segunda-feira, 22 de abril de 2019

ABRIL LARANJA: MÊS DE PREVENÇÃO DA CRUELDADE CONTRA ANIMAIS

Fiquei muito feliz com a contribuição do Roberto Vercelino, que é leitor do meu bloguinho há seis anos e médico veterinário em Araras, SP, há 14. 
Ele decidiu escrever sobre a "correlação assustadoramente grande entre uma pessoa bater no cachorro ou gato e também bater na esposa, estuprar um animal e fazer o mesmo com a enteada, e também de crianças que assistem à violência doméstica e depois a reproduzem contra animais (e no futuro, repetindo o mesmo contra pessoas)". Para ele, "em briga de marido e mulher, soltar os cachorros é meter a colher".
É um tema de suma importância. Reflitam e divulguem este excelente texto do Roberto.

O movimento anti-crueldade contra os animais fez com que a sociedade reconhecesse os direitos dos animais e a sua capacidade de sentir e sofrer. Maus-tratos, que antes eram naturalizados, são cada vez mais repelidos e denunciados pelas pessoas. O movimento sensibilizou os tribunais a impor leis contra os maus-tratos e uma nova ética sobre como tratar os animais, seja no trabalho de tração, criação, consumo, caça ou para animais de companhia.
Muitas pessoas não sabem, mas este movimento não é tão recente assim, embora teria sido melhor se fosse mais antigo. Contudo, mais surpreendente ainda é que muitas leis contra a crueldade a crianças foram baseadas na legislação animal. Como ilustra o famoso caso de Mary Ellen Wilson, uma menina nova-iorquina abusada pelos pais adotivos, sofrendo espancamentos, negligência, frio e fome. Graças a Henry Bergh, fundador da American Society for the Prevention of Cruelty to Animals, a menina foi tomada dos padrastos, e foi criada a New York Society for the Prevention of Cruelty to Children, a primeira do mundo. Sim, organizações contra a crueldade foram primeiro criadas para defender animais, e depois, crianças.
O que também muita gente não sabe é que a crueldade contra animais frequentemente anda junta com os maus-tratos a crianças. E também com abusos contra mulheres, idosos ou outras pessoas fisicamente vulneráveis. A maioria dos profissionais das áreas médica, veterinária, saúde mental, policial e direito, que deveria reconhecer e prevenir essas violências domésticas, não percebe essa interligação e acredita que o abuso animal é um incidente isolado. Mas não é. Quando o animal de estimação é agredido, os demais membros dessa família estão em risco. E vice-versa. Maus-tratos a animais são um indicador, e até preditor, não só de violência doméstica, mas de psicopatologias e outros crimes mais graves.
Uma quantidade enorme de pesquisas percebeu essa correlação, que ficou conhecida como Teoria do Link. A Organização Mundial da Saúde considera a agressão contra animais como ato de violência física moderada contra seus donos. Há 30 anos, a American Psychiatric Association considera a crueldade contra animais como um desvio de conduta. Muitos países já incluem o abuso animal dentro da violência doméstica, e o FBI investiga a ocorrência de outros crimes nos locais onde houve denúncia de maus-tratos a animais, através do Programa Pet Abuse.
Antes de nos aprofundarmos mais sobre a Teoria do Link, é importante definir o que exatamente consideramos maus-tratos, não importa contra quem sejam cometidos. Podemos defini-los como intencionais (como nos casos de espancamento, atropelamento proposital, envenenamento); negligência (abandonar o animal ou criança, mantê-lo sempre preso ou deixá-lo no frio ou com fome); ou a manutenção de superpopulações (como os colecionadores impulsivos que mantém alta densidade populacional de animais em condições insalubres).
Algumas das estatísticas da Teoria do Link são assustadoras:
21% dos casos de maus-tratos intencionais envolveram outra forma de violência familiar;
4% dos casos de abuso animal ocorreram simultaneamente com violência doméstica;
Quem maltratou um animal teve 5,4 vezes mais chance de cometer violência contra pessoas, foi 4 vezes mais propenso a cometer crimes contra propriedade e 3,4 vezes mais suscetível de cometer crimes relacionados ao uso de drogas;
Grande parte dos presos por crimes violentos começou cometendo crueldade com animais de estimação, o que ocorre em menor proporção em criminosos não violentos;
56% dos abusadores de animais cometeram outros crimes, e 44% passaram a praticar violência contra pessoas. Outros estudos são ainda mais pessimistas, nos quais 70% dos criminosos que cometeram maus-tratos contra animais tiveram envolvimento em outros crimes violentos;
64% das pessoas que praticaram crueldade com animais disseram que o fizeram por diversão, 24% por raiva e 22% por motivação sexual. Destes, 20% o fizeram por ódio ao animal; 16% o fizeram para chocar outras pessoas e 14% por vingança.
50% ou mais dos atiradores em escolas têm história de maus-tratos a animais;
96% dos envolvidos em zoofilia também já haviam praticado crimes contra pessoas, como estupro, roubo e ofensa;
40% dos assassinos de cunho sexual que sofreram abusos na infância relataram terem abusado sexualmente de animais.
Com tudo isso, fica claro não apenas a ligação entre maus-tratos contra animais com a violência doméstica, como também com a criminalidade em geral. Também mostra a importância em se diagnosticar e punir a crueldade contra os bichos. Outros fatores que mostram a importância de se combater a crueldade contra animais são que crianças e mulheres geralmente não falam sobre o abuso sofrido por elas, mas se sentem mais confortáveis contando sobre o que acontece com seus animais de estimação, refletindo o que elas próprias estão passando. Vizinhos e outras testemunhas também são mais propensos a denunciar maus-tratos contra animais que contra crianças, mulheres e pessoas vulneráveis. Até mesmo os criminosos admitem mais facilmente suas crueldades contra animais. Suspeitas de violência doméstica e abuso infantil aumentam se o animal de companhia da família apresenta sinais de maus-tratos.
Poderíamos concluir por aqui, após demonstrar as inúmeras correlações da Teoria do Link. Os pets são vítimas dos mesmos agressores de crianças, mulheres e idosos. Mas não só isso: por serem parte da família, eles podem ser ameaçados para controlar, amedrontar ou se vingar das pessoas que amam esses animais. Os bichos da família podem ser ameaçados ou maltratados como forma de coagir a mulher agredida; e forçar uma criança a aceitar um abuso ou silenciar sobre ele.
As mulheres
Maus-tratos a animais domésticos são reportados à Delegacia de Polícia de Meio Ambiente, mas é importante apurar também evidências de violência doméstica conjunta. Em relação a mulheres que não são agredidas, mulheres vítimas de violência são 11 vezes mais propensas a denunciar que o parceiro também maltratou seu animal. 72,7% delas relataram que seu agressor havia ameaçado, ferido, aleijado, torturado ou matado um animal, sendo que 87% desses incidentes ocorreram na presença da parceira, e 86,4% dessas mulheres se sentiam próximas a esses pets, o que reforça que a crueldade contra animais é usada como forma de controle ou vingança.
