sexta-feira, 20 de maio de 2016

MISANDRIA: POR QUE O ÓDIO IRÔNICO AOS HOMENS NÃO É SUFICIENTE

Eduardo Pimenta, engenheiro de computação, traduziu e me enviou este artigo de Charlotte Shane, editora do clube de livros "Lavanderia de Prostitutas".
Em tempo: o artigo é muito interessante e faz pensar, mas eu particularmente não tenho nenhum apreço pela misandria (o ódio aos homens), nem como piada nem como estratégia feminista. Eu (ainda) consigo rir de alguns tipos de homens, como mascus e reaças. Mas tenho certeza que eles não representam a maioria dos homens. Eis o texto da Shane:

Em 2014, eu já era trabalhadora sexual por uma década, sem nenhuma interrupção substancial no trabalho. A exposição constante à pretensão masculina, bem como ao incentivo financeiro para suportá-la, me deixava com raiva e tédio. Ficava amargurada pela desatenção previsível e arrogante que a maioria dos homens evidenciava em seu envolvimento comigo. Reclamava deles regularmente, tanto em conversas privadas com amigxs e em público. Por anos, uma das melhores válvulas de escape para liberar minha frustração provocada pelos homens era falar sobre isso com colegas trabalhadoras sexuais online.
Mas foi mais ou menos nessa época que nossa comunidade no Twitter cresceu e incluiu muitas mulheres não-trabalhadoras-sexuais que se identificavam em seu cinismo e exaustão. Estas trocas não eram apenas sobre a falta de noção social ou mesmo agressão direta masculina, mas uma catarse do mau comportamento, do irritante ao maligno, do rude ao criminoso. Todos os tipos de mulheres estavam cheias dos homens que não se tocavam: quão detestável era ter nossas próprias piadas repetidas de volta a nós numa linguagem menos engraçada; quão desmoralizante (e empobrecedor) era ser excluída de listas de prestígio, publicações, prêmios e promoções; quão entorpecedoramente generalizada a prática e aceitação de violência sexual. 
Muitas de nós estávamos num momento de nossas vidas em que tomamos nossa personalidade integral como auto-evidente, e estarmos cercadas por homens que tinham dificuldades para reconhecê-la tanto no contexto macro quanto no micro, era enlouquecedor. "Eu desabafo minha 'misandria' no Twitter para não ter que levá-la pro resto da minha vida", escreveu Lori Adorable, no fim de 2013. Muitas de nós, particularmente aquelas cujo meio de vida se baseava em satisfazer uma variedade de homens, tínhamos muito a desabafar.
Pela Internet afora, foi um momento de cúmulo de misandria. Know Your Meme atribui a popularização do termo a vários artefatos culturais que poucxs misândricxs atuais vão reconhecer. Mas, divertidamente, a palavra (e a atitude que a acompanha) parece ter visibilidade graças a anti-feministas tratarem o conceito como ideologia real e generalizada e, portanto, como ameaça pessoal. Quando feministas perceberam que a noção era uma ferramenta útil para pressionar um tipo especialmente desagradável de sexista, um meme nasceu.
De acordo com os resultados de pesquisa do Google, em novembro de 2014 mais pessoas procurando o termo "misandria" do que nunca antes ou depois. Time e Slate publicaram artigos sobre o assunto, e "misândrica" tornou-se uma identificação bastante comum nas bios de mídia social. Tumblrs com gifs misândricas floresceram enquanto o mantra da personalidade do Twitter Moscaddie -- "pintos são abundantes e de baixo valor" -- ganhou força considerável. 
A satirista Mallory Ortberg continuou a escrever posts gentilmente misândricos extremamente populares no The Toast, a hashtag #banmen (banam os homens) floresceu, e as mercadorias misândricas -- a caneca de café "lágrimas do sexo masculino", o colar "misândrica" -- tornaram-se figurinhas fáceis na Etsy (e agora na Amazon).
A "memeficação" de misandria apoia a leitura da anti-masculinidade como irônica e engraçada: um exercício coletivo prolongado de trollagem. 
"A misandria existe apenas como uma piada exagerada da internet e como uma maneira em que as mulheres que foram direta ou indiretamente feridas por homens expressam sua frustração e raiva", escreveu Madeline Alpert sobre memes anti-homem. Negar que misandria seja outra coisa além de uma piada é um exercício recorrente, parcialmente por causa dos ativistas de direitos dos homens ridiculamente sérios que apontam para o slogan "mate todos os homens" como prova de que os homens são um corpo demográfico oprimido, ameaçado de extinção. 
Como Jess Zimmerman escreveu em resposta ao desconforto dos homens com piadas sobre a violência contra eles: "Temos ouvido piadas de estupro, piadas sobre bater na esposa e rangendo os dentes desde sempre. Pelo menos você começa a sentir-se levemente surpreendida por piadas sobre algo que não está acontecendo, literalmente, todos os dias".
É verdade que não há violência institucionalizada contra todos os homens devido ao seu gênero, e as mulheres como um grupo não são vistas como uma ameaça ao seu bem estar físico. Mas mulheres de cor têm repetidamente salientado que "mate todos os homens" assume uma dimensão grotesca quando colocado no contexto da realidade racial dos EUA. A feminista negra Zoé Samudzi concorda que "misandria -- como o racismo reverso -- não é possível", mas "'mate todos os homens' -- mesmo em tom de brincadeira -- é um lembrete do papel histórico que mulheres brancas desempenham na violência masculina branca contra os homens de cor".
Homens negros são alvos de violência institucional -- uma verdade agudamente impossível de ignorar à luz dos assassinatos policiais desenfreados de negros americanos. E quando Dylan Roof assassinou nove fiéis da igreja negra na Carolina do Sul, declaradamente atribuindo sua brutalidade a "vocês estupram nossas mulheres", a participação tácita e ativa das mulheres brancas na supremacia branca foi levada ainda mais para o primeiro plano.
Ariel Lebeau, uma mulher cis birracial, subscreveu misandria quando a encontrou pela primeira vez online, mas tornou-se cada vez mais crítica do pensamento limitado que desvelava: "Adotar misandria cavalheiresca como parte de seu feminismo me parece um desrespeito à interseccionalidade de raça, gênero, sexualidade e classe." Feministas brancas têm um histórico tão pobre de ativismo interseccional, que não é de admirar que as mulheres de cor não confiam que elas sejam sensíveis à sua comédia casual. "Meu povo, famílias, amigos de família, e assim por diante, já estão morrendo", diz Soha Kareem, uma mulher queer palestino-iraquiana. "É uma piada que eu já não posso apoiar, porque vejo a morte acontecer em todos os lugares, com a brancura centrada e protegida."
Algumas mulheres são agora cuidadosas em especificar "homens brancos" e/ou "homens cis" quando se juntam à provocação misândrica. Lori Adorable, uma feminista e trabalhadora sexual de 26 anos, explica que, enquanto os homens de todas as raças e classes têm privilégio de gênero sobre as mulheres, as mulheres brancas têm um privilégio racial que é igualmente importante: "Eu prefiro falar sobre matar os homens brancos, porque eles nunca vão ser sistematicamente punidos pelo que fazem às mulheres, e eles realmente fazem a maior parte".
Limitar a agressividade exagerada da misandria para atingir apenas homens cis brancos pode ter consequências graves para as mulheres de cor, porém. No início de 2015, Bahar Mustafa, uma funcionária de diversidade estudantil em Londres, tornou-se alvo de estudantes bravos por ter pedido que as pessoas brancas e homens se abstivessem de participar de um evento sobre diversidade. A petição para demiti-la incluiu uma foto dela perto de um sinal manuscrito que dizia "sem homens brancos cis, pfvr" acima de um desenho de uma caneca com o rótulo "lágrimas masculinas." É difícil imaginar uma mulher branca sob fogo similar.
"Não me parece mais engraçado ou leve quando vejo mulheres dizerem 'mate todos os homens'", acrescenta Lebeau. "Eu entendo a frustração -- porque essa merda me frustra também -- mas não posso agir como se minha frustração importasse mais do que a vida dos homens de homens de cor ou LGBT que também são prejudicadas por sistemas opressivos."
Se vc estiver procurando novas fontes
de água, ouvi que homens são mais ou
menos 65% água
Cissexismo e essencialismo de gênero são outras falhas de memes misândricos populares. "Muitas piadas misândricas são inerentemente transfóbicas", diz Sarah Jeong, uma gênia na elaboração de tweets abertamente anti-homens que habilmente inflamam os sem-humor. "Piadas misândricas preguiçosas podem ser muito dolorosas. Quer dizer, prejudicial para outros que não os homens cis chorões". 
Madeleine Holden, que cunhou o já mencionado mantra "pintos são abundantes e de baixo valor", mais tarde pediu desculpas e disse: "Eu gostaria de poder levar as pessoas a reconsiderar a sua utilização". Estes problemas comuns levantam a questão: existe mesmo qualquer coisa politicamente valiosa na misandria (cuidadosamente redigida)? Ou é apenas um bálsamo de curto prazo para as almas de um subconjunto de feministas frustradas, atormentadas demais por desatenção interseccional para serem defensáveis?
