quinta-feira, 15 de novembro de 2012

GUEST POST: NINGUÉM PRECISA SER MAGRA DE NOVELA PRA SER FELIZ

A Josiane, que já escreveu um guest post sobre ser confundida com a babá da filha, me enviou outro. Ela tem um belo blog em que escreve cartas pra sua filhinha Beatriz.

Querida filha:
Na novela das sete, Cheias de Charme, duas moças discutiam por causa de um homem. Uma das empreguetes -- antes de ser empreguete famosa -- a Cida, discutia com outra personagem, a filha do ricaço que ela trabalhava, a Isadora, que roubou o namorado dela, um personagem sem caráter chamado Conrado. Então, em meio a uma discussão acalorada entre estas mulheres, esta Cida, a "mocinha", dizia ter mais  qualidades que sua rival, especialmente a de ser mais magra. Quando a gente resume uma novela, elas ficam bem bobinhas, não?
O que me chocou na cena é que ambas são magrelas! Na mesma semana, na novela das oito, Avenida Brasil, duas esposas do personagem polígamo Cadinho diziam, em meio a uma briga, que uma era mais gorda que a outra. E ambas também magérrimas. 
Filha, não sei se você será do time das “magras naturais”: nem eu, nem seu pai somos deste grupo. Se estamos razoavelmente magros hoje, é por causa da reforma alimentar do seu pai e, no meu caso, por causa da corrida, o que não significa que um dia não engordemos novamente, temos certa facilidade pra isto. Mas antes que você comece a praguejar contra o seu destino genético, deixe-me contar uma pequena história:
Era uma vez uma menina que era bem barrigudinha. A mãe dela dizia que isto acontecia porque ela tomava suco junto com o almoço, mas não sei se era verdade, porque quando ela parou de tomar suco com comida, a barriga continuou. Ela cresceu e a barriga também. Na adolescência, houve uma vez em que fizeram uma lista dos apelidos dos alunos da classe: o dela era “9 meses”.
Esta barriga era um pesadelo, nunca sumia: alguns rapazes  chegavam, olhavam e se afastavam, quem é que iria querer sair com uma “grávida de banha”? Suas amigas, ao contrário, eram magrelas, e assim ela se acostumou a ficar de lado quando o assunto era paquera. E começou a achar que havia algo de muito errado com seu corpo, começou a pensar que a comida era uma grande inimiga, quer dizer, às vezes era a melhor amiga, tudo era muito maluco e nada saudável. Melhor nem entrar em detalhes.
Pois o tempo passou e a confusão sobre a sua imagem foi só aumentando. Mesmo quando estava no peso ideal, aquela barriga ainda era o seu pesadelo, era como se  a gordura  resolvesse se alojar somente ali. As roupas das lojas não se encaixavam direito e as roupas gestantes engordavam mais ainda. Até que um dia, o mundo dela caiu: perdeu o emprego, largou o namorado (sim, ela conseguiu namorar!), a religião e, depois de tanto tempo sendo independente, teve que voltar para a casa da mãe. E se deprimiu, como só voltou a acontecer anos depois, nos primeiros dois meses em que teve sua bebê. E quando esta moça se deprime, algo sempre acontece: a fome desaparece.
Desempregada, voltando a morar na casa lotada dos pais e sem direção, o que ela fazia? Corria 8 km de manhã e 8 km à tarde e não comia direito. Um dia, ela pisou na balança e viu que estava com 48 kg . E notou que a sua barriga finalmente não tinha  gordura. Olhou para o espelho e percebeu que parecia uma maratonista africana. Ninguém era mais magra que ela. Ela ganharia qualquer discussão de novela!
Mas algo estranho aconteceu: os rapazes continuaram a olhá-la como sempre olharam, ela não começou a andar com mais leveza e sensualidade como via nos comerciais. Tudo continuou igual, inclusive os problemas. A única vantagem era comprar roupas de grife nas liquidações, pois o número de roupa usado por magrelas como ela, sempre encalham nas lojas -- afinal, mesmo que tentem vender a imagem da mulher magra como a ideal, são as mulheres reais que fazem compras.
Então esta moça, um dia, teve uma epifania, como nos contos de Clarice Lispector: a mudança de dentro é a que importa, a de fora é pura ilusão. Simples assim. Quem complica tudo são os outros.
Então a depressão passou, ela voltou a trabalhar e até encontrou o homem da sua vida, que era bem gordinho na época. E tem sido muito feliz com ele. Fim.
Esta história é real, minha filha, e conheço muito bem esta moça. E termino aqui com uma frase tão clichê quanto verdadeira: “O essencial é invisível aos olhos.” A vida já é difícil demais para que inventemos problemas inexistentes em nós.

82 comentários:

Unknown disse...

Lindo texto.

Ana Sobral disse...

Que lindo guest post, Lola! Adorei a ideia de escrever para a filha! Eu sou o oposto, sou magrela de doer e sempre sofri com isso. Nenhum vestido ficava bom em mim, parecia sempre um estandarte de escola de samba ¬¬ Levou muito tempo, muita terapia, muito amor, pra me aceitar eu como sou. Hoje não ligo mais, aprendi a valorizar o que tenho de melhor e estou muito bem assim. O texto da Banana Pop chamado "Você é Linda!", escrito pela autora do cartoon, cai como uma luva para esse post. Compartilho com vocês:
"Você é linda!
Não pense que não sei o que digo. A beleza que te vendem é um retrato inacessível.
Olhe ao seu redor: te plantam medidas, te geram um incômodo, te apresentam o claro mais claro, o liso mais liso, o contorno perfeito como plausível, te empurram dietas, doutrinam com revistas, instauram a tortura e santificam manequins, te colocam na pressão e te expõem aos comentários dos amigos, dos parentes, de terceiros e ao teu próprio julgamento, baseados num padrão de ilusionismo insensato que te empurra como um fardo à inevitável frustração. Tudo na mais completa ordem para que esteja sempre frágil, suscetível, correndo atrás do impossível e, claro, nunca chegando lá. E, de repente, num lindo dia, tomada de tamanha agonia, nem mais com o espelho você consegue se dar.
Mas ele não é o inimigo, aprenda a entendê-lo. A imagem que ele reflete é a expectativa que você projeta.
E quando a aparência se impõe à existência, o belo ofusca-se feio, ficando à sombra dos teus medos, ao sabor dos teus anseios.
Liberte-se, aceite-se, bem-vinda ao mundo real!
Há um turbilhão de cores, emoções, texturas e valores querendo aparecer, basta você deixar.
Não, não olhe ao seu redor, olhe para dentro!
Viu? Você é linda! Não se deixe mais enganar.

Mariana Valentim – Autora Banana Pop"

Esse texto, entre outros, e a tirinha, que é muito fofa, estão na página da Banana Pop no Facebook: http://www.facebook.com/photo.php?fbid=518915468121053&set=a.322136874465581.86007.239259496086653&type=1&theater

Anônimo disse...

o que não significa que um dia não engordemos novamente, temos certa facilidade pra isto.//

Corrigindo: temos certa facilidade para comer.

99% de nós temos facilidade para engordar porque não temos atividade física compatível com a alta ingestão calórica. Mas só engorda quem come.

Val

B.T. disse...

