sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

TREMA, TREMEI. E OUTRAS MUDANÇAS

Eu já fui revisora. Eram outros tempos, tempos em que eu conseguia olhar pra uma frase e captar erros no ato. Hoje não sou mais assim e deixo escapar um monte. Atualmente sou uma péssima revisora, embora amigas insistam em me enviar textos acadêmicos. Mas nem na minha juventude eu fui uma exímia revisora, porque não dominava a língua totalmente, e sempre tinha dúvidas. Nessas horas difíceis eu ligava prum super revisor, um amigo que trabalhava havia décadas numa grande agência de propaganda. Ele sabia tudo, e eu fantasiava se algum dia eu saberia também.
Venho pensando muito nele esses dias. Ontem começou a mudança ortográfica que pretende unificar os países de língua portuguesa. Não me recordo da última reforma, em 1971, porque eu tinha quatro aninhos e havia acabado de chegar ao Brasil. Mas o maridão até hoje usa ele com acento. Desse jeito, “êle” denuncia bem a sua idade. Mas, enfim, estou com pena de todos os revisores. Vão sofrer no começo.
A língua nunca é fácil. Eu lembro quando trabalhava como redatora publicitária numa agência que se auto-intitulava uma “fábrica de catálogos”. Eu era a única redatora (catálogos usam mais imagens que textos), e era a revisora. Já contei que o pessoal que fazia arte na agência trabalhava mais do que eu? Tadinhos, eles eram forçados a adotar um ritmo de linha de montagem mesmo. Daí de vez em quando eles olhavam pra mim, lendo algum livro no mesmo recinto, e começavam a cantar, em coro, parafraseando o “Eu Faço Vídeo” do "Rap do Vagabundo", uma canção do Casseta e Planeta: “Eu faço texto / Texto / Texto / Eu faço texto / Vagabundo é a p*** que pariu!” Ah, ótimas lembranças!
Mas eu também penava, já que precisava bolar slogans e chamadas pra empresas pequenas, aquelas da espécie “meu primo cuida da publicidade do negócio”. Se não era o primo, era o cunhado do dono que manjava tudo de propaganda. E a gente tinha que ser educada e ouvir quietinha porque o cliente sempre tinha razão. Lembro quando tivemos que bolar um catálogo pra camas redondas. Tipo, você conhece alguém que tenha uma cama redonda e não seja dono de motel? Mas o dono da empresa insistia que a Capluma - acho que era esse o nome, que o nosso chefe, que errava todas as marcas na frente do cliente, chamava de Catapluma - podia vender camas redondas pra pessoas comuns. Por isso, não queria pro seu produto nenhum slogan com segundas intenções. Queria algo bem família. Eu nem me recordo do que sugeri pro sujeito, depois de divertir a agência com slogans eróticos como “O seu prazer redondinho”. Era algo medíocre, mas por que me incomodei? O primo já tinha oferecido o slogan ideal! Um slogan limpinho, nada sexual, sem segundas intenções: “Capluma: a cama explícita”. Eu ainda tentei argumentar com o dono que, sabe, explícito sempre andava junto com sexo, e se não era pra motel que ele queria vender suas camas redondas, esse não seria o melhor slogan, mas ele já estava convencido. O catálogo foi impresso assim, enquanto o meu chefe repetia: “Catapluma, a cama explícita”.
