sábado, 7 de maio de 2016

POR REGRAS DEFINIDAS NO MASTERCHEF

Anteontem uma leitora anônima deixou um comentário perguntando se eu acompanhava o MasterChef e se eu tinha visto "o racismo da galera contra a Gleice só porque a Gabi foi eliminada e ela não".
Eu respondi que sim, acompanho e adoro MasterChef, o único programa que vejo na TV. Mas que não tinha visto o "racismo da galera", até porque o programa é na terça e eu passei quarta inteira em Brasília, sem chegar perto da internet. Procurei as manifestações racistas ontem, mas não encontrei muita coisa (devem estar nos tuítes e páginas do FB, que não aparecem nos sites de busca). Só fiquei sabendo que a eliminação foi polêmica
O que aconteceu foi o seguinte: no que foi uma das provas mais difíceis de todas as três edições do programa (e eu nunca entendo por que os competidores ficam tão receosos quando têm que fazer doces; pra mim, cozinhar um bolo é bem menos complicado que um prato sofisticado salgado), os participantes foram forçados a preparar macarons. Aquele doce que não deve chegar perto de um alfajor e que eu eu me arrependo muito de não ter experimentado quando estive em Paris, cinco anos atrás, mas era caro e eu sou pão dura, digo, economicamente responsável. 
A maior parte dos participantes se saiu muito, muito mal na prova. As cores não estavam bonitas (corante demais), a massa não ficou lisinha. E isso que a gente não tem nem ideia do sabor. Mas sem dúvida as duas que se deram pior foram Gleice e Gabriella.
Gleice é uma jovem de 20 anos, pobre, negra, humilde. Ela comoveu quem tem coração logo na estreia desta edição do MasterChef, quando ficamos sabendo que seu irmão foi assassinado uma semana antes da sua audição. Ela é querida e simpática, e lógico que minha torcida é por ela e por Lee, mas eles são bem fracos, se comparados a alguns outros participantes. 
Gleice é inexperiente. Tem muita coisa que ela não sabe, ainda mais quando falamos na arte elitista da gastronomia. Suas chances de vencer o programa são minúsculas, talvez inexistentes. Porém, quanto mais tempo ficar, melhor pra ela e pra quem é a favor da diversidade.
Gabriella é também jovem, 28 anos, se não me engano, branca, loira, classe média, engenheira química. No começo do programa eu pensei que ela seria uma das favoritas, pois ela tinha boa técnica. No entanto, nos últimos dois episódios, decepcionou. E o MasterChef não é como um Aprendiz da vida, que leva em consideração a proeza do participante em todos os episódios. Nas provas culinárias, se alguém se sai mal, por melhor que seja, sai do programa.
Os macarons de Gleice
Foi uma decisão difícil pros jurados nesta terça. A regra era que cada participante tinha uma hora e meia (só uma hora e meia!) pra apresentar três macarons diferentes em cores e sabores. Gabi apresentou três iguais, aparentemente não muito ruins. Gleice apresentou três diferentes, mas todos com um aspecto horrível, de chiclete, e intragáveis, segundo um dos jurados.
Os jurados decidiram seguir a regra e eliminaram Gabi, o que deixou um monte de gente zangada, acusando o programa de favorecer Gleice por "pena". Acho esse tipo de crítica uma besteira. Mas também acho que as regras precisam ser melhor definidas. Afinal, na prova anterior Leonardo, o bonitão do programa, havia apresentado um bolo de apenas duas camadas, quando foram pedidas três. E ele não foi excluído. 
Se um participante não cumpre as exigências mínimas da prova, ele deve ser eliminado? Na minha opinião, sim. Mas e se mais de um não conseguir cumprir as exigências -- todos devem ser eliminados? Ou deve ser dado algum tipo de punição/ desvantagem e eliminar apenas o que não cumpriu as regras e entregou o pior prato? Nada disso está claro.
Que eu lembre, até agora, em nenhuma das edições, ninguém deixou de entregar um prato. Se um participante não fosse capaz de terminar a prova a tempo, ele deveria ser eliminado, certo? E então, vale mais a pena entregar qualquer coisa (como fez Gleice, e também Gabi, nesta última prova) ou não entregar nada?
Guilherme, Lee, Paola
Não acho que o programa foi injusto, só acho que as regras devem ser transparentes -- tanto pros participantes quanto pra gente. Gosto muito da Gleice, gostava muito da Gabi. Aliás, acho que não tem ninguém lá que eu não goste. Até o Guilherme, arrogante e intratável no começo, deu uma melhorada (se bem que isso de querer pegar todo o açúcar numa prova de doce pra deixar os adversários sem um ingrediente chave não é nem um pouco ético e não deveria ser permitido). Talvez quem eu menos goste mesmo seja o Fogaça, um dos jurados, grosso e mal-educado. 
Adoro o MasterChef e acho um avanço incrível que, numa área em que 90% dos profissionais são homens, duas mulheres foram as vencedoras das primeiras edições. Adoraria que uma mulher negra (ou um homem negro) ganhasse. Mas dificilmente será desta vez. 