Ser qualquer coisa para agradar aos outros é a maior furada que há. Os outros não nos veem de verdade. Cada um vê a si mesmo nos outros. Quem sabe de mim sou eu mesma. Se quero ser magra é pra mim, se quero comer idem, se quero ser saudável, idem idem.


Marcelle disse...

Belissima historia.
Eu sou magra e perco peso com facilidade. Mas gosto de me exercitar para ter folego para correr atras do meu pequeno, me sentir ativa e fazer amigos. Na aula em grupo que faco tem mocas de todos os tipos e sempre rola um papinho. Adoro!
Quando falo que faco atividades fisicas, sempre me perguntam para que? E a pergunta vem de quem? De brasileiras, como se a unica preocupacao fosse com o corpo.
O bom que vivo na Nova Zelandia, onde as pessoas sao bem relaxadas quanto a estetica. Cada um e o que e.
E na novela daqui nao tem atrizes super anorexicas discutindo magreza. Os assuntos sao gravidez indesejada, trabalho, doenca e um pouquinho de erotismo...

Erres Errantes disse...

O maior trauma que eu tenho em relação a meu corpo é o fato de ser barriguda. Não tanto quanto a moça da narrativa da autora do post, que chegou a ser apelidada de "9 meses", mas eu sempre tive um excesso de banha na barriga, desde pequena. É cruel como as mulheres são ensinadas desde cedo a policiar a própria aparência. Poucas pessoas me chamaram de barriguda ao longo da vida. Foram poucas, mas elas existiram: inclusive a minha própria mãe está entre elas. Mas sempre quem fez a maior patrulha em relação à minha barriga fui eu mesma. Até hoje tenho o maior complexo. Mas não dou o braço a torcer: como o que quero, bebo o que quero e um dia pretendo fazer uma atividade física para me sentir bem, e não para agradar aos outros, só não faço agora porque estou desempregada e, para me exercitar, tenho necessidade de estar numa academia, onde eu possa empreender uma atividade física - infelizmente, só funciono assim, não consigo ser autodidata em questão de exercícios físicos... Mas tenho todo esse complexo só porque sou mulher, claro. Os homens podem ter suas "barriguinhas de cerveja", que elas são muito bem vindas e até se tornam motivos de piadas muito bem intencionadas, sem qualquer laivo de bullying.

É revoltante como conseguiram escrotizar a vida das mulheres, por isso devemos impor resistência até o fim.

Anônimo disse...

"o que não significa que um dia não engordemos novamente, temos certa facilidade pra isto.//

Corrigindo: temos certa facilidade para comer.

99% de nós temos facilidade para engordar porque não temos atividade física compatível com a alta ingestão calórica. Mas só engorda quem come."

Por favor né.
Que falácia isso hein.

Carlos disse...

Eu particularmente procuro o "bem-estar" e não a felicidade, pois a felicidade depende de coisas e pessoas, o bem-estar depende de ti mesmo.

Ter o corpo em forma é muito bem visto pelas pessoas em geral, daqui algumas décadas quem tiver corpo em forma será considerado quase alguém superior pois estamos começando a "era da obesidade".

Rosanna Andrade disse...

E isso ai, Val, todas as pessoas do mundo processam os alimentos da mesma forma, entao uma fatia de bolo de chocolate engorda todo mundo de forma igual.
Genetica manda beijos!

(Sou magra, 49 kg pra 1,63 m, e nem eu aguento a chatisse e cagacao de regra no corpo alheio que essa caixa de comentario vira nas discussoes sobre gordofobia. Gordas precisam de nervos de aco)

tati disse...

Lindo texto mesmo. Já passei por isso; quando emagreci pensei q todos os meus problemas desapareceriam em um passe de mágica, mas vi q tudo ficou exatamente igual. Parabéns autora, parabéns a todxs q emanam a amor, por si mesmxs e para o mundo.

Anônimo disse...

E ninguém é obrigado a aceitar gorda, também.

Anônimo disse...

Só eu me incomodo MUITO com essas histórias em que o final feliz SEMPRE envolve uma mulher encontrar o homem da sua vida? Como se a felicidade de uma mulher dependesse de conseguir agarrar um homem que dê significado e validez a sua existência. Isso só reforça o desprezo e o ódio pela mulher que se realiza através de si mesma, a mulher independente, que não precisa de um homem pra ter valor e sentido em sua vida, que não precisa de um homem pra ser feliz. Um passo pra frente e dois pra trás...

Vivi disse...

Oi Josiane, tudo , gostei do guest post!
Porém, tenho uma questão que sempre penso quando aparecem assuntos sobre aceitação no blog da Lola e me incomoda um pouco. Vc diz “a mudança de dentro é a que importa, a de fora é pura ilusão”, bem, concordo “em parte” com esta afirmação, e vejo relatos- aqui no blog muitas vezes- onde há descrição do tipo “eu era gorda, emagreci e mesmo assim a sociedade não me aceitou e ninguém me achava bonita mesmo assim” etc..
O que acho perigoso é uma super valorização do discurso “ a mudança por dentro” (mesmo não percebendo podemos estar fazendo isso), como se o problema resolvesse se “nós mudássemos por dentro” e nos aceitássemos. Por que digo isso? Pois se a mudança de dentro é a que importa, em ultimo caso, a sociedade pode continuar gordofóbica, pois basta vc se achar mais bonita. Sei que vc quer que a sociedade mude , mas qndo se sobrevaloriza”a mudança por dentro” vc corre o risco de depositar uma sobrecarga em meninas que não coseguem ter esta “mudança por dentro” sem se dar conta, individualizando a solução do problema, sendo que a meu ver, o problema e a solução está – “fora” de nós, na sociedade que é gordofóbica. Mesmo vc não tendo esta intenção, o discurso da “aceitação-“, qndo só se foca no indivíduo, não deixando claro que apesar da importância de se aceitar, o problema está na sociedade, pode minar qualquer transformação coletiva.
Eu acho importante a aceitação sim, dizer que todas mulheres (e homens) são bonitos, ótimo e lindo quem consegue se aceitar, é de extrema importância propagandas com diversidade de formas, dizer para nossos filhos e pessoas ao redor que são bonitas de qualquer tamanho! Para a autoestima faz um bem danado (o mov. negro tb faz isso, e acho ótimo).
Quando há discursos de “emagreci, mas mesmo assim me achava horrível” penso, mas ué, a sociedade não valoriza as magras? Com este tipo de discurso, faz parecer que a” magra é valorizada parecer ilusão e fica contraditório haver uma gordofobia e ao mesmo tempo emagracer trazer desprazer. Sei que tudo é mais complexo e mesmo magras tem problemas-pois o problema é maior- mas não podemos correr o risco de relativizar (ex: mesmo emagrecendo me sentia feia) ao depositar todas as esperanças no individuo, e esquecer que o problema não se resolverá (a pessoa pode até se aceitar , o que é ótimo) se só a haver a “mudança por dentro”. . Desculpe a crítica, espero que leve numa boa. Sei que no fundo todos queremos que mude a sociedade e vc também, o meu incomodo é como conduzimos esta crítica. Desculpe se estiver totalmente errada, mas sempre fico com a impressão de que discurso da importância do mudar por dentro escorrega no alvo, não deixando claro que a mudança por dentro – no máximo (sem menosprezar isso, mas) só vc ira mudar e não o problema. Sei que a sua intenção é a das melhores, mas eu acho muito importante a crítica ser bem direcionada. Há muitas meninas que não vão conseguir se aceitar, outras vão estar super felizes se emagrecerem - porque infelizmente mesmo- o problema não é delas pois a pressão vem 7 dias por semana 24 horas por dia de todos os lados..;( Um abraço e espero que não me leve a mal..

