sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O FEMINISMO E OS RELACIONAMENTOS AMOROSOS

A Carol H deixou um comentário interessante neste post. Como é um tema que não é tão abordado, gostaria de trazer essa discussão à tona. Primeiro, a Carol:

"Eu acho que enquanto o feminismo não abordar a questão dos relacionamentos amorosos, haverá poucas mudanças positivas e concretas na vida das mulheres.
Não precisa ser gringo, há também a questão de ter que ter dinheiro e/ou prestígio para ser 'um bom partido'. Já vi várias mulheres recusarem homens ótimos por causa deste detalhe extremamente machista e homens que se recusam a ficar com mulheres que eles consideram de um 'patamar' maior que o deles. Resultado: um monte de gente infeliz nos relacionamentos porque levam em consideração os desejos e imposições da sociedade capitalista e machista e não o que elas realmente querem ou sentem.
Sem falar que mulher sem homem, seja ficante, namorado ou marido, é um pária.
Pelo menos no meu meio social, que não é de gente sem acesso a dinheiro, cultura ou boas oportunidades, ainda é assim.
Tenho uma amiga de faculdade que parou de sair comigo assim que se formou, pois o namorado não deixava! Olha, este é um caso extremo, mas quantas mulheres que conhecemos abrem mão de empregos, vida social, interesses, hobbies, para 'cuidar do marido ou filhos'? Aposto que muitas, porque o medo de ser sozinha é enorme, em qualquer classe social.
A minoria bem aventurada que escreve aqui e encontra companheiros legais e tem oportunidade e escolha de se livrar da criação machista é muito pouca. Queria que isto fosse levado a todas mulheres, independente de renda, cor, classe social, que elas possam ser mais do que um simples objeto sexual ou objeto doméstico."

Minha resposta: Carol, você fala de várias perspectivas diferentes. Primeiro, sim, é verdade que a sociedade ainda vê "mulher sem homem" como uma pessoa fracassada. E também vê "homem sem mulher", a partir de uma certa idade, como alguém suspeito. Porém, pra variar, quem sofre mais cobrança é a mulher.
É esquisito, porque existe um ditado que tem tradução em várias línguas, o "antes só do que mal acompanhado". E, se existe esse ditado, é porque a ideia faz parte do senso comum. Acontece que, na realidade, pra mulher, esse ditado é invertido: vira "antes mal acompanhada do que só". Tem muita gente que considera melhor pra uma mulher ser casada com um grosseirão do que ser "solteirona", "ficar pra titia". Esse tipo de mentalidade serve como combustível para a violência doméstica -- mais vale aguentar umas agressões do que não ter um homem pra chamar de seu. Mesmo com a Lei Maria da Penha, ainda é grande o número de pessoas (mulheres inclusive) que acreditam que um marido afere respeito a uma mulher.
Logicamente, o feminismo luta contra esse (e tantos outros) preconceito. Não há nada de errado em não casar, em não namorar, em casar ou namorar uma mulher, em se separar se o relacionamento não está dando certo. Assim como não há nada de errado se um homem não quiser casar ou namorar. Aliás, se o cara for um ogro, tipo um mascuzão, dou todo o apoio para que ele não se relacione com ninguém. Feministas apoiam o marriage strike (greve de casamento) dos mascus!
Mas é totalmente normal que feministas foquem nos problemas das mulheres, não nos dos homens (os homens não têm um movimento pra eles? Por que será? Seria porque estão mais ocupados atacando feministas do que resolvendo seus problemas?). Assim, de modo geral, feministas não aconselham que esposas e mães abram mão da independência financeira para se dedicar exclusivamente à família. Mas o feminismo é a favor da liberdade, então também não condena as mulheres que optem por esse caminho. 
E isso de "cuidar do marido"?! Pfff. Mulher cuidar dos filhos (que são cada vez em menor número e cada vez mais depois de ter consolidado seu nível educacional e situação financeira) eu até entendo. Mas desde quando tem que cuidar do marido, como se ele fosse um crianção? Se isso já era ridículo em décadas passadas, quando muitas mulheres de classe média e alta não trabalhavam fora, imagina hoje, em que as mulheres já compõem quase metade de toda a força de trabalho?
O mundo mudou, e meu conselho, como feminista, é que se uma mulher estiver namorando com um carinha com essa mentalidade retrógrada, ela deve se afastar rapidinho. Porque o lugar pra esse tipo de pensamento é num museu. Imagina deixar de sair com amigxs porque o namorado não deixa! Troque de namorado com urgência. Ou fique sem namorado, que você sai no lucro.
Outra coisa que você fala é sobre o "bom partido". Como eu já disse, eu tive uma agência de casamento. Foi há quase vinte anos, e muita coisa mudou nessas duas décadas. O que mais me irritava na agência era que muitos homens já chegavam com uma ideia fixa da mulher que gostariam de conhecer (jovem, esbelta; vários pediam especificamente loiras), reduzindo toda a atração a algo tão supérfluo e passageiro como a aparência física, e muitas mulheres chegavam dizendo "Se não tiver carro, nem me apresente". 
Curiosamente, não eram as mulheres jovens que exigiam homem com carro. E nenhuma exigia homem rico. Mas as mais velhas, acima dos 35, 40 anos, tinham uma grande preocupação em não se envolver com homens de nível econômico e educacional inferior ao delas. Ainda é forte, tanto pra homens quanto pra mulheres, a ideia de que homens devem ganhar mais. 
Só que esse preconceito está começando a ruir. Com a maior escolaridade das mulheres, os salários vão um dia se equiparar, se a gente continuar pressionando. Hoje já arrisco dizer que quase todo mundo conhece um casal em que a esposa ganha mais que o marido. Se não conhece: muito prazer, meu nome é Lola. O bonitão ao meu lado é o Silvio.
Durante grande parte dos 24 anos que estou com o maridão, nós dois sempre trabalhamos, e nosso salário sempre foi equivalente, e sempre dividimos as contas (dinheiro nunca foi um problema na nossa relação, porque somos pão duros miseráveis pessoas economicamente responsáveis sem criatividade para gastar). No entanto, desde que me tornei professora universitária, passei a ganhar bem mais do que ele. Isso vai fazer cinco anos, e não afetou em nada nosso casamento. Ou melhor, afetou: hoje podemos guardar mais dinheiro e viajar mais, porque nossa renda como casal mais que dobrou. Até parece que vamos reclamar por conta disso!
Felizmente, eu e o maridão sempre fomos muito livres de estereótipos. Nosso relacionamento nunca se definiu como uma relação de poder. Um não manda no outro. Não medimos masculinidade (ou feminilidade) de acordo com os parâmetros ultrapassados da sociedade. Somos apenas pessoas. Felizes. Livres.
E quer saber? Não acho que somos tão minoria assim. Eu vejo cada vez mais gente tendo relacionamentos bacanas, sem amarras, com igualdade. Vejo cada vez mais gente se esforçando para enterrar a criação machista, racista, homofóbica, preconceituosa de forma geral, e começar de novo. 
Não é fácil. Mas é necessário. 

81 comentários:

Rodrigo disse...

"homens que se recusam a ficarem com mulheres que eles consideram de um 'patamar' maior que o deles"

Pois é. Mas o difícil é se livrar desse "complexo" de que temos que ser mais que elas. Sei que estou sendo machista, mas não dá pra se sentir seguro/confiante perante uma mulher mais rica, mais inteligente, ou muito atraente....

Anônimo disse...

Hahaha já ouvi muito o que o Rodrigo do primeiro comentário disse "... não dá pra se sentir seguro/confiante perante uma mulher mais rica, mais inteligente, ou muito atraente...."
Bom veja só... eu nunca fui a a mais atraente... longe disso rsrsrs para os modelos vigentes sou no máximo ajeitadinha... o que meus ex namorados (2) diziam que era difícil lidar comigo pq eu feria a masculinidade deles kkk... e porque disso??? Porque eu sabia trocar um limpador de para brisas, porque eu acordava cedo e ia trabalhar ao contrário de um deles que pegava $$ dos pais, porque eu pagava o que bebia/comia,Por ter opinião e etc...
Nunca foi diretamente ligado ao $$ mas ao fato de que ele ter dinheiro (mais que vc) faz com que te controle ou possa te controlar. Vi mulheres que trabalhavam e ganhavam salários equivalentes aos companheiros e eram controladas, pois existe o mito que homem controla melhor e nem absorvente essa pessoa tinha sem permissão.
Bom esse não foi meu caso, um desses ex percebeu que eu me achava igual e tentou me boicotar, me chamava de burra, de pobre (pertencíamos a classes sociais distintas) entre outras ofensas. Resultado terminei com ele... Hoje namoro outra pessoa e meu professor vivia dizendo que eu ia ganhar mais que meu namorado kkk

Anônimo disse...