56 comentários:

A. disse...

Acabei de escrever um comentário enorme no outro post enquanto a Lola postava esse. Aliás, não sei como alguém não consegue enxergar injustiça nessa eliminação, mesmo. Não assisto mais, o programa perdeu toda a moral que tinha.

Anônimo disse...

Tem uma foto dos macarons da Gabriella?

Anônimo disse...

Olha, realmente achei que foi uma injustiça.

Os juízes sempre dizem que não adianta entregar algo se o sabor não presta. Ouvi isso em vários episódios e em especial no episódio do tartare. O Leonardo foi avaliado baseado nessa lógica na prova dos bolos. Não entregou as camadas, mas o bolo estava razoável. Idêntico a situação da Gabi.

A Gleisi não entregou os macarones, entregou qualquer coisa. Antes do visual vem o sabor, no meu entendimento do show.

Não acredito que os juízes tiveram pena e isso não ficou transparecido em nenhum momento, mas foram muito, muito injustos.

Anônimo disse...

O Guilherme é um porre. Aqueles gerentes que repetem frases de auto ajuda e bordões empresariais.

"Adoro desafios"
"Quanto mais difícil, melhor. Gosto de vencer"
"Sou muito competitivo"

Se eu tivesse no show, manda o sujeito lamber saco na puta que pariu.

titia disse...

Eu não assisto MasterChef, mas assisto um programa chamado Guerra dos Cupcakes e algumas regras dos dois programas são bem parecidas. Geralmente quem não cumpre os termos do desafio (não fez a quantidade determinada, não decorou, não fez a variedade de sabores pedida, fez comida ruim, etc.) é eliminado. Em um episódio o confeiteiro fez 3 cupcakes com a mesma massa, só com coberturas diferentes, e foi eliminado porque não eram 3 sabores; em outro, a confeiteira não terminou os 3 bolinhos pedidos e foi expulsa mesmo quando os bolinhos das rivais eram péssimos. Provavelmente o que aconteceu foi que os macarons feitos pela Gleice estavam ruins, mas ela cumpriu a regra de fazer 3 sabores diferentes, enquanto a Gabriela fez todos os macarons do mesmo sabor (e os dela provavelmente ficaram ruins também). A galega não cumpriu as regras da prova e foi eliminada, ponto. Nesses programas de competição culinária quem infringe as regras sai primeiro.

E não me surpreende nem um pouco que os lixos humanos tenham feito declarações racistas contra a moça. Sempre que algum político do PT faz besteira e é denunciado, a avalanche de merda racista contra o nordeste enche mil Cantareiras - como se só as pessoas do nordestes elegessem políticos corruptos, cometessem fraudes em programas sociais ou tivessem votado no pessoal do PT que eles tanto desprezam.

lola aronovich disse...

Anon das 16:19, eu tinha visto uma foto dos macarons da Gabi, mas agora não estou encontrando de jeito nenhum. Se encontrarem, postem aqui. Mas eles não tinham corante, isso eu lembro. E eram iguais.

Anônimo disse...

Para a tal "titia": os macarons da Gabriella eram de mesma cor, mas de sabores diferentes. Apesar dela ter sido eliminada pela tal regra (apesar de terem regrado que era pra ser um MACARON, não uma massinha colorida crua...), em outra prova não consideraram a regra do bolo de três camadas, então foi injustiça, sim.

Anônimo disse...

Os da Gabriela não estavam ruins, eles falaram. E os recheios eram diferentes.

Anônimo disse...

Os jurados têm sim pena da Gleice, ela não leva patada nenhuma mesmo cozinhando coisas péssimas. Aliás Lola, os 3 jurados são grossos, e eu acho que eles foram orientados assim e parte da graça do programa acabou sendo essa. Mas o Fogaça por incrível que pareça eu tenho a impressão de ser o mais gente boa dos 3. Sigo ele no facebook e noto isso.
Enfim tb me revoltei com os critérios de eliminação pq semana passada um participante foi eliminado justamente pq o bolo que ele fez estava intragável, e o outro não seguiu as regras mas estava bonzinho, e ficou. Pareceu sim que só deixaram a Gleice por dó, aliás os próprios participantes estão tratando ela como café com leite. Outro dia um comentou algo como " Gleice estava tranquila porque sabia que ia ser salva por alguém". Ela não é boa e já deveria ter saído há tempos.