Serilye disse...

Eu, como a Ana Sobral, também sou magrela de doer! Sempre gostei, mas ficava "me jogando contra eu mesma" porque sabia que para os outros eu era errada. Tinha que ter mais isso e mais aquilo. Hoje eu me aceito como eu sou também, assim como aceito o meu cabelo enroladão! haha
Lindo texto.

Rosanna Andrade disse...

Anonimo das 17:07

o que seria "ser obrigado a aceitar gorda"? Fiquei sem entender e se vc pudesse discorrer sobre, ficaria muito agradecida.

Anônimo disse...

Também. Esses "finais felizes" em que uma mulher encontra um homem pra chamar de seu/um homem encontra uma mulher pra chamar de sua (o que dá na mesma coisa, mas enfim, a visão do último é o que prevalece nesse mundo androcêntrico), tão onipresentes nos contos de fadas e na imensa maioria das demais histórias que nos são contadas, tem uma função muito clara de perpetuar a sacralidade do casal heterossexual, a obrigatoriedade e inevitabilidade da heterossexualidade, pois propaga a ideia de que estar fora do domínio heterossexual equivale a uma condenação à infelicidade eterna. Realmente um grande retrocesso.

Giovana disse...

Muito legal a mensagem de ''mudar por dentro'', aceitar-se e tal... Mas complicado. Eu sou gordinha (sei que as pessoas odeiam esse termo, mas "gorda" me faz pensar em alguém obesa, coisa que eu sou não sou) e mesmo me aceitando e me achando bonita, ainda sou discriminada. Eu aprendi a não me importar, mas o preconceito ainda está ali, todo os dias, os olhares, as piadinhas... Nós mudamos mas os outros, não. É horrível isso. Meu namorado é lindo, um homem digamos "cobiçado", e eu sei que outras meninas me olham e pensam: o que ele tá fazendo com ela? Claro que nem ligo, ele me ama e diz que me acha perfeita em todos os sentido, físicos ou não, mas fico sim um pouco triste pelo meu relacionamento ser julgado simplesmente porque as pessoas pensam que nossas aparências não "condizem"...

Vivi disse...

Só para complementar: o relato da Giovana ilustra bem o que disse. Você pode se aceitar, ótimo (de verdade!), mas a sociedade continua assim. Uma pessoa que se aceita pode ser discriminada, não ser considerada bonita, até perder vaga de emprego se a sociedade não mudar. Só para dizer que- vamos nos aceitar meninas- mas só isso não basta!!!
Vamos tentar (sei que é difícil) mudar a sociedade!beijos a todas!

Anônimo disse...

A verdade é que o valor das mulheres não deveria jamais ser medido por algo tão superficial, ilusório e enfêmero como a "beleza" física. O conceito de beleza como uma virtude é uma arma usada contra as mulheres e abraçá-lo é colaborar com o próprio inimigo. Por causa da "beleza" as mulheres são levadas a se odiarem, se preocuparem excessivamente com a aparência e gastarem grandes quantidades de tempo e dinheiro tentando se encaixar em padrões irreais e inalcançáveis que não correspondem de maneira nenhuma à enorme diversidade de corpos, cabelos, rostos, das mulheres.

Elaine Cris disse...

Muito legal. Gostaria de ter lido mais textos assim na minha adolescência. Eu tinha um corpo médio, não era magra, nem gorda, mas me enxergava como a menina mais obesa do mundo. Hoje em dia quando vejo alguma foto da época percebo como eu era boba.
Hoje em dia me gosto muito mais, me acho bonita, não sou imune a certos padrões e vaidades, tanto que já me submeti a uma cirurgia que me proporcionou melhoras na saúde e na estética também, mas acho que consegui atingir um equilíbrio, um meio-termo que sempre busquei.

Renata disse...

Também sou magra pacas... e tudo que é roupa fica larga em mim... ou fica curta!

Perco peso com uma facilidade ridícula e isso me irrita muito!

Meu último médico achou que eu tinha anorexia, por causa do IMC e da magreza. Foi difícil convencê-lo que eu sempre fui assim, que é simplesmente meu biotipo, que eu NÃO me esforço pra ser magra (e que na verdade, me esforço pra GANHAR massa).

1,70 de altura e 45kg.. é f*da viu?
Às vezes dói me ver no espelho, chego até evitar.

Unknown disse...

Pois é, chega dessa ditadura do corpo e da beleza. E depois os mascus dizem que não são vitima disso, e pregam sobre o "Macho perfeito"

Falando em ditadura....http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/77966-nova-arena-diz-que-lutara-contra-comunizacao-do-pais.shtml.

O Surpreendente é que, quem tá ressuscitando o partido, é uma mulher. O que falávamos sobre machismo feminino, mesmo, gente?

Unknown disse...

Vixi, sempre achei novela uma babaquice(alias, TV não presta, por isso não tenho uma em casa), mas esse negócio de usar "sou mais magra que você" em um argumento consegue ser mais idiota que briga de pré-adolescente birrento.

Enfim, ser magro e ser gordo não é problema, contanto que isso não cause problemas de saúde.
Se quiser emagrecer, até passando fome*, faça só, e somente só, por própria vontade e não por modinhas.


*Janta-se e almoça-se comendo pouquinho, e complementando com centrum ou outro suplemento vitamínico. Ai não tem desnutrição. =]

AngieB disse...

Josiane,
Lindas as tuas palavras, e ja tinha elogiado, mas de novo, parabens pela ideia maravilhosa de escrever a sua filha.
Eu perdi a minha mae uns bons anos atras, e qdo vivi fora de casa, nos escreviamos muito... Bem, ate dentro de casa, trocavamos muitas cartas...E as palavras dela sao algo, uma das heranças mais caras a mim.
Sobre seu guest post, eu passei uma boa parte da minha vida lutando com auto estima, me achando magra demais, alta demais, sem corpo de mulher,os dentes, o cabelo... Qdo vc nao se aprecia, tudo está errado. E eu sempre fui uma nadadora ferrenha, sempre nadei em competiçoes. Mas so anos depois, lutando com balança, odiando as curvas que vieram na adolescencia, com as coxas e a bunda avantanjada padrao de familia, que eu percebi o quanto eu me sabotava. Qdo eu vi fotos antigas minhas e vi o quanto era magra em epocas, e mesmo assim me achava gorda e feia.E via as fotos e eu era linda. Pq eu era minha pior inimiga? Pq eu nunca podia me ver realmente, e os anos tinham q passar para ver algo com clareza? E pq sempre ser definida por um numero?
Minha mae sempre esteve em regime, ela sempre foi uma atleta multipla, mas sempre foi escrava da balança.
E foi qdo eu decidi que nao ia mais me pesar. Ia tirar a neura dos numeros da minha cabeça, e as roupas guardadas pq um dia eu ia vesti-las de novo, e ia começar e me divertir mais em me vestir. Em me sentir bonita.
As neuras ainda voltam de tempos em tempos, a barriga e as coxas que me chateiam algumas vezes... Porem é tudo aquilo de desaprender a ser seu pior inimigo e a comprar a merda que te jogam em julgar tuas medidas como determinantes de felicidade.
Obrigada pelo texto.

