quarta-feira, 28 de abril de 2021

DA ALEMANHA, CLAUDEMIR CONTA COMO GANHOU O BOLÃO

Costumo publicar as declarações dos vencedores do bolão do Oscar. Começou como um jeito do pessoal tripudiar de mim por me vencer, numa época longínqua em que isso era considerado uma façanha (bons tempos!...).

Claudemir participa do meu tradicional bolão do Oscar desde 2006, quando ainda era adolescente (antes do blog, que começou em janeiro 2008), pois começou a ler minhas colunas no jornal ANotícia, onde escrevi entre 1998 e 2011. A gente se conheceu pessoalmente em 2013 num congresso de Relações Internacionais na UFSC.

Atualmente Clau está na Alemanha fazendo mestrado, e nem viu o bolão por conta do fuso-horário. Ainda esta semana publicarei o depoimento da Janaína, que ganhou o bolão grátis com muita facilidade.

Já posso pedir música no Fantástico? É isso? Tricampeāo do bolāo da Lola, quem diria [o desgramado ganhou o bolão em 2008 e 2019]. É uma grande honra para mim e com certeza um dos meus maiores feitos até agora. E no meu aniversário de 15 anos participando do seu bolāo eu ganho com 15 acertos! Talvez eu devesse jogar na Mega-Sena! Eu não consegui assistir a cerimônia, pois estou na Alemanha e por conta do fuso ficou inviável. Porém, foi ótimo começar a semana coroado como maior autoridade em cinema (cof cof) e recebendo uma grana preta por isso. Esse foi o ano em que assisti ao maior número de filmes indicados ao Oscar. Resultado da soma de lockdown com grande disponibilidade dos filmes nas plataformas de streaming. E contei também com a ajuda de um amigo do peito no Brasil que me passou alguns filmes que não estavam nos serviços online. Aqui em terras germânicas o uso de outras vias para conseguir os filmes geram multas pesadíssimas. 

Mesmo assistindo tanta coisa, infelizmente não me empolguei com muitos dos filmes. O meu favorito foi Nomadland mesmo, me fez refletir sobre diversas questões e me deixou inquieto por alguns dias. Promising Young Girl (Bela Vingança) eu adorei, muito inventivo e, apesar do tema delicado, me entreteu muito. Minari achei bom, mas não me marcou, em breve provavelmente nem vou lembrar nada do filme. Teve O Som do Silêncio que praticamente todos adoram, mas eu não consegui me envolver com o filme, ainda que eu tenha aprendido algo a mais sobre a comunidade surda. Mank eu não assisti e depois dos seus comentários provavelmente continuarei sem ver. No geral achei uma temporada muito morna. Será que sem pandemia seria melhor? Ou apenas mais filmes, mas mais do mesmo? Agora vou rumo ao tetra!

4 comentários:

Anônimo disse...

A) Lola sou sua fã adoro o seu blog.

b) Lola vc viu o caso do Fundador das Casas Bahia Samuel Klein que apenas agora descobriram que ele abusava de meninas? E o mais chocante e o silêncio da mídia tradicional

Anônimo disse...

Machismo e racismo no BBB, pra variar:
“O que Karol tem de diferente de todos os outros abusadores que já passaram pelo programa? Ela foi péssima? Foi. Mas não é no mínimo estranho que o choro de uma mulher negra pedindo desculpa seja algo que faça sucesso em 2021 e que nenhum outro participante tenha que fazer o mesmo?”
https://www.uol.com.br/universa/colunas/nina-lemos/2021/04/28/ate-quando-karol-conka-vai-ter-que-se-desculpar-e-chorar-por-erros-no-bbb.htm

avasconsil disse...

Nunca fui muito de assistir ao Oscar. Mas fiquei contente por Andra Day ter recebido o de melhor atriz pela atuação em Billie Holiday vs. the USA. Ela ganhou, não foi? Pelo menos foi o que encontrei no Google. Assisti ao filme segunda-feira. Que dia foi segunda-feira? 26.04.2021. Achei o filme triste. Sou fã da Billie Holiday há muito tempo, e não sabia que o governo americano fez da vida dela um inferno por causa de "Strange Fruit". Não propriamente por causa da música, mas pelos sentimentos, reflexões e ideias/ideais que ela é capaz de suscitar. Mostrava aos brancos quão escrotos e racistas eles podem ser. E aos pretos quanto eles precisavam lutar pra mudar aquele "status quo" horroroso. Foi uma música considerada muito subversiva na época. E Billie pagou um preço altíssimo por não ter se dobrado ao que o governo americano queria, mantendo-a em seu repertório apesar do preço altíssimo que Hoover e seus amiguinhos impuseram a ela. As pessoas que não se dobram "ao sistema" são admiráveis. São elas que ajudam o mundo a melhorar. Adoro Ella Fitzgerald e Louis Armstrong. Mas nenhum deles teve a coragem que Billie Holiday teve. A maioria de nós somos como Ella e Louis. Evitamos confrontos. Calculamos os prejuízos que sofreremos enfrentando o tal do "status quo". E colocamos a viola no saco... Nos resignamos. Esperamos que outros tenham a coragem que nos faltou, e paguem sozinhos o preço que sentimos ser ou que seria alto demais pra nós. Além de Billie Holiday, o filme tem no elenco Trevante Rhodes, um colosso até no nome, Rodes. Andra é linda, mas, pra um gay, Rhodes é muito mais gostoso (rs). Desde "Moonlight: Sob a Luz do Luar", presto atenção nele. Quem quiser ver Billie Holiday vs. the USA de graça, basta acessar https://cine-cultz.blogspot.com/?m=1 . Tem muitos filmes lá. Dou os créditos ao meu amigo Luiz. Ele sabia que eu queria muito ver o filme da Billie/Andra. E graças a ele eu vi. Sem pagar pra ver.

avasconsil disse...

A Andra não ganhou, foi só indicada. Quem ganhou foi Frances Mcdormand. Nada como um Oscar atrás do outro. Andra vai ter outras oportunidades. Mas vejam o filme da Billie/Andra. Vale a pena.