terça-feira, 19 de maio de 2009

O ATELIÊ DA MINHA MÃE

Minha mãe na sua casa, junto com suas obras.

Minha mãe faz aula de artes com algumas senhoras financeiramente bem-de-vida mas ideologicamente atrasadérrimas. Cheias dos preconceitos de todos os tipos. Ela sempre chega com reclamações pra contar sobre uma que falou alguma barbaridade racista. Mas sabe como é, ninguém se declara preconceituoso. Minha mãe só enfraquece bastante sua narrativa ao dizer que pessoas dessa estirpe só existem em Joinville. Porque, convenhamos, elas estão por toda parte.
Mas pelo jeito a aula mais recente foi assim: minha mãe encontrou um amigo passando no corredor, e ambos passaram a falar com entusiasmo sobre como vão participar da primeira Parada Gay na cidade, no final de junho. Minha mãe não fala baixo, então, quando voltou à sala, suas colegas a olhavam assustadas:
Colega 1: Você falou que vai à Parada Gay?
Minha mãe: Sim, claro que vou! Vamos todas nós? Vai ser ótimo!
Colega 2: Mas você não é gay!
Mãe: É, mas não é só pros gays. É pra todo mundo lutar contra a homofobia. Vocês não vão?
Colega 1: Lógico que não. Eu nem acho que deveria haver essa parada.
Mãe: Por que não?
Colega 1: Porque é uma pouca vergonha. Gays não deveriam aparecer.
Mãe: Você acha que gays deveriam ficar presos em casa?
Colega 1: Sim, porque essa gente só dá vexame. É anti-natural.
Mãe: Mas o que é natural?
Colega 1: Natural é homem e mulher e ter fihinhos.
Mãe, pras outras: Vocês também pensam assim?
Colega 2: Bom, eu não tenho nada contra os gays, mas concordo com a Colega 1.
Colega 3: Eu nem posso falar nada, porque não conheço nenhum gay.
Colega 4: Ai, eu odeio gays! Mas não sou preconceituosa, só odeio.
No fim da aula, ninguém quis dar carona pra essa pária da sociedade que é a minha mãe. O legal é que ela deve proporcionar assunto pra muita gente.

38 comentários:

Tina Lopes disse...

E quando vc está na casa de um familiar (tipo sogra) e aparece na tv uma notícia tipo parada gay ou o casal de mulheres que gerou uma criança sem pai oficial e diz "que legal" ao mesmo tempo em que os outros dizem "que absurdo". Dureza. Mamacita, você é ótima, carrega um guarda-chuva e vai de tênis que carona com esse povo não é pra você!

Anônimo disse...

Lola, trocando a palavra gays por árabes ou muçulmanos fica bem parecido com diálogos que eu já tive com vários brasileiros aqui na Suécia e na Inglaterra.

Dai disse...

Concordo com a Tina!
Mamacita, exercite as panturrilhas, bem melhor que dividir o ar condicionado com estas pessoas. Eu fiquei danada aqui. Grrrr.
Lola, tua mãe é uma fofa, viu.
beijocas,
Dai

Amanda Lourenço disse...

Idoso é idoso em qualquer lugar do mundo. Claro que existem exeções, como sua mãe, felizmente! Aqui na França, foram os idosos que elegeram o Sarcozy, esse ser retrogrado. Aqui, ser racista é considerado o maior dos erros humanos, então geralmente eles ficam quietos quanto a esses assuntos, mas la no fundo so eles sabem as barbaridades que estão pensando! Dai vão de fininho la na urna, e pimba, Sarkozy na lata dos cidadãos!

As vezes fico me imaginando velhinha e dizendo que "esta errado essa juventude namorar robôs humanoides, não é natural!". Sera que é tudo uma questão de costumes mesmo?

Amanda Lourenço disse...

Foi mal, escrevi Sarkozy errado da primeira vez

Giovanni Gouveia disse...

Tô impressionado como o ateliê de La Mamacita não tem respingos de tinta pelo chão/paredes/mesa... 8-( )

Sobre o preconceito:

Preconceito = Burrice

Gustavo C. disse...

Como sua mãe suporta isso?!

PoshDrosofila disse...

Meu pai é outro velhinho pra frentex, como dizem em Piracicaba.
Ele tem 70 anos e gosta bastante de defender seus pontos de vista com relaçao a homossexualidade.
Preconceito nao tem nada a ver com idade nao, e nem com burrice ou ignorancia pq ca entre nós, tem muito academico preconceituoso por tudo quanto é lado.
Talvez preconceito esteja mais realcionado com um certo medo daquilo que nao se entende. mas isso é uma longa historia...
abraço Lola, eu sempre leio seu blog, mas esse é o meu primeiro post!
k

Sheryda Lopes disse...