Não apenas as ameaças aos animais são mais comuns (52,5% entre as mulheres agredidas, contra 12,5% daquelas que não são vítimas) como também a morte destes animais (54% e 5%, respectivamente). Mesmo os maus-tratos a animais praticados por outras mulheres são mais frequentes quando há violência doméstica envolvida (11,1% contra 2,5%).
Quando a mulher toma a decisão de fugir de seu agressor como única forma de escapar da violência, metade delas adia a atitude porque teme pela vida do animal que deixaria para trás. Se houver a existência de um abrigo para mulheres vítimas de violência em conjunto com grupos de resgate de animais, a proporção de mulheres que adiam a fuga cai para 20%. O que demonstra que combater abusos a animais também ajuda na luta contra a violência contra a mulher.
As crianças
O envolvimento de uma criança é o que existe de mais cruel quando ocorre maus-tratos aos animais. A violência, nesse caso, também pode ser usada contra ela, além de torná-la insensível a esses atos. O abuso animal assume características epidemiológicas de uma doença contagiosa: causa sofrimento em quem é afetado pela violência, mas pode transformar quem a sofre, ou a pratica, ou a assiste, em um novo vetor de agressividade. Os sintomas dessa doença, que é crônica e piora, afetam tanto o agressor, quanto a criança e até o animal agredido.
Em 29% dos lares violentos as crianças presenciam ameaças contra os animais de estimação feitas pelo pai; em famílias sem violência doméstica, isso representa apenas 1%. O índice de violência foi ainda maior num questionário feito com crianças morando em abrigos (37,5% em lares violentos, contra 11,8% dos demais). As mães agredidas desses mesmos abrigos relataram que 75% da violência contra animais ocorreram na presença de crianças. Estas crianças testemunham mais episódios de maus-tratos contra gatos (5%) do que contra cães (2,7%).
Em lares violentos, a criança não apenas tem grandes chances de assistir ao abuso, como também pode sofrer diretamente dele. Das famílias investigadas por abuso de crianças, 60% também tinham cometido maus-tratos contra seus pets. Daquelas em que houve uso de violência física, a correlação foi de 88%. Nesses lares, as crianças sofrem 15 vezes mais abusos do que em famílias não violentas.
80% das crianças que sofrem maus-tratos têm menos de três anos, e metade destas, até seis meses. O profissional da saúde que ao menos suspeitar desse abuso tem a obrigatoriedade de notificá-la a uma autoridade. Os sinais típicos de maus-tratos a crianças incluem traumatismo em cabeça e face, queimaduras, arranhões, desnutrição, atraso no desenvolvimento psicomotor, acrescidos de alterações de comportamento: medo, tristeza constante, irritabilidade, apatia, distúrbios do sono e desinteresse pelas atividades próprias da idade.
Os maus-tratos contra as crianças, seja na forma de negligência, violência física ou psicológica, e abuso sexual, podem desestruturar a formação da personalidade da criança e causar falhas na formação de valores morais. Esta violência é relacionada a um maior risco de comportamentos nocivos no futuro, como depressão, suicídio e agressividade. Agressividade contra si mesmo, contra os outros e contra os animais domésticos. Como uma epidemia, o comportamento violento infecta quem sofreu o abuso, que passa também a replicá-lo.
Os maus-tratos a animais, além de trazer sofrimento a eles, pode causar na pessoa a dessensibilização para a violência e para ter empatia com as vítimas e, posteriormente, com os próprios seres humanos. Crianças que assistiram violência entre seus pais ou os viram praticando abusos contra os bichos de estimação costumam ser três vezes mais cruéis com os animais. Quase um terço das mães vítimas de violência de seus parceiros relatam que seus filhos haviam maltratado animais. Esse comportamento é mais prevalente em crianças que sofreram abuso sexual, em adolescentes em tratamento para transtornos de conduta que sofreram violência física ou sexual, filhos de pais violentos ou negligentes que usavam ou não álcool e entorpecentes.
Crueldade contra animais durante a infância é um indicador de abuso infantil e pode ser o primeiro indício de distúrbios comportamentais. As crianças que a praticam correm grande risco de cometer mais violência, contra si a aos outros, tanto na infância quanto na vida adulta. Com base em estudos iniciados na década de 60, os psicólogos reconhecem que maltratar os animais durante a infância é um dos critérios mais importantes no diagnóstico de transtornos de conduta e de psicopatia, altamente prevalentes nas histórias da infância de sociopatas assassinos, indicando que essas crianças podem se tornar adultos violentos, capazes de cometer crimes contra a vida. 
A crueldade com animais, que começa por volta dos seis anos e meio de idade, é um dos comportamentos que formam a Tríade Comportamental ou Tríade do Psicopata, junto com enurese noturna persistente (xixi as roupas e na cama) e atos incendiários premeditados.
Em questionários com criminosos agressivos, descobriu-se que 63% tinham abusado de animais na infância; 67% tinham sido caçadores; 41% tinham ferido um animal por medo; 38% não gostavam dos animais; 19% tinham visto outro membro da família maltratar animais; 16% haviam sido atacados por animais.
É importante que a crueldade contra os animais continue sendo repelida e denunciada pela sociedade, mas não pode mais ser vista como um ato isolado. Sua ligação com a violência doméstica e até outros crimes variados e mais graves precisa ser amplamente difundida, de forma que a prevenção de um crime evite também os outros. O envenenador desconhecido de gatos da vizinhança pode não ser apenas isto; a pessoa que mantém seu cachorro acorrentado o dia todo na chuva pode esconder outras crueldades; quem abandona uma ninhada de filhotes no lixo pode ser um criminoso em potencial; a senhora que mantém dezenas, talvez centenas de gatos dentro de casa pode não ser apenas uma idosa excêntrica. Policiais, juristas, assistentes sociais, ativistas da causa animal e do feminismo e até os médicos veterinários desconhecem essas correlações.
Os maus-tratos a animais também precisam ser punidos adequadamente, o que raramente acontece. No estado de São Paulo, entre 2010 e 2015, nenhuma pessoa foi presa por este crime. Menos de 1% dos casos foi ao tribunal. Nos poucos casos em que foram julgados, apenas 44% foram condenados, e as sentenças foram mínimas.
Por fim, é fundamental que as instituições de proteção à violência doméstica que já existem comecem a levar em conta que os animais domésticos fazem parte da família. Poucos abrigos públicos para mulheres vítimas de violência contam com locais ou serviços para o alojamento dos animais dessas mulheres. 
Equipes multidisciplinares são importantes, mas apenas em 2011 Núcleo de Apoio à Saúde Família. É muito valiosa a criação de outras instituições, como a Rede Lar em Paz, que levem em conta a complexidade da violência doméstica e das ligações familiares. Complexidade esta ilustrada na frase que Tolstói inicia sua obra Anna Karenina: “Todas as famílias felizes são iguais. As infelizes o são cada uma à sua maneira.”