O aspecto mais valioso e instrutivo da misandria é a sua rejeição da aprovação masculina. Ela despreza a noção de que as mulheres devem ser subservientes para com os homens, que devemos priorizar o seu conforto e agradar os seus egos. "Misandria é a indiferença radical aos homens", explica Sarah Jeong, apontando para a definição de Mallory Ortberg. "É radical, porque as mulheres são socializadas para prestar atenção a todas essas coisas, e a pôr os homens no centro de suas vidas." Beatrice, profissional do sexo e mãe de dois filhos, concorda: "Não é tanto odiar o homem mas ignorar o homem: limitar relações e interações às coisas que nos nutrem. Os dois pilares da misandria são não rir de piadas sem graça, e sair do sexo ruim. Isso tem elevado os padrões das mulheres, e criado uma nova base do que merece a atenção das mulheres".
Uma tubarão fêmea num aquário em
Seul não gostou de um tubarão
macho esbarrando nela. Então
ela o comeu
No entanto, alguns pensam que posições misândricas se centram nos homens. "As misândricxs auto-identificadas que eu conheço não odeiam os homens tanto quanto estão cheias de ficar interminavelmente discutindo 'questões feministas' triviais", escreveu Alpert em 2013, posicionando a misandria como uma forma de re-centrar o comportamento masculino como objeto de críticas em um movimento normalmente preocupado com "se usar maquiagem ou não é um 'ato feminista'". 
E esta troca pode ser que valha a pena. Mas, às vezes, piadas misândricas criam um ciclo de confirmação de sororidade em que as discussões sobre os direitos das mulheres começam e terminam com a forma como somos injustiçadas por homens individuais -- que pode nunca se transformar em uma análise das estruturas de poder maiores de apoio ao sexismo. A primeira impressão de misandria de Janette K. Park foi que é "uma espécie de emblema de mérito ou significante de ser 'legal' para as mulheres brancas (em grande parte) jovens, na sua maioria privilegiadas. Muitas misândricxs online estão apenas engajadas em uma forma de auto-engrandecimento, apresentando o conjunto restrito de questões entre as mulheres brancas hétero e homens brancos hétero como a totalidade das lutas do feminismo".
Jasmine, uma feminista queer de 20 anos, se sente da mesma maneira: "Eu sou pró-mulheres e outras pessoas oprimidas com o gênero e honestamente eu sinto que misandria está centrando o nosso feminismo nos homens". Ela também vê a sua utilização nas redes sociais como dominado por "mulheres brancas heterossexuais gostosas. O gênero queer/folk, as pessoas de cor, as pessoas com deficiência -- temos outra merda com que nos preocupar. Eu apoio as pessoas que utilizam a misandria para expressar suas frustrações, mas para mim é uma distração".
O poder catártico da misandria é facilmente a sua característica mais atraente, e por que algumas mulheres se sentem tão inseridas a ela. "É uma coisa que nos faz parte de uma comunidade", Gretchen Felker-Martin, uma mulher trans queer me disse. "Algo para desabafar e glosar quão absurda a misoginia parece quando você a vê de fora." É uma "válvula de escape", nas palavras de Sarah M., uma feminista branca de 34 anos. "Misandria não é piada para mim", ela acrescenta. "Os homens têm me causado muito mais dor e danos do que qualquer outra coisa. Então, ao invés de me sentir irritada ou frustrada com isso, é divertido rir de piadas misândricas".
Lori Adorable põe desta forma: "A maioria das mulheres tem muito pouca oportunidade ou capacidade de responder ao sexismo e misoginia sistêmicos que encontramos em nossas vidas diárias. Temos ainda menos capacidade de rebater as micro-agressões -- e agressões diretas, às vezes -- constantes que homens indivíduos nos fazem. Como uma profissional do sexo, eu sinto que tenho zero espaço para fazer isso. Se eu não liberar essa raiva e frustração e medo em algum lugar, eu não seria um ser humano funcional".
Um desabafo desses, porém, não é necessariamente inerentemente feminista.    
Meu entusiasmo pela misandria diminuiu no final de 2014, em parte por causa dos erros listados acima, mas também porque o meu desespero a respeito do estado dos homens tornou-se demasiado drenante para ser suportado. Para mim, a insistência de que a misandria é na maior parte apenas uma piada prejudica a sua qualidade mais potencialmente subversiva: a afirmação inequívoca das mulheres de sua própria raiva, que é normalmente tão frequentemente suprimida, categorizada como doença, e descartada. Quanto mais eu vi o discurso misândrico não incorporar críticas legítimas, e ser reduzido a apenas "uma piada", mais resignado e impotente ele parecia. Meus risos eram mais raros e a amargura vinda do sexismo continuava.
Auto-cuidado e construção de uma comunidade através do humor são esforços valiosos e poderosos, mas o que principalmente me animava em minhas comiserações originais anti-homens com outras trabalhadoras do sexo era o reconhecimento compartilhado do quanto a nossa exposição à pretensão [entitlement, "merecimento"] masculina doía -- tipo, realmente doía. Permanentemente. De um jeito que pode levar nossas vidas para qualquer mulher aprender a lidar. 
Nós ríamos sobre quão ridículos nossos clientes poderiam ser, mas mais do que isso, afirmávamos e reafirmávamos a angústia crescente, quando confrontadas com do que os homens se safavam, como o mundo era meticulosamente estruturado para acomodar as suas insuficiências e egoísmo. Enquanto esta afirmação pode ser implícita nas ligações que mulheres formam online sobre piadas de ódio a homens, eu vim a querer algo mais concreto. Algo declarativo e livre de ironia que não iria reencenar as piores falhas do feminismo branco.
Lágrimas masculinas para encher o
Grand Canyon
Eu ainda aprecio e participo de piadas misândricas; Não acho que devam ser proibidas. Mas minha esperança maior é que nós encontremos uma maneira de nos envolvermos com o outro que use o poder catártico da misandria, sua condenação da masculinidade, e sua ênfase na força feminina para um fim mais restaurador a longo prazo. Quero que coloquemos nossas energias para afetar a mudança em vez de deixar que essa energia acumule em uma pressão que só possa ser extirpada, em vez de posta em prática.
Eu não quero que qualquer uma de nós fique atolada na raiva ao ponto de quebrarmos. Mas nem quero que percamos a conexão com ela, pois é totalmente válida. Podemos moderar essa raiva com a compreensão de que muitos homens são nossos aliados contestando a criminalização da pobreza, a expansão do Estado carcerário, e todas as formas de violações dos direitos humanos. Indiscutivelmente, os homens são valiosos para nós, tanto em nosso movimento quanto pessoalmente, como indivíduos a quem amamos. Mas ainda estamos tão longe até mesmo de reconhecer plenamente as formas como as mulheres são oprimidas, e a resistência estabelecida, muitas vezes violenta, dos homens às afirmações dos nossos direitos é a principal razão para isto.
Em 1967, Valerie Solanas -- a mulher que atirou em Andy Warhol -- lançou seu agora infame "Manifesto SCUM", um folheto descrevendo as prioridades de uma sociedade imaginada com a dupla prioridade de eliminar o dinheiro e (a maioria dos) homens. Nele, ela escreve: "o macho é uma fêmea incompleta" e "o homem é, por sua própria natureza, um sanguessuga, um parasita emocional", entre reivindicações até menos caridosas. Tais declarações são um inversão direta dos textos de séculos que homens têm escrito sobre as mulheres com total sinceridade. (Aristóteles: "A fêmea é uma fêmea em virtude de uma certa falta de qualidades; devemos considerar a natureza feminina como afligida com uma imperfeição natural".) 
Mas essas linhas são reconhecidas como paródia porque nunca terão a tração social e política para serem outra coisa senão paródia. Nunca vamos viver na sociedade matriarcal necessária para propagar e aplicar o equivalente misândrico do machismo e opressão de gênero que tem governado todo o passado patriarcal da civilização ocidental. No entanto, muitos homens contemporâneos ainda ridicularizam a sério a atitude mental e emocional das mulheres; nosso clima sócio-político lhes permite fazê-lo sem serem pintados como monstros ou lunáticos.
Manifestações de extremo desprezo para os homens e tudo o que a masculinidade significa têm sido tratadas como sem sentido no melhor caso, e no pior dos casos histéricas, porque as mulheres têm pouco poder para codificar esse  desprezo em leis e normas sociais sexistas. Mas, meu deus, como esse desprezo parece às vezes puro e verdadeiro. Em A Vontade de Mudar, bell hooks escreve: "Mulheres e crianças em todo o mundo querem que os homens morram para que elas possam viver", e não está sendo hiperbólica. Quando patriarcas são abusivos e opressores -- o que, por definição, eles são --, aquelas sob eles sonham com a fuga como quer que possam consegui-la.
A misandria contemporânea, na sua discreta forma atual, não é suficiente para mim, porque a raiva feminina justa não é uma piada para mim. A dor feminina não é uma piada. E as falhas dos homens, individualmente e como grupo, para corrigir ou resistir aos seus instintos direcionados a agressão, abuso, crueldade, irresponsabilidade social e sexismo não são uma piada. Isso não significa que a situação deva ser ou mesmo possa ser resolvida com violência. Mas significa que precisamos muito mais do que uma risada.

