terça-feira, 17 de maio de 2016

GUEST POST: "SORRIA MAIS, SAIA MAIS. DEPRESSÃO NÃO EXISTE"

A I., de apenas 16 anos, me enviou este relato:

Odeio este sentimento.
É como se eu estivesse
aqui, mas não estou.
Como se alguém ligasse,
mas não ligam. Como
se eu estivesse em outro
lugar, qualquer lugar
menos aqui
Conheço seu blog há pouco tempo, mas o leio com frequência, principalmente os guest posts, com alguns relatos que me identifico bastante. Mas ainda não vi nenhum que falasse sobre o preconceito e ignorância que sofre uma pessoa que tem depressão ou qualquer outra doença psíquica.
E é daí que tive a ideia de te escrever um email contando sobre minha experiência com esse tipo de preconceito e falta de conhecimento sobre o assunto.
Aos doze anos, após sofrer bullying no colégio, onde fui agredida fisicamente e obrigada a fazer coisas que não queria, fiquei trancada no quarto, como se estivesse de luto. Saí do colégio e perdi o ano letivo. Levantava apenas para tomar banho, passava o dia inteiro em casa. 
Foi então que pedi a ajuda de um psiquiatra. Fui a uma e então recebi o diagnóstico da depressão. Recebi uma prescrição com o medicamento que deveria tomar (Mitarzapina) e fui levada a uma psicóloga para fazer terapia.
A terapia não durou muito (assim como o medicamento), pois segundo a minha mãe, a doutora era louca  e o remédio iria me deixar louca.
Sou o tipo de garota que
sorri para melhorar o dia
de todo mundo. Mesmo
que eu esteja morrendo por
dentro
A minha relação com a minha mãe não é das piores, mas também não é das melhores. Tenho aquela mãe que todo adolescente queria: liberal, me levou para fazer minha primeira tatuagem, fala sobre sexo abertamente, feminista, me deixou escolher minha própria religião, apoia os homossexuais etc. Mas apenas uma coisa não entra na cabeça dela -- que a única e desejada filha dela tenha DEPRESSÃO.
"O que você tem é falta de convívio social".  
"Na minha época não tinha depressão nem bullying".
"Fraca, isso que você é, dando forças a isso".
E várias outras frases bem motivadoras ditas pela minha mãe.
Lola, eu até entendo o lado dela, deve ser difícil aceitar, imagino que a dor que sinto ela sente também. Mas dói muito mais, tanto pra mãe quanto para o filho, mascarar a situação, agravando até mais o estado de quem sofre. Porque aperta o coração ouvir palavras duras da sua mãe.
Vou relatar uma situação que aconteceu ano passado.
Um sorriso pode esconder muito
Estava eu voltando do colégio, tinha acabado de sair de uma briga com uma colega de sala e vizinha. Cheguei em casa meio que aos prantos e ao mesmo tempo com raiva, e desabafei em casa. Minha mãe não quis muito ouvir, somente desdenhava de tudo: "Sim, normal, que drama todo é esse? Sabe qual foi meu mal? Ter de dado tudo nas mãos. Na minha época, pai e mãe deixavam a gente se virar, eu apanhei, e você? Nem mesmo um tapa!"
Não demorou para que a briga tomasse outro rumo.
Eu toquei no assunto da depressão e ainda disse que algum dia minha mãe iria me encontrar morta no quarto (ainda penso nisso). Ela me chamou de fraca, idiota e ainda disse: "Vai lá e faça". E eu? Fui pra janela e tentei me jogar, ela veio logo atrás de mim, me puxou pela blusa, me bateu, e saiu me arrastando pela casa inteira, meus joelhos ralaram e ela foi me puxando pelos cabelos da sala até o quarto. Doeu, mas o que mais doeu foi a ignorância da minha mãe, doeu saber que ela poderia me ver surtar, me mutilar, me odiar e tentar me suicidar, mas assumir que eu tinha depressão? Nem pensar.
Onde entra a figura paterna? Bem, meu pai é um daqueles caras que se coloca em primeiro lugar antes de qualquer coisa ou pessoa, até mesmo de um filho. Ele acha que eu o enlouqueço e que ele tem problemas demais no trabalho e em casa, já que tem duas filhas crianças e uma esposa. Meu pai só me usa como arma para irritar a minha mãe. Desde que eu era criança, a relação do meu pai só era boa comigo se ele estivesse de bem com a minha mãe, caso contrário, nada de papai. Nos aniversários ele preenchia sua falta com alguma boneca cara da época. 
O pior tipo de dor é quando
você sorri só pra impedir
que as lágrimas caiam
Quando sua ausência na minha vida era por culpa do trabalho, eu aceitava, mas quando era por causa de uma briga com a minha mãe, eu não entendia. Hoje isso mudou, mas ainda sim, meu pai não tolera as minhas crises. Se bem que, quando ele me viu me mutilando com uma faca, ele correu, me abraçou e tirou a faca da minha mão, me colocou em seu colo e me disse que tudo iria passar, e por uns minutos eu realmente pensei que iria passar, até que ele telefonou para minha mãe e perguntou se ela achava que eles deveriam me internar.
Ainda assim, sou mais de conversar sobre essas coisas com ele ou com a minha avó, pois sei que eles não vão me bater ou zombar de mim, como faz a minha mãe.
Já os meus amigos e alguns parentes me mandam buscar a cura pela religião. "Deus cura", "Falta de Deus", "O diabo vai se aproveitar". Ok, eu creio em Deus, mas não acredito que de repente eu vou acordar sem depressão, com vontade de viver, saindo por aí sem medo das pessoas, pulando. Outros me mandam sair de casa, dizem que eu deveria ir para as festas. 
Eu tento ir, Lola, mas quando chego lá me sinto inferior a qualquer um, abaixo a cabeça e tento ficar o mais distante possível de todos ali presentes. Fico então na mesma: sozinha e triste.
Depressão é viver num corpo
que luta para sobreviver,
com uma mente que
tenta morrer
Enquanto eu tomava o medicamento, recebi muitas críticas, e até mesmo quando eu chorava por outro motivo ou ficava irritada, alguém me perguntava: "Já tomou seu remédio hoje?", com aquele tom que falamos quando conversamos com uma criança. Alguns tinham pena, outros criticavam e alguns até riam de mim. O problema é que é muito pouco falado sobre depressão ou qualquer outra doença, as pessoas andam mal informadas. Mesmo sendo "o mal do século", ainda é um assunto que poucos sabem ao certo, sem dizer "é loucura".
Um sorriso pode querer dizer mil
palavras. Mas também pode esconder
mil problemas
E infelizmente eu ainda penso no suicídio como forma de escapar dessas brigas, dessa angústia e dessa tristeza que me cerca todos os dias. Lola, tem dias em que eu nem saio da cama. Quando eu tinha 13 anos nem banho conseguia tomar, alguém tinha que me levar até o banheiro e depois eu voltava pra cama e chorava. Me olho no espelho, gosto do que vejo, mas ainda sim me sinto inferior e por isso evito andar de cabeça erguida, sempre ando olhando pro chão.
Hoje as coisas se acalmaram, aprendi que é só eu não tocar no assunto "depressão" com a família e amigos -- eu me poupo e o resto se poupa.
Fingir um sorriso é muito mais fácil
que explicar porque se está triste
Espero um dia poder vencer tudo isso. Com um pingo de esperança que me resta, espero poder te mandar um email daqui a alguns anos contando o que aconteceu. Espero que leia este email, escrevo às 5 da manhã, ainda não dormi, sofro de insônia e resolvi desabafar.

