quinta-feira, 18 de julho de 2013

GUEST POST: OS TRAUMAS DE TANTAS MULHERES

Desencadeada por uma última experiência ruim, Maria decidiu escrever sobre suas memórias traumáticas. Identifique-se.

Insônia. Eu, cinco anos de idade, no quarto do meu primo, sem dormir a noite inteira. Essa é uma das minhas lembranças mais antigas: meus olhos não se fechavam porque eu tinha medo de que meu tio entrasse e me tocasse. Não sei de onde vem essa memória. Pensem numa menina de cinco anos cuja ideia fixa que a impede de dormir é o medo de alguém entrar em seu quarto e atacá-la. Lembro de pensar, de ver na minha cabeça, a imagem do meu tio me tocando. Nunca cheguei a saber se ele tocou, não consigo me recordar de nada em específico. Durante a adolescência, sempre o evitei. Ele morreu há alguns anos.
No centro. Eu tinha uma coleguinha que lavava a louça para uma senhora vizinha dela por alguns reais -- o que, na época e na nossa escola, era muita coisa. Então, um dia ela me contou que foi ao centro da cidade comprar um celular. Tínhamos uns 11 anos, não mais do que isso. Vejo nitidamente o rosto dela me falando sobre como ela estava atravessando a rua na frente de um bar e ouviu dois senhores conversando. Um deles disse: "Meu pau nesse c*zinho!". Com essas palavras. Ela saiu correndo, horrorizada.
O jornal. Uma vez, um professor me chamou para fora da sala de aula para me convidar para o novo projeto dele, que era criar um jornalzinho da escola, porque uma professora havia dito que eu escrevia bem. Ele disse que eu poderia escrever, chegando mais cedo às quintas-feiras e saindo mais tarde. O problema, objetei eu, é que eu ia com o ônibus escolar, porque morava longe da escola. Ele se ofereceu para me buscar e me levar. Achei uma ótima ideia, e fui contar pra minha mãe. Ela imediatamente vetou. Achei exagero. Eu tinha 11 ou 12 anos e não via nenhum motivo para ela se preocupar; afinal, ele era meu professor, estaríamos na escola, o que poderia acontecer? Fui dizer a ele que minha mãe achava má ideia, mas não falei o porquê.
Daí para frente, esse professor passou a me torturar psicologicamente até a oitava série, quando saí da escola. Ele gritava comigo sem motivo, me respondia rispidamente, fazia comentários humilhantes sobre os meus trabalhos, tirava sarro do jeito que eu andava, me chamava de bebezão por ir de ônibus escolar ao invés de ir a pé para a escola, dizia que eu ainda usava fraldas, que era uma criancinha que obedecia a mamãe cegamente. Na frente de todos os alunos. E de outros professores.
Anos mais tarde, fui à escola para fazer um trabalho da faculdade. Ele estava lá e me reconheceu. Me olhou dos pés à cabeça e sorriu com desprezo.
Eleições. Na minha escola, concorriam às eleições duas chapas. Uma delas teria prometido que as meninas teriam liberdade para usar shortinho e regata. As meninas adoraram, já que em Porto Alegre o verão chega a quarenta graus tranquilamente, e os meninos podiam ir com bermudas curtas e regatas sem problemas. No dia do resultado da eleição, essa chapa foi a vencedora. Na saída da escola, uma das mães olhou para mim e duas outras meninas com nojo e gritou: "Depois os meninos pegam na b*ceta de vocês e vocês vão vir chorando reclamando!". Com essas palavras.
Irmãos. Entreouvi minha mãe contando que, uma vez, ela ia sair com os irmãos dela e foi aprontar-se no quarto. Um dos irmãos dela entrou e começou a conversar com ela enquanto ela trocava de roupa. Ela saiu, ele também, foram passear. Na volta, meu pai a chamou para um canto e disse: "Nunca mais faz isso. Não se tira roupa na frente de homem". Ela, em choque, respondeu: "Mas eles são meus irmãos!". Ele, muito sério, disse: "Homem é homem. Não importa se é irmã". Ela estava contando essa história para uma amiga, que ficou tão chocada quanto eu.
Meu pai tem cinco irmãs.
Vestidos. Eu trabalhava numa casa lotérica. Ia sempre de vestido, porque era muito quente lá dentro. Tinha um homem que eu atendia todos os dias. Nunca havia reparado como sempre calhava de eu atendê-lo. Um dia ele me deu um cartão e comentou que trabalhava numa livraria. Como muitos clientes eram regulares, e muitos conversavam comigo e com a dona, pensei que talvez ele tivesse me ouvido falar para algum que eu gostava de ler, não sei. Mandei um e-mail para o endereço do cartão perguntando se havia alguma vaga. Ele me respondeu com uma declaração de amor. 
Eu não soube como responder, de tão embaraçada que fiquei: a frase mais longa que havíamos trocado até então tinha sido "Dinheiro ou cartão?" O conteúdo do email era muito desconcertante, dizendo que até trocava de lugar na fila para ser atendido por mim e achava meu jeito de vestir incrível, cheio de personalidade, uma coisa "meio pin-up" que o fascinava. Ele me achou em outras redes sociais, e me mandou mensagens anônimas se descrevendo. Ele continuou indo à lotérica e chegou a me dar um livro de presente, que eu não consegui nem tocar. 
O ônibus. Estava indo para o trabalho. Como era meio período, eu entrava à uma da tarde e pegava o ônibus bem vazio. Um dia, um garoto sentou ao meu lado. Digo garoto porque ele não tinha cara de ter mais do que 14 ou 15 anos, mas ele era muito maior do que eu, pelo menos quinze centímetros mais alto e notavelmente bem mais forte. Estranhei, porque quando tem lugar vazio é difícil alguém sentar com um desconhecido. 
Eu estava com fones de ouvido movendo os lábios conforme a música. De repente, notei que ele estava falando comigo. Tirei um dos fones e perguntei o que era, imaginando que ele ia perguntar algo sobre o caminho do ônibus. Ele perguntou o que eu estava escutando. Respondi vagamente "Rolling Stones" e voltei a pôr o fone, pensando que o menino só queria puxar assunto (eu era obviamente muito mais velha do que ele!). Ele continuou a falar comigo, começando a me cutucar. "Tu gosta de vermelho? É do Inter?". Respondi que gostava da cor mas não torcia para time algum e voltei a colocar os fones. 
Aí o menino perguntou a minha idade e pensei: "Ótimo, finalmente ele se toca e para". Respondi que tinha vinte e ele respondeu que tinha treze. Convencida de que o assunto estava encerrado, tornei a por os fones. Ele passou o braço em volta dos meus ombros. Estarrecida, tirei os fones e disse: "Pode por favor tirar o braço? Nós não nos conhecemos". Ele continuou com o braço e disse: "Mas as outras meninas não se importam...". "É, mas não sou nenhuma delas, nós não nos conhecemos, não te dei permissão para isso". Ele recolheu o braço e tornei a por os fones de ouvido. 
Antes que eu pudesse me levantar para sair, ele perguntou se eu tinha namorado, se namoraria ele. Respondi que não, que sou lésbica. Ele disse: "Mas um dia vai querer um homem, não é?". Muito ofendida, tirei os fones pela última vez e disse: "Não, não vou. Me deixa em paz. Chega". Não sei se foi a minha raiva óbvia ou se realmente era hora de ele descer, mas nisso ele se levantou e disse que a próxima parada era a dele.
Carona. Estava esperando o ônibus para ir para a faculdade, sozinha na parada. De repente, parou um carro. O moço perguntou aonde eu ia. Pensando que pudesse precisar de informações, respondi o nome da faculdade. Ele de repente sorriu e disse: "Ah, sim! Já te vi por lá. Estudo lá também. Vamos, eu te levo". Não era impossível que ele realmente tivesse me visto e eu não o reconhecesse, mas achei muito estranho. Agradeci e disse que não precisava, o ônibus já estava chegando. Ele insistiu: "Não, vai demorar ainda, entra aí, eu te levo". Respondi que não precisava mesmo. Ele não desistiu, continuou dizendo para eu entrar no carro. Quase que imediatamente, o ônibus chegou e ele saiu.
Azar. Hoje, no trabalho, fui para o lado de fora fumar. Dois colegas do setor administrativo estavam conversando. Lá pelas tantas, mencionaram alguma coisa sobre sexo com mulheres e eu ri. Um deles ficou olhando sem entender. O outro explicou que sou lésbica. O primeiro disse: "Mas tu não tem jeito de machorra!". Eu não soube como reagir, então comentei, meio azeda: "Não significa nada, né". Ele então começou a me encher de perguntas. 
Sem saber como fugir da situação, respondi a algumas com tranquilidade fingida, pensando que pelo menos alguém ia ser menos ignorante em relação a mulheres fazendo sexo. O assunto desviou para sobre como eu era "um deles" por também gostar de mulheres. Lá pelas tantas, o mesmo colega fala sobre como não se importa se a mulher está muito bêbada, chegando a dizer que "Dormindo, então, mais fácil ainda". Soltei aquela risada nervosa que sai sozinha e disse "Isso é crime, chama estupro". Ele riu despreocupado e disse "Que nada, c* de bêbado não tem dono. Tá dormindo, tá na roda, azar".
A cultura patriarcal. Sei que muitas mulheres podem ler esses relatos e acenar com a cabeça enquanto leem: "Sim, me identifico, isso aconteceu comigo", ou "Meu deus, que horror". As ameaças sugeridas por essas histórias não estão escritas porque sei que as mulheres que lerem vão entender: vão entender as atitudes do professor, vão entender as situações em que o medo me paralisou, vão entender por que minha primeira reação muitas vezes é ser gentil (somos criadas para agradar), vão entender as entrelinhas que não escrevi, vão entender as coisas que passaram pela minha cabeça. 
Sei que diversos homens lerão (não todos, mas muitos dos que lerem) e pensarão: "Tá, e o que é que tem de mais?", ou, ainda, "Mas aí o erro foi seu, que conversou, que deu assunto, que não saiu correndo de primeira!". Se reagimos e se temos medo, somos umas paranoicas, somos malucas, vemos coisa onde não têm, mas, se somos passivas ou botamos fé, somos ingênuas, merecemos o que nos acontece. Não há fuga.

