segunda-feira, 29 de junho de 2009

MOMENTO HISTÓRICO EM JOINVILLE

Quem tirou as (lindas) fotos foi o maridão.

Eu amei participar da primeira parada gay de Joinville, que os organizadores preferiram chamar de Desfile da Diversidade. Antes de chegar em frente ao Centreventos, na Avenida Beira Rio, de onde a passeata devia partir, eu estava um pouco receosa. Primeiro porque, em alguns eventos ao redor do país, principalmente em SP, houve ataques homofóbicos. Há gangues que se infiltram para semear a desordem, sim, e relatos de brigas e assaltos não são raros. Meu segundo receio era pela falta de gente. Olha só: domingo à tarde, chuvoso (choveu a semana inteira), com jogo de futebol entre Brasil e EUA na TV. E se só comparecessem uns míseros gatos pingados? Alguns amigos da Fundação Cultural me confidenciaram que esperavam 500 pessoas. Apareceram cinco mil. Foi um momento histórico pra cidade. Seria impensável um desfile desses ser realizado cinco ou dez anos atrás. Joinville é uma cidade considerada média, com meio milhão de habitantes, mas, em muitos sentidos, como, aliás, todas as cidades médias, é bastante provinciana. Algumas horas dá a impressão de ter um certo “clima do interior”, o que traz vantagens e desvantagens. No que se refere à mentalidade de parte da população, é uma desvantagem. Fechar-se no seu mundinho e crer que Joinville não tem gays (ou negros) e que todo mundo é igual, “normal” (ou seja, igual a “nós” - nós quem, cara pálida?) não é uma atitude sensata.Mas o lado bom de viver essa ilusão é que pode-se acreditar que não existe preconceito. Afinal, se em Joinville não há gays nem negros, tampouco pode haver homofóbicos e racistas, certo? O incômodo que uma parada gay causa aos conservadores é justamente esse: com os gays saindo do armário, os reacionários têm que assumir seu preconceito. E é chato passar a vida toda achando-se uma pessoa esclarecida e iluminada pra de repente perceber seu ódio. Por isso tanta gente começa suas sentenças com “Não tenho nada contra os gays”. E vem um “mas” demolidor: “...mas não quero que eles apareçam”, “mas eles são anti-naturais”, “...mas quero que eles morram!”. Esses preconceituosos não aceitam ser chamados de preconceituosos. Eles só querem que o mundo continue sendo como sempre foi, ora bolas!Eu não presenciei absolutamente nenhuma esquisitice na parada, a menos que se considere esquisito ver um casal de homens, ou um casal de homens de mãos dadas, ou um casal de mulheres se beijando. Ou lindos go-go boys sem camiseta, dançando lambaerótica (requebrados que pra certa gente só fica bem em corpos femininos. Engraçado, eu acho tão mais sexy ver homens dançando assim!).Ou travestis e drag queens com suas belas roupas coloridas. E jovens de outras “tribos”. Eu também vi crianças, felizes da vida por estarem participando de uma manifestação popular. Fiquei contente em ver uma colega da faculdade. Encontrei alguns amigos heteros (incluindo a Taia, que me encontrou no meio da multidão. Um amor!), e alguns gays.Vi uma senhora chorando, comovida, por fazer parte de um momento que ela jamais podia imaginar em Joinville. Vi gente pulando, dançando, mas bem mais gente andando mesmo, numa passeata eminentemente política. E a hora em que a bandeira é estendida em cima da gente é fantástica. Como aquela bandeira com as cores do arco-íris é bonita!Uma coisa que eu definitivamente não vi foi gente julgando os outros. Nem um olharzinho de desaprovação a alguém por ser “diferente”. E talvez eu fosse a diferente ali! Eu, hetero, andando com o maridão de mãos dadas. E sendo acolhida com o maior carinho.
Recomendo a todo mundo que participe da próxima parada gay na sua cidade (ontem, por coincidência, foi a comemoração de 40 anos de Stonewall, manifestação em Nova York que foi a largada do movimento LGBT). É uma lição de cidadania. É pedagógico, educativo mesmo. Faz a gente constatar que o mundo é tão maior do que supõe a nossa vã filosofia. Eu me infiltrei aqui. Perguntei se podia estar na foto, e elas disseram "Claro!".