60 comentários:

Cão do Mato disse...

Pelo que vejo em muitas comentaristas aqui mesmo no blog, algumas feministas radicais levam o termo a sério.

Anônimo disse...

E ainda vai ter gente dizendo que feministas usam "dois pesos, duas medidas". Ah, vão citar também homens em profissões de risco, mães que matam/abandonam bebês... E Valerie Solanas, claro.
Como muitas pessoas já disseram aqui, mulher quando não gosta de homem se afasta deles; homem quando não gosta de mulher, xinga, finge que gosta, estupra, mata... Mas né, misandria não pode! Ah, esqueci de pedir desculpas por generalizar, porque "not all men..."

Dan

lola aronovich disse...

Pessoas queridas, tenho que viajar. Estou indo agora pra BH pra participar do 5o Encontro de Blogueirxs e Ativistas Digitais. Vou deixar os comentários sem moderação e, infelizmente, trolls farão a festa. Peço que vcs os ignorem completamente. Assim que eu estiver na frente de um computador com internet novamente (provavelmente hoje à noite), deletarei os trolls. Comentem entre si e ignorem os trolls! Tanto os "omens devem morrer" quanto os "mulheres devem morrer". Obrigada!

Anônimo disse...

Aham, elas saem por aí torturando, matando e estuprando homens, assim como os misóginos fazem com as mulheres. Certeza.

Anônimo disse...

Feminista: HEY HOMENS OLHEM COMO EU SOU RETARDADA E ODEIO HOMENS HUR DURRRRRRRR

Homens : Vai se tratar, retardada.

Feminista: HAHAHA TROLLEI VOCÊS EU SÓ ESTAVA FINGINDO SER RERTARDADA

Essas feministas ainda vão entender que fingir ser retardada também é algo retardado.
E o pior, ódio só gera mais ódio.

lola aronovich disse...

Oi, pessoal! Vcs não vão conseguir trollar à vontade hoje, porque voltei!
Nem sei se quero contar minha decepção... Hoje às 14:10 eu ia pra BH, participar do 5o Encontro de Blogueirxs e Ativistas Digitais. O convite foi feito em janeiro e eu aceitei. Claro que ninguém sabia que a situação estaria assim hoje. Enfim, cheguei no aeroporto de Fortaleza, fui ao guichê da TAM fazer o check-in, e me informam que o voo foi alterado. Foi alterado no dia 7 de abril e ninguém me avisou! O próximo voo era às 17:30, e só chegaria em BH (antes pararia em SP) às 23:30. Então decidi não ir. Eu teria que ficar horas esperando no aeroporto. Se tivessem me avisado antes, tudo bem. Mas pô, não avisar?! É falta de organização, de comunicação. Fico chateada porque queria ver um pessoal que gosto muito lá, porque participei do 1o Encontro e também do 4o, ano passado, e também porque cancelei uma aula pra ir, fora o dinheiro que gastei indo e voltando do aeroporto. E outra atividade remunerada que faço aos sábados e que tive de abrir mão. Enfim... Estou decepcionada! Mas estou aqui. Cheia de coisas pra fazer!

Anônimo disse...

Qual o problema de uma mulher realmente não gostar de homem ou desprezá-los?
Misândricas querem homens bem longe delas, é simples. Misândricas ficam na delas, mas é claro que misóginos são ficam na deles.. e o confronto ocorre. Ação e reação.

Anônimo disse...

O problema que eu vejo essa meme-sandria é que uma vez mais, em nome do feminismo, homens continuam no centro das coisas.

Essa, aliás, é a maior crítica que faço pessoalmente ao feminismo como movimento político e social.

São raros os sites, blogs, perfis de feministas que tratam de assuntos referentes a outras mulheres sob um enfoque positivo. O que as mulheres estão fazendo, seu apagamento histórico, ações positivas she for she tudo isso fica em segundo plano para, no fim das contas, "falar mal de homem".

Veja o que esse homem falou contra as mulheres. Veja o que esse homem fez contra uma mulher. Veja o que esse deputado branco cis supostamente hétero fez contra as mulheres em geral. Veja, veja, veja os homens. Olhe para eles, esqueça as mulheres.

Aí sempre vai ter um homem para dizer hey, eu não faço nada disso! #notallmen

E a razão de se doerem vem da nossa estratégia social de enfiar todo mundo em grupos, diluindo o indivíduo a ponto dele ou dela achar que é o grupo e portanto, deve agir assim e assado.

Enfiar em grupos é bom para politicos e religiosos. Fora disso, é um desastre.

E as mulheres, como ficam nesse cenário?

As mulheres ficam como vítimas de estupro, de pedofilia, de relacionamentos abusivos (de relacionamentos não abusivos também já que há quem defenda que a própria heterossexualidade, condição essa que como a homoafetividade e as demais formas de sexualidade são inerentes da pessoa e não podem ser mudadas ou curadas, carrega um crime de estupro em si), de discriminação no trabalho, nos estudos, na vida, no céu, na terra e no mar.

As mulheres são vitimizadas por tais coisas? Certamente. Mas é esse o papel que nos cabe, apenas como vítimas? É só quando se é vítima que o espaço aparece?

Cadê o protagonismo de quem atua em sentido contrário?

Eu não vejo muita diferença entre certos blogs feministas e um jornal policial de linha sangrenta. E em ambos, parece que é só isso que acontece no mundo. Com homens sempre no enfoque.