89 comentários:

Unknown disse...

Maria, querida, me identifiquei com todas as situações que você relatou, embora não tenha passado especificamente por algumas elas. É que de tanto ouvir histórias tão similares, a empatia é tão grande que parece que sofri na minha própria carne isso tudo. Um beijo, sigamos fortes. Obrigada por seu relato!

Abacate disse...

Esse negócio de mulher ter sempre que ser gentil é terrível e é péssimo para a segurança.
Vide "O Silêncio do Inocentes", em que a última vítima do Buffalo Bill só é seqüestrada porque se sente obrigada a ajudar o cara que parecia machucado.
Desde que eu vi o filme, nunca mais fiquei tranqüila ao chegar em casa à noite.

Anônimo disse...

Como você disse, várias de nós já passamos por situações assim. Mas infelizmente esses casos são muito mais abrangentes que um único gênero. Tenho amigos gays que quando eram crianças foram molestados por tios, primos e vizinhos porque eram afeminados.
Sinto muito medo em perceber que esse tipo de violência e abuso é muito mais comum do que imaginamos ou vivenciamos.

patricia. disse...

Patriarcado e sua 'maravilhosa' influência na vida de todo mundo.
Acho que toda mulher consegue se identificar em pelo menos algumas das situações citadas no texto.

Me surpreendo por nunca ter passado por nada parecido em ônibus, pois costumava pegar bastante antes de começar a dirigir e minhas amigas sempre me contavam dos mal bocados que passavam no transporte público. Minha mãe também se preocupava bastante e eu ia sempre com medo, mas felizmente nunca me aconteceu nada.

A mesma coisa não posso dizer de andar a pé. Sempre escuto piadinhas,buzinas,assovios e por aí vai, e sempre reagi. Sinceramente não sei se isso é bom ou ruim, as vezes depois de falar alguma coisa, fico pensando que me arrisquei a sofrer algum tipo de violência.
Quando tinha uns 11 anos, estava voltando do curso de inglês a pé com a minha melhor amiga, e um cara falou alguma coisa, eu respondi, e ele correu atrás da gente até o nosso prédio. Minha amiga quis me matar.

Quando era bem criança passavam trotes para o telefone da minha casa, e sempre que eu atendia o cara perguntava se eu queria que ele enfiasse o 'pau durinho na minha b*ceta'. Só parou quando eu passei o telefone para o meu pai, assustadíssima, diga-se de passagem.

Perdi as contas de quantas vezes me passaram a mão em shows e boates, ou quantas vezes eu levei cantada de motoristas, pedreiros e até de segurança da faculdade.
Uma vez tive uma reação a um remédio e tive que fazer um eletro. O cara que fez o exame em mim ficava rindo e me olhando de um jeito super debochado. Estava sozinha na sala, tarde da noite e sem blusa, tive muito medo de ser estuprada.

Isso tudo, e muito provavelmente eu sou uma das 'sortudas'.

Rodrigo disse...

Sou homem e senti um embrulho no estomago lendo.

Hamanndah disse...

Querido Rodrigo

Que bom ver um homem com empatia pela gente

Sou otimista e sei que muitos como você existem no mundo

Um abraço
Hamanndah

Anônimo disse...

Essa é a vantagem de ser feia, baixinha, gorda, tímida, com cara de pré-adolescente (mesmo já passando dos 20). Nunca passei por nada disso. Fujo completamente dos padrões de beleza. Por mais triste que seja, me dá essa vantagem.

André disse...

Bando de bundão os seus colegas, no meu tempo de escola se um professor perseguisse um colega a gente não deixava barato. Jovem apático que não quer mudar o mundo é muito triste.

Alessandra Cougias Rossini disse...

Anônima, infelizmente não é bem assim. Sempre estive acima do peso, não me considero nada bonita e sou bastante tímida. Isso nunca impediu de acontecer milhões de situações similares e ainda outras que a Maria passou. É uma realidade vivenciada pelas mulheres em geral, independentemente se seguir ou não os padrões da sociedade. Mas fico feliz que você nunca tenha vivenciado nada disso.

Marcia disse...

Me identifico, me emocionei. Hoje mesmo, andando na rua senti medo. Afinal, lá ia eu pagar contas usando vestido acima do joelho (e meia calça), realmente, há aqueles que acreditam que nossos corpos não nos pertencem...

Raíssa disse...

Não tem a ver com padrão de beleza, qualquer mulher, só por ser mulher pode passar por essas coisas, vc pode ter tido sorte mesmo.

eu sempre fui esquisita, muito alta e magra, desajeitada e tinha orelha de abano, e sofria bullying na escola por causa disso, mas mesmo que meus colegas de escola me considerassem feia, na rua, eu comecei a escutar cantada de adultos lá pelos 10 anos.
era confuso pq eu não queria que me chamassem de feia na escola mas tb não gostava que homens mexessem comigo na rua, me sentia invadida mesmo.

Liana hc disse...

Terrível isso. Já passei por várias situações do tipo, e escutei o mesmo de colegas minhas.

Há pouco anos, eu ouvi de um antigo colega de escola que ele e outros colegas nossos eram assediados durante o segundo grau por uma inspetora, inclusive quando ela estava grávida. Fiquei muito chocada. Achava que havia algo de estranho nela que eu não conceguia identificar e me incomodava, mas nunca notei que isso acontecia.

Tudo isso é frequente demais, é ignorado demais. É preciso mais conscientização e uma estrutura para prevenir e também para reagir adequadamente nesses casos que são tão delicados e tendem a não deixar quaisquer provas.

Com a minha filha, fiz questão de conversar desde cedo sobre limites e permissões, sobre o que é apropriado ou não, e que isso vale para desconhecidos/as, professores/as, amigos/as, parentes incluse eu que sou mãe dela. Assim, se acontecer, ela vai saber que o erro é da outra pessoa e ela vai se sentir confiante para contar.

Anônimo disse...

Lola, sobre o Will Smith bater em um repórter gay por este ter tentado beijá-lo... alguns consideraram o ato do Will como homofobia, outros consideram que foi abuso sexual do repórter.

Pergunto, qual a sua opinião? Como lidar com duas coisas que o feminismo combate, ao mesmo tempo?

Renata Meal disse...

Até uns dez anos, banhos coletivos aconteciam na minha casa. Meus pais, eu e minha irmã mais nova as vezes tomávamos banho juntos. Era um momento muito divertido com cada um esfregando as costas do outro. Como foi assim desde sempre, nunca vi isso como algo anormal. Afinal não tenho irmão e a única forma de ver um corpo masculino que eu tinha era nesses banhos. Acho que por isso nunca tive uma epifania quanto a diferença entre homens e mulheres. Eu simplesmente sabia que era diferente e sempre vi como natural. Mas nossa vizinha ficava envenenada com isso. Achava um absurdo, falava com minha mãe que pai não podia ficar vendo filha já moça pelada. A medida que fomos crescendo, a necessidade de privacidade apareceu e esses banhos desapareceram. Mas até hoje lembro desses momentos família. Engraçado nessa mentalidade é que ver minha mãe nua não era problema porque nós éramos meninas. Se fossem meninos, o problema seria ver a mãe? Nunca entendi isso. Éramos crianças com a família. Imagino que essa mesma vizinha deve ter pequenos enfartos quando vê que todos nós nos beijamos com selinho. Não importa se seja minha mãe, minha irmã ou meu pai: eu cumprimento com selinho e abraço. Não me assustaria saber que essa vizinha nunca deixou o marido trocar sequer as fraldas da filha deles...

lica disse...

Pensei no slogan da Marisa (argh) 'de mulher pra mulher'...

Talvez alguns homens possam entender as entrelinhas, mas pra nó mulheres, está cruelmente escancarado.

Anônimo disse...

Eu ia para o colégio de ônibus sozinha desde os 12 anos. O ponto ficava a uns 3 grandes quarteirões da escola e eu andava bastante até chegar lá em ruas vazias às 07h. Para cortar caminho, passava por dentro de uma igreja.
Uma vez um sujeito falou para mim, quando cruzou comigo na igreja:
- Ah, se levo isso pra uma cama!
Eu tinha uns 14, 15 anos, e fiquei bem assustada com o comentário. Senti muito medo e andei rápido para me afastar dele. Achei grotesco falar assim com uma adolescente (já seria ruim com uma adulta). E acho que nem preciso comentar o fato de ele referir a mim como "isso": obviamente eu estava sendo vista apenas como um objeto, e a fala dele comprovou o fato.

Já na época da faculdade, fui assediada no ônibus (cheio!) por um sujeito bêbado, que ficava querendo se encostar em mim e perguntando minha idade, dizendo que eu tinha cara de menina de 15 anos. O mais engraçado (e assustador) foi constatar que ninguém ao meu redor que presenciava a ação tomou qualquer atitude a fim de me defender. Ele só parou quando eu subi o tom de voz e pedi para ele me deixar em paz. (Fosse hoje, eu dava-lhe um bom empurrão também!)

Esses foram dois casos que me lembrei de imediato quando li o post. Acho que 99% das mulheres se identificam porque já passaram por algo semelhante. E só nós sabemos o que sentimos nessas situações...

Junior disse...

Fico imaginando como vocês mulheres fazem para não acabar vivendo com medo o tempo todo. É muita pressão, eu não sei se conseguiria resistir como a maioria de vocês resiste a esse tipo de coisa :(

Anônimo disse...

Eu sou classe média, loira, alta, olhos claros.