Anônimo disse...

Eu assisto e essa Gleice não cozinha nada!! No mesmo dia, uma das provas era para identificar diversos alimentos e ela errou tudo. Não soube identificar nem a jabuticaba. Ela ainda está ali porque o programa precisa de uma drama pra dar audiência, já que a história dela é triste, e porque é visível a pena que os jurados sentem dela. Até o momento, a Gleice não entregou um prato realmente bom. Sinto muito, mas tudo isso são fatos, é só assistir. Mas tudo bem, se criticar a habilidade na cozinha de uma participante negra é racismo, então estou sendo racista. Uma dica pra quem não acompanha e caiu de paraquedas na história, é procurar vídeos da trajetória da Gleice no programa.

Sobre o obrigatoriedade de ser macarons coloridos, em outro programa pediram bolos em 3 camadas, um dos participante entregou um bolo com apenas 1 camada e nada aconteceu com ele, tá lá até hoje. Cadê a coerência desses jurados? Foi por isso que criticaram a permanência da Gleice também. Porque a regra só valeu quando o dela estava na reta.

Anônimo disse...

(Viviane)
Como eu disse no post anterior (e voltei lá para ler o texto da A.), não assisto a esse programa e não tenho como opinar. Também não li os tais comentários racistas e, se a A. diz que foram muito poucos, acredito nela.
Entretanto, penso que o X da questão é o apontado pela titia: qualquer notícia envolvendo minorias sociais atrai comentários desse tipo. Parece que existem grupos na internet (os "mascus" que infestam este blog podem ser um desses grupos) que se dedicam a atacar essas minorias, usando qualquer pretexto.
Posso estar sendo pretensiosa, mas acho que esta deveria ser a discussão.

Anônimo disse...

Acompanho o programa desde a primeira edição. Acompanhei a polêmica da última eliminação. É preciso focar na Gleice enquanto cozinheira e na estranha decisão dos jurados em invocar regras, quando, no programa passado não seguiram a regra. A Gleice é uma participante, cozinheira, fraca, cozinha medianamente e parece estar empurrando com a barriga o programam depois que percebeu a enorme compaixão que os jurados sentem por ela, porque eles nunca dão esporros nela, ainda que entregue um macaron parecendo chicletes. Diversos participantes estão pedindo para ela estudar mais, pois está perdida ali e isso já é visível. Quanto ao racismo, sempre vão existir idiotas racistas que julgarão as pessoas por sua cor e não por sua capacidade, então é melhor filtrar o que realmente importa. No Twitter, no dia da eliminação, vi as pessoas revoltadas por conta do coitadismo exagerado que está acontecendo, basta assistir para perceber, e por conta da tal da regra só lembrada e aplicada no caso dos macarons.

titia disse...

Bom, 16:55, pode ser, eu não assisto MasterChef nem quero assistir. Só contei pra Lola como geralmente funcionam esses programas de competição culinária e um provável motivo pra eliminação da Gabriela.

Anônimo disse...

Tá, mas quem liga pra esse programa????

Anônimo disse...

Um monte de gente vê. Dã.

Anônimo disse...

Vocês viram essa entrevista?
"Todas as evidências nos apontam que, por natureza, todos os homens são estupradores em potencial. É a nossa cultura, nossas leis, ética e crenças que nos impedem de sê-lo de fato."

http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/a-intima-historia-do-estupro-e-da-guerra

Anônimo disse...

continuação:
"Como impedir que estupros aconteçam? As chances diminuem muito quando os Exércitos são bem treinados e regulamentados. E, principalmente, temos que reconhecer que o estupro é algo que está profundamente incrustado em nossa natureza, sempre esteve conosco como espécie. Se não admitirmos isso, não tomaremos as medidas necessárias para prevenir que aconteça. E as mulheres têm também um papel importante, e devem revelar o que houve com elas, para que haja discussão. E isso, na minha opinião, demanda muito mais coragem do que pôr uma arma no ombro e ir à guerra..."

http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/a-intima-historia-do-estupro-e-da-guerra

Brenda disse...

Pra mim, as regras estão muito claras e a eliminação foi justa com o que o programa sempre pregou. SEMPRE que algum competidor não cumpriu o que a prova pediu, ele foi eliminado.
Na segunda temporada a Isabel, que terminou como campeã após voltar em repescagem, foi eliminado com um prato que foi um dos mais saborosos de acordo com os jurados, contra uma lasanha medíocre de outra participante, simplesmente porque eles não consideraram a lasanha dela uma "lasanha".
Nessa temporada, uma das provas foi replicar um prato oriental e o eliminado o foi por ter escolhido não colocar o molho que havia queimado no prato. Ou seja, ele não cumpriu o que foi pedido e foi eliminado.
Nessa prova do bolo citada, o bolo de 2 camadas não foi eliminado porque o outro participante fez um bolo que não manteve as 3 camadas pedidas e virou um bolo sem camada alguma. Então a eliminação ficou entre os 2 que não cumpriram o que a prova pedia.