Meus breves comentários: Querida I., confesso que já fui uma dessas pessoas com problemas pra entender depressão, apesar de minha mãe ter tido a doença durante grande parte de sua vida. É realmente lamentável que tanta gente confunda uma doença debilitadora como depressão com "falta de ânimo" ou algo assim.
Talvez você não convença a sua mãe, mas tente falar com seu pai e sua avó e pedir ajuda. Se você pensa constantemente em suicídio, se você se mutila, você precisa de ajuda psiquiátrica. É provável que precise de algum tipo de medicação. Insista com seus pais que não é frescura. 
Dor é real. Mas
esperança também é
Aqui tem algumas dicas (em inglês) sobre como superar a depressão. São sugestões simples, como lavar o rosto e os dentes todos os dias, livrar-se de roupas que você não gosta, andar, pegar ar fresco e muito sol (minha mãe sempre fala do poder curador do sol). Depois você me diz se elas ajudam.
Fico na torcida para que você fique bem logo. E desde já fico no aguardo para que, daqui a um tempinho, você me mande um outro email contando como superou este momento tão difícil na sua vida. Força, I.!

63 comentários:

Anônimo disse...

Ter depressão nessa idade, quando se depende inteiramente dos pais, deve ser bem complicado.

Talvez ECT fosse a melhor opção, considerando o quão crônico parece o quadro. Mas com tanto preconceito em casa fica difícil mesmo...

Minha solidariedade. Não sou simpatizante do feminismo, mas entendo sua dor e não desejo nem ao meu pior inimigo.

Busque tratamento, não desista.

Anônimo disse...

Isso tá me parecendo transtorno de personalidade bordeline, devido a automutilação e a tentativa de suicídio por impulso. depressão se confunde muito com borderline mas muitos médicos preferem diagnosticar como depressão maior para "facilitar" o tratamento. diagnosticos demoraram de meses a anos pra fechar. inclusive muitos confudem bipolar com boderline. de qualquer maneira, o foco deverá ser o equilibrio da quimica balançeado com psicoterapia.

B. disse...

Não acredito que a moderação deixou o primeiro comentário...

Anônimo disse...

Procure um médico, tome todos os remédios e alivie a sua mãe. Já pensou que talvez ela também não saiba o que fazer e talvez esteja tão apavorada quanto vc ? Mães não tem manual do que fazer certo para os filhos. Elas erram .

Depressão precisa até 2ª ordem de tratamento medicamentoso sim.

Anônimo disse...

Há! Dez dicas para depressão: gaste uma nota preta com roupas novas e salão de beleza! Viva o consumismo capitalista, a cura da depressão!

Anônimo disse...

Oi, já passei por momentos parecidos com o seu e também já fui diagnosticada com depressão e sei que o preconceito é muito grande. Ainda mais na família, ainda carregamos o estigma de loucos, preguiçosos ou cheios de frescura, falam que só precisamos sair mais de casa e parar de ouvir músicas tristes(já ouvi isso).
Muitas vezes vamos levando a nossa vida desse jeito, até que chega uma hora que não aguentamos mais e tomamos decisões ruins. Hoje em dia estou um pouco melhor e muito disso veio através da psicoterapia, é um tratamento demorado que exige persistência, estou a quase dois anos e sem previsão de alta.
As vezes as pessoas desistem do tratamento por não terem empatia com o psicologo ou esperarem um resultado rápido. Depressão não é gripe e não passa em uma semana, mas se você tiver persistência aos poucos as coisas vão melhorando.
Sei como é essa dor que você sente e já passei pelo mesmo preconceito, busque ajuda, mesmo que não seja em casa e faça uma coisa de cada vez espero que você consiga se recuperar.

Anônimo disse...

Desde crianca sinto um enorme vazio, uma ansiedade que não sabia explicar. Quando entrei na adolescência isso se intensificou. Chorava sem motivo, me sentia mal, sentia um vazio imenso e não sabia explicar. Era muito tímida também. Eu sabia que eu tinha depressão, mas minha mãe e pai não queriam que eu tivesse, pois havia uma tia que era assim também e ela se tornou louca, passou a vida inteira sendo internada. Como meus pais não queriam isso pra mim, diziam que o eu precisava era pensar que eu não estava deprimida e a doenca desapareceria. Meus parentes diziam que eu era vagabunda e precisa era trabalhar. Comecei a trabalhar aos 14 anos e nada mudou. Trabalhava e estudava e me sentia exausta. Fui a um psiquiatra e minha mae tratou logo de deixar claro que eu não podia tomar remédio, não queria que eu ficasse "abobada". O médico concordou e me deu vitaminas. Eu eu me sentia cada vez pior. Até que entrei na universidade. Mudei de casa, de cidade. Estudava a noite e trabalhava durante o dia. E a depressao ficou ainda pior. Nao conseguia me concentrar, ia mal nas materias, comecei a bombar. E me senti pior ainda por isso, piorando até o ponto em que me sentia imobilizada. Fui em psiquiatras que me orientaram a largar tudo e voltar pra minha cidade natal, procurar deus, casar ter filhos. Eu não podia, entao tentei ao maximo passar nas materias só por passar. Não tinha prazer em nada, não aprendia nada. Trabalhava do mesmo modo. Por fim encontrei uma psiquiatra que finalmente resolveu me tratar. Tornie-me outra pessoa. Conseguia estudar, conviver com os outros. Consegui me graduar. Sofri por tantos anos por puro preconceito e ignorância. O Brasil é muito ignorante em relacão às doencas mentais. As pessoas precisam se informar mais para que tenhamos cada vez menos zumbis sem tratamento, suicídios.

Anônimo disse...

Off topic:
https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=125574

PEC pra aprovar novas eleições presidenciais ainda esse ano.

Rafael disse...

Leitora, não sei o que dizer, há um livro ótimo sobre o assunto chamado o demônio do meio-dia, já leu? Recomendo.

Anônimo disse...

Sei como é. Eu mesmo já passei muito por isso, já que fui vítima de bullying e meu pai me batia muito e por qualquer bobagem. Me identifiquei com o post.

E a "solução" da autora, "é só eu não tocar no assunto "depressão" com a família e amigos -- eu me poupo e o resto se poupa" é a que eu tenho usado hoje. Venho tentando controlar minhas crises, mas ainda assim eu sinto que posso desabar a qualquer momento, já que eu não resolvi o problema, apenas o guardei para mim.

Anônimo disse...

Pessoal tem tudo na mao, com 20 anos e ainda moram com pais, depressao sempre vem seguida de problemas serios, bullying? bullying forma caracter, é o vestibular pra vida adulta, ele é 0,001% dos problemas que a vida vai ter, senao aguentar o tranco é depressao na certa, consegui sair de uma depressao trabalhando me focando no trabalho, pois como moro sozinho começou a faltar dinheiro pra comida e pro aluguel, nao precisei de medicos, essas merdas ae só querem te viciar em remedios, jovens são fracos hj, por isso esse monte de gente com mais de 30 anos morando com os pais.

Anônimo disse...