33 comentários:

Ulisses de Carvalho disse...

Embora eu visite o blog de vez em quando e goste bastante de alguns dos textos compartilhados por aqui, esta é a primeira vez que deixo um comentário, gostei bastante do texto, que bom ver esse tipo de conteúdo por aqui, Lola, um abraço.

titia disse...

Obrigada por esse texto, Lola, quanto mais conteúdo do tipo espalhado pela internet melhor.

Ah, se aquela criatura do inferno na foto com o pobre chihuahua pregado numa cruz ainda estiver viva, desejo do fundo do meu coração que ele morra.

Anônimo disse...

Louvável campanha, mas deveriam mudar o nome para "mês da prevenção da crueldade contra gatos e cachorros".

Vacas, porcos e galinhas, só pra focar na indústria da carne, passam um inferno em suas vidas encurtadas pelo assassinato. Uma vida de servidão. Vacas dão cria depois de serem estupradas e depois que seus bebês nascem, eles são impedidos de mamar. As mães ficam dias chorando. Os bezerros são mortos.

Esses animais sentem tanta dor quanto um cachorro.
Eles merecem viver.
Faça a conexão. Seja vegano.

Alícia

Anônimo disse...

Cheio de informações importantes, o texto ressalta que nenhuma violência deve ser tolerada, ela sempre aumenta.

O mundo está cheio de pessoas loucas ou sem noção mas nós temos o dever de denuncia-las.

Marina disse...

Lola, por experiência própria, aconselho vc a colocar um aviso de gatilho no começo desse texto, oka?

Anônimo disse...

Animais são mais que só cachorro e gato...

titia disse...