E tem outro ponto importante: a maioria das pessoas errou o ponto da massa exatamente por errar a quantidade de corante, que fez as massas ficarem muito líquidas e mais difíceis de cozinhar. Ao apresentar macarrons sem corante algum, a Gabi se beneficiou por ter uma receita mais fácil de dar certo (a Paola sinalizou isso pra ela, inclusive). Tanto é que ela mesma escolheu não apresentar os coloridos porque eles estavam crus, ou seja, se ela tivesse cumprido o que a prova pedia ela TAMBÉM teria apresentado macarrons crus.

A regra principal é apresentar exatamente o que é pedido pra que as pessoas cozinhem e compitam em pé de igualdade. É muito mais fácil você fazer algo gostoso se você "burla" o que a prova pede e faz algo mais na sua zona de conforto e a ideia não é essa. Então, pra mim, a eliminação foi justa dentro do que o programa pede.

Brenda disse...

Outra coisa que me irritou foi o povo falando pra Gleice que ela tem que estudar, porque não reconheceu os alimentos. Isso é de uma arrogância sem tamanho.
Ninguém ali estudou nada, porque foram acertando o que já conheciam. Ninguém acertou broto de bambu ou folha de mostarda que são ingredientes comuns, exatamente porque nunca se preocuparam em estudar que aparência tinha originalmente.
A Gleice não conhecia os alimentos simplesmente porque ela nunca teve contato com eles, provavelmente. Já que muitas vezes não teve nem o que comer.
Não acho que ela tenha força pra ganhar o programa ou até competir no mesmo nível, mas essa condescendência com a garota irrita. Essa Thatiana que fez o comentário que ela precisa estudar foi a mesma que num outro episódio disse que ela tava cagando porque sabia que seria salva. Tô só observando essa mulher...

Rafael disse...

Foi injusta sim,e ela esta ciente que os jurados sao condescendentes com ela,fica claro nas provas.Lola,Paola ajudou os estudantes nas ocupacoes passadas,sabia disso?

Anônimo disse...

"A Gleice não conhecia os alimentos simplesmente porque ela nunca teve contato com ele"

O que ela está fazendo no programa então se ela não conhece coisas básicos como mel, semente de abóbora e jabuticaba? Ganhar uma oportunidade na vida? E ela não aproveita fazendo um estudo mínimo sobre ingredientes? Você acha absurdo criticá-la por não estudar e ainda acha correto ela continuar sendo empurrada no programa, mesmo mostrando incompetência na cozinha? Pelo amor de Deus, o MasterChef virou a casa da mãe Joana.

Sobre o bolo, ele fez as três camadas, mas foi eliminado pelo fato do bolo ter ficado horrível, enquanto o de duas camadas ficou aceitável, embora não seguisse a regra.

"Essa Thatiana que fez o comentário que ela precisa estudar foi a mesma que num outro episódio disse que ela tava cagando porque sabia que seria salva."

Ela continua errada no que disse por isso? Não acho mesmo. Ela precisa estudar, e muito.

Anônimo disse...

O macho, arma de destruição em massa: http://brasil.elpais.com/brasil/2014/01/25/opinion/1390669671_059501.html

Anônimo disse...

Já que citaram estupro aqui nos comentários, vai uma pergunta: quando uma mulher é estuprada por um de menor,é justo que ele só receba medidas sócio educativas?

Anônimo disse...

Ragnar, vai chupar o pau de um viking.

Anônimo disse...

Para mim ele deveria ser preso como os outros estupradores maiores de idade. Leia um desses post da lola falando sobre isso e vai ver que nos comentarios a maioria é a favor que o estuprador menor seja preso. Para mim,não existe desculpa para estupro.

Anônimo disse...

Medidas mais severas para o estupro faria com que os homens normais tivessem medo de consumir o ato. Castração fisica ou quimica e prisão perpetua são boas opções para minha opinião.

Anônimo disse...

Reconheçamos: os homens são a maior arma de destruição em massa que a história da humanidade já viu, e há 3,5 bilhões deles à solta por aí. Podemos proibir as armas grandes, as armas pequenas, as minas terrestres, as bombas de fósforo ou de fragmentação, as armas bacteriológicas, químicas e nucleares, mas no final estaremos sempre no mesmo lugar: por trás de cada arma haverá um homem.

Anônimo disse...