Lola, que massa vc ter uma mãe polêmica! A minha ainda é super preconceituosa, mas começa a se tocar e volta atrás meio envergonhada quando solta uma bobagem. Acho que é um começo.

Amanda, que feio esse negócio de dizer que "idoso é idoso" e tal. Faço parte do Fórum Cearense de Mulheres, que são vários movimentos feministas reunidos, e tem umas senhoras que botam a gente no chinelo, viu? Acho que tudo é uma questão de abertura para diálogo e cabeça aberta ou não. Acho que a existÊncia do "somos donos da verdade" entre adultos e idosos ainda é uma questão de centralização de poder, de adultocentrismo. Quer dizer, nós jovens somos "o futuro do país", eles são o presente. E quando nós formos o futuro aí seremos adultos/idosos, portanto o presente. Que lógica doida, não? Por enquanto temos que nos contentar a respeitá-los(que para alguns significa baixar a cabeça), e isso tenta calar a juventude até hoje.

Nossa, acho que me alonguei no comentário! rs! Mas enfim, quis dizer que não gostei muito da generalização que você usou, a gente tem que ver o contexto.

Giovanni Gouveia disse...

"Preconceito nao tem nada a ver com idade nao, e nem com burrice ou ignorancia pq ca entre nós, tem muito academico preconceituoso por tudo quanto é lado."


O preconceito parte de uma idéia pré concebida, portanto fora de qualquer parâmetro científico de construção do conhecimento.

Resumindo:
Preconceito = Burrice

hericky disse...

engraçado. eu tô terminando de digitar nesse momento o texto que vai ser a base de uma palestra que o meu grupo de Sociologia vai TENTAR fazer lá no colégio.. o tema é preconceito sexual.

é como eu digo aqui, "Ser "humano" é respeitar o outro.. Vá comer sua mulher se você quer, e deixe cada um na sua." o duro é ver gente experiente e que foi vítima do modelo de educação "caça aos comunistas" continuar com a cabeça fechada...

Juliana disse...

nossa... "não sou preconceituosa, só odeio" foi a pior, hein...

Srta. Bia disse...

Dá para fazer uma camiseta com essa frase: "Mas não sou preconceituosa, só odeio." Daí os preconceituosos iam usar crente que não estão mostrando seu preconceito.
Isso é tão triste, ainda bem que minha mãe é como a sua, não faz aula de pintura, mas vai na parada gay de brasília todo ano.

Amanda Lourenço disse...

Sheryda, o idoso é idoso não foi no sentido de dizer que é ruim não! Pelo contrario, acho que eles têm muita coisa para ensinar. Eu so acho que é natural as pessoas negarem aquilo que elas não estão acostumadas.
Um exemplo meio tosco: Imagina um bebê de 1 ano ver uma cadeira voar. Ele não vai estar nem ai. Se for uma criança de 10 anos, vai achar estranho, mas logo vai adorar a idéia. Se um adulto ver uma cadeira voar ele simplesmente não vai aceitar a situação, pq durante todos os anos que ele viveu, isso nunca aconteceu. A gente vai se moldando de acordo com nossas experiencias, e quanto mais velhos, mais fechados ficamos para o que é certo e o que é errado. Eu acho que é muito dificil sair desse vicio, so quem normalmente ja pensa um pouco diferente, pra frentex, como disseram. Dai não é a pessoa que muda de idéia, é a idéia moderna que alcança a pessoa. Isso é ser à frente do seu tempo.

Louis. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Louis. disse...

Bem, seguindo a proporção dessa sala as coisas até que estão boas.

20% de possivel incitação ao ódio , 40% de desaprovação silenciosa , 20% de tolerancia e 20% de simpatizantes. tá uma delicia :D

Vem ao encontro do que eu observo na minha vida. Só que os 40% que consideram homosexualidade antinatural convivem e mantêm amizade com gays, sem manifestar essas idéias, porém, fica sempre no ar aquela impressão de que, no fundo, eles acham que ser gay é um problema e não uma das varias manifestaçoes da sexualidade.

enfim, nada de novo.