Também lembro de uma fábrica de adesivos. Não sei o nome. Mas bolei um slogan que hoje deve ter sido usado à exaustão, mas, vinte anos atrás não era tão clichê: “O seu outdoor ambulante”. O cliente gostou, aprovou, o catálogo foi impresso, e, já com ele em mãos, mudou de idéia. Provavelmente seu primo não havia gostado. Então ele queria que a gente refizesse o troço com outro slogan, pagando do nosso bolso. Como nos negamos a fazer isso (afinal, ele havia aprovado o slogan), o cliente passou a dizer que outdoor estava escrito errado. Que na verdade era out-door, com hífen. Foi uma guerra de dicionários (na época mal existia computador, muito menos internet). Finalmente, o Aurélio falou mais alto (claro que era outdoor!) e convencemos o cliente a ir passear.
Mas pra você ver como hífen sempre foi um problema na minha vida. Infelizmente, essa reforma ortográfica não vai resolver isso. Vai ser esquisito escrever autoescola e infraestrutura, dobrar o r em multirracial, ou substituir microondas por micro-ondas. Minissaia eu já estava escrevendo assim, então tudo bem. O mesmo com super-homem, que continua desse jeitinho. Também será mui estranho escrever estreia, heroico, feiura, jiboia, deem, perdoo, tudo sem acento. Mas eu me acostumo. Os hífens é que continuam confusos.
Minha maior queixa à reforma é por que não mudaram mais coisa de uma só vez? Por que não simplificar? Por que manter quatro tipos diferentes de porque? Pra quê manter a crase? Só pra alguém se sentir superior por saber as regras? Vejo um monte de gente morrendo de saudades do trema e fazendo réquiens como “adeus, treminha, você será lembrado”. Eu já não uso o trema há uns quinze anos. Nunca gostei dele. Eu sempre falei tranquilo, mesmo quando os dois pontinhos esquizos não estavam em cima do u. E também tive um trauma com o trema. Sete anos atrás, meu diploma de graduação não chegava nunca do MEC. Todas as outras colegas recebiam seus diplomas, menos eu. Sabe o que aconteceu? Problemas com meu sobrenome, que é Aronovich (nome do meu pai) Aguero (nome da minha mãe). Tá, sei o que você tá pensando: como que alguém que se chama sopa de letrinhas Arono alguma coisa pode ter problemas com Aguero, que é bastante simples e cheio de vogais? Bom, em toda a minha documentação (carteira de identidade, título de eleitora, carteira de motorista, CPF etc) está escrito Aguero, sem trema. Mas na minha certidão de nascimento feita lá na Argentina há quatro décadas, consta um treminha. E o MEC cismou que não poderia emitir um diploma sem trema se na minha certidão existe um. A secretária da faculdade decidiu pedir pra eles um diploma com o trema mesmo (apesar de não haver trema nos meus documentos), e o MEC, após mais meio ano, mandou um diploma tremido: Agüero. Porque devem existir muitas Dolores Aronovich Aguero no mundo, então convém escrever Dolores Aronovich Agüero, a única e inconfundível Lolinha pros íntimos. Portanto, por favor, não me venha chorar as pitangas do trema. Pra esses saudosistas, eu só posso perguntar: você escrevia liqüidificador, pingüim e lingüiça? Se escrevia, você é um elitista. Tem complexo de superioridade e se acha um ser divino escolhido por Deus. Descanse em paz, meu filho. Pra 99% dos brasileiros, entre eles os jovens que adotaram aquela língua exótica, o mixuguês, a reforma não significará nada. Se continuar escrevendo sequestro e cinquenta com trema vai te economizar grana na terapia, continue usando. Ninguém vai notar. Será inconsequente. Agora sem trema, aleluia.