Quando estava no segundo ano da faculdade, resolvi trabalhar em um posto de gasolina. Eu me candidatei para frentista, mas como tinha experiência em trabalhar no caixa, e era rápida de contas, o gerente me contratou para a loja de conveniências.

Fiquei um mês lá. Foi incrível a quantidade de cantadas que eu levei naquela época. Talvez por acharem que eu não tinha muito estudo, ou era pobre, eles se sentiam mais empoderados pra fazer gracinhas comigo...

Teve um dia que me marcou, pq um cara deixou o telefone dele com a outra menina que trabalhava lá, e pediu pra ela me entregar e dizer que ele tinha uma LAND ROVER.... ¬¬

B. disse...

Me identifiquei muito. Medo de ser tocada. Estranhos me seguindo. Ouvi coisas escrotas. Entre outros... que vocês sabem bem.

Anônimo disse...

Eu acho q tem um pouco a ver com padrão de beleza sim,quando eu era magra sempre ouvia essas nojeiras,depois q engordei muito ,quase n escuto mais cantadas nojentas.

Anônimo disse...

Ontem aconteceu algo ruim e ao mesmo tempo tão comum comigo. Eu estava parada em frente a um ponto de táxi esperando uma pessoa e nisso vem um taxista perguntando se eu queria um táxi e pegando no meu braço, eu me assustei e ele não gostou e me chamou de brava. Eu respondi dizendo que não sou propriedade pública para ninguém vim pegando no meu braço de repente. Ele pediu desculpas e saiu com o rabinho entre as pernas.

No mesmo dia uma amiga me conta que um cara estranho ofereceu carona para ela que recusou, ele insistiu umas duas vezes e só saiu quando ela ameaçou chamar a polícia.

Essa sociedade patriarcal ainda vai trazer muitos infortúnios para nós mulheres.

Luiza Original disse...

Esse pirralho? MALA¹¹¹¹¹¹¹¹¹¹

O cara do carro? MALA²²²²²²²²²²²


E é bem assim, mesmo. Haja saco.

Fabiola de Oliveira disse...

Tenho várias lembranças de situações constrangedoras envolvendo homens abusadores: quando criança, brincando com as amiguinhas na rua da minha casa, um carro estacionou com um homem dentro...e ficou lá, estacionado, nos olhando; como sou muito curiosa cheguei perto e espiei ele se masturbando! Na adolescência, em ônibus cheio, caras se esfregando, de propósito nas mulheres (incluindo a mim) várias vezes. Certa vez peguei ônibus de madrugada, para voltar de um show e uns adolescentes puxaram conversa, como estava ficando meio constrangida me levantei para mudar de lugar e eles simplesmente passaram a mão em mim, gritei com eles, que riram, e óbvio, nenhum passageiro fez nada. Festas: já levei várias passadas de mão...aff... São apenas algumas lembranças, mas vou parar por aqui, se não o comentário fica muito longo!
Hoje adulta, não ando mais de ônibus e seleciono muito o tipo de balada, aliás, lugares muito cheios, até evito. Também, depois de descobrir o feminismo, e que não tenho que ter esta postura de “mulher gentil, desprotegida etc...” minha postura perante a sociedade e a vida mudou, talvez isto iniba alguns homens.

Anônimo disse...

O mais triste é que toda mulher consegue fazer um texto similar. Experiências diferentes, mas todas de abusos em diversos graus. Enquanto eu lia, fui lembrando das coisas que eu passei, desde um estupro na esquina da minha casa, até cantadas leves por um cobrador de ônibus, mas muito assustadoras pra uma menina de 12 anos.

Sinto muito por você. Sinto muito por todas nós. Que nossa luta sirva pra que as próximas gerações de meninas não tenham tantos fatos, se possível nenhum, e nem imaginem como escrever um texto assim.

Beijos com carinho!

Maria Fernanda Lamim disse...

Fato, toda mulher ja passou /ouviu coisas assim. De todas, a que mais me incomodou foi a do professor: a implicancia dele depois do veto da mae demonstra no minimo intencoes meio estranhas...
O lance da nudez em familia me choca tb, na minha casa nao havia tabu com isso.
A ultima, dos comentarios bestas dos colegas, me lembrou uma que eu ouvi outro dia. O namorado de uma amiga me disse que ia me dar dicas pra melhorar o meu relacionamento com o meu namorado e soltou a seguinte perola: pro meu namoro dar certo eu tinha que deixar o meu namorado me bater. O pior e que na hora a gente nem consegue responder, de tao absurdo que e!

Elaine Cris disse...

Acho que infelizmente muitos não sabem a diferença entre tentar se aproximar e conhecer alguém para assédio, constrangimento... E tem também os que não sabem levar um não como resposta e partem para uma insistência que soa agressiva, intimidadora.
É a velha história. Se você é gentil com alguém que não te interessa, o cara acha que está se fazendo de difícil e que tem que insistir ou que gosta de provocar. Se você é mais firme, é grossa e aí tudo bem se o cara retrucar com grosseria, na cabeça dele, claro.
É triste.

Stos Ross disse...

Assistam o vídeo e vejam a cara de assustado do covarde quando a mulher se levanta e reage ao assédio.

http://www.youtube.com/watch?v=PBSYL_Th2Ts

Uma coisa que me intriga muito é: por que, quando uma mulher reage ao assédio (ou qualquer outro tipo de violência) imediamente aparece um monte de homens para proteger o agressor, fastando-o da mulher? Por que enquanto está ocorrendo o assédio (ou outro tipo de violência), o mesmo não acontece? Por que enquanto o homem está assediando (ou agredindo) as pessoas pensam que não é problema delas, a não ser que a mulher reaja? Enfim, por que é mais fácil afastar o agressor quando há uma reação da agredida?

Thaís B disse...

Padrão de beleza pouco importa, se o cara se sente no direito de soltar um """"""""""""""""elogio""""""""""""""""" para alguma mulher, ele vai assedia-la. Eu sou loira de olho claro mas sofria bullying no colégio por ter cabelo armado e enrolado (vulgo cabelo "ruim"), ser bem tímida e me tachavam de feia e machona (porque eu fazia tae kwon do e partia para cima dos garotos encostassem em mim para me agarrar). Mas sempre vi e ouvi atitudes nojentas de idiotas machistas(recuso-me a chama-los de homens).

Hoje mesmo eu estava indo ao mercado e ele fica relativamente longe, e entre ele e minha casa há um treco que não há casas, só calçada e uma grade que dá para o parque florestal. Estava andando nesse trecho quando ouço um "psiu", quando me viro vejo um homem se masturbando para mim do lado de dentro da grade. Na hora que bati o olho virei o rosto e continuei olhando. Senti um mal estar terrível. O pior é que não foi a primeira vez, no começo do ano ele já fez isso mas como ninguém chamo, eu que acabei olhando para ele por 1 segundo e não tinha entendido se ele estava mijando na mata ou se masturbando, então deixei pra lá. Mas hoje reconheci que era o mesmo cara. Fui até o mercado e ao chegar lá meu medo passou a ser raiva e fiz questão de voltar a pé pelo mesmo caminho para caso eu o encontrar denuncia-lo na hora para a polícia, porém não o encontrei. Mesmo assim fui a polícia (que fica muito próximo dali mas onde esse fulano fica o posto policial não é visível). Chegando próxima ao posto comecei a ficar com medo e vergonha dos policiais não me levarem a sério ou me tratar com desprezo, felizmente me trataram muito bem e com compreensão e alegaram que outras pessoas já tinham denunciado o fulano. Me recomendaram que caso eu veja ele de novo (principalmente se estiver se tocando de novo) ligar para o 190 na hora, e não andar na parte de dentro do parque (tem a calçada, a grade e um caminho de terra do lado). O que me deixou triste foi o fato de como o parque é grande e de mata fechada, é difícil pega-lo se não denunciarem na hora, então nem foram atrás dele. E que eu sou obrigada a andar só na calçada (a parte de terra do parque é muito boa também de se andar) por causa de um infeliz.

Rê_Ayla disse...

Estou deveras cansada de ver pessoas dizendo que “isso não acontece”, “as mulheres estão exagerando”, “o mundo não é machista como vocês dizem”, “só acontecem essas coisas com quem não se dá ao respeito” e blábláblá. Não queridos, não estamos exagerando. Essas coisas do texto acontecem com todas. Abusos pequenos, como ser chamada de gostosa na rua, ter algum idiota olhando como se fosse uma picanha exposta no açougue ou ter algum sem noção encostando demais no ônibus/metrô, TODAS passam diariamente, independentemente de como estejam vestidas.
Digo mais: A mulher do seu lado pode ter sido vítima de um abuso mais grave e você nem desconfia.

Amigos ficaram surpresos quando eu publiquei um pequeno texto sobre abusos que EU sofri - a todos eles eu perguntei: "Por que a surpresa?". A resposta que mais me chocou foi "você não parece uma mulher frágil, vítima dessas coisas...". Aparentemente, até como se reage é julgado... aí o link do texto:
http://dozeeum.blogspot.com.br/2013/05/nao-e-exagero.html

N. disse...

Me identifiquei com quase 100% das histórias da Maria, claro que cada um tem na sua vida pessoal diferentes histórias, mas ainda assim, elas sempre se convergem em algum ponto. Acho que as histórias de abuso sexual na infância são presente da vida de muitos homens também, apesar de mais mulheres serem estupradas quando adultas. Muito triste viver à mercê disso tudo, tendo que se policiar com o que veste, com quem fala, na hora que sai na rua, em que rua vai, com quem vai, quanto beber e o que fazer. Quero apenas ser livre.
Existe uma citação, da Ingeborg Bachmann: "(...) E existirá um dia quando todos, homens e mulheres, irão redescobrir a poesia dos seus genêros. Esse dia chegará, quando seremos livres de tudo, livres dessa sujeira, desta miséria. E nós seremos livres, mais livres do que sob qualquer liberdade já imaginada."

