domingo, 14 de julho de 2013

GUEST POST: AMOR À VIDA, OU NADA É POR ACASO

Semana passada, quando uma leitora, a Jéssica, me enviou um email sobre Amor à Vida, eu me lembrei da única cena que vi da novela (é esta aqui), em que um médico dá sermão numa paciente que pretende fazer aborto. 
Aí me deu um clique: não será que o título da novela é uma mensagem proposital passando a opinião da Globo sobre o aborto? Tô viajando? Sei não, é isso que os "pró-vida" defendem: o amor à vida (desde que não seja a vida da gestante, só do feto ou do embrião, e só até o parto: nasceu, que responda por si, e vamos baixar a maioridade penal e instituir a pena de morte). 
Nada é por acaso. Um título desses na hora em que o aborto não sai de pauta (decisão do Conselho Federal de Medicina pela autonomia da mulher, Estatuto do Nascituro etc) não me parece gratuito.
Bom, fique com o ótimo guest post sobre a novela. Jéssica é uma feminista e vegetariana de 22 anos que mora em São Paulo, estuda marketing e trabalha com comunicação, moda e produção de vídeos. 

Sempre gostei muito de novelas, principalmente a das 21h, que normalmente contém menos cenas de humor e mais dramalhão. Passei a última novela de Gloria Perez sem ligar a televisão, então, quando Amor à Vida estreou, no final de maio, demorei uma ou duas semanas para começar a acompanhar, mas logo me vi dizendo para meus amigos não me ligarem na hora da novela de Walcyr Carrasco. 
Apesar de estar viciada na trama, duas coisas me incomodam: as personagens femininas (forçadas e caricatas; não sinto identificação ou empatia por quase nenhuma delas), e o slut shaming descarado. Conversando com algumas amigas, me pergunto a que ponto esta tentativa de controlar a sexualidade das mulheres numa novela pode influenciar e legitimar ainda mais esse tipo de comportamento no mundo real. Foi pensando nisso que resolvi escrever esse post, que obviamente não pretende ser a opinião absoluta sobre a novela.
Seria impossível não começar falando de Valdirene (Tatá Werneck) e Márcia (Elizabeth Savalla), uma ex-chacrete que hoje vive vendendo cachorro quente na rua. Márcia incentiva a filha a encontrar um milionário e dar o golpe da barriga, e praticamente todas as cenas das duas se referem a isso. Valdirene é escrachada; cada vez que ela fala alguma coisa, me vêm logo à cabeça a personagem Magda, de Sai de Baixo, e seu bordão é "sou a inteligência pura!". 
Toda vez que ela encontra um milionário, seja fingindo-se de massagista para encontrar um jogador, ou de garçonete para pegar um cantor, algo dá muito errado. E aí temos cenas dignas de algum programa de pegadinha, sem um pingo de sutileza. 
Ao lado da casa das duas, há o bar da família de Bruno, outro personagem principal. Essa família é muito carinhosa e bondosa, menos quando falam das vizinhas: todos da família e os empregados do bar as hostilizam sem dó. Em quase todo capítulo é um tal de chamar de "vagabunda" e "vadia" na cara. E não para por aí. 
Mesmo com todo esse slut shaming, Márcia chama o casal para ser seus padrinhos de casamento, e ao ser abandonada no altar não é poupada por Denizard (Fúlvio Stefanini), que diz que o noivo fugiu pra não se casar com um trambolho daqueles. O que me irrita em tudo isso é que a família do mocinho praticar slut shaming meio que legitima as ofensas: eles são boas pessoas com todo mundo, menos com elas, porque vadia não merece respeito.
Patrícia (Maria Casadevall) trabalha no hospital, onde a maioria das cenas se passam, e após ter sido traída na lua-de-mel, passa a rejeitar qualquer relacionamento sério. Ela começa a se envolver com Michel (Caio Castro), um médico residente do San Magno. Cada vez que Patrícia diz a ele que quer sair com outras pessoas e que não quer compromisso, na cena seguinte ele a chama de vadia ou comenta com alguém que ela "não presta, não vale nada!". 
Até aí, teríamos uma réplica do filme 500 Dias com Ela. Mas Patrícia está completamente apaixonada por Michel, ao mesmo tempo em que arma situações para fazê-lo pensar o contrário por medo de se envolver. A situação é tão óbvia para ele e para todos ao redor, que dá a impressão de que não existe mulher que não quer um relacionamento sério, já que o primeiro cara com quem ela fica na história, é o cara por quem ela se apaixona. 
Concordo que isso é possível, e acontece, mas gostaria mais se, na novela, rolassem histórias com outros caras antes do "cara certo" aparecer. Em um episódio recente, Patrícia fingiu estar namorando outro, e Michel foi conversar com ele, dando um soco na cara quando este se referiu a ela como "peguete", pois segundo ele, não é jeito de falar de uma mulher como ela -- mas ele chamar de vadia, tá certo.
Perséfone (Fabiana Karla) é a enfermeira-chefe do hospital, com uns trinta anos e virgem. A partir do momento em que ela contou da falta de experiência sexual para suas amigas, suas cenas giram em torno disso. As amigas prometem ajudá-la a conhecer alguém, mas o assunto é sempre tratado com risadas. É pra ser cômico, como a primeira vez que Perséfone marcou um encontro e acendeu várias velas pela casa, acabando por queimar sua camisola. 
Mas o fato d'a personagem ser gorda representa um estereótipo de que mulher acima do peso não se relaciona com ninguém, não consegue o que quer e não possui sensualidade nenhuma. [Inclusive há uma petição exigindo que a personagem seja retratada de outra forma]. Veremos nos próximos capítulos se ela emagrecerá para conseguir o que quer, se ficaremos a novela inteira vendo cenas forçadas de pé na bunda, ou se ela conhecerá alguém bacana que não ache que um corpo ideal é igual a capa de revista feminina photoshopada. 
Outro ponto polêmico que ocorreu no início da novela mostrou César (Antônio Fagundes), médico e dono do hospital San Magno, pregando um discurso contra o aborto para uma paciente, sem apresentar nenhum contraponto, e com viés religioso. Recentemente, o Conselho Federal de Medicina posicionou-se a favor da legalização do aborto até a 12º semana de gestão, se for por vontade da gestante. Certamente não é uma posição unânime à classe médica, mas por questões éticas, me parece surreal não apresentar o outro lado para a paciente.
Não assisti esse capítulo inteiro, apenas vi o trecho. Novamente, o discurso machista é emitido por alguém considerado uma pessoa de caráter, um dos protagonistas do núcleo bom da novela, o que não me deixa dúvidas de que esta consulta com um médico que nem é especialista em gravidez foi uma manobra para deixar bem claro que aborto é feito somente por pessoas ruins e inconsequentes, que não merecem respeito.
O interessante é que ao longo da novela, confirmamos que César é extremamente machista e preconceituoso. Ele trai a mulher com prostitutas, paga uma delas para casar-se com seu filho e “fazê-lo virar homem”, porque desconfia de sua orientação sexual. 
César insulta Félix sempre que possível, leva a filha de sua amante para sua mulher criar, e agora, inicia um affair com sua secretária mais jovem -- previsível, não? E mesmo assim, não é retratado com um vilão, são apenas desvios de um homem exemplar, com reputação irrevogável, afinal, ele deixa bem claro para a amante que tem um casamento estável e feliz, e assim continuará: família em primeiro lugar. 
O peso das traições de César recai sobre suas mulheres: a secretária que não presta por dar em cima do chefe casado, a nora que era prostituta e teve sua grande chance de se dar bem, merece ter isso jogado na cara pela própria mãe; a filha de sua amante é culpada simplesmente por ter nascido. Enquanto sua mulher sofre desconfiada e fazendo milhares de tratamentos estéticos para permanecer bela, mesmo tendo idade próxima ao marido-galã. E ai da paciente que falar em aborto de novo!
Torço para que estas personagens deem a volta por cima e não sofram mais abusos, que apareça algum tipo de chamada para a gravidade disso que é visto como natural na sociedade em que vivemos. As novelas só reforçam comportamentos que a população já legitimou faz tempo. 
Vemos que ações mal vistas pelo público, como roubar e matar, são sempre feitas por vilões, que não são exemplos de conduta. Ao produzir personagens “do bem” que querem controlar a sexualidade feminina, é como se afirmassem “isto é normal, é assim mesmo que tem que ser”. E não, não é.

UPDATE: Por incrível que pareça, a novela Saramandaia apresentou, no capítulo de 16/8, uma defesa à legalização do aborto (veja a cena aqui). É uma cena de apenas um minuto e meio, mas deve ser, como disse a Valéria, a primeira vez desde os anos 80 que algo assim passa na Globo. Que venham mais cenas dessas!

136 comentários:

roseanjos disse...

Depois daquela novela Que Rei Sou Eu, na mesma época da candidatura do Collor, o caçador de marajás, só não vê que a Globo manipula descaradamente a população quem não quer.
A forma que as notícias são passadas nos telejornais também é gritante!!!
Mais de 20 anos que não perco meu tempo assistindo esse lixo.

Gabriela Barbosa disse...

Bom! Antes de mais nada,excelente texto! Eu mesma estava pensando em escrever sobre esse assunto no meu blog(www.detudoumpoucorj.blogspot.com).Desde o começo da novela,achei ridículo a forma como a personagem da atriz Fabiana Karla era retratada: uma mulher obesa que,por conta disso,permanece virgem,sendo que a realidade é outra!Isso só reforça a obrigação que a sociedade nos impõe para sermos magras(senão,nenhum homem vai nos querer!rs!).

Outro ponto é o personagem Patrícia(esqueci o nome da atriz!),a que enrolou,mas agora namora o médico Michel(Caio Castro).Já estava ficando com nojo dos "vadia" e "vagabunda" que ele soltava ao longo dos capítulos!

O personagem Valdirene(Tátá Werneck) é cômico!Confesso que morro de rir com ela e,infelizmente,conheço mulheres como ela:não trabalham nem estudam e querem arrumar um homem rico! É triste,mas existem mulheres assim!

Anônimo disse...