Adoro o humor e o considero uma arma poderosa. Uma pessoa pode se defender de um ataque direto mas geralmente, a ridicularização tem um efeito bem mais devastador. Mandar ozómi morrerem na guerra, carpirem um lote, lavarem o pinto, tudo isso é sim divertido especialmente aparecendo em um contexto de combate real a um problema igualmente real, que extrapola os memes, que é a misoginia institucional como base nas sociedades do mundo todo, raras exceções e o Brasil não é uma delas. Responder ironicamente a um ataque normalmente deixa o atacante revoltado e eu entendo a estratégia. Funciona bem mais que um xingamento ou um textão. Contudo, coletivamente e a bem da coerência, não seria esse ato de grupo também um mote para colocar esse mesmo grupo numa posição difícil de defender?

Se eu não aceito uma piada sobre abuso sexual contra mulheres, o que justifica aceitar essa mesma piada contra homens? A explicação de sempre, creio: ganhar aplauso, likes, retuítes e não necessariamente ajudar a uma causa que se defende, muito na teoria.

Curiosamente, abordar esse assunto dentro do ativismo virou crime inafiançável, com direito a silenciamento de mulheres por outras mulheres, umas considerando as outras como inimigas viscerais, exatamente seguindo a grande cartilha que o patriarcado adotou há muito: desunir para controlar.

Eu discordo de algumas coisas no feminismo radical mas uma delas é absolutamente correta e o feminismo atual tem provado isso constantemente:

A socialização não falha.

Anônimo disse...

Nunca vi pessoas socialmente ajustadas e psicologicamente saudáveis se envolverem, de uma forma mais acalorada, nesse tipo de discussão "male tears X misandria". Para ambos os lados, perder uma quantidade expressiva de tempo e de energia debatendo isso sugere que falta maturidade emocional e uma interpretação da realidade menos dicotômica, paranoica e generalista.

Anônimo disse...

Sou do tipo que gosta de dialogar e não apelo para xingamentos a não ser que me xinguem , mas quase sempre os homems com quem converso levam a discussão para o lado agressivo.
Então, não perco meu tempo tentando conscientizar alguém cujo o intuito é apenas ofender e difamar feministas. Se em uma discussão me respondem com misoginia eu devolvo com misandria. Entendo que misandria não leva a nenhum resultado satisfatório, mas as vezes é bom ver mascus provando do seu próprio veneno. Ainda assim eu entendo as feministas que não estão de acordo com as piadas misandricas.

Marcia disse...

o texto é legal, mas de novo: deixa eu alertar sobre o feminismo errado, e como eu descobri o certo. Puxa, será que nunca vamos aprender que somos diversas, e cada uma de nós tem o seu próprio tempo e fluxo de mudança e ação?

Eu, por exemplo, tenho pavor de discurso odioso, foi a primeira coisa que enfrentei como mulher na vida, e simplesmente me sinto péssima nessa posição de arrogância sobre o outro. Ainda sim, acho que as piadas e memes online são importantes, não apenas para destilar ódio, mas como ferramentas importantes para afastar os trolls de discussão e não vejo por que elas precisariam ser mais do que isso.


Que viver de usar esse ódio comedido pode ser uma armadilha, isso também é meio óbvio. Me preocupa sobretudo a falta de simpatia interseccional que muito meme 'morte a todos os homens' traz, por né? Como bem dito no texto, já tem muito homem morrendo mesmo, só que não os brancos de classe média, é bom salientar.

Mas gostei do texto ser uma alerta: Não dá para ser exclusivamente uma militante online só engajada em desconstruir os homens. É parte da terapia coletiva, mas precisamos de mais política do que isso.

No mais, não gosto de nada com 'morte a todos os homens' (sério, não vejo como me transformar numa assassina seria algo bom), mas usar um 'tadinho do ozmi" ou 'pega a sua caneca de male tears' para, por exemplo, ironizar com os mascus que comentam aqui é muito útil para mim.

Deslegitima os tapados de sempre que querem pisar no sofrimento das mulheres que relatam aqui, e eu posso gastar a minha argumentação falando com elas, em vez de responder a mané sem noção. Acho útil, muito útil. Vou usar por um tempão.


Anônimo disse...

@Anom das 15:49
Não há como discordar de você.

Sim, é importante mostrar o que mulheres estão sofrendo na prática. Mas eu acredito que a divulgação não devia ficar só nisso. Há ações feitas por mulheres para mulheres que merecem bem mais divulgação.

Anônimo disse...

Se quiserem ouvir um discurso misândrico a sério, o melhor caminho é perguntar a um pai de menina - principalmente adolescente - se ele permitiria que a filha namore.

A maioria fará um discurso que é machista e misândrico ao mesmo tempo.

Anônimo disse...

Lola, no final das contas, você quase deu com o nariz na porta. Isso porque o Temer ameaçou cortar o dinheiro do encontro de blogueiros que você ia se ele julgasse que o evento "fosse politizado".

http://www.tecmundo.com.br/governo/105042-temer-quer-reter-patrocinio-governo-encontro-nacional-blogueiros.htm?utm_source=tecmundo.com.br&utm_medium=home&utm_campaign=tv

Anônimo disse...

Se o povo ficar nessa história de "ação e reação", o ciclo de ódio nunca terá fim... Creio que ignorar um troll e/ou apagar seus posts é a pior punição que se pode aplicar, pois essas pessoas asquerosas se alimentam de atenção. Sair xingando só piora tudo.

E notem que eu estou falando de ignorar trollagens na internet, não a existência da misoginia, antes que saiam deturpando o que falei...

Anônimo disse...

Gostei imensamente do texto, há muito o que se pensar e reformular. Acho que essa passagem:

"Para mim, a insistência de que a misandria é na maior parte apenas uma piada prejudica a sua qualidade mais potencialmente subversiva: a afirmação inequívoca das mulheres de sua própria raiva, que é normalmente tão frequentemente suprimida, categorizada como doença, e descartada."

é, indiscutivelmente, esclarecedora e me identifico totalmente, sem ter sido capaz de formular antes de ler. Não há como negar o mal que o machismo nos faz cotidianamente, não há como negar que dói, e dói muito ser tratada como inferior desde que nascemos, e por pessoas que amamos. Acho que sim, temos que ser capazes de reconhecer essa dor e raiva e elas precisam se transformar em ações afirmativas para nós, antes que elas nos corroam por dentro e nos destruam.
Achei o final do texto excelente.


Anônimo disse...

Anom 15:49

Não acho que seja desimportante dizer que: "homens são perigosos para mulheres".

E repetir isso à exaustão, até entendermos e aceitarmos isso como verdade. Não acho que seja vitimismo, exagero, ou generalização, nem que seja demasiado, porque a socialização feminina é para submissão a eles. Também acho que não dá também para ignorar o contexto e falar sobre mulheres e empoderamento, porque a nossa condição de subalternidade e inferiorização é em relação a eles.

Essa coisa de "nem todos os homens" significa, no mais das vezes, que aceitamos que os sentimentos deles importam mais que a nossa integridade física e emocional. Os homens são perigosos para as mulheres, e é preciso muito muito cuidado para se relacionar com eles.

Exemplo que retiro da minha experiência e de amigas casadas: é preciso arrancar cada milímetro de consideração e respeito, porque eles são ensinados a ignorar as nossas necessidades. Para eles é como um jogo de: quanto mais eu puder tirar sem dar nada em troca. Chega a ser quase inconsciente, e a gente entra nesse jogo desavisada, achando que está tratando com um parceiro, de igual para igual. Na maioria das vezes não é assim, e é muito triste constatar isso e seguir em frente.

Então, penso: sim, são TODOS. Tenho bastante raiva disso, e raiva maior ainda por inconscientemente agir como se a opinião, aprovação e a companhia masculina fosse mais relevante que a de mulheres, por tanto tempo.

Mas, como a socialização não falha, é claro que tenho empatia pelos homens com que convivo, os amo e admiro, embora tenha hoje a certeza de que eles me vêem de uma maneira muito menos lisonjeira, e a minha gentileza com eles nunca seja retribuída da mesma forma que seria se eu fosse um deles.

Misandria para mim é um grito de raiva, dor e desespero. E mesmo o scum manifesto não é essa loucura toda não, acho problemático por considerar que existe uma natureza masculina perversa porque não acredito nessa coisa de natureza masculina e feminina. Contudo, a descrição do macho no manifesto me parece bastante fidedigna no que diz respeito ao homem moderno.