33 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns Lola. Acho que emociona estar num lugar onde o sol (ou a chuva)poderá ser para todos.Os homossexuais marcam este século com um grito de inclusão. Toda fraternidade será bemvinda.Fatima.

Vitor Ferreira disse...

Pena desses go go boys aí dançando no frio... Eu fiquei com frio só de ver as fotos...

Unknown disse...

Cade as fotos dos gogoboys? Lola.. se tiver mais foto, acho q as pessoas deveriam deixar os emails aqui pra vc enviar tudo compactado (se vc quiser). Amei ver vc de rosa... eu achava q vc so gostava de azul.... Teve homem beijando na boca de outro homem?? Muito mesmo???
Bjos

asnalfa@gmail.com

Bjos!

Luiz disse...

Fiquei feliz por vc, pela marcha, por tudo mais de bom. Abraços

Má disse...

OI Lola!
Gostei da parte da senhorinha emocionada com a parada!
Para mim, fazer parte de algumas manifestações, ou qndo vejo imagens de demonstrações em prol do coletivo, justiça, liberdade de hj ou de antigamente (maio 68 etc) me faz emocionar tb.
Embora em geral concorde como disse Marx q "Os homens fazem sua própria história, mas não sabem que a fazem" há momentos que q nos faz sentirem SERES COLETIVOS e SOCIAIS sabe, no sentido de termos Consciência q NESTE momento estamos fazendo História,como por exemplo esses momentos de uma manifestação política. Acho essa sensação incrível e espero sentir isso até o momento q ficar velhinha como essa senhora q vc citou!

Abraços!

lola aronovich disse...

Eu achei tudo muito emocionante mesmo, Fátima. A chuva é para todos! Mas acho que nem choveu. Quando a gente estacionou o carro num supermercado, longe, estava garoando. O maridão até levou guarda-chuva. Mas assim que a gente pisou na avenida, eu não senti nem garoa. É ótimo esse exemplo de inclusão dos gays.


Vitor, mas ficou quente pra caramba! Vc pode ver que eu tava de suéter rosa com casaco cinza por cima. E chegou uma hora que ficou muito, muito quente. Fiquei com maior vontade de tirar o casaco. É muita gente junta, aquece! E também a gente tá em movimento, andando e dançando, esquenta o corpo. Mas os go-go boys ficaram sem camisa só um pouquinho. Só, depois, mais tarde, quando chegamos ao Mercado Municipal (onde aconteceu um show), eu vi mais go-go boys, sem camisa. Mas esses de mais tarde eram bombados (e tatuados) demais pro meu gosto. Os do início eram lindos de morrer!

lola aronovich disse...

Asn, acho que o maridão não tirou muitas fotos dos go-go boys... Ele tirou do que achou mais interessante, e pelo jeito não eram os boys em cima do trio elétrico. Amanhã coloco um pouco mais de fotos. Esse suéter rosa foi minha mãe que me deu. Eu não gosto muito porque é chamativo demais! Acho que até brilha no escuro. Mas achei apropriado aqui. E ainda esqueci meu cachecol arco-íris (mas tava quente demais pra isso).


Luiz, eu também fiquei muito feliz! (opa, rimou).

Camila Hareide disse...

Puxa, Lola, a primeira Parada Gay de Joinville? Que vitória... Houve tempos em que isso não seria possível... Visitei Joinville uma única vez na vida, em 1994. Achei uma cidade encantadora, mas muito alemã. Foi a impressão que tive.

Queria ver mais cidades pequenas seguindo a onda e fazendo suas paradas. Pra esfregar na cara das sociedades provincianas do interior que os gays estão à toda no mundo todo, e que fingir que eles não existem não fará com que os preconceituosos não precisem lidar com eles.

Viva o Gay Pride no Brasil. Aqui na Noruega só as cidades maiores - na verdade acho que só Oslo, mas preciso me informar - realizameventos assim. A sociedade mais igualitária do mundo ainda é preconceituosíssima, com gays e com imigrantes. Mas aqui manifestações públicas de preconceito dão cadeia. Por isso os conservadores engolem seco. Bem feito!