Náy Rocha disse...

Post lindo Lola...Nossas sei muito bem como são essas coisas.Na infância eu era gordinha e fui hiper discriminada;já na adolescência eu emagreci e fui discriminada pra caramba também, dessa vez por ser magra demais.Devemos viver como nos sentimos bem, sem nos importarmos com opiniões alheias, apenas isso.

Anônimo disse...

QUando diz que a mulher arranjou um marido gordinho e está feliz com ele até hoje na verdade eu entendi que a Josiane autora do blog é a mulher complexada a historia é real e ela está alertando a filha sobre o que aconteceu com ela mesma

Anônimo disse...

O recado até que é bom, afinal temos que ser felizes e nos aceitarmos como somos. Mas a história tá cheia de falhas. Dizer q magras encontram roupas pq seus manequins sobram é engano! Os números q sempre sobram são os maiores e todas sabem disto!

Seja em loja de grife - que em geral nem tem grandes números - ou em lojas d departamento, se tem saldão os números estão entre 40,42, 44.

Pra passar uma mensagem de confiança é preciso ser honesto com a ralidade.

Anna disse...

A ideia do padrão de beleza é que ele seja sempre inalcançável. Quando uma mulher atingir esse padrão, eles vão inventar novos defeitos.
A industria da beleza apresenta soluções que ela mesma criou, é a base do capitalismo,sempre sujo.


Claro que devemos dar mais importância ao interior mas nós somos seres visuais, gostamos de apreciar o que é belo e isso não é uma futilidade, como muitas vezes é colocado.
Eu sinceramente, apesar de saber de toda essa sujeira, as vezes não sei definir se aquilo que me agradou foi realmente o meu gosto pessoal. É dificil lutar contra essa lavagem cerebral.

Temos sim que ajudar a melhorar a nossa auto-estima, mas não podemos mais aceitar a industria e a mídia que depende de nós para existir, determinando o que nós deveríamos ser.

Anna disse...

Eu sempre fui magrela quando criança mas aos 10 anos morria de vergonha das minhas pernas finas, eu colocava mais duas calças por baixo do uniforme da escola (morria de calor), apesar de ninguém nunca ter falado nada, eu achava que mesmo de calça poderiam perceber e rirem de mim. Se uma mulher ter vergonha do seu corpo já é bobagem, imagina uma criança?
Recusava convites para ir a praia e piscina e acredito que perdi bons momentos :(
O que me ajudou bastante era ficar nua sempre que podia, no meu quarto ou pela casa quando todo mundo saia, isso fez com que eu acostumasse com o meu corpo e o aceitasse. Hoje eu fico tão a vontade com o meu corpo que nem lembro a ultima vez que o analisei na frente do espelho.

Anônimo disse...

Renata, quantas calorias você ingere por dia? quantos anos você tem?

16:46, falácia não, amore. Viver de brisa e engordar de brisa é que é
uma bela Falácia.

Rosanna, uma fatia de bolo tem a mesma quantidade de calorias pra todo mundo. A depender do gasto calórico, vai engordar ou não. O tempo que leva para metabolizar o bolo pode variar, o quanto se absorve também pode influir, mas se não comer a fatia de bolo e tudo mais que engorda, não tem erro.

Val

Gabriel Vignoli disse...

Que lindo!

Júlia disse...

"mesmo que tentem vender a imagem da mulher magra como a ideal, são as mulheres reais que fazem compras."

Mulher magra não é real? Como assim?

Odeio esse papo de que as gordinhas é que são "mulheres de verdade", como se toda magra só fosse magra para agradar os outros ou porque é "imposto".

O que podemos dizer, é que a maioria das mulheres tem gordurinhas a mais, tem aquela barriguinha saliente e tal...mas isso não tem nada a ver com "mulher real".

Preconceito com quem é magra por natureza? Não aguento mais isso! Haja paciência!

Mulher é mulher, seja magra seja gorda! Mulheres magras também são mulheres, também são reais!

Anônimo disse...

Anon 21:30 --> vc é um@ gêni@

-------------
"Os números q sempre sobram são os maiores e todas sabem disto!"

Passa os nomes das lojas prazamigas gorduchas fazerem as compras, então. Grata.

Ou deve ser só a Lei de Murphy mesmo.

Dree disse...

Anônimo das 22:22
Me diz o nome dessas lojas, por favor.Eu imploro.
Por que em todas as promoções que vou é igual ao que a moça dos post falou, só tem números pequenos, calças 36 e 38.
Lindo post, eu também demorei a me aceitar e hoje 20 Kg mais do que quando eu era adolescente tenho uma relação bem melhor com meu corpo, embora na adolescência me achasse a obesidade em pessoa.Não era, mas me diziam tanto isso que eu acabava acreditando.Hoje eu me amo e também quero passar isso pra minha filha, linda iniciativa.

Josiane Caetano disse...

Lola, muito obrigada por ter deixado um espaço para este guest post meu, Agradeço muito também aos comentários das pessoas que passaram por aqui deixando seus relatos.
Gostaria muito de deixar claro que escrevo este post para minha filha, para que ela não se martirize e nem perca tanto tempo se preocupando com a sua forma física quando crescer. É claro que falo isso porque sofri muito por estes motivos e o meu processo de aceitação foi muito longo.Não foi nada agradável e na verdade foi um sofrimento, visto do meu ponto de vista atual, desnecessário.
Só comentando dois itens que li nos comentários: não menti em nada não- lembro-me que realmente consegui vestir algumas roupas de grifes só nesta época de magérrima (que passou bem rápido) e saí deste período depressivo com a ajuda do meu "prìncipe" (meu marido, o pai da minha flha)que é um companheiro maravilhoso mesmo.

Ivna Pinna disse...

Josi, lindo texto, como sempre!
Acho que essa "mudança que vem de dentro" super válida. Eu fui uma adolescente gordinha e continuo sendo, aposto que devo ter sofrido algum preconceito, digo aposto, pq eu não vi! Nunca deixei de sair, de namorar, de me divertir pq estava acima do peso-padrão-novelístico.
Existem coisas que não ficam bem em pessoas gordas, mas tbm exitem coisas que não ficam bem em pessoas magras, altas, baixas...

Beijão


Anônimo disse...

Também sou magra natural, mas perco peso com facilidade, principalmente no período menstrual com as cólicas, o mal-estar e tals, mas me alimento bem, e sempre fui magra. Claro, cada pessoa tem que se gostar como é, gorda, magra, alta, baixa...
Júlia, concordo com vc.

Marcelly disse...