Anônimo disse...

Me deu uma tristeza lendo esse texto. Todas nós mulheres enfrentamos coisas assim todos os dias, é um saco! Quando eu era adolescente eu estabelecia uma idade para os meninos que eu queria namorar, tipo com 15 só namorava meninos de até 18, fui aumentando a tolerância à medida que aumentava minha idade rs. Se algum cara mais velho me paquerava, eu reagia, perguntava se ele não tinha vergonha de dar em cima de alguém da minha idade, chamava de tio, tentava constranger. Era meu jeito de lidar com isso, às vezes conseguia, às vezes não.
Também fiquei chocada com a história da nudez, tenho dois irmãos e lá em casa nunca teve isso, nudez sempre foi muito natural. Isso é doentio.

Meu sonho é que um dia possa andar em paz sem ter que ouvir assédio constantemente. Acho que vou ter que mudar de país.

Su

Aline disse...

"Se reagimos e se temos medo, somos umas paranoicas, somos malucas, vemos coisa onde não têm, mas, se somos passivas ou botamos fé, somos ingênuas, merecemos o que nos acontece. Não há fuga."

Resumo perfeito...

Acho que não vai ter mulher que não se identifique com pelo menos uma das histórias. Eu me identifiquei - e só aí percebi de onde vinha aquele medo quando um homem se aproxima, quando é insistente mesmo que "gentil". É desesperador.

Anônima da saia disse...

Me identifiquei com muitas situações

A de ser uma menina-adolescente e fiar ouvindo coisas que me faziam morrer de vergonha bem do tipo "meu p*nesse c***" nossa hoje em dia penso como que pode. Morria de medo sempre que isso acontecia e nao era poucas vezes, e morria de vergonha que alguém ouvisse como se a culpa fosse minha(!)

A cena do tio nao que fui abusada por tio algum mas tem uma cena na minha cabeça que eu nao consigo me lembrar nao sei nem se sofri abuso ou nao. Foi no hospital e lembro do enfermeiro passando a mão e dizendo "isso é bom ne" mas qd tento me lembrar se ele chegou no meu sexo fica branco nao consigo me lembrar. Eu tinha 6-7 anos

A cena do onibus para mim foi pior ainda, o rapaz ao meu lado ficou pondo a mão na minha coxa e eu com 14 anos nao sabia como reagir, o rapaz era mais velho que eu e fiquei com medo que reacionasse de forma violenta,

Anônima da saia disse...

Júnior ê horrível, muitas vezes eu pelo menos e sei que muitas mulheres deixamos de fazer muitas coisas.

Quando começa a escurecer eu vou correndo pra casa. Apesar que estudo a noite e as vezes chamo o meu pai pra vir me buscar (tenho mais de 30 anos..... Morro de vergonha de confessar mas tenho medo)

Muitas coisas so faço e so me visto de determinada maneira (tipo vestido) se estou em companhia.....

A gente vive com medo sim e agora que o nosso Feliciano defende estuprador mas nao aborte fruto de um estupro, nossa a gente treme,

Gabriela V. disse...

É entristecedor saber que pelo menos uma história de horror cada mulher tem para contar. Eu me lembro que quando eu tinha 12 anos, fui a casa de um amigo da minha vizinha, fiquei praticamente o tempo todo no computador com ela, e em uns 15 minutos que ela foi ao banheiro de repente apareceu o tio do dono da casa, ele começou a me acariciar o rosto, beijar meu pescoço, me encostou na parede e eu simplesmente não conseguia ter forças, somente dizia ''para, para, para'', mas com uma voz muito baixa e muito mole, daí minha vizinha chegou e disse pra que ele parasse com aquilo, ele saiu, no outro dia fiquei sabendo que ele contou para pessoas conhecidas que havia transado comigo. Semana passada fui a uma balada com umas amigas e enquanto estava sentada no sofá um cara de mais ou menos 1,86 se jogou em cima de mim e beijou meu pescoço, eu virei o rosto e meio desconcertada mexi no celular, minha amiga disse ''cai fora, cara'', ele na mesma hora disse ''perdone, perdone'' e estendeu a mão para que eu pudesse ''perdoa-lo'', continuei mexendo no celular e ele foi embora. Lembro também de descer a Consolação de manhã para ir a escola e um homem estar se masturbando, dizendo ''que delicia, gatinha'' e ainda lembro de estar voltando do trabalho 10:20 da noite e um homem de terno andando na minha frente e de repente ele para num canto, bota o pênis pra fora e começa a se masturbar, fiquei assustada, pensei que ele iria me estuprar, desci a rua correndo.

Anônima da saia disse...

Aos que falaram que tem relacao beleza física com assedio: a epoca que eu mais ouvi cantadas escrotas do tipo que a autora comenta "meu pau no teu c****" foi quando eu era pre adolescente, eu era uma menina bem gordinha com oculos redondos gigantes anos 80 (agora volta a moda mas na epoca eu era muito míope usava fundo de garrafa pois as lentes na epoca nao eram fininhas como hoje) so usava moletom e tênis, o meu cabelo parecia a da chiquinha do chaves. Eu sofria bullying na escola, era considerada a menina mais feia e gorda e foi a epoca que mais sofri assedio.

Hoje eu estou mais bonita, mais magra e nao sofro tanto assedio - nao sei se o mundo mudou ou se nao tenho cara de desamparada como tinha antes,,,,,

Gabriela V. disse...

Agora me lembrei de uma outra situação que gostaria de compartilhar também.Passei uma vez o ano novo na Paulista com uma amiga, por volta das duas horas decidimos voltar pra casa, ela que morava na Brigadeiro perguntou se eu não queria dormir lá, eu disse que não, que voltaria pra casa, eu de vestido e salto fiz um percurso de uns 50 minutos a pé, quando me virei na consolação, percebi do outro lado da rua um homem sem camisa, meio estranho, o semáforo estava fechado e eu não sabia se voltava ou se atravessava, quando abriu eu atravessei correndo e fui descendo a cesário motta correndo, quando olho o cara está correndo atrás de mim, graças a deus haviam duas senhoras andando e eu as alcancei, elas disseram ''tá td bem, moça?'' eu ''tem um cara atrás de mim'', foi quando esse homem pôs a mão nas minhas costas e disse ''graças a Deus existem homens bons, ne? Imagina se eu fosse um maluco'' eu dei um sorriso amarelo e flei ''é...'' ele ''qual é o seu nome?'' eu''...vanessa'' ele ''vanessa com w ou com v?'', avistei meu prédio e entrei, as senhoras seguiram e o cara entrou no MEU predio o.O, apertou o botão do elevador e eu subi de escadas, pois na minha cabeça as escadas seriam mais seguro do q o elevador se ele tentasse fazer algo, depois nunca mais o vi. Até hoje não sei se ele realmente morava no meu prédio e quis fazer isso de brincadeira pra me assustar ou se era um maluco.

Anônima da saia disse...

Lembrei de outra coisa que esta me acontecendo na atualidade moro em apartamento. Sou solteira e vivo so.
Em geral os porteiros que trabalham no meu edifício sao gente boa a exceção de um que é EVANGELICO. ele da encima de todas as vizinhas, comigo pior ainda por morar sozinha. Uma vez eu voltava as 7 da manha e o cara ficou fazendo barulho com a boca,,,, e dizendo "gostoso o café da manha ne" nojento.
E falei pro sindico, acabou que o porteiro me escondeu umas cartas minhas foi ate pior. O sindico diz que nao pode despedi-lo ainda porque teria que pagar um monte e que nao tem nada que eu possa provar como assedio, que seria muita dor de cabeça.
Eu sou ateia mas to REZANDO pra que esse homem suma, e talvez exista deus mesmo porque ele vai embora semana que vem, diz wue encontrou outro emprego,
Mas foi foda. Total sentimento de desproteção e desrespeito.

Anônimo disse...

"Fico imaginando como vocês mulheres fazem para não acabar vivendo com medo o tempo todo. É muita pressão, eu não sei se conseguiria resistir como a maioria de vocês resiste a esse tipo de coisa :("

No meu caso, quando comecei a ter uma consciência de que não eram fatos isolados, de que esses acontecimentos se repetiam com frequência, comecei a ter medo o tempo todo. Pegar um ônibus virou um transtorno, pra vc ter ideia.

Unknown disse...

Maria,
Parabéns pela coragem, é realmente revoltante notar como o machismo está incrustado na nossa sociedade.
E além de tudo, admiro sua atitude, pois muitas pessoas agem assim por uma cultura do senso comum. A criança foi criada como o "macho" de casa, e quando sai pra rua, vê os outros agirem assim também. Quanto mais relatos como o seu vierem à tona, mais próximos podemos chegar à uma mudança e conscientização.

Anônimo disse...

Bom,

Esse negocio de beleza e ser ou nao assediada e relativo.

A única coisa boa de ter sido ' feia' na adolescência e que pelo menos assedio eu nao sofri.e ainda ouvi uma vez aquela piada ridícula " imagina se alguem ia querer estuprar uma coisa feia que nem vc "

Depois que acertei as contas com minha beleza( assumi meu cabelo cacheado, troquei os óculos por lentes de contato), etc, ouvi cantadas, elogios e os assédios existiram, mas nunca foram ' muito graves' ( como se assedio pudesse ser leve), quero dizer : no maximo uma forcada de barra com algum menino que eu ficava e eu pulava fora e era bem firme, dizia nao e terminava ali( eu as vezes magoada porque gostava do menino e nao entendi a forcada de barra, achava que q culpada era eu)
De qualquer maneira, esses incidentes , mesmo pequenos, me deixaram marcas que demoraram anos pra se apagar.
Vamos dizer que so comecei a me libertar disso ha 4 anos,depois de ter conhecido uma pessoa , que( exceção) e dando certo com ele ou nao,, nao me tratou assim e me fez entender que posso ser bonita, feminina, sem me sentir usada e tendo um pouco de carinho, que nao faz mal de ninguem,


Que todos superem seus traumas

camila disse...