Hah! Nada de novo, novelas vivem reforçando estereótipos, (quando não resolvem criar), não é de se estranhar tantos preconceitos e personagens caricatos reproduzidos na trama. Assim como a autora do post, gosto de novelas, mas também acho muita coisa que é abordada de maneira errada. Mas em relação à personagem Valdirene, não acho as atitudes dela e da mãe certas não.

Ane disse...

Por isso tenho saudades de Lado a Lado, uma pena que passou as 18h. A personagem da Persefone é a que mais me irrita, inclusive pq a atriz é uma tapada ao invés de aproveitar do espaço que ela tem só fala besteira, como, "a mulher deve se guardar" e outras coisas como numa entrevista que deu a Fatima Bernardes...

Feminazi Satânica disse...

Coincidentemente vi a novela pela primeira vez ontem, e fiquei CHOCADA! Alusão a sexo a cada 3 minutos, slut shaming, discurso falso moralista, e o título que lembra mais um romance espírita. Mas o que me chocou mais foi o tratamento dado à gorda encalhada e virgem (pois é essa a imagem que a novela passa). O boy foi lá para transar com ela, a deixa algemada, tira um chicote e começa a bater, ela gritando pra parar. Só que tudo isso num tom de comédia, escárnio, deboche. Não vejo uma cena tão horrível na tv há muito tempo. Sério, como isso passa na tv aberta?!

Feminazi Satânica disse...

Só um ponto que me incomodiu no texto: ao citar os desvios de caráter de antonio fagundes como a traição da mulher, é necessário citar que a amante é bem mais nova? Não basta dizer que ele é infiel? Ou diferença de idade já é considerado desvio de caráter para a autora? Cuidado com o etarismo.

Anônimo disse...

Essa novela é toda problemática com as personagens femininas. Tem a mocinha pura e rica com cancer esperando o principe encantado. Um cara tá fando o golpe no baú nela, mas a culpa não é dele, é q namorada dele q tá forçando ele a fazer coisas ruins. Mulheres estão sempre interessadas em dinheiro ou em romances. O bruno pegou a bebê no lixo, mas quem registrou no nome dele foi a médica, cega de amor por ele.

Tem uma ex mulher q só quer saber de pedir dinheiro pro ex marido e gastar mais do que ganha em coisas fúteis. E a personagem principal, Paloma, nunca sabe agir por si mesma, precisa pedir ajuda do pai ou do irmão e quando faz algo sem perguntar dá errado, faz besteira, está cega de amor etc.

O vilão, felix, é gay, como q para dizer"homem q é homem é honesto", vilão e louco só pode ser ou gay ou mulher. Homens no maximo são bobos.

Enfim, esse autor tem sérios problemas com mulheres.

Thaís B disse...

Concordo com tudo do post, o moralismo é irritante.
O que me dá mais nojo é ver o personagem do Antonio Fagundes ser o pior da novela mas darem a ele um ar de "ah, ele faz uma ou outra coisinha de errada mas é pela família ou é coisa de homem mesmo, normal". Isso é ridículo.


Diana disse...

Pessoalmente, não gosto de novelas, e, nos últimos meses, tenho mais repulsa ainda por esta. Sei que existe um abaixo assinado por parte do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro para não associar os personagens à Enfermagem, já que são mostrados de uma forma completamente estereotipada: Submissos, inseguros, etc. Pode não ter impacto para uma pequena parcela da população, mas tem uma forte influencia na grande maioria, e reflete muito na assistência prestada por nós, já que os próprios “pacientes” dirigem-se a gente como verdadeiros serviçais. Não é a primeira vez que a Globo é denunciada pelo COREN, e eles continuam a sua afronta, provavelmente estão aliados a alguns grandões do segmento suplementar de saúde.

Janethe Fontes disse...

Confesso que muita coisa me incomoda nesta novela (e em outras que já assisti, por isso mesmo não sou muito adepta a novelas), mas a cena que mostrou o Dr. César (Antônio Fagundes) discursando contra o aborto para uma paciente, "sem apresentar nenhum contraponto, e com viés religioso", foi um dos piores. E com certeza não foi por acaso.

Anônimo disse...

tb estava gostando da novela, mas ontem vi uma cena da personagem da Fabiana Karla (gordinha-de-30-anos-virgem) em que ela tem um encontro com um cara que curte sadomasoquismo e ele praticamente a espanca... e a cena toda querendo mostrar por um viés comico, mas eu fiquei de estômago embrulhado. Quer dizer: uma gordinha não pode querer ter relações sexuais sem que isso seja visto de forma engraçada e ridicula e pessoas que curtem BDSM são loucas que espancam seus parceiros sem o seu consentimento.

Patty Kirsche disse...

Olha, eu não assisto a novelas, mas precisei de alguns exemplos pra minha tese, então acabei tendo contato.

As novelas são direcionadas a um público geral, sem um perfil específico, por isso precisam ser muito palatáveis. É diferente do seriado, por exemplo, que é um produto direcionado a segmentos bastante específicos.

Se vc prestar atenção, "Entre tapas e beijos" é bastante liberal. Mostra mulheres solteiras ou divorciadas na faixa dos 40, ambas independentes, fazendo sexo com quem bem entendem. Mas é um seriado direcionado ao público feminino. Ao contrário do que o senso comum diz, novela não é feita pra público feminino simplesmente. Pode até ser o público predominante, mas tem que agradar homem também. Tem que agradar gente rica e gente pobre, por isso os núcleos. Com tanta gente pra agradar, não pode aparecer nada contrafatual, porque o público estranha.

Aí a gente até vê mal e porcamente algum assunto mais polêmico sendo abordado, mas com bastante KY. E o processo se dá através de sutilezas, quase ninguém repara. E é essa a intenção.

Nessa novela mesmo, o quanto se fala em "golpe da barriga"? E isso vive aparecendo em novela. Só que isso não existe, é uma leitura da mulher como traiçoeira e única responsável por evitar uma gravidez. Mas é nisso que a maioria das pessoas acredita, então aparece lá.

A mesma coisa o lance do aborto. Toda vez que uma personagem pensa em abortar, ela acaba mudando de ideia no último segundo porque "ter bebê é tão lindinho". Eu nunca vi uma personagem abortar e seguir em frente com sua vida. Só que é isso que acontece num país em que cerca de 1 milhão de mulheres abortam por ano, sendo que morrem, em média, 250 delas. Fora as que ficam estéreis ou com outras complicações. Podem dizer o que quiserem, mas, pra mim, a única coisa que segura o aborto ilegal é o ódio contras as mulheres que abortam. E pelo visto, a novela reitera e legitima esse ódio.

Anônimo disse...

Não faz muito tempo, acredito que um mês, a Mariana Ruy Barbosa, que interpreta a garota com câncer, deu uma entrevista cheia de slut shaming e dizendo que mulher tem que "se preservar". Pelo twitter o diretor da novela, Walcyr Carrasco, a defendeu e concordou com ela em tudo, repetindo o machismo. Com o apoio da Globo, esse machismo é o que se vê na trama. Uma pena.

Edna disse...

Estou nesse momento assistindo Malu Mulher no canal Viva, um episódio falando sobre aborto, impressionante esse tema em 1979 e ainda mais na Globo.
A personagem da Lucélia Santos engravida do namorado (Fabio Jr) e pede ajuda para Malu (Regina Duarte), o ginecologista da Malu faz um discurso muito parecido com o da novela, dizendo ser católico e tudo mais, mas quando Malu diz pra ele que para igreja a pílula também é proibida e ele receita a pílula, o médico simplesmente, corta a conversa.
Resumindo a personagem da Lucélia faz um aborto numa clínica clandestina.
Apesar de ser um tema muito polêmico, achei que em 1979 foi tratado de uma forma muito melhor do que hoje, inclusive no final conversando com o médico que se negou a fazer o aborto Malu diz que enquanto o aborto não for legalizado as mulheres estão na mãos destas clínicas clandestinas,todo mundo diz que é crime que pecado, mas na hora todo mundo fecha os olhos, porque um dia pode precisar, isso se chama hipocrisia, ai o médico diz, o chamado mal necessário, Malu responde, mas se é necessário é uma coisa inevitável pq não legalizar, porque não tornar menos sórdido, mais civilizado.
Uma pergunta feita em 1979 até hoje sem resposta, e melhor tratado lá naquela época do que agora nessa novelinha machista.

Anônimo disse...

Acho que ontem teve uma cena que achei gravíssima.

A personagem que é citada no post, a gordinha que é virgem, teve um encontro.

Fora a amiga magra e que, por ser magra, segundo a novela, consegue se relacionar normalmente, ter feito todo o circo já tradicional, dizendo que estava torcendo, como se uma gordinha conseguir transar fosse motivo de comemoração estrema, houve algo que, pra mim, foi abuso sexual tratado como humor.

O cara chega, já vai mandando ela tirar a roupa com grosserias - eles nunca tinham nem se beijado. Ela vai mais ou menos cedendo por obviamente não ter autoestima e achar que precisa de sorte pra ter uma relação sexual. Ela a manda deitar e se virar, ela faz, mas claramente achando estranho e sem estar a vontade. Ela a algema na cama e passa a bater em seu corpo com um chicote, mostrando que a intenção era algo BDSM. Ela começa a pedir socorro e gritar, já que aquilo não havia sido combinado e ela não queria. Ou seja: algemada, levando chicotadas e gritando. Isso é engraçado?

A amiga vai em seu socorro e eis que o cara fala: "Mas ela que quis" ou "Ela pediu", algo assim, reforçando um clássico da cultura do estupro.

Tudo termina em tom de humor, já que elas mandam o car embora, mas ele leva a chave das algemas e a gordinha permanece presa a cama.

Achei violento. Nojento.

Se alguém achar a cena e quiser postar aqui. Eu fiquei chocada.

Edna disse...

Anônimo 16;29h, ontem tb fiquei chocada com esta cena, totalmente absurda!

Anônimo disse...

Uma das coisas que me faz rir bastante em algumas dessas novelas é como os homens velhos são viris, KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, por favor, para né, gente. Lembrando sempre que o controle sob a sexualidade feminina reside no fato de que mulheres não broxam. "Mas isso é muito simplismo!" Sim, mas é bem simples mesmo o raciocínio, sem mais. Lola, amo seu blog, admiro muito você e te levo comigo no meu coração sempre! Beijos

Anônimo disse...

