa por feministas serem consideradas minoria pelo senso comum e não haverem estatísticas relevantes.

aiaiai disse...

só entrei uma vez numa loja marisa e detestei. qualidade zero, roupas horríveis...ainda bem q saí de lá sem comprar nada.

O mesmo aconteceu comigo na zara. Uma amiga me fez entrar dizendo q tinha coisas ótimas. Odiei, nem experimentei nada. De novo, sorte que meu gosto pessoal não bate com o gosto de escravagistas machistas!!!

agora, que papelão da almapbbdo, né não? pq o cliente pode ser ridículo mas a empresa especializada em comunicação não podia pagar esse vexame.

Carlos disse...

Eu nunca vejo mulher do estilo princesinha fazendo protestos. A marisa está certa, são poucos homens (alfas artificiais e naturais) que interessam a todas mulheres (mas algumas fingem que não pois sabem que nunca alcançarão estes desejados homens).

Rob disse...

Toda essa treta aí me lembrou aquele livro "Backlash"da Susan Faludi.

Anônimo disse...

Quem inventou essa estatística de mulher engajada representa 10%? Pois vejamos o que acontecerá a marisa...

Anônimo disse...

“Deixa eu ver, feministas engajadas não representam nem 10 % da população feminina brasileira....

...a marisa continuará indo muito bem obrigada !”

10% da população brasileira é 1/5 das mulheres , vc acha mesmo que é insignificante para uma marca se torna impopular com 20% do seu público alvo? E não são somente as feministas engajadas que se enojaram com as atitudes da Marisa. Não me considero feminista engajada (sim, apesar de ler esse blog) e passei a antipatizar muito com a marca depois desses eventos.

Anônimo disse...

Isso de achar que mulher é burra é uma idiotice que vem sendo repetida até pelas leitoras desse blog. ALOW! A mulher trabalha, ela compra suas roupas, a mulher não é burra. Parem de chamar a consumidora de burra. Só quem é inteligente é quem compra Coco Chanel? Faz favor, tirem isso da cabeça!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Rob disse...

Feministas declaradas podem ser minoria,mas mulheres em geral são maioria no país e até onde eu saiba nenhuma mulher real vai querer comprar numa loja que a trata feito palhaça.Ao menos isso.As feministas incutiram na mulher comum um senso de dignidade difícil de tirar agora.

Maria Luiza disse...

Mulher estilo princesinha??? O que diabo é isso?

Aline T. Souza disse...

Não sei qual o seu conceito de "princesinha", mas já vi todo o tipo de mulheres e homens fazendo protestos feministas.

Carlos você realmente deve super entender o universo feminino para afirmar que tipo de homem interessa ou não as mulheres né. Mostre-me as estatísticas em que você baseou este fato, e depois a gente conversa tá?

E claro tem que terminar o comentário falando que as mulheres que "fingem" não haver um padrão de homem que todas desejam é por que não conseguiram ficar com estes "desejados homens".

O nível de comentário dos mascus está ficando cada vez mais ilógico e mirabolante, e claro sempre baseado nas super "estatísticas" de achismos e do super conhecimento do mundo que eles tem.

Anônimo disse...

Essa estatística de "menos de 10% da população é feminista engajada" foi publicada pelo mesmo instituto que fez as estatsíticas daquele comercial da Marisa. IBEIA - Instituto Brasileiro de Estatísticas Inventadas Aleatoriamente.

Náy Rocha disse...

Lola, parabéns pelo blog.Como raramente vejo tv e não tenho acessado muito o Facebook e nem o twitter (a única coisa que acesso todo dia é o seu bloguinho mesmo.srsrsr) eu estava totalmente alienada dessa questão da Marisa.Achei muito bacana a galera está se manifestando quanto ao absurdo do marketing machista.E ridícula o suposto fake criado pela Marisa. É muita falta de competência mesmo!kkkkkkkkkk

Aline T. Souza disse...

Anonimo das 12:28

Da onde você tirou que achamos que quem compra na Marisa é burra???????

Ninguém aqui chamou consumidora nenhuma de burra!

A atitude da EMPRESA é que foi burra.

Nenhuma feminista nunca falou para mim que para ser feminista e inteligente preciso usar Coco Chanel....

Não sei da onde surgiu este comentário, ou foi falta de interpretação de texto ou se confundiu de blog..

UMa mulçher que não compra Yves Saint Laurent e é inteligente. disse...

Primeiro: o que é "mulher estilo princesinha", segundo: quem disse que mulher princezinha não vai a protestos nunca viu muitos protestos, né??

Esse negócio de mulher feia, mulher bonita, mulher inteligente, mulher burra, mulher rica, mulher pobre... É tudo falácia, é imbecil usar isso como argumento!

Eu sou muito bonita (princesinha? mulher madura, menininha, clássica, vulgar?), sou inteligente e engajada. E não compro marisa, obrigada.

Na faculdade, quando estudei Cultura Brasileira e fui usar um argumento que aprendi com Oscar Wilde: que toda pessoa inteligente ou de personalidade começa a ficar meio feia, ainda bem que estava lá um ótimo professor para quebrar esse preconceito em mim. Eu pedi um exemplo e ele disse: Ana Paula Arósio, linda e inteligente. Depois eu percebi que tinha exemplo em toda parte. Mas aí beleza é só padrão e é mutável: http://books.google.com.br/books/about/Hist%C3%B3ria_da_beleza.html?id=3At0PAAACAAJ&redir_esc=y

Agora, essa agência machista ou demite todo mundo, manda todos de volta pra escola, contrata alguém que conheça melhor a questão do feminino, em outras palavras, para de subestimar todo mundo (COMO VCS CONTINUAM FAZENDO NOS COMENTÁRIOS) ou vai perder todos os clientes, a Marisa com certeza vai querer alguma mais competente. A mídia gringa parou de acreditar faz séculos que mulher=burrice.

Beijos

Anônimo disse...

Maria Luiza disse...

Mulher estilo princesinha??? O que diabo é isso?

11 de novembro de 2012 12:31


É o estilo que eles sonham e esperam que caia no colo deles(as gostosas/bonitas/submissas que gostam de pica,mas não muito,que fazem sexo,mas só com eles e etc...),enquanto os mesmos tão na frente do pc,vociferando contra as NÃO-princesinhas =)

Cética

Emmanuelle Aldine disse...

Rob disse...
Feministas declaradas podem ser minoria,mas mulheres em geral são maioria no país e até onde eu saiba nenhuma mulher real vai querer comprar numa loja que a trata feito palhaça.Ao menos isso.As feministas incutiram na mulher comum um senso de dignidade difícil de tirar agora.

11 DE NOVEMBRO DE 2012 12:28
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concordo,alem de tudo podem ter "poucas" feministas declaradas porque a maioria tem medo de ser engajar como feminista e ser tratada como "mal comida",mas isso nao faz elas deixarem de concordar com as ideias

Anônimo disse...

"Deixa eu ver, feministas engajadas não representam nem 10 % da população feminina brasileira...."

Se fosse 10%, a marca teria um grande baque, sim. Porém, não são nem 0,1%. A Marisa não vai sofrer nem um pouco com isso.

Resumindo a história: Feministas histéricas ficam loucas com comerciais inofensivos e que representam quase todas as mulheres (que gostam de cantadas na rua, que emagrecem para o fim do ano...) e xingam muito no twitter.

Anônimo disse...

The best: "mulheres pensam (surprise, surprise!)"!

Cris disse...

Eu me lembro que na crise econômica de 2008 o dono das Lojas Marisa desistiu de compra de vários itens e devolveu tantos outros e demitiu vários funcionários "prevendo" que a economia nacional iria para as cucuias, provavelmente acreditando em em jornalistas econômicos que escrevem nos jornalões. E o resultado foi que o setor varejista foi um dos mais cresceu no período e as Lojas Marisa, assim como a Vale do Rio ficaram a ver navios (na verdade a Vale não viu nenhum navio, pq cancelou a compra daquele estaleiro chinês)

Anônimo disse...

Achei de mal gosto essas campanhas publicitárias da Marisa. A marca pisou na bola lindamente colocando um fake para desviar a atenção das discussões, não fazendo o que se propôs a fazer, que é ouvir as clientes.

Mas só uma observação, sei que nada justifica uma campanha publicitária preconceituosa e infeliz, mas vejo que o discurso feminista está demonizando cada vez mais os corpos magros. Já vi tumblr cujo o endereço é http://mulheresmortassaomaismagras.tumblr.com e a autora se diz feminista (substitua "magra" por "gorda" e aí já seria gordofobia) e discursos que no fim querem dizer que toda mulher magra é refém da didatura da beleza, que magreza = doença, que direta ou indiretamente, acabam desvalidando mulheres que são magras, seja por dieta ou por serem naturalmente assim. Feministas podem não falar "odiamos mulheres magras, vamos abolir a magreza do mundo", mas quem está abaixo do peso, sofre preconceito por isso (a Lola já até postou um guest post que fala sobre isso) se sente invisível perante o movimento.

Eu sempre estive abaixo do meu peso, mesmo comendo feito uma porca. Cansa ser olhada como se fosse uma doente, como se tivesse distúrbio alimentar, e não sendo bastando a discriminação vinda de homens (credooo não gosto de osso não, quem gosta de osso é cachorro. mulher sem peito/bunda/carrrne não é mulher, blablabla), ainda tem os olhares de pena das mulheres E o movimento feminista que, intencionalmente ou não, não me faz sentir representada por ele quando o assunto é o meu corpo.