43 comentários:

Paola disse...

Ai Lola, fui alfabetizada em 1970!
Vivi toda a incerteza da última reforma, na carne, nunca escrevi ele com acento, mas sempre tinha uma tia para duvidar, sabe como é?
Depois durante os anos de magistério, sempre muida de um Aurélio "kingsize" resolvia minha pendengas "in loc", mas agora... que será de mim!
Antes eu tinha dúvidas, agora não me restou certeza nenhuma!
Sei que sobreviverei, mas por hora, cada palavra é uma dúvida cruel.
De todas as mudanças a que me pegou, de verdade, foi a "ideia", que idéia maluca, não é?
Beijos
(Inspirada no seu post de NAtal, eu fiz meu bolo de chocolate para comemorar o ano novo aqui em casa!)
Bom ano para você, para sua mãe e para o seu maridão!

PAola

Giovanni Gouveia disse...

Provavelmente pela primeira vez estamos discordadndo, Lola.
Essa reforma, ao mesmo tempo que premia a Redação da Folha (primeiro jornal a abolir o trema, muito provavelmente pra economizar tinta), sob o argumento de "simplificar" na verdade tenta justificar os "99%" que não tiveram uma educação satisfatória, que ensinasse a gramática da língua portuguesa.
Pergunto: abolir-se-ão, na próxima revisão ortográfica, algumas outras idiossincrasias da Última Flor do Lácio, a exemplo da crase e da mesóclise?

Anônimo disse...

Lola não sei exatamente porque, mas, acho uma chatice essa mudança ortográfica.
Escrevo crônica (mensal) para um jornal e sei que vou me atrapalhar, então, desde já, estou a procura de uma revisora.
Este segundo dia de 2009 começa com ceu cinzento e uma preguiça do cão por aqui, mas, navegar é preciso. É preciso amar, escrever e interagir então, vamulá.
Abraço da Fatima.

Luciano disse...
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Luciano disse...
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Luciano disse...
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L. Archilla disse...

em primeiro lugar, AHAHAHAHAHAH pela história da agência. sei como é isso hahaha

e sobre o trema, eu discordo profundamente. quando aparecer uma palavra que eu não conheço com gui ou gue, como eu vou saber se pronuncia güi ou gui? güe ou gue? abolição do trema? soy contra!

Anônimo disse...

Tb não vou sentir a menor saudade do trema e acho que só devia existir um tipo de porquê. A crase pode mudar o sentido das frases, embora a maioria das pessoas não saiba usá-la, então não sei se deveria ser abolida... É uma regra simples no fim das contas, talvez os professores devessem insistir mais nela, embora seja pura decoreba.

Mas estreia, voo e enjoo são muito feios! Sei lá, não gosto. Me recuso a escrever assim até que a mudança seja obrigatória meeeesmo.

Anônimo disse...

Ah, sim, e tb não concordo com essa coisa de "unificar" o português em vários países. Ora, com ou sem trema e hífen, a gente se entende, sempre se entendeu. É natural que a língua se modifique em cada país onde é falada. Essa mudança parece não reconhecer que a língua é mutável...

bjs

Anônimo disse...

Eu não sei se gosto dessa reforma ortográfica... No segundo grau tive um professor de português maravilhoso e aprendi todas as regras de acentuação, de uso da crase, dos 4 porquês. Só nunca aprendi a usar o hífen.
Tenho que admitir que vou sentir falta da trema. Quando eu vir uma palavra desconhecida, como vou saber como ela é pronunciada? A mesma coisa com alguns acentos que foram abolidos. Vou demorar pra me acostumar. Mas imagino que deve ter sido do mesmo jeito pra quem passou pela outra reforma ortográfica. Daqui a alguns anos meus filhos vão olhar meus livros e estranhar quando lerem idéia com acento e vão me chamar de velha haha

Anônimo disse...

Querida Lola.Nasci em 55.Você pode imaginar como foi a última reforma pra mim.Mesmo assim, não escrevo ele com acento.Creio que a dificuldade será realmente no hífen,mas aos poucos nos acostumaremos.
É cômodo pensar que o português é uma lingua única,mas tenho minhas dúvidas.Tenho muitos amigos virtuais em Portugal e é muito difícil um diálogo.Muitas vezes preciso recorrer ao dicionário.As gírias então,que não estão no aurélio...é um suplício.
No começo eu pensava que se travava de pessoas sem muito estudo...pessoas simples.Agora estou na dúvida.Creio que além da cultura ser completamente diferente, a forma de empregar as palavras,a forma de usar a gramática é completamente diferente.
Apesar de tudo,eu amo o Saramago.Me encanto com o modo como ele usa o português.
Um beijo

Juliana disse...

dificuldade era escrever "lingüística" no computador. Até achar o treme já era hora de buscar o acento. Nunca gostei muito mesmo.

Não achei o teste, o link vai para a página inicial do jornal.

Juliana disse...

nvm, achei sim, tá na página inicial, burra!

acertei 28

Andrea disse...

Maldita reforma ortográfica! Pros que já mal sabiam acentuar as palavras direito, agora sabem menos ainda.
Uma falta de ter o que fazer. E concordo, deviam mesmo era abolir os "porques".

lola aronovich disse...