Olha que horror o resumo da cena de "humor" de ontem:

http://www.ofuxico.com.br/noticias-sobre-famosos/amor-a-vida-persefone-veste-lingerie-de-oncinha-e-acaba-algemada-na-cama/2013/07/13-176350.html

Anônimo disse...

achei dois artigos em que walcyr carrasco, o autor da novela, fala sobre mulheres.

quem tiver paciência de ler, aqui vao.

camila
-----

a mulher troféu
http://revistaepoca.globo.com/vida/walcyr-carrasco/noticia/2012/08/mulher-trofeu.html

a mulher e o transito
http://revistaepoca.globo.com/vida/walcyr-carrasco/noticia/2012/06/mulher-e-o-transito.html

Blanca disse...

Eu vi só um capitulo inteiro de Amor a Vida e valeu mesmo pelo Mateus Solano, porque ele é uma graciiinha. hauaha Atuação ótima, mas o roteiro é exageradíssimo.

Outra coisa que pensei da novela foi a Vanessa Giácomo (secretária) etsra com o Antonio Fagundes (galã). Gente, como assim? Me pareceu ser pelo dinheiro, mas nossa. Achei essa relação mt forçada tb.

Acho que quando novelas abortam casos sérios como aborto, precisam mostrar dois lados. No mísimo a paciente que o Antonio Fagundes não permitiu abortar deveria retrucar dizendo "o corpo é meu", algo assim. Muita gente leva o que vê na TV como certo, e é necessário mostrar 2 opiniões (ou mais).

Mas caramba, a novela, segundo seu post, me parece ruim à beça, Jéssica. Deve ser pq detesto o dramalhão das 21h. hauahau

Uma novela que eu amei foi Lado a Lado. Nossa, pura paixão, aula de história mesmo.


Ótimo post!

Ana Carolina disse...

Se o discurso medonho contra o aborto do personagem do Antonio Fagundes representa a opinião da Globo sobre o tema, se o título da trama tem algo com isso, não sei. Mas com certeza refletem a opinião do autor. Walcyr Carrasco é também autor de várias novelas de temática espírita no horário das seis (como o remake de O Profeta, que está sendo repetido, Alma Gêmea, Sete Pecados que foi uma novela ruim mas tratava de temas mais religiosos/espirituais...). É também autor de romances de temática espiritualista. E a doutrina espírita, como é de se esperar, é veemente contra o aborto. É a chance do autor dar seus dois centavos sobre o tema (mas que é uma certa satisfação que isso venha de um personagem abertamente hipócrita, machista e preconceituoso é um certo alívio, mas o telespectador médio com certeza não vai associar uma defesa apaixonada "da vida" a um personagem hipócrita e falso moralista).

Uma coisa que me chamou muito a atenção nessa novela foi o contraste com a anterior (Salve Jorge) e o óbvio backlash (até disse isso comentando um post sobre a novela no blog da Valéria Fernandes algum tempo atrás). Na novela anterior - que podia ser um desastre em termos de narrativa e teledramaturgia, mas tinha seus méritos - tratávamos de mulheres emponderadas: seja a mocinha que, apesar de traficada, sempre deu um jeito de lutar contra a situação, sua mãe, uma mulher lutadora e que encarava o mundo de frente, a delegada durona, a socialite que resolve desistir do casamento para viver uma paixão por mais que isso represente um custo pessoal gigantesco... Mesmo as vilãs tinham um viés mais emponderado. Eram mulheres reais, que viviam sua sexualidade, que tomavam à frente, que protagonizavam, muito mais do que a trama, as próprias vidas. E nessa nova novela, vejo o contrário: todo o slut shaming e falso moralismo que o post coloca, com direito à gorda virgem, à moça julgada pela família boazinha por sua sexualidade, a mulher que se sujeita a criar a filha do marido com o amante e por aí afora. É como se, depois de uma novela que dava tanto poder à mulher, ela precisava ser "colocada em seu lugar".

E outra coisa ainda sobre Amor À Vida, uma polêmica nas últimas semanas e que não vi repercutir em nenhum blog feminista (pode ter repercutido, mas pessoalmente não vi): o caso do cabelo de Marina Ruy Barbosa. Para quem não sabe, a atriz interpreta uma personagem com câncer terminal e que teria aceitado raspar a cabeça para mostrar o tratamento quimioterápico da personagem. Mas, dona de uma linda cabeleira ruiva, sua marca pessoal, que vale algum dinheiro (e muito mais do que isso: todas nós sabemos o que o cabelo representa simbolicamente para uma mulher e qual o terror de perdê-lo, por mais que ela tenha concordado previamente com isso). Tanto se falou da perda dos cabelos que a menina (lembrando que ela tem dezoito anos recém-completos, ou seja, uma menina mesmo) desistiu de cortá-los e foi motivo de matérias e notinhas por dias e dias e dias. Até o autor se manifestou dizendo que não iria mais cortar os cabelos da personagem - e que, ao contrário da sinopse original, ela vai morrer. Não consegui ver senão como uma represália à atriz que não quis cortar os cabelos e que deve ser "punida" por isso. Sim, sei que o trabalho de atriz exige sacrifícios e abnegações em relação à imagem e ao corpo, mas não era pedir muito de uma menina de dezoito anos?

Lyanthus disse...

Discordo sobre o que falaram sobre o Félix, ele é a única parte boa da novela.

Gay não tem que ser bonzinho! Só porque é gay?
Na verdade,na maioria das novelas eles são tratados como núcleo de comédia, "amiga" de alguma mulher e quase completamente sem desejo sexual (qdo tem também é só pra efeito cômico)

Eu acho muito bom que ele seja vilão e gay. Porque é como a Femme Fatale, sabe? É o homossexual tomando as decisões, tendo controle de alguma coisa, sendo alguma coisa a mais e, cara, sei lá, exercendo sua sexualidade.
Quando que numa novela a gente vê um cara flertando descaradamente com outro? Isso é muito bacana.

Blanca disse...

Ah, por falar em novelas ruins, alguém tem visto Sangue Bom? Eu vejo todos os dias e tem coisas terríveis que me deixam revoltada.

Primeiro que não tem um negro com papel de destaque. A única negra, que aparece às vezes, é a ex-babá dos filhos da Bárbara Ellen (interpretada incrivelmente pela Giulia Gam). Ah, tem um menino, que esqueci o nome (pq minha memória é péssima e ele tb não aparece o tempo todo), que é negro. Ele é criado pelo casal que foi dono, um dia, de um lar para crianças abandonadas. Já mostraram grande parte das pessoas que moraram lá e opa: a´lém dele, nenhum negro!

A filha da Bárbara, Malu, mantém uma ONG para crianças carentes. Não lembro de ter visto nenhuma negra, e, se estiver enganada, a grande maioria é branca.

Os personagens principais tem até 28 anos, estão todos no tal padrão de beleza. Nenhum é gordo ou "gordinho", ou tem cabelo crespo, ou usa óculos. Todos brancos. A Giane (Isabelle Drummond) é constantimente avaliada por 'se vestir feito um moleque" mas OPA, peraí, camiseta e bermuda = roupa de homem? Desde quando? Po, a guria TEM que trabalhar de vestido e salto alto, brinco e maquiagem? Giane adora futebol (a única das mulheres que gosta) e joga bola com os garotos do bairro. Ela é apaixonada pelo bento (Marco Pigossi), e, para jogar na cara dele e da Amora (Sophie Charlotte), modelo e namorada do bento, que pode ser bonita-padrão-mídia, faz um ensaio fotográfico.

Olha, será que não teria como a Giane:

1) Arranjar um cara bacana que gostasse dela como ela é?
2) Dizer, na cara da vizinhança chata, que ela é feliz com cabelo curto, vestindo jeans, camisa e tênis?

Ih, escrevi demais, acho melhor eu parar. É que li esse post e tbm comecei a expressar minha revolta pela Globo, que é cega quando dá na telha.

Sara disse...

Não assisto novela nem a pagamento, mas infelizmente vi esse trecho q vc linkou desse médico débil mental, fiquei chocada pela maneira como ele se referiu a mulher e o direito dela ao seu próprio corpo (a desrespeitando totalmente) e não bastasse chamando os médicos que poderiam atende-la de SEM ESCRÚPULOS, me desculpem mas prestigiar um lixo desses é de dar dó, eu me recuso terminantemente...
Se dependesse de mim esses artistas e essa emissora estariam a mingua, ou procurando alguma coisa mais útil pra fazer...

Letícia disse...

Cresci assistindo novelas globais, minha mãe não perde uma novela das oito, por pior que seja. Então é quase uma tradição familiar assistir com ela de vez em quando.

Mas admito que "Amor a vida" eu não consegui assistir por mais de uma semana. A primeira cena PÉSSIMA foi essa do aborto, logo nos primeiros dias da novela. Que me fez pensar no quanto eles retratavam os médicos como reaças e hipócritas. Depois veio o básico do básico nos clichês que reforçam preconceitos: o gay que é enrustido e por isso sente raiva e inveja de todas as mulheres do mundo, a gorda virgem que ninguém quer, a piriguete que quer dar o golpe da barriga (só assim pra alguém como ela subir na vida), a mulher que quer ter sexo casual, mas vive sendo julgada e parece aceitar isso... E o pior de tudo é o personagem "bonzinho" o doutor César, que se mostrou desde o início homofóbico, hipócrita, controlador, infiel e mau caráter. Mas nada disso importa já que ele é o cara legal da trama e sua mulher é a megera fútil.

Dá nojo de tramas assim, que só servem pra reafirmar preconceitos sociais. Infelizmente, de acordo com meus conhecimentos de novela, essa vai acabar apenas com mais preconceitos reforçados, os vilões da vida real se passando por bons moços e a sociedade achando normal ser homofóbico, praticar slut shaming, ser contra o aborto, mas a favor de transar com a secretária gostosa.

Anônima da saia disse...