~Lisa

Anônimo disse...

@Layana
Preconceitos de classe mode on?

Anônimo disse...

Aline Tomasuto,

Você não entendeu o comentário, e eu não estou dizendo que vc é burra, apenas houve uma falha na comunicação, ou eu não fui muito clara. Eu estava falando exatamente da EMPRESA achar que SÓ MULHER INTELIGENTE COMPRA COCO CHANEL. E de alguns comentários darem a entender que vai ficar tudo bem, porque só mulher burra compra Marisa. Fui clara dessa vez?

Anônimo disse...

Outra coisa que eu acho suspeita e me lembra a Lais Canção: Os primeiros comentários de qualquer texto da Lola é sempre de Mascus. Como eles conseguem ser tão rápidos? Ou será apenas uma boa estratégia para levantar a fúria das leitoras? Só que tem que ser usada com mais parcimônia.

Anônimo disse...

@Anon 12:53

Se são poucas as "feministas histéricas", pq a marca resolveu "conversar de mulher pra mulher"?

Aline T. Souza disse...

Queridos mascus que dizem que feminista representam 0,1% da população, tenho uma triste notícia para vocês.

Na pesquisa do Sesc e da Fundação Perseu Abramo, "MULHERES BRASILEIRAS
E GÊNERO NOS ESPAÇOS
PÚBLICO E PRIVADO", realizada em agosto de 2010, nos mostra os seguintes dados:

31% das mulheres pesquisadas se consideram feministas! Ou seja 15% da população brasileira!

39% dos homens pesquisados se mostraram pró feministas

A pesquisa na íntegra está neste link, recomendo a todos pois traz muitos dados interessantes:
http://www.fpabramo.org.br/sites/default/files/pesquisaintegra.pdf

ursula disse...

o que me espanta é a marca querer ter mais razão do que seus consumidores. que tipo de vendedor briga com seu comprador? lembrei do também recente caso do spoleto, rede de fast food, que ao ser alvo de uma crítica, no lugar de fingir que nada estava acontecendo, entrar com uma ação contra os produtores, ou qualquer outra babaquice que valha, acionou a galera que produziu o vídeo/crítica, propondo uma parceria para uma versão 2 do vídeo/crítica. (http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/criticado-spoleto-lanca-resposta-bem-humorada-em-video)

o resultado foi de longe bem mais simpático, demonstrando que a marca tem interesse em tudo que se fala a seu respeito, e principalmente, que tem interesse em manter proximidade de seu consumidor.

marisa errou feio.

Luiz Prata disse...

Tudo errado nesse caso:
- A campanha preconceituosa;
- A péssima comunicação com o público;
- O perfil fake defendendo a marca. Um artifício manjado e que só depõe contra a Marisa...

Anônimo disse...

Não acho que os comerciais dessa empresa poderiam afetar negativamente alguém.

Emmanuelle Aldine disse...

Anônimo disse...
Achei de mal gosto essas campanhas publicitárias da Marisa. A marca pisou na bola lindamente colocando um fake para desviar a atenção das discussões, não fazendo o que se propôs a fazer, que é ouvir as clientes.

Mas só uma observação, sei que nada justifica uma campanha publicitária preconceituosa e infeliz, mas vejo que o discurso feminista está demonizando cada vez mais os corpos magros. Já vi tumblr cujo o endereço é http://mulheresmortassaomaismagras.tumblr.com e a autora se diz feminista (substitua "magra" por "gorda" e aí já seria gordofobia) e discursos que no fim querem dizer que toda mulher magra é refém da didatura da beleza, que magreza = doença, que direta ou indiretamente, acabam desvalidando mulheres que são magras, seja por dieta ou por serem naturalmente assim. Feministas podem não falar "odiamos mulheres magras, vamos abolir a magreza do mundo", mas quem está abaixo do peso, sofre preconceito por isso (a Lola já até postou um guest post que fala sobre isso) se sente invisível perante o movimento.

Eu sempre estive abaixo do meu peso, mesmo comendo feito uma porca. Cansa ser olhada como se fosse uma doente, como se tivesse distúrbio alimentar, e não sendo bastando a discriminação vinda de homens (credooo não gosto de osso não, quem gosta de osso é cachorro. mulher sem peito/bunda/carrrne não é mulher, blablabla), ainda tem os olhares de pena das mulheres E o movimento feminista que, intencionalmente ou não, não me faz sentir representada por ele quando o assunto é o meu corpo.


~Lisa
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é tipo ter orgulho da raça negra sabe? é ter orgulho de uma coisa q voce luta muito pra ser,apesar de branco e magro sofrer piada nao sofre como um negro que é confundido com ladrao e gordo sendo xingado em revistas e jornais como doente,infelizmente o padrao é ser mais magra por isso o 'sao mais magras',eu tenho imc normal e nao posso ir pra casa de alguem sem alguem q nao tem nada a ver com a minha vida perguntar porque eu nao faço dieta (como se eu nao ja vivesse de pra nao ficar acima do peso de novo e ser humilhada ao ponto de quase me matar como ja fui)

Aline T. Souza disse...

Anonimo das 13:04

Me desculpe, é que seu comentário deu a entender que as feministas estavam criticando as mulheres que compram na Marisa e as rotulando como burras.

Daniele disse...

Pra quem quiser ver mais absurdos da marisa e dos trolls,meu álbum com todos os prints desde quinta de tarde.
https://picasaweb.google.com/102156193627680227186/10DeNovembroDe2012

lola aronovich disse...

Desprezados mascutrolls,
Mesmo no universo alternativo que vcs habitam, vcs devem perceber que as redes sociais têm bastante força. E que nenhuma empresa gosta de ter gente em redes sociais falando mal dela. Inclusive porque propaganda negativa se espalha muito mais rapidamente que propaganda positiva. As Lojas Marisa e sua agência, Almap BBDO, pelo jeito não falam com ninguém, mas, se falassem, vcs mascus poderiam perguntar pra elas se é bom pros negócios ter gente escrevendo posts contra a marca, ou fazendo protesto em frente à loja. Mesmo que seja muito pouca gente, esse tipo de “bad press” corre rápido na internet. Algo me diz que a marca estava pensando no que se chama de “damage control” (controle de danos) quando lançou esse último comercial, dizendo querer conversar. Pra chegar nisso, é porque a imagem da marca já estava bem ruim... Não é questão de quantas mulheres ou feministas deixarão de comprar lá. É inútil o Instituto de Pesquisa Mascu As Vozes Me Disseram calcular quantas “feministas engajadas” existem entre a população feminina brasileira, até porque não é toda a população feminina que compra (ou sequer conhece) nas Marisa. É questão de arranhar a imagem mesmo, algo que, a médio e longo prazo, pode causar danos financeiros. É questão de ter o nome associado à escravidão, comerciais machistas, e fakes sem noção num canal feito pra trocar ideias com consumidoras. Aliás, isso de ter o nome associado a coisas negativas é algo que vcs mascus já devem estar carecas de saber, não é mesmo?


Anônimo da 1:06, sugerindo que os muitos comentários de mascutrolls deixados aqui são meus (porque eu tenho tempo de sobra mesmo), eu ia só comentar que é muita cara de pau um troll deixar um comentário dizendo que EU escrevi o comentário... Mas não, vou só dizer que vc tem razão. Vc realmente descobriu meu truque. Mascus não existem, nem aqui no Brasil, nem no resto do mundo. Todos esses seres doentes que fazem blogs e fóruns misóginos, deixam ameaças, planejam atentados a universidades, cometem atentados de fato e, nas horas de lazer, trollam blogs feministas? É TUDO EU. Acho que vou me auto-processar. Fazer um BO contra mim eu já fiz, em janeiro. Sugiro que vcs –- quer dizer, eu -- iniciem uma campanha para soltar o Engenheiro Emerson, já que ele e seu comparsa Marcelo, presos desde março, estão presos injustamente. Silvio Koerich, c'est moi! (vcs já ouviram falar em Madame Bovary? Então foi uma referência fail).

nanachan290 disse...

O que me assusta é que a Marisa realmente acredita que as mulheres brasileiras são burras e não iriam descobrir o fake.

Anônimo disse...

Sabe como é @ursula, a Marisa deve ser daquelas que "falem mal mas falem de mim"....

Anônimo disse...

Fiquei sabendo dessa história da Marisa numa reportagem da uol e o que mais me chamou a atenção foram os comentários deixados pelos leitores, principalmente as mulheres q diziam não ter visto nada de mais no comercial e que as pessoas estavam exagerando e que aquele tipo de comercial instiga as mulheres a quererem fazer uma dieta.Oi?! Nossa!!
Também não sou consumidora da marisa, da c&a, riachuelo, zara, dentre outras, pq sempre achei a qualidade das peças muito ruim e depois da história de utilizar trabalho escravo não passo nem perto.
O ruim disso tudo, é que muita gente não vai tomar conhecimento do fato, pq ele só está sendo divulgado na internet e muitas pessoas, principalmente das classes mais baixas e, muitas mulheres, por conta de seu ritmo de trabalho não costumam acessar blogs não vão saber disso.