Paola, é, o começo é sempre difícil, mas depois a gente se acostuma. Eu tb não gosto de “ideia” e “estreia” sem acentos, mas a abolição do trema é bem-vinda. Obrigada pelo carinho!


Gio, vc me abandonou e já chega aqui querendo discordar de mim?! Eu nem sabia que a Folha havia abolido o trema, mas acho inteligente. Não serve pra nada. Eu acho, sim, que as línguas devem ser simplificadas. O inglês faz sucesso porque é a língua oficial do império, mas tb porque é uma língua fácil. Felizmente temos que aprender inglês, que tem uma gramática fácil, e não chinês ou alguma língua latina cheia de acentos. Em compensação, a grafia do inglês é difícil. Tentaram simplificá-la, escrevendo “lite” no lugar de “light”, mas não pegou. O que eu tenho contra a reforma é que ela não simplificou mais coisa ainda (e não acho que tirar acento de “estreia” simplifique alguma coisa).

lola aronovich disse...

Fá, não vai ter problema. Todo mundo vai se atrapalhar. Vai levar um tempinho, mas já já a gente se acostuma. Além do mais, tem até 2012 (três anos!) pra implantar a lei de fato. Até lá, quem quiser usar o trema pode usar. E depois tb. Só vão achar que a pessoa é das antigas. E rebelde. E, no meu conceito, elitista. Putz, é verdade, Fá: 2009 não começou com belos dias de sol. Mas vai melhorar, né?


Luciano, eu fui lá ver, gostei muito. Deixei um comentário no seu blog, tá? Continue escrevendo!

lola aronovich disse...

Lauren, tem muita palavra que aparece e vc não sabe pronunciar? Ainda mais uma palavra que vc escreve? E se vc de repente pronunciar “alcaguete” errado? Alguém vai te corrigir? Não vai entender o que vc está falando? Ou as chances são que vc nem use tal palavra? Ah, pra mim o que é problema é nome de astro americano. Esses sim eu nunca sei como pronunciar. É Susan Sárandon ou Susan Sarândon? E por aí vai... E esses nomes nem têm trema.


Marj, eu até acho que sei usar direito os 4 tipos de porque, mas sinceramente: precisa? Pra quê? Algo assim só serve pra lembrar a pessoa que sabe as regras que é “superior” aos 99% da população que não sabe. Mas não muda nada. O mesmo com a crase. Em geral eu uso bem a crase, mas se ela fosse abolida, eu não sentiria nenhuma saudade. “Voo” e “enjoo” eu acho feios, mas tb tinha um acento extra que não servia pra nada aí no meio. Eu acho que essa reforma é apenas uma tentativa de unificação, e sou a favor dessas tentativas. Eu não acho que a gente se comunica muito com os outros países. Quem tem mais a ganhar com a reforma é justamente o Brasil, que é o maior país de língua portuguesa. Talvez assim mais portugueses e angolanos leiam os nossos blogs e comprem os nossos livros. E talvez a gente compre mais os livros deles. Mas a vantagem é sempre do país mais populoso. A dor de cabeça pros portugueses será muito maior. Eles é que terão que mudar 5% das suas palavras.

lola aronovich disse...

Luma, o hífen é impossível, né? Uma droga! E o pior é que essa reforma não facilita as palavras com hífen! Olha, o que eu penso é que todas as mudanças são difíceis, e a gente geralmente desgosta delas. Mas muitas mudanças são pra melhor. E acho que esse pode ser o caso da reforma. A gente vai se acostumar logo. E seus filhos vão sentir tanto esta rerforma como eu senti a de 1971. Ou seja, nada.