O Masterchef não é programa social, eles não têm que dar um desconto pra quem não teve oportunidades não, oxe.

Anônimo disse...

Segundo a ONU 95% dos criminosos são homens, incluindo furtod,assassinatos,estupros,massacres etc. Em todos os paises do mundo, os homens são 90% dos criminosos. Falam que as mulheres querem culpar os homens MAS A PORRA DOS DADOS E FATOS PROVAM TUDO. Porfavor garotas, dem pelo menos uma olhada na entrevista sobre "a intima historia sobre estupro e guerra "e "macho como arma de destruição". Se me acham misandrica por isso, tirem suas proprias conclusões lendo essas pesquisas QUE OS PROPRIOS HOMENS FIZERAM, Já que algumas mulheres não conseguem ver a realidade.

Anônimo disse...

Não acho que o problema de estupro no Brasil seja pena branda, mas o fato que as pessoas não consideram porra nenhuma como estupro nem assédio. "Ah, mas tá na lei", tá na lei mas não cumpre. Porque a não ser que você apareça na delegacia com a vagina destroçada, policial nem delegado querem investigar sua denúncia. Se você quiser fazer bo contra um filho da puta que agarrou seu braço, que te empurrou, cuspiu em você na rua, "nossa, você tá exagerando", "infelizmente estamos estamos atendendo casos mais graves no momento", "tem ctz que você quer perder seu tempo só por causa disso?". Se você vai na delegacia denunciar estupro, se não estiver completamente destruída, ainda pior os "tem certeza que não transou e se arrependeu", "se não quisesse, tava mais machucada", "se for mentira vai ser pior pra você, você sabe, né?". Estuprador fica tranquilo da impunidade não porque a pena é branda, mas porque ele sequer é investigado. Então não acho que endurecer a pena vai diminuir estupro. Pelo contrário, até. Se pena pra homicídio não for endurecida junto, vai ter estuprador preferindo matar a moça pra garantir que não haja denúncia; vai ter juiz ainda mais receoso de aplicar a pena máxima porque né, "destruir a vida do cara por causa disso".

Anônimo disse...

Masterchef ainda é um reality show e segue uma regra tácita dos realities sem votação popular. Quanto mais interessante a pessoa é para a edição, maior a sua chance de sobreviver. Gleice, por ser underdog, é mais interessante para a edição do programa do que Gabriella, que não tem uma personalidade para um reality, ou seja, construir uma boa personagem. Leonardo, que sobreviveu fazendo duas camadas, também era mais interessante para a edição (tanto que é um dos favoritos do público).

Injusto? Talvez.
Anormal? Nem um pouco. Super normal.

RedMonkey disse...

"Estuprador fica tranquilo da impunidade não porque a pena é branda, mas porque ele sequer é investigado." 13:20

Eu não enxergo o estupro como um crime premeditado, em que o autor coloca os "riscos e benefícios" na balança. Vejo como algo realizado impulsivamente e, portanto, penas mais duras ou investigações mais eficientes e imparciais, apesar de serem medidas extremamente importantes, exercerão pouco impacto sobre as taxas de tais crimes. Entendo que a redução significativa de tais delitos passe necessariamente pela revisão de determinados valores sociais vigentes.

Samantha disse...

Não é bem verdade que o Leonardo foi salvo e o que foi eliminado tinha feito um bolo tecnicamente correto. Se eu bem me lembro, a justificativa dos jurados para eliminarem o outro moço foi que o bolo dele era tão ruim, tão ruim que a camada sumiu e ele virou um bolo de duas camadas, igual ao do Leonardo. Daí se pôde levar em conta apenas o sabor, e não a técnica.

No caso da Gleice, apesar de eu achar ela péssima e querer que ela seja eliminada pra ontem, ela atendeu ao que foi pedido: fez três doces ruim, de cores diferentes. Gabriela apresentou um macaroon meia boca, mas com apenas uma cor de massa. Não tinha como salvá-la: se eles priorizarem o sabor e não o que foi pedido pela tarefa, no futuro todo mundo pode apresentar o prato pela metade alegando que se apresentasse o que foi pedido, estaria ruim.

Esse,inclusive, foi o critério para eliminarem outro candidato no prato japonês. Como o rapaz não apresentou o molho teryaki, ele não apresentou o prato e foi eliminado. O que apresentou tudo, foi salvo. Isso é um pouco lógico.

A regra do "se está ruim, não apresente", vale para quando a receita é do candidato. Um componente da sua criação ficou ruim? Tira. A carne ficou crua? Tira. Essa norma não pode nem deve valer para quando o candidato tem que apresentar um prato pré-definido.

Anônimo disse...

Alguem mais leu a intima historia do estupro e Guerra?

titia disse...