Lola..que ring neh??

tem até magra falando mal de gorda..Jesus...ta dificil...eh tana gente que ainda pensa que gordo eh gordo por que quer...


vou explicarr...não é justo que alguem deixe de comer batata frita só pq VC quer que esse alguem seja magra?...saco???
ninguem aqui ta reclamando de ser gordo...pelo contrario..o lance é se aceitar..a reclamção eh contra quem acha que todo mundo deve ser magro...

ficam sensurando os outros depois ficam de mimimi...



lindo post...verdadeiro...
não há do que falar mal...

quanto aos comentarios loseerrss...só lamento..concordo com a mocinha que diz que a sciedade tem que mudar...é isso ai..todos têm que mudar...
a sociedade como um todo..mas até bora cada uma char seu espaço...

Unknown disse...

Anônimo 17:07

Ninguém é obrigado a aceitar gente ignorante e burra feito tu. Vaza.

Unknown disse...

Val

Perguntinhas básicas:

1- Todo mundo engorda do mesmo jeito, ou seja, mesmo metabolismo?

2- Biotipos não existem?

3- O certo é viver de brisa?

4- comer (e gostar de comer) é pecado mortal e os que comem devem ser perseguidos pelos magros superiores?

5- mesmo que a pessoa seja saudável e cuide da saúde ainda assim é pecado mortal se ela comer doces, e se estiver acima do peso (detalhe, sendo que a própria ciência já provou que ser magro não é necessariamente ser saudável, e que ser gordo não é necessariamente ser doente)?

Por que, pelo jeito que você fala, parece que curte uma gordofobiazinha.
Voe com a brisa e deixe as pessoas normais (que se alimentam de comida, não de sol) em paz. Vaza troll.

YC disse...

Que delícia de guest post!
eu não sei porque exatamente assistir tantas novelas da globo, mas se elas geram reflexões assim acho legal.

Nathalia ॐ disse...

Também sou assim, a gordura e a celulite sempre se acumulam na barriga. Passei minha adolescência inteira me achando GORDA por conta disso... Até que com uns 23 anos eu dei uma "encorpada"... E aí encanei que eu tava muitooo gordaaa... E a barriga ali, só aumentando. Então no ano passado eu decidi fazer academia e regime. Odeio academia. Amo comer. E segui assim insatisfeita com meu corpo, pq como diz no comercial da Marisa, sendo gorda "não posso ir pra praia" oO E aí eu li seus textos e de mais outros blogs e comecei a ver o quanto eu queria me encaixar num padrão impossível. Sei que isso deve ser ridículo, mas passei a vida inteira querendo ser magra, como se já não fosse!!! Pra quê? Pra ficar igual a menina do seriado que tem os braços finos? Pra poder usar roupas que as meninas das revistas usam? Pra que o fulano me ache bonita?
Não. Nada disso iria me fazer com que eu me sinta melhor comigo mesma, e saber disso é libertador.
Lendo esse texto me lembrei de qdo tinha uns 14 anos e estava deprimida, não conseguia comer, etc. Pesava uns 52 kg (tenho 1,68m)... E me lembro que me olhava no espelho e não tinha barriga, em compensação, tinha a impressão que estava doente.. com olheiras fundas... Agora, com meus 65kg, usando 42, posso estar gorda pra uns... Mas eu me sinto mto feliz comigo mesma!!!

Nathalia ॐ disse...

Erres Errantes - Meu complexo é igual ao seu, minha mãe também implicava com meu peso qdo eu era menor...

E sabe, acho que isso daria pra discutirmos bastante, quem nunca leu um texto "Namore um barrigudinho" ?
Já tinha recebido por e-mail... E esses dias vi no facebook, no texto tinha uma imagem assim: uma barriga de homem, bem grande, e uma de mulher, lisinha.

Quer dizer, há vantagens em se namorar um barrigudo, mas e as barrigudinhas, como ficam??? Como se tudo girasse em torno dessa parte do corpo...

Cintya Lenzi Danker disse...

Adorei!!!! Sempre leio os posts da Josiane, que escreve muito bem!!!!
Bjos

Rosanna Andrade disse...

Certo Val, entao vamos nos privar de comer o que eh bom por um padrao estetico enfiado pela goela pela midia. Muito bom.

E mais: qualquer nutricionista nao proibe coisas como bolo de chocolate para gordos, desde que com moderacao. Os unicos casos d proibicao que ja ouvi falar sao em relacao a intolerancias alimentares.

Rosanna Andrade disse...

E tenho dois exemplos em casa que mostram que o q a Val defende nao funciona: eu e minha mae.

Em tempo, nos duas somos sedentarias, mas sem orgulho.

Eu sou magra, mas como muito. Em restaurantes self-service, costumo comer o mesmo que meu namorado de 1,80m. Ja houve vezes que o meu prato saiu mais caro que o dele.
Eu adoro doces, me afogo neles sem culpa. E meu peso eh estavel em 49kg (tenho 1,63m). Na verdade, quando eu n me concentro em comer bastante, i.e., janto pouco em alguns dias da semana, la se vai 1kg, brincando. Mesmo me entupindo de doce.

Ja minha mae come feito um passarinho. Os pratos dela sao 1/3 dos meus. Ela so come doces quando eu vou ficar com ela, a cada duas semanas. Nao eh incomum ela ficar sem almocar ou jantar. E ela sempre esta engordando, tem 63 kg e 1,55m. Sei que isso nao eh ser muito gorda, o problema eh que ela tem o colesterol bem alterado. Vale ressaltar que ela esta na menopausa e tem problemas com a tireoide.
Ela aparece engordar com vento, mas tudo indica que e uma questao hormonal mesmo.

Nesses casos, a relacao entre comida ingerida (mesmo as mais caloricas) X ganho de peso eh o INVERSO do senso comum, o que demonstra que a questao de ganho de peso eh bem individual. Tenho amigas gordinhas que comem menos que eu e fazem exercicios, e estao sempre brigando com a balanca. Genetica ajuda e muito nessa equacao. Negar que algumas pessoas tem tendencia a engordar eh falacia, e cruel.

Empatia manda beijos pra vc.

Unknown disse...

Eu já havia lido esse texto porque acompanho sempre o blog da Josi!! Parabéns, novamente, pelas palavras!!!

Anônimo disse...

Esses textos são bonitos e tals, mas a verdade é que a sociedade é gordofóbica. Eu, por exemplo, morro de medo de ficar gorda.

Denise disse...

Zeus!

Tem gente que Pensacola que 1.55 m e 63 kg é gorda... Esta tudo perdido mesmo...

Anônimo disse...

Carolina, não gostei do seu tom. Não sou sua culega de colégio.

Rosanna, mantenho o que disse e repito abaixo:

Rosanna, uma fatia de bolo tem a mesma quantidade de calorias pra todo mundo. A depender do gasto calórico, vai engordar ou não. O tempo que leva para metabolizar o bolo pode variar, o quanto se absorve também pode influir, mas se não comer a fatia de bolo e tudo mais que engorda, não tem erro.

Val

Anônimo disse...

22,22, tenho encontrado roupas manequim 38, geralmente em liquidação as últimas do modelo sim ou, não sei se acontece o mesmo com os tamanhos grandes. Pode ser que sim.

Anônimo disse...

Rosanna, bolo de chocolate pode ser gostoso mas não é bom. Sinto muito.

Val

Anônimo disse...

Ivna, se você é a moça da foto atualmente, você não está gordinha, está obesa. Estar obesa nada tem a ver com sair, namorar ou se divertir, tem a ver com risco de várias doenças e alterações chatas e desnecessárias além dos desconfortos físicos de praxe.