Não acredito que seja machismo, Rodrigo. É inveja mesmo. Todo homem feio pobre fracassado que conheço são também gente ruim por causa da inveja. Eles também são inseguros perante homens ricos, inteligentes e/ou atraentes, não só com mulheres. Se fosse só com mulheres, aí é que seria machismo.

Danilo disse...

"mas não dá pra se sentir seguro/confiante perante uma mulher mais rica, mais inteligente, ou muito atraente...."


Não dar pra se sentir seguro porque você pode ser abandonado a qualquer momento por um homem muito melhor ou mais interessante do que você no ponto de vista da mulher.

Anônimo disse...

Feminista que se relaciona de forma amorosa com o inimigo opressor(uzomi) para mim e como judeu sentindo paixão por um nazi, ou escrava de senzala, se relacionando amorosamente com senho de casa grande.

Anônimo disse...

Homens são meramente utilitários.

Anônimo disse...

Adorei esse post, porque tem sido bem difícil pra mim encontrar um parceiro fixo. Como professora universitária, também percebo que esse lance de ganhar mais que eles perturba, sim. É a velha relação de poder que abate os relacionamentos e quando eu percebo, pulo fora logo. Tem também a divisão de tarefas domésticas: o companherismo passa longe e isso é geral, infelizmente (em geral, os homens não se amanciparam...!) Meu atual peguete vem almoçar comigo uma vez por semana e eu fico servindo o cara, pois ele não faz nada, não se oferece pra pôr a mesa ou lavar a louça, não ajuda mesmo! Já estou no meu limite por isso, e tento provocar melhoras, sutilmente, mas minha preguiça em "adestrar" é grande...rss... Então vou vivendo assim, aproveito o que há de bom em ter alguém na minha cama, mas um parceiro fixo, para curtir a vida junto e aproveitar o que um relacionamento a dois pode oferecer, está cada dia mais difícil pra mim. Porque estou ficando velha e exigente, engolindo pouco sapo e me contentando com a solidão do dia a dia....rss... Amor, hoje em dia, é luxo, gente!

Anônimo disse...

Meu marido ganha bem mais que eu no momento, mas tenho alguns planos de trabalho que possivelmente vão possibilitar que eu ganhe bem mais que ele. Nós sempre brincamos na frente dos outros que ele não vê a hora de eu ganhar mais pra ele ficar só dormindo, comendo e cuidando dos futuros filhos e as pessoas ficam escandalizadas com isso kkkkk. Somos extremamente julgados pela família por sermos diferentes ( vegetarianos, trabalhamos em casa, temos pensamentos esquerdosos e não diferenciamos coisas de homem e de mulher nas tarefas domésticas), já cheguei a perceber algumas espécies de "punições" contra nós dois. Eu não entendo pq o nosso modo de vida afronta tanto, o que eles tem mais raiva é que trabalhamos de pijama e relaxados, por mais que ganhemos bem ainda somos vistos como vagabundos.

Raven Deschain disse...

A parte de cuidar do marido me lembrou minha mãe. Meu pai (militar) cuidava do almoxarifado do quartel (fazia porríssima nenhuma) e minha mãe cuidava de cinco (5!!!!!) crianças em casa. Não me lembro, na minha infância, da minha mãe fazendo outra coisa senão correr atrás da gente limpando. Quando ele chegava, tomava banho, se estirava no sofá e esperava ela servir ele. E ela servia! Porra, cortava as unhas do pé dele! Chessus. Enquanto isso, como ele tinha controle financeiro, se ela precisava de roupa, calçado, anything, tinha q pedir. Q absurdo.

Anônimo disse...

Sorte sua ter conhecido alguém como o maridão, Lola, tá fácil não, rsrsrs...
Já vi de perto dois caras que se afastaram de mulheres que lhes interessaram ao verem que elas tinham mais estudo, mais dinheiro ou algum bem que eles não tinham, como carro.
Recentemente conheci um cara bem atraente, talz, mas após a troca de facebook me desinteressei por causa do tipo de coisa preconceituosa que ele compartilha o tempo todo. Uma amiga minha me questionou como eu posso me desinteressar de alguém "só por causa disso". Mas acho difícil manter um interesse real por uma pessoa que tem ideias que não admiro, se no meu meio está aparecendo mais caras do tipo "coxinha", prefiro ficar sozinha.

Anônimo disse...

Primeira fotinha do post do Anime No.6, mto bom aliás. <3

Anônimo disse...

Isso é fora mais pior do que isso é a geração de homens folgados que com a desculpa de ser feminista não querem pagar nenhuma conta, querem é ser vagabundos e aproveitar do dinheiro da gente

Anônimo disse...

Uma coisa é igualdade e outra é oportunismo. Daí o cara vê a mulher ganhando bem e acha que não precisa mais trabalhar...

Anônimo disse...

"Feminista que se relaciona de forma amorosa com o inimigo opressor(uzomi) para mim e como judeu sentindo paixão por um nazi, ou escrava de senzala, se relacionando amorosamente com senho de casa grande."

Juro que não li essa bosta, juro que não li!!!!
Quer dizer então que mulher feminista que sente atração sexual ou coisas do tipo por homens pq simplesmente são assim, nasceram assim, não pode se relacionar??? Que merda de lógica é essa?
É mt escrotice considerar que todo homem pelo simples fato de ter nascido homem é machista automaticamente como se o machismo não fosse uma construção social e cultural, e sim biológica!
Acaba reproduzindo a mesma ideia ridícula dos machistas de plantão de que toda mulher por ser mulher é automaticamente um ser inferior e objeto. É a mesma linha de raciocínio. Apenas os personagens são trocados.
Que "feminista" é essa, gente? Pra começo de conversa, o corpo da mulher é dela e ela se relaciona com quem quiser, sabia disso, "feminista"? Se não sabe tá sabendo agora.

Liana hc disse...

Um relacionamento anterior terminou por causa disso. O sujeito se achava um gentleman, mas era só machista mesmo. Muito cheio de rituais e trejeitos. Usava o que ele chamava de "educação" pra manter o controle, tentando manter as rédeas da situação. Tava fadado a durar pouco. Não tenho paciência com o tempo e a energia que se gasta por causa dessa insegurança e vaidade. Tem gente que pensa que eu sou moderninha. Achou que sou é preguiçosa e aprecio muito ter sossego. Tô numa fase que não vejo sentido em gastar tempo com gente assim.

Unknown disse...

Isso do marido não dividir as tarefas de casa e “não deixar” é palhaçada. E mais pallhaçada ainda é mulher que aceita isso. No passado até entendo que fosse diferente, pois sem poder economico não da para mandar a merda. Mas hoje em dia, mulher que tem renda e aceita isso é muito cabeçuda mesmo. Tenho dó não.

Anônimo disse...

Um conhecido meu namora há anos e trai a namorada com um monte de mulheres. Mas tá com ela pq a coitada faz tudo por ele, tudo mesmo! Faz a comida na casa dele, faz faxina na casa dele, cuidas dos pais dele, cuida da cadelinha dele...E ele? Faz porra nenhuma por ela. Aliás, a única coisa que faz é dizer o qt a namorada é chata, brava, ciumenta, irritante, isso, aquilo e sei lá mais o que.
Pra piorar, tão construindo uma casa pra viveram juntos no terreno dele. E quem mais contribui com a obra é ela pq ganha mais que ele. Ou seja, apesar dela ganhar mais, tem dupla, tripla jornada de trabalho pq trabalha, cuida da sua casa e da dele, e ainda constrói uma casa pra ele...
É de dar pena, mas a mulher se sente bem e realizada pq tem um macho do lado dela.
Triste, viu?

Anônimo disse...

Gente, escrevi acima sobre meu marido falar que vai ficar comendo e dormindo… é uma brincadeira, piada interna, ele jamais deixaria de trabalhar. Falamos isso pq a família dele é chata, acha que homens devem trabalhar e só isso, ele é muito criticado pq joga video game e isso não é coisa de homem. São pessoas presas a padrões estúpidos, acham que eu tenho que passar o dia inteiro limpando a casa e ele trabalhando, quando chegar a noite devemos assistir as novelas da Globo e dormir rs.

Ana disse...

A autora do post tem razão quando diz que esse tipo de pensamento traz infelicidade. Tenho uma conhecida que tem um longo histórico de problemas por isso. Quando você escolhe parceiro pela grana, deixa de lado as coisas essenciais.

Um dos namorados mais ricos dessa moça bateu nela – esmagou sua cabeça contra uma parede. Ela estava morando na mansão dele na época, vivendo às custas dele. Teve que ligar para o pai ir buscá-la, porque ela tinha medo de tentar ir embora sozinha e acabar sendo assassinada.