"Seja vegano" calçando sapatos de couro, usando computadores que vieram de minas de áreas devastadas (causando a morte de vários animais) com energia vinda de hidrelétricas (que causam ainda mais mortes de várias espécies), comendo soja de áreas ambientais devastadas (com vários animais mortos em consequência), usando um monte de coisas com óleo de palma (produto que causa extermínio de orangotangos), tomando remédios que foram testados em animais, tomando vacinas, soro antiofídico e soro antiescorpiônico produzidos a partir de animais...

Pessoas, entendam: é IMPOSSÍVEL viver sem causar a morte de outra criatura viva. É IMPOSSÍVEL existir nesse mundo e não sofrer ou causar sofrimento. Ser vegano não resolve 1% do sofrimento animal nem do uso animal para benefício humano. Ser vegano é solução pontual, individual, que só serve para o adepto dessa dieta assoprar a própria consciência. Não adianta não comer carne mas usar computador, tomar remédio, vacina - você está usando produto animal do mesmo jeito. Mais eficiente é combater as más práticas no manejo animal e incentivar o uso da te - como carne de proveta, couro sintético, energia solar, modelos biológicos artificiais para teste de medicamento. Quer ser vegano? Seja, eu aplaudo sua iniciativa e admiro muito quem realmente consegue viver assim. Mas não se iluda achando que comer só coisas que não tem olho vai salvar o mundo e os animais, e vá atrás de lutar por coisas que realmente vão ajudar.

Jane Doe disse...

Eu mesmo ia comentar sobre os animais de corte.
Acho que ser vegano/vegetariano ou pelo menos reduzir o consumo de carne e derivados de animais ajuda muito, mas também não vem a ser a solução definitiva.
Há produtos porém, que em 2019 eu tenho dificuldade de entender como ainda a produção é permitida, como p. ex. o foie gras e casacos de pele.

Como veterinária e bióloga eu poderia encher uma biblioteca inteira sobre o tema sob inúmeras perspectivas. Mas o espaço é pequeno e vou deixar apenas pequenas considerações:

* O Brasil está começando a querer engatinhar no tema bem estar animal. Assim como absolutamente tudo no país, estamos pelo menos 30 anos atrasados nesse quesito.
Além de leis, fiscalização e punições rígidas é necessário mudar a consciência do consumidor, do produtor e até mesmo de alguns veterinários (alguns se recusam a receitar analgesia depois de uma procedimento cirúrgico em aninais de corte, p. ex.).

* Mesmo na Europa, onde a legislação é mais completa, há mais fiscalização e muito mais aplicação dr multas, está muito longe do ideal... mas está melhorando e há mais consciência sobre o assunto

* Bem estar animal só traz benefícios para todos - animais felizes adoecem menos, produzem mais e com muito mais qualidade, dão menos trabalho e gasto para o produtor e vão custar menos para o consumidor que também ganha em qualidade.

* Animais de estimação: a regra deveria ser simples - se você não tem condições financeiras, emocionais, paciência ou vontade de cuidar de um animal, faça um grande favor a eles - NÃO OS TENHA!
Além disso, castração, vacinas, saúde, higiene e alimentação não são uma opção... ISSO É O MÍNIMO QUE UM ANIMAL PRECISA!!
Antes de trazer um animal para seu convívio INFORME-SE. Saiba o que ele precisa para ser feliz e saudável. E sempre tenha em mente que bichinhos não são brinquedos, muito menos ferramentas de ensinar responsabilidade para crianças. Isso é função dos pais/responsáveis e não do gato/cachorro/periquito.

* Não compre, adote! Quem puder e quiser também pode ajudar o canil da cidade em que mora ou grupos de resgate de animais.

* Não comprem animais silvestres... eles são vítimas do tráfico de seres vivos, que não só é crueldade contra o animal em si como é crime ambiental e uma catástrofe para o meio ambiente.

* Não há nada de normal em abusar de animais e para começar a fazer com humanos é um pulo, como já mostrou o texto. Portanto, violência grave contra e tráfico de animais deveria ser punido com prisão perpétua. Sério, não acredito que alguém que chegue a esse nível de sadismo tem salvação.

Anônimo disse...

O artigo dá a impressão que mulheres não agridem animais - só homens. Já deixei uma mulher que chama pombos de nojentos - ela dizia isso pois eu resgatava essas aves.

Outra depois que dormi com ela disse que ia passar numa quitanda, depois de alguns minutos no carro ela me apareceu com um galo, disse que era pra comer, briguei com ela e disse que não ia de jeito nenhum levar pra casa dela com aquele animal - tinha conhecido no dia anterior - depois a levei por causa da filha dela que tinha deixado com uma parente a levei, mas me senti mal por me envolver com uma mulher que faz isso com animais, uma figura abjeta.

Falta também acabar também com os macumbeiros, raça nojenta que mata animais pra fazer vinganças, arrumar relacionamentos ou utras aberrações e ainda sujar as ruas. Ontem passei em frente a uma loja de animais e via animais como galinhas e pombos abarrotados em gaiolas, já sabemos o destino deles...

Claro que veganismo não é a solução final, da mesma forma que ficar fazendo porcarias de garrafas PET são resolvem o problema do lixo, mas sim a separação e a reciclagem.