Nao assisto a novelas, eu acho que sao muito doutrinarias aqui no Brasil parecem "leis". Se tal atriz atua de uma forma, usa tal roupa vira moda. Acho que os brasileiros sao muito influenciáveis pelas novelas, e eu acredito que elas estao cheia de falsos valores e como disse, doutrinando mesmo o povo.
Além do que, acho perda de tempo. Muito melhor ler um livro, assistir a um filme, conversar com amigos do que assistir novelas.
Mas casualmente assisti esse capitulo onde o Antônio Fagundes da esse sermão pra nao sei quem de que abortar era muito prejudicial a mãe e blablabla.
Fiquei chocada e mais convencida ainda a NUNCA ligar na tv Globo na hora da novela.

Anônimo disse...

E o mais interessante de tudo é que o autor da novela é um bissexual assumido. Ou seja, é alguém que, em tese, deveria ser progressista...

Anônimo disse...

O título provisório da novela era "Em Nome do Pai". Li em algum lugar o motivo da mudança, mas esqueci onde e não encontro agora. Talvez exista outra novela com o mesmo nome ou não quisessem enfatizar que o vilão Félix é em boa parte fruto do machismo e opressão conservadora do pai (Fagundes). Seria dizer indiretamente "O patriarcado cria monstros". E a cena recriminando o aborto foi completamente gratuita, desconectada da trama, menos natural que os merchandisings do Itaú.

Valéria Fernandes disse...

Não assisto Amor à Vida, vi algumas cenas picadas, tentei assistir dois capítulos inteiros (*quando não vejo a novela das 21h, costumo fazer isso aos sábados*), mas meu estômago revirou e eu larguei. Acompanho as notícias da novela, pois sei da importância da novela das 21h no Brasil. É como Glória Perez disse em entrevista uma vez que novela não deveria ter função educativa, mas, infelizmente, no Brasil elas têm. Não considero novela como imagem da sociedade, há uma troca, novelas ajudam a construir e legitimar comportamentos. Alguém citou Malu Mulher, bem, vivemos um momento de backlash, novelas e séries de TV nacionais – e isso na própria Globo – já estiveram na vanguarda das discussões sobre divórcio, violência contra as mulheres, controle de natalidade, etc. Hoje, seja por opção dos autores e autoras, ou pela pressão da classificação indicativa não é mais assim. Pouco se salva, caso de Lado à Lado, que tentava sair do comum. Uma coisa, por exemplo, que aconteceu na nova leva de novelas da Globo foi um embranquecimento, nem figurante é negro nessa novela das nove tem, e uma médica negra será colocada às pressas para tentar calar a boca do povo.

Não vejo, no entanto, Amor á Vida como uma cruzada pró-vida, simplesmente, ela é expressão do pensamento de um autor limitado (*que plagia descaradamente tramas alheias*), assumidamente espiritualista (*conservador em relação ao aborto*) e que tem objetivo de passar lições de moral de cunho religioso, fora que o vejo como um misógino mal disfarçado. A novela originalmente se chamaria Em Nome do Pai, talvez em referência ao patriarca saído de outra época (*Anos 1920? Foi Carrasco quem adaptou Gabriela*), interpretado pelo Fagundes, mas houve mudança. Está previsto desde o início, também, que Valdirene vai se converter e virar evangélica. Houve, inclusive, propaganda de que ela seria a primeira mocinha evangélica da Globo, Malafaia berrou de volta que os evangélicos não seriam cooptados e vamos rolando. Uma das poucas cenas que vi foi Valdirene deprimida depois de um fiasco e sendo abordada por umas irmãs que queriam levá-la para a igreja. Enfim, há um compromisso do autor, pelo menos esta é minha leitura, de arrastar um público conservador para a novela. Se conseguirá, não sei, mas ele está apontando e atirando para vários lados. (cont.)

Valéria Fernandes disse...

Várias coisas me incomodam na trama. Para começo de conversa, todos os médicos parecem ser picaretas, mau caráter e irresponsáveis. Falsificam atestado de nascido vivo, burlam a legislação sobre inseminação artificial, transam no elevador, tentam puxar o tapete dos coleguinhas. Se o sindicato dos enfermeiros tem do que reclamar, o dos médicos também tem. Não duvidaria se a médica falsária tivesse matado a esposa do Bruno, porque no Brasil a prática é empurrar as mulheres para a cesariana e, não, obrigariam uma cardíaca hipertensa a tentar ter parto normal. Outra coisa que me incomoda, e a autora do post pontuou bem, é que os bonzinhos, os homens e mulheres de bem, tem atitudes execráveis, mas continuam bonzinhos legitimando, portanto, os piores (pre)conceitos e atitudes. O caso do Fagundes é o mais gritante e absurdo, suas atitudes parecem saídas de outra época... Brinquei com meus amigos que Félix deveria ser o anti-herói vingador e chacinar a família inteira (*menos a mãe, talvez*), porque o pai é muito pior que ele. E nem vou falar da irmã boazinha e do que ela está fazendo com a criança, sua filha roubada, porque aquilo não tem justificativa, nem nada tem a ver com amor...

E, bem, Walcyr Carrasco se acha moderno por ter um vilão gay, que de enrustido, pessoal, não tem nada! Mas colocar minorias em posição vilanesca não é sintoma de progresso, pois elas estão tão mal representadas nas tramas que só serve para reforçar estereótipos. Aliás, o Jean Wyllys falou muito bem dos problemas do Félix em artigo recente. Para piorar, Mateus Solano andou dando entrevista associando o mal que há no Félix ao seu lado feminino ("A feminilidade e a maldade de Félix andam juntos. A não aceitação da homossexualidade fez com que ele seja maldoso". Mulheres são invejosas, recalcadas, maldosas, essa é a mensagem. E bem no estilo Meninas Malvadas (*filme detestável*), no qual, depois da briga na escola, a direção dispensa todos os meninos, pobres vítimas da perfídia feminina, e seguram todas as garotas para acareação e o rapaz homossexual, porque, bem, ele compartilha, da nossa podridão.

Enfim, de Amor à Vida espero somente o pior. E toda a complacência só me faz concordar parcialmente com a Glória Perez. Salve Jorge foi perseguida, porque na gincana da ruindade Amor à Vida pontua muito mais alto.

Anônimo disse...

Não assisto a novelas porque me irritam profundamente.
Reforçam conceitos machistas estereotipando tudo!
Personagens femininas que tem caso extra conjugal são as vilãs.As boazinhas tudo suportam em nome do amado! Afff

ane disse...

Nossa otimas consideracoes !! Tem coisas q vc pontuou q nem tinham reparado.

Anônimo disse...

Olha Lola,acho que você até demorou em escrever sobre essa novela.a polêmica entorno dela vem desde o início,graças as cenas copiadas do seriado americano Grey's Anatomy,o autor vem sendo acusado de plágio.
Assistia no início ,mas estou parando,ficou muito chata e várias cenas são de enojar mesmo.Vários personagens ridículos,Perséfone só reforça o estereótipo da gorda encalhada,acho absurdo,suas cenas são constrangedoras,e nenhum pouco engraçadas,não entendi por que ela não poderia ser uma mulher bem resolvida,feliz,só por ser gorda isso é proibido?Valdirene também é de dar pena,viram que a piriguete Suellen de outra novela deu certo e resolveram criar uma versão pateta,as situações repetitivas já deram.Acho ridículo darem tanta atenção pra uma personagem com esse desvio de caráter,querer se dar bem as custas de um bebê gerado por uma transa com um homem rico.O hospital dessa novela parece um bordel,não existem profissionais éticos.Patricia só está ali pra transar com o Michel,dois personagens vazios.Até o Félix cansou,seus bordões repetitivos já perderam a graça.
Infelizmente a maioria da programação de tv virou lixo.

Anônimo disse...

Quanto ao "preconceito com relacao de diferente idade" da secretaria-medico q uma comentarista reclamou do post.

Digo,que nesse caso nao há preconceito no post quanto a isso pois o medico é um retrogrado. Retrogrados preferem as mulheres jovens.Isso é um fato dentre a maioria.Eles preferem o superficial.
Se a secretaria fosse velha muito dificilmente haveria relacao entre os dois.

Luiz Prata disse...

Sobre Marina Ruy Barbosa:
Embora tenha discordado veementemente das declarações slut-shaming que ela fez algum tempo atrás (devidamente rebatidas por Nana Gouvêa e, mais recentemente, por Dani Moreno), em relação a essa polêmica dos cabelos eu defendo a atriz.
Afinal, como já disse a Ana Carolina aqui nos cometários, ela é muito jovem (18 anos recém feitos), além disso a personagem dela é pra lá de secundária, aparece pouco. Não justifica uma atitude tão radical quanto raspar a cabeça. Isto não consta em nenhuma cláusula de contrato, e as pessoas têm o sagrado direito de mudar de ideia.

Anônima da saia disse...

Quando postei o comentário sobre o chocada que fiquei com a cena do Antônio Fagundes e o seu discursinho contra aborto eu nao tinha lido o post inteiro por nao ter o menor interesse em novela e porque queria comentar que tb tinha visto essa cena e achei desgraçada. Mas achei que devia ler o post e devia ter feito antes de postar o meu comentário

Bom e agora que li tudo o meu único comentário é

Que boooosta de novela! Como vcs perdem tempo assistindo a uma coisa tao machista e misógina?

Abraços

Bizzys disse...

Eu costumo acompanhar a novela, e concordo totalmente com a autora do post. Amor à Vida é um festival de moralismo e slut-shaming do início ao fim.

Uma coisa que me incomodou bastante foi o relacionamento da Patrícia com o Michel. Não tinha nem um mês de "namoro" e o cara praticamente se muda para a casa dela, deixa roupas lá, começa a controlar a rotina dos dois... E sempre que ela o contraria, é "vagabunda" pra lá, "vadia" pra cá... Não esqueço de uma cena em que a Patrícia pede para o porteiro não deixar ele subir e avisar que ela está acompanhada, o Michel simplesmente começou a berrar no meio da rua "EI, VADIA! VOCÊ ESTÁ AÍ COM QUEM?". Esse personagem tem todas as características de um abusador, eu não me surpreenderia nada se um dia ele a agredisse. E o mais incrível é que as pessoas que assistem acham normal, acham que é um casal bonito, que o cara está apaixonado e pode agir assim, etc.