Em seguida, ela conheceu um rapaz que era honesto. Ganhava grana, mas era com muuuuito trabalho. Ele se apaixonou, queria casar com ela, ia comprar um apartamento pra eles, etc. Ela apresentou ele para a família num jantar, marcaram a data, ela foi morar com ele. Só que pra realizar o sonho, eles precisavam guardar dinheiro, e isso significava não gastar 300 reais em festas todos os finais de semana. Quando ele falou isso pra ela, ela terminou o namoro.

Depois disso, ela escolheu um outro “bom partido” que era empresário. Morou com ele, ele pagava as contas, dava presentes, pagou plásticas pra ela, ela pegava o carrão dele o tempo todo. Final da história: ela engravidou, porque o Mr Maravilha além de tudo não gostava de usar camisinha e ela teve um problema com a pílula. Logo depois, o cara foi preso... Surpresa!: Ele era “empresário” no ramo do crime. Falsidade ideológica, etc.

O cara não queria o filho, quis pagar um aborto pra ela. A moça recusou, teve o bebê. Minha mãe, tendo experiência com parceiros criminosos (um beijo, pai) disse pra ela não pedir pensão, porque se ela pedisse pensão ele ia ter direitos sobre a criança. A guria não quis saber, entrou na justiça e exigiu pensão. Deu certo, os bens dele foram penhorados, ela recebeu a grana.

Só que pouco tempo depois ele deu um jeito de sair da prisão. Obviamente, estava morrendo de raiva - ela tinha tido o filho contra a vontade dele e ainda tinha pedido pensão quando ele tava na pior. Como minha mãe tinha previsto, ele resolveu se vingar: agora eles estão em uma batalha judicial. A moça está em pânico, não quer deixar o cara ver o filho, mas se a justiça determinar, ela não vai ter escolha. Por causa da condenação, a justiça não deve lhe dar a guarda, mas ele pode ter visitas agendadas ou poder ficar com o bebê alguns dias, coisas assim. Ele paga pensão, registrou, é pai perante a lei e tem seus direitos.

Mas o detalhe macabro de existir gente com essa mentalidade é que elas passam pra frente. Essa moça tem uma irmã mais nova. Um dia a menina me perguntou o que eu ia fazer “quando eu crescesse”. Eu disse qual profissão eu tinha escolhido, e brinquei que se dels quisesse eu ia ganhar muito dinheiro com meu trabalho. Aí a guria olhou pra mim e disse, com a maior naturalidade do mundo: “mas é só casar com um homem rico”. E eu, “oi?”. Ela explicou: “casa com um homem rico, aí você fica rica também”.

Parecia que ela tava dizendo que o céu era azul, que a chuva chovia pra baixo, que os gatos miam. Casa com um homem rico. Simples.

Acontece que dinheiro não mede caráter...

Patty Kirsche disse...

Eu tenho três namorados e me dou muito bem com todos eles. Um deles ainda é aluno de graduação, mas isso não afeta em nada nossa relação; ele é muito seguro. A questão é encontrar homens que já superaram ideias neolíticas.

Anônimo disse...

@Danilo disse...
Não dar pra se sentir seguro porque você pode ser abandonado a qualquer momento por um homem muito melhor ou mais interessante do que você no ponto de vista da mulher.

Esse risco você SEMPRE corre. Sejamos honestos: você NÃO É o melhor homem do mundo ou o mais interessante. E não importa a mulher se você não a mantiver em cárcere privado, ela SEMPRE vai ter a chance de conhecer alguém melhor que você. Sempre.

Acontece que se for um babaca machistoide, você vai facilitar muito o trabalho de ela achar um cara melhor. E vai compensar cada vez menos pra ela continuar investindo em você se você não comparecer com as suas obrigações de companheiro. E se você acha que isso se resume só àquele sexo marrom (que ela finge ter orgasmo), está mais fácil pra ela achar alguém melhor que você do que achar político corrupto no congresso nacional em dia de votação de aumento pro legislativo.

Anônimo disse...

Isso qua a Ana falou acontece mesmo. Minha mãe perguntou para minha prima de 11 anos o que ela queria fazer quando crescer, ela disse que ia engravidar de vários homens diferentes e viver de pensão. Minha mãe explicou que pensão geralmente é uma merreca, que mal sustenta o filho e que ela devia procurar um objetivo de vida.

Anônimo disse...

Tenho 40 anos e desde os 18 até os 35 só namorei cara pobre. Fui casada por 8 anos e logo comecei a ganhar mais do que meu ex. Resultado? O cabra ficou vagabundo! Depois comecei a namorar um sujeito que dependia totalmente da mãe, mesmo com 30 anos na cara.

Fomos morar juntos e ele achava super normal eu pagar tudo, até a comidinha preferida dele. Belo dia ele sequer quis carregar as compras do supermercado que EU paguei porque estava "com preguiça". Fora todas as vezes que paguei motel, jantar, etc.

Aí eu caí na real. Nunca mais namorei homem que ganha menos que eu. E tudo ficou melhor! Agora posso pagar somente a minha parte das contas (SEMPRE paguei a minha parte mesmo com namorados ganhando o dobro).
Não namoraria um cara que ganhasse MUITO mais que eu porque aí eu não iria conseguir acompanhá-lo em viagens, restaurantes, etc. Mas pobretão NUNCA MAIS! Não quero ser sustentada e também não quero sustentar ninguém.

Ana

Claudio disse...

Mulher só casa por pressão social, tendo alguma vantagem (feia quer bonito, gorda quer magro, velha quer novo, pobre quer rico) ou quando ela ve que terá dificuldade de trocar de namorado, ou seja, quando está decaindo fisicamente, seja por excesso de peso ou envelhecendo.

O homem só casa por sexo regular!!!

Unknown disse...

Olá Lola.

Eu gostei do fato da Carol ter abordado este assunto, e achei excelente a o texto que você escreveu sobre isso, você fez uma exposição perfeita de toda realidade que cerca o relacionamentos hoje em dia e como foram e serão no futuro.

Só que para Carol eu queria pergunta uma coisa.

Ela escreveu isso, "um monte de gente infeliz nos relacionamentos porque levam em consideração os desejos e imposições da sociedade capitalista e machista e não o que elas realmente querem ou sentem"

Eu queria que dona Carol me explicasse o que tem haver o Capitalismo, com isso o tema abordado.

Por ultimo, Lola eu vi que você não público o comentaríolo que eu postei ontem de noite (no artigo LUTAR PRA QUÊ, NÉ?), você poderia me dizer o porque.

Foi por causa do link que coloquei ali? ou foi por causa da aquela frase onde aparece escrito "jamanta de 50 toneladas" você achou muito agressiva aquela frase???

Se sim avise que ai eu nunca mais escrevo algo do tipo no seu blog.

Gle disse...

Primeira coisa: ninguém é de ninguém. Não tem essa coisa de posse! O que tem que existir é respeito e sinceridade numa relação. O resto, é resto.
Minha relação é estável e ótima. Aprendi a não guardar o que me incomoda... Com calma e respeito defendo tudo o que penso e creio.
A pessoa que está comigo diz que não gosta de direita e esquerda, como "rótulos"... Eu entendo, mas não mudo meu posicionamento. Essa pessoa me respeita então tá tudo bem! Mas lógico que eu vou plantando minhas sementinhas e acaba amadurecendo a ideia, rsrs.
Acho que todos temos princípios por conta da nossa criação. Aí a gente cresce e vê que nem tudo aquilo que nossos pais nos ensinaram está certo. Isso se chama vida!
Quanto a R$... Acho que quando se vive junto com alguém, tem que lutar para crescer junto. Tem inveja que "ganho" mais? OK... Evolua também. Simples assim. Nada cai do céu!
Manter uma relação saudável é a melhor coisa do mundo! E sim, eu sou muito feliz, rsrs.

lola aronovich disse...

Jonas, não publiquei seu comentário por causa do link. Não publico comentários com links para sites de ódio, e, pra mim, o site do mascupua Roosh ou whatever é um site de ódio.

Anônimo disse...

O opressor não são os homens, e sim o machismo. Tanto é que existem mulheres machistas por aí. Princípio BÁSICO do feminismo, vai estudar.


(para o troll das 11:23 e 11:25)

Anônimo disse...

Chocada com os comentários das meninas respondendo que o futuro delas é casar com rico. Engravidar de vários diferentes. Viver de pensão. Que mundo é esse? Gente que ensina isso pra filha devia perder a guarda até aprender!

Anônimo disse...

Uma coisa que você falou que é verdade Lola, é a pressão para o homem mostrar que está ficando com alguém, não precisa assumir nada sério mas ele tem que mostrar que tem "alguma gata em vista", isso é tedioso. Eu com meus 26 anos nunca quis namorar e meus pais ctz acham que sou gay. Em 2015 saio de casa, acho que metade dos meus problemas irão acabar.