RedMonkey tem estupradores de ocasião, aqueles que veem uma mulher semiconsciente por causa da bebida e estupram. Mas tem sim muito estuprador que planeja, premedita e age pra estuprar, como os que botam droga na bebida das mulheres ou as fazem beber muito pra que elas fiquem vulneráveis. E tem os estupradores em série, que premeditam e planejam os crimes. Muitos tem materiais próprios pra prender ou amarrar as mulheres (e não usam outros, é a marca registrada deles, como fazem os assassinos em série), tem locais específicos pra cometer os crimes e vários escondem o rosto pra dificultar a identificação pelas vítimas. E tem esses casos de estupro como técnica de guerra mencionado no texto da Veja, que mais que certamente são premeditados e planejados.

Brenda disse...

O bolo que foi eliminado não ficou com as camadas definidas. Os próprios jurados falaram que misturou tudo e não ficaram as 3 camadas. Então entre dois bolos que não cumpriram o que a prova pedia, eliminaram o que tinha o pior sabor.

Ninguém acha que o masterchef é programa social e a Gleice não está sendo favorecida. Tanto que fez a mesma prova dos alimentos e tomou um vareio porque a regra serve pra todos. O que eu disse foi que comentar que ela precisa estudar é arrogante já que claramente inguém ali estudou nada, acertaram o que já conheciam e ela conhecia menos.

Sempre foi eliminado quem não cumpriu a regra. Como eu disse, se você não cumpre o que a regra pede fica mais fácil você fazer algo gostoso por estar mais na sua zona de conforto. A Gabi não apresentou os coloridos porque os dela também tavam crus, né.

Anônimo disse...

Se o bolo do moço lá perdeu uma camada porque derreteu, como aquilo que a Gleice fez pode ser considerado um macarron?

Se a Gabriela não cumpriu a prova por causa das cores, a Gleice ficou ainda mais longe porque não entregou o prato que deveria.

Anônimo disse...

OFF TOPIC

Sobre o dia das mães.. tenho visto vários comentários de feministas agressivos por conta do dia das mães. O Quebrando o Tabu fez um post dizendo que guerreiras são as mulheres que escolhem não ter filhos. Depois eles editaram. Vi várias feministas (eu acho que são) que não tem filhos debochando de mães dizendo "hoje é seu dia mas o resto do ano é nosso". Vi "mães de animais" - essas novidade eu descobri semana passada - dizendo que também são mães de cachorros/gatos. Eu to perdida. Não to entendendo nada.

Pra que isso essa agressividade com mães? Vamos diminuir as mães agora? Porque algumas feministas estão fazendo isso? Eu não tenho filho nem pretendo ter. To com 29 anos e bem tranquila quanto a isso mas acho o fim da picada o apagamento que estão tentando fazer com as mães.

Alguém mais notou isso?

devopsgirl disse...

ah pelo amor! o macaron da Gleice parecia uma diarreia, ela deveria ter saído. Fazendo desse jeito, o pessoal da direita e meritocracia vão começar a conquistar mais adeptos, ela tá ficando por coitadismo e não por talento. Quero uma mulher negra vencendo o Master? Sim! Mas ela tem que fazer por merecer, é uma competição. Por isso que eu não me digo de esquerda totalmente, pois tem coisas da esquerda que me dão ânsia. Como esse coitadismo.

Demandas da direita que eu apoio:
- Diminuição da maioridade penal
- Crianças longe da faculdade (nada de mãe levar crianças na faculdade, se eu to pagando uma faculdade, não quero aguentar choro de criança). As pessoas precisam se responsabilizar pelos seus atos. Vai ter que trancar a faculdade? É uma consequência de ter tido filho.Ninguém mandou. Por isso sou a favor do aborto, ae não teria essa desculpa que não dá pra abortar então o universo tem que aguentar tua cria.
- Porte de arma
- Menos dias para a licença maternidade. Eu não quero ser mãe, mas quem quer que arque com as consequências, que divida com seu/sua cônjuge
- Privatização das prisões.
- Se cometeu um erro e foi preso, é a vida, toda ação tem consequência, roubou? 20 anos de cadeia, regime fechado, queria ver esses vagabundinhos roubando se soubessem que não iriam pra fase, que ficariam 20 anos trabalhando numa prisão, regime fechado, sem progressão de pena.

Demandas da esquerda que eu apoio:
- Estado laico
- Mulher dona de seu corpo (aborto, laqueadura)
- Casamento homoafetivo
- Adoção de crianças por casais homoafetivos.
- Programas sociais como Pronatec.
- Cotas para negros que também apresentem dificuldades financeiras em vestibulares e concursos públicos.
- Bolsa família com parcimônia, acompanhamento e por tempo determinado (até 24 meses).