Acho somente, ao contrário de Solanas, que os homens podem ser melhores do que isso. Mas para isso é preciso primeiro que se reconheçam como exploradores do gênero feminino e envergonhem disso, e o nosso cuidado com os sentimentos deles não ajuda em nada nesse processo.

Anônimo disse...

Usar de misandria, na minha opinião, traz mais malefícios do que benefícios ao feminismo.

Normal responder de forma irônica quando algum homem tenta diminuir a mulher tipo responder o "lavar a louça " com o "bater uma laje".

Mas,fora isso, no que auxilia? Ganhar likes?Rir?

Uma das mulheres do relato disse que precisa da misandria para ser um "humano funcional". Não,na boa.Ela precisa é de um acompanhamento psicológico. Admitir que é normal uma mulher fazer do uso da misandria para suprir suas mágoas, frustações é aceitar um cara frustrado com o sexo feminino chamar a mulher de "merdalher", o que é um absurdo.

Fazer uso de um discurso misandrico afasta possíveis pessoas do próprio movimento feminista. E isso é o que eu considero mais grave. Eu não falo nem de uma possível participação masculina (já que muitas não aceitam que o homem seja nem "pró- feminista "). Estou falando é de uma própria participação feminina maior. Quantas e quantas não se aproximam do feminismo por verem um discurso misandrico? Por associarem feminismo a um ódio aos homens?Colocar um discurso misandrico é dar munição às pessoas que dizem que feministas odeiam homens. É afastar as próprias mulheres do feminismo.

Frases como "todo homem é estrupador" ou discursos como teve no outro post de morte aos homens nem sempre são rejeitados em espaços feministas (com a justificativa que aquela é a forma da "mana" militar).

Usar um discurso misandrico e depois colocar como argumento que "é uma piada,a pessoa tem direito à liberdade de expressão, que a pessoa que não gostou é mimizenta" são, ironicamente, os mesmos "argumentos" de quem faz piada misogina e que "achava que a senadora era a tia do café ".

Anônimo disse...

Se tolerarmos discursos de ódio só porque eles vêm de uma parcela oprimida da sociedade, também temos que tolerar, digamos, um judeu falando que palestinos são selvagens e terroristas e não merecem um metro quadrado da "terra santa" (afinal, os judeus foram e são tão perseguidos, e o que não falta é palestino agredindo e matando judeu, devemos tomar o lado dos coitados!), ou negros falando coisas como essa: https://www.youtube.com/watch?v=2Y3Cd9gnvlw

Combater ódio com ódio é como tentar apagar um incêndio com gasolina...

Anônimo disse...

Lola pode ter certeza que isso tem o dedo de algum mascu.

Sabrina carozzi disse...

Não acredito!!! Tava toda feliz que ia te conhecer! :( o encontro perde muito sem a sua presença!

Anônimo disse...

Palhaçada, nos gifs não vi nenhum exemplo de misandria. Desde quando uma mulher reagir de forma agressiva a assédio ou agressão de um homem é misandria? Legítima defesa não é Misandria. Um exemplo de misandria é se divertir com a castração de um homem que nunca violentou ninguém, acreditem se quiser, eles existem. Misandria é rebaixar todos os homens ao pior nível, é como dizer que todas as mulheres são interesseiras e maltratam crianças.
Vocês mudaram a definição de misandria.

Anônimo disse...

Affs. E como ver "coelhos apaixonadas por raposas"

Anônimo disse...

Eu acho que o maior calcanhar de Aquiles de muitas feministas mainstream e a heterossexualidade, eu me compadeço delas por imaginar o quão difícil e controverso e sentir alguma forma de atração por opressores. Acredito que qualquer forma de desconstruir isto e sim uma forma de libertação da mulher e deve sim ser pauta feminista.

titia disse...

Eu não perco meu tempo odiando homens na internet, ódio só gasta tempo e energia e não leva a nada. Mas se algum babaca vier com merda pro meu lado eu vou mandar ele carpir um lote, virar gente e ir tomar no rabo. Eu não vou alisar ego de algodão nem tratar marmanjo barbado como criancinha que precisa ser poupada de ouvir umas verdades desagradáveis. Eu vou zombar deles, vou beber suas male tears, fazer uma festa na piscina com elas, vou zoar ószomi sem dó nem piedade. Eu não vou perder meu tempo com macho que vem logo com "Mas eu não sou assim" - até porque na internet todo mundo é santo - sem se dar sequer ao trabalho de ler o post. Aliás, só vou tratar com educação homens que forem educados, se chegar já me chamando de vadia ou dizendo que "mães solteiras merecem morrer" e depois reclamar que eu respondi à altura ao invés de trata-lo como um lorde vai ouvir coisa ainda pior.

Gai disse...

Lola você sempre surpreendeno com os seus posts. Tinha muitas dúvidas sobre esse tema e esse texto foi bastante esclarecedor. A maior importância dele está em nós levar a refletir sobre o assunto. Respeito o entendimento de cada um. Não sou favorável à violência mas sou favorável sim a exposição da desimpirtancia dos homens e suas fraquezas. Mas concordo com ela que resumir a misandria a piadas não resolve as dores das mulheres que sofrem com os abusos e misoginia dos homens. Vou procurar ler mais sobre o assunto. Loja pena que você não foi pra BH, foi muito linda a manifestação em torno da Dilma. Também penso que talvez essa alteração na sua passagem tenha influência de dedos nefastos.

lola aronovich disse...

Obrigada, Gai, mas o texto não é meu. É uma tradução que um leitor fez de um texto que ele achou interessante. Eu também achei interessante, claro! Mas eu não gosto disso de misandria, nem como piada. Só como piada sobre o que machistas acham misândrico, sabe? Tipo: uma mulher consegue uma promoção no trabalho, e lá vem machista gritar "Misandria!".
E é ridículo como tem gente que compara misandria com misoginia. Misoginia mata, estupra, mutila... Misandria é uma piada. E, como o texto critica, é impotente, não vai a lugar nenhum.
Sobre BH e o 5o Encontro de Blogueir@s, pois é, eu queria ir, já estava tudo pronto pra eu ir, tanto que cancelei aula e fui até o aeroporto. Mas não, não tem nada a ver com "dedos nefastos", mascus alterando passagem ou qualquer coisa do tipo. Não crie uma teoria da conspiração para algo tão antigo quando DESORGANIZAÇÃO, INCOMPETÊNCIA e FALTA DE COMUNICAÇÃO. Quer dizer, é meio básico, né? Eu fui convidada em janeiro, aceitei. Eu tenho a folha impressa com o código de reserva e horário dos voos desde março. Se acontece qualquer alteração, tem que comunicar quem vai viajar, pô! Senão é total desleixo, falta de respeito. E foi isso que aconteceu. E, sinceramente, suspeito que não aconteceu só comigo...

Anônimo disse...

Mas Lola, quem mudou a passagem foi a cia aérea ou o evento?

lola aronovich disse...

No guichê da TAM, a atendente me disse que foi a TAM que mudou a passagem. Ou seja, o voo Fortaleza - BH, que acontece frequentemente às sextas às 14:10, não iria sair naquela sexta (ontem). Segundo a TAM, essa mudança aconteceu no dia 7 de abril. Mas ninguém me avisou. A TAM não mandou nenhum aviso, e disse que quem deveria ter mandado era a agência do evento que comprou as passagens.

Unknown disse...

Meu vc está de parabéns , li 2 posts do seu blog e já me viciei , incrível o conteúdo que contém nele , a partir de agr vc ganhou mais um leitor

Anônimo disse...

Depois de ver ler um guest post recente ( da moça lésbica e seus amigos gays misândricos ), e ver os comentários, ia sugerir ( embora ache que você já tenha feito ) um post sobre a misandria como resposta à misoginia. Este de certa forma tratou disto, mas de forma mais geral. E no nosso contexto, qual sua opinião?