Gente me identifiquei bastante '-' chega até a assustar, lembrei de um dos fatos que aconteceram comigo; Eu tinha 14 pra 15 anos quando voltava da escola, um cara bêbado sentou do meu lado, e falava sem parar,coisas que escutamos, que era linda,perguntava meu nome, que meu uniforme isso aquilo.
tem muito tempo e não me lembro direito, e não reagi fiquei acuada no canto sem saber o que fazer, o pior o ônibus estava lotado e todos vendo e não fizeram nada, quando o homem desceu pro meu alívio, algumas pessoas disseram nossa que cara chato --' apenas isso.

Unknown disse...

Infelizmente essa é a realidade e eu já passei por elas também... Agora, lendo seu texto me identifiquei e quase chorei.É muita raiva que eu guardo de ter que me controlar em tudo por causa dessa sociedade machista. Eu moro no norte do Brasil e aqui as raízes do machismo são mais impregnadas do que você pensa...Vida difícil e humilhante a nossa.

Patrícia Freitas disse...

Stos Ross, presenciei um episódio de assédio em ônibus tb, em que felizmente as pessoas se levantaram para ajudar a vítima.
Eu estava indo para o cursinho e era sexta feira antes do dia dos pais. Entrou um homem dizendo pra todo mundo que estava preso e que tinha saído por causa do dia dos pais e contando um monte de "aventuras" do crime. Uma hora ele viu que tinha uma moça vestida de branco e começou a falar com ela, que uma vez uma enfermeira parecida com ela tinha tirado uma bala do seu peito, abriu a camisa pra mostrar a cicatriz, e falando como ela era bonita, que queria que ela cuidasse dele e não sei mais o quê. Estava chegando ao terminal e o cobrador e mais dois homens falaram que era melhor ele descer que senão ia complicar.. Ele desceu e continuou gritando declarações para a moça até o ônibus sair... Pelo menos não encostou nela e nem quis arrumar mais confusão.
E eu, fiquei encolhida, com medo de ser a próxima vítima. Não sei como agiria se fosse hoje, acho que tentaria ajudar, mas realmente é uma situação bem difícil, temos que ter consciência disso e nos ajudar sim!

Anônimo disse...

Quantas mulheres não possuem uma história apavorante de abuso e precisou ficar quieta por que achava que a culpa era a sua?

Eu, quando disse pra minha mãe que, com 8 anos, eu fui repetidamente abusada por dois caras, ela perguntou o que eu fiz pra provocá-los... =(

Fernanda disse...

Li as situações relatadas, e lembrei de uma situação tão, ou mais, horrorosa do que as que você descreveu. Quando tinha uns 12 ou 13 anos, eu e uma prima da mesma idade estávamos passeando na rua, (bem próximo a nossa casa, que fica em um bairro residencial). Era verão e estávamos vestindo saia jeans. De repente um homem parado ao lado de uma moto perguntou se poderíamos fazer um favor, inventou uma história qualquer e pediu para apertarmos uns botões da moto enquanto ele mexia abaixo dela. Nós não tínhamos nem idade para dirigir, quanto mais para entender que aquilo não fazia o menor sentido, e estávamos lá, ajudando, enquanto o mesmo na verdade estava espiando nossas calcinhas. Depois de alguns minutos ele disse, exatamente isso: "Deu, já me ajudaram, já gozei" Nós duas saímos correndo. Não contamos nada aos nossos pais, pois estávamos com vergonha, assim como por um bom tempo acreditamos que fomos "burras". Foi após alguns anos que percebi a gravidade do que aconteceu, um crime realmente, assédio moral a crianças, um verdadeiro pedófilo. É muito triste a forma com que a sociedade leva as próprias mulheres a se colocarem no lugar da culpada.

Anônimo disse...

Um vez, saindo da fisioterapia, com 15 anos, passei em frente a um mercado onde um caminhão de bebidas tava descarregando. Eu tava com dor, mancando, e não queria dar a volta no caminhão todo. Fui pela calçada, desviando das caixas, e a certo ponto um dos carregadores tava no caminho, parei pra esperar ele passar. Ele parou, me olhou de cima a baixo, e disse, me olhando nos olhos, "ô bucetinha linda, apertadinha, eu arregaçava".
Pedi licença. Ele se moveu um centímetro. Dei meia volta e manquei pelas caixas até a rua. Ele e o motorista riam alto.




Anônimo disse...

As vezes me pergunto se este comportamento masculino, não e uma patologia ?! De onde vem tamanha vontade de oprimir, de assediar e inferiorizar as mulheres ? triste mais eu sinto cada vz mais que e algo "natural" da parte deles, todo este comportamento animalesco, desde os 13 anos ate senhores de terceira idade, assediando uma criança de 11.
Talvez a ciência deveria estar procurando um tipo de medicação, vacina sei la, mais me e nitido que cada vez mais, chega a hora do basta, do não dá mais para conviver com criaturas tão primitivas, triste.
Livia.

Marina disse...

Bem, vou contar algo que já aconteceu comigo.

Calçada. Estava na calçada, a noite, na frente da casa da minha tia. Estava lá fora esperando minha mãe quando viro a cabeça, me deparo com um senhor de mais de 70 anos, na frente da sacada de sua casa, mostrando seu pênis e fazendo movimentos com ele e olhando pra minha cara e rindo.

Anônimo disse...

E depois vem ozómi mimimizando, que esses abusadores são minoria, que são doentes, que a maioria dos homens são dibenzzzzz...

Minoria, nada. Praticamente toda mulher tem uma história pra contar.

Anônimo disse...

Horrível mesmo. Mulheres passam dificuldades diariamente.

Só não entendi direito o problema do sujeitinho que passou a cantada pelo email. Ele foi desajeitado, sem noção da vida, mas não me pareceu agressivo ou violento.

Entendo que você esteja reclamando de ele se sentir autorizado a te cantar só pelo fato de você estar lá. Acho isso válido. Mas o jeito de ele agir me pareceu ir além do comportamento do homem que canta a mulher só porque ela está lá (em qualquer lugar público).

Ele tentou se aproximar, deixou cartão, você enviou email, ele respondeu, como sabia que você gosta de ler ele te deu um livro, procurou te conhecer melhor em redes sociais, continuou achando que vocês poderiam ter algo a ver. Não vejo onde está a agressão aí.

Jéssica disse...

@Anonimo 23:25

Conhece a palavra stalker? O cara agiu como um stalker, e acredito que você saiba porque stalkers dão medo.

Larissa disse...

Isso não tem nada a ver com ser bonita ou dentro dos padrões. Hoje mesmo escutei uma "cantada" abusiva mesmo estando acima do peso - e muitos diriam: ah, tá vendo, te acharam "gostosa" mesmo assim, vc deveria agradecer.

Esse assédio em pontos de ônibus e transportes é assustador. E eles ainda acham que estão passando cantadas "normais". O que acho inrtrigante é que usualmente essas pessoas se interessam mais pela aparência da mulher do que por qualquer outra coisa, uma vez que nunca nem conversaram com ela. Sentir atração tudo bem, mas dizer que ama só de ver é quase impossível.

E como se pra "amar" só fôssemos "carne", como o senhor da lotérica que a "stalkeou". Se ela fosse uma moça feia ou malvestida, ele nem repararia que ela existe.

Anônimo disse...

Uruguay no registra muertes por aborto desde que es legal

http://espanol.upi.com/Noticias-destacadas/2013/07/17/Uruguay-no-registra-muertes-por-aborto-desde-que-es-legal/UPI-75671374043140/

Cereja disse...

Hoje cheguei em casa e encontro um amigo que eu e meu irmão temos em comum.

Ele: Te cumprimentei hoje quando você tava andando na rua, você não viu?
Eu: Não!
Ele: Passei de carro, te dei um tchauzinho...
Eu: Você e mais uns 30, então.

Ele deu risada. É claro, nunca passou por buzinadas, tchauzinhos, beijinhos, "oi, princesa" e afins.

Anônimo disse...

De todos os relatos assustadores da autora, so um nao consegui ler nas entre linhas. Por mais que seja estranho, qual o motivo de tamanha preocupacao em relacao ao incidente da loterica? Provavelmente o cara era uma pessoa legal. Muitos homens tem dificuldade em saber a forma de demonstrar seu interesse; dessa forma terminam por fazer da maneira errada, mas sao bem intencionados.

abracos a todos
Julio

Anônimo disse...

Absurdo esse vídeo, deu um frio na barriga de me imaginar na situação da mulher. Acho que é válido lembra que a situação parece ser na índia, e lá é a sociedade é completamente machista... acho que esse é o motivo de logo aparecer tanto homem.

Anônimo disse...

Nunca passei por nada tão horrível quanto as histórias que vocês estão contando aqui, mas quando as leio sinto tanto nojo e raiva como se tivesse sido comigo.
Vontade de matar esses infelizes.

MonaLisa disse...

Histórias de horror e stalkers na vida de todas as mulheres.

Depois que meu irmão tentou me estuprar 2 vezes, parei de andar de calcinha ou short curto quando estou só em casa com ele, mas quando minha mãe está, ando como bem entendo, afinal os 'instintos' estupradores não aparecem com platéia. rsrsrs

Mas eles já estão avisados, que se ele me fizer algo, vou estourar o cu dele com uma garrafa pet e depois castrá-lo com uma tesoura de jardinagem. Posso até ir pra cadeia, mas farei um bem social, garantindo que ele não estuprara mais ninguém. rsrsrs

Lola, vc viu isso??? A mãe de 17 anos, matou a filha a pedradas pq o pai fugiu e a familia dela fazia um inferno na vida dela. Onde estavam os pró vida pra dar dignidade pra elas???

http://www.tribunadoceara.com.br/nacaonordestina/alagoas/ela-atrapalhava-minha-vida-diz-adolescente-suspeita-de-matar-a-filha-a-pedradas-em-alagoas/

Anônimo disse...