Anônimo disse...

lá vem esse "mimimi feminista que namora tem meu desprezo, não a levo a sério"

filho, ngm aqui quer estrelinha de aprovação sua não, foda-se
ngm liga

Anônimo disse...

Pare de medir o mundo e as pessoas com a sua regua de mascu infeliz. Nem todo mundo eh superficial e pobre de espirito como vc, que da valor as pessoas de acordo com idade, aparencia fisica e posses.

Anônimo disse...

Meu marido sonha com uma carreira de muito dinheiro. Eu sonho com filhos. Se tudo der certo, eu vou parar de trabalhar pelos primeiros anos da vida dos meus filhos.

Eu entendo 100% quando outras pessoas me falam que eu não deveria parar de trabalhar para não ficar à mercê de homem, mas eu honestamente não tenho sonhos de carreira, sabe?
Eu acho mais importante estar presente na criação dos meus filhos (e mais prazeroso, e mais rewarding) do que fazer um nine-to-five e deixar as crianças na creche, sabe? Tipo depósito de criança? Só farei isso se precisar muito.

Há muito tempo eu entendi que, pra mim, trabalho serve para ganhar dinheiro para fazer as coisas que você gosta. Só. Eu não vejo trabalho como essa coisa salvacionista que a nossa sociedade vê, sabe? Que o trabalho dignifica, que o trabalho enobrece, que o trabalho dá significado à vida. Eu não vejo nada assim, não. Eu trabalho porque preciso, simples. Se eu ganhasse na megassena, pararia de trabalhar e me dedicaria integralmente as artes.

Anônimo disse...

14 de novembro de 2014 12:33

A namorada dele sabe que em caso de rompimento ela não fica com a casa? Que perde o que foi investido? Jamais faria uma casa em um terreno que não fosse meu. Coitada. ):

Anônimo disse...

Mulher só casa por pressão social, tendo alguma vantagem (feia quer bonito, gorda quer magro, velha quer novo, pobre quer rico) ou quando ela ve que terá dificuldade de trocar de namorado, ou seja, quando está decaindo fisicamente, seja por excesso de peso ou envelhecendo.
O homem só casa por sexo regular!!!


O que mais tem é gordo querendo magra, velho querendo jovem, pobre querendo rica e por ai vai.
Fora que homem casar por sexo regular não tem muita lógica. Só se esse homem for alguém muito religioso que só pratica sexo após o casamento, fora isso, é furada.

Anônimo disse...

Pois é. Mas o difícil é se livrar desse "complexo" de que temos que ser mais que elas. Sei que estou sendo machista, mas não dá pra se sentir seguro/confiante perante uma mulher mais rica, mais inteligente, ou muito atraente....


Também me sinto assim mas ao mesmo tempo sei que sempre existirá homens melhores que eu. Namoro uma guria que ganha o triplo do que ganho, faz mestrado enquanto estou na graduação entre outros pormenores mas ela é maravilhosa, guardo esses complexos pra mim mesmo porque sei que isso não leva a nada, só vai ferrar meu relacionamento. É difícil mas não impossível.

Anônimo disse...

Anônima das 15:59
Entender eu realmente não entendo mas eu respeito sua decisão, hehe. Tenho amigas que querem trabalhar apenas para ter alguma experiência e depois querem ficar em casa uns bons anos (ou de vez) com os futuros filhos numa boa. Eu sou quase uma workaholic e adoro minha vida como está: cursando duas faculdades, estágios, no inglês, academia... E não consigo me ver ficando em casa numa boa sabe? Casa pra mim é só p dormir mesmo. Sou noiva e nossa meta é construir um bom patrimônio para usufruirmos com os filhos que adotaremos beeeeem no futuro, rs. Enfim, se te faz feliz vá em frente, boa sorte! ~^_^~

Anônimo disse...

Afirmar que que oprime as mulheres, e o machismo, e não os homens, e o mesmo que afirmar que quem oprimiu os judeus, foi o nazismo, e não os nazistas.
E eu estudo e me considero feminista desde os 16 anos, tanto que tenho convicção de que homens são, agentes ativos do machismo, e não vitimas como nós.

Anônimo disse...

Anônimo das 14 DE NOVEMBRO DE 2014 16:06:

Boa pergunta, sabe?
Não sei se tem a ver, mas ambos tem origem humilde. Moram numa cidade-dormitório bem ruim da região metropolitana e ele é filho de imigrantes nordestinos que vieram de um lugar bem machista. Acho que é o interior da Paraíba. Sabe aquele machismo nordestino? É ele em pessoa.
Já ela, a vi uma vez e me pareceu ser bem ignorante mesmo e de fácil manipulação. Já contaram a ela algumas vezes das traições do namorado. Em vez dela cair fora, ficou um tempo irritada e aceitou continuar depois que o cara jogou um papo furado nela. Palavras dele. :(

E conheço outro caso assim tb.
Uma conhecida montou a casa toda sozinha no terreno do marido. Qd ele cansou dela, ela foi embora sem ter direito a nada.

Anônimo disse...

ai
O "problema" aqui não são os homens e sim o machismo, existem mulheres tão machistas que sambam na cara de muito homem.

Anônimo disse...

Minha vida não é comercial de margarina... Mas tive/tenho sorte pelo meu avô, meu pai e meu namorado. Primeiramente meu pai nunca se importou com quem eu transava ou deixava de transar, para ele era só ligar avisando que eu não iria pra casa e ele dizia "ok, tchau lindinha!". Quando minha mãe foi fazer faculdade ele largou um dos empregos para cuidar de mim e da minha irmã (6 e 5 anos de idade) já que minha mãe trabalhava também.
Engraçado que pouco antes de começar a namorar, primeiro e atual namorado, estava saindo com um outro cara e minha mãe disse, num dia que eu estava saindo para dormir na casa desse atual, "Não acho certo isso que você está fazendo. Fazer sexo assim com pessoas diferentes num período tão curto". Meu pai ouvindo aquilo só disse "Deixa disso Lu. A menina tá se divertindo, sempre fala pra gente onde vai. E dois caras em 3 meses não é um grande número."- e riu. Ele só não deixa que eu durma durante a noite no mesmo quarto do meu namorado quando em casa e é psicológico mesmo, de manhã ou a tarde não tem problema kkkk.
Meu avô (não sei se você, Lola, lembra do meu comentário) sempre tratou minha avó muito bem, coisas de namorados mesmo. Lava a louça, arruma a casa e tem um discurso falando o quanto as famílias deveriam ensinar seus rapazes a respeitarem as mulheres. Um Lindo! E lembrando que o salário da minha avó é beeem maior que do meu avô (ambos ainda trabalham).
Em segundo, meu namorado é o que eu chamo de feministo. Não participa de grupo algum, logicamente, mas me incentivou a participar. As ações dele cotidianamente corroboram essa afirmação: não demonstra ciúmes, como não gosta de festas não se importa que eu vá sozinha, nunca reclama das minhas roupas por mais curta ou reveladoras que sejam, não se importa se eu me depilo ou deixo de me depilar, me incentiva e ajuda nos estudos...
Enfim, os homens que eu mais amo no mundo sempre foram/são excelentes modelos. Tive sorte por crescer num ambiente quase "Machism free", algo que me tornou ainda mais feminista!

Anônimo disse...

Ela só foi um pouco misandrica não leve a serio! A maioria dos homens sim são machistas talvez a minoria não.

Anônimo disse...

Caramba hoje eu tava mexendo numa pagina no facebook que se diz hetero cheia de homens explicando o que é feminismo parece piada mas é verdade pior é que se você for mulher não concordar com o cara eles já te chamam de feminazi. Bando de homem frustado pior é que eu não ente ndo se o cara não gosta de mulher porque não vira gay? Ou deixa as pessoas em paz falta do que fazer mesmo.

Anônimo disse...

Infelizmente também tem homem que acha que se a mulher trabalha, ganha bem, pode se acomodar.
Na escola em que minha trabalha, algumas professoras que estão na faixa dos quarenta, cinquenta, (infelizmente só depois de um bom tempo de carreira é que professora primária começa a ganhar bem) tem uns dez casos assim.
O cara perde o emprego ou pára de trabalhar e pronto, não faz mais nada.
Se fizessem como as donas de casa e assumissem as responsabilidades pela casa e filhos acho até que estava tudo bem, mas não.
Essas mulheres, além de trabalharem o dia todo, ainda continuam totalmente responsáveis por cozinhar, lavar, limpar, fazer compras, levar filho ao médico. E não tem nem a liberdade que eles tem de saírem com as amigas pra um cerveja, como eles fazem.
Não entendo como elas se submetem a isso, é só dependência emocional mesmo, já que não tem a financeira.

Anônimo disse...