Cris, acho que a gente aprende a escrever lendo, muito mais que aprendendo regras. Pra mim, por exemplo, regras não funcionam. Eu prefiro lembrar de palavras específicas que eu uso sempre, como “ideia” e “estreia” e “voo”, que das regras. Por isso que não vou aprender nunca a usar os hífens! Vou só tentar lembrar das palavras com hífens mais usadas.
E sobre o português falado em Portugal, eu tenho grande dificuldade em entendê-lo. Mas pra ler não é tão difícil. Tem blog que eu leio e só descubro depois de uns dois posts que o autor(a) é português, não brasileiro - geralmente quando usa “rapariga” ao invés de “moça”. As gírias são totalmente diferentes das nossas, e quanto a isso não tem o que unificar. Até agora, do Saramago só li Ensaio sobre a Cegueira. Algumas expressões e construções causaram estranheza, mas nada muito terrível. Deu pra acompanhar numa boa. Abração!

lola aronovich disse...

Pois é, Ju: Linguística com trema! Ah, por favor, né? Eu ODIAVA escrever Ling. com trema. Era um acento seguido do outro. Que bom que depois de algumas HORAS vc finalmente encontrou o teste. Eu acertei 34. Errei logo quais? Aquelas com hífen...


Andrea, vc que é jovem vai se adaptar rapidinho. Não será nenhum fim de mundo... E os 4 porques não têm razão de ser.

Anônimo disse...

Ai Lola, como eu te entendo nessas pataquadas de redação/revisão! Sou editora de livros acadêmicos e já discuti muito com autor, com dicionarios na mão e tudo mais (e olha que os caras são doutores!). Pego uns free-lances de revisão que tambem ninguem merece. Acho que com essa reforma vai ficar ainda mais difícil de contratar revisor, pois o nível cai a cada ano e dessa vez só quem tem intimidade com o idioma vai se adaptar rápido. 2009 será difícil pro povo do livro.

h e r i c k y × disse...

então acabo de me descobrir um elitista fdp. eu sempre usei o trema. chato digitar com ele, mas parecia inevitável.

agora, eu, que era o mestre dos hífens e mantenho uma gramática junto do dicionário de Inglês aqui do lado do PC... estou quebrado. tiraram toda a minha moral. já baixei o novo dicionário do OpenOffice, e cada vez que eu escrevo "tranqüilo", o desgraçado me corrige. até aprender, nunca mais escrevo em papel. =S

lola aronovich disse...

Mary V, posso imaginar com sua vida deve ser difícil se vc é editora de livros! Tem um monte de coisa que fica aberta, e a gente começa a debater uma crase como se fosse final de campeonato. É ridículo. Posso estar enganada, mas tenho a impressão que isso acontece menos no inglês. Sou otimista: acho que vai ter gente que se adaptará rápido às mudanças. Vamos torcer!


Hericky, há, adorei o seu comentário! Quer dizer que a reforma ortográfica foi feita com um único intento? Derrubar a sua moral?! Isso tudo de unificar a língua de 8 países é a maior lorota? Eu havia desconfiado... Hericky, não acredito que vc, que é jovem, usava trema até quando escrevia em papel! Vc é doente! Ah vai, vc vai se acostumar. É mais fácil tirar alguma coisa que pôr. É que nem roupa...

Masegui disse...

Eu nunca usei o trema, nunca achei que fosse preciso! Ano passado (quanto tempo, hem!) resolvi criar um novo blog para falar minhas besteiras não relacionadas com o xadrez e batizei-o de "Minisqüências", com trema! Faz um tempão que estou numa dúvida terrível... vai ou não "pro ar"?
Agora fud&#...

Liris Tribuzzi disse...

Eu sempre esqueci de acentuar as palavras, então pra mim vai ser ótimo, já que tenho vestibular amanhã (ou depois de amanhã, não sei com que horas isso vai sair) e vão valer as duas, deixo tudo sem acento mesmo!!!

Anônimo disse...

A minha cidade natal Birigui, normalmente leva trema mas eu nunca usei. E também os diferentes porques são muito bem notados no post, deveriam ser diminuidos. A língua portuguesa tem muita regra! Até eu que adoro escrever as vezes me sinto limitado pelas regras.

Mas também não dá para aceitar aquele pessoal na net que escreve axim. Beixu. As vezes até parece um dialecto. E se escreve sequisso pode ter a certeza que comigo é que não vai estar a conversar,e muito menos a fazer sexo.