Feminazi Satânica disse...

Rafa Angel

Então vc afirma que mulheres jovens são superficiais, é isso? E que todo homem retrógrado possui uma preferência por elas (adoraria ver a pesquisa que confirma isso).

Olha, acho esse personagem do Antônio Fagundes nojento demais, e um dos motivos é justamente pelo autor perpetuar as dicotomias de gênero e idade com ele.

O cara mais velho ser escroto e trair a mulher, como se fosse um chavão, e para piorar é com uma mulher mais jovem (óóóó que horror!), como se homens não pulassem a cerca com mulheres da mesma idade tb, né? E do outro lado temos as mulheres de 50 e tantos anos que são retratadas como acabadas, mal amadas, mal comidas, amargas e assexuadas. É esse tipo de estereótipo que a globo reforça e que o povo aplaude.

Cris Aguiar disse...

Adorei o post; já entrou na minha lista dos favoritos aqui do blog.

Assisto Amor à Vida e fico cada dia mais indignada com a maneira como Walcyr Carrasco retrata as mulheres.
É notório seu machismo, e porque não dizer misoginia. Suas personagens são todas muito tolas, pouco inteligentes. Mesmo as 'malvadas' tem um homem no comando, o Félix, porque também ficam abobalhadas quando confrontadas.
A novela é muito incoerente e mal escrita. Quem sabe se ele se especializar em novelas de época suas tramas fiquem mais coerentes.
E a novela, recheada de preconceitos de todos os tipos, só reforça o que já se percebe na sua coluna na Revista Época.
E como Glória Perez foi massacrada com sua Salve Jorge, acho que deveriam fazer o mesmo com Amor à Vida, sem dúvida nenhuma uma das piores novelas de todos os tempos.

Anônimo disse...

novela = lixo

desligue a televisão e vá ler um livro

Anônimo disse...

Por isso não assisto novela. É senso comum puro. Ninguém quer que os telespectadores pensem, cresçam como pessoas ou tenham respeito pelo próximo. Novela boa é que tem polêmica, surras (sempre tem uma ou outra em praticamente todas as novelas) e baixaria.

Anônimo disse...

Oi, Rafa Angel.

Sou jovem e não sou superficial não. Acho que vc tá precisando sair mais de casa e conhecer gente nova. Vai entender que o mundo não é do jeito que vc pensa.

Um beijo.

Leandro disse...

Neste caso concordo com o Anônimo das 20:25. Desligue a TV e vá ler um bom livro como O cálculo econômico sob o socialismo do Ludwig von Mises.

Luiza Original disse...

Eu não assisto novela, então tudo quanto é polêmica eu fico sabendo pela internet.

Primeira coisa: não é a primeira vez que esse autor tenta desmoralizar a fisioterapia. Em outra novela ele colocou um auxiliar de enfermagem para passar os procedimentos ao paciente. Oi? Exercício ilegal da profissão é crime!

E nessa atual, a/o fisioterapeuta se recusa a atender uma paciente, alegando que ela precisaria passar primeiro pelo médico. Isso NÃO é verdade. Todos os profissionais da saúde são primários também, ou seja, podem ser consultados sem encaminhamento médico. O fisioterapeuta tem o conhecimento necessário para encaminhar o paciente para o médico especialista, caso julgue necessário.

E não adianta as notas de repúdio, as demandas de desculpas, porque o cara com certeza passou num fisio ruim e pegou trauma de todos.

E sobre o resto... bom, já disseram tudo.

Anônimo disse...

tb vi a novela sangue bom sobre a giane,fiquei com muita raiva,várias pessoas dizendo q ela n é vaidosa,tem q se arrumar ,senão nunca vão olhar pra ela!
uma outra mulher lá ,passando maquiagem nela para ela poder finalmente se sentir bem e assim conquistar o olhar do otário q ela gosta. deprimente.

quase n vejo mais novela da globo é pura apelação,parece pornô.
muitos personagens mal tem falas,só ficam se agarrando e mais nada. desisto de ver .

Anônimo disse...

Eu assisti os primeiros capítulo dessa novela e havia gostado. Mas, depois do 1o mês, comecei a sentir um incômodo muito grande em assisti-la e não entendi o porquê. Daí, parei de assistir.

Com este guest post eu consegui entender por que me sentia incomodada. É o machismo e slut shaming da trama.

Anônimo disse...

Essa novela é ruim, mas não chega a superar aquela bomba chamada de Salve Jorge, que foi a pior novela Global de todos os tempos. Espero que depois daquele lixo, a imbecil da Glória Perez decida se aposentar de vez.

Lica disse...

Não da pra assistir novela, né... vamos combinar...

Tem tudo que existe de ruim no mundo num lugar só... pode ter certeza que religiosos acham a novela tão ruim quanto as feministas (provavelmente em outros aspectos, mas enfim...)

Além de tudo que a autora falou, uma atração que só tem maldade, gente ruim, irmão sacaneando irmão, gente dando golpe nos outros...

Sem chance de dar ibope pra uma coisa dessas... não acrescenta em cada!

Anônimo disse...

fico me perguntando se a Fabiana Karla não se sente ultrajada de ficar fazendo esses papéis... Eu gosto muito dela, mas desde a mini série Gabriela, ficava me perguntando se ela não podia ser a gorda, fogosa, que formasse o único casal casado feliz e satisfeito da trama...

Os que eram casados com mulheres magras, eram infelizes pq elas eram recatadas... o que era casado com uma mulher fogosa e que gostava de sexo, era infeliz pq ela era gorda... lamentável!

Unknown disse...

Durante minha infância e adolescência eu via muitas novelas, mas perdi o hábito quando entrei para a faculdade. Só fui voltar a assistir alguma novela quando Avenida Brasil estava no ar e mesmo assim parei quando ela acabou. Essa nova novela eu só tenho acompanhado pelos comentários na internet e as matérias a respeito, e realmente achei detestável tudo o que li até o momento. A cena sobre o aborto me pareceu meramente doutrinatória e totalmente desnecessária para a trama. O guest post me mostrou que a coisa é ainda pior do que eu tenho visto na internet... Gostaria muito que essa novela amargasse uma queda de ibope retumbante, seria a melhor resposta.

Anônimo disse...

Uma matéria da Folha sobre Felix e Paloma

" Diz que "o personagem lembra os gays efeminados. Eles nascem assim, brincam de boneca e de casinha com meninas desde muito pequenos".

Segundo o psicanalista, "quando um menino assim tem uma irmã, sobretudo única e caçula, forma com ela a configuração familiar mais difícil que há: duas irmãs. Ciúmes, inveja, competição, preferir a infelicidade da outra à sua própria felicidade, disputar o amor do/dos pais".

Essas afirmações, ressalva Daudt, "são estatísticas; sempre haverá exceções".

Unknown disse...

Eu adoro novelas. Tem muita coisa irritante em Amor á Vida (inclusive o texto), mas a postura do César não é uma delas. Acho que o autor foi até muito inteligente. Primeiro apresentou o César como mocinho. Um pai de família e médico exemplar que defende a moral e os bons costumes. Depois a gente foi descobrindo o quanto ele é hipócrita. É infiel, homofóbico e existe a possibilidade que tenha quase matado a ex amante para ficar com a Paloma. Hoje o César já não é mais o mocinho.

Outra coisa interessante (que acho que não é intencional) é o fato de , muitas vezes, a personagem da ex chacrete ser a única a agir de maneira decente. Como na noite em que a Paloma entra em trabalho de parto. Ela foi a única personagem que tentou ajudar. Todos (inclusive a vizinha que é mãe do Bruno) tiveram atitudes reprováveis.

Anônimo disse...

Vitória, obrigada pelo comentário! Em nenhum momento quis afirmar esse seu questionamento. Diferença de idade = desvio de caráter? Jamais! Isso é um absurdo. Apenas quis dizer o que escrevi: é previsível numa novela, não? Mas se os gêneros fossem invertidos, poderia apostar que seria mostrado de maneira cômica ou pejorativa para a mulher.

Anônimo disse...

Anônimo 16:03

Adorei seu comentário, concordo bastante com seu comentário. São tantos problemas que tive que focar no slutshaming pra não virar um post enorme! A Paloma é uma mocinha de conto de fadas, não é? Fica difícil se identificar ou simpatizar com ela.

Diana, não sabia desse abaixo assinado! Mas acredito que todos trabalhadores de hospitais não se sentem bem representados na novela como um todo. A quantidade de médicos que burlam as regras e faltam com ética é bem superior aos bons profissionais.Uma pena.

Patty Kirsche, ótimas colocações!

K, vi essa entrevista com a Marina, e achei bem ruim. Mas infelizmente, ela faz parte das legitimadoras do machismo, as que acham que não serão julgadas, mas acabam vítimas dele.

Edna, incrível uma novela antiga ter um viés mais atual do que as de hoje né? Acho que estamos vivendo um enorme retrocesso em questões de saúde e independência da mulher - vide estatuto do nascituro.

Blanca, obrigada! Sim, Mateus brilha, mas com roteiro fraquíssimo e forçado né? Eu vejo novela e BBB como estudos antropológicos, afinal, são retratos da nossa sociedade atual...

Ana Carolina, muito bom seu ponto de vista. Como disse, não assisti Salve Jorge, mas o que você disse faz muito sentido mesmo. Sobre a polêmica do cabelo da Marina, não sei bem o que pensar. Como disse algum outro autor: raspar o cabelo já foi feito em Laços de Família, nem seria algo novo ou surpreendente, não sei por que repetir...

Lyanthus, acho o Félix o melhor personagem da novela, rende trama, tem momentos cômicos, tem cenas de afeto... é completo, apesar de forçado as vezes, é mais real do que os 100% bons ou ruins.

Iara De Dupont disse...