Sou mulher, tenho 25 anos, sou hetero, nunca namorei..isso as vezes me incomoda bastante.

Roxy Carmichael disse...

"Homem casa pra ter sexo regular."
Gente esse pessoa nunca ouviu falar que a situação onde as pessoas menos fazem sexo é no casamento? Nem sempre é verdade, mas nem sempre é mentira também.

Rodrigo, se você não se sente seguro com uma mulher mais rica, mais inteligente e muito atraente não tem problema. Fica com uma mais pobre, menos atraente e especialmente mais burra que também não se sinta feliz com um cara seguro e que queira o desenvolvimento dele e dela, que tope uma relação de poder totalmente sem sentido, ao invés de uma relação onde um potencializa o outro! Tá tudo certo! Ficou bem claro que mulher sensa não é pro teu bico e achei legal a sua honestidade em admitir isso.

Mulher que quer dar o golpe da barriga tem mesmo um monte. Por um lado acho que tem a ver com essa cultura que objetifica as mulheres, que não as estimula a desenvolver seu próprio potencial. Por outro lado, tem um lance aí de adotar o discurso dominante porque parece mais quentinho, mais gostoso, mas só parece porque as mulheres não estão convidadas a fazer parte do Clube dos Machistas SA. É o bom e velho problema da consciência, ainda não sei como pode ser resolvido.

Pra artista que compreende que gato dela quer ganhar uma grana, enquanto ela quer ser a mãe do ano: concordo contigo que essa cultura workaholic é meio baixo astral e só o capitalismo se beneficia. Acho que ninguém aqui cai no papo furado do trabalho dignifica o homem ou a mulher. Mas tem gente que maior sente prazer no trabalho e gente que só trabalha pra pagar as contas mesmo. Se você tá no segundo grupo, não tem nenhum problema, mas assim, não tem como negar que deixar de trabalhar é uma estratégia MUITO arriscada. Você como adulta já deve ter calculado os riscos. Espero...

No mais gente, é tanta regrinha... Quem tá solteiro tem que namorar. Quem namora tem que casar. Quem casa tem que parir. Quem pari tem que ser abnegada. E ai de você se inverter essa ordem: filho só depois do festão de casamento. Fosse só casar que tava resolvido tava até fácil, mas tem tanta, mas tanta regra pro casamento!!! Já sofri críticas do povo do meu lado e do lado dele porque a gente tem quartos separados. E os machos são os mais engajados nessa crítica, acreditem se quiser: dizem que amor é uma palavra que não existe numa relação em que as pessoas dividem a casa, mas dormem em quartos separados. Eu acho excelente ter toda a cama pra mim, armário idem, organizar as coisas como gosto, mas aparentemente isso não significa nada, é só atestado de que a minha relação é um fracasso! Olha que aqui quando um cozinha, o outro lava, e os dois cozinham e os dois lavam. Olha que as contas são TODAS divididas. Olha que temos opiniões políticas parecidas e estamos tentando com nossos respectivos trabalhos tornar esse mundo, um mundo melhor. Olha que a familia dele me ama, a minha ama ele. Me dou bem com os amigos dele e ele com os meus. Saímos juntos e quando queremos separados. Homofobia, racismo, xenofobia não fazem parte do nosso vocabulário, nos escutamos e nos damos conselhos, saímos pelo menos uma vez na semana prum jantar romântico. Bullshit! Não dorme junto = FRACASSO.

Mesquita disse...

Off Topic:

Lola, vc tá sabendo que os machistas e misóginos estão querendo cortar os pulsos só pq a série Two and a Half Men agora se tornou uma série gay. Antes a série considerada machista e misógina agora gay! kkkkkkk

http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/series/two-and-a-half-men-vira-serie-gay-e-gera-protestos-de-telespectadores-5527

Anônimo disse...

Sim o medo de ficar sozinha

Anônimo disse...

Amor é coisa de rico. Homens trabalham para pagar por sexo e mulheres se sustentam com sexo. É assim que funciona as coisas entre os pobres.

Meu pai me ensinou assim.

Anônimo disse...

Esses mascus acham que gostam de mulher porque gostam de fazer sexo com mulher, pra eles mulher é buracos e troféu, mas afetivamente eles gostam mesmo só de homens. Apesar de ao mesmo tempo sentirem ódio dos que eles chamam de alfas ou manginas. As vezes os mascus sentem ódio ate de si mesmos. Então os mascus podem ate ser heterossexuais convictos, mas ao mesmo tempo são homoafetivos tbm.

Lara disse...

Questões relacionadas a dinheiro são complexas, não penso que as pessoas devam se relacionar pela conta bancária do outro, mas também é importante que haja uma divisão de modo que nenhuma das partes seja explorada, conheço muitas mulheres que se casaram com caras que ganham menos e no fim fica tudo nas costas delas, porque querem ter um homem do lado.

Não vejo problema do cara ganhar menos, porque a profissão que ele escolheu paga menos que a minha, mas outra coisa é ganhar menos, porque é um acomodado, pra mim não daria certo.

Aline J disse...

11:23

Minha Deusa, quanta merda...

Sabe quem não quer ter relacionamento com nenhum homem? Misândrica (motivos variados; ou ficou com trauma de um estupro que sofreu, ou tá cansada de homem assediando etc). Feminista não quer relacionamento com babaca.

Com machistas e misóginos que ACHAM que podem mandar nelas.

Eu sei, bebê, é duro quando as mulheres acordam e param de seguir as suas ordens, né? Mas o mundo é assim, "injusto" hhuahuahuahua

Claudio disse...

À anônima 16:13

"O que mais tem é gordo querendo magra, velho querendo jovem(...)

Se ele for pobre, vai continuar querendo...

"(...)pobre querendo rica e por ai vai(...)"

Quando isso ocorre, geralmente é um homem fisicamente interessante que tem acesso quase nulo càs mulheres interessantes.

"Fora que homem casar por sexo regular não tem muita lógica."

Tem sim, geralmente homem deseja as mais interessantes, mas ele baixa os 'padrões' dele pelo sexo regular.

Anônimo disse...

Bah, miga das 16:56, não chama teu namorado de feministo não, essa é uma gíria pra se referir a omi que se finge de feminista mas na verdade é mó machista e quer dizer como a gente tem q militar.

Rodrigo disse...

Pois é, teve gente que não gostou nem um pouquinho do meu primeiro comentário, neh Roxy?
Mas já que detonaram a minha pessoa com base num único comentário, sem saber mais absolutamente nada a meu respeito, achei melhor te responder.

É, eu sou inseguro sim. De modo geral, não to falando especificamente de relacionamentos amorosos, e muito disso vem de uma péssima criação, um ambiente social ruim, e algumas experiências que não vou entrar em detalhes agora. Gosto desse blog justamente porque vejo muitas histórias parecidas com a minha (a Lola as vezes publica guest posts de homens também, com histórico de algum tipo de abuso por exemplo), é um ambiente onde me sinto bem, sinto que, se eu abrir a minha vida, vai ter pessoas que vão me entender, e isso é difícil de achar.

Sou um socialista, sou de esquerda, não gosto de preconceitos. Não gosto de machismo, racismo, homofobia e outros bichos mais, e nunca vim aqui pra insultar e diminuir as mulheres ou destilar ódio como fazem os mascus.
Obviamente, isso não elimina os meus defeitos e eu talvez ainda carregue ideias atrasadas. A leitura desse blog e de alguns outros e o contato direto mesmo com feministas me ajudou a abrir a cabeça e melhorar, mas falta muito ainda.

E essa ideia que expressei no primeiro comentário (de um mês atrás, diga-se)... como eu disse, sei que é um erro, mas é como uma trava psicológica. Pessoas que tem fobia de altura sabem, racionalmente, que um cinto de segurança as protege de quedas, mas mesmo assim elas passam mal e tem vertigem se subirem.

Quando eu postei aquele primeiro comentário, não estava querendo discordar da postagem, queria que alguém rebatesse mesmo pra me ajudar a me livrar disso, porque sei que é um erro. Mas conversa escrita é assim mesmo, é mais difícil se expressar e vejo que minha escolha de palavras deve ter sido horrível rsrs.

No mais, não sei mais se vou conseguir me livrar dessa (e de várias outras) insegurança. Mas esse ambiente ainda me faz bem, mesmo com tanto "carinho" rsrs.

Rapaz Comum disse...

Acho que nunca ficaria com uma mulher mais rica, pois eu não iria querer dar despesas pra ela, ai ela iria ter de diminuir o nível das atividades, o que a faria na prática "mais pobre". Não tenho dinheiro para ir numa festa de R$300, logo não iria sair com ela por não ter dinheiro e não aceitaria ser pago. Mas também me sentiria mal se ela acabasse diminuindo o nível por mim e fosse em festas de R$50. Então é melhor não. Isso foi um exemplo, nunca fui em festas.