Querida I., fiz um texto enorme que se pagou, mas quero deixar esse ted pra vc: https://www.ted.com/talks/amy_cuddy_your_body_language_shapes_who_you_are?language=pt-br

Tenho 29, com períodos de depressão desde os 12. Vc tem 16 e sei que nessa idade tudo é intensificado, não se tem nem vivência nem maturidade para lidar com a situações. Mas vc tem algo precioso: tempo livre. Ocupe seu tempo livre se cultivando, fazendo algo que ocupe sua cabeça (que provavelmente está se remoendo sentimentos negativos), com algo que seja em algum grau útil pra vc. Seja um conhecimento, uma prática esportiva ou até mesmo artesanal. Isso ajuda.
É isso que vem me ajudando na crise que estou agora (para vc ver: trabalho em casa, passo a maior parte do tempo sozinha, estou a 4 dias sem banhar ou trocar de roupa, e isso aparentemente não foi notado, mas é a crise com menor índice de pensamentos suicidas que já tive).
Ocupe-se com coisas positivas ou neutras, não alimente a escuridão que existe dentro de vc.
Isso não vai fazer com que magicamente a crise passe, nem necessariamente vai te iluminar com o sentido da vida, mas faz com que sua queda não seja até o fundo do poço.
Se chorar ajudar a desatar o nó na garganta ajudar, então chore.
Permita-se não vestir a mascara, ainda que de forma discreta.
Ocupe-se, "cabeça vazia é oficina do demônio", existe sabedoria nos ditos populares, pense nisso.

Anônimo disse...

Tambem acho que vicê pode ser boderline ou bipolar e acho mais, sua mãe também parece ser. Ajuda médica é fundamental.

Ragnar disse...

Depressão é uma doença do pós-modernismo. Uma doença desse novo milênio progressista. Não é atoa que países tão progressistas, politicamente corretos e muito liberais tendem a ter alta taxa de suicídio. Por ex: Escandinávia, Japão, Coréia do Sul. Pessoas cada vez mais socadas em casa, antissociais, medrosas de enfrentar a vida, solitárias. Até o culto a tecnologia como esperança de "mundo melhor" também influencia nisso, vide Japão.

Anônimo disse...

15:02 Santa ignorância, egoísmo e falta de empatia.

Anônimo disse...

15:27,
Pela sua análise, ela tem depressão ou boderline. A mãe dela também.
Vou além: Vc também tem, pelo jeito; e afirmo que nós todas daqui também temos depressão/boderline.
Em 2016, toda a população mundial tem um pouco de depressão. Alguns mais, outros menos.
Então, já que todo mundo tem depressão, é melhor deixar isso pra lá, pq todos nós somos iguais. É igual a dizer que todo mundo tem unhas e cabelo. Não destaca mais. Bola pra frente.
Ai ai ai... essas "doenças" modernas: bullying, depressão, ansiedade, stress, etc...
Já está tão "carne de vaca" esses "problemas" modernos, que já virou clichê, igualzinho aos médicos que quando não tem noção sobre a doença do paciente, falam que é uma tal "virose", e pronto. E vamos tocando a vida...
Saudades da época em que os problemas eram tipo "Como vou conseguir regrar o estoque de rapadura para adoçar o leite até que a próxima safra da cana-de-açúcar esteja no ponto para a colheita"; "Como vou conseguir vestir minha família se eu tenho somente 3 sacos de sal, até que chegue a data de retorno da viagem anual para buscar sal para o gado, que ainda vai demorar 3 meses?". "Meu dente está doendo muito e o "Prático" que arranca dentes cariados ainda não passou por aqui esse ano". "Minha roça de milho está muito mirrada porque não choveu bem esse ano". "O agregado pegou malária e está ardendo em febre faz 3 dias... o serviço está muito pesado para mim tocar sozinho e espero que os remédios caseiros façam diferença e que ele não morra tão novo, já que se casou recentemente e tem família para zelar". "Os meninos caíram da goiabeira e um deles quebrou um braço e não pára de chorar de dor. O que devo fazer nessa situação"? "Ouvimos dizer que os revoltosos estão passando na região e estão saqueando e estragando todas as propriedades por onde passam... Como vou esconder minha família desses bandidos e tentar preservar a integridade do meu lar?
Isso, SIM, eram problemas reais. E não achem que é delírio, não. Meus avós passaram REALMENTE por TODOS esses problemas relatados acima, e não tinham tempo para terem "depressão" ou "bullying", não. Antes disso, tinham que se virar para tentar SOBREVIVER naquele mundo, naquelas situações. Hoje a vida desses adolescentes está muito "light", muito melzinho na chupeta, tudo muito fácil.

Anônimo disse...

O primeiro comentário ilustra bem como a depressão é tratada como estigma: coisa de quem não tem o que fazer; doença de rico; coisa de gente mimada e fresca; coisa de gente antissocial e estranha; falta de Deus; falta de r*la e outras justificativas estapafúrdias.

Quando a pessoa tem depressão nem vontade de sair ela tem, inclusive trabalho e obrigações. As coisas que antes davam prazer, como um hobby, um esporte e até um namoro passam a ser descartáveis e desinteressantes. É muito comum que a pessoa se isole e se afaste dos amigos e família, tanto pela questão do estigma, tanto pela falta de vontade geral. Junto com a depressão vem problemas de autoimagem, distúrbios alimentares como anorexia/bulimia ou compulsão alimentar encontram terreno fértil. E aí a pessoa é julgada pelo desleixo com a aparência e peso. É um ciclo vicioso.
É também uma doença silenciosa. Nem todas as pessoas que têm depressão estão sempre infelizes e descontentes com a vida o tempo todo. Ela vem e volta. A pessoa pode ter dias, semanas e até meses "normais" e pode alternar episódios depressivos que podem ser intensos e de duração x.

Dona Sancha disse...

a parte mais difícil sempre foi dizer "olá" parecendo bem... passei mais de 10 anos fingindo estar bem. Por fim, a religião até me ajudou um pouco (sou budista agora), mas só um bom psicólogo conseguiu me tirar do buraco que tinha me enfiado. desejo que você consiga superar tudo isso, felizmente só voc~e será capaz de encontrar seu próprio caminho (por mais duro que ele seja). Espero ver um dia mais um relato seu aqui no blog. Força!

Anônimo disse...

Depressão é uma doença séria. Muito se especula acerca de suas causas, e é ponto pacífico que alguns fatos da vida podem agravar um quadro, mas se esses fossem fatores isolados, todos que tivéssemos a mesma experiência desencadearíamos o mesmo quadro depressivo, e obviamente não é assim. A detecção de desequilíbrios de substâncias químicas, dentre as quais a principal é a serotonina, é de fato o fator principal da causa do quadro depressivo. Muitas vezes, inclusive, esse desequilíbrio químico ocorre sem que tenha sido verificado qualquer episódio traumático na vida de alguém.

Então tentar justificar uma depressão porque sofreu bullying, por exemplo, não é tecnicamente correto. Muitas pessoas passam pelo mesmo e não se tornam depressivas. O bullying pode ter desencadeado, agravado um quadro de desequilíbrio químico (o que obviamente só pode ser verificado por exames solicitados por um médico, o que todos fizemos aqui não passou de especulação). É o que recomendo para a autora do post, uma ajuda profissional para que seja verificado o quanto antes se realmente se trata de depressão, ou de outra doença psicológica, ou mesmo de nada disso, o que é sim possível. Torço também para que você não crucifique sua mãe. É uma doença que a maioria das pessoas, por mais instruídas que sejam, não estão habituadas a lidar. Se é que a doença existe no seu caso.

Entenda que nao estou desprezando sua dor, apenas não estou banalizando uma doença grave, e concluindo diagnósticos que são dificílimos de fechar numa análise séria, quanto mais através de uma postagem.

Alícia



Anônimo disse...

