segunda-feira, 29 de novembro de 2004

CRÍTICA: ANACONDA 2, RESIDENT EVIL 2, SUPREMACIA BOURNE / Sequências melhores que o original

Dos três últimos fimes que vi, todos eram continuações. Sinal dos tempos. Claro que a seqüência mais esperada, "Kill Bill 2", ainda não chegou aqui. Mas todas essas três que assisti eram melhores que os originais. Tudo bem, tá certo que é difícil ser pior que "Anaconda" e "Resident Evil". Mas o que dizer de "Identidade Bourne", um produto de ação de primeira? Adorei a continuação, "Supremacia Bourne". Pode ser uma escolha sentimental, já que depois de visitar a Rússia a gente passa a apreciar mais uma perseguição de carros em Moscou, mas a verdade é que essa franquia toda do Bourne é muito superior aos 007 da vida. E o Matt Damon só consegue se comunicar em Moscou porque fala russo. Se bem que ele diz "Sente-se" pra uma mocinha em russo e ela de cara repara que ele é americano e responde: "Eu falo inglês". Deve ser a única em todo o país.

De "Anaconda 2" não lembro direito, pois faz um tempão que vi a aventura (uma semana). Digamos que não tem a cena clássica de um ator vencedor do Oscar sendo cuspido por uma cobra gigante, e dando uma piscadinha antes de morrer. Mas tem um ritmo ágil e bastante humor. Tá, tenho vergonha de declarar com todas as letras que gostei do filme. Mas gostei. Pode me processar. Nesta ocasião um grupo de cientistas vai parar na selva pra procurar uma orquídea especial e acaba encontrando uma orgia de cobrinhas. É a época de acasalamento (delas, não dos cientistas). Pra piorar, a tal orquídea serve de ração pras anacondinhas crescerem ainda mais. O que se vê é muito ator da segunda divisão sendo engolido por répteis muito, muito grandes. Mas, acredite se quiser, os personagens até que são bem desenvolvidos antes de virarem refeição cobrística, e eu nem fiquei torcendo contra os humanos desta vez. Já é alguma coisa.

"Resident Evil 2", acho que tem um subtítulo do tipo "Apocalipse", ao menos mostra um bando de mortos-vivos tomando uma cidade. Como o negócio é baseado num videogame, há vários vilões cujo grau de periculosidade vai aumentando quando se passa de uma fase pra outra. Os mortos-vivos são os mais inofensivos, lerdinhos que só eles, é só não se deixar morder que tá beleza. Já uns monstrinhos vermelhos e voadores são realmente letais. Os dobermans assassinos também não são boa companhia (e o pessoal continua chutando cachorro morto-vivo, odeio isso). Finalmente, tem uma criatura que, além de ser grandona, anda de metralhadora. Essa liquida um esquadrão de elite numa boa. Mas o vilão-mor é uma empresa, responsável por isso tudo, que fabrica armas biológicas daquelas que o Bush jurou que o Saddam fazia no Iraque. Minha cena favorita é quando um cientista malvado põe a Milla Jovovich, que é puro osso, pra enfrentar a Montanha que dá umas vinte Millas, e ainda diz as sábias palavras "Vamos ver quem é mais forte". Adivinha quem ganha? Mais não posso escrever sobre o filme porque já faz dois dias que eu o vi e o nosso cérebro (sim, eu também tenho um) se encarrega de deletar certas gosmas com enorme rapidez. É um mecanismo de defesa.

Viu só? E tem gente que fica discutindo se o "Poderoso Chefão 2" é melhor que o original... Dei aqui três exemplos inequívocos que as continuações podem ser menos ruins que o primeirão. E ainda mostrei a cobra.

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