Agora, apareceu uma figura falou mal das hidrelétricas, quem dera que usássemos essas usinas, pois nem isso temos mais, agora usamos termoelétricas com carvão importado (pois não temos carvão mineral), por isso veremos o aumento absurdo na nossa energia, seria melhor a construção de usinas nucleares, principalmente em regiões isoladas como na Amazônia, o que seria o ideal ao invés de gastar absurdos em usinas como a de Belo Monte e ainda de que construir torres de transmissão.

Anônimo disse...

Deve ser a primeira vez que sou a favor dessa mulher de esquerda e eu sou de direita. Uma trégua nessa pastagem sou contra violência animais principalmente cachorros. Paz pelo menos nessa matéria

titia disse...

00:13 agora passamos pras termoelétricas? Céus, e eu achando que o povo não podia ficar mais estúpido! Pior ainda, se me disserem que isso foi pra imitar, puxar o saco ou comprar produto encalhado dos EUA, eu não duvido nada...

Anônimo disse...

Titia,

o veganismo é não usar nada relacionado à exploração animal na medida do possível.

Não usar sapato de couro, pra mim, é completamente possível. Eu não uso, não tenho uma peça de seda no armário. Troquei meus xampus para marcas veganas e acessíveis como a Lola e Boni Natural. Uso maquiagem da elf (que é bem popular e vegana). Uso creme dental contente (mais barato que a maioria das marcas comuns). Uso sabão em pó e amaciante Ipê e estou apenas esperando acabar p/ adotar aqueles ecoeggs que não sujam a água e que a longo prazo são muito econômicos.

Além disso, tomo medidas ambientalmente responsáveis como não usar sacolinha no mercado (tenho ecobags e sacolinhas daquelas antigas de feira, toda furadinha), não usar absorvente íntimo descartável (uso coletor há anos, não só pra não sujar o mundo). Separo meu lixo (e não, na minha casa não tem coleta seletiva. levo meu lixo a um ponto de coleta próximo). Uso sacolinhas compostáveis p/ lixinho do banheiro (tem na internet p/ comprar de rolo e não é absurdo).

Essas são medidas que, pra mim, são consideradas possíveis. Mas sei que minha existência, por si só, causa impacto: minha casa não é toda ecologicamente correta, porque não foi construída assim. Eu vou de carro pro trabalho todos os dias (quando poderia usar um transporte coletivo, mas não faço porque, pelo menos na minha cidade, levaria o triplo do tempo pro trajeto).

E quem acha que veganismo é elitista, deveria seguir vários perfis no instagram como "vegano da quebrada" "logo eu vegana pobre" entre muitos outros, que mostram como o veganismo pode ser acessível: arroz e feijão são veganos, eu como todo dia.

Enfim, titia. Não se trata de ir morar nas cavernas e abdicar de toda evolução. Trata-se de reduzir, pelo menos no que pudermos, o impacto e sofrimento que o ser humano causa no mundo. Não quer parar de comer carne? ok. Comece trocando a marca do seu creme dental ou filtro solar. Já é alguma coisa.

O fato de eu continuar causando impactos negativos no mundo não desqualifica minha tentativa de fazer dele um lugar melhor, mesmo que seja um trabalho de formiga.

Alícia

Anônimo disse...

Titia,

Assista cowspiracy. É um documentário disponível na netflix. Não tem cenas fortes.

Ele começa contando a história de um americano comum preocupado com o impacto ambiental que suas condutas diárias causam, e então ele reduz a duração de seus banhos, usa bicicleta para se locomover e apaga as luzes sempre, seguindo as recomendações de todas as organizações ambientais.

Só que ele se dá conta que essas organizações, como o Greenpeace, não são tão isentas assim e tem muita relação com gente poderosa da pecuária e agricultura. E aí as coisas começam a se desenrolar.

É um documentário focado no impacto ambiental que a pecuária causa no mundo. Ele também expõe dados de que mesmo se todos nós comessemos carne "de abate humanitário", de vaquinhas que viveram felizes, seria necessário derrubar cidades para plantar pasto, ou seja, é inviável por falta de espaço físico mesmo.

Mas sabe, fora tudo isso, estamos aqui falando de maus tratos. E evitar maus tratos passa por não causar dor se você puder evitar. Uma vaca e um porco querem viver. Isso é instintivo. E não querem sentir dor. Por mais que eles não tenham o refinamento cerebral que nós temos, seu desejo de viver é genuíno.
Se você sabe que não vai morrer se não comer carne, qual o nosso direito de tirar a vida desses seres?

Alícia

Anônimo disse...

E por último, sobre vocÊ admirar quem consegue viver assim, te digo que não é um bicho de sete cabeças. No começo fiquei meio perdida sobre o que iria comer afinal, porque foi uma decisão meio impulsiva, quando vi sem querer um vídeo sobre animais de fazenda. Então não me preparei, só jurei pra mim mesma que nunca mais ia colocar um pedaço de carne na boca.

E uma semana depois aprendi a fazer meu próprio leite vegetal (pq comprar no mercado é muito caro), dobrei a quantidade de feijão e coloquei muita coisa verde no prato.
Só mais recentemente procurei uma nutri que me passou uma dieta certinha e adequada pra mim, mas por anos fiquei saudável sem acompanhamento profissional.