Também fiquei chocada com a cena da moça sendo espancada na cama...independente de qualquer coisa me pergunto onde estaria o diretor,ou alguém com um pouco de bom senso...enfim,quantas as personagens mulheres da novela não conheço nenhuma,todas são desenhadas de maneira tosca e grotesca,tão nojento que não vale a novela.Mesmo assim acho importante as pessoas assistirem e reclamarem,porque o que vemos ali é mostrado ao Brasil inteiro e mesmo que a Globo seja uma coisa ruim o poder dela é enorme,todos os dias tem no minimo 50 milhões de brasileiros assistindo televisão e sendo doutrinados pelos horrores que ela mostra..isso é uma doença que atrasa o país e se existem prêmios para o horror,a novela Amor a vida merece seu prêmio de honra,merece ser lembrada como aquela novela que todos os personagens mulheres foram desenhados com o ódio mais profundo que um autor pode ter pelas mulheres.Se ele queria mostrar como se faz um texto misogino,ele conseguiu.

Anônimo disse...

Sara e Anônima da saia, em minha defesa por assistir programas ruins, afirmo: é tudo um grande estudo antropológico! Juro que também leio livros e assisto filmes bons, tá?

Letícia, o meu medo é essa reafirmação, sim. Mas por outro lado, acho possível a gente criar essa discussão em outros ambientes, sabe? Se por aí uma ou duas pessoas pararem com o machismo, já estamos no lucro.

Valéria Fernandes, obrigada pelo comentário! Félix de anti-herói vingador seria sensacional mesmo!

Rafa Angel, não quis ser preconceituosa, pelo contrário, foi apenas uma afirmação de que é um clichê novelístico. Não acredito nisso de superficialidade que você colocou.

Bizzys, essa cena foi lamentável. E sabe o que é pior? O cara praticamente se muda pra casa dela em um mês, e o que ela tem que fazer? Ficar feliz e agradecer, afinal, quando ela teria essa sorte de achar um cara que a ama e a chama de vagabunda???

Vitória, concordo com você, como disse, não foi um adendo "e pra piorar, com uma mulher mais jovem". Isso não faz sentido nenhum pra mim.

Cris Aguiar, obrigada! Realmente, até as vilãs são domadas por Félix, que orquestra todo o elenco. Interessante que Félix é o único que tem carisma, que possui um lado amoroso, cômico, e não só maldoso. Já as mulheres "malvadas" só pensam em dinheiro, homens e passar por cima de alguém pra conseguirem o que querem.

Maiê, não sei se essa imagem do César hipócrita pega em todo mundo, sabe? Pode não ser mais visto como mocinho, mesmo, mas acho difícil que seja visto como a pessoa horrível que é de forma unânime! Espero que eu esteja errada e você, certa. Interessante seu ponto de vista sobre a Márcia, bem colocado!

Anônimo disse...

Epa, não acredito que novela = lixo. Grandes obras da literatura mundial foram publicadas em forma de folhetim, e essa é apenas uma delas - embora a qualidade diga muito de nossa época.

Mas também acho que elas deveriam ser vistas com mais atenção sim. Até porque, além de refletir valores de uma época, elas também influenciam, e muito, esses valores. E ajudam a perpetuar outros, assim com o humor racista, misogino e homofóbico ajuda a banalizar o preconceito. E odeio o fato da virgem ser gorda e o uso constante da palavra 'vadia'.

POREM, por ser uma obra ficcional, precisamos dar tempo ao tempo para ver o que vai acontecer. Já vimos em outras novelas algo que parecia um estereótipo ou preconceito levantar discussões muito interessantes (como o rapaz gay de Fina Estampa, rejeitado pela mãe, que trouxe discursos muito instrutivos. E nesta, o Dr. Cesar, que começou a novela como 'o' bonzinho, já demostrou uma ficha suja de botar muito vilão no chinelo. O fato dele não aceitar o filho homossexual será visto pelo público como uma de suas vilanias? Aguardemos.

Julia disse...

Essa novela é pior que Salve Jorge, sim! O texto dela é horrível. É muito mal escrita, gente. Eu nunca gostei das novelas de temática espírita do Walcyr Carrasco. Sempre as achei ridículas. Gosto de Chocolate com Pimenta e O cravo e Rosa (não lembro se tem fantasma nelas). Amor a Vida é a 1º novela das 9 dele, espero que seja a última porque ele mostrou que não tem competência.


ps: joguei 'Walcyr Carrasco' agora no google e apareceu uma notícia que a Nicole (Marina Ruy Barbosa) vai morrer e virar fantasma! kkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

O autor além de misógino também detesta as ruivas, em outra novela, que não me recordo o nome ele conseguiu que a atriz ruiva, Raquel Ripani, cortasse o cabelo para viver uma mulher que teve câncer.

Nati disse...

Estes dias atrás a personagem da Paola Oliveira , em uma conversa com a filha, disse que tinha certeza que a menina quando crescesse, não iria querer ser gorda. A menina tinha dito que preferiria comer o que quisesse do que viver fazendo regime, e sua mãe lhe disse que ela dizia isso agora que era uma criança, mas que quando crescesse iria mudar de idéia..., com um sorriso angelical no rosto. Achei de uma irresponsabilidade tão grande..., um verdadeiro horror.

Nati disse...

Lola querida,

um trecho da entrevista do Eduardo nunes, que me causa uma repulsa enorme a cada ´palavra, está na cara que a Marilia Gabriela está irritada com ele e faz um esforço enorme para não discutir, mas acaba discutindo no final, quando ele fala sobre a mulher e a cozinha...

http://contigo.abril.com.br/noticias/marilia-gabriela-se-revolta-com-frase-machista-de-entrevistado

Anônimo disse...

http://www.pop.com.br/mundopop/celebridades/E-muito-dificil-uma-mulher-rodada-encontrar-um-cara-legal--diz-Marina-Ruy-Barbosa-958324.html


É dificil..., todo dia somos bombardeadas com essas bobagens...!

MCarolina disse...

Essa novela parece horrível! Nunca vi nem vou ver.

Anônimo disse...

Concordo com um comentarista acima em relação ao Félix, brilhantemente interpretado pelo Mateus Solano, o Walcyr tem esse mérito de colocar um gay como vilão e ditando o ritmo da trama. Em relação ao César, sim, ele é um mal- caráter, mas isso quem deve julgar é o telespectador, quantas pessoas reais não agem da forma que ele age? Não cabe ao autor colocar todas as reinvindicações das minoras na boca de seus personagens.Em relação a trama de modo geral, incomoda-me a total ausência de negros, inclusive e principalmente no hospital, tem até mulçumano, mas negro não, e o Denizard, uma verdadeira carictaura de ser humano, e o mocinho, tão ou mais idiota que a mocinha, sem contar é claro, as enfermeiras lindas tratadas como gado para os méduicos bonitões.

Anônimo disse...

Ótimo post, eu mesma já tinha feito todas essas observações aqui em casa e não assisto a novela, é muuuuito ruim.
Pena que o papel que as novelas desempenham é grande, e infelizmente a maioria não sai do senso comum.
Esses dias vi uma cena de Tieta que abordava a questão da homossexualidade e a tirar por outras novelas também, vejo que eram melhores há algum tempo atrás.

Anônimo disse...

Não gente,
fui inventar de ler o link do blog do Carrasco na Época e estou furiosa aqui!! Esse cara é um ridículo misógino, machista!!!! Aff e ESNOBE demais. Enfim um reaça de primeira linha!

Anônimo disse...

Fui lá ver o tal blog do Carrasco e não achei nada demais. Até gostei do texto sobre preconceito com gordos.

Ceci disse...

Meu, vcs não conhecem o Walcyr Carrasco! Ele é extremamente crítico, e faz personagens não tão vilões, mas humanos, e que refletem alguns valores da sociedade. Ele fez isso muito bem em "Gabriela", ano passado: por meio das falas de personagens considerados "bons", muita cagação de regra se falava. Walcyr sabe sim expor a hipocrisia da sociedade, tanto que - não sei se vocês perceberam - a família de Paloma representa um típico caso de família margarina, mas só de fachada: os pais não aceitam a filha ficar com alguém mais pobre, ou com um "riponga", o pai paga uma prostituta pra "curar" o filho gay (porque um conquistador machão como ele não poderia nunca ter um filho gay, seria uma vergonha), o filho é um mal-caráter, e provavelmente parte desse sentimento ruim dele vem da repressão imposta pela família, sofrida por ele, que não pode ser ele mesmo...
Eu enxergo assim. Cuidado para não se cegar, gente! Enxerguem as críticas nas entrelinhas! Foi-se o tempo em que as novelas eram maniqueístas, com mocinhos superbons e vilões caricatos e supermaus!

Ceci disse...

Vocês é que não estão enxergando a crítica que o Walcyr Carrasco faz! Ele, que se saiu tão feminista em "Gabriela", ano passado, ia dar um escorregão desse?
Não percebem que a família de Paloma é uma crítica às famílias-margarina que só vivem de aparências? Os pais não suportam ver sua filha namorando um homem mais pobre, ou um "riponga", por estes não serem do mesmo "nível" da moça; o pai de família perfeito (César) é na verdade um hipócrita, pois se faz de certinho mas trai a esposa fútil, além de pagar uma prostitua para "curar" o filho (afinal, para um conquistador machão como ele seria uma vergonha ter um filho gay, né?); e esse filho, aliás (vivido brilhantemente por Mateus Solano), certamente tem muito de seu mau-caratismo originado na repressão que sofreu desde sempre por sua família-margarina, e portanto não pode ser quem realmente é.
César não é bom-moço, é um machista hipócrita, conservador e moralista (arrisco dizer, no maior estilo dos coronéis de Gabriela). ELE NÃO É EXEMPLO! Sério que vocês não entenderam isso?
Quanto ao residente Michel, ora, ele não reproduziu o pensamento dominante dessa sociedade? O de que mulher que não quer compromisso é vadia? Mas ele mesmo não contava que iria gostar dessa "vadia"...ora, quando uma mulher rejeita um cara, ele não tenta menosprezá-la, chamando-a de vagabunda? E Michel é um bocó, um César de amanhã...mas é claro, sendo um galã, é preocupante que ele reproduza esses pensamentos...