Val

Anônimo disse...

à(s) leitora(s) magrinha(s) que reclamam da expressão "mulheres reais/de verdade", concordo com vocês. mas recomendo a leitura desses posts

http://thisisthinprivilege.tumblr.com/tagged/false-dichotomies

http://danceswithfat.wordpress.com/2012/06/24/whats-this-thin-privilege-thing/

http://www.raisingmyboychick.com/2010/08/on-fatphobia-thin-privilege-and-eat-a-sandwich/

Nelson C. disse...

Marcelle, você que mora na Nova Zelândia, sabia do limite de IMC
para efeito de imigração/permanência no país?

"Um casal britânico foi impedido pelas autoridades de imigração de entrar na Nova Zelândia por estar acima do peso máximo autorizado.

Richie Trezise, um especialista em cabos submarinos contratado pela Telecom neozelandesa na Grã-Bretanha, só pôde entrar no país depois de uma dieta radical para perder 5 centímetros de barriga.

No entanto, a esposa dele, Rowan, continua na Grã-Bretanha impedida de se reunir com o marido porque não conseguiu passar no teste do Índice de Massa Corporal (IMC), reconhecido internacionalmente como o padrão para avaliar o grau de obesidade."

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,casal-e-barrado-na-nova-zelandia-por-ser-obeso,82327,0.htm





Unknown disse...

Val

E eu não gostei do seu. Vir pregar magreza e demonizar quem come em um post sobre aceitação do corpo (leia-se: anti disturbios alimentares) só pode ser coisa de troll.
Repito: vá ser feliz se alimentando de sol e brisa e vaza. Teu discursinho pró-anamia não cola, baby.
Enfim, não alimentarei mais você, troll, já que você pode engordar uma grama e morrer, né?

Unknown disse...

comentarista Val das 16:02.
Eu entendo que você não está sugerindo tratamento de inanição pra pessoas gordas...e vou imaginar que vc não associe corpos gordos com preguiça e falta de disciplina (isso, o controle sobre o corpo como forma de exercer a autonomia é chamado de "ideologia fitness" - eu sei que parece um nome bobo- e é um produto cultural da nossa época - a partir dos anos 80).

Mas então...o que vc conhece sobre sobre metabolismo em nível molecular e bioquímico? Sério...porque todo mundo repete a regra do metabolismoXconsumo energético (que é verdadeira) mas não conhece outras "verdades" bioquímicas que podem anular essa regra dependendo do organismo.

E é mais saudável fornecer energia em excesso e não deixar o cérebro a depender de corpos cetônicos do que em falta: o execesso ocasiona aumento do tecido aadiposo, mas a falta promove a proteólise muscular (e em anoréxicas a proteólise cardíaca), a lipólise em níveis perigosos (corpos cetôniocos em excesso na circulação são tóxicos) e desordens neurológicas e psiquiátricas (o cérebro é quem menos se adapta a mudança na fonte energética). A falta de glicose no cérebro pode levar a perda dos potenciais de membrana dos neurônios e sua consequênte calcificação, o que equivale a um acidente vascular cerebral, só que sem isquemia. Pra driblar a falta de energia o corpo libera altas e constantes doses de adrenalina e cortisol que na condição de subnutrição ou inanição causa convulsões e coma.


Não é pessoal...só acho que quem repete a regra bioquímica do metabolismo mais propagada pela mídia e pelas revistas/sites de dietas deveria saber das outras.

Emmanuelle disse...

Denise,meu peso anda ocilando entre 68 e 70 e tenho 1,73,uso 42-44 nao consigo sair de casa sem me empurrarem dieta (como se eu ja nao vivesse de),e meu imc é 23,o que é normal;olho quem é obesa de vdd na rua e fico imaginando o quanto elas devem sofrer,se já quem nao usa 38 é gorda...

Anna disse...

Val

Você leu o que a Lola escreveu, se sim, entendeu o propósito do blog? Porque sinceramente parece que não.

Se a discussão aqui fosse dicas para emagrecimento até caberia os seus comentários sobre calorias ou comer ou não comer bolo de chocolate mas não, o propósito aqui é falar sobre a verdadeira auto-estima e não aquela imposta pelo padrão da mídia.

Anônimo disse...


Nuba, gostei do q você disse. Nem fui eu quem trouxe o famigerado metabolismo como desculpa preferida dos rechonchudos pra cá.
Nós, leigos, principalmente os acima do peso, gostamos de generalizar muito do que os profissionais de saúde dizem sobre essa questão de saúde X peso. Assim, todos nós temos síndrome metabólica, obesidade genética, problema de tiroide, e por aí vai.
vide o comentário da Rosanna que não me deixa mentir.
"E isso ai, Val, todas as pessoas do mundo processam os alimentos da mesma forma, entao uma fatia de bolo de chocolate engorda todo mundo de forma igual.
Genetica manda beijos!'


Anna, o guest post expôs uma crença na facilidade de engordar ao que respondi que temos facilidade de comer. Isso não é dica de emagrecimento. Dizer que bolo de chocolate não é bom é o óbvio ululante tbem.

Aceitação do corpo é uma coisa, mas não compro as desculpas de praxe para ser gordo/obeso, a não ser a simples ingestão de excesso de calorias (não gastas)em 99% dos casos.


Val

Unknown disse...

"Nuba, gostei do q você disse. Nem fui eu quem trouxe o famigerado metabolismo como desculpa preferida dos rechonchudos pra cá. "

Val, você entendeu, né, que eu me oponho ao seu argumento de que o padrão metabólico é igual pra todXs? Ele não só não é igual como é um dos processos fisiológicos com mais variações de indivíduos para indivíduos. O que você chama de desculpa, a genética, é mais que sabido por qualquer cientista de ciência básica que tem papel primordial no metabolismo, já que é desempenhado somente por moléculas protéicas. Ou seja, não é que a genética influência o metabolismo, a genética é o próprio metabolismo, mas com outra linguagem química.


"Nós, leigos, principalmente os acima do peso, gostamos de generalizar muito do que os profissionais de saúde dizem sobre essa questão de saúde X peso." Eu não sou leiga, sou bioquímica.

-"Dizer que bolo de chocolate não é bom é o óbvio ululante tbem." Não é obvio (e nem ululante, essa palavra chata para incrementar o vocabulário em qualquer ocasião): uma fatia de bolo de chocolate contém proteínas (dos ovos e leites - e não, a desnaturação dessas proteínas não significa que elas perderam seu valor nutricional); contém ácido fólico em grandes quantidades; contém um pouco de xantaínas do chocolote (uma certa molécula da família da cafeína que aumenta a atividade elétrica no córtex pré-frontal); contém teobromina que é antioxidante; contém carboidratos que são as moléculas mais seguras para assegurar um metabolismo catabólico saudável; contém lipídeos, esses coitados que são tão demonizados que é como se tentassem nos convencer de que as membranas celulares não são feitas deles e sim de...ãnh...água?
É, lipídeos são essênciais (Oooh!) e não basta comer duas castanhas por dia para ter um bom suprimento deles.
E eu não digo isso como quem adora bolo de chocolate (eu odeio chocolate) e sim como alguém que não é leiga e está sendo imparcial.