"Só não entendi direito o problema do sujeitinho que passou a cantada pelo email. Ele foi desajeitado, sem noção da vida, mas não me pareceu agressivo ou violento."
Acho que você perdeu duas partes dessa história:
1º: "Ele me achou em outras redes sociais, e me mandou mensagens anônimas se descrevendo."
e 2º, mas não menos importante, a parte da perseguição. perseguidores são possessivos, e nao raramente fantasiam um relacionamento que nao existe, e usam essa fantasia para validar atos de violência. Pessoas morrem por causa de perseguidores obstinados.

Anônima da saia disse...

Lembrei de outra coisa: se a gente reage e esta sozinha corre risco de violência e se é de dia e tem outras pessoas, outras pessoas te reprovam a sua "grosseria". Explico:

Perto de casa tem um nojento que vende cocadas, bem no centro da cidade, quem é da minha cidade deve ger visto o imbecil.
Qd passa uma mulher perto dele ele fala "olha a cocada BEM GOSTOSONA QUE DELICIA HUMMMMMMMMMM VONTADE DE COMER TODINHAAAAAAAA AAAAHHHHHH" (aumentando a voz e apontando pra mulher que passa).

Uma ve reagi falei "trabalhe de forma decente seu imbecil" claro que o cara gritou ainda mais "AS DELICIAS TAMBÉM SAO PRAS MARIMACHO" e um grupo de mulheres perto de mim cochicharam "nossa mulher que nao se da o respeito é foda"

!!!!'

EURONYMOUS DEMOGORGON disse...

enquanto os homens forem criados pra serem manginas e chegarem nas mulheres, essa situação aí que voces reclamam vai continuar. eu mesmo era assim a muitos anos atrás, antes de conhecer a real, eu chegava nas mulheres em diferentes lugares, durante o dia mesmo. sabendo a real eu sei que é a mulher que escolhe o homem, e não o contrário, é a hipergamia das mulheres.

voces vão ter que continuar convivendo com isso por muitos anos, porque a sociedade brasileira não vai mudar. aqui existe toda uma cultura lixo voltada pro manginismo e pra vida social, pra aprovação social.

Unknown disse...

Patrícia Freitas, felizmente neste caso houve empatia, mas posso dizer que já me aconteceu coisas semelhantes e ninguém, ninguém mesmo ajuda. Eu estudava de noite em Niterói e morava no Rio, então voltava de barca, descia na Praça XV e pegava o ônibus pra casa. Uma vez, dentro da barca, eu estava sentada com um fone de ouvido e só vi um cara se aproximando e sentando bem do meu lado. Ele começou a falar algumas coisas, tirei o fone de ouvido e, quando percebi que ele estava bêbado e só falava abobrinha, cantada, resolvi colocar o fone de ouvido novamente e ignorá-lo. Ele continuou falando, e começou a se inclinar demais, se aproximando demais. Levantei-me, saí de perto e escolhi outro lugar pra sentar, bem longe. Ele nem se abalou, me seguiu, sentou bem do meu lado. Pela terceira vez me levantei, e fiquei em pé perto da saída da embarcação, onde já havia um grupo bem grande de pessoas esperando a barca atracar para poder desembarcar; mais uma vez ele me acompanhou. Gritei o máximo que pude: "Sai de perto de mim! Me deixa em paz!". Todos os passageiros olharam e NADA FIZERAM. E tinha muuuita gente em pé perto da saída da embarcação.

Foi me dando uma aflição absurda, porque ia chegando a hora de desembarcar e ir para o ponto do meu ônibus na Praça XV - e quem conhece o Rio sabe como é a Praça XV à noite. Assim que saí da barca, por milagre, vi dois policiais e na mesma hora me dirigi a eles para dizer que havia um cara me importunando a viagem inteira. Eles abordaram o sujeito e eu aproveitei para sumir dali.

Em outra situação eu estava num ponto de ônibus e um cara, parecia ser um morador de rua, passou a mão na minha bunda e passou correndo. Fiquei irada, persegui o cara gritando enlouquecida, xingando um monte. No ponto do ônibus, cheio de pessoas, só vi gente rindo da minha cara. Inclusive mulheres. Tremi de raiva até chegar em casa, quase uma hora depois do incidente. E nunca me senti mais sozinha do que naquele momento, no ponto do ônibus, vendo todo mundo rir de mim.

Iara disse...

Aconteceu comigo algumas coisas do tipo também. Uma que marcou bastante foi que eu estava lendo
um livro para um trabalho da faculdade, "Prostituição na Idade Média" e dois meninos num ônibus vazio começaram a querer puxar assunto por conta do livro. Eu ria, de nervoso, o que com certeza deve ter sido visto por eles como um incentivo pra continuar. Até que um deles falou que eu deveria estar lendo porque eu era uma prostituta. Não tenho nada contra prostitutas, mas eles falaram pra ofender, porque não quis dar mais trela e explicar como era interessante o livro e ia pra além do que poderia se inferir pelo título. Lembrei lendo os relatos. Joguei o livro fora.

Anônimo disse...

O pior é que para cada cena descrita, tenho uma similar. São abusos, assédios constantes que vivenciamos. Que é triste admitir, mas fazem parte do nosso cotidiano: sejamos brancas ou negras, ricas ou pobres, das cidades grandes ou pequenas. Flashblacks em minha mente ao ler a postagem. Cada vez mais temos que descrever, narrar tias ocorrências para que as que vierem depois de nós tenham contato como a perversidade do patriarcado e que possam ter histórias diferentes das nossas.

Anônimo disse...

Tive duas situações que foram bem marcantes e hoje, como feminista de carteirinha, teria agido diferente.
Aos 13 na hora do recreio da minha escola, eu e um colega estávamos conversando sobre os lanches da cantina, e ele disse que não iria comer tal lanche pq tinha ervilha no recheio (só tinhas este lanche disponivel); e eu disse: pare de frescura, vai mordendo e tirando as ervilhas q vc não gosta; e ele foi extremamente agressivo dizendo: Pega na minha frescura então (puxando minha mão em direção do penis dele), fiquei tão chocada com aquela atitude que saí de perto dele e nunca mais falei com ele. Se por infelicidade encontro em algum lugar finjo que não o conheço, de tanto asco que sinto dele.
Outra eu ja estava com uns 18 anos, sai com umas amigas para uma balada e conheci um carinha legal e fiquei com o mesmo (o que foi inédito pra mim, pq só ficava com caras conhecidos, tipo amigo de amigos, conhecia bem o cara e só depois eu ficava), uns 2 dias depois ele me convidou para ir ao cinema com ele (gente não sei se é paranóia minha), e levei uma amiga comigo pq fiquei com medo de sair sozinha com um cara, pq eu não o conhecia (só fiquei com ele 1x na balada), fiquei morrendo de medo do que ele poderia fazer comigo, sei que minha amiga também não poderia me defender de muita coisa, mas era um forma de me sentir segura.
Olho pra tras e vejo como somos intimidadas e também fomos criadas nessa intimidação, isso me deixa muito p. da vida!

Anônimo disse...

eu já passei por algumas dessas situações principalmente por conta de carona,é terrível pq depois de um tempo começamos a andar com muito medo na rua

Anônimo disse...

A garota é covarde e mata a propria filha e a culpa é de quem é contra aborto..... É abortar impede q a pessoa passe por qualquer problema mesmo e se n abortar e passar por problemas é responsabilidade dos outros de resolver....argumento debilóide.
O pai tb foi bastante covarde.

Maria Fernanda Lamim disse...

Sobre isso de assedio na rua /padrao de beleza...eu acho que tem mais a ver com quem e mais "intimidavel" do que com quem e mais "bonita". Quem assedia mulheres que passam na rua quer intimidar, nao conquistar. Por isso a gente sofre mais com isso qd e adolescente, mais jovem e fragil.

Anonima da saia disse...

e elaine, as pessoas acabam rindo de vc. como da vez que comentei que reagi contra o cara que vendia cocada, um grupo de mulheres falou "mulher que nao se da o respeito eh foda" e tb tinha gente dando risadinha. morri de vergonha. nunca mais me defendi.

Anônimo disse...


Também me identifiquei muito com tudo, como era de se esperar, qualquer mulher deve ter passado por pelo menos uma situação parecida.
Eu ia até dizer que era sortuda por nunca ter passado pela situação de algum conhecido intimo/familiar me tocando sem minha vontade. Aí lembrei que quando era criança, eu convivia muito com meus primxs, e um primo meu da mesma idade vivia fazendo chantagem comigo pra fazer eu beijar ele (de língua, isso porque a gente não devia ter mais de 8 anos). Eu era muito bobinha e tinha medo de dizer não pra qualquer pessoa. Sem contar que às vezes ele atacava a mim e uma outra prima (1 ano mais velha) com tapas, beliscões, etc e ficava agressivo quando a gente ignorava ele. Não sei por que a gente nunca falou nada pros pais dele.
Até ano passado, quando me formei, tinha que voltar da faculdade pra casa de madrugada e sempre vinha super apreensiva por estar muitas vezes sozinha no ônibus. Fora alguns motoristas sem noção oferecendo carona, tive sorte de nunca ter me acontecido nada, mas sempre precisei ser escoltada pelo meu irmão do ponto até em casa.
Até hoje em dia ainda sou boba e não sei direito ser firme. Meu chefe algumas vezes vinha com umas passadas de mão pra cima de mim e uma colega. Eu ficava tão sem graça que não sabia como reagir. Ele só parou e pediu desculpas depois de uma vez que eu reagi visivelmente desconfortável e expliquei pra ele porquê que aquilo não era legal. Eu tive que explicar pra um cara de mais de 50 anos isso.
Se eu saio de casa de saia ou de vestido, tenho que aguentar gente me medindo da cabeça aos pés e alguns "elogios" aqui e ali. Por isso me visto da maneira mais sem graça possível. Melhor isso do que me sentir desconfortável. E eu também sou tímida e não sou nenhuma beldade.
Do começo do ginásio até o final do colegial, sempre sofri bullying por me acharem feia. Era como se eu não contasse como pessoa, por ser mulher mas não servir como objeto decorativo.
Depois de anos com a autoestima destruida, consegui recuperar parte dela e hoje me acho bonita/normal e melhor ainda, parei de dar importância a isso. :) Inclusive, seu blog me ajuda e me ajudou muito nesse processo de tomada de consciência, Lola. Sou mais uma que devo meu feminismo a você. <3

Enfim, só um desabafo e um agradecimento. Beijos.

