Em “Smith”, Angie e Brad explodem muitas coisas, carregam bazucas, e quebram objetos, o que faz muito sentido: de que outro jeito um casal entediado pode se divertir? Ambos são matadores de aluguel, os bambambans no seu ramo, logo, não erram nunca. A menos que um esteja atirando contra o outro. E todos os extras que os perseguem provavelmente não são assassinos profissionais, porque estes erram sempre. Não valem a roupa ninja que usam. São absolutamente incapazes de acertar a cabeça de um dos protagonistas. O máximo que acontece com Angie e Brad é ficar com um arranhãozinho sexy no rosto. Aliás, não entendi como uma super mega baita ultra atiradora como a Angelina tem metade do rosto coberto por cabelo. Ela é a Veronica Lake das matadoras de aluguel. Não atrapalha nadinha na hora de acertar o alvo? Só gostei das poucas seqüências em que o casal busca ajuda de um conselheiro matrimonial, porque sugere que a chama da paixão também se apaga pros glamurosos. Claro que pra eles o apagamento é mais rápido, uns dez minutos, talvez.
Mas a violência doméstica nunca foi tão sexy. Antes do filme se tornar interminável e eu começar a torcer pra que os dois se matassem de vez, teve uma cena em que o Brad descarrega uma metralhadora na Angie e ela se esconde atrás da porta da geladeira, que bloqueia todas as balas. Nessa hora, virei pro maridão e falei: “Viu? Não disse que a gente precisa de uma geladeira inox?”. Mas, tirando esse momento de identificação, constatei que os ricos realmente levam uma vida diferente da minha. Por exemplo, sabe quando às vezes a gente prende um dedo numa janela e dói durante horas? Aqui acontecem coisas bem piores com outros membros dos ricaços e ninguém solta nem um “Ai”. A propósito, li uma estatística ontem dizendo que 0,02% da população mundial é milionária, ou seja, tem mais de um milhão de dólares (no Brasil, esse número é de 98 mil pessoas, todos clientes da Dasloser, imagino). Aí me veio à mente uma dúvida terrível: será que 0,02% da população é astro de cinema?!
Pois é, eu já usei a palavra “sexy” duas vezes neste texto, mas a verdade é que não existe cena de sexo em “Smith”, porque, a gente sabe, o público-alvo pra esse tipo de aventura é o pré-adolescente. No sistema de censura americano, não há problema algum em explodir ou mutilar um órgão genital (o do Brad é chutado), mas basta a ameaça de alguém acariciá-lo pro filme ser proibido pra menores de 18 anos. É uma questão cultural, e a gente deve sempre respeitar a cultura alheia, mas você não acha os americanos doentes? O pênis do Brad Pitt deveria ser tratado com muito mais respeito! Vou começar uma campanha e já volto.
3 comentários:
Oi Lola, sim, é de praxe, todo filme assim eles nunca acertam um no outro, sempre acertam os bandidos e praticamente todo tiro que levam dos bandidos são de levinho. ai ai...
Já sobre o romance dos dois. Quem imaginaria: "Algo me diz que os pombinhos não estarão juntos daqui a cinco ou seis... ahn, meses?"
É... o casal pit-jolie vive na mídia e chama muita atenção justamente por adotar três mil quatrocentras e cinquenta e oito crianças (rs!) e por viver nessas fofocas de separa, pega a babá, beija outro ator no set, etc...
Mas sempre me divirto assistindo esse filme!
abraço, Andrea
http://segredosdaborboletadomar.blogspot.com/
"Algo me diz que os pombinhos não estarão juntos daqui a cinco ou seis... ahn, meses?" < Errou feio aqui, hein garota? Porque Brad e Angelina, assim como seus personagens neste filme, já estão o mesmo tempo em anos na vida real. rs E olha, acho sua crítica meio exagerada demais, porque, além do mais, o filme foi considerado um dos melhores de 2005. De qualquer forma, eu recomendo o filme a todos (Para os raros que ainda não o viram).
Poxa, eu adoro esse filme =/
Concordo com você em tudo, mas precisamos considerar a intenção do filme. Tipo, o último predador que saiu era pra ser suspense/terror, alguma coisa assim, mas não te arranca sustos ou te deixa tenso, por isso é ruim. Já Sr. e Sra. Smith não era pra ser um filme de ação for real, sabe? É uma bobeirinha só.
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