Anônimo disse...

Eu definitivamente não irei me acostumar com a reforma. O pior é que, como eu sou nova, tenho 12 anos e pelo que eu li, em 2012 já cobrarão no vestibular a reforma, eu com certeza irei me atrapalhar.

S. disse...

Bem, eu ja' tinha abolido o trema desde sempre, entao nao vai fazer falta mesmo. Acho que o ideal seria deixar as mudancas como sendo opcional - se quiser escrever do jeito antigo tudo bem, se quiser esquecer que o acento agudo existe ta' beleza tambem. Tenho que admitir que acho que estreia sem acento vai ficar horrivel. (isso vindo de alguem que nao tem usado acento faz uns 2 anos - e continuo achando horrivel nao poder usar, mas nao da' pra reconfigurar cada computador que a gente usa!)

Fica o meu voto pela nao obrigatoriedade das novas regras, mesmo sabendo que isso iria contra todo o objetivo de unificar o portugues escrito pelo mundo afora.

Ana disse...

Eu só vou pensar nisso se cair na prova da PGE - que coisa mesquinha e xexelenta da minha parte.

Ui, agora que vi. Quando vc ver a minha lista de links e se achar neles, vai me esganar fixe! Eu já expliquei! Lola eu nãoooooo consigo pôr! Me dê opções! :-D

Anônimo disse...

Oieee...
Como vão vo6? Alguma 9dade? Hehe, quem sabe algum dia a gente tenha que escrever assim tb... Me correspondo bastante com adolescentes e acabo usando muito mais abreviaturas do que a minha consciência (esse "chapéu" continua aí?) permite. Mas tem um lado bom isso de interagir com jovens, vc acaba menos apegado as regras que aprendeu no século passado e se adapta mais fácil quando essas regras mudam, hehe. Por enquanto, optei por não dar muita atenção as novas regras... no andar da carroça as melâncias se ajeitam (ou caem).
E por falar em oPTei, a festa do Carlito estava muito boa. Fui só na praça, pq estava com as crianças. Pena que choveu, mas como dizia o povo: "já que ele ganhou de lavada, na posse tinha que chover". Eu me divirto com essa forma do povo sempre dar um jeitinho de se divertir com as adversidades. As minhas meninas adoraram sambar na chuva e depois pegar ônibus mega-super-tri-molhadas. (achei o meu próprio modo de usar esses "tracinhos").
Gostei da idéia de te encontrar no cinema em alguma sexta-feira. Vou viajar amanhã, mas na volta eu te acho, hehe. Por causa dessa viagem tb vou aparecer pouco por aqui por algumas semanas, pois pra onde vou tenho pouco acesso a internet, pcs e tals...
Muitos bjsss
Taia

lola aronovich disse...

Mario, ué, vai pro ar, mas sem trema. Nome meio esquisito esse, Minisquências... Essa palavra existe? Abração!


Li, o vestiba é hoje, domingo? Boa sorte! Depois fala como foi.

lola aronovich disse...

Cavaca, ah é, agora as cidades vão ter que cortar os tremas nos nomes... Eu nunca usei trema pra cidade nenhuma, assim como minha linguiça nunca usou trema. Concordo sobre o mixuguês. Eu particularmente entendo muito pouco. Mas aprendi a escrever VC e TB. O resto é igual. Não me lembro qual a blogueira que disse que não quer que os comentaristas escrevam em mixuguês no blog dela, porque ela não quer aprender uma outra língua a essa altura. Parece uma outra língua mesmo!


Imagina, Alana, até 2012 vc vai se acostumar e nem vai lembrar da reforma... São três anos pra se adaptar. Os hifens é que são complicados. Mas eu já não sabia usá-los antes.

lola aronovich disse...

Cereja, acho que línguas precisam ter regras, mas pra gente aqui dos blogs ninguém vai fiscalizar quem adotou a reforma ou não. Portanto, quem quiser continuar usando trema pode usar. Mas pra quem quiser fazer vestibular, concurso público, ser revisor etc vai precisar conhecer as regras. Ideia, Coreia, estreia, europeia - tudo isso sem acento parece muito estranho pra mim, mas com um pouco de treino eu consigo.