Os avós de todo mundo passaram por perrengues, inclusive os meus. E daí? Que argumento idiota.

Guidi disse...

Querida I., parece bobo , mas de fato sair de casa, mesmo que rapidamente, ajuda muito. Tomar um pouco de sol é ótimo, de verdade, a vitamina D ajuda e muito. E atividades artísticas podem ajudar imensamente. Aulas de teatro, ou aula de canto, ou aula de pintura, escrever, tudo isso é uma mão na roda para lidarmos com nossas subjetividades. Fora que nestas atividades artísticas fazemos novas amizades, e acabamos esquecendo um pouco outros grupos de convivência que não nos agradam (escola etc.). Grande beijo e melhoras.

Anônimo disse...

Li 3 comentários e já me deu náusea... típica estupidez de gente que só está aqui nesse mundo pra fazer peso morto...

Eu sempre proponho o seguinte exercício pra quem insiste que depressão é coisa de "gente vagabunda que não quer trabalhar" (e pra que ainda tem pelo menos dois neurônios funcionais na esperança de que alguma sinapse aconteça):

Você diria para um diabético que se ele pensar positivo e devorar uma bandeja cheia de brigadeiros, nada vai acontecer?
Você diria alguém pra alguém com cirrose hepática, se ele der uma voltinha no parque, o fígado dele vai se regenerar?
Algum infame já disse para um doente cardíaco que a arritmia é coisa da imaginação e que se para com o tratamento e for pro boteco tomar cerveja, ele vai se curar??

Deixa a tia Jane explicar uma coisa - O CÉREBRO, que DEVERIA estar dentro da cavidade craniana (por favor, tirem ele do c*... ele não tem função lá) é um ÓRGÃO como qualquer outro - como os rins, coração, pulmões, intestinos... todos esse órgãos podem adoecer, todos os órgãos do corpo humano podem apresentar patologias - O CÉREBRO NÃO É DIFERENTE...

Você pode urinar sangue se seus rins não funcionarem;
Você pode ficar ictérico se seu fígado não funcionar;
Você vai se afogar nos próprios fluídos se tiver um edema pulmonar;

VOCÊ TERÁ DEPRESSÃO, TOC, ESQUIZOFRENIA, TRANSTORNO BIPOLAR SE O DELICADO SISTEMA ORGÂNICO DO CÉREBRO NÃO FUNCIONAR CORRETAMENTE...

Há inúmeros estudos que mostram que há diferenças anatômicas, atrofia em regiões no cérebro de uma pessoa com depressão...


Se a musculatura da suas pernas atrofiar, você não anda mais...
Se o cérebro atrofiar você vai ter transtornos mentais...

Precisa explicar mais? Precisa desenhar?

Uma dica - ignorância tem cura... e diferente da depressão, você nem vai precisar tomar remédio.


Jane Doe

donadio disse...

Lola, o blog é seu e vc faz como quer. Mas depressão é coisa séria. Não dá pra deixar solta a ditadura do comentariato quando o post é um guest post sobre depressão, escrito por alguém que sofre de depressão. A violência simbólica do primeiro comentário aqui é escrota e inadmissível. Sei que aqui não é um "espaço seguro", e nem defendo a ideia de espaços seguros. Mas não dá pra convidar - "guest" é convidado - alguém para se expor aqui e depois permitir que canalhas usem o mesmo espaço para agredir gratuitamente uma pessoa que precisa de apoio.

Por favor, ative a moderação automática. Criminosos cuja intenção é agravar a doença de alguém não podem ser tolerados.

natalia disse...

Querida,
eu nunca tive depressão. Mas nos últimos tempos tinha muita ansiedade. Eu sentia esta ansiedade no estômago, como se ele estivesse sempre cheio, quase doendo. Foi mais de um ano assim, até que pesquisei na internet remédios para ansiedade e encontrei o Cloreto de Magnésio P.A., tem que ser P.A., sem P.A, não serve. Comprei em cápsula mesmo e comecei a tomar. Foi como tirar com a mão. Fiquei bem mais tranquila e durmo muito melhor. Sei que ansiedade não é o mesmo que depressão, mas seria bom você tentar. O remédio é barato, 100 cápsulas por R$ 24,00 e não tem contra-indicação, ou seja, você não fica parecendo um zumbi.

Boa sorte.

Anônimo disse...

Só queria dizer que eu torço muito pela sua melhora e espero que você fique bem.

Anônimo disse...

Falou muito e falou bosta. Se não pode ajudar, cale-se e evite soltar pérolas como: "bullying molda caráter". Ignorante.

Anônimo disse...

Tive depressão a vida inteira, acho que já nasci deprimida. Minha mãe contava que sempre fui uma criança que chorei muito, inclusive eu tinha um kit choro: uma toalha que ela me dava pra chorar na cama sem fazer sujeira.

No meu aniversário de 8 anos, escrevi em meu diário que o único presente que queria era paz de espírito. Tenso. Fiquei chocada quando achei esse diário, já adulta.

Tentei me matar duas vezes, a primeira com 12. Sim, crianças cometem suicídio.

Tratamento pra essas coisas só fui buscar adulta, casada, quando a síndrome do pânico tomou conta da minha vida.

E por ser grande conhecedora da causa, afirmo: tem cura não, tem é aprender a conviver com o problema. Não necessariamente adianta fazer yoga, lavar o rosto ou jogar roupa fora. Tem é você aceitar que é uma pessoa diferente do ideal de felicidade que se espera hoje em dia e aprender a se virar com isso da melhor forma que for para você, individualmente, sem modelinhos, sem achar que alguém é modelo para sua felicidade.

Se tiver que "fazer yoga" faz, se tiver que jogar roupa fora, joga. Seu caminho, você vai achar.

Já viu aquele filme, Inside Out?

Em cada pessoa, uma das emoções é dominante. Na mãe da personagem principal do desenho, é justamente a tristeza. Só que controlada, acalmada digamos. Eu me identifiquei completamente com isso, porque é meu caso. O que nem de longe quer dizer que eu esteja permanentemente triste, que não sorria jamais, que não desfrute nada da vida. Era assim quando eu era mais nova. Hoje em dia, não mais.

Porque depressão é isso, é um estado, uma coisa que faz parte de você e que pode ou não determinar sua vida, pra sempre, por um período ou uma sucessão de períodos. Nunca brigue com isso, é besteira.

Não é "errado" ser deprimido. Não é "certo" ser um poço de alegria. Existe ajuda, existe terapia, existe medicação (e por favor, nunca tome medicação sem fazer terapia também, isso eu te garanto: não funciona, é tratar dos sintomas sem tratar da causa) mas também existe a sua realidade e isso JAMAIS deve ser colocado em segundo plano. Daí a importância de encontrar o próprio caminho para manejar essa situação naquilo que for melhor para você e você somente.

"Manejo" é a palavra mais importante a ser dita nessas situações.

Hoje em dia estou bem, já tem uns bons 10 anos que não tento me matar (o pensamento vem mas acaba indo embora sozinho), não estou mais fazendo uso de medicação e também não tenho mais crises de pânico. A sensação do pânico até vem às vezes mas aprendi a controlar a coisa sozinha então não chega a virar ataque.

Se eu, hoje, com 45 anos, pudesse dar um conselho para a menina que eu era aos 16, diria para ela não tentar se espelhar na felicidade (ou na tristeza) de ninguém, para não se misturar com pessoas depressivamente tóxicas (é uma afinidade perigosa e improdutiva) e finalmente, que pessoas mentem e por essa razão que é meu trabalho buscar minha própria verdade.