Não dá pra ser tão esquerdista e nem tão direitista, a esquerda vive num paraíso fictício, romanceado. Esquerda, entenda: As pessoas não são santas, pode se dar amor, carinho, estudo e ainda assim a pessoa se sair um marginal. Lugar de marginal é na cadeia o máximo que puder. Direita, entenda: não é possível lucro acima de lucro, tem que balancear o lucro com o bem estar social, mesmo que não seja por empatia, por economia: quanto menos pessoas na miséria, menos bandidos, porque obviamente, parte é má índole, mas parte é fruto de seu meio.

A esquerda precisa aprender com a direita e vice versa.

Mila disse...

As pessoas estão utilizando o episódio para descarregar o racismo internalizado, o que não se conforma que uma mulher negra e pobre esteja lá. Aproveitaram o episódio para vomitar "coitadismo", mimimi "ficou pq é negra". Opiniões que elas normalmente têm em outras áreas onde vejam um negro fora da senzala. Pode apostar que boa parte desses que estão indignados clamam não por critérios bem definidos, mas pq reclamariam em qualquer caso.
Esse final de semana assisti aos Master Chefs gringos. E realmente os critérios são pouco definidos. Tinha uma prova da 5a. temporada do Master Chef EUA no qual os chefs indicaram os piores participantes de uma prova (a do casamento, quem assistiu, saberá), sendo que eu achei injusta a indicação de um deles que assumiu o papel do líder e fez o grupo ter uma chance. Mas foram os critérios dos chefs né?
Nesta prova, foi pedido um bife mal passado com batata frita. O prato dos três tiveram problemas, mas o único que fez o bife mal passado (embora as batatas estivessem horríveis) foi o que se sobressaiu. Então depende muito dos critérios dos chefs, às vezes eles valorizam quem pelo menos tentou, outros dão valor ao sabor do prato... são critérios meio aleatórios.

Anônimo disse...

Bom saber que ainda existem pessoas sensatas. É difícil encontrar comentários coerentes num blog desses

Anônimo disse...

Não teve injustiça alguma. Quem fala isso ou não conhece o programa ou tem má fé. Eliminar a Gabi foi correto, foi seguindo as regras. Quem não lembra da melhor competidora da primeira edição, a Cecília, que saiu por não entregar o que foi pedido também? Se não entrega o proposto, é eliminado. Se acham a regra injusta, que reclamem com a Band. Mas ela existe e está lá, e é respeitada no programa.

Anônimo disse...

Acho que a Gleice não resistirá muito tempo, por não ter o conhecimento necessário.

Mas eles SEMPRE priorizam o cumprimento das regras, mesmo se outra pessoa tiver servido algo terrível! As pessoas tem que aceitar que é assim ou parar de ver o programa, se discordam das regras.

Que venha a repescagem pra Gabriela voltar.

B. disse...

Tão falando aí "a eliminação foi justa, porque seguiu as regras". A regra era "macarons de três cores e sabores diferentes". As duas quebraram as regras. A Gabriela, como falaram, pois não entregou as 3 cores.

Mas a Gleice também quebrou a regra, pq NÃO entregou um macaron. Aquilo não era macaron nem aqui nem na China.

Anônimo disse...

Adoro o masterchef, e sinceramente não vi nenhuma injustiça na eliminação de ninguém.
Acredito que critérios de jurados sejam subjetivos, que variem de um dia pro outro , e que jurado também ERRA, desculpa, são seres humanos. Um pouco da graça do programa está aí, em minha opinião.
Não acho que nenhum dos três seja grosso, não .Pra mim eles estão lá pra fazer tipo, os participantes sabem disso e aceitam. Essa é a graça de um relatou show,, ué.No infantil eles não podem pegar pesado nem fazer comentário sarcástico ( e com toda razão ) e por isso que o infantil pra mim não teve graça, com os jurados passando a mãos na cabeça das crianças o tempo.todo - ficou parecendo troca de carinhos ...rsrsrsr. ...
Quanto ao racismo, sinceramente não sei se enxerguei ou não,, mas uma coisa me deixou bastante curiosa : vi uma enxurrada de comentários falando da injustiça contra a Gabriela. Então, vamos inverter : e se Gabriela fosse negra e Gleice branca? ... A chuvada comentários indignados com a eliminação seria a mesma ? Não sei, por isso convido todos ( inclusive eu ) a essa reflexão.
De resto, não vi nenhuma. Injustiça não. Lembrei de uma moça que entregou um pétit gateau tecnicamente perfeito, mas cheio de sal e outra que entregou uma gororoba que não era pétit gateau, mas pelo menos tinha açúcar e não sal na massa. Na época consideraram o pétit gateau Salgado mais grave e eliminaram a dona dele....rsrs.... Então, acho que é muito mimimi pra pouca coisa. O programa tá aí pra gente relaxar. E a Gabriela terá oportunidade de falar amanhã , eles sempre deixam o eliminado falar na próxima edição. Vamos ver o que ela pensa.
Bjssss, saudade Lola ;)
Maria Valéria

Anônimo disse...