Ana E. disse...

olá moça! primeiramente, parabéns pela sua grande mãe: mesmo que ela seja de uma geração que tinha tudo para ser preconceituosa (como as colegas dela), ela consegue parar para pensar e repensar suas opiniões. isso é fundamental, afinal não queremos que todos concordem com a gente, mas que nos permitam ser o que quisermos (adaptando do voltaire).

estava lendo alguns textos anteriores seus e vi alguns posts sobre livros/filmes com a temática do estupro. particularmente gosto muito de filmes de terror, desde os mais lights até os mais sangrentes (gore). quando você falou sobre o estupro, me veio na mente uma categoria de filmes chamada de "sexploitation", onde o teor de sexo e violência são abundantes (e obviamente SEMPRE contra mulheres).

nem é preciso dizer o quanto que estes são misóginos. mas o que eu acho interessante é que, com o passar dos anos, surgiram novos filmes dentro do curto-circuito "estupro-vingança", dentre eles um muito famoso chamado "A Vingança de Jennifer" ("I Spit in Your Grave" ou "Day of the Woman"). Tem uma matéria sobre ele (do ponto de vista totalmente cinematográfico, digamos assim) neste link: http://www.bocadoinferno.com/romepeige/filmes/jennifer.html

quando puder, dê uma olhada. acho que seria interessante ver como se coloca esse "plus" da vingança dentro desse contexto. existem diversos filmes com o mesmo plot, o que já denuncia uma certa tendência e a velha discussão sobre o direito de vingança.

abraços, ótimo blog!

filipe disse...

não sou preconceituosa, só odeio é foda, mesmo. menos pior se fosse ao contrário, apesar de tudo.

Sheryda Lopes disse...

Amanda, acho que você realmente não quis ser preconceituosa com idosos, mas é que eu sou aversa a generalizações, por isso me incomodei. Tipo "toda mulher", "todo homem", "todo adolescente", etc. Tipo, eu como cearense detesto os milhares de estereótipos que existem em torno de nós e sempre fujo deles (sem querer fugir de minha cultura). Quem nunca ouviu que todo cearense "adora-forró-e-rapadura"?

Greta disse...

Esse diálogo que sua mãe teve me lembra uma conversa que eu tive com a esposa de um amigo meu há uns 4 anos atrás.
Estavámos conversando sobre diversos assuntos e, a certa altura, surgiu o papo homossexualidade no meio da conversa. Então essa pessoa, que é uma mulher que eu considero inteligente, disse-me que não se sentia bem ao lado de homossexuais, porque na opinião dela eles eram pessoas que não sabiam se comportar, eram barraqueiros, etc.

Detalhe, essa mulher (uma senhora de seus quase 50 anos) adorava o meu irmão, o qual na opinião dela era um rapaz lindo, educado e o 'genro perfeito' para sua filha.
Outro detalhe: Ela NÃO SABIA que meu irmão, então com 32 anos, bonitão e solteiro, é homossexual e já havia 'se assumido' para nossa família desde os 21 anos de idade. :p

Quer dizer, o que aquela mulher "odiava" e "temia" era o estereótipo do gay, não a homossexualidade em si. Fiquei triste, porque tirando esse detalhe, ela era uma mulher adorável. Então naquele momento eu me peguei pensando se mudaria os "conceitos" dela se revelasse o "segredo" do meu irmão, porém concluí que não adiantaria nada, porque, no fundo, a maioria dessas pessoas "querem" mesmo é acreditar na visão delas e pronto. Nunca mudam. "Não pensar" e "não questionar" é mais fácil do que ter uma mente aberta. Para essas pessoas esse tipo de situação é mais confortável, eu acho.
:/
Pelo menos, no caso dessa pessoa, eu senti que seria assim.

Anônimo disse...

Sua mãe deve ser o máximo Lola!

Amanda, desculpe, mas você comparou gays e lésbicas a robôs e humanóides?

bjs
Leah

Anônimo disse...

Mexer com a mãe da gente não é uma boa idéia ! hehehhe.
Beijos para você e sua mami também!

Túlio disse...

Vc parece demais a sua mãe, fisicamente falando.

Hoje eu estava conversando com uma amiga, daí o assunto descambou para pessoas gays... daí ela disse que não tem preconceito, mas que não queria ser amiga de um homossexual, então eu disse que isso prova que ela tem preconceito, só não tem coragem de admitir.

Logo depois, jogando verde, eu disse que ela também é racista. Ela disse que não, imagina, mas que não namoraria um negro. Então eu disse a mesma coisa, ela sabe que é errado ser racista, então tem vergonha de admitir.

Acho que a maioria esmagadora das pessoas é igual à minha amiga, em qualquer lugar (pelo menos no Brasi).

Anônimo disse...