Sara Marinho disse...

Sinceramente eu não boicotaria a marisa pelo machismo da marca, eu sou vegetariana por motivos ideológicos, parei de tomar refrigerante porque faz mal a saúde, entre outras coisas que parei ou reduzi drasticamente a frequência com que fazia, viver de consciência limpa num mundo capitalista é bem díficil, então, pelo machismo, eu deixara passar e continuaria comprando na Marisa esporadicamente, mas trabalho escravo...Não dá para ignorar...É, mas uma coisa que eu corto da minha vida, mas eu nem comprava muito lá, com certeza será bem mais fácil parar de comprar lá do que foi parar de comer carne.

Anônimo disse...

Me desculpe mesmo, Lola. É difícil acreditar que existe ASSOCIAÇÃO de algo tão abominável. É fácil reconhecer que existe feminista engajada, pois as que não são engajadas, na verdade, é por falta de ler e de conhecer. Toda mulher é ou deveria ser feminista por se amar, por procurar a igualdade (na verdade muita gente diz "não sou feminista" pq acha que ser feminista é ser odiadora de homens, o que não tem nada a ver)... Agora, outra coisa é acreditar que existe MASCUS ENGAJADO, é louco demais, em que eles se baseiam? Qual a Simone de Beauvoir deles? Não é contra a lei? Não deveriam ser presos?
Desculpa se as vezes parece tudo invenção mesmo. Então esse blog é um ótimo veículo de conscientização para sabermos que esse tipo de coisa EXISTE, por mais terrível que seja. Portanto continue sua luta de forma dígna.
Eu sou o mesmo anônimo daquela hora, mas essa insinuação não foi minha, foi de alguém nos comentários do blog http://classemediasofre.tumblr.com , por também desconfiarem deles usarem essa estratégia para conseguir mais comentários no blog.
Mas, em se tratando de internet, não precisa disso mesmo.

Anônimo disse...

"é tipo ter orgulho da raça negra sabe? é ter orgulho de uma coisa q voce luta muito pra ser,apesar de branco e magro sofrer piada nao sofre como um negro que é confundido com ladrao e gordo sendo xingado em revistas e jornais como doente,infelizmente o padrao é ser mais magra por isso o 'sao mais magras',eu tenho imc normal e nao posso ir pra casa de alguem sem alguem q nao tem nada a ver com a minha vida perguntar porque eu nao faço dieta (como se eu nao ja vivesse de pra nao ficar acima do peso de novo e ser humilhada ao ponto de quase me matar como ja fui)"


O padrão não é ser mais magra, é ser gostosa. Esteja abaixo do peso para vc ver se não vai sofrer retaliação. E comparar a situação do magro com o branco não tem nada a ver. Uma coisa é ter cintura fina e carne em abundância nos lugares estratégicos. Outra coisa é ser magra como eu sou, abaixo do imc, sem peito, sem bunda, sem curvas. Enquanto pessoas falam que vc tem que fazer dieta, as pessoas me falam que eu tenho que comer mais pq estou doente. Em ambiente de trabalho, enquanto todos os colegas se policiavam para não falar nenhum comentário que pudesse ofender a funcionária gorda, eu tinha que ouvir TODOS OS DIAS, inclusive dela, que eu tinha que comer mais pq estava "muito magra". E olha, se eu comer mais do que já como, é capaz da comida sair pelos poros pq já como muito, mais do que muita pessoa considerada obesa por aí. Tenho 1,73 de altura e com muito custo atingi os 55 kg que me deixa no imc normal pela primeira vez em minha vida, e não posso me dar ao luxo de ficar um dia sem comer direito, mesmo que eu não esteja com fome, pq senão emagreço tudo o que há duras penas consegui.

Mulheres magras (magras mesmo, retas, e não peituda bunduda com cintura fina) NÃO FAZEM PARTE DE PADRÃO NENHUM NA SOCIEDADE! Talvez faça para alguns estilistas que procuram um cabide andante, mas a sociedade, cuja maioria não vive nesse universo da moda, não quer nem saber de mulheres assim, muito menos no Brasil. Não conheço uma mulher magra com esse perfil que não tenha sofrido preconceito. Que não tenha ouvido frases como "minhas curvas são mais interessantes que suas linhas retas", ou que mulher sem bunda e peito não é mulher. E ainda tenho que ficar de boa com uma pessoa que SE DIZ feminista e cria uma página que diz que mulheres mortas são mais magras. Se isso não é discriminação, não sei mais o que é.


(Continua)

Anônimo disse...

(Continuando)



Entendo esse papo de orgulho plus size, acho super digno que pessoas gordas criem esse tipo de reação. Eu gostaria de poder criar uma página como reação ao preconceito que eu e mais meninas sofremos, mas sabe o que aconteceria? Seríamos condenadas por fazer apologia à anorexia, bulimia e todos os transtornos alimentares existentes.

Estou cansada do meu corpo ser visto como uma ameaça. Parte da sociedade vira a cara achando feio. Outra parte reage como se a existência de corpos assim fosse uma violência a todas as outras mulheres. Não tenho nem mesmo o direito de ter orgulho dele, pq se eu manifestar esse orgulho, estarei fazendo apologia à doenças.

Eu bem que gostaria que fosse verdade que meu corpo faz parte do padrão. Que eu saísse nas ruas sem ouvir "Lá vai a Olívia". Que as pessoas não condenassem o corpo que tenho. Seria muito mais fácil não viver me cobrando, comendo além do que eu gostaria para me manter no mínimo aceitável do imc.

As pessoas precisam entender que, da mesma forma como a mulher gorda sofre pra caralho por não se encaixar, quem está abaixo do peso TAMBÉM. E hj em dia já tenho minhas dúvidas de quem sofre mais. Acho que todas nós sofremos, o preconceito faz mal a todas nós, e da mesma forma como uma gorda pode ser tão traumatizada ao ponto de não conseguir colocar um biquini, eu sofro com o mesmo dilema.

Estou cansada dessa invisibilidade, vinda de um movimento de mulheres, que se diz pelas mulheres, e no final me deixa insivível ou retrata meu corpo como uma arma letal.

ps: e sinto muito se vc tentou se matar, mas eu tb já tive a mesma vontade, e passei a maior parte da minha adolescência evitando a escola pq era um ambiente completamente hostil para mim. Ideias suicidas e inadaptação não são exclusividade de vcs.


~Lisa

Gabriel disse...

Nunca vi uma empresa tão estúpida com seus clientes e com o público em geral.

E pros descrentes no poder das críticas: sejam menos ingênuos (apesar de que não é ingenuidade, vocês querem mais é esvaziar os esforços), propaganda negativa tem repercussão sim, e muitas empresas já sofreram perdas de imagem e vendas por bem menos.

Anônimo disse...

Força Lola! A luta continua! A luta contra o sexismo não pára só na sua liberdade pessoal, a humanidade precisar se conscientizar, faça parte deste processo! Mulheres morrem todo dia, mulheres vivem que nem um animal todo dia por que os homens fecham os olhos para as explorações injustas e para essa alarmante cultura sexista impetrada no mundo inteiro, a corrente não pode parar agora, o movimento feminista nunca teve tanto alcance, ISSO É SÓ O COMEÇO! SE DEIXARMOS, A CULTURA GERAL E ESSAS EMPRESAS MUQUIRANAS VÃO CONTINUAR RIDICULARIZANDO O SEXO FEMININO DESTA MANEIRA!

NÃO DÁ!

À LUTA!

É HORA!

MCarolina disse...

Legal esse resumo da situação Marisa, na qual eu estava um pouco perdida. Nunca comprei nada lá e agora que não compro mesmo. Machismo+trabalho escravo+tentar fazer as consumidoras de bobas é para poucos.

Anônima muito magra, você não vai ser considerada pouco inteligente, preguiçosa, ineficiente nem grotesca por um empregador assim que entrar na sala de entrevista por ser extremamente magra. Entendeu? Tá difícil?

Emmanuelle Aldine disse...

1,73 e 55 kg? é tipo o considerado normal que se chegar a 60 é gorda aqui em Natal,RN,eu pensando que voce tinha uns 38 kg... eu tenho essa altura e tenho 70 kg,sou uma OBESA pra eles
eu vejo meninas beeem mais magras q voce namorarem aqui e eu era BV ate conhecer um gaúcho,se engana ao dizer que o povo prefere gostosa,só se tiver 0 celulite e puro musculo se nao for assim é gorda ou tem que ser magra,faz a pagina sim se alguem te xingar rebate e depois ignora tambem enchem as pages plus sizes dizendo q é apologia a gordura

Emmanuelle Aldine disse...

e outra que meu sonho é fazer moda,desde pequena desenho croquis,mas sinto como se nao fossem deixar eu entrar nesse mundo porque sou gorda,e nisso voce tem vantagens porque a média de peso das fashionistas e modelos é uns 50,e estilista adora xingar gorda,tipo aquilo do karl lagerfeld com a adele...

Mimimi disse...

~Lisa

Concordo com vc que ser magra ""demais"" tb não vai ser bem visto pela sociedade. Mas ser ""gostosa"" tb não: vc vai ser considerada vulgar e vai ter que "provar" mais vezes que não é fútil ou estúpida. -só pra constar, não sou "gostosa".- Se vc é mulher, não existe corpo no mundo que seja ""certo o suficiente"" pras pessoas não se intrometerem, e vc não 'precisar' se "justificar" em algum ponto.