-"Aceitação do corpo é uma coisa, mas não compro as desculpas de praxe para ser gordo/obeso" A questão é: PORQUE UM GORDO TEM QUE DAR DESCULPAS?

Implicitamente você está dizendo que é o único caminho é querer ser magro...e que é aceitável/ético que alguém deva desculpas por não estar no padrão. E ainda, que quando as pessoas discorrem sobre o funcionamento de seus corpos, elas estão é se desculpando por não estarem magras (mas você é esperta e não acredita nelas). Deixa eu te falar: não é desculpa esfarrapada de gordX porque nenhum gordX te deve desculpas e gordXs, assim como todo mundo, tem o direito de pensar o que quiserem sobre o seu próprimo metabolismo.



-"a não ser a simples ingestão de excesso de calorias (não gastas)em 99% dos casos."
Val, a continha que você aprendeu a fazer com tabelinhas de calorias consumidas menos a média de metabolismo basal e os valores de calorias gastas em exercícios físicos (provavelmente vindos de outra tabelinha simplória) não funciona igual em toda e qualquer pessoa. Não funciona igual nem na mesma pessoa em horas diferentes do dia. Vai uns 4 anos de bioquímica e fisiologia pra vc ver porquê.

Renata disse...

Val, eu como muita coisa. Devo comer entre 2, 3 mil calorias por dia, senão mais.

E não, não tenho nenhuma doença nem nada.

Simplesmente sou assim e pronto.

Renata disse...

Carambolas... agora lendo os outros comentários da Val,,, caracoles.. que doidera. Quanta besteira, hein?

Mila disse...

Ainda tenho muitos problemas de aceitação com o corpo: vestindo biquini, ao comprar uma roupa ou simplesmente ao me olhar no espelho. Mas hoje em dia resolvi mandar a sociedade se danar e tentar me aceitar mais. Seja magra ou gorda, vai sempre ter um patruhador do corpo alheio dizendo o que é o certo e o errado.
Gordofobia é um assunto sério. As pessoas olham no espelho e acham que seu corpo não está bom. Começam as mutilações, as punições contra si mesmo (passar fome, fazer exercícios de maneira exagerada, cirurgias sem necessidade). Tudo para agradar a patrulha do corpo.

Vinter Zamprogno disse...

Josi, que lindo! Super me identifiquei com o post, do que adianta a gente mudar por fora mas sr infeliz? Não mudar por dentro? Maravilhoso o seu texto!

Rosanna Andrade disse...

Denise, se estava falando de mim, eu n acho minha mae (com 1,55m e 63kg) gorda. Mas as pessoas acham. Ela propria se acha (alias, se sente "imensa"), principalmente pq a gordura se concentra na barriga. Entao, eu n "me atrevo" a chama-la de magra, pq muita gente n iria concordar tbm. Ai chamar de gorda, as pessoas tbm n concordam. Fica dificil. Ate pq n considero "gordo" uma ofensa.

Anônimo disse...

Renata, quantos anos você tem e qual a sua atividade física semanal?

Nuba, o metabolismo varia de acordo com a atividade física, idade, e pradrão genético sim, mas não é desculpa para obesidade. Você sabe que TODOS temos genética para estocar energia em forma de gordura, exceto uns poucos gatos pingados que não são/foram capazes de criar célula adiposa.

É exatamente por termos capacidade/genética para estocar energia não gasta que estamos numa epidemia de obesidade mundial. Se fôssemos como os beija-flores, gastaríamos tudo que ingerimos.

Tendo em vista que você é estudioso na área de fisiologia humana, explica pra nós os efeitos a médio e longo prazo da sibutramina e dos laxantes que tomamos para nos livrarmos das incontáveis 'boas' comidas que ingerimos em forma de bolos, pães e tortas, sem qualquer fibra* e contendo açúcares, farinhas brancas e gorduras saturadas à vontade.

O valor nutricional do bolo de chocolate bauducco (sem os recheios) é 8,3 vezes + carboidrato que proteína e 4,16 X + gorduras totais. Boa proporção de macronutrientes de comida saudável, você não acha?(ironia intencional)

Quanto ao caminho, cada um trilha o seu. Uns mentem descaradamente para si e para os outros e há os que culpam a deus e todo mundo (como porque tenho boca) pelo estado de seus corpos. Uns poucos são lúcidos o suficiente para confessarem a verdadeira razão por que estão gordos.

* o bolo bauducco em questão tem 6,6g de fibra, segundo a informação nutricional, sendo que a farinha de soja, de onde poderia sair a fibra é o nono ingrediente (o décimo é o sal). Você acredita? Eu, não.

Para finalizar, você acha saudável essa hiper ingestão de ácido fólico e ferro advinda de tudo quanto é farináceo, leite em pó, etc? já ouviu falar em hematocromatose? Sabia que esta pode ser causa até de câncer?

Val





Anônimo disse...

PS.: Nuba, quando eu quero tomar leite, tomo uma xícara de leite B sem açúcar e quando quero comer ovo, quebro logo 3 na frigideira sem óleo. O que vc acha?

Val

Bob disse...

"A falta de glicose no cérebro pode levar a perda dos potenciais de membrana dos neurônios e sua consequênte calcificação, o que equivale a um acidente vascular cerebral, só que sem isquemia. Pra driblar a falta de energia o corpo libera altas e constantes doses de adrenalina e cortisol que na condição de subnutrição ou inanição causa convulsões e coma."

Que terrorismo é esse?
Quer dizer que quem não tá gordo tá anoréxico e a beira da morte?
Sai pra lá, meu!




Tally disse...

ningúem precisa desmerecer o biotipo das mulheres magras pra lutar contra a ditadura da magreza, magrela é o raio que te parta. Precisa usar termos pejorativos pra insultar a magreza? Eu achava que o feminismo era a favor de que TODAS fossem aceitas COMO SÃO. Trocar um padrão por outro é estúpido. Eu sou a favor de que não tenham excluídas, que as mulheres possam todas serem aceitas da mesma forma q acontece com os homens.

Pryscila disse...

oi lola!

vc é super bem informada, talvez já tenha lido essa matéria, mas ainda não vi nada parecido no blog. achei interessante para abordar por aqui talvez. veja se acha legal:

http://casa.abril.com.br/materia/mulheres-cabelos-grisalhos-brancos?utm_source=redesabril_casas&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_bonsfluidos

particularmente, acho libertador.

;)

beijããããooo!
pry.

Anônimo disse...

^^MUITO BUNITINHO O ARTIGO, MAS ESSAS GRISALHAS ESTÃO MUITO ESTILOSAS. A REALIDADE É BEM OUTRA.

Pryscila disse...

É por isso que tenho receio das "luzes que Deus nos dá"... Mas tenho uma amiga que assumiu as melenas grisalhas e ficou lindona ao vivo, sem Photoshop. É libertador, mas haja personalidade para assumir, né?
;)

lola aronovich disse...

Gostei do artigo sobre mulheres assumirem seus cabelos grisalhos, Pryscila! Eu tinjo os meus desde os 30 anos, ou seja, faz 15 anos... Só que só umas duas vezes por ano (quando corto o cabelo), e ultimamente os fios brancos têm aparecido com muita rapidez, então sempre fico com fios grisalhos nos cantos (perto das orelhas). Estou pensando seriamente em parar de pintar. Será que eles ficariam completamente brancos? E se ficam brancos, tem que tomar cuidado pra não amarelar. Bom, talvez eu escreva sobre isso. Obrigada!