Mas também às vezes acho que meu excesso de respeito faz mal. Quando eu era adolescente e estava na escola, uma garota que se dizia lésbica era apaixonada por mim, e sempre que iam falar sobre isso comigo, eu dava um esporro por estarem "desrespeitando a orientação sexual dela", um dia ela quis tocar violão pra mim, recusei pois ela gostava de Punk, e eu de Metal, e logo iria chatear ela avaliando negativamente a música dela e perguntei aos meus colegas se conheciam alguém que gostava de punk para ela tocar. Tempos depois ela parou de falar comigo. Anos depois soube que ela era apaixonada por mim e na época ficou até alcoólatra devido a eu parecer ignorar com tanta frieza os sentimentos dela enquanto ainda ia pedir conselhos amorosos, o que se somou a outros problemas que ela tinha.

Anônimo disse...

Tem sim, geralmente homem deseja as mais interessantes, mas ele baixa os 'padrões' dele pelo sexo regular.

Se ele não atende aos padrões (físico, financeiro etc) é claro que deve baixar a bola, mesma coisa de mulheres que não atendem os padrões e desejam muito mais do que "podem". Ele pode ter sexo regular sem precisar casar. O casamento é que é a coisa sem lógica, simples namorados podem ter frequência sexual satisfatória, o que questiono é, por qual motivo casar se como namorado eu posso ter a mesma satisfação - ou maior até?

Anônimo disse...

Uma coisa que você falou que é verdade Lola, é a pressão para o homem mostrar que está ficando com alguém, não precisa assumir nada sério mas ele tem que mostrar que tem "alguma gata em vista", isso é tedioso. Eu com meus 26 anos nunca quis namorar e meus pais ctz acham que sou gay. Em 2015 saio de casa, acho que metade dos meus problemas irão acabar.


Tô com 22 e nunca quis namorar também. Minha mãe não dá a mínima mas meu pai acha que tenho algum problema (leia-se lésbica) e quer me apresentar para todos os filhos dos amigos dele, que em sua maioria também não dão a mínima pra isso tudo e tbm são taxados de estranhos. Meus pais não entendem nem a homossexualidade em si imagine o que seria A2... Então deixo rolar, sou feliz assim e eles que fiquem pensando que irei ficar para "titia". heuehue

Helen Cardoso disse...

Amor não existe. Relacionamento amoroso é uma mentira criada pelas religiões. O que existe entre um casal é a conveniência de manter uma residência, dividindo os custos e garantindo relações sexuais sem a necessidade de procurar uma nova pessoa toda vez que sente algum tipo de desejo. Conveniência é a única razão de duas pessoas dividir a mesma casa.

Isso é como estudantes que se agrupam aleatóriamente nas universidades de acordo com as suas afinidades e formam as "repúblicas" que nada mais é do que a conveniência de morar juntos para dividir custos e eventualmente sanar alguma necessidade de dependência afetiva.

As religiões em sua farsa interminável criaram essa ilusão de amor, de relacionamento amoroso e afeição para oprimir o ser humano. Aquela estória toda de amai um ao outro assim como eu vos amei é usada para criar essa ilusão opressora do lar e da família.

A origem desta opressão se inicia com a propriedade privada, com a divisão da sociedade em classes sociais antagônicas. Inicialmente, o patriarcado derrubou o direito materno, atendendo à necessidade do homem de garantir a herança para seus filhos legítimos. A necessidade opressora de transmitir os bens privados fez aparecer o mito do amor, o mito do relacionamento amoroso. A religião surge junto com o capitalismo para ser o ópio do povo, o instrumento de comando e controle do opressor.

O ingresso das mulheres na produção não foi acompanhado de nenhum benefício que as alivie do trabalho doméstico. Ao contrário, nas classes exploradoras, a mulher compra esse alivio das mãos das mulheres proletárias e camponesas, explorando-as como babás e empregadas domésticas. A libertação da opressão sexual é também comprada pela mulher burguesa e latifundiária, com sua emancipação econômica. Desta forma, as mulheres das classes dominantes são as únicas que podem atingir a mesma condição do homem de sua classe, nos marcos do sistema capitalista, socialista ou ditatorial de qualquer orientação.

A sua liberdade individual só pode ser obtida com a libertação desse sistema opressor que dita a obrigatoriedade de viver com alguém, sistema que oprime o ser humano atando um grilhão com uma pessoa dividindo o seu espaço. E vai muito além com a obrigatoriedade social da reprodução.

Ironicamente perverso, são muitas vezes as mulheres mais liberadas, progressistas e profissionais aquelas que mais precisam ter uma proletária tomando conta da retaguarda doméstica, tercerizando as coisas banais do cotidiano para alguém mais pobre, para que possam invadir a esfera pública, tradicionalmente masculina, e lutar o bom combate.

Eu admiro você Lola por renunciar ao sistema opressor e gritar forte que não tem e nunca terá filhos, gritar que renuncia a obrigação imposta pelos religiosos da reprodução. Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra.

Só que eu não concordo em nutrir essa imagem de dona de casa burguesa dividindo o espaço com um homem porque a imposição social diz que uma mulher com situação financeira estável não deve ser solitária porque isso denota fracasso no meio opressor burguês. Grite também bem alto que você não tem necessidade de morar com um homem, que você é auto realizada, grite que você não tem necessidade de tercerizar a sua casa para uma proletária de classe inferior. Grite não a opressão do relacionamento amoroso e de todos esses mitos religiosos.

Fiquei horrorizada com a militância durante a campanha eleitoral comemorando a regulamentação do trabalho da doméstica como uma vitória sobre a burguesia. Isso nada mais é do que a consolição da tercerização dos serviços banais. Uma mulher rica terceriza o seu trabalho para uma mulher de classe média, que por sua vez terceriza o trabalha para uma mulher de classe proletária, que por sua vez terceriza o trabalho para alguéma pobre miserável moradora de favela, que por sua vez abandona o seu lar e seus filhos em nome de um sistema opressor burguês.

Anônimo disse...

Geralmente homem deseja as mais interessantes, mas ele baixa os 'padrões' dele pelo sexo regular.

ele pode baixar os padrões dele, ficar com mulheres menos interessantes e mesmo assim n casar uai, uma coisa n esta relacionada a outra

Anônimo disse...

Geralmente homem deseja as mais interessantes, mas ele baixa os 'padrões' dele pelo sexo regular.

ele pode baixar os padrões dele, ficar com mulheres menos interessantes e mesmo assim n casar uai, uma coisa n esta relacionada a outra

Anônimo disse...

Geralmente homem deseja as mais interessantes, mas ele baixa os 'padrões' dele pelo sexo regular.

ele pode baixar os padrões dele, ficar com mulheres menos interessantes e mesmo assim n casar uai, uma coisa n esta relacionada a outra

Anônimo disse...

"Homem casa pra ter sexo regular."
Gente esse pessoa nunca ouviu falar que a situação onde as pessoas menos fazem sexo é no casamento? Nem sempre é verdade, mas nem sempre é mentira também.

pois é
como falaram aí
a única desculpa de casar pra ter sexo é sobre dos religiosos
eles casam pra transar msm
pq se fizerem isso antes estarão pecando e tal
fora isso n é uma coisa mto inteligente de se fazer
tem outras maneiras de se conseguir sexo regular pagando direta ou indiretamente
burro é quem casa na intenção de transar regularmente

R do Anonymous disse...

Lola

Eu escrevi algumas coisas sobre os confrades PUAs e você usou no seu artigo. Legal isso. E percebi que parte do seu público aceitou as afirmações e outra parte repudiou sem pedir ou apresentar provas.

CHEGOU A HORA.

https://8chan.co/takedownjulienblanc/res/7.html

Be happy. Infiltrados na organização printaram o Julien.

Primeiro print o Julien comenta com os seus confrades PUAs os possíveis risco de ter relação sexual com uma garota bêbada de 10 a 15 anos. Ele orienta os confrades calibrar o sensor para sentir se ela está assumindo a relação ou se ela sente que tem algo forçado no meio. Porque se houver algo forçado não existe a transferência de culpa e ela pode acusar o confrade no dia seguinte. Lembrando que nos EUA a idade de consentimento varia de acordo com o estado e vai de 16 a 18 anos. Portanto lá isso é crime sexual, diferente da lei brasileira que diz ser violência presumida se a vítima tem 13 anos ou menos.

Segundo print, em destaque, ele diz "veja o quanto uma mulher deseja ser estuprada". Acho que não tenho que falar mais nada.

Oitavo print, uma coisa que eu nunca entendi dos confrade PUA. Juro que já perguntei, mas eles nunca respondem seriamente. Eles tem uma paranóia em dar um jeito de tirar o preservativo durante a relação e ejacular dentro. Nos fóruns bubalinos eles usam isso como auto promoção. Lembra muito o seu guest post com a moça do HPV.