Concordo tb que as pessoas mais magras sofrem pressão até de algumas pessoas que são contra a ditadura da beleza, e que esse é um ponto que precisa ser colocado claro. Se não existe jeito errado de se ter um corpo, então mesmo o que a mídia propaga ser o único jeito não é errado.


Se te interessar, tem dois tumblrs que eu gosto muito:

http://stophatingyourbody.tumblr.com/ ---->que tem muitas fotos de diferentes pessoas, suas relações com seus próprios corpos.


http://lacigreen.tumblr.com/ ---> que é uma pessoa que fala sobre corpos, sexualidade, etc. Ela própria já postou sobre ser errado coisas do tipo "modelos deveriam comer um sanduíche".

lola aronovich disse...

Gente linda, acabei de ver que hoje saiu uma matéria bem bacana sobre euzinha na revista Siará, do Diário do Nordeste. Pra quem quiser ler, tá aqui, mas tem que encontrar a página (31 a 33). Ou dá pra ver direto em pdf: 1a página, 2a pág, 3a pág. Claro que há algumas distorções do que eu falei (qualquer pessoa que já deu entrevista pra qualquer veículo sabe como é isso), mas de maneira geral ficou boa, bem positiva. E é ótimo que um grande jornal dê destaque a uma feminista.

Anônimo disse...

Olá Lisa, muito bom o seu comentário! Muito obrigada, vc descreveu muito bem tudo o que eu senti minha vida toda. Ninguém se importa em tratar mal uma magra, eu vivi toda minha vida muito abaixo do peso, tendo que comer sempre, mesmo que sem vontade, e só agora, com 30 anos, consigo chegar a um peso normal, (1,64 de altura e 50 kg).

Maria Helena disse...

Nunca comprei na Marisa depois das propagandas piorou é campanha tem um péssimo gosto assim como as roupas

Anônimo disse...

Eu ja boicoto a Marisa ha anos, desde que tentei comprar um sutia 46 e nao consegui. De la pra ca tenho ate nojo dos comerciais, e principalmente por causa dos trabalhos escravos que foram descobertos. Mas infelizmente a Marisa eh uma empresa forte no Brasil e nao tem muitos concorrentes. Lingerie eh cara e a Marisa tem precos convidativos. Nao sei se sera um protesto como o Femen fez hoje em BH que ajudara a prejudicar a marca.

Anônimo disse...

Lola, queria te fazer uma pergunta fora do assunto do tópico: o que você acha do feminismo radical, como o das Redstockings? (Se você não conhece a linha do feminismo delas, tem o manifesto das Redstockings na internet - já vi duas traduções diferentes em português, inclusive - pra você ter uma base).

Leandro disse...

Também achei absurdo. A propaganda é misândrica. Mas tem uma maneira bem fácil de resolver este problema. Não precisa censurar a publicidade. Simples: boicotem a Marisa. Assim, pacificamente, sem vandalismos, sem disparar um só tiro e sem gastar em processos judiciais contra a Marisa, vocês destróem esta marca que tanto lhes incomoda, com sérios prejuizos financeiros. Nada como usar o boicote, a razão e o PNA (Princípio Libertário da Não-Agressão)...

Anônimo disse...

Eu li por cima dos comentários...

Se a marca marisa está pouco se preocupando com repercussão negativa pois quem compra suas roupas pertencem a classes mais baixas então tá fazendo o quê no facebook?

Aparentemente nada pode ocorrer mas se as mulheres começam a associar a marca à escravidão e a machismo, pouco a pouco isso vai se propagando entre classes

Anônimo disse...

Porque a gente demora tanto pra enxergar o obvio? Caramba!!!!

Rose disse...

Nós, as 10% rsrs, vamos continuar sim questionando, reclamando e protestando quer o machismo aceite ou não. Não só com o caso da loja, mas todos os outros q objetifiquem, discriminem, oprimam, ofendam as mulheres. Comerciais ou mensagens racistas e homofóbicas também são objeto de nossa análise e protestos.Podem clamar a famosa "liberdade de (op)expressão" e fazer o discurso mimizento contra o "politicamente correto" , não importa, vão precisar de algo mais que as memórias do avô machista para falar de mulher, vai ser preciso criar algo novo..talvez raciocínio.
Questionar discursos antigos (travestidos de modernos), debater sobre temas, em qualquer esfera, não é outra coisa senão evoluir para o bem comum.

PS>: Eu não sei se viram isso, mas não é assim que lutamos:

http://noticias.terra.com.br/brasil/fotos/0,,OI228793-EI306,00-Garotas+do+Femen+quebram+Loja+Marisa+em+BH+contra+comercial.html

Jordana disse...

"Eu nunca vejo mulher do estilo princesinha fazendo protestos."


pois é, você não vê porque certamente não frequenta nenhum protesto. na Marcha das Vadias que eu fui tinha um monte dessas que você chamaria de "princesinha". havia até uma que trabalha como modelo, e pode facilmente chegar a ser top model dentro de uns anos. e tava bem ali, carregando cartaz, pintada, lutando por um mundo com menos gente idiota e machista. :)

Fatima Tardelli disse...

Lola,

oi.

E participei dessa postagem da Marisa de forma ativa e realmente fui la comentar pq, ao ver postagem do site Jezebel.uol, realmente acreditei que a Marisa, de fato, quisesse ouvir as mulheres ' de mulher para mulher'. Pensei ' uau, que legal, eles finalmente resolveram ouvir suas clientes'.

Postei um comentario ultra comprido perguntando à Marisa sobre inumeras coisas. O mais legal foi perceber que inumeras outras mulheres - que nunca havia ouvido falar - se manifestaram  igualmente indignadas, o que mostra que nao foi um numero restrito de mulheres que se sentiu incomodada e/ou ofendida com a linha de atuacao adotada pela agencia e pela Marisa, mas sim muitas!

De fato esperava que tivessemos voz, afinal, nao era uma conversa ' franca' de mulher para mulher. Dai apareceu essa Lais Cancao, que, depois de meu comentario dirigiu-se a mim (especificamente) dizendo que  achava que tinha muita gente desocupada e com falta ' daquilo (sexo).

Isso me ofendeu MUITO, pq poucas coisas sao mais machistas do que dizer que o senso critico de mulher decorre de falta de pica. Grande absurdo.

Como achai que tratava-se de uma pessoa REAL, respondi dizendo que se o senso critico DELA era por falta de sexo, que isso era com ela, e que ela nao devia criar um Laiscentrismo, achando que ela era a medida de todas as coisas.

Meu comentario, durante muito tempo, foi ignorado pela Marisa, que preferiu responder a comentarios benevolentes de pessoas em outros topicos, no lugar de responder aos justos reclamos das mulheres naquela postagem especifica.

Entao repeti minha pergunta em outro topico, ja que a Marisa estava privilegiando os comentadores desse outro topico em detrimento do topico especifico. Tambem fui ignorada. Somente quando uma outra comentarista chamada Aline Valek tambem comentou a mesma postagem que eu e perquerindo sobre a questao do trabalho escravo e que a marisa resolveu responder e com informacoes parciais.

Entao eu resumi os fatos relativos as denuncias sobre o trabalho escravo e so entao a Marisa resolveu se manifestar, convidando a uma reuniao. Voce pode ver a postagem aqui (dei print para me assegurar que nada desaparecesse, como que por magica)

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=377598575656791&set=a.108584695891515.17068.101036196646365&type=1&comment_id=886034&ref=notif&notif_t=like

Estive pensando que como eu sou apenas mais uma feminista/consumidora/mulher que sentiu-se desconfortavel com a marca e as propagandas dela, que jamais poderia eu sozinha partir para uma tal reuniao (jaque nao possuo procuracao de todas as mulheres do Brasil, jamais poderia representar alguem que nao a mim mesma) . Achei que o mais adequado seria uma twitecam onde todas as mulheres pudessem participar diretamente.

E é nesses termos que vou mandar um email para a Marisa, propondo uma twitecam para que todas as feministas do pais pudessem perguntar e se manifestar.

Talvez a Marisa de fato deseje repensar suas atitudes e nunca seria tarde demais para isso. Vamos ver se e esse o intuito deles ou se e so dar um ' passa moleque' em todas nos.

Mariane disse...

Nunca gostei da Marisa e depois dessa, menos ainda! Boicote nela \o/

Tiago Pereira disse...

Lisa, os padrões machistas afetam realmente muito mais pessoas do que imaginamos: além dxs gordxs, as mulheres magras demais, os homossexuais, homens que "moram com os pais" (exemplo que a Marisa usou no comercial para "classificar" o "bom partido") e por aí vai.

Isso confirma que a luta do feminismo é mais do que fundamental. Ela é uma luta UNIVERSAL, para todxs nós.

Mas, sem dúvida, entre homens e mulheres, as mulheres são as vítimas que mais sofrem com o machismo (a cultura do estupro é um exemplo).

Eu, como homem gordo, sofro muito, mas quando ouço o relato teu e das outras mulheres, meu coração para de vez, pois sei que o sofrimento de vocês é muito maior.

Contem comigo nessa luta!