E quanto à Perséfone, infelizmente tenho que concordar com vocês. É o estereótipo gordinha engraçadinha, porém virgenzinha. Poderiam tratar a virgindade "tardia" dela de uma forma legal, fazendo ela ver que cada um tem seu tempo, que não tem problema ser virgem com mais de 30 anos etc. Mas não, preferem fazer dela a gorda-banana :-(

Por fim, quanto à Valdirene, ooora! Não é porque somos feministas que devemos ignorar que existem mulheres oportunistas (assim como homens oportunistas). Mas a oportunista da história é Márcia, não Validerene. Esta é uma coitada que é manipulada pela mãe, que a quer transformar numa mulher-fruta, mas Val não segue o padrão de beleza da mulher-fruta e nem o estilo; ela faz isso pela mãe, e fica cada vez mais triste por ser impedida de ficar com seu despacho (filho do dono da venda ao lado). Tatá werneck, aliás, tem se saído muito bem!

Portanto, vamos deixar de ser tão cri-cris e enxergar o lado bom da novela...

Anônima da saia disse...

Putz Cecilia, defensora de novela? Todo mundo sabe que novela é pao e circo pro povo ignorante disculpa quem gosta de novela mas é a coisa mais imbecil que existe na televisão.

Anônima da saia disse...

Segurasselava: engraçado como a gente usa desculpas pra justificar os nossos gostos bizarros. Estudo antropológico.... Rsrsrsrs
Tudo bem, ninguém consegue assistir a todos os filmes do irgman bergman da sua primeira epoca nem ler so livros expressivas alemães.... Rs. Eu tb assisto muito lixo, todo mundo gosta de alguma bizarrize que nao pode contar pra ninguém, tipo eu gostava de anatomia de grey, as vezes assisto algum filme bunda da Sandra bullock (que sao ultra machistas), gosto de arnold shwarzzengger, charles broncos, chuck norris....... Mas nao vou falar que é pra melhorar o meu ingles nem que é estudo antropológico, é porque é a minha parte de gosto bizarro.

Abracos

Anônimo disse...

Eu, como noveleira que sou, adoro ler os comentários do público seja em revistas, no facebook ou em blogs específicos. É impressionante como a audiência compra o machismo da novela. A Patrícia, que queria um relacionamento aberto, é sempre taxada por vadia que quer dar pro hospital inteiro... há aqueles que a defendam "ai, coitadinha, sofreu um trauma muito grande no casamento"... quer dizer, ela quer um relacionamento aberto pq é traumatizada, não pq tem vontade. A personagem da Tatá Wrneck esconde do namoradinho a faceta "gold digger" dela, deixando sempre muito claro que é uma mulher difícil, aí ele a valoriza. A Gigi, uma ex-rica,vive pedindo dinheiro pro ex-marido e não quer trabalhar nem pra sustentar a neta, apenas gasta com salão de beleza. A secretária do César é uma vadia interesseira que o seduziu com seus decotes, mas ele nunca parece ter culpa. A Dra Glauce fodeu com a sua carreira querendo ajudar o homem que amava e agora virou a vilãzinha da vez pq foi rejeitada por ele. E a defesa da família é algo que chega a ser nojento, além da cena do aborto já comentada, o personagem Ninho é constantemente hostilizado por ser hippie e querer viver uma vida sem amarras familiares ou capitalistas. O discurso do personagem, bem como a interpretação do ator, é sempre muito infantilóide. A protagonista, que teve sua filha roubada, sempre sentiu um laço espiritual muito grande por uma menina x (q ela nem sabia q era sua filha biológica), explicitando a importância da genética pra uma família, sendo que ela própria sempre foi rejeitada pela mãe por ser adotada. Eu adoro novelas, acho uma boa forma de distração, mas sinceramente sinto vergonha em dar audiência pra isso.

Hamanndah disse...

Nada a ver com o post, mas

FELIZ DIA DOS HOMENS, menos para os machistas

Feliz Dia dos Homens maridão de lola, Feliz dia dos homens aos rapazes que comentam aqui que não são machistas cujos nomes eu esqueci(pATRICK, ETC).Desejo que suas mulheres/companheiras não sejam femistas com você e não os façam pagar pelos outros. Tem lá no meu blog flores para vocês, rapazes.

Bjaum a todos os não-machistas. Para os machistas, espero que vocês um dia percebam o quanto isso lhes prejudicam um dia

Hamanndah

Hamanndah disse...

Lola

Faça um post hoje dando carinho para os rapazes que não são machistas e que nos apóiam, seu maridão,etc.

bjs

Anônimo disse...

Cecilia, entendo bem o que vc falou, quanto ao autor mostrar que muitos que se julgam redentores da moral e dos bons costumes, são os que mais julgam e os que piores são, mas na minha concepção (falo só por mim, tá?); o que me incomoda nesta novela é quanto ao papel esteriotipado da mulher: A gorda que é virgem pq né, quem vai querer algo por uma mulher que está fora dos padrões estéticos?; Da mulher que resolveu ter uma vida sexualmente ativa sem querer nenhum tipo de envolvimento e/ou relacionamento, é considerada uma vadia; da mulher que tem uma condição mais baixa financeiramente e que está dentro dos padrões estéticos, quer sempre dar o golpe da barriga; da mulher que era prostituta ser constantemente humilhada pela mãe por ter sido prostituta... entre outros.
Isso sim tem que ser combatido, pq acaba por incutir o machismo extremo de uma forma que não choque e que tente passar desapercebido (como o comercial da cerveja que mostrou que se os homens que estavam na praia fossem invisiveis, de certa forma eles iriam abusar e estuprar as mulheres - http://www.youtube.com/watch?v=8T6XQhLgO20 ).

Anônimo disse...

Lola, acabei de ver a cena da mulher que queria perder a virgindade e estou ABISMADA! Sobre as mensagens subliminares que doutrinam mulheres, gostaria de dizer que não são apenas nessa novela que elas estão presentes, nem só nessa e só nessa e em outra, elas estão presentes praticamente em TUDO que é de acesso a maioria das pessoas: em reportagens na internet, fora da internet, em manchetes, em filmes, em teatros, revistas, "aponta estudo" etc e, sobretudo, em novelas. A tentativa de doutrinar as mulheres (para mantê-las mansas e apanhando, seja fisicamente seja moralmente) é constantemente bombardeada no nosso inconsciente. Todo dia vejo um exemplo de forma de doutrinar a mulher de maneira sutil (nos meios de comunicação que a maioria das pessoas tem acesso) ou escrachada, pois o importante é doutrinar qualquer que seja a forma ¬¬ É necessário ficarmos todos atentxs com essas mensagens subliminares com o fito de desconstruí-las, pois elas são deletérias de uma forma imensurável. Beijão, Lola.

Anônimo disse...

Houve um comentário sobre Malu Mulher e isso me fez lembrar um entrevista recente no globo news com um inglês, gay e ativista da causa GLS. Ele veio para o Brasil nos anos 70, fugindo de uma possível condenação a trabalhos forçados na Inglaterra por ser gay. Homosexualismo lá, na época, era crime. O q ele encontrou no Brasil foi um país com idéias inovadoras e mais libertárias a respeito das mudanças da sociedade q estavam surgindo. Hoje, segundo ele, o Brasil regrediu, o pensamento conservador passou a tomar maior espaço, enqto outros países, alguns da América Latina, avançaram muito em questões como homosexualismo e aborto.

É engraçado, mas se analisarmos a década de 70 a partir dos programas de Tv é possível constatar isso. Na época havia MAlu Mulher, q discutia a posição da mulher na sociedade, o aborto, sua sexualidade, a ótima feminina sobre o divórcio. Tudo isso era novidade, pois as mulheres nas series e novelas eram sempre retratadas como donas de casa. Havia uma outra serie chamada "Quem ama não mata", q discutia a violência doméstica.


Hj o q temos é um retrocesso, a sociedade perdeu a chance de evoluir a partir dos anos 70. Nos tornamos mais moralistas? Talvez, no q diz respeito ao papel da mulher. Se por um lado o gay passou a existir na dramaturgia, a mulher com autoestima elevada e consciente de sua sexualidade passou a ser retratada apenas como a"periguete", a messalina q precisa ser combatida, pois é a destruidora de lares, ou simplesmente a palhaça, ridícula q ninguém deve levar a sério.

Luis Pereira disse...

já era de se esperar: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2013/05/na-festa-de-amor-vida-autor-fala-em-odio-ao-politicamente-correto.html

Anônima da saia disse...

Pra que serve o dia do homem? Serio. Dia da mulher tem história, mas dia do homem?

Ps desculpem os erros, escrevo pelo celular e tem um *^{*}^{ de corretor,que muda as palavras que escrevo por outras as vezes.

Abraços

Anônimo disse...

Graças a Deus não assisto lixo(ops, novelas) global e muito me espanta o fato de alguém esperar algo que preste. Lixo, lixo , lixo. Simples assim.

Anônimo disse...

Li o comentário da K, falando da cena da pessoa q marca um encontro e é amarrada na cama e surrada, não acredito!!!!!!!!!!!!! Que absurdo, que lixo!

P. disse...

Não consegui ler todos os comentários, mas, dos que li, o da Vitória me chamou atenção.

Não acho que tenha nada a ver com etarismo. Mas sim com a ideia dominante na nossa sociedade de que mulher só é bonita jovem e, enquanto o processo de envelhecimento no homem é visto como algo positivo, ele fica "melhor", "mais charmoso", "mais sábio", na mulher é visto como pura e simples decadência.

Assim como a personagem da novela - que não assisto, comento apenas pelo post, aliás, excelente - é "trocada" por mulheres mais jovens, quem de nós pode de fato dizer que não foi criada para temer o envelhecimento e suas consequências, como a perda da atração, e a possibilidade de ser "trocada"? É o velho deixar uma de 50 por duas de 25, que virou até piada.

Patty Kirsche disse...

@Nati:

Esse Eduardo Nunes é outro misógino nojento. Eu tive a péssima experiência de ler aquele livro horrível dele, "Sedução".

Eu joguei no lixo do banheiro, não tive coragem de vender ou trocar porque não queria que outra pessoa lesse algo tão ruim.

Ele diz coisas do tipo: "Aceite ir ao supermercado e cuidar do serviço doméstico pq esse é seu papel do mesmo jeito que se espera do homem que ele cuide da manutenção dos carros". Oi?