L. Archilla disse...

eu não suportaria viver num mundo sem gays, apesar de hetero convicta. não tô falando de um mundo que REPRIME os gays, tô falando de mundo SEM gays. a maioria dos meus amigos são gays. as melhores piadas que escuto no meu dia-a-dia são feitas por gays. a sensibilidade dos gays é imbatível. (claro, sempre há exceções). por quê, meu Deus, o mundo insiste em fingir que eles não existem???

hericky disse...

sensacional, Lola. que essa parada se repita mais e mais vezes com mais e mais gente.
aqui na minha cidade super-interiorana super-preconceituosa, nunca houve nada do tipo por falta de público.

Amanda Lourenço disse...

Que bonito seu relato da parada, Lola! Me deu uma pontinha de felicidade aqui dentro, sabe?

Emanuelle disse...

Ai que legal ler isso aqui. Sou uma das feministas da foto, e achei sua postura tão bacana. Me senti comovida lendo sobre a mulher que chorou, e mais feliz ainda de ver héteros apoiando a causa. Depois de tantos ataques homofóbicos pessoas como você fazem a vida mais doce.
Beijo no coração.

Dai disse...

Eu adoro esses momentos de visibilidade e amo fotografar passeata - coisa que já fiz muito nessa vida, aliás, teu maridão está de parabéns, excelentes fotos. Tb curti o relato emocionado e estou aguardando o videolog lola escreva. Abraço!

Raiza disse...

Que bom que correu tudo bem,fico feliz.
Adorei a última foto,a menina de roxo até parece comigo.
E você tava lindinha nas fotos Lola,você tem um sorriso bem bonito.
www.garrafaaomar.zip.net

Daniel disse...

@Camilla: O que seria uma cidade alemã demais? Querendo saber mesmo :P


Legal que essa parada aconteceu... Eu ainda tenho vontade de ir uma vez na daqui (ou em uma de cidade menor, porto alegre é muito cheia de gente :P), mas isso vai ser só depois que eu estiver em condições de sair por um dia sem que meu pai precise saber onde eu estou, infelizmente >.< (se tem alguma coisa que eu não gosto no meu pai, é essa de achar que gay não pode aparecer, tem que ficar agindo como todo mundo na rua).

Kaká disse...

A parada gay de Fortaleza também foi ontem, acontece aqui perto de casa. A primeira que teve, há uns 5 anos atrás (ou mais), foi como essa que você descreveu, pessoas emocionadas, comemorando. Eu tive amigos que só se assumiram gays depois da 1ª parada. Todo ano eu vou com os amigos (gays e heteros), mas esse ano deu 900 mil pessoas na Beira Mar (segundo a polícia, eu acho que tinha menos, tinha muita gente sim, mas 900mil é metade da cidade). Nos primeiros 30 minutos foi legal, divertido com as drags e tal, mas depois virou um carnaval fora de época normal, com pequenas confusões na multidão, furtos e assaltos. Tinha tanta garrafa quebrada na calçada hoje de manhã que mal dava para andar sem pisar em vidro, e muito cheiro de xixi. Mas o que esperar de uma multidão de 900mil né?
Pensando bem, metade da cidade estar na parada gays/glbts é um sucesso.

Anônimo disse...

É, não é à toa que o número de pessoas nesses desfiles só se faz aumentar.

Daniel disse...

@Kaká:
Esse é o medo que eu tenho de ir alguma vez aqui em Porto Alegre...
Talvez eu vá em alguma de cidade menor. Quem sabe daqui a uns anos, quando eu for, já não tenha nas cidades aqui do interior também.

Taia disse...