Risos. Ninguém é preconceituoso, mas todo mundo odeia os gays. Isso é triste. Tenho um parente que é homofóbico e ele até tem uma namorada homofóbica também. Foram feitos um para o outro. Esses dias os dois estavam raivosos porque viram gays se agarrando no shopping. Afirmaram que deveria ser proibido. Quando eu perguntei se seria proibido casais heterossexuais se agarrarem na rua, eles quase me bateram. Como podem ser tão reacionários? É bom que essas pessoas se acostumem com casais gays se beijando. Meu medo é que comecem a pregar o ódio...Bem, sou de Brasília. Realmente, existem pessoas preconceituosas em todos os lugares.

b disse...

Que ótimo qeu a semelhança não seja somente na aparência não é mesmo?Sou tão diferente dos meus demais familiares... como seu eu fosse um ET...


Sobre ninguém se declarar preconceituoso, vi um programa na semana da consciencia negra na cultura: Realizaram uma pesquisa perguntando se as pessaos eram racistas . A grande maioria (não me lmebro dos valores exatos) declarou não ser racista. Estranho é que ao serem questionados se conheciam alguem racista, todos respondiam que sim. Conclusão, vivemos emn um país de maioria não racista que sempre conhece alguem que é. hipocrisia nossa? Magina!


Mande lembranças a sua mãe, deve ser uma senhora adorável e alguém com quem eu teria prazer em gastar várias horas de prosa.

Anônimo disse...

Qual a idade me'dia de seus comentadores, Lola? Entao, vc nos apresenta uma mulher 'avant la lettre', inteligente, talentosa, divertida, atraente e, ainda por cima, com grande espi'rito humanita'rio e a meninada, para o bem ou para o mal, fica perplexa porque a sua mae esta' na faixa dos 60 anos e e' progressista, inteligente e possui a mente aberta? Gente do ceu! Mas nao fiquem bravos comigo nao, ta'? E' que, aos 41 anos, ja' estou comecando a ouvir por ai' que eu nem pareco ter "essa idade", afinal sou jovial, bem informada e nao babo (brincadeirinha). Quando a expectativa de vida no Brasil girava em torno dos 40 anos, a meia idade era aos 20. Mas agora a histo'ria e' outra.
Lola, a sua mamacita e' uma grande mulher. Salve! Salve!
Rosangela Garman

Anônimo disse...

Todo mundo tem historias pra contar envolvendo preconceito.Eu tambem. Aqui vai a primeira:
Fui visitar uma senhora de mais de 80 anos. Na saída, ao portão, um menino de uns 12 anos ia passando e todo afetuoso veio me cumprimentar e puxar assunto (pois havia sido meu aluno) e me falou que estaria se apresentando numa peça etc etc e se despediu. A véia olhou e me disse com uma cara de desprezo: esse rapaz desmunheca né?
Eu olhei-a e respondi "não sei, pra mim ele é apenas uma criança" mas pensei:"ô velha sacana, vê se te olha no espelho!"

Pois ela curte mulher que eu tô sabendo, e tem ojeriza quando ve um menino ou um homem delicado. Mas o esquisito é que ela só olha atravessado quando o gay não é seu conhecido, quando não a paparica publicamente. Sinceramente não compreendo a cabeça daquela senhora.Na verdade acho que ela não aceita a homossexualidade masculina pelo fato de ser totalmente machista.
Como é que pode ser tão estúpida?
Ai que canseira! Dicapoco conto outra.
Lola sua mãe transmite a serenidade de quem tem um caso de amor com a vida. Que bom pra ela.
Que bom pra voces!
Fatima/Laguna

Greta disse...

Lola, acho que tem alguma coisa errada com a configuração de sua caixa de comentários.
Dá uma checada lá, por via das dúvidas...
Não sei quanto aos outros, mas eu tenho que reescrever três vezes antes de publicar. Tentei comentar em dois posts mais antigos e não consegui, chuif! :(

PS: Lógico que também pode ser um "pau" no blogspot. Se for, pode ignorar.

bjo,

Anônimo disse...

Aqui vai mais um caso de preconceito. Há uns 5 anos mais ou menos fui ao shopping com minha sobrinha e convidei-a a entrar na livraria. Falei que eu queria comprar a biografia recem lançada de Cássia Eller. A menina me olhou e disse: "Ah para né tia! Tu vais pagar por um livro sobre a vida de uma sapata?" Olhei com dó para uma pessoa tão jovem e tão sem noção e falei: "Mas vc não conhece a obra artística dessa roqueira? Ela é talento puro!" Entrei e comprei o livro sob o olhar de deboche daquela jovem. Fatima.
P.S. Tenho mais pra contar. Eu volto.

Anônimo disse...