Bjão e boa sorte.

Anônimo disse...

"Sei que aqui não é um "espaço seguro", e nem defendo a ideia de espaços seguros. Mas não dá pra convidar - "guest" é convidado - alguém para se expor aqui e depois permitir que canalhas usem o mesmo espaço para agredir gratuitamente uma pessoa que precisa de apoio."

Concordo com quase tudo isso aí, menos a coisa de não defender espaços seguros. Defendo sim. Mas quanto ao "não dá pra convidar uma pessoa a expor o problema e permitir que ela seja agredida", ainda mais em se tratando de DEPRESSÃO, acho que é o mínimo da RESPONSABILIDADE prestar atenção nisso sob pena de estar fazendo junto com eles.

Quem se omite faz junto. Quem permite, também.

Anônimo disse...

Oi, nunca tive depressão mas tenho minha opinião sobre o assunto. Acho que de maneira geral as pessoas usam a palavra indevidamente. Quando perdemos um ente querido, ou terminamos um relacionamento de muito tempo, as vezes passamos por uma fase muito difícil, sem parecer que exista uma "luz no fim do tunel" e dizemos que estamos deprimidos. Mas esta não é a real depressão.

Pelo que entendo, como já dito em alguns comentários, a depressão é um problema químico no cerebro. E portanto é necessário usar medicamentos e fazer psicoterapia para passar por isso.

Eu acho pelo que vc falou que seu problema é a depressão de fato, mas sua mãe acha que é a "depressão" do primeiro caso. Talvez também por voce estar na adolescencia sua mãe pense também que vc está com hormonios em ebulição. Eu sei que ela tem sido dura com voce, mas os pais também erram e as vezes são duros demais com a gente.

Não desista, siga em frente e procure sempre sair desse estado.
Te desejo toda sorte.

Com carinho, Robson/SJCampos

NS disse...

Eu não tenho depressão, mas já passei por ansiedades extremas. Hoje, tenho um "leve" TOC (leve entre aspas pq TOC nunca é leve totalmente! Alguém aqui mais passa por isso?

titia disse...

Meu apoio total pra você, I. Minha mãe teve depressão severa sintomas físicos inclusive, e passou três meses sem poder sair de casa Depressão é séria e pode alterar a química do cérebro se não for tratada, causando deficiência na produção e síntese das substâncias responsáveis pelo bem estar - o que exige medicação pra colocar esses processos no lugar. Se você já tem 18 anos e uma certa liberdade pra sair, procure um atendimento universitário e se trate. Converse com seu pai e sua avó, leve os dois pra um profissional de saúde que possa explicar a eles como funciona a depressão e como trata-la. Sinto muito pela sua mãe, I. Meu pai é parecido com ela, acha que doenças da mente não existem e tudo que dá errado na mente é falta do que fazer. E olha que ele mesmo tem problemas psicológicos, mas prefere fingir que não tem nada errado na esperança que essas coisas desapareçam. Capaz que sua mãe seja assim, e não dá pra dobrar esse tipo de gente porque eles não querem admitir que sabem que você tem um problema já que isso os forçaria a admitir que eles tem problemas também; esse tipo de gente você tem que contornar. Invista no su pai e na sua avó. Boa sorte pra você e saiba que aqui você não precisa fingir que está tudo certo.

Alícia, o bullying causa muitos danos psicológicos e tanto pode ser um gatilho quanto um agravante da depressão. Não costuma ser a causa da depressão sozinho, mas dependendo da intensidade e do tipo o bullying pode sim causar depressão.

16:07 então por que você não embarca na sua máquina do tempo e volta pra essa época? "Carne de vaca" são vocês ignorantes imbecis, que acham que sabem tudo e que qualquer doença que não faça as pessoas sangrarem por todos os poros é frescura. Frescura é a de vocês que não tem nada a dizer mas não podem manter a porra da boca calada mesmo que o que você fala só vá magoar uma pessoa. Se não acredita em depressão não leia o post e mantenha o seu cuspidor de mimimi calado. Não é difícil eu te garanto. É só se ligar que ninguém vai morrer se você não der sua opinião. Ela não é tão importante assim, viveremos e estaremos melhor sem ela. Passar mal.

11:13 morra seu lixo humano. Você está desperdiçando água, oxigênio e comida por nada. Morra logo e poupe recursos preciosos pra seres humanos que merecem.

15:02 porque sua experiência vale pra todos, né? Você deve é ser igual ao meu pai, cheio de problemas mas fingindo que eles não existem pra ver se somem. Dica de quem entende do assunto, amorzinho: eles NÃO somem se você fingir que não existem. Seus problemas continuam aí e vão explodir na primeira oportunidade. Entendeu? Os seus problemas psicológicos AINDA estão aí e NÃO vão sumir por você fingir que eles não existem. Vá se tratar seu ignorante sem empatia, isso sim vai resolver teus problemas.

Ragnr, vá arranjar logo um vicking pra chupar, assim você ocupa as mãos e a boca e talvez aprenda a cagar pelo buraco certo.

Anônimo disse...

Acho que o mais difícil nesses casos de depressão é o fato de ser um pessoa jovem. Muitos não compreendem como alguem com a idade da leitora, com toda a vida pela frente (e todo aquele clichê de juventude) possa estar se sentindo mal. Minha dica (não me sinto apta a dar conselhos) é: procure um especialista, sei que é dificil já que vc não tem autonomia mas quem sabe falando com o teu pai e avó. É muito difícil sair da depressão sozinha. Pq na realidade a depressão tem uma origem a com a terapia ficará mais fácil encontrar essa origem e trabalhar a questão que provoca a tua depressão. Sinta-se abraçada! Karine

Anônimo disse...

Deixa ver se eu entendi: vc tem saudade do tempo em que as pessoas passavam fome, é isso? Amigo, tenho umas novidades para. Primeiro, ainda tem muita gente passando necessidade, segundo: e daí? Pq existe um problema não pode existir outro? Ou problema é só aquilo que VOCÊ acha que é? E olha, mais uma notícia: nem todo mundo tem depressão, nem todo mundo é boderline, nem todo mundo é bipolar, mas sempre que alguém entra em negação quando se discute um determinado problema (como vc está fazendo), isso pode sim ser um sintoma destes mesmos problemas. Vai procurar ajuda.

Anônimo disse...

(Viviane)
Donadio e anon 18h47, não quero "passar a mão na cabeça" da Lola (nem acho que ela precise disso), mas acho que pode ser difícil para ela controlar todas as publicações do blog o tempo todo. O problema apontado por vocês também já aconteceu várias vezes aqui com relatos de estupro e abuso sexual infantil. E sim, isso é muito grave. Além da sugestão de moderação automática, podemos pedir outras sugestões a quem entende mais de informática. Quem se dispõe a ajudar?

Anônimo disse...

Se a pessoa pensa em suicidio ela precisa de um psiquiatra sim, de um remedio bom e um psicólogo competente, não é frescura.
Já tive depressão, já pensei em morrer, já até tentei. Hoje me sinto bem, a unica coisa que tenho é ansiedade demais, mas isso está tranquilo com relação a depressão.
Não é frescura, não subestime psicólogos, as pessoas costumam não gostar. A vida é curta demaiiss pra querer morrer, sei que nem tudo são rosas, mas aproveite. Viver é uma dádiva!
Não desista, não é pq tem depressão que tudo acabou, não desista jamais.
Melhoras!
Torço de coração para que fique bem.