Oi Lola!
Uma coisa que te falei ontem (ou tentei falar no meio daquele barulho todo, hehe) foi que cada pessoa tem o seu estilo dentro dos estilos... Mas uma coisa que me chamou muitoooo a atenção foi uma parte daquelas pessoas reunidas que, mesmo tendo nascido homens contra a sua vontade, fazem de tudo para ser mulheres. E o que eu quero dizer com isso está relacionado a um detalhe específico: o como essas pessoas valorizammmm muitoooo cada partezinha do corpo que pode ser caracterizado/visto mais fortemente como feminino... dane-se celulite, dane-se uma gordurinha a mais (ou a total falta de gordurinhas), se a perna está ali então vamos mostrar com alegria (uhuuuu!). Essa parece a cabeça de vários participantes do evento! Vc já imaginou se a maioria das mulheres agisse/sentisse assim? Mandando "pastar" os padrões de perfeição... Eu adoreiiii isso, mesmo não sendo o meu estilo pessoal os decotes e as mini-saias. Eu adoraria ver as mulheres "de nascimento" valorizar tanto a si mesmas. Espero que algum dia eu ainda veja isso: que cada pessoa, dentro de seu próprio estilo, se sinta "o máximo", feliz por estar vivo.
Bjsss
Taia

Haaa... vc viu que vc apareceu na Notícia numa das fotos?

Taia disse...

Esqueci mais uma coisinha, hehe... é mesmo muito emocionante ver pessoas com lágrimas nos olhos nestes momentos históricos. Pessoalmente os beijos não me comovem tanto quanto ver casais de mãos dadas e andando pelas ruas com a maior alegria só por estar ali. Queria um "mundo" assim sempreeee, onde qualquer forma de amar fosse mais importante do que teorias e doutrinas.

E se ainda não tiver dito, ameiii te conhecer pessoalmente... e continuem com "inveja" os simples mortais que ainda não tiveram essa oportunidade... uhuuuuu...
Bjsss
Taia

Junior disse...

Lola, não acredito que passei do teu lado e não te vi :(

Sou eu ali na primeira foto... gordinho de azul com barba... do lado do meu companheiro hehehehehe


Também adorei a parada... FOI MUITO BOM. Não teve manifestações contra, não teve violência, foi uma festa divertida, onde todos participaram sem "tribo". Achei ótimo.
Esse tipo de coisa mexe mesmo com a gente... na volta do Mercado até onde deixamos o carro, eu e meu companheiro ficamos de mãos dadas o tempo todo, coisa que normalmente não faríamos... :)

Esperando o ano que vem já.

Junior disse...

Esqueci... Lola, bati várias fotos... se você quiser me avisa que te mando tá?

lola aronovich disse...

Viu só, VB? Sinal de que a parada tava cheia de gente mesmo! Quando li hoje de manhã vc falando de ter usado camisa escrito “F*** you”, eu pensei: não é possível! Eu teria reparado se 3 caras estivessem usando uma camiseta com os mesmos dizeres. Mas acho que não te vi mesmo. E olha que a gente provavelmente deve ter marchado bem perto, se o maridão conseguiu tirar fotos suas. Vc tem alguma foto de uma gordinha de rosa choque? Ah, então, continuando: eu fui escolhendo as fotos pra colocar aqui, e escolhi essa meio fora de foco pra colocar em cima, porque a achei bonita. Só depois notei que na camiseta estava escrito “Fuk you” (não dá pra ler o c), e aí pensei: será que esse que aparece em primeiro plano não é um dos amigos do VB? Mas nunca poderia imaginar que era vc mesmo! Até porque pela foto que tem de vc de vermelho, eu jamais conseguiria dizer que o carinha de azul é a mesma pessoa! (tá confuso, eu tô com sono, vou dormir). Super coincidência eu ter escolhido logo uma foto contigo! (mas VB, vc não tem nada de gordinho).
Que legal isso que vc contou, de voltar andando de mãos dadas com o companheiro. Puxa, seria ótimo se todos os dias fossem assim. Seria pedir demais? Incomoda MUITO a sensibilidade hétero ver duas pessoas do mesmo sexo de mãos dadas?

Deborah disse...

Que bom que tudo correu bem ^^
Aliás, eu e o Yuri começamos a namorar na Parada Gay aqui de SP :) Eu pedi ele em namoro há três anos atrás :D

Queria ir na passeata lésbica desse ano, mas nem deu...e no dia da Parada Gay prestei concurso :(

Acho lindo ver mulheres beijando outras mulheres e homens beijando outros homens. Os héteros só faltam trepar na rua e ninguém diz nada ¬¬'

Tenho muitos parentes no interior de SP em uma cidade chamada Jaú, o pessoal de lá é atrasadérrimo, queria muito que tivesse algo assim por aquelas bandas.