Anônimo disse...

Titia: 'Eu não vou perder meu tempo com macho que vem logo com "Mas eu não sou assim" - até porque na internet todo mundo é santo'.

Se nem todos os homens são santos então todos são demônios? As mulheres são todas santas?

Anônimo disse...

"titia disse...
Eu não perco meu tempo odiando homens na internet, ódio só gasta tempo e energia e não leva a nada. Mas se algum babaca vier com merda pro meu lado eu vou mandar ele carpir um lote, virar gente e ir tomar no rabo. Eu não vou alisar ego de algodão nem tratar marmanjo barbado como criancinha que precisa ser poupada de ouvir umas verdades desagradáveis. Eu vou zombar deles, vou beber suas male tears, fazer uma festa na piscina com elas, vou zoar ószomi sem dó nem piedade."

A primeira frase é refutada pela agressividade do restante do comentário e pelo histórico dessa comentarista aqui no blog. Ainda precisa evoluir muito para poder dizer que "não perde tempo odiando homens na internet".

titia disse...

Tá vendo? Caras como o 17:30 "sua misândrica generalizadora eu não sou assim, não se atreva a falar mal dos homens, mimimi" são os primeiros a aparecer. Ele nem usa o cérebro pra tentar pegar o sentido da frase "até porque na internet todo mundo é santo", que obviamente se refere ao fato de que muito mimizento misógino chega aqui chorando que ele não é um machista e que não devemos desconfiar dele, mas na vida real maltrata a mãe, assedia mulher na rua porque "é só um elogio", estupra mulher bêbada porque "ah, ela sabia que isso ia acontecer, tava pedindo", etc. Agora me digam por favor, por que eu devo ter paciência com esse tipo de desmiolado egoísta só porque o ego dele não suporta que UMA única mulher (que ele saiba) não o ache o máximo só porque ele tem um pinto?

Aliás, sempre quis fazer essa pergunta pra vocês chorões: o que importaria se eu pensasse que nenhum homem presta? Eu não mato, não estupro, não mutilo, não ofendo gratuitamente homens na rua, não faço revenge porn deles, não faço absolutamente nada contra eles, nem mesmo criar blogs pra declarar meu desgosto por homens na internet. Se eu pensasse que nenhum homem presta e simplesmente mantivesse distância e me recusasse a me relacionar com eles, ao contrário do que os misóginos fazem, qual seria o problema de eu pensar que nenhum homem presta? Sou obrigada a ter boa opinião de homens por acaso? Que eu saiba nem eu nem ninguém é obrigado a achar homens o supra sumo do máximo, então qual é o problema se eu achasse que nenhum homem presta?

Se uma mulher misândrica (eu não sou mas não julgo quem é) odeia todos os homens mas somente evita se relacionar com eles e no máximo dos máximos declara que odeia homens num fórum da internet, sem fazer nada contra eles, qual o mal que ela está fazendo aos homens? Nenhum. Se um homem não gosta de nenhuma mulher, quer distância, mas não sai pelas ruas ofendendo, agredindo, mutilando, estuprando e matando por mim ele pode detestar e evitar relacionamentos com mulheres o quanto quiser. O problema é que os misóginos NUNCA se contentam em evitar mulheres e relacionamentos com elas: misóginos humilham, ofendem, agridem, mutilam, estupram e matam.

Misoginia SEMPRE vem acompanhada de violência contra mulher enquanto misandria se resume a evitar os homens e geralmente só se torna violência quando a mulher já tem algum desequilíbrio mental. Então façam o favor, mimizentos, de irem chorar na cama que é lugar quente e terem vergonha porque enquanto vocês estão aqui se lamentando pelas feridinhas que a misandria causa nos seus egos as mulheres estão morrendo e sendo estupradas pela misoginia e seus agentes - a maioria deles homens. Querem o fim da misandria? Sejam decentes, tratem as mulheres como seres humanos e parem de trata-las como seres inferiores que só existem pra fazer vocês gozarem.

Prontinho, aí está minha dose diária de misandria. Agora com licença que vou fazer chazinho de male tears.

titia disse...

E tem também o cara das 18:06. Ele é do tipo que reclama que, se eu não trato os homens com luvas de seda, se não falo com eles como se fossem seres superiores, se eu zombo da babaquice deles, se eu não me disponho a deixar passar as merdas que eles falam, se eu não deixo de zoar os mimizentos que choram a "opressão do homem hétero branco pela sociedade matriarcal", se eu não deixo de chamar um canalha de canalha, se eu me recuso a alisar ego e a tratar marmanjo barbado feito criancinha que tem que ser poupada de ouvir algumas verdades desagradáveis eu odeio homens. Olha as rugas de preocupação do meu intestino com a opinião desfavorável que você tem de mim, cara.

Engraçado, que já me chamaram de misandrica antes mesmo de eu conhecer o blog da Lola. Sabem como foi isso, pessoal? Um sujeito postou a história dele num site aberto a comentários, que tinha terminado com uma namorada e estava com outra. A ex quis voltar e ele decidiu ficar com as duas e se tornar poliamorista. Mas, claro, poliamorista só até a página dois, porque ele podia comer as duas mulheres mas ai de qualquer uma delas que fosse "poliamorizar" com outro homem! Ele mesmo contou que não admitia que suas mulheres "poliamorizassem" com outro macho, que se elas quisessem a mesma liberdade que ele que fossem achar um homem que aceitasse (ou seja, que fosse procurar um poliamorista de verdade). Eu disse que isso não era poliamorismo, era canalhice, porque no poliamorismo homens e mulheres podem transar com quem quiserem. Um sujeito aleatório surgiu lá e me chamou de misandrica. Porque chamei de canalha um homem que estava agindo como tal. Foi isso. Uau, gente, como é fácil ser misândrica né? Depois esses mimizentos vem aqui e querem me abalar com seus comentários de "Misandrica generalizadora", "É claro que você odeia homens porque não trata-los como seres superiores e responder como eles merecem é misandria e ódio aos homens", "Mimimi ajoelhe-se e venere meu pinto sua misândrica feia, boba e cara de mamão", "Me trate como um ser superior ou eu vou chorar e dizer que você odeia homens". Não sei se rio ou se mando eles irem trocar as fraldinhas.

donadio disse...

Esse é um assunto fascinante.

O humor é uma arma, e como toda arma, é perigoso. A probabilidade de você se machucar em vez de machucar quem pretendia machucar é grande, e a probabilidade de machucar quem não tinha nada a ver com a estória é maior ainda.

Por outro lado, ao contrário dos revólveres, o humor não é só uma arma; é provavelmente algo necessário para a manutenção do nosso equilíbrio emocional.

Quanto à misandria, eu acho um termo um pouco ridículo. Não há discriminação sistemática contra homens pelo fato de serem homens (os homens que são discriminados sistematicamente - e são muitos - são discriminados por serem negros, homossexuais, judeus, "latinos", chineses, muçulmanos, crentelhos, ateus, pobres, trabalhadores manuais, velhos, etc., etc., não por serem homens). Então o "machismo reverso" de algumas mulheres é muito impotente, e em geral remete a algum absurdo, como a gente vê às vezes por aqui - gente pedindo ao Estado patriarcal que arme as mulheres e confisque as armas dos homens, por exemplo. Ele não tem uma polícia, um sistema educacional, um judiciário, a seu serviço, como a misoginia tem.

Então algumas dessas coisas acabam criando falsas simetrias, as quais podem ser facilmente exploradas pela ideologia machista dominante. E outras só mantém alguma capacidade crítica por que o próprio machismo dominante rejeita explicitamente a simetria; é o caso das "male tears", que se apoiam diretamente no velho conceito machista de que "homens não choram" - ou se choram, não é pelo mesmo motivo que as mulheres, razão pelo qual nunca vemos homens, nem mesmo os mais machistas, "bathing in female tears".