Todas as verduras, legumes, frutas, castanhas, grãos e cogumelos, nas mais infinitas formas de preparação. É muita coisa que podemos comer, não acha? Eu faço meu próprio leite condensado e compro cacau em pó quando quero um doce, não me privo de nada, minha comida é maravilhosa, como batata frita e tudo mais. É um universo de sabores que se abrem quando você deixa de considerar a carne como o alimento central do seu prato.

E olha, pra quem acha pouco o impacto que o veganismo causa, saibam que para produzir um único hambúrguer de carne (porque existem burguers veganos e são maravilhosos) usa-se 32mil litros de água!!! Ou seja: não adianta tomar um banho de cinco minutos e depois bater aquele bifão. Não adiantou nada.

E quando eu digo "faça a conexão" é p/ você olhar no olho do seu cachorro, procurar a diferença no olhar dele pra uma vaca e descobrir que não existe nenhuma.

Alícia

Alan Alriga disse...

💕 Como não amar a Titia e os seus comentários lúcidos, como séria ótimos se todos que comentassem tivessem o mesmo nível intelectual da Titia, o blog da Lola séria um espaço ainda melhor.

Alan Alriga disse...

O Brasil precisa de leis e penas mais duras para quem pratica maus tratos contra animais, e também acabar com a falsa hipocrisia contra verganos/vegetarianos chamando-os de racistas por eles serem contra os sacrifícios rituais, pois não são somente as religiões de matrizes africanas que as fazem mais muitas outras religiões também o fazem.

Anônimo disse...

Alan,

eu entendo que o tema sacrifício animal nas religiões de matriz africana é mesmo um tema sensível.

São dois valores muito caros pra mim: a liberdade religiosa (eu sou ateia, mas a liberdade - seja ela qual for - é algo precioso pra mim) e direito dos animais.

Colocando na balança - e essa está longe de ser uma opinião unânime dentro do veganismo - eu tendo a, nesse caso, me colocar ao lado dos animais.

Eu sei que religiões ocidentais também promovem rituais com fundo religioso e que envolvem animais. Eu também sou contra cada uma delas: do bacalhau na páscoa ao peru de natal, isso tudo pra mim é uma grande esquizofrenia moral.

Eu não vejo como eu ser favorável ao uso de animais em rituais religiosos nas religiões de origem africana pode, de alguma forma, reduzir o racismo. Eu acho que o combate ao racismo, ao preconceito e discriminação existente contra esses grupos, nada tem a ver com permitir que animais inocentes sejam torturados e mortos.
O racismo é um problema antigo, complexo e que deve ser enfrentado, mas não assim.

Alícia.

Anônimo disse...

Nessa questão tô com a Alícia completamente. Você está certíssima, querida. Sigamos! :)

Anônimo disse...

Termoelétricas sim, já que há MUITO tempo não construímos hidrelétricas e o governo teve a maravilhosa solução de ligar ou construir termoelétricas que são mais baratas.

Uma figura disse que usa coletor ao invés de absorvente, mas vai me perdoar, higiene em primeiro lugar. É o mesmo do que usar o preservativo várias vezes pra 'preservar a natureza'. E isso é ima ideologia de classe média desenvolvida ridícula, já a uma mulher indiana ou congolesa e veja se ela não usaria absorvente se pudesse comprar um pacote.

Agora as feministas de uns tempos pra cá ficam difundindo essas idéias obscurantistas contra o uso de absorventes, anticoncepcionais e afins. Espero que elas fiquem uns dias em partes mais obscuras do mundo muçulmano como o Paquistão onde uma professora é ameaçada de morte várias vezes por religiosos por ensinar pras suas alunas sobre menstruação (nem as mães comentam), educação sexual e afins. Talvez pensem melhor.

Anônimo disse...

Nossa hahahaha usar coletor eh o mesmo que usar preservativos mais de uma vez?

Você é muito ignorante. Camisinha é descartável (e assim deve ser para os fins que se propõe. É algo extremamente necessário, usem!). Coletor menstrual, ao contrário, é feito de material durável. É extremamente higiênico, pra sua informação. Mas Não quer usar, ok, não sei onde me viu pregando contra o uso de absorventes descartáveis. Só gostaria que você soubesse que o nao uso nao causa falta de higiene ou saúde (e usar tbm nao é garantia alguma!).

Quanto a anticoncepcional oral, essa invenção foi libertadora em muitos aspectos, mas causa um enorme impacto no corpo da mulher. Então isso tem que ser avaliado por um profissional e pela paciente. Eu Não uso, por questões médicas (ja contei aqui que quase morri e hj não posso usar AC. Uso diu de cobre)

Alicia

Anônimo disse...

Uma coisa muito importante seria fiscalizar as lojas que vendem animais, pois as leis proíbem que vendam silvestres, mas não exóticos. você vê lojas 'famosas' que sequer troca a água dos bichos. Essa foto do cara que crucificou o animal, não era a de um gato?

Anônimo disse...

Alícia maravilhosa, rainha! Se algum dia critiquei nem sei!

Jane Doe disse...