Ana, não, tudo bem, pode usar Dolores. Como vc é a única que me chama assim, vou logo sabendo quem é. Mas não entendi por que vc não pode usar Lola.

lola aronovich disse...

Taia, puxa, eles escrevem assim, 9dade? Espero que eu nunca tenha que escrever assim!
Eu vi umas (poucas) fotos na Notícia sobre a festa do Carlito. Tava todo mundo embaixo da chuva, alguns carregando guarda-chuva. Eu nem me incomodaria em me molhar. É que a gente já tava na câmara dos vereadores há horas e eu calculei quanto tempo iria demorar pra gente chegar na praça. Era domingo, ônibus com horário de domingo, horrível. Nessas horas carro faz falta.
Boa viagem, Taia. Volte logo!

Ana disse...

Pq a mulher que está me processando usa esse nick, embora o nome dela seja COMPLETAMENTE DIFERENTE. Mas é claro, eu tinha que saber, etc. Não podia ter mais nenhuma outra Lo*** que me xingasse no Orkut e eu tivesse resolvido xingar de volta e não tivesse nada a ver com ela, que nem conheço. E no blog que ela citou não tinha Lola nenhuma, nome nenhum, nem o meu nome. Mas era pra ela, claro. E exige 16 mil reais de danos.

Tundeu agora pq L*** não dá?

Bjo

Unknown disse...

Vixe, eu vou ser uma das pessoas que vai economizar dinheiro na terapia escrevendo pingüim. Não sou elitista, apenas considero a trema algo que era muito essencial.

Bel disse...

Eu não achei o teste MESMO! Mas deve ser (espero0 porque o pc do trabalho não tem o flash player instalado, e aparecem vários quadrados com "É necessário um plugin". E aqui, a gerência de informática não permite instalação de "coisas que sirvam para diversão". Ainda bem que não descobriram o poder dos blogs...

Bjo!

lola aronovich disse...

Ah bom, Ana, agora entendi tudinho! Eu não sabia que o nome da víbora processadora era o mesmo que o meu. Vc deve até ter trauma de Lo**, a essa altura. Tudo bem, vc ganhou um atestado oficial pra me chamar de Dolores.

lola aronovich disse...

Ely, desculpe, não quis ofender. Mas me diga por que trema era/é algo tão essencial, se eu e tanta gente não o usava faz décadas... E a gente conseguia se comunicar!


Bel, pode ser isso, que a empresa não permite o flash player. É só uma questão de tempo pra escritórios proibirem blogs... Sério mesmo, vai acontecer.

Unknown disse...

Fiquei ofendida não :P Sou apenas uma rebelde cheia de amores pela trema ;)

Ana disse...

Bigada, moça.:-*
Traumatizei mesmo. Tenho uma vizinha superfofa que se chama D. L** - é Dona Dolores, óbvio - e ela mesma estranhou. Expliquei e ela falou a mesma coisa que vc. :-P
Beijos

elenmateus disse...

como é que vou conseguir escrever vôo (voo) /o\

perdoo

leem

veem

creem

eu hein...

Aurelio Coelho disse...

Eu fiquei em choque. Até as coisas que eu gostava vão mudar.

Vou sentir muita falta dos Hífens que vão embora, pois costumava escrever tudo que era relacionado de alguma forma, colocando hífens ao invés e espaços "casa-da-minha-mãe" , sabonete-líquido.
E do trema então, era sempre legal lembrar se uma palavra tinha, ou não tinha, ou se todas as palavras deveriam ter e eu estava sendo seletista em quais colocar o trema.

Acho que eu já passei da idade mesmo.

Unknown disse...

Elitista por usar trema? Sério, eu devo ser um completo idiota então, era a única coisa que eu sabia usar corretamente. Pra mim era óbvio quando usar.
Já o tipo de porque eu erro, a crase eu erro, acento e hifens.
Pra mim a crase e os porques que são elitistas.