Pryscila disse...

Eu pinto as melenas desde os 18, quando já tinha cabelos brancos (genética? num sei). Mas antes fiquei loira por um tempo. Hoje vejo as fotos e percebo que cabelo loiro não combinava comigo MESMO. Passei o black e adorei. Mas uma coisa é fato pra mim: há uma cobrança social para parecer "forever young". Sempre ouvi que homem grisalho é charmoso... no entanto, nunca ouvi a mesma afirmação sobre uma mulher grisalha. Por isso achei interessantinha a matéria que te passei.
Mas acho que as mulheres ficam charmosas, sim. Lembro da bela Halle Berry, jovem e grisalha, encarnando a mutante Tempestade:

http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=en&sa=N&biw=1536&bih=726&tbm=isch&tbnid=goPHptvRGzWEwM:&imgrefurl=http://film.guardian.co.uk/gallery/picture/0,,-1050329475184,00.html&docid=1Vc-bqaC9rO6CM&imgurl=http://image.guardian.co.uk/sys-images/Film/Pix/gallery/2006/05/08/storm3.jpg&w=300&h=300&ei=4FCoUJLANOj90gGNqoDgCA&zoom=1&iact=hc&vpx=1268&vpy=211&dur=570&hovh=225&hovw=225&tx=172&ty=89&sig=103139076736880755965&page=2&tbnh=169&tbnw=159&start=23&ndsp=28&ved=1t:429,r:27,s:23,i:259

E lembro da Gloria Menezes, que assumiu sua idade sem medo de ser feliz, linda e plena.

Também tô bem com vontade de assumir as luzes divinas, Lola. Livrar-se do salão de beleza, dos gastos, do incômodo de pintar todo mês, de sujar o banheiro, do ressecamento de fios e principalmente de toda essa cobrança social pela juventude eterna que não existe, seria um alívio!

Beijão!

Raíssa disse...

Mas por que as mulheres magras não podem ser consideradas mulheres reais? Não concordo que todo mundo tem que ser magro, todo mundo tem que ser como quiser, como seu corpo permite. A pressão pra ganhar peso e taxar as magras como doentes também é bem cruel com quem não consegue ganhar peso. Eu tenho 1,80m a vida toda eu fui muito magra, todo mundo achava que eu era doente, algumas pessoas me xingavam de anorexica outros me olhavam com pena e diziam que eu tinha que comer mais. Eu vivia triste, usava calça de moletom por baixo do jeans pra ter as sonhadas coxas grossas (nem ficava muito gorssa, mas dava uma aparencia mais "natural". Nos ultimos anos eu consegui ganhar peso e ficar com uma aparência mais normal. Não tenho bunda e meus seios são pequenos, mas eu até que gosto assim. Peso 66, que pode ser muito pra maioria das mulheres, mas no meu tamanho é um peso bom (eu acho). O que eu acho triste é que ninguém defende as magrinhas, como a cobrança é para emagrecer acham que a gente já tem tudo, que o mundo é lindo e perfeito pra quem não ganha peso. Mas não é por aí, muitas meninas magras não são consideradas "femininas", tem que ouvir "come mais" e "te falta carne". O fato sobre o padrão de beleza é que ninguem alcança, nunca. Nem quem é magra, nem quem é gorda, nem quem é sarada... por que sempre te fazem pensar que vc ainda não está bem e tem que mudar alguma coisa. Tem que mudar sim, a cabeça das pessoas!

Toninha disse...

O problema de certas magras é a altura fora do padrão médio. Na verdade não é problema, é salvação para muitas que abraçam a profissão de modelo.
Uma pessoa muito magra e muito alta chama mais a atenção do que muito magra e baixa. Muito alta e muito gorda é a mesma coisa.

Para pessoas muito magras há vários recursos, tipo super alimentação, malhação, e por fim, os implantes. Se estamos realmente satisfeitos com nosso corpo, não temos por que tentar mudar ou culpar os outros. Muito mais difícil de contornar é a altura excessiva.


Ana Helena Zamarian de Siqueira disse...

Lola, amo o seu blog. Sou aluna da FDF, de Franca, e fui à sua palestra no começo do ano. Desde lá venho seguido seu blog religiosamente. Sempre quis te escrever, mas nunca soube o que, então aqui vai: obrigada por guiar o que eu sempre tive de diferente, e me mostrar que esse destaque muito negativamente visto por todos é o feminismo. Sempre tive problemas com minha vida sexual, de ser acusada de "biscate", sempre tive dificuldades de me vestir como gosto e principalmente em aceitar o meu corpo. Sei que nosso contato é pouco, mas posso dizer que TE AMO. Obrigada por tudo... vou assistir "Corra Lola Corra" agora, rs. Adoro cinema e sempre sigo suas dicas aqui. Grande beijo, Ana Helena Zamarian de Siqueira (ane_lehna@hotmail.com)

Ps.: gostaria de comprar seu livro!

Anônimo disse...

minha queixa é que sempre que me dirijo a uma arara que está com roupas em promoção encontro por lá numeros 42,44,46.. não sei porque compram tantos já que sempre sobram! Experimentem ir na riachuelo, c&a, marisa ou renner..

Mirella disse...

Apenas um comentário para a galera gordofóbica/lipofóbica:

http://oglobo.globo.com/saude/gene-da-obesidade-reduz-risco-de-depressao-6786477

"Descobriram, após análise dos dados, que reduz em 8% o risco da doença, o que desafia a ideia de que obesidade anda junto com o problema."


---

e engraçado que eu sempre encontro tamanhos 34, 36 e 38 nas araras de promoção exatamente da C&A, Renner... Que coisa, não?

Anônimo disse...

Tenho 16 anos e quando era criança ouvia todos dizerem que eu estava gorda, e que tinha que emagrecer porque senão teria doenças quando ficasse mais velha. As crianças sabem ser maldosas e eu sofri bullying por estar acima do peso. Mas a verdade é que quando cheguei na puberdade eu mudei, cresci e emagreci. Hoje não tenho corpo de modelo, não visto 36, nem nada assim, mas eu me aceito como sou(manequim 40). E eu adorei o post, li pra minha mãe e ela se emocionou.

luciana disse...

lola, eu sofri até bulling nos tempos de escola por ser muito magra.Na realidade ser muito magra tem o mesmo efeito de ser gorda,a discriminação é a mesma.Ser muito magra só faz sucesso nas passarelas pq nas ruas quase homem nenhum olha.Quando eu tinha 14 anos comecei a engordar até que fiqueicom um corpo normal,ai sim eu comcei a chamar atenção dos garotos e até hoje é assim quando eu to com um corpo mais normal é que eu chamo mais atenção,porém tem um problema eu tenho uma barriguinha,eu posso estar magra como um palito que essa barriguinha continua e ja fui chamada de gordinha por isso,mas eu nem ligo eu sei que o corpo ideal não existe,beleza é relativo.Mas Lola eu acho ofensivo chamar a pessoa de magrela tanto quanto chamar de gorda.