Força, estamos juntos com você, Lisa, e vamos lutar TODOS OS DIAS para melhorar esse mundo!

Anônimo disse...

É interessante ressaltar que praticamente as únicas pessoas que deram "like" nos comentários de Laís Canção eram funcionários da AlmapBBDO. Existem prints disso. E que antes de ser descoberta, a Laís curtia apenas duas páginas: Volks e Gol. A Volks também foi alvo de críticas por suas propagandas machistas, e também é cliente da mesma agência.

Anônimo disse...

Quanto ao slogan de mulher para mulher, acho muito estranho considerando que a empresa não tem nenhuma mulher na diretoria executiva. Mais estranho ainda que a AlmapBBDO tenha tido várias polêmicas com machismo anteriormente (nos anúncios da Volks, que a Laís também curtia), e ainda mais curioso que a redatora do vídeo de "conversa" tenha sido a mesma que escreveu aquela "justificativa" extremamente ofensiva contra as consumidoras descontentes, publicando com o aval da agência.

carla disse...

Tal empresa já não me tem como cliente faz um bom tempo.

O bom é que estão se afundando em um buraco cavado por eles mesmos, e a um custo, imagino, bastante elevado.

Bjs, Carla.

Robson Fernando de Souza disse...

Essa AlmapBBDO já é recorrente em desrespeitar categorias de pessoas. Em comercial da Antarctica no primeiro semestre do ano, investiu no preconceito contra vegetarianos, num comercial que também teve requinte machista.

Se alguém tiver mais comerciais em que essa agência tenha desrespeitado alguma categoria, tragam pra cá também.

Julia disse...

Lisa, seu comentário foi perfeito!

Também fiquei por muitos anos muito abaixo do peso, tive que aguentar muitas piadinhas como "saco de osso", e cobrança de todos os lados para que eu engordasse, porque "parecia doente", sendo que eu comia o máximo que podia. Meu organismo queima muito rápido tudo que como, portanto podia comer um boi inteiro, que meu peso não mudava, e mais: se ficava 1 dia comendo mal, já via 3kg a menos na balança. Cheguei a pesar 40kg.

Padrão de passarela são cabides ambulantes. Já viram esses cabides em playboy? Não né? Então, é porque o padrão brasileiro verdadeiro, do dia-a-dia, é a mulher gostosa, com curvas. Se você é magra, sem curvas, você sofre tanto bullying quanto uma gorda. Pior ainda, é que é dificilimo achar na internet conteúdos pra quem quer engordar. Não temos nem pra onde correr!

Já cansei de ver gordas, feministas ou não, esculhambando com magrelas, e acho isso nojento! Garotas que passam por preconceito, agindo preconceituosamente com outras, tão mulheres como elas.

Saibam, gordinhas, que nosso sofrimento é o mesmo, a cobrança é a mesma, a enxeção de saco é a mesma, portanto não preguem que toda magra é assim porque é "manipulada" e que só as gordinham devem ser valorizadas.

Toda mulher deve ser valorizada e aceita do jeito como é!

Nanda disse...

Sempre foi difícil encontrar algo decente nessa rede para mim.

Por alguns anos até pensei q tinham acabado. Pior erro de uma marca é ignorar consumidores potencialmente influentes: pessoas com capacidade argumentativa e respeito nos seus ambientes de convívio capaz de influenciar os hábitos de consumo de um número razoável de pessoas.

Por falar nisso, já queimou o filme das lojas Marisa com alguém hj? Eu já =D

Anônimo disse...

E o Femen não perde nenhuma oportunidade de ficar calado, tinham que fazer uma merda dessas agora.
http://noticias.terra.com.br/brasil/fotos/0,,OI228793-EI306,00-Garotas+do+Femen+quebram+Loja+Marisa+em+BH+contra+comercial.html

Sara disse...

Parabens pela reportagem Lola, ficou ótima, espero q a cada dia vc seja mais e mais reconhecida pelo trabalho incansável pelo feminismo.

Anônimo disse...

Não gostei da insinuação do comercial da dieta de que as refeições foram menos alegres do que as regadas a sorvete e cupcake, se é que estas sobremesas podem ser chamadas de refeição. Como legumes, verduras e leguminosas (feijões) o tempo todo e não faço sacrifício algum. Como alguma coisa mais calórica e nem por isso fiquei uma baiaca. Não precisa fazer sacrifício, é só não enfiar o pé na jaca TODO DIA.

Afora isso, achei o comercial normal, considerando-se o esquema ficar-magra-pra-agradar-homem, que acho uma total besteira mas inofensivo, desde que não levemos a sério.

Val

Anônimo disse...

Julia

Sinceramente, a cada dia que passa minha certeza de que devemos sair da invisibilidade SÓ aumenta. Talvez eu faça mesmo um blog para nós compartilharmos a enxeção de saco de cada dia, desabafarmos e desconstruir essa ideia do senso comum que toda mulher magra já está no lucro, e que não faz mal soltar uma piadinha ou outra, afinal magra não sofre nadica de nada, né?!

Se hoje em dia muitas pessoas se policiam para não ofender gordas (pelo menos quando uma está presente), é pq elas criaram um movimento de resistência e de afirmação. Óbvio que ainda sofrem preconceito, óbvio que ainda escutam piadinhas, mas com certeza tiveram avanços, e se organizam cada vez mais. A tendência é que consigam vitórias assim como os negros conseguiram (vai falar mal de negro hj para ver o que a lei faz com vc). Nós deveríamos fazer a mesma coisa. Eu gosto de ver que outras pessoas estão na mesma situação que eu, não me sinto tão sozinha. E às outras feministas, cuidado para não transformarem a luta contra a ditadura da beleza em transferência de preconceitos e padrões.


Tiago


É muito bom ver homens apoiando o feminismo, sem medo de serem chamados de manginas, viados e etc. A luta do feminismo tb é a luta pela desconstrução de padrões e comportamentos que afetam a sociedade inteira (homens, mulheres, classes sociais, etc), e é justamente essa desconstrução que vai possibilitar a horizontalidade do movimento. Devemos fazer a manutenção para que todos sejam ouvidos, para assim, estabelecer a igualdade.




Mimimi


Mulheres tem que provar o seu valor o tempo inteiro. Sei que "ser gostosa" pros padrões de beleza não significa que vc não sofrerá com o machismo. Falei da situação das mulheres magras pq é o meu caso e é o que posso falar com propriedade, e tb é o caso que me incomoda mais, pq me atinge diretamente.

E sim, bato no mesmo ponto que vc de que não existe jeito errado de se ter um corpo. E embora eu saiba que o feminismo não compactua com esses preconceitos, INFELIZMENTE há feministas reagem de forma equivocada, passando a demonizar um tipo de corpo específico, que muitas vezes suas donas nem estão fazendo dietas mirabolantes para mantê-lo. Só nasceram com o pecado original de serem assim.



Emmanuelle


O meu peso sempre esteve entre 49 e 52 kg, o que é considerado abaixo do ideal pelo próprio cálculo de imc. Só esse ano que consegui atingir 55 kg, e mesmo assim já teve colega da minha turma fazendo cara de cho-ca-da quando eu disse que estava com cólica menstrual ("Cólica menstrual?! Vc menstrua?!!! O_O"). Minhas pernas só estão criando forma agora, aos 24 anos(!), e mesmo assim ainda podem ser consideradas finas. Peito e bunda? Tenho 0, e aqui no Brasil ainda há gente que defende que se vc não tem esses componentes, nem mulher vc merece ser considerada. Pq será que meu apelido no colégio (além de tábua, claro), era homem?

O povo não prefere gostosa? Poxa, estou equivocada então! Tirem a mulher melancia, a Valeska Popozuda e todas as panicats da playboy e da tv, elas tem celulite!

Deu até vontade de me mudar pro RN...

Quanto à sua vontade de ser fashionista, eu mandava tudo e todos pra puta que pariu e mostraria o meu trabalho. Preconceito vc vai sofrer, mas isso não pode te fazer parar de fazer o que gosta.

Talvez eu fala mesmo o site...


~Lisa

Unknown disse...

O fato é que: comprei uma blusa preta na loja online da marisa. me mandaram uma rosa. contatei o sac e falaram que se eu me arrependi, posso devolver e trocar por um vale trocas.


Até hoje não achei nada por lá que eu queira comprar com o vale troca.

Magrelinha disse...

Sou a Lisa dos comentários anteriores.


Como já sugeriram aqui, e eu tinha essa vontade, criei um blog para discutir sobre a demonização do corpo magro, e antipreconceito contra mulheres magras. O endereço é www.ossoscomoficio.blogspot.com. Quem quiser apareça.


ps: Lola, desculpa estar divulgando aqui, mas como discutimos o assunto nessa página de comentários e algumas pessoas se identificaram, lhe peço licença.

Abraços,

indivídua disse...

Oi Lola! Na verdade, é meio fora do tópico, mas vou utilizar o espaço: tu já assistiu Sons of Anarchy? É uma série sobre uns motoqueiros, tem umas referências interessantes (Hamlet, Bakunin, The sopranos) e tal... Mas me incomoda muito o papel das mulheres nessa série (que tem ido muito, muito bem na audiência)... Para tu ter uma ideia, nela tem uma cirurgiã que abdica da carreira para apoiar o "seu homem", que é um criminoso... Bom, gostaria de ler uma resenha tua sobre o programa (faz tempo que tu não faz uma resenha sobre filme, série, livro etc.) Beijo e adoro o blog...