Anônimo disse...

Também tenho depressão, gostei das dicas da Lola... Eu preciso dessas dicas, porque ás vezes esqueço de tomar banho e limpar meu quarto. O dia que eu faço isso, mesmo me arrastando e sem vontade, no final eu acabo me sentindo melhor.
Então tente essas dicas, tome esses cuidados contigo todos os dias, se force, no final vale a pena. Olha, quando eu lembro que que to com 24 anos e ainda fico 3 dias deitada numa cama com o cabelo oleoso...eu me sinto péssima. Mas não adianta... Depressão você nao pode se descuidar, que quando vê você está afundada nela.
Eu to desempregada e sem estudar, mas se ainda preciso me vigiar pra trocar de pijama, lavar o rosto todos os dias e regar minhas plantas(ás vezes as coitadas tão murchas já) me sinto horrível. Mas coloquei na mente que preciso ir progredindo, começando do zero...
Eu também estou indo a um psiquiatra, eu deveria fazer um exercício física e ainda não consegui.
Querida, tente pensar só em você, esqueça o que os ignorantes pensam sobre a depressão... Ainda bem que você é esclarecida e sabe que isso é uma doença e não sua culpa.
Se cuida, segue essas dicas dos sites que a Lola indicou, pede pra sua mãe te deixar ir no psiquiatra novamente e NUNCA desista dos seus tratamentos(eu já cometi esse erro várias vezes). Se sua mãe tiver como, tente ir num psicólogo também.
Desista de fazer com que essa gente entenda o que é depressão, nem exponha os seus problemas pra eles, não vale a pena.
Se concentre na sua saúde, aceite a ajuda financeira dos seus pais para os seus tratamentos(mesmo que eles não acreditem, não tem problema) e ignore a ignorância alheia, é o que to tentando fazer.
Melhoras, querida!

Anônimo disse...

Apenas como sugestão, caso a autora queira procurar ajuda terapêutica, recomendo fortemente a linha da terapia breve. A intervenção do profissional é maior e a coisa é mais focada em resultados, em destrinchar um problema específico com objetividade no lugar de você passar 5 anos pagando consulta pra ficar fofocando sobre pai, mãe, mozão etc. sem chegar a nada de concreto na sua vida. Aí você escolhe qual funciona melhor pra você, se cognitiva, psicanalítica, comportamental etc., na internet você encontra todas as informações possíveis sobre como funciona cada um desses métodos. E vá de mente aberta, sem rebeldia.

Pagando particular ou pelo plano de saúde, ultimamente está sendo cada vez mais comum essa terapeutica aplicada em grupo. Não tenha medo, não tenha vergonha, o grupo é uma coisa ótima. É muito mais fácil a gente ver um problema no outro do que em nós mesmos. Em certos meios isso é chamado de "espelho", você se vê no outro e aprende a se reconhecer. Agora se não dá mesmo grupo, é uma coisa sofrida demais para você, aí você busca o atendimento individual. Tem gente que atende até por Skype. Vários coletivos feministas oferecem terapia às mulheres por preços melhores, procure por eles no Facebook.

Uma outra opção, que pode complementar as demais, é a busca por reuniões de grupos algumacoisa-anônimos. Depressivos anônimos, Suicidas anônimos. O modelo de trabalho é o básico dos 12 passos do Alcoolatras Anônimos só que mais importante que isso, lá você vai ter o grupo, os depoimentos desse grupo e ninguém vai te dar pitaco ou conselho, ali é que os tais espelhos funcionam como nunca. Tenta qualquer hora, busque na internet o que tem isso na sua cidade. Não tem problema ser menor de idade, ninguém vai pedir seu RG, ninguém vai contar pra sua mãe. Não vão nem perguntar seu nome. Não paga nada, só se você quiser contribuir com alguma coisa, mas não existe obrigação de fazer isso.

Porque depressão é uma coisa muito abrangente que tem bilhões de causas né? De repente é um negócio aí que está trancando sua vida e que você nem enxergou. Começou a ver, começou a resolver.

Procure uns videos no Youtube do Luiz Gasparetto sobre depressão, ansiedade, apego ao passado e o que mais lhe servir. Geralmente são audios do extinto programa de rádio dele e dos cursos que ele promove. Coloca assim na busca do Google:

Gasparetto depressão
ou Gasparetto ansiedade

Procure também no Youtube por Robina Courtin - Seja seu próprio terapeuta. É uma monja.

Não se deixe assustar pelo lado religioso ou místico de algumas coisas que eles vão dizer, despreze se quiser e se concentre nas técnicas. Você vai aprender a se conhecer melhor e a se influenciar menos pelo meio, pelos outros e pelo que colocamos dentro de nós por conta dos outros. É bacana, vai na fé.

Boa sorte e sucesso.

Anônimo disse...

Lola, é totalmente fora do assunto do post mas esse é o meio mais fácil de me comunicar com VC. Não sei se vc já recebeu esse link, mas seria muito importante divulgar. BJ grande!
Mari Caroni

NOTA EM DEFESA DA EBC E DA COMUNICAÇÃO PÚBLICA

Para assinar e divulgar! http://chn.ge/1TGvJiz

Pessoas e entidades podem assinar a nota pela petição online disponível no link.

Anônimo disse...

Eu jamais troco a psicologia por auto-ajuda.

Anônimo disse...

Desculpe sair do assunto (off), mas amei demais o protesto no Festival de Cannes e as manifestações nas sedes dos Ministérios da Cultura pelo Brasil.

Humberto de Alencar disse...

A questão é a seguinte: eu nunca tive depressão mas o fato de eu nunca ter tido não me dá o direito de desacreditar quem tem ou já teve. Ano passado minha esposa começou a agir de forma diferente e mesmo sem ser especialista no assunto eu comecei a desconfiar que a mesma pudesse estar passando por um quadro depressivo. Procurei conversar bastante com ela e a convenci a procurar um especialista o qual chegou exatamente a essa conclusão. Hoje ela está em tratamento, inclusive nos mudamos de cidade, procurando ficar mais próximos de seus parentes por recomendação médica e o resultado está vindo. A mesma já apresentou uma profunda melhora em seu quadro cínico. Quanto a alguns comentários, inclusive atestando que se a pessoa já teve problemas mais "sérios" não perderia tempo com "frescura" é um tremendo absurdo. Problema por problema, minha esposa já os teve, inclusive passou fome, teve moradia precária e outros problemas gerados pela falta de recursos quando criança e isso não a tornou imune à depressão que só veio a se manifestar recentemente, agora que ela já não é mais uma adolescente (para aqueles que acham que é "frescura" da idade). Concluindo, trata-se SIM de uma doença grave e que requer tratamento médico e o máximo apoio de familiares e amigos.

Humberto de Alencar disse...

Correção: " A mesma já apresentou uma profunda melhora em seu quadro CLÍNICO."

Gilcilene disse...

olá A.I, gostaria muito de ter um contato com vc, pois estou passando pelo mesmo problema, porém estou encontrando forças pra sair daquilo que eu achava que nunca iria passar, quem sabe eu não posso te ajudar e vc a mim? bjos, espero que vc seja realmente FELIZ!

Gilcilene disse...

meu email é gilci2011@hotmail.com

Anônimo disse...