Anônimo disse...

Oi. Seu texto é muito tocante, parabéns. Infelizmente muitas mulheres, todas, talvez, podem contribuir com alguma história. Eu sou homem, porém já ouvi que uma prima que levou uma passada de mão em um ônibus. Minha irmã foi beijada à força em uma micareta...

..eu felizmente nunca vivi situações como essas relatadas. Exceto por uma bem desagradável.

Quando criança, eu costumava brincar de "trocatroca" com um primo um ano mais novo. Ele era muito "sapeca", fazia isso com outros amigos, e tal. Eu achava legal, apesar de sempre ter peso da consciência de fazer isso. Um dia, minha mãe e meu irmão nos flagraram na garagem da minha avó. Eu devia ter uns 8 anos.

Anos mais tarde, meu irmão quis entrar na brincadeira. Detalhe, ele é 4 anos mais velho do que eu. Na época ele devia ter 16 anos, e eu 12. Às vezes eu achava legal, até pedia pra fazermos algo. Algumas vezes, não, e ele insistia, como uma vez que meus pais saíram de casa e ele ficou insistindo pra eu ficar com ele, na frente dos meus pais, e meus pais me largaram. Anos depois, ainda fico confuso com essa sensação... como se, com meu primo, não houvesse mal algum, porque tínhamos idades parecidas e não estávamos "avançando o sinal"... já com meu irmão, ele estava em idade sexual, às vezes pedia pra eu fazer coisas nojentas... era como se ele estivesse com receio de descobrir o sexo com as garotas e ficava "treinando" comigo... afinal, eu (que sou gay), com 16 anos, já pensava em fazer sexo com caras de verdade, e não com crianças...

Enfim... hoje ele está bem casado, com uma garota bonita de uma família tradicional da nossa cidade... Já eu, sou a bicha da família que mora às escondidas com o namorado (que ninguém conhece) na metrópole que me permite ser quem sou...

Kittsu disse...

"DARK GUILD DEATH ADDER", você consegue perceber que após ter sofrido com o assédio moral no colégio, você passou a repetir o padrão de violência ao invés de lutar contra ele? é a história do moleque que é maltratado em casa e no colégio é quem maltrata os coleguinhas.
você se enfiou num grupinho muito amargurado, que cria rótulos e titulos para desumanizar. Esse grupo não vai deixar que você tenha um relacionamento saudável e feliz e vai te convencer que se você se relacionar bem com uma mulher você é um (insira aqui o termo que eles usam para ridicularizar e humilhar alguem nessa situação), e se você se relaciona bem com um homem -no sentido sentimental- você é um (insira aqui o outro termo que eles usam para se referir maldosamente a homossexuais).
No fim das contas, você está se apegando a um grupo que comete assédio moral entre si para garantir que todos sigam a um código que é o ideal de uma pessoa amargurada, que só conhece o ódio. Um código que quer coagir criando um inimigo fantasioso (a mulher malvada, que está em todos os lugares e prestes a te arrancar os genitais) e garantir que se você nao acredita nesse inimigo, ao menos acredita nas punições vindas de quem acredita.

Isso nao vai te trazer felicidade, só te prender nesse vórtice de amargura e fantasia antissocial. É normal não ter amigos (você acha que todo mundo aqui é uma borboleta que pulula junto com suas amiguinhas borboletinhas em campos verdejantes?), anormal é achar que tem amizade com quem quer o seu mal.

Leia com mais atenção os relatos que aparecem nesse blog, e veja o que esse povo realmente quer: ser melhor do que alguém, ou apenas respeito? objetificar e desprezar homens, ou denunciar a maldade contra uma pessoa por algo que nao é modificável?


Se livrar do ódio é libertador, e se livrar das pessoas que te induzem ao ódio cego é mais libertador ainda.

Anônimo disse...

Fui criada numa família católica, e minha avó, assim como a maioria das pessoas,acha que não devo andar de short em casa, pois meus avô e tios são homens. Mal sabe ela, que já fui molestada, não foi uma, não foram duas ou três vezes, já perdi as contas das violências que sofri, e em todas elas estava completamente vestida. O primeiro foi quando eu tinha nove anos e foi uma amigo da minha mãe, até hoje não consigo vê-lo sem que eu tenha queda de pressão e tremores no corpo inteiro, seguidas de crises de choro, o pior é que minha mãe ficou sabendo, e tomou uma atitude muito drástica: FICOU SEM FALAR COM ELE 3 DIAS! Sim, isso foi o máximo que ela fez (acho ela também sabia que eu seria culpabilizada), e ele ainda frequenta a minha casa, tem um filho gay e uma neta de 5 anos que ele cria, me embrulha o estômago saber o que, provavelmente, eles passam. O segundo foi na volta de um curso, e o cara tentou me por a força dentro do carro, me perseguiu até a casa da minha avó, gritando "PORRA! ENTRA AQUI AGORA", quando consegui entrar numa contramão bastante movimentada, o terceiro foi quando eu estava indo pra escola e pra isso tinha que passar por um matagal, ele me agarrou e eu com meu um metro e meio só consegui vomitar diversas vezes e gritar até que uma senhora que varria a calçada à poucos metros dali me socorreu e chamou o filho dela pra me acudir, dentre outras situações que me traumatizaram ao ponto de sentir o coração sair pela boca toda vez que recebo uma cantada na rua, vocês devem saber a frequência disso. Não há um dia se quer, que eu não passe por isso no mínimo 3x. Essa semana voltando da faculdade, estava na parada do circular, quando um "ridículo" chegou de bicicleta e parou lá, já desconfiei que algo de bom ele não iria fazer, quem pega ônibus de bicicleta?, pensei comigo. Sentei na parada e toda vida que sentava em um banco ele ia pra perto de mim, troquei 3 vezes de banco pra vê se ele se tocava, na terceira ele ficou lá atrás e fiquei observando e torcendo pra que o ônibus viesse, quando ouvi um barulho nojento e quando olhei pro lado, ele estava masturbando-se, com o pênis entre na cara da garota sentada ao meu lado, fiquei apavorada não sabia o que fazer, olhei para os lados procurando ajuda e apesar da parada estar com no mínimo 15 pessoas ninguém ajudou, eu puxei ela de perto, que a essa altura estava tão paralisada quanto eu, foi o máximo que eu consegui fazer, quando passava pessoas ou outros ônibus ele baixava a blusa cobrindo o ato escroto dele, o circular veio e eu pedi pra eu amiga ligar pra polícia, e nessa semana ainda, aconteceu outra vez, da mesma forma daí alertei a um moço que tava na parada comigo, ele olhou pro cara e ameaçou ir pra cima, o escroto pegou o paragaba/mucuripe que estava LO-TA-DO, pena de quem ia naquele coletivo. Tenho 17 anos, sou estudante, estou no segundo ano de direito, lésbica (e sofro com o "é porque nenhum homem te pegou com força", e estou em construção como mulher e feminista.

Anônimo disse...

A maioria das mulheres finge que essas coisas são normais, pq se pararem pra pensar vão se sentir muito ameaçadas.

Anônimo disse...

Li o comentário da ThaísB lá em cima e lembrei de outra coisa.
Uma vez eu estava andando na minha vizinhança e vi um cara com a moto parada, mijando no muro. Era de manhã e não tinha praticamente ninguém por perto, mas achei tão absurdo ele estar fazendo aquilo num lugar aberto onde qualquer um podia ver, que dei uma risadinha nervosa, fingi que não tinha visto nada e continuei andando. Mas parece que o cara viu e foi atrás de mim com a moto devagar rua abaixo me provocando, falando que eu tinha gostado do que tinha visto, querendo me mostrar o pinto, falando pra eu mostrar pra ele de novo aquele sorriso de safada, e por aí vai.
Eu só fechei a cara pra ele e continuei andando mais rápido, puta da vida comigo mesma por ter rido. Por sorte a gente tava perto de uma avenida mais movimentada e ele viu que eu tava indo pra lá e acabou me deixando em paz.

Anônimo disse...

Sou taxada por todos desde mais novo como grossa e mal-educada, justamente porque não faço a menor questão de ser boazinha. E muitos homens já acharam que eu sou lésbica (sem ser) por conta do meu comportamento tido como "de macho". Contudo, quem sabe um dia eles entenderão que esse tipo de comportamento é simplesmente uma defesa contra abusos desse e de vários outros tipos. Não temos que ser simpáticas, boazinhas e "maternais" para sermos mulheres, pois infelizmente confundem isso com inocência e fragilidade.

Anônima da saia disse...

Maria concordo com vc pois quando eu era mais jovem era muito tímida e também pela própria idade a gente transmite mais insegurança. Hoje em dia ando com passos firmes e nao tenho vergonha de dizer "nao" qd vem um cara querendo vender alguma coisa na rua. Antes eu falaria "desculpe....." (Desculpe????)

Uma coisa muito chata é que as vezes que fui assediada em alguma festa o cara so me deixou em paz se outro homem veio em minha defesa.