Bulling NESFIT disse...

Bullying no comercial de Nesfit:

Essa tal "Operação Biquini" já existe a um tempo, são 14 dias fazendo uma dieta de fome e comendo o horroroso Nesfit para emagrecer e pelo conteúdo do site pode ser considerada só mais uma idiotice estilo revistas femininas. Nunca entendi essas “operações” de verão, pois se vc quer ser magra é importante que seja antes de tudo pra vc se sentir bem e não com o único objetivo de desfilar de biquini pra pegar homem. É geralmente o tipo de coisa que ignoro como ignorei até hj, se não fosse o comercial dessa "operação", que assisti umas duas vezes na TV fechada, e olha , é bullying pesado. O comercial mostra uma menina magérrima vestida, e pergunta algo como:”Vc está pronta para o biquíni? Acho que não”. Logo depois a menina aparece ainda mais magra, mas magra tipo manequim 34, toda reluzente e atraindo olhares masculinos, pq esse é o único motivo pelo qual queremos ficar magras? Para os homens, isso é tão óbvio!!! Enfim a msg do comercial é clara, só pode ir a praia de biquíni quem tem um corpo perfeito, não basta ser magra, tem que ter o corpo perfeito, senão vc não tem o direito de usar biquíni, sua gorda!!!
Embora minha mentalidade tenha mudado muito desde que comecei a ler blogs feministas , nunca fui engajada, mas esse comercial é tão ultrajante que me deu uma vontade enorme de fazer barulho, de fazer uma revolução, nem que seja de sofá, nem que seja enviando msgs para os meus amigos de FB. Pq, sinceramente, que direito a Nestlé acha que tem de julgar quem pode usar biquíni ou não, O CORPO É MEU, eu posso ir de biquíni, de maiô, de burca, pelada, e ninguém, absolutamente NINGUÉM tem nada a ver com isso. Repito, no site a campanha não vai por esse caminho, apenas o comercial vai, e infelizmente não consegui encontrar esse vídeo em lugar algum, acho que já tiraram de circulação, talvez tenham se tocado da grande M que fizeram, talvez não. Quem tiver, por favor, compartilhe.

Eu não fui a única que assistiu:
http://www.phiphices.com.br/opiniao/campanha-operacao-biquini-da-nesfit-e-o-meu-desabafo

O comercial e bem parecido com esse aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=Tz4rACGy7Ww

Cris

Cristina disse...

Fiquei sabendo pelo Facebook dessa bola fora da Marisa e dei uma olha nos videos do Youtube. Mas trollar os proprios consumidores com um perfil fake é o fim. Nunca fui lá muito fã da Marisa; roupas feias feitas com materail de quinta, gostava mesmo era de comprar Lingerie lá, mas como voltar a um lugar e gastar meu suado dinheiro em uma lugar que me acha idiota, exagerada e facilmente enganada, ou seria trolada?

Neide Barros disse...

Não que os comerciais não sejam agressivos, mas trabalho escravo deveria ser o real motivo do boicote a Marisa.

Anônimo disse...

o feminismo apoia, sim, que mulheres tomem a iniciativa quando querem ficar/se relacionar com um homem. Só que isso não significa que as cantadas de rua, invasão do espaço pessoal de uma pessoa, sejam aprovadas. Tomar a iniciativa é, sei lá, ligar e chamar para um cinema. Não gritar um "tá gostosx, hein" no meio da rua. Percebe a diferença? =]
_____________________________________

Ela mesmo diz não sabe o que é tomar iniciativa e vem com um sem pé nem cabeça. Pois o que tem a ver chamar pra ir ao "cinema" com iniciativa? Explique! Se eu quiser ir pro cinema, vou sozinho ver um filme que eu gosto. Agora, o cara ir ao cinema (e ver até um filme que não gosta) só para agradar uma mulher. Chamar isso de "iniciativa" é o um absurdo total...

Anônimo disse...

Essas aí da foto tao protestando no shopping é?
Shopping é um espaço privado dona feminista, pode não.
Ah esqueci, pra vocês não existe propriedade privada...

Anônimo disse...

'se é bom pros negócios ter gente escrevendo posts contra a marca, ou fazendo protesto em frente à loja. Mesmo que seja muito pouca gente, esse tipo de “bad press” corre rápido na internet.'

Dependendo de quem esteja esculhambando, isso pode ser entendido como um elogio.
Até porque um shopping é um espaço privado e essas ai entraram lá,fazendo putaria,achando que tavam na casa da mae joana...

Anônimo disse...

'"As feministas" (generalizando né) são contra qualquer tipo de avanço/abordagem sexual abusivo, anon. '

Abusivo? E quem decide o que é esse abusivo? Ora bolas, quem quer se ofender vai se ofender com tudo.
Tem mulher que se acha as pregas, se sente 'abusada' basta o cara chegar perto.

Ta-chan disse...

Lendo os comentarios agora dia 12/11, um dia depois do post ser publicado, e vejo um dos primeiros comentarios da Layana:

"Layana disse...
Infelizmente o nº de pessoas que a Marisa deve perder com isso é pequeno. Até porque seu público forte é de baixa renda (embora ele queira se enquadrar em outro) e que está pendurada no cartão deles até a goela e por isso só pode comprar lá. E não é bem este público que se importa em como somos mostradas e tal.
É uma pena. Um bafafá destes com uma loja de outro perfil seria muito pior."

Assim, eu sou tipo "baixa renda", ganho salario minimo e não tenho faculdade, mas não compro na Marisa e conhecho varias outras mulheres que como eu não compram e as vezes nem estão endividadas.
Sabe o motivo da loja "querer se enquadrar em outro" perfil que não aquele de loja tipo banca? É pra atrair as consumidoras "baixa renda"!Pra elas se sentirem bem carregando a maldita sacolinha da loja!Isso é crime?Do jeito que você colocou pareceu.
Enfim, eu não comprava na Marisa pela confecção ser de baixa qualidade e cara, agora não compro na Marisa pela postura publicitaria e pelas denuncias de trabalho escravo.
Então Layana como você disse nos que mulheres pobres não nos importamos pela maneira que os comerciais em especial nos mostram?
Você devia começar a reavaliar os seus conceitos de classe e feminismo se é que você tem algum.

Anônimo disse...

@Anon 02:27

Se convidar alguém que vc estar interessado não é iniciativa, explica pra gente o qq é, plz.

Cara... que tipo de filme vc acha que as mulheres assistem? Algum com a Meg Ryan, é? Bom... se vc acha que mulheres só vão ao cinema pra assistir isso mt coisa se explica...

Engraçado como os mascus acha que td mulher é uma Capricho/Marie Claire, né?!

Anônimo disse...

Apoiado.

Mas tem uma coisa: o feminismo não pode ignorar o trabalho escravo apoiado pela Marisa. Se continuar ignorando, abre mais e mais espaço pra uma crítica a meu ver correta: boa parte das feministas (por serem de classe média universitária?) ignoram as horrendas desigualdades entre classes no Brasil. Daí a desigualdade e a violência entre gêneros parece coisa montada no éter.

No Brasil, a desigualdade entre gêneros é parte da desigualdade entre classes. Vamos se ligar.

Anônimo disse...

Bah, os comentários aqui (nem vou falar dos mascus, que são mesmo desprezíveis) estão bem preconceituosos contra mulheres pobres, hein. Que é isso, companheiras?

Thatiana Neves disse...

Olha, não sei se foi coincidência, mas essa semana eu fui praticamente perseguida pelo telemarketing da Marisa, que queria me oferecer um cartão. Eles ligaram várias vezes, mas eu não estava, até que conseguiram falar comigo. O cartão já estava aprovado, era só eu passar na loja pra pegar. Eu agradeci e disse que não tinha interesse, a moça (muito simpática e educada, por sinal) me perguntou o motivo, eu expliquei sobre os recentes acontecimentos e pedi que ela anotasse que era por isso que não queria o cartão. Terminou a ligação me desejando tudo de bom e mandando beijos. A agência de publicidade utilizada pela Marisa tem muito a aprender com o serviço de telemarketing.

Roberta disse...

Como já sinalizaram por aqui, o Femen mais uma vez prestou um grande desserviço à luta feminista vandalizando uma loja da Marisa em BH. É assim que elas protestam, é assim que tentam dar força aos nossos argumentos? Aliás, por tudo que tenho visto, duvido que elas sequer tenham argumentos. Cada nova manifestação dessas meninas só faz crescer minha convicção de que seus atos são desprovidos de qualquer consistência ideológica. Afinal, como alguém que se diz contra a ditadura da beleza resolve protagonizar um ato de protesto fazendo uso de maquiagem (inclusive de batom vermelho), com cabelo tingido de loiro, pernas e axilas depiladas? Por que todas elas aparentemente admiram e se miram na estética pin up? Não seria essa uma forma de rechaçar um padrão de beleza em prol da defesa - mesmo que subconsciente - de outro? As Femen que me desculpem, mas elas passam muito longe de representar o feminismo.

Emmanuelle disse...