Só vim comentar que detesto grosseria de jurado. Nem sei quem são Gabi e Gleice e nunca assisti o programa, mas acho forçado essa mania de dar patada nos participantes porque a platéia carniceira acha educação e respeito entendiante. Uma vez assisti um programa nacional de gastronomia e o jeito como os juízes tratavam os integrantes era nojento, tinha até uns efeitos de som ridículos de desenho animado. Espero que não seja no Master Chef.

Dan

Biana disse...

Gente, na prova dos bolos em camadas o Leonardo não saiu porque o dele pelo menos tinha camada, já o do outro participante que saiu nem tinha, porque apesar dele ter feito as três, elas foram destruídas depois de cozinhadas. Cadê a injustiça? Menos.

Biana disse...

E teve aquela participante que queimou a carne e ficou só porque apresentou molho, e a outra, que é negra, saiu porque não apresentou molho e fez uma polenta que parecia um bolo. Mas quem é que come carne queimada pelamor?? Só falam que é injustiça quando uma branca loira de olhos azuis é eliminada em favor de uma negra. Pfff

Biana disse...

Na hora de "justificar injustiça", vocês só se lembram do que favorece o ponto de vista de vocês. A gleice não cozinha nada? Ela deve ser a única que não cozinha lá, não é mesmo? Claro... Se esqueceram daquela garota perguntando se um alimento que ela estava segurando era mandioca. Tem muito racismo aí sim, mas infelizmente, poucas pessoas veem. Assisti com minha familia e eles comentaram a mesma coisa que a galera daqui. Trágico.

Anônimo disse...

A Gabriella é loira, mas tem olhos castanhos escuros.

Anônimo disse...

Exatamente Fabianaaa.
Em todo reality show os jurados tomam decisões que parecem injustas. Isso faz parte de todos os realities shows culinários que já vi, tanto no Brasil quanto estrangeiros. Mas quando uma loira é desfavorecida em relação a uma negra, a Internet cai e todo mundo grita injustiça. Vou esperar aqui sentada se na próxima injustiça no MasterChef vai ter essa indignação toda.

Anônimo disse...

Por que estão falando que a Gleice não apresentou macarons? Aquilo não era a receita?

Saíram horríveis e se desfizeram, mas a proposta (três coloridos) foi cumprida. Se estavam ruins ou não ficaram o suficiente pra dar certo é outro ponto (e por isso ela correu risco de eliminação).

Anônimo disse...

Essa edição está bem ruim.

Alguns candidatos se destacam, mas muitos são dispensáveis, especialmente algumas moças, que parecem variações de uma pessoa só (sem contar uma carioca chata que faz de tudo pra ser engraçadona e virar meme).

Fora que tem gente demais, só com o objetivo de estender o programa e a emissora lucrar com isso.

Os jurados também mudaram, o Fogaça está bem grosso e a Paola, muito apagada. Só o Jacquin continua igual, dando as tiradas engraçadas/ríspidas dele mas também dando dicas pros participantes.

Daqui a pouco vira um Masterchef Australia, não acaba mais...

Anônimo disse...

anônima de 9 de maio de 2016 00:56, uma pergunta:

De que forma o fato de uma mulher se reivindicar mãe do animal que cria causa algum problema para outra mulher que é mãe de filhos humanos?

Como mãe de cão e de gente, não entendi.

Obviamente, sou mãe da minha filha. E me entendo como mãe do meu cão. E não entendo de que forma o modo com que levo minha vida diminui a qualidade de vida de alguma outra mana.

Fica parecendo aquele papo idiota de que permitir o casamento gay é um desrespeito ao casamento hétero, quando a gente sabe que a existência de um não interfere em nada a vida do outro.

Pergunta feita na boa, na sororidade. Quero realmente entender esse ponto de vista, cuja lógica me escapa. Abraço!

Aurea

Anônimo disse...

Aurea, você pode esperar sentada, porque não existe um argumento pra essa visão de mundo tacanha que algumas pessoas tem...

Anônimo disse...

A própria participante (a Gabi) disse algo extremamente arrogante pra outra: "eu tô saindo pra você ficar", como se a culpa fosse da piedade que os jurados tem pela Gleice, sé que a Gabi seria eliminada contra qualquer participante, porque ela NÃO CUMPRIU os requisitos do desafio.