Querida, ignore os trolls que vivem no porão da mamãe e querem te fazer sentir mal.
Como disseram antes, cada depressivo é um caso único; dicas podem te dar ideias de como lidar com a doença, mas NUNCA veja essas dicas como regras inflexíveis e indispensáveis. E resigne-se que você não "está" depressiva, que você É depressiva; colocar expectativas em uma "cura" só vai piorar a crise quando ela voltar.
Sua mãe provavelmente tem você como dependente em plano de saúde; peça a ela pra ficar com a SUA carteira do plano, a maioria prevê atendimento psiquiátrico/ psicológico. Descubra a quantas sessões você tem direito pelo plano e caso ela exija explicações sobre o uso da carteira, diga que você quer dar uma chance à terapia e q isso n significa passar a vida internada ou "abobada". Caso o plano não ofereça consultas psiquiátricas ou sua mãe faça escândalo pela situação, tente descobrir os grupos de auxílio anônimo ou se há tratamento gratuito/ barato em faculdades da sua cidade. Como disseram, depressão não é frescura e o tratamento vai ajudar.
Agora, as dicas pessoais que você não necessariamente precisa usar como regra.
1. Entenda que você não é obrigada a amar sua mãe ou qualquer familiar que trate sua doença como "frescura", "mimo" ou "falta do que fazer". Não significa odiá-los, ou tomar ações pra provocá-los. Apenas de que é natural deixar de sentir afeto por quem nos menospreza; e que se de um lado sua mãe tem dificuldades de lidar com a situação, de outro você não é obrigada a sentir amor por quem não lida bem com você.
2. Tente encontrar uma forma neutra de dar vazão aos seus sentimentos. No meu caso, escrever num blog é terapêutico; você pode tentar isso, ou desenhar, pintar, chorar, correr, compôr, o que quer que te traga alívio no lugar da auto mutilação.
3.No meu caso, tomar banho logo que acordo e arrumar a cama em algum ponto do dia (quando tenho um horário rígido me.incomoda, mas a flexibilidade me tranquiliza), trouxeram elementos de rotina que me ajudam a "enfrentar o dia"
4. Não coloque uma máscara o tempo todo, mas não tente fazer os precomceituosos entenderem a doença. Isso é papel de quem não está crise. Afaste-se de quem insiste que é "só ir em mais festas" e faz questão de falar merda comk os trolls do blog.

Graciema disse...

Olá I,

Te desejo força e amor nessa. Eu sei como é passar por isso, e a resistencia das pessoas em aceitar que só piora. Quando você depende totalmente dos pais, ainda, e eles não vêm isso como mais que frescura, é pavoroso.

Também estou a disposição para falar com você. Cada caso é um caso, mas existem estratégias para se lidar com isso, alguns tratamentos e grupos gratuitos, e um ouvido que não vai te julgar é sempre bom. Não vou disponibilizar meu e-mail pessoal aqui, em função dos trolls e dos discursos de odio, mas se tiver interesse, pode perguntar pra Lolla.

Mil beijos

Graciema

Graciema disse...

Olá I,

Te desejo força e amor nessa. Eu sei como é passar por isso, e a resistencia das pessoas em aceitar que só piora. Quando você depende totalmente dos pais, ainda, e eles não vêm isso como mais que frescura, é pavoroso.

Também estou a disposição para falar com você. Cada caso é um caso, mas existem estratégias para se lidar com isso, alguns tratamentos e grupos gratuitos, e um ouvido que não vai te julgar é sempre bom. Não vou disponibilizar meu e-mail pessoal aqui, em função dos trolls e dos discursos de odio, mas se tiver interesse, pode perguntar pra Lolla.

Mil beijos

Graciema

Anônimo disse...

Oi! Eu desejo força para você sair dessa!

Acho triste os pais diminuírem os problemas dos filhos - e enxerguei muito isso na sua história. Deve ser muito difícil para você, que é adolescente, que está começando a viver, não contar com o apoio deles. Olhando de fora, a impressão que passa é que eles não sabem - ou não querem - lidar com a situação, pois sua depressão talvez obrigue seus pais a olharem para o lado sombrio deles. Afinal, sua mãe é feminista e descolada, mas age de forma agressiva com você. Seu pai ora te trata bem, ora te trata com indiferença desde a infância. OU seja, eles também se beneficiariam bastante com um divã. E muitas vezes, um membro da família traz à tona, através de uma doença ou uma dificuldade, a sombra de todos os outros.

Existe uma técnica terapêutica chamada Constelações Familiares, criada pelo terapeuta Bert Hellinger, que baseia-se na idéia de que todos nós pertecemos a um sistema, que é a nossa família. Se algo acontece em uma geração que rompe essa harmonia (alguém é "expulso" da família, ou morre de forma trágica, por exemplo), um membro de outra geração pode expressar alguma dor por causa disso, mesmo sem conhecer a história da família. É como se todos os familiares estivessem ligados por uma rede, e o que afeta um, afeta a todos.

A constelação acontece em uma sessão única, podendo ser em grupo (é o mais comum) ou individual. Se você for de São Paulo/SP, há um lugar perto do metrô Tatuapé que oferece essa terapia de forma gratuita, sorteando a cada encontro uma pessoa para constelar seu problema.

O endereço é R. Fernandes Pinheiro, 298 - Vila Azevedo, São Paulo - SP, 03308-060
Telefone:(11) 2294-0485. Chama-se Arautos do Espiritismo. É um centro espírita, mas a constelação familiar não é tratamento espírita, nem espiritualista, é uma terapia apenas. Eles só oferecem de forma gratuita lá.

Tomara que ajude! Fui algumas vezes participar dessa terapia em grupo, e vi casos bem difíceis (depressão, alcoolismo) serem trabalhados de forma bem sensível. Vi uma vez, inclusive, o caso de uma jovem de 15 anos que sofria de depressão e havia parado de ir à escola.

Essa reportagem fala mais sobre essa terapia: https://www.youtube.com/watch?v=Iwa65KRalp4

Boa sorte!

NATTRAMN disse...

eu não creio na depressão como doença e sim como um estado mental momentanio e por isso mesmo de uns tempos pra cá passei a ter ódio pela direita política, pois a direita é pró-psiquiatria. penso seriamente em começar a votar no pt e me tornar de esquerda por causa do meu ódio pela direita e essa industria farmaceutica que lucra em cima da ignorancia.

Zrs disse...

Querida, não perca tempo, procure um CAPS na sua cidade. Em geral os tratamentos são ótimos, muito melhor que qler tratamento em rede privada, e sua mãe nem ficará sabendo.

Força.

NATTRAMN disse...

o lixo do olavo de carvalho que defende a psiquiatria e ainda é pró-manicomial, o idiota nao respeita os direitos humanos. pra ser de direita tem que ser aceito pela família, não pode nascer numa família desfuncional, é algo que exclui muita gente. cada vez mais me inclino a esquerda, ate porque sofri lavagem cerebral de pais de direita e agora posso ver o que ta por tras, a podridão toda que o ser humano é.

Anônimo disse...

Ia comentar a mesma coisa.

Anônimo disse...

O relato não é de depressão. Parece mais personalidade borderline. Mas pode ter tido espisodios de depressão. A depressão não é eterna, não é algo que vão ficar para sempre na pessoa. São crises, episódios. A autora do post descreve um quadro duradouro.
Lola, você demonstrou desconhecimento sobre a depressão na sua resposta é fez o que as pessoas ignorantes no assunto fazem. Você postou um link sugerindo mudanças de comportamento para melhorar a depressão (tirar o pijama, ETC). Depressão não melhora assim. É doenca física, precisa de medicamentos.

Anônimo disse...