Lisa,a valeska ja foi xingada quando apareceu com celulite,agora ela nao tem mais e a mulher melancia por ex nao consegue nem mais voltar a ser subceleb porque é gorda demais,só quem tem muito musculo definido mesmo mas nao passa do manequim 40,vou visitar,bj

Nih disse...

Posto aqui o que postei na minha página no Facebook:

"Femen e o Caso Marisa


Em primeiro lugar, gostaria de deixar claro que não conheço o Femen, nem suas ações atuais ou mesmo alguma de suas ativistas. O que eu sei vem de algumas postagens em espaços feministas e algumas postagens do próprio Femen. Procurarei portanto, expor minha opinião, já deixando claro de antemão que não participo de linchamentos públicos.

O Caso Marisa, acredito que todos aqui tenham acompanhado em maior ou menor grau, mas, para resumir, a marca promoveu uma série de campanhas desastrosas que provocaram indignação por parte de algumas pessoas, além é claro, de fazer uso de mão-de-obra escrava. A gota d'água se deu em função de uma campanha que claramente naturalizava e incentivava nas mulheres práticas extremamente danosas à saúde apenas com objetivo de alcançar o padrão de beleza ditado pela mídia. Em um mundo em que cada vez mais jovens sofrem de distúrbios alimentares e em que pessoas gordas são constantemente hostilizadas, esta campanha não foi pouca coisa. A ideia de que qualquer sacrifício é válido para ter um corpo magro tem provocado consequências desastrosas. Na Argentina, onde este padrão estético já é cultuado há mais tempo (e por homens, tá?), a anorexia chegou a níveis epidêmicos.

Enfim, empresas possuem sim um dever para com a sociedade, tendo em vista que a televisão e o espaço público, onde as campanhas tomam lugar, não são propriedade privada de uma empresa, mas sim, uma concessão do poder público ao setor privado. Tendo em vista que os meios de comunicação são públicos sob concessão (o que é, ou deveria ser, bem diferente de uma propriedade privada), as empresas que os exploram tem por dever, oferecer à sociedade uma contrapartida de responsabilidade social. Ou seja, não é válido dizer que "A Marisa faz o que quer", afinal, ela está ocupando um espaço público.

Por outro lado, as leis brasileiras conferem aos veículos de comunicação (e a nós), ao menos em tese, o direito à livre expressão. Só que não é um "vale tudo". A Marisa não poderia, por exemplo, incentivar o uso de crack, não apenas porque se trata de uma substância proibida no país, mas por possuir uma implicação direta com a saúde pública. Mas veja bem, incentivar a anorexia também esbarra em questões importantes de saúde pública. A imposição da magreza tem provocado em nossa geração, uma série de transtornos alimentares e já que não existe uma política eficiente para dar conta disto, a tendência é que a situação piore. Minha irmã de 7 anos já faz body shaming desde uns 4 anos. Ela não é apenas bully, mas também uma séria candidata a transtornos alimentares no futuro.

Então, na verdade, a Marisa não tem o direito de veicular "qualquer coisa", ou mesmo nós, cidadãos comuns, não temos o direito de proferir qualquer coisa. Quando se trata do bem-estar, do bem comum, da dignidade humana, a liberdade de expressão se torna condicionada a estes quesitos. Mas ainda que acreditemos que "a Marisa não fez nada demais", permanece o direito dos consumidores de não gostar da campanha. A Marisa fez uma campanha, ela foi para a mídia, mas seu público não gostou. Este público, mais do que a Marisa (pelos motivos citados acima) , tem o direito de se manifestar. Sim, a empresa tem um dever para com seus consumidores e para com a sociedade brasileira. Ignorar isto é desconhecer os fundamentos do Estado Democrático de Direito.

Então, resumindo, o que a Marisa fez foi errado e cabe contestação. (cont.)

Nih disse...

"Daí ontem, ficamos surpresxs ao saber que o Femen Br promoveu um protesto em uma loja Marisa, em Belo Horizonte. Segundo o portal G1, o Femen havia quebrado a loja.

Quando olhamos as fotos, vemos roupas no chão e alguns manequins derrubados. Algum vidro quebrado, por exemplo? Não que eu tenha visto! Segundo o Femen BR (cuja nota compartilhei aqui), elas (apenas 3 garotas) utilizaram o próprio corpo para promover o protesto e derrubaram algumas coisas por lá.

Considerando que qualquer loja Marisa tem vários agentes de segurança, vocês acham mesmo que elas quebraram a loja? Faz favor! Então, ao menos para mim, ela cometeram "vandalismo", entre muitas aspas.

Mas enfim, elas protestaram de forma mais agressiva do que estamos acostumadxs. Tal protesto então me trouxe uma reflexão importante, que postei ainda ontem.

Estamos vendo 2 milhões de pessoas protestando contra o governo argentino (700 mil só na Praça de de Maio) e sabem qual foi a reação do governo? NE-NHU-MA. O governo argentino, em sua soberba, se recusa a considerar o que os manifestantes tem a dizer e os veículos de mídia oficialista dizem que estes 2 milhões sofreram lavagem cerebral do Clarín (veículo de mídia opositor). Para vocês terem ideia, a passeata dos 100 mil fez história por aqui, enquanto por lá, 700 mil só na Praça de Maio não fizeram nem cócegas no governo.

Por outro lado, temos aqui a Dilma (e antes dela, o Lula), que simplesmente ignora os movimentos grevistas. A greve que paralisou quase todas as Universidades Federais do país foi derrotada. O poder está por demais desigual.

Daí, no extremo oposto, temos que, quando o povo resolveu "partir para ignorância", a coisa mudou. Ontem inclusive dei um exemplo sobre como meu bairro deixou de ter falta de luz a partir da completa depredação de 2 carros da Companhia de energia elétrica. Outra pessoa colocou que em Florianópolis, os protestos contra o aumento das tarifas de ônibus só funcionou a partir da queima de ônibus (acho que vocês devem se lembrar). Isso sem falar de todas as grandes conquistas dos trabalhadores, as quais se deram com muitas mortes e prisões. Sem a luta sangrenta dos trabalhadores, jamais teríamos os direitos que temos. Jamais saberíamos o que são férias, estabilidade, jornada de 44 horas semanais, etc. nada disto foi nos dado de bom grado. Assim como, a Bastilha não caiu a partir de uma conversa franca entre burguesia e nobreza. Aliás, vocês conseguiriam citar alguma colônia que tenha se livrado do jugo da metrópole com uma conversa franca e diplomática?

Só que o enfrentamento direto da truculência do Estado não tem sido a nossa via. Simplesmente, porque queremos tentar outra coisa, por que em 10000 anos de civilização, era para termos inventado algo melhor do que isto. Nós temos um polegar opositor e um telencéfalo altamente desenvolvido para quê? Para resolver nossos conflitos como Chimpazés?"

Nih disse...

Pois bem, nós já inventamos coisa melhor! Ontem citei Thoureau, Gandhi (foi influenciado por Thoureau) e os Provos (Holanda). Eles reinventaram a resistência. Eles inventaram a resistência PACÍFICA que não é PASSIVA. Precisamos apostar na irreverência, na criatividade e na desobediência para fazer com que as coisas mudem. E nos importar menos com a opinião pública.

A mídia machista e reacionária SEMPRE vai nos classificar como baderneiras, mal amadas, mal comidas, amarguradas, feias, gordas, "sapatonas" e caras de melão. O que temos a perder? Nossa excelente reputação? Sempre vai haver quem discorde, por muito tempo vai haver quem nos denigra. LIDEM COM ISSO, OU CAIAM FORA. Militância política definitivamente não combina com fragilidade perante críticas. Coragem!

Coragem porque o mundo não vai deixar de ser machista agora, porque as pessoas tentarão nos calar, porque tentarão nos agredir, porque tentarão nos desacreditar, porque enfim, tentarão nos tirar o direito de existir. Ou encaramos "all that shit", ou melhor desistir agora. E aí? O que vai ser?

Dica de leitura: PROVOS - AMSTERDAM E O NASCIMENTO DA CONTRACULTURA

Autor(es): MATTEO GUARNACCIA
Editora: CONRAD

Anna disse...

Essa historia da internet se limitar a classe média já foi há muito tempo, vocês precisam se atualizar. Hoje qualquer barraco na favela tem computador. Faço trabalho social há anos e é o que mais vejo.
_______________________________

As empresas no Brasil são muito mal acostumadas, com o aval do governo e da própria população, sempre fazem tudo o que querem e se alguém reclama, eles tem a cara de pau de alegar censura. A liberdade de expressão de um veiculo de comunicação é limitada (ou pelo menos deveria ser) se comparada a de um individuo. Não é por menos que no ano passado, enquanto no resto do mundo, muitos bancos quebraram, no Brasil tiveram lucros exorbitantes.



Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Priscilla Franco disse...

tava sentindo falta de ler sobre isso por aqui. Ótimo texto!

Ishitori disse...

A Marisa conseguiu se incluir nas lojas que eu não entro...

Anônimo disse...

Trabalhei na publicidade. E eles acreditam piamente que o que entendem por classe C não pensa e precisa deles para "pensar"... :o
Devem estar chocadinhos com as reações...

Letícia disse...

Marisa e seus publicitários conservadores, que acham que é melhor que as consumidoras sejam regidas por um padrão. Afinal, sem um ideal padrão, qual a força do pensamento consumista? Não compro nunca mais nessa loja.