Ja nao uso mais o carro porque sozinha recebia muito assedio e xingamentos. Qd estava em companhia de outro homem (pai, irmão, amigo) nao tanto. Por medo tb da violência aposentei o carro.

Qd penso em viajar so penso em norte América e Europa. Gostaria de conhecer Oriente médio África e países do centro América mas esses nem pensar em fazer sozinha e como sou sozinha acho que nunca vou conhecer esses países so pelos livros e filmes.

precoce disse...

eu, com 6-8 anos 'forcei' (insisti) minha prima de mesma idade a fazer 'sexo'.
Hoje eu vejo que foi errado, mas na época não havia nenhuma conotação de humilhação ou algum sentimento de posse, mesmo assim eu forcei, pois queria explorar.

Anônimo disse...

Que texto lindo... Sinto algo pelos homens que não sei explicar. Eu já me violentei muito por me odiar a odiar homens. Eu sinto medo, nojo, ódio. Medo é a palavra que melhor descreve. Eu não confio em homem de maneira alguma. O que me deixa frustrada, é que eu era uma romântica incorrigível, e com o tempo, e, ainda mais, meu pai traindo a minha mãe e a humilhando e me humilhando de todos os jeitos, acabou, eu nunca me apaixonei e sei que isso nunca vai acontecer porque eu nunca quero estar tão perto de um homem desse jeito.

Anônimo disse...

Anônimo de 11:50, nossa quantos relatos terríveis. Gostaria de ajudar. Em qual cidade vc mora? Vc registra as ocorrências? Menina estou chocada.

Anônimo disse...

É muito triste saber que não há como não rolar uma identificação com o seu texto, toda mulher se identifica com alguma das histórias, difícil ser mulher e passar uma vida ilesa de alguma dessas situações constrangedoras, revoltantes, nojentas, indignantes. Fico sempre pensando: quando isso irá mudar? É tão difícil a condição de mulher ainda hj, tanta coisa bizarra que se escuta, q se vê, complicado pensar numa superação disso... mas estamos na luta, todos os dias.

Anônimo disse...

O relato da anon das 11:50 é horrível mesmo. Chocante. Triste saber que mulheres vivem coisas horríveis como essa em uma vida só. As vezes na mesma semana.

Hamnndah disse...

Dark seu lixo nojento elas foram as vitimsas. Foram humilhadas agredidas e ameacadas por esse bando de babacas misoginos que acham na cabecinha de merda deles que devem ter poder sobre elas.

Va vomitar sua misoginia nos blogs dos seus amiguinhos machistas.

Hamanndah

R.M disse...

Meninas, força.
Sou homem, 20 anos, e sempre achei ridícula essa forma de abordagem machista, mas que é algo cotidiano na sociedade. Boa parte das coisas que foi relatado nesse post, ja presenciei, e muitas vezes entrei em choque sem saber o que fazer. Cada vez mais que estudo o feminismo, percebo quanto o machismo é muito alem do que nos ensinaram. As vezes chego a sentir nojo de ser homem, mas paro e penso que isso não é com todos, que eu não sou assim. Deixo aqui todo meu apoio a voces, contra a sociedade patriarcal e o machismo.
Abraços!

Susy Freitas disse...

O que percebi no decorrer do tempo (tenho quase 30 agora) é que os homens que cometem esses CRIMES gostam de vítimas que pareçam frágeis para eles. Quando era pequena, ouvia esses absurdos de homens adultos na rua, muito mais que de meninos da minha idade, e acredito que seja porque uma criança não sabe como reagir (se mulheres adultas já ficam paralisadas pelo medo tantas vezes, imagine uma criança!). Quando comecei a reagir, o assédio diminuiu um pouco; mesmo assim, ainda recordo de duas ocasiões mais ou menos recentes:
1. Absurdo. Um conhecido que já havia tentado ficar comigo anos atrás (eu não quis ficar com ele há uns 7 anos atrás em várias ocasiões) me telefona depois de muito tempo, pra “por a conversa em dia”, pois nos vimos rapidamente em uma festa. Conversamos alguns minutos, e depois ele começa a RECLAMAR porque ele só me viu com meu marido na festa e fica ME QUESTIONANDO porque não pôde falar comigo sozinha (detalhe: nos vimos por 2 minutos!). Se fosse alguns anos atrás, eu teria ficado acuada e não teria reagido, pois realmente deu medo! Porém, respirei fundo e respondi a altura: “EU ANDO COM QUEM EU QUISER, NÃO PRECISO DA SUA PERMISSÃO PRA ESTAR COM MEU MARIDO OU QUALQUER OUTRA PESSOA, IDIOTA!”. Ele nunca mais ligou. Mesmo assim, fiquei com medo por alguns dias ainda, pois o amigo (da onça) que me ligou é POLICIAL.
2. No ônibus. Um dia, quando estava indo ao centro da cidade sozinha num ônibus quase vazio, curtindo uma música com fones de ouvido, dois homens entram no ônibus, mas só um homem pede licença para sentar do meu lado. O outro senta dois bancos à frente e fica me olhando, com o “parceiro” dele ao meu lado. Achei a situação estranha. O homem ao meu lado fala algo e o ignoro da primeira vez, mas ele insiste e eu tiro os fones. Ele pergunta: “Você está indo pra escola?” (como falei, tenho quase 30, mas sou meio pequena e usava camiseta, shorts e tênis nesse dia). Eu respondo que não e coloco os fones de novo. Ele me cutuca e pergunta: “Você está indo pro trabalho então? Onde é?”. Eu respondo, para todos no ônibus ouvirem: “NÃO, E PRA ONDE EU VOU NÃO TE INTERESSA, EU NEM TE CONHEÇO!”. Mudei de lugar no ônibus, morrendo de medo de eles me seguirem depois, mas, por sorte, dois policiais entraram no ônibus e eles desceram em seguida, bem antes do meu destino. Se os policiais não tivessem entrado no ônibus, eu teria perdido meu compromisso, pois andaria todo o trajeto do ônibus até voltar pra casa (a parada de ônibus era bem na frente da minha casa naquela época). Nesse curto espaço de tempo, eu já tinha propositadamente decorado as roupas dos dois homens e as feições dos rostos deles, pois achei que poderia identifica-los para a polícia se algo acontecesse comigo. Também já tinha pensado em como poderia atingir pontos sensíveis neles (garganta, virilha) se sofresse alguma ameaça.

Luana Moreno disse...

engraçado. creio que foram situações como essas que me tornaram uma pessoa agressiva e com problemas pra controlar o temperamento. Quando acontece qualquer coisa assim, reajo geralmente com gritos e xingamentos de forma espontânea. E tenho fama de maluca por causa disso.

Anônimo disse...

Uma mulher gordelícia recebe muito mais cantadas nas ruas do que uma mulher-vara. Macho de verdade nunca vai dispensar um rabão, um coxão e um peitão só porque uma mulher tem uma barriguinha saliente. Esse negócio de só querer magrela é coisa de mauricinho fresco. Nas ruas o que manda é o tipo mulher-melancia, panicat e não essas sem-graça 'topmodel-magrela-da-passarela'. Só no mundinho das feministas que mulher magricela recebe mais cantadas do que as gordelícias.

Anônimo disse...

HOMENS SÃO NOJENTOS

SOU ADOLESCENTE, NUNCA NAMOREI, NUNCA BEIJEI, NUNCA ME MASTURBEI, NUNCA ASSISTIR PORNOGRAFIA, SOU DA IGREJA, ME VISTO DECENTEMENTE NA RUA E EM TODO LUGAR... UM DIA DESSES SAIR PRA IR NA PADARIA (FICA QUASE EM FRENTE DA MINHA CASA) ERA TARDE DA NOITE, AINDA CEDINHO TIPO 18HRS QUANDO O SOL TÁ SE PONDO... BEM VESTIDA, NADA DE ROUPA CURTINHA. ( PARA VC VER QUE A CULPA NÃO ESTÁ NA ROUPA E SIM TODA ELA ESTÁ NOS HOMENS ) E UM CARA ADULTO TIPO 30,40 ANOS NUMA MOTO FICOU ME OLHANDO DE CIMA A BAIXO E ME ENCARANDO NESSE INTERVALO DE TEMPO ( EU NEM TENHO CORPÃO ) MINHA REAÇÃO FOI ENCARAR DE VOLTA COM CARA FEIA, MAS MEIO SEM REAÇÃO E COM MUUUUUUUUUUUUITO MEDO. E SEMPRE ACONTECE, CARAS PRINCIPALMENTE ADULTOS FICAM OLHANDO PRA BUNDA DE ADOLESCENTES COM OLHARES NOJENTOS, ECA!!! SE PARA MULHERES ADULTAS JÁ ESTÃO ERRADOS, POIS MUITOS SÃO CASADOS, TEM NAMORADA... ENFIM. SÉRIO CARA, HOMENS SÃO OS QUE MAIS CAUSAM ACIDENTES DE TRÂNSITO (E DEPOIS FALA "SÓ PODIA SER MULHER", SENDO QUE, AS MULHERES SÃO BEEEEEEEEEEEEEEM MAIS CUIDADOSAS E CAUSAM BEEEEEEEEEEEM MENOS ACIDENTES QUE ELES), SÃO OS QUE MAIS COMETEM CRIMES, ESTUPROS, ASSISTEM PORNOGRAFIA, SE MASTURBAM, FAZEM PIADINHAS IORAIS NO SEU CICLO DE AMIGOS, NÃO RESPEITAM AS MULHERES...

VCS, HOMENS, DEVERIAM SE ENVERGONHAR. SIGAM O EXEMPLO DE JESUS, QUER ACREDITE OU NÃO, POIS COM TODA A CERTEZA HOMENS QUE FAZEM TAIS COISAS CITADAS NO MEU COMENTÁRIO E NESSA POSTAGEM NÃO VÃO PRO CÉU. SINTO NOJO DAS ATITUDES DE VCS.