Décimo print é quase uma continuação do tirar o preservativo. Quando conhece a vítima, tem que dar nome e endereço falso, porque em caso de gravidez isso vai te economizar no aborto (legal por lá EUA). Os mais agressivos viajam para cidades grandes vizinhas e não deixam traços, como cartão de crédito e fotos nos celulares.

Décimo terceiro é uma foto de um livro bem famoso, na introdução ele diz "você já vi uma garota, não qualquer uma, mas A garota e até considerou a possibilidade de estuprá-la". Esse livro não é do Julien, é um clássico dos confrades PUAs.

Tem muita coisa tirada do fórum da empresa RSD (do Julien) que só faz sentido para quem está acompanhando a mais tempo esses bubalinos alfalóides. Um dos prints do twitter ele diz: Cara garota, você poderia economizar o meu esforço e roofie a sua própria bebida. Roofie é uma palavra que não está no dicionário e quer dizer "colocar Rohypnol na bebida". [boa noite cinderela]

Está aqui a prova que esse pessoal abusa sexualmente de menores de idade e usam a sedação como técnica de conquista (ou estupro de vulnerável). Quando esses confrades PUAs ficam realmente bons e seguros de si eles correm para as portas dos colégios em busca de pré-adolescentes.

Betania disse...

Lola, vou fazer 38 anos semana que vem. Sou solteira e nunca tive vontade de casar.
Eu não tenho nada contra o casamento, só que acho que não é pra mim. Durante muito tempo
fiquei angustiada com o que os outros iam pensar sobre a minha vida e isso me deixava muito infeliz. Um dia tive um insight: não quero casar e não tem nada errado com isso. Foi um grande alívio e muito libertador. Quando resolvi isso na minha cabeça vi que ninguém mais me cobrava nada, na verdade acho que ninguém nunca se importou muito era mais coisa da minha cabeça. Hoje convivo com casais felizes, mas também com amigas que aguentam os maiores abusos pq acham que estão velhas pra mudar de vida....e tem medo de ficar solteirona.
Acredito que pra bancar a vida que a gente quer: ser solteira, casar com homem mais velho/jovem, namorar outra mulher, casar com quem ganha menos....é preciso coragem de se livrar de estereótipos pra buscar a vida que a gente quer....mas vale a pena!
Não tem fórmula pronta pra ser feliz!

Anônimo disse...

Lola acho que a maitê proença virou validadora agora tudo que ela fala na midia é como as mulheres são ruins em tudo kkkk na copa ela disse que mulher não sabe torcer que são ridiculas.

Anônimo disse...

Sou quase balzaquiana, nunca namorei e nem quero. Não quero porque não quero ter filhos e qual a outra utilidade do homem na vida da mulher além da procriação? Não estou reduzindo o homem só a isso, mas não sei porque muitas pessoas que também não querem ter filhos fazem questão de namorar ou casar. Se eu quisesse ter filhos aí sim eu gostaria de me casar, para organizar com o pai a criação dos filhos, se me entendem. É porque é moda? Para mostrar aos outros que tem capacidade de pegar alguém? Essa atitude é comum mais não me acostumei e ainda acho medonha.

Anônimo disse...

Cuidar dos filhos não é atitude machista. Muito pelo contrário, poder optar é uma dad lutas do feminismo. Fico em casa cuidando do meu filho bebê porque eu escolhi assim, ele precisa da mãe. Sempre trabalhei e tive meu dinheiro, sou formada, pós-graduada e falo três idiomas além do Português, tenho ótimas referências profissionais, logo, assim que quiser, posso voltar ao mercado de trabalho. Mentalidade retrógrada também é acreditar que feministas que ficam em casa cuidando das crias têm que ter sua carteirinha suspensa, conheço várias feministas super ativistas que não trabalham fora.

Anônimo disse...

Homem casa para adquirir uma empregada.

Anônimo disse...

Nana

Quando comecei a namorar com o meu marido, nós ganhávamos salários quase equivalentes. Sempre ganhei mais. Sou formada, pós-graduada e tenho dois empregos e ele está cursando administração e tem um emprego de nível médio. Entretanto, há menos de um ano ele perdeu o emprego e começou a trabalhar em um lugar em que ganha um terço do que ganhava antes. Não vejo problema nenhum nisso e me ofereci para ajudar a pagar a faculdade dele. Dividimos as despesas da casa, não de forma igual, é claro porque é justo que eu ganhando mais pague mais coisas. Entretanto, a família dele gosta muito de dar opinião na nossa forma de conduzir nossa relação e acha um absurdo que ele trabalhe em um lugar que ganhe tão pouco. Eu sinto que ele é muito pressionado pela família, principalmente pela mãe a não ser sustentado pela mulher. Eu apenas quero que ele se encontre na vida, que arrume algo que goste de fazer e que continue me tratando bem como ele sempre me tratou. Não vejo problema de gastar mais dinheiro em casa, pois vejo o casamento como uma parceria e a nossa tem dado muito certo.

Anônimo disse...

Homem casa para adquirir uma empregada.

This.

Henrique M. disse...

No mundo masculino existe uma certa pressão também. Não, não estou aqui de coitadismo, vou explicar o que acontece.

Infelizmente, ainda há uma desigualdade financeira entre homens e mulheres. No geral as mulheres ganham menos que os homens e a sociedade acha que isso não é problema pois as mulheres devem se preocupar mais com a família, filhos e seu relacionamento amoroso (fazer seu parceiro feliz).

Já o homem costuma ganhar mais que a mulher, e isso é incentivado pela sociedade, pois o homem tem que ser o provedor e "chefe" da casa.

Acontece que quem fica fora desses padrões acaba sendo alvo de comentários. A mulher que se preocupa com a carreira, ganhar dinheiro e ser independente é vista como ambiciosa demais, arrogante, frígida. Já o homem que não ganha muito e não tem grandes ambições financeiras ou recebe menos que a parceira, é visto como fracassado.

No meu círculo social vejo várias coisas desse tipo acontecendo. Tenho dois amigos que nunca tinham namorado (os dois eram um fracasso com mulheres) e que decidiram estudar para concurso público. Hoje, mais de 5 anos depois, os dois estão ganhando muito bem e um está namorando e outro casado e, mesmo sendo as mesmas pessoas de antes, agora são considerados "bons partidos".

Também tenho uma amiga que vivia sofrendo nos relacionamentos. Ela sempre frequentava boas festas e se relacionava com homens de boa condição financeira. Já sofreu agressão, foi traída sabe se lá quantas vezes, já foi humilhada. Agora está muito feliz namorando um rapaz super gente boa mas que ganha pouco. Toda vez que estou conversando com outras pessoas e surge o nome dela sempre tem alguém que fala "Coitada, tá namorando um cara assalariado, o cara ganha só um salário mínimo". Ninguém parece perceber que ela está super feliz no relacionamento e nem se importa com a questão financeira.

Meu caso é um pouco diferente. Sou advogado em começo de carreira e a situação não é fácil. As ações demoram demais, você tem mais problemas que alegrias. Por isso estou advogando e estudando para concurso também. Minha namorada entende a situação. Mas a maioria das amigas dela namoram com homens mais velhos e com grana. Eu percebo o tratamento diferente quando saio com eles. Sempre, durante uma conversa, alguém começa a falar de dinheiro, carro, viagens caras e dão um jeito de forçar nesse assunto. Parece que existe uma necessidade em mostrar que a pessoa tem dinheiro. E, às vezes, alguma amiga da minha namorada convida ela pra uma viagem ou pra alguma boate ou restaurante caríssimo, mesmo sabendo que ela não vai aceitar.

É difícil ignorar a questão financeira. Pra muitas pessoas não basta pagar as contas e viver tranquilamente, você precisa ter muito dinheiro pois isso é um status social. E a busca por esse dinheiro não tem barreiras. Tem gente abrindo mão da honestidade, felicidade, companheirismo, caráter, tudo por causa do dinheiro.

Roxy Carmichael disse...