Anônimo disse...

Kaká, paradas em geral atraem muitos turistas, muitos grupos militantes de outras cidades. Os números não parecem tão irreais.
Taia, travestis evidenciam aquilo que a Haraway vaticinou há alguns anos: somos todos ciborgues, todos construímos nossos corpos.

Caricaturas Urbanoides disse...

Lola,
Fico feliz que em Joenvile foi uma grande festa com cunho politico, porque de fato é essa a proposta... Espero que os organizadores não deixem virar a certa baderna que tem virado a do Rio de Janeiro, que ultimamente esta mais para uma grande festa rave do que necessariamente para uma parada de reivindicações.. Não concordo com a postura da organização nesse sentido... Os gays ainda tem muito a conquistar e por enquanto muito pouco a comemorar, afinal de contas, gays ainda são expulsos de estabelecimentos aqui no Rio só porque estão fazendo carinho, isso porque estamos falando do Rio de Janeiro, imagine em cidades pequenas.
abraços

Carla Fernanda da Silva disse...

Muito legal! Estava na hora de SC se mexer...
Sobre a homofobia, fui numa palestra em que o professor Durval Albuquerque comentava sobre a literofobia entre escritores da histórias. 'Quanto mais literofóbico, mais pero da literatura está (falando de Ginzburg), igual o homofóbico, quem é homofóbico? Quem mais próximo esta da homossexualidade.' Quer dizer é muito mais um autopreconceito, algo a se resolver sobre sua própria sexualidade. Pouco nos preocupamos de fato com a sexualidde alheia, é a nossa sexualidade que nos preocupa, instiga...
Bom, em termos bíblicos seria algo assim: O homofóbico que nunca pensou em beijar com alguém do mesmo sexo que atire a primeira pedra... (não resisti)

Christopher Smith disse...

Adorei aparecer no seu blog. (rs) Como voce disse eu tambem estava receoso, chuva e frio, chegando la não tinha quase ninguem, mas fui surpreendido, ADOREI. LindaS fotoS. Parabéns. (coloka um link pra ver todas??). BJUHS

Anônimo disse...

Eu esperava o dia seguinte.

Achava que esse evento iria mexer realmente com a cidade. Mas nada disso se viu.

Venceu a indiferenca e o pouco caso que a sociedade joinvilense prestou por esta chamada semana da difersidade.


O levante esperado, se deu no campo do poder onde a imprensa vinculada a determinadas frentes politicas,utilizaram-se do evento para desgastar ainda mais o governo Carlito.
Enfim, passou a semana, passou a parada.

E as manifestacoes publicas dos Homosexuais continuarao sendo vistas e aceitas tranquilamente na cidade , apenas nas imediacoes das Ruas dos Principes e Itajai.

Caroline Maia disse...

Nossa,cheguei do trabalho e vim direto pra internet.Não via a hora de você escrever alguma coisa sobre a parada em Joinville.Não sabia que ia me debulhar em lágrimas as 4:27 da manhã e ia me orgulhar mais do que nunca de ser joinvillense.Lindo,lindo,lindo,lindo!

Mila disse...

Aaaah, lola, eu queria ter ido!!
-.-
[Não fosse tão longe... tsc...]

Ooh, eu queria ter visto os go go boys tbm! XD

Mila disse...

Sabe, eu gosto do fato da parda ser alegre, com música e gente dançando, eu acho que é bastante adequado, já que se trata de dar visibilidade a esta 'minoria', é como se dissessem 'Olha só a gente aqui, ó, não adianta ignorar, lálálá!!'

Tá, acho que passeatas agressivas - não de forma 'violenta' mais de impactante e forte - e mais sérias são necessárias em outras circunstâncias - uma passeata pela legalização do aborto não dá para ser dançante, uma passeata em protesto pelos massacres de pessoas homoafetivas deve ser algo impactante e sério,por exemplo.

Georgia Martins disse...

Lola!
Cara, tipo, eu t amo!
Se vc soubesse como me inspira e me ensina... Quando eu crescer quero ser que nem você. Por enquanto eu me limito a te citar de vez em qdo e te copiar um pouquinho. :P