Por outro lado, o humor, e especialmente algumas de suas formas mais refinadas, como a ironia e o sarcasmo, pressupõem a inteligência da vítima; uma vítima suficientemente ignorante não pode ser atingida dessa forma. Ela tende a interpretar o comentário irônico ou sarcástico como um reforço dos seus próprios argumentos. Lidando com imbecis completos, tais como fanáticos religiosos e supremacistas raciais ou masculinos, é algo a ser levado em consideração.

E há o que se chama de "Lei de Poe": sua paródia inteligentíssima das posições extremistas dos outros se torna indistinguível de uma expressão legítima desse mesmo extremismo (tipo, alguém diz que todos os negros são vagabundos, e você reage, sarcasticamente, dizendo, "isso, e os judeus são todos sanguessugas"; aí o racista que deveria ter sido atingido pelo sarcasmo responde, "com certeza! e os maçons, então!", enquanto o expectador externo fica achando que você também é um/a racista).

(Momento anedótico - eu sei do que estou falando, por que eu tenho essa tendência a ser sarcástico. E, como bem sabemos, se faz parte da minha experiência pessoal, pode ser generalizado como uma lei geral que envolve a todos. /momento anedótico)

Inversamente, pode ocorrer de expressões legítimas de posições extremas ou absurdas serem equivocadamente lidas como exercícios de humor sarcástico/irônico (o que me parece ser o caso da Valerie Solanas; muita gente interpreta o Scum Manifesto como uma obra paródica. Eu tenho dificuldade de ler o tiro que ela deu no Andy Warhol como uma paródia, portanto tendo a uma interpretação bem mais literalista dessa des-obra).

donadio disse...

Pois aí está, um texto escrito por uma prostituta. Inteligente, competente, bem-informado, crítico e até meta-crítico, poderia ter sido escrito por um/a intelectual qualquer (um/a "intelectual de verdade", talvez).

Aliás conheço pencas de advogados/as, administradores/as, sociólogos/as, e até historiadores/as que teriam dificuldades em articular um texto tão percuciente e bem escrito quanto esse (alguém consegue imaginar o Marco Antônio Villa escrevendo um texto dessa qualidade? eu não).

Desmente de forma cabal o mito abolicionista de que prostitutas são sempre ou a) vítimas absolutas, totalmente incapazes de articularem um raciocínio, ou b) inversamente, dondocas que não têm mais o que fazer, portanto totalmente desinteressadas de qualquer raciocínio crítico.

Anônimo disse...

DEIXE ME VERR. A AUTORA DO TEXTO ERA GAROTA DE PROGRAMA QUE DECIDIU FALAR MAL DE HOMEM POR AI PORQUE OS SEU CLIENTES A TRATAVAM APENAS COMO OBJETO SEXUAL? ELA QUERIA O QUE?
CLIENTES CARINHOS QUE A DESSE ATENÇÃO E CARINHO? PORRA ELES SÃO CLIENTES! O NOME JÁ DIZ CLIENTES. É COOMO UM PADEIRO FICAR COM RAIVA DO MUNDO PORQUE NINGUEM DIZ OBRIGADO POR COMER O SE PÁO FRANCES. SE NÃO ESTÁ GOSTANDO QUE MUNDE DE EMPREGO OU ADVIRTA QUE ACEITA APENAS CLIENTES 'CARINHOSOS'. ISSO É COMERCIO. ELA GANHA A GRANA DELA E PONTO. NINGUEM ESTA FORÇANDO ELA CONTINUAR TRABALHANDO COM ISSO. E EU DIFERENTE DE MUITAS FEMINISTAS APOIO E RESPEITO A PROSTITUIÇÃO.
PRA MIM A PROSTITUIÇÃO É UMA ATIVIDADE COMERCIAL COMO QUALQUER OUTRA E DEVERIA SER RESPEITADA.
NÃO FAÇO CORO COM PASTOR EVANGELICO QUANTO A ISSO

lola aronovich disse...

Não, anon das 16:09. A autora do texto é prostituta e ela vê muitos de seus clientes como babacas misóginos. Se não quer ser visto assim por muitas prostitutas (e por muitas mulheres de outras profissões em geral), é só parar de ser cliente.

donadio disse...

"DEIXE ME VERR. A AUTORA DO TEXTO ERA GAROTA DE PROGRAMA QUE DECIDIU FALAR MAL DE HOMEM POR AI PORQUE OS SEU CLIENTES A TRATAVAM APENAS COMO OBJETO SEXUAL?"

Não. Você não entendeu o texto. Taí, você é beeeemmmm menos inteligente do que essa prostituta.

(a título de interesse público, o teclado do seu computador tem uma tecla, geralmente chamada "Caps Lock" ou "Fixa", que te permite escrever como gente, utilizando letras minúsculas. Não precisa agradecer, considere como um pão francês para você comer.)

Anônimo disse...

I O problema eh esse. Ela acha que o cliente tem a obrigação de ser simpático e amoroso como um namoradinho pronto pra conforta la. Cliente não tem obrigação nenhuma em fazer isso. Se ela ficar esperando encontrar príncipe encantado no trampo dela soh vai quebrar a cara. O cliente de gp soh o sexo fácil sem precisar esquentar a cabeça com cantadas,levar pra passear,retaurante,e todo blabla pra conseguir sexo com "civis". Se ela fosse realmente uma mulher consciente ela diria pra si" vou tratar os meus cliente da melhor forma possível. Deixarei todos extramente satisfeito. Serei a melhor profissional possível"
Mas esse eh um mal que infelizmente a maioria das gp sofre desse mal. Como infelizmente prostituiçao não eh profisdionalizada,ha um despreparo nesse ramo. Desde de mulher que sabe colocar uma camisinha em homem ate aquelas que se apaixonam loucamente pelo cliente. Ou que exploradas por cafetinas. Se as feministas querem a liberdade e igualdade para mulheres,porque fazem coro conservador com pastor? Lutem pra mulher ser dona de seu próprio corpo. E se ela quer ganhar dinheiro com ela pode e será livre pra faze lo e sem punir o cliente,como parece que vai ser na França.

Anônimo disse...

Todo homem é misógino

donadio disse...

"Ela acha que o cliente tem a obrigação de ser simpático e amoroso como um namoradinho pronto pra conforta la."

O texto não é sobre isso. É sobre o uso do humor como instrumento para a discussão do machismo. Você não leu o texto? O que é isso, você está discutindo sobre um texto imaginário, sobre o texto que você acha que ela deveria ter escrito?

Haja demência...

Anônimo disse...

Se homens fossem conscientes tratariam TODA mulher com respeito, INCLUSIVE PROSTITUTAS.
Agora esse negócio de prostituta se apaixonar por cliente eu nunca vi. Acontece bem o contrário, né? Você deve ser o tipo de cliente que toda puta detesta. E elas só te aturam pelo dinheiro mesmo.

Anônimo disse...

Esse comentário não é para o blog, é para a Lola. Lola, haverá retaliação pelas mentiras sem direito à resposta que você conta, espere sentada.

Anônimo disse...

Não vê que ele usa termos como "civis"? É mascu, e mascu só consegue transar com mulher pagando. Mas nem as prostitutas aguentam masculinistas.

Anônimo disse...

Eu não sou mascu. Sou totalmente contra essa ideologia,considero repugnate.alem do mais a maioria dos masculinistas são conservadores de direita. Então quero que eles se fodam. Acontece que acontece que tb sou contra feminista que faz coro com conservador. Que lutam por exemplo contra prostituiçao e pornografia. Dai usam de "pesquisa fajutas " do pink cross,por ex ,tipo: Atores pornos morrem antes do 34,todos issm drogas,consumidor de porno tem tendência ao estrupo,se masturbar faz mal etc sendo que essas ibtituiçoes são ligadas ao meio conservador religioso do usa.

Mila disse...

Não sou muito da turma do menino vs menina, mas irrita ver o silêncio masculino diante das atrocidades de outros homens. Caras que se dizem super a favor do empoderamento feminino na Internet, mas se calam quando o amigo faz piadinha misógina ou defende estuprador. Se calam quando alguém brada feminazi, se calam quando um homem está oprimindo uma mulher. É uma pessoa que recebeu informações suficientes para identificar opressões, mas prefere se calar. Com este silêncio, prevalece o discurso dos misóginos e ignorantes. Tá difícil ter esperança nos homens por isso.