Coletor menstrual, se bem higienizado é muito mais seguro e limpo que um absorvente, principalmente os externos. Em contato com o ar, num ambiente úmido e principalmente se não tem como trocar o absorvente com muita frequência os microrganismos se proliferam mais e mais rápido produzindo odores. Sangue é um meio de cultura perfeito - oras, ele não carrega TODOS os nutriente do corpo? Ali tem açúcar, gorduras, proteínas, água e minerais - tudo o que bactérias, fungos, vírus e até mesmo alguns parasitas precisam. E não só no sentido figurado - sangue é utilizado em laboratórios para o cultivo de bactérias com o objetivo p. ex. de diagnosticar o tipo de patógeno que está causando uma doença.
Além disso, você sabia que o material que é usado para produzir absorventes internos e externos não é esterilizado?
Mas o coletor pode sim e deve ser esterilizado.
Eu sou mais uma adepta depois DE ANOS E ANOS sofrendo com absorventes, que me causa irritação tanto na vulva (os externos) como no canal vaginal (no caso dos internos).

O coletor menstrual vai salvar o mundo? Seria meio insano pensar que sim, mas reduz o impacto no meio ambiente. Assim como a sacolinha de pano, a reciclagem/reaproveitamento de materiais...

continua...

Jane Doe disse...

Por mais que eu também defenda a liberdade religiosa - desde que essa não afete o direito de outrem - sacrifício é algo inadmissível, assim como o abate sem nenhum método de anestesia - também praticado por religiões.
É como eu disse - direito de expressão de sua espiritualidade sem ferir o direito de terceiros - animas são os terceiros aqui e seus direitos estão sendo gravemente feridos.

Do mais, é como a Alícia falou - é fazer o que está dentro do possível. Se cada um fizer um pouquinho já é uma baita ajuda!!

Anônimo disse...

Eu tinha um contato no Instagram de uma moça egípcia (ela é muçulmana) e sempre curtia e comentava as fotos dela, até que vi ela fotografar a de um boi sendo morto para o Eid (em área urbana ainda por cima), ela filma nos stories com a maior naturalidade do mundo, com crianças do lado e tudo. Eu nunca vou me esquecer o animal se debatendo e jorrando sangue da garganta. A religião é uma peste e se fala ainda dizem que é racismo ou intolerância. E o pior que nem era uma figura conservadora, se portava de forma bem normal. Por isso eles decaptam pessoas com naturalidade.

Anônimo disse...

Isso é porque você tem a errônea crença de que os animais abatidos destinados p/ nosso consumo são tratados de forma melhor.

Não Se iluda!

Ademais, ainda que eles tivessem anestesiados p/ serem assassinados, isso torna o ato moralmente aceitável? Abreviar (em muitos anos!!!) A vida de um animal que quer permanecer vivo?

Alicia

Anônimo disse...

A pecuária é uma das maiores responsáveis pela fome no mundo.

Há Mais bois do que gente no planeta, no entanto ainda temos muita gente faminta.

A area destinada a pecuária, seja ela para os animais ou para as plantações destinadas à alimentação desses animais, além da destruição ambiental, impede que tais áreas sejam usadas para plantar comida p/ consumo humano.


Repensem seus hábitos. Ninguém precisa morrer p vc ter saude

Alicia

Anônimo disse...

Pqp, Lola! Tem um mascu paranóico com muçulmano aqui. Essa desgraça só vem aqui encher o saco com o islã. Provavelmente é um gay enrustido apavorado achando que os muçulmanos estão invadindo o ocidente e eles serão empalados. Tnc!

Jane Doe disse...

Alícia, não tenho ilusão nenhuma. Ja estive em fazendas de porcos, aves e gado na Europa e Brasil e já estive em abatedouros. Faz parte da formação do veterinário (infelizmente não é só dar vacina em Lhasa de madame). Sei perfeitamente como as coisas são.

Por favor, não tome o que eu vou dizer como ofensa ou ataque. É uma crítica construtiva.
Eu não como carne há ca. 8 anos. Você é vegana. O vegetarianismo/veganismo tem crescido muito em vários lugares do mundo. E isso é excelente!
Porém a criação de animais para o consumo não acabou. Não acabará amanhã e nem ano que vem.
O que eu nao consigo compreender é por que tantos veganos/vegetarianos são brutalmente contre qualquer melhoria na vida dos animais de corte. Eu tenho um conhecido que é contra dar remédios contra verme/pulgas/carrapatos por que esses matam os parasitas e parasitas são vidas! Mesmo que isso faça o hospedeiro definhar até a morte. Esse mesmo indivíduo fez um show por que eu tratei o casco de uma vaca! Na concepção dele, esse animais não devem receber nenhum tipo de tratamento por que temos que acabar com a criação de animais. de corte. Sim,o ideal seria isso. Mas enquanto isso nao acontece, devo negar tratamento médico e melhorias nas condições de vida dos animais e permiter que eles sejam abatidos da maneira mais cruel e humilhante possível? Devemos deixar os porcos caírem vivos na caldeira ou deixar bois serem desmembrados enquanto ainda estão consciente?
Mais uma vez - sim, o ideal é o fim do uso de animais em todos os setores, e nesse quesito você está 100% correta.

E esse é uma erro muito comum em diferentes tipos de ideologias. Exemplo clássico:Parte da solução para a violência é diminuir a desigualdade social, certo? E enquanto o problema não é magicamente resolvido não devemos em hipótese alguma retirar da sociedade serial killers, terroristas, estupradores, traficantes. Eles são vítimas e devem ficar na rua matando, torturando, estuprando até a desigualdade acabar.