"Case" número 3: estávamos na praia, num grupo de faixa etária variada, quando um gay muito querido e conhecido na cidade, passou e veio nos cumprimentar. Depois que ele se afastou alguém falou: “o que vocês preferem, ter um filho drogado ou um gay?” Três pessoas jovens responderam algo como: “drogado, óbvio!” .
Duas pessoas na faixa de 50 disseram o equivalente a:
“prefiro gay, lógico!”
Pois é...
E eu volto, pra contar mais. Fátima.

dannah5 disse...

Cada epoca tem seus tabus, nao concordo mas entendo que nao sao todos que tem a capacidade de dicernimento e adaptação da sua mae. Infelizmente. Minha familia eu lembro, sempre foram adoraveis, mas se referiam a uma prima minha como a sapatao, nao tratavam ela mal ou excluiam, nesse aspecto sempre foram muito legais, mais era algo diferente, muito estranho e engraçado pra eles.

O que acho importante eh fazer questao de quebrar esses preconceitos para que eles nao se perpetuem. Eh bem utopia querer mudar a opiniao de idosos, muitos nao estao abertos a ideias diferentes, tem medo de mudar e rejeitar algumas verdades faz parecer que elas nao existem!
Enfim...
Parabens por uma mae tao receptivam ela esta mais q certa!

beijocas

Yume no Stars disse...

pior que isso é o que a maioria acha, minha mãe é exatamente assim, agora pelo menos ela não fala mais, porque eu tenho um amigo gay, que vai lá em casa e ela gosta dele "apesar de ser gay". Mas sei que ela continua achando a mesma coisa sobre o assunto, porque ela pode não falar de gays homens, mas de lésbicas...

Anônimo disse...

É isso aí, Mamacita, deixa essa carona pra lá! Caminhar faz bem pro coração, e conversar com gente preconceituosa faz mal pro fígado!

Anônimo disse...

Mais uma história! Mas esta é de gente que enxerga muito alem das questões que envolvem a afetividade e a intimidade de alguem. Até eu que me achava um pouquinho evoluída tomei um banho de evolução, auto-estima, dignidade, segurança e sobretudo amor materno vindos daquela moça. Estávamos num jantarzinho de senhoras amigas(entre 45 e 55 anos) entre profas, bancária, médica, etc quando uma delas disse : bom já que estamos juntas quero comunicar que meu filho tem um namorado. Houve silêncio e entreolhares. Aquela moça bem serena, delicada e sobretudo classuda completou: estou tranquila, viu amigas? O outro rapaz é de excelente família, recebeu ótima educação, gente honesta, e principalmente é super aplicado na escola e no trabalho. Estou contando para que tambem voces fiquem tranquilas. Ninguem disse palavra. Segurei meu choro de emoção pois vi ali u'a mãe que soube/conseguiu
ser sábia e superar o preconceito, exatamente quando o inusitado da situação apareceu dentro do seu lar. Trata-se de gente classe média alta e foi uma surpresa para o grupo que não desconfiava de tal circunstância . Ela terá por certo muitas alegrias porque seu filho é bom amigo , e até onde sei, tem tudo para ser um profissional competente, e de sucesso porque em casa ele tem um grupo social que o faz se sentir completo.Nada como uma pessoa sentir-se incluída, respeitada nas suas decisões particulares, a partir de sua própria casa.Uma coisa é certa: Ali tem acompanhamento com família que não se envergonhou. Administrou muito bem uma destas variações que ocorrem no comportamento da nossa dimensão humana. Fatima.
P.S. Volto ainda aqui.

Má disse...

Que legal o quadro da Lola com o seu Shake!!!

Norma Spagnuolo disse...

Oi Lola, leio sempre seu blog. Gosto bastante. Fiz um presente pro seu blog e coloquei no meu blog. Se aceitar, ficarei feliz. Se não, não tem problema...sem grilos, viu? :)
Minha mãe é gaúcha e também não é preconceituosa. Começou a trabalhar com 13 anos de idade e diz que aprendeu a respeitar as diferenças desde muito cedo.
Bj

Anônimo disse...

Legal, vc acaba de constranger sua mãe perante as amigas dela. Vergonhoso. JR.

Anônimo disse...

Preconceito pode ter em qquer lugar do mundo, mas em Joinville e, principalmente, Blumenau é muito maior. Será por causa da ascendência alemã (não querendo, mas já sendo preconceituosa tbm)? Não é à toa que o nazismo teve se berço por lá. Não queria pensar assim, mas depois de 11 anos em Blumenau não vejo outra explicação... aliás, não tem explicação o q acontece por aqui...