Nathalia ॐ disse...

Eu acabei participando dessa postagem e realmente, foi bizarro de ver o descaso da marca com a cobrança das mulheres por um pedido de desculpas, ou questionando sobre os erros que cometeram. Eu não entro mais nessa loja MESMO.

Anônimo disse...

Triste viiu ¬¬'

Mila disse...

Falando como profissional de comunicação em formação: que exemplo de como não lidar com as mídias sociais! Realmente coisa de amador!
Que tal ouvir as clientes e tentar responder com argumentos sérios? Agora criar um perfil fake pra alavancar a imagem da empresa foi uma atitude além de anti ética e anti profissional, foi imatura e irresponsável.

Dani Bado disse...

Bom, todo mundo já deve ter percebido que essa Lais Canção é Fake, engraçado é que a foto utilizada é um crop a partir de uma foto de uma mulher grávida segurando uma melancia em uma mão e na outra segurando um revólver.

Imagem original: http://twitpic.com/bcprqf

Minha opinião é de que foi um perfil criado por alguém ligado diretamente a loja Marisa.

Anônimo disse...

Achei a campanha da Marisa um tiro no pé. É possível fazer propaganda q venda biquini no verão de forma mais inclusiva, criativa e sutileza.

Mesmo que o boicote à loja seja de 5%, qual o sentido de fazer uma campanha que, ao invés de aumentar as vendas, diminui? rsrrs

A loja ainda pagou de conservadora e anacrônica.

Layana disse...

Oi

Respondendo à pergunta da Ta-chan acima.
Talvez eu precise mesmo reavaliar meus conceitos pelo fato de parecer que meu comentário incutisse um preconceito de classe de minha parte.
Trabalhei um tempo em loja de shopping (e ganhava salário mínimo também) e estava tentando analisar o caso pela ótica de mercado mesmo. Por isso eu comecei com "infelizmente" pois eu gostaria muito que a maioria das pessoas fosse consciente como você é. Mas a realidade que temos hoje é que elas não são. Sobre o pendurado nos cartões, isso sai dia sim dia não na imprensa "o brasileiro está a cada dia mais endividado nos cartões". Não tenho preconceito contra quem está.
Quanto a avaliar meu conceito feminista não será possível, ainda não me considero uma. Embora a Lola viva dizendo que é bobeira isso de "sou mais feminista que vc". Nem sabia que apenas por comentar aqui seira automaticamente feminista. É um blog, tem caixa de comentário, eu comentei. Mas não me considero por que acho que a condição primordial seria ter algum tipo de ativismo e não o tenho.

Enfim, espero ter me explicado. eu acho ruim que a situação seja esta. Não estou reclamando que existam pobres ou dizendo que pobres são mais ou menos inteligentes.

Beatriz Gosmin disse...

Acompanhei no facebook todo este desrespeito. Fico inconformada!

Adorei seu blog Lola! ;D

Anônimo disse...

Sabia que o texto do filme (e não vídeo) "Número de homens" foi redigido por uma mulher? E, aliás, uma baita redatora.

Vê se deixa de ser amarga e aproveita um pouco a vida. Ninguém está nem aí para as bandeiras do feminismo - nem homens, em mulheres.

Unknown disse...

Anônimo 12:48

Sabia que nós não somos um clube da luluzinha odiadoras de homens? Lutamos contra o machismo, ideologia dominante em nossa sociedade presente em homens E mulheres. Sim, amigx, acho que sabemos disso bem antes de você ter esse insight genial.

Vê se deixa de ser amargx e se informe mais sobre as coisas antes de passar vergonha. Ninguém está nem aí pra gente que se faz de desentendida. Vaza.

Lu_u disse...

Acho que precisamos mudar o foco dessa discussão. Sim, a Marisa é machista, escravagista, desrespeitosa, sem noção. Sim, nós devemos boicotá-la. Sim, devemos espalhar essa notícia para que outras pessoas também a boicotem. Mas até agora ninguém pensou em atacar a raiz do problema: a Almap BDDO. A ag~encia foi a criadora de todas as campanhas até agora, muito provavelmente também é responsável por essa página de "diálogo", e já mostrou diversas vezes seu despreparo em lidar com o público, falta de profissionalismo e atitude ofensiva. Realmente, o público alvo da Marisa são as classes D e E, que mesmo tendo acesso à internet muitas vezes não tem acesso - ou interesse de acessar - notícias e blogs como o Lola. Mas o ativismo virtual é enorme, e já demonstrou diversas vezes seu poder de influência. Pois bem. A Almap BDDO é uma agência enorme, e é só entrar no portfólio deles pra ver a quantidade de clientes grandes que eles tem, como Pepsi, Gatorade, Volkswagen, Havaianas... Talvez essa confusão virtual com a Marisa não afete tanto uma marca que tem como píblico alvo pessoas que em sua maioria não se engajam em discussões virtuais. Mas o mesmo não pode ser dito da Almap BDDO. Quantos desses clientes estrelinhas deles vão querer manter suas contas de publicidade numa empresa considerada misógina, ofensiva e anti-profissional exatamente pelo público-alvo deles? E vamos combinar, essa palhaçada na página do Face (que me deixou mais irritada e indignada do que sou capaz de expressar)foi feita pela Almap BDDO, e não pela Marisa. Não tive tempo ainda de examinar mais a fundo o portfólio deles, mas uma empresa que faz isso com a conta da Marisa com certeza já fez ou fará algo parecido com outras contas. E nem adianta pedir pra demitir funcionários, esse posicionamento claramente vem do alto, ou a postura da redodatora do primeiro comercial nunca teria sido tolerada, ainda mais na página da própria Almap BDDO. Então proponho um desafio. Vamos fazer ativismo virtual sim. Vamos escrever posts, fazer campanhas, assinar petições, fazer barulho. Mas vamos fazer isso não só com a Marisa, mas com a raiz do problema: a agência da Almap BDDO. Vamos infernizá-los. Perseguí-los. Mandar correntes de mensagens para seus clientes. Mandar emal para seus diretores. Fazer o nome da agência ser vinculado às campanhas machistas que fez. Vamos fazer isso, e demandar uma retratação pública e uma mudança de postura da empresa. Porque me senti muito, muito, MUITO ofendida com a postura deles. E eu não sou do tipo que aceita ofensas caladas.

Lu_ud disse...

Enstranho,a conta da Marisa não está no portfolio virtual da Almap BDDO. Hmmm... tem caroço nesse angu.

Anônimo disse...

Anônimo 12:48

Baixou gente aqui da agência (ir)responsável pela campanha?!

Lu_ud disse...

Anônimo 06:37, sabe o que é abusivo? Aquilo que eu achar abusivo. O seu direito acaba onde começa o meu e ponto final. Se eu achar ruim o cara chegar perto de mim, eu me afasto, porque a rua é pública e ele fica onde quiser. Mas se ele me perseguir, me tocar sem meu consentimento, ou me xingar (alguns chamam de elogiar, há sérias controvérsias), o cara está invadindo meu espaço, está desrespeitando meu direito ao meu próprio corpo, à minha liberdade de ir e vir, à minha dignidade. Ou seja, está cometendo um abuso. Entendeu ou quer que desenhe?

Elaine Cris disse...

Mulheres sendo desrespeitadas em propagandas que querem atingir um público alvo masculino (como no caso daquela propaganda lamentável dos homens invisíveis da schin) e também por empresas que tem as próprias mulheres como público alvo. Aonde vamos parar?
Mas o fato de hoje em dia tanta gente expressar sua indignação já é um avanço.

Anônimo disse...

Sobre o protesto do Femen eu acho um pouco... ingênuo achar que elas "mancham" a imagem das feministas. A nossa imagem já é manchada, acordem! Espelham mentiras sobre feministas por aí desde 1920. Não é porque meia dúzia derrubou uns manequins e roupas que vamos ser levadas menos a sério.

Julia disse...

Leiam o comentário da Mordred Paganini. É desalentador algumas feministas acharem que vamos perder credibilidade e respeito porque o Femem bagunçou uma loja. Se a nossa credibilidade vale tão pouco, que chutemos o pau da barraca logo.

Anônimo disse...

Sou homem e sou feio pra cacete, nenhuma mulher nem chega perto de mim. Acho que vou criar algum tipo de protesto pra que a mídia mude seu padrão de beleza sobre homens. Pra homens baixos, feios e magricelas.

Gabi Luz disse...

Não sei nem porque tanta confusão.. O comercial é tão lixo quanto a qualidade das roupas da loja.. Não comprem mais lá e pronto e acabou! Ninguém que eu conheça fala bem da loja.. As lojas são sujas, bagunçadas, as roupas de péssima qualidade, o atendimento é ruim, então o que esperar de uma empresa de merda? Um comercial de merda...

Gabi Luz disse...

Pouco me importa quem vai comprar lá nessa merda de loja.. Eu graças a Deus penso e não compro lá.. Quem fala com portas é louco.. deixem as portas continuarem dando o dinheiro delas pra uma loja que acha elas um lixo.. O que importa é o que eu penso, porque o dinheiro é meu, e eu não jogo ele fora comprando em uma loja que não respeita o consumidor.. Azar de quem continua comprando lá..