Essa mãe está precisando de apoio psicológico URGENTE!
Em uma análise mais profunda, talvez se descubra inclusive que ela (a mãe) é uma das maiores responsáveis pela depressão da filha....

Anônimo disse...

Lola,
Com carinho, vou dar uma dica. Reveja seus preconceitos sobre o tema.
Você postou um link falando exatamente do que a autora se queixa. O texto fala para ela trocar de roupa, tirar o pijama, etc. Como se a doença psiquiátrica fosse culpa dela não se esforçar o bastante para melhorar.
Ela precisa de tratamento médico. Medicação. Psicoterapia baseada em evidências como a TCC, e não ficar anos em psicanálise.

Nuvem

Anônimo disse...

"Eu jamais troco a psicologia por auto-ajuda."

Bobagem, não existe OUTRA ajuda que não seja a autoajuda.

Se a pessoa não quer se tratar, e isso acontece com frequência, não adianta socá-la dentro de consultório de psicólogo ou mandá-la ao psiquiatra se entupir de remédios. Vira criança, faz birra, cospe remédio, se sabota. Como as pessoas que operam o estômago mas não tratam da cabeça primeiro. Ficam lá com o estômago pequeno mas bebendo leite condensado de canudinho.

Cabeça é coisa séria, tão séria que a iniciativa de sair de uma situação ruim tem que, necessariamente, partir da própria pessoa. Aí vale livro, vale terapia, vale terapia em grupo, vale até religião, quem somos nós para julgar o sofrimento de alguém? Vale Louise Hay, vale Gasparetto, vale Bel Pesci, vale tomar sol, vale fazer curso, vale o que funcionar para aquele ser individual e suas mazelas e acometimentos idem.

O que NÃO VALE é achar que é frescura, que só existe um jeito de resolver, que todo mundo é feliz pra caralho menos você, que o remédio sozinho vai resolver tudo, que tudo é doença, que isso é falta de se ocupar, que "com tanta gente passando fome por aí...", as asneiras que pessoas com mazelas mentais escutam. Que não ajudam. Que aparecem da boca de gente que jura por deus que te ama mas na verdade só quer tripudiar em cima de você, mesmo dentro da sua própria casa.

Sem ajudar a si próprio você nem permite que a ajuda de fora chegue a você.

Autoajuda é do caralho!

Anônimo disse...

Minha sobrinha teve depressão ,TV todos os motivos possíveis para um ser humano,pai alcoólatra, um irmão morto aos 20 anos assacinado por problemas com droga outro com AIDS,ela trabalhava os irmão a roubava teve um fihlo aos qu anos onde o pai não o reconhece,é hoje esse filho tem DTA casou-de agora tem uma filha linda perfeita mas ainda tem resquícios de depressão,perdeu seu emprego ,não consegui se aposentar por invalidez porque depressão não dá direito a isso sofreu muito foi internada já até no sanatório mas hoje tá bem controlada a doença sua mãe mesmo sendo uma pessoa analfabeta sem nenhuma construção fez tudo o que pode e faz até hoje ,pessoas com depressão precisa muito de ajuda não julgamento.quem vê de fora as vezes não consegue fazer muita coisa,mas que você vá na cada da pessoa e varre a casa já é de grande ajuda.

Zrs disse...

Querida,

Toda ajuda é ajuda. Vai testando os caminhos possíveis para você. Fiz anos (mais de 10) de tratamento psiquiátrico e diferentes terapias, mas fui só melhorar mesmo, ter mais qualidade de vida, quando busquei outros caminhos relacionados ao autoconhecimento, que alguns até ridicularizam: mudei drasticamente a alimentação, entrei de cabeça no yoga (faço em casa, todos os dias), faço meditação (foi um grande Up na minha vida), parei de beber e venho conhecendo um pouco mais sobre o budismo, uma grande filosofia da mente (aliás, só consegui ir para o budismo devido a sua ponte com as ciências cognitivas, com a física quântica, com a filosofia, etc; quero conhecer mais sobre as diferentes formas pelas quais a mente atua, e tem sido uma grata experiência).

Creio que você já está no caminho, quer ajuda, então vá atrás. Sua mãe, apesar de feminista, liberal, etc, tem sérias limitações, então deixe ela com os pensamentos dela e siga os seus, pois só você sabe o que vem te matando por dentro.
Precisando de um lero, chega junto aqui.
Beijos e força.

NATTRAMN disse...

'' venho conhecendo um pouco mais sobre o budismo,''

eu tenho livro de budismo ortodoxo dhamapada, diz ''o sábio é uma ilha''' pura sabedoria ancestral. repara que o capitalismo, psiquiatria e psicologia freudiana diz exatamente o contrário, apenas pra incentivar o consumismo, por isso a falta de respeito da psiquiatria com a liberdade do ser humano. quero que se foda o consumismo, os ricos inventam esse politicamente correto apenas pra manipular, deixar o gado em cheque, consumindo passivamente

com certeza quem compreende a ideia de que o sabio é uma ilha, a pessoa entre num outro estado mental de existenncia, ninguem assim seráa depressivo, é como ver o mundo como total desprezo, é como viver a vida como um espectador e nao como alguem que faz parte do sistema

Anônimo disse...

Menina, não sei se ja falaram, mas faça acupuntura. Tem estudos sérios que provam que funciona... procure alguns desses estudos na internet. O melhor: nao tem efeito colateral.

A acupuntura mudou minha vida. Espero que funciona pra ti tb.
Abraço

Zrs disse...

Acupuntura é ótima. Meditação tb, são muitos os estudos que abordam os inúmeros benefícios destas práticas. Medicina Ayurvédica e chinesa, que são milenares, anteriores a nossa medicina,são excelentes tb. Aliás, vários tratamentos ditos, de forma pejorativa, como alternativos, trazem resultados fantásticos. Enfim, existe uma infinidade de tratamentos possíveis hoje (desde grupos como os AAs, a psiquiatria, terapias, etc), vale muito a pena buscar.

Anônimo disse...

Na real.. é foda. todo mundo acha que entende depressão e todo mundo tem um conselho pra dar, mas sério mesmo.. não tem um caminho que vá te salvar. Não tem um medicamento que vá ser o ideal pra você. A depressão é o mal do século, mas é algo único pra cada pessoa. Mesmo que procure um psiquiatra saiba que o caminho é longo - mas que no final vale a pena.

Você sabe o que te faz mal. E nesse momento é insistir com sua mãe pra ela te entender. E na boa, não insista. Ela não está pronta pra isso. Procure pessoas que te ajudem. Tem grupos de apoios pra isso, que vão te ajudar mil vezes mais do que qualquer pessoa que você cresceu junto. É meio triste isso, pensar que as pessoas que estão a sua volta não vão te entender, mas realmente é algo complicado demais e único.

Saiba que você não é fraca ou frágil. Mas que nesse momento você precisa de pessoas que te entendam. Se quiser conversar com alguém meu e-mail é mariana.es-nobe@outlook.com

E uma das coisas que mais fez diferença no meu caso - que trato de uma depressão - foi ouvir: não é você falando, é a doença. Então quando não desejar viver, saiba que isso não é a doença falando por você e que você pode se dar uma chance.

Anônimo disse...

Eu tenho distimia (depressão leve e crónica) um tempo ela aprofundou. A medicina ajuda muito, viu. Nem tudo é capitalismo selvagem. Encontrei profissionais bastante comprometidos em amenizar meu sofrimento. Demorou, mas valeu a pena.
Força ae.