Não existe solução mágica, fácil e rápida para o problema. Enquanto isso não acontece, não vale a pena pelo menos mitigar o sofrimento e pelo menos melhorar a condição de vida dos animais?

Anônimo disse...

Tava respondendo ao Cara que falou dos muçulmanos e de como ficou chocado com a morte da vaca.


Alicia

Anônimo disse...

Agora vou responder a segunda parte do seu comentário, Jane Doe.

Não me senti atacada ou ofendida, e compartilho da mesma opinião que você. Existem inúmeras correntes dentro do veganismo.

Sobre os animais de corte, especificamente, claro que o ideal é que não existam. O ideal é que essas espécies só existissem na natureza (e, nesse ambiente, suas populações reduziriam naturalmente, sendo regulada pela natureza, como o é com espécies silvestres).

Mas isso está longe de ser uma realidade e, enquanto esses animais estão sob nossa custódia, por mais que soe como uma hipocrisia tremenda mantê-los saudáveis para após matar e comer sua carne, eu também não vejo como seria justo deixá-los a mercê de vermes e outros parasitas.

Uma vez vi, não lembro onde, um vegano falando sobre animais de zoológico. Muita gente defende os zoológicos como únicos ambientes possíveis de manter certas espécies, pq se elas tivessem na natureza já teriam sido extintas.

Mas esse vegano explicou que isso não passa de vaidade humana. O que adianta manter uma espécie viva, quando os poucos indivíduos restantes dessa espécie vivem uma vida de merda enclausurados?

Quem defende a criação de animais de corte porque quer preservar a espécie das vacas é um tremendo hipócrita. As vacas, indivíduos, estão interessas em viver bem e felizes, e não em "preservar a espécie vaca".

Enfim. Realmente não existe solução mágica. E a conscientização é a chave, como tudo. Infelizmente percebo que existe uma resistência muito grande, as pessoas se sentem acusadas (e isso tbm tem parcela de culpa dos veganos e vegetarianos)... É muito difícil, mas tenho esperança de ver um mundo onde animais são respeitados.

Alícia

Anônimo disse...

Continuando...

Qu’en est-il du bien-être de l’animal ?
Il faut minimiser les souffrances de l’animal qui doit être traité avec douceur, sans brutalité ou violence. Le sacrificateur doit vider la bête de son sang, sans l’assommer et en utilisant un couteau tranchant et bien aiguisé, qu’il ne faut sortir de son fourreau qu’au dernier moment pour éviter de l’exposer devant la bête.

Resumo: Fala basicamente sobre o 'sacrifício humanitário'.

Est -il possible de remplacer l’abattage d’une bête par un don ?
Beaucoup de savants musulmans admettent le principe de la substitution, c’est-à-dire le fait de remplacer l’abattage d’un animal par un don. Ainsi, des organisations caritatives musulmanes proposent aux fidèles de recueillir un don en lieu et place du sacrifice d’un ovin pour le diriger vers des familles nécessiteuses. Toutefois, beaucoup de citoyens français de confession musulmane restent attachés culturellement et cultuellement à la pratique et à la symbolique de ce rite.

Resumo: Essa parte fala sobre os franceses praticantes desta religião que preferem fazer uma doação aos necessitados ao invés de abater um animal, mas muitos franceses de confissão muçulmana ainda se mantém ainda presos ao rito 'tradicional'.

https://oumma.com/laid-al-adha-fete-sacrifice-sens-finalites-regles-questions-pratiques/

Por que passei isso tudo? A trambiqueira Liga Árabe que diz faz acordos para excluir os refugiados palestinos e todos os seus descendentes que vivem nos países vizinhos de Israel de TODO o tipo de cidadania (sequer tem direito a saúde e educação públicas) ameaçam o boicotar os produtos agrícolas brasileiros após as vagabundagens do Bolsonaro, e nós não importamos não somente alimentos (carnes) como também animais vivos, e somos o maior importador de animais deles e ameaçam substituir pela Austrália. Ou seja, o Brasil é uma verdadeira fábrica de morte.

A 'bancada do boi' está furiosa com Bolsonaro e a embaixada brasileira só não foi transferida pra Jerusalém por isso. Tanto que que já teve deputado da bancada que disse que o filho do Bolsonaro passou dos limites após o filho do Bolsonaro por no Twitter a foto de uma criança com a foto de uma bandeira da Palestina e escrita ao lado 'quero que eles que esplodam'.

Os brasileiros por viverem em um país continental e de certa forma forma isolado (por exemplo, só falamos português) costumam ser prepotentes e pensam viver fora do sistema solar. e o mundo segundo os brasileiros é basicamente a Argentina, Paraguai (lembramos quando falta luz e comprar produtos baratos), Estados Unidos, Portugal, e o que os chamamos em nossa ignorância de 'Europa', pois tem gente que pensa que 'Europa' é um país que neva o ano inteiro é cheio de lugares bucólicos para viajar. O resto do mundo é uma incógnita, é o resto. Tem o Japão, quele país que todos acham legal e tem curiosidade, mas os poucos vão por 'medo' da distância, da língua ou sei lá o que, mesmo que tenham dinheiro.

MonaLisa Eternal disse...

Ótimo posts Lola, muito informativo.

Tbm sou de Araras e o Dr Roberto há tempos abraça essa luta.