O texto levantou uma questão interessante, que é o da "misandria" apontada pelas feministas não-brancas. Várias vezes já vi aqui demonstrações de intolerância racial por parte de feministas possivelmente brancas ou mesmo falta de sensibilidade em admitir seus próprios privilégios. Inegável que tem racismo no feminismo, porém, felizmente, toda manifestação racista no feminismo é prontamente rechaçada. Temos um histórico teórico de produção de feministas não-brancas já reconhecido e isso é ótimo. Diferente do movimento negro, no qual vários homens negam até a morte privilégios de gênero e orientação sexual e vivem a usar mulheres negras como token ou tentam silenciá-las. Mas isso, cabe às feministas/ativistas lgbt negros apontarem.

Anônimo disse...

Moço "eu não sou mascu", vc leu o texto inteiro? sei que é longo, mas lá no começo a informação está presente:

"Mas foi mais ou menos nessa época que nossa comunidade no Twitter cresceu e incluiu muitas mulheres não-trabalhadoras-sexuais que se identificavam em seu cinismo e exaustão."

Ou seja: não era a "puta-que-exigia-que-o-cliente-a-tratasse-como-namorada", é um comportamento sistemático masculino de misoginia. Significa que entre as "civis" (termo que, curiosamente, a ideologia mascu 'que-eu-considero-repugnante' usa e vc repete), também há um sentimento de que os homens são cínicos e agem feito deuses em frente à mulheres. E aí?

Unknown disse...

Geralmente quem se apaixona,apega ou faz a prostituta de psicóloga é o homem-cliente.
Carência interminável.

natalia disse...

Há homens importantes na minha vida. Também há um projetinho de homem, tem apenas dois anos e meio. Sem chance de achar graça na misandria.

Anônimo disse...

Ouça um bom conselho
que eu te dou de graça
inútil dormir que dor não passa
Espere sentado
ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança

Anônimo disse...

Sinceramente? Me irrita a falsa simetria de antifeministas com misandria X misoginia. Mas concordo integralmente com a comentarista que afirma que quem precisa de "dose diária de misandria pra ser um ser humano funcional" precisa é de psicológo e não de piada. E que defender que piada misãndrica "é só uma piada" é tão torpe quanto falar o mesmo pra piada de loira burra, pra pegar uma misoginia "leve". Só entendo quando é, como colocaram, pra contrapor um machista dizendo que "vocês deviam lavar louça" com "então vocês deviam estar batendo laje". Fora desse contexto acho um puta desfavor.

Anônimo disse...

"Há homens importantes na minha vida. Também há um projetinho de homem, tem apenas dois anos e meio. Sem chance de achar graça na misandria."

Pois é, natalia. Só é pena que esses mesmos homens, inclusive o projetinho quando não for mais um projetinho, não pensem como você. Eles acham muita graça na misoginia e repetem chistes misóginos e referendam estereótipos misóginos sempre que têm oportunidade.

Se homens não achassem tanta graça na misoginia, ela certamente não seria tão comum e tradicional.

Anônimo disse...

Muitas misandricas fazem parte de movimentos feministas radicais, mas esquecem das misandricas do dia a dia.
Eu sou misandrica, tive ódio e repulsa aos homens desde muito nova, por ser hétero isso era pior porque eu não conseguia conter a raiva e me atraia pelo sexo masculino.
Eu ainda sou misandrica mas estou em tratamento. O ódio aos homens não precisa vir por movimentos sociais, ele é inerente, assim como o ódio às mulheres. Eu decidi me tratar porque deixei de aproveitar oportunidades para não entrar em contato com os homens, deixei de me relacionar na adolescência por isso, tinha repulsa por tudo que me lembrava homem. Deixei de usar tudo que um homem tivesse feito, cheguei a ter anorexia porque me recusava a comer num prato, possivelmente feito por homem e a comida que possivelmente um homem tinha feito. Cheguei a querer fugir de casa por ter sido feito por um homem. Isso há 1 ano, progredi muito no tratamento mas ainda tenho um pouco de misandria, está moderada.
O movimento feminista radical, o movimento feminista em si abre muita margem para misandria porque acolhe mulheres e apenas foca no machismo, esquecendo que muitas coisas há participações de mulheres. Eu abominei o sexo hétero e gay, apenas o lésbico parecia melhor, mas como não era lésbica tentava a todo custo ser.
Perdi metade da minha vida odiando, perdi etapas da minha vida tentando ser lésbica, tentando evitar homens, perdi amores e oportunidades. Misandria é muito pior do que dizem, ainda mais quando você abomina a família, o fato de ter filhos porque pensa que terá um menino, quando você não consegue nem ficar perto de uma criança do sexo masculino por ter nojo. Misandria é muito forte, é doença, não é só gritar frente a um pc que odeia macho, é muito pior, no final você vai focar só em homem e perder anos da sua vida como eu perdi! :(

Anônimo disse...

Ai ai, sinto muito por você e seu cérebro, mas vc já se perguntou se você sabe oq é ser humano e sentir empatia? Não falo de ser homem ou mulher, branco ou preto, ou seja lá oq for. Simplesmente sentir empática e compreender a todos novamente. Acho que a humanidade já esqueceu como fazer isso, é uma pena, bem tente fazer, se imagine sendo não uma única coisa, mas semdo a humanidade em sí e olhe dentro de sí mesmo e pergunte sinceramente, a todos os ideais que incitam a violência em seu ser, se eles são justos, ou corretos. Na minha concepção vingança não é certo só leva a guerras. Mas para você pode ser diferente comece por aí.

Anônimo disse...

Uma alemão nazista provavelmente tinha zelo por seus semelhantes, mas tinha ódio pelos diferentes e é isso que o define como discriminador.
NÃO IMPORTA se você é homem, mulher, cis, lgbt, rico, cristão, esquerda, etc. Se você maltrata e discrimina de acordo com a CATEGORIA e não o comportamento da pessoa, você é parte do problema e não da solução.
A minha crítica é com movimentos que gostam de separar pessoas. Categorizam as pessoas para poder atacar a vontade. Ahh mas ele é branco, cis, tal e tal. Nem sabem se é depressivo, autista, soropositivo, suicida, etc.
A empatia departamentada é uma forma de sociopatia.

Anônimo disse...

Deixa a mulher amar o seu filho. Como você discrimina, poxa vida.
Machismo é aprendizagem cultural, faz parte da educação. Não vem junto com o sexo. Afinal não têm mulheres machistas?

Anônimo disse...

SE EXISTE MULHER MACHISTA, então machismo não depende do sexo. Logo ódio ao sexo x ou y não faz sentido.
Lute conta práticas machistas e não conta pessoas que nasceram homens, mulheres, negros, asiáticos, etc.
Isso e tão óbvio, que só não é capaz de enxergar quem está cego de ódio.

Anônimo disse...

Machismo é uma prática CULTURAL nojenta, disseminada por TODAS as categorias e que afetam, em algum nível, todas as categorias.

Machismo é ensinado por muitos homens obviamente e principalmente. No entanto, quem nunca ouviu uma mãe ou avó ensinando comportamentos machistas? "Filha arrume um homem que te sustente; não use tal roupa; arrume o quarto do seu irmão e me ajude com a louça".

Machismo não tem classe econômica, etnia, raça ou sexo. É uma prática cultural.

Não entendo a confusão da luta contra o machismo ser distorcida em luta contra todos os homens.
Oq odiamos é o que eles são culturalmente estimulados a ser.

Determinação cultural... Não é assim que pensamos quando se trata de alguém com problemas com drogas, por exemplo? Ou uma mulher que se prostitui? Analisamos a história de vida e cultura/sociedade, em vez de julgar.

Deixemos o ódio e o julgamento para os doentes conservadores.

Se alguém puder me explicar alguma forma que justifique o ódio por homens em vez do machismo, prometo ler com o mesmo zelo e atenção.