Rodrigo: inseguros todos somos. Poucos admitem. Voce admitiu com seu comentário e não fui irônica. Realmente aprecio a honestidade. É muito difícil se assumir mediocre. E você se assumiu. Se você realmente é ou não, não tenho como saber. E você fez um comentário mediocre e machista. Porque você sabe muito bem que não rem isso entre as mulheres, esse rechaço pelo cara ganhar grana ou ser bonito ou ser inteligente. O machismo duz que as mulheres devem sempre procurar um cara que se destaque mais que elas, pra elas se contentarem em ser somente a mulher por trás do grande cara como diz o ditado; por trás de todo grande homem, há uma grande mulher. Mas uma grande parte do mulheril começou a achar isso pouco e mediocre e foi quebrando estereótipos. E não pra inverter a formula, mas pra ter um grande homem ao lado dela ou ser a grande mulher ao lado dele. Pq relação meu caro é pra somar multiplicar potencializar. Somar duas mentes, duas sensibilidades mais que qualquer outra coisa, multiplicar a possibilidade dos corpos. Agora se você acha que um deve brilhar e outro deve ficar ali um pouquinho a sombra, você não é só mediocre e machista. É meio burro também de perder toda una gama de possibilidades infinitas não por insegurança, mas porque você ou não é corajoso ou é acomodado o suficiente pra não abrir mão desses estereótipos nocivos. Meu comentário foi antes de tudo, pragmático: nao quer mulher mais inteligente, atraente e rica? Não sofra escolha uma mais pobre e menos atraente e que tope estar com um cara que ache que estar com uma mulher foda iria ferir os sentimentos frágeis de machinho dele. Se cuida!

Anônimo disse...

LIBFEM aqui também?! A Mulher, tendo menos oportunidades de trabalho, tem o DIREITO de ter ao lado dela um homem que dê a ela os recursos financeiros que garantam que ela possa viver a Vida em toda sua plenitude! Toda mulher que se relaciona com alguém cujo a renda não seja no mínimo dois salários mínimos acima, é uma escrava do patriarcado medíocre e merece tudo o que passa!

Anônimo disse...

Eu concordo totalmente com você!!!! Só que não posso largar meu emprego se tiver filhos. Preciso da coisa da mega sena ou então conseguir viver de arte (o que tento em paralelo à vida nine-to-five). E eu ganho 50% a mais que o meu marido. E ele ganha muito bem. ;) e somos felizes pra caramba...

Rodrigo disse...

Você passou os olhos por cima da minha resposta e se limitou a repetir tudo que dissera anteriormente, apenas detalhando mais. Por que?
Eu sei ler, e embora você acredite que eu seja burro e medíocre, também sei interpretar, não havia necessidade de repetir tudo.

Eu já disse que sei que isso é um erro e que pretendo mudar, mas tem muito mais que preciso mudar ainda, antes disso. Se quiser continuar afirmando que não passo de um fracassado, fique à vontade, mas não vejo como isso pode ter alguma utilidade, pra qualquer um. Fica até parecendo que você só quer ter a última palavra, como se isso significasse algo. Mas pode ter.

"Se cuida" é sempre bom neh? rsrs



L. T. disse...

Tenho um namorado bem mais velho do que eu e que ganha metade do que eu ganho... deixamos de frequentar alguns lugares que eu gosto porque ele não aceita que eu pague a conta... É complicado Lola... Concordo 100% com vc... eu luto diariamente pra enterrar alguns preconceitos e estereótipos que a sociedade impõe desde sempre...

simone andrea disse...

Importante esse tema: Feminismo e relacionamentos amorosos. A maioria esmagadora dos homens ainda se comporta com um machismo gigantesco nesse terreno, o qual as mulheres não enxergam ou reforçam. É o desrespeito do homem pela mulher, evidenciado em atitudes como aproximar-se de uma mulher que não demonstra o menor interesse em conhecê-lo, e ainda insistir em ficar ao lado dela; o fulano que, só por ver uma mulher só na noite, acredita-se no direito absoluto de abordá-la e receber sua atenção; o fulano que inicia um relacionamento com uma mulher, comportando-se como alguém que quer algo duradouro, e, de repente, dá um "perdido" e não admite, chama de "louca" a mulher que o procura, quer saber a razão; o homem que coleciona "ficantes", não quer compromisso com nenhuma, mas finge o contrário; o "Don Juan"; a ideia, compartilhada por homens e mulheres, de que a iniciativa da conquista, do encontro e do relacionamento seja do homem. O homem que faz a corte à mulher, por mais indesejado que seja, é visto como alguém no "exercício regular de direito"; a mulher, como uma "louca". Esses são alguns dos exemplos que me ocorrem. A maioria das mulheres, ouso dizer, não percebe o jogo de poder dos homens, e até reforça a perpetuação desses comportamentos. É a mulher que critica a outra que faz a corte a um homem, a que cobra explicações do homem que lhe deu um "perdido", a que "não se abre" (a abordagens indesejadas), a que quer compromisso e não aceita relacionamentos fugazes.

Anônimo disse...

Mas os homens tem sim o seu movimento. É o movimento masculinista.

Fernando disse...

A princípio gostaria de que ficasse claro que não sou machista, sou bem pelo contrário. Mas não sou feminista. Não nos moldes que o feminismo é apresentado por algumas mulheres hoje em dia.
Pelo que se pode ver, o feminismo de certas mulheres é simplesmente o machismo ao contrário. O que não é muito legal. Feminismo deveria ser a busca pelo ideal da igualdade de gêneros. Bem isso, eu disse IGUALDADE. O problema é que muitas mulheres querem se impor diante dos homens e acham que isso é ser feminista.
Minha namorada se diz feminista, mas me castiga com abstinência de beijo na boca, para não falar outras coisas. Não sou um cara que preciso dessas coisas o tempo todo. Acredito que o contato físico é somente um detalhe em um relacionamento. Sexo também, mas não precisa ficar mais de três meses sem sexo só porque ela tem autoridade sobre o corpo dela e quer me castigar por algo que eu devo ter feito e não sei o que.
Para os que estão pensando em me condenar como machista, percebam que um machista não faz certas coisas que eu faço, como por exemplo cozinhar, limpar a casa e até mesmo lavar roupas, inclusive as roupas dela. E não estou me lamentando dessas coisas, pois faço com prazer e com muita dedicação, pois gosto de agradá-la.
No caso do dinheiro é pior, pois ela não aceita dinheiro em espécie, mas aceita que eu pague R$200,00 no cabeleireiro. Vive brigando por coisas que eu faço pra ela, dizendo que não quer que eu gaste meu dinheiro com ela e acaba me deixando triste pois ela rejeita certas coisas que faço com muito carinho.
Na verdade, não existe dinheiro meu ou dela, e sim um pedaço de papel com valor para nos trazer conforto e bem-estar. E esse dinheiro, não importando de qual bolso sai, deve ser usado para o bem-estar do casal.
Gostaria mesmo de houvesse um melhor entendimento por parte da maioria das mulheres sobre o verdadeiro feminismo, pois sinceramente, é muito difícil se viver com uma mulher que se diz feminista, mas na verdade não o é.
Gosto muito dela, mas estou seriamente pensando em terminar tudo. Lutei muito pra ficar com ela, tanto que seria incompreensível para muitas pessoas que pudessem saber da nossa história. Mas este "feminismo" está me cansando.
Então, gostaria de propor que se invente um termo que melhor explique a posição das mulheres que realmente são feministas. Um termo parcial, nem machista e nem feminista, pois se todos respeitassem as pessoas como elas realmente devem ser respeitadas, iriamos ser naturalmente iguais.

Anônimo disse...

Sou apaixonado por uma feminista, tivemos um relacionamento de 2 anos, moramos juntos, eu ela e seu filho, trabalhávamos juntos, tínhamos projetos artísticos e sonoros juntos. Um relacionamento "aberto" com algumas "regras" um dia ela começou se sentir casada, então terminou nosso relacionamento pois nao queria ter um relacionamento Heterossexual padrão. Morei sozinho 10 anos, entao sempre faxinei, arrumei, cozinhei. nunca fiz um papel de "homem" nem de "marido". Fico chateado, pois vi muitas amigas de luta, apontar o dedo e condená-la, aumentando mais ainda sua insegurança em nossa relação. Nos afastamos, paramos de trabalhar juntos, paramos de produzir juntos, porem nos encontramos escondidos das pessoas, nesses momentos vivemos aquilo que vivíamos abertamente, conversas, amor, carinho e respeito. Porem se nos cruzamos na rua, em eventos ou em festas em que suas companheiras estão juntas, o tratamento é outro, me torno apenas mais um entre muitos na quele ambiente. As vezes cinto que o próprio movimento deixa ela paranoica em relação da figura masculina e é uma pena eu ser homem, uma pena mesmo, mas vejo muitas vezes essa fobia sendo reforçada e forçada a existir, porem nem todo homem é igual. Fico triste, muito triste, cada vez me afasto mais do movimento underground anarquista, de anos em anos o movimento muda de pessoas, o que não muda é esse abito de apontar o dedo e julgar, achando que todo seu discurso acadêmico é a verdade do universo. Esse não foi meu primeiro, nem segundo relacionamento com uma feminista, porem esse foi um dos relacionamentos em que mais me fez sofrer. desculpem o desabafo, mas estou cansado de ser julgado pelo meu sexo, detesto minha existência, detesto ser homem.