E fala pra gente esconder se teve "muitos" parceiros... Que a gente precisa ver quantos namoros com mais de 6 meses a gente teve pra fazer uma conta de nosso valor... Nooossa, é um absurdo de ruim. escrevi até resenha: http://pattykirsche.blogspot.com/2013/03/seducao-de-eduardo-nunes-resenha.html

Iara disse...

Nossa, mas vc nao achou que no fim de Meninas Malvadas, acaba com um certa sororidade? Lembro da protagonista falando da paz que as alunas da escola conquistaram entre si ou algo assim...

ViniciusMendes disse...

Algumas coisas que foram ignoradas:

- Paloma transou com seus dois pares românticos nos primeiros encontros e pediu o mocinho em casamento. Nenhuma das duas coisas foram julgadas pelos personagens da novela (aliás, o mocinho aceitou).

- Não ví o personagem Cesar ser mostrado como herói em momento algúm, e a trama deixa cada vez mais claro (sem eximí-lo de forma alguma) que ele é o grande responsável pela infelicidade de sua família, reprimindo seu filho, destruindo a autoestima da sua mulher e jogando a filha contra a "mãe" ao levar ela pra dentro de casa.

- A personagem da ex-chacrete é de longe a mais complexa e humana depois do Félix, Indo de atitudes extremamente reprováveis (usar a filha como pé de meia) até as mais nobres (ela ainda tem que recusar ajuda à alguém na trama, por mais absurda que seja a situação).

- Apesar da Paloma realmente falar um monte de merda elitista sem perceber, ela sempre é colocada em contra-ponto com o Bruno, que além de ser um puta pai (o que sempre é um exemplo bacana de se ver), não enche a cabeça da filha com ideias de dieta (tem inclusive uma cena onde ele se ofende quando Paloma reclama que a menina come demais). A trama deixa claro que a personalidade de Bruno é reflexo da sua mãe, que é um dos poucos personagens totalmente bons da novela.

- Na casa da mulher que vive de sugar o ex marido, a voz da consciência é uma meninA, pq o filho dessa mulher é tão deslumbrado quanto.

- Quanto ao Félix... É incrivelmente bom pra mim enquanto um cara gay ver uma novela protagonizada por um cara gay (pq o Félix é quem move a trama e tem mais tempo de tela que a irmã dele). Um cara gay que sofre com questões que vejo outros caras gays sofrendo, que sente atração sexual e externa esse desejo e que é o personagem mais complexo da trama. Pra quem quer o cara gay ursinho carinhoso padrão, nós temos o Thiago Fragoso. Eu só gostaria muito que em um determinado momento a novela virasse a história da redenção do Félix e que do estrago que a repressão do pai causou foi fundamental pra ele agir como age... Embora eu já esteja feliz que o sofrimento causado por essa repressão esteja sendo trabalhado.

Lu disse...

eu só não entendo por quê as pessoas (principalmente as que frequentam esse tipo de blog) continuam assistindo novelas... as histórias são repetitivas, entediantes, moralistas, previsíveis. É só por hábito, por não ter "nada melhor pra ver" ou por que gostam, gostam muito?

Feminazi Satânica disse...

P.


Mas é etarismo, tanto o estereótipo machista criado em cima de homens que se relacionam com mulheres mais jovens, quanto o preconceito que as mulheres mais velhas sofrem com essa representação tão difundida de que elas são assexuadas, amargas, feias e despencadas... E etarismo na maioria das vezes anda de mãos dadas com o machismo.

Anônimo disse...

Hammannndah quer um post de confete para ozomi.. olha, sei nem o que dizer.

Vc precisa rever alguns conceitos seus, querida.

E não é só porque causa disso. Eu já andei lendo seu blog antes..

Anônimo disse...

"Ele diz coisas do tipo: "Aceite ir ao supermercado e cuidar do serviço doméstico pq esse é seu papel do mesmo jeito que se espera do homem que ele cuide da manutenção dos carros"."

Acho engraçado como os "serviços de homem" são sempre esporádicos como: cuidar da manutenção do carro, trocar lâmpada, acender churrasqueira..

E os "de mulher" são diários tipo: cuidar dos filhos, fazer servições domésticos, cozinhar..

hahaha que conveniente, não?

Virginia disse...

Lu, eu assisto novela porque eu gosto mas é questão de hábito também. Antes eu assistia bem mais, quando tinha mais tempo e não tinha outras opções de entretenimento. Agora quando uma novela não me prende eu largo de mão, como estou fazendo com Amor a Vida. Mas existem novelas boas, sabia? Essas eu me divirto assitindo. Eu não acho que nossas novelas são piores que séries americanas, por exemplo, que eu também assisto e muitas pessoas fazem questão de comparar.
Além do mais novela faz parte da cultura do Brasil e da América latina como um todo. Não tem porque menosprezar todo um gênero porque existem novelas ruins. Talvez esse desprezo seja porque novela foi muito tempo considerada coisa de mulher.. tem que pensar se não tem um machismo nessa generalização. E as novelas brasileiras são consideradas as melhores do mundo e fazem muito sucesso em um monte de países. É um produto brasileiro de exportação, de fato.

Anônimo disse...

Querida Anonima:

Aqueles belos cravos sao para os homens do bem com defeitos como nos temos normais e aveitaveis nunca para os machistas.

Aqueles cravos sao para os homens que vivem uma relacao saudavel com nos mulheres.

Sao para Silvinho, Patrick , etc que sao homens gentis feministas nao para os machistas.

Leia la de novo e vc vera que e para estes homens maravilhosos as minhas flores. Homens com seus defeitos que nao sejam machismo e agressividade.

hamanndah. bjs

Anônimo disse...

Sawl - the Rebel

Felizmente NÃO vejo novela.
Farei uma rápida comparação com as séries que assisto. Porque como tenho tv à cabo(sem querer parecer metida ou arrogante) deixei de assistir novelas.

Há duas séries que assisto com média frequência Mad Men(da qual ODEIO o protagonista!) e Two and Half Men.

Nestas séries eles levantam a questão do machismo de seus personagens de forma diferente da tv brasileira, enquanto na novela citada o médico é retratado como um grande homem que comete pequenos deslizes, vejo que nas séries americanas, personagens machistas são propositalmente RIDÍCULOS e DECADENTES(no caso do Two and Half Men quando o Charlie fazia parte da série) ou EGOÍSTAS e CANALHAS(no caso do Don Drapper que na nova temporada levou a mulher de um conhecido pra cama e sua filha viu! Soube por sites americanos que boa parte dos espectadores, pelo menos os americanos, tomaram raiva do protagonista).

Na questão sobre personagens gays,
há cinco séries que vejo sempre:
Dexter, Breaking Bad, Southland,Game of Thrones, Happy Endings.
Todas elas tem(ou tiveram) personagens gays e são muito interessantes as diferentes facetas destes personagens sem clichês e esteriótipos.

Na policial Southland, meu policial predileto é o John Cooper e este é o mais corajoso, honesto e destemido. Embora esconda sua homossexualidade de seus colegas de trabalho, sua vida pessoal é levada sem neuras e a única tristeza é a rejeição do pai criminoso, misógino e homofóbico.

Na aventura Game of Thrones um dos personagens mais interessantes era o rei Renly Baratheon, que morreu na 3ª temporada. Era corajoso, bondoso, casado com uma bela moça, mas, gay um pouco afetado (nada enrustido) e tinha um caso notório com um belo cavaleiro chamado Loras(este ainda está na série).

Na comédia Happy Endings, o rapaz do grupo mais atraente e engraçado é o gay assumidíssimo e nada afetado Max. Este é um cara bagunceiro, meio porquinho e super brincalhão.

No quesito "politicamente incorreto" se destacam as séries Breaking Bad (com o traficante Gus Frig) e Dexter (o mafioso Isaak Sirko) das quais se destacaram vilões gays enrustidos e nada afetados, homens influentes e cruéis que foram motivados não por repressão sexual, mas por vingança pelas mortes de seus parceiros.

Existe uma variedade de tipos, não há um personagens totalmente mal ou totalmente bom.
Não existe o gay afetado que faz rir ou o "bonzinho que se ferra no final"!
Há vários tipos de personagens sejam vilões, mocinhos, héteros, gays, etc.
Infelizmente as novelas mostram clichês, esteriótipos, não seres humanos com suas características próprias e facetas.
Enfim, apenas uma opinião.
Acredito que a qualidade das novelas iria melhorar se incluíssem oficinas de roteiro para a inserção de novos autores que fossem melhorar o nível de entretenimento na tv.

Sawl

Anônimo disse...

Olhem essa notícia sobre a cena bizarra e constrangedora com a Fabiana Karla.Será que alguém realmente achou graça disso?

http://br.tv.yahoo.com/blogs/em-off/fabiana-karla-leva-chicotada-e-diverte-o-p%C3%BAblico-182018604.html

Priscila de Meireles Rodrigues disse...

Eu adoro novela e seriados, mas para mim essa novela é detestável. Nos primeiros capítulos da novela eu tinha observado tudo isso. Mas só acrescento mais um: o desrespeito pelos profissionais da área da saúde. Todos os profissionais, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e os enfermeiros são expostos em cenas antiéticas e degradantes. Eu já tinha notado a "gordofobia" nas cenas da Fabiana Karla, mas também tem que se ter destaque a ideia de "Enfermeira biscate" ou "eterna solteirona". Também acho que as cenas da Tatá Werneck são engraçada, e esta previsto que ela se tornará "evangélica". O que será que esperaremos? Mais machismo e preconceitos? Simplesmente lamentável.

Anônimo disse...

Sawl

Poxa Lola, quando meu comentário sobre séries será mostrado? kkk
Bjo querida.

Sawl

Anônimo disse...

eu nao afirmo nada.vc que tá distorcendo.
Eu digo quanto a superficial é o exterior e nao se ela for bonita por fora e vazia por dentro.Nao é isso.

Digo que indepedente de ela ter conteudo ou nao é necessario que ela esteja dentro de um padrao de beleza pra ser desejavel a um retrogrado, indepedente de ela ser "burra" ou "inteligente".

A inteligencia é tratada como apenas um bonus pra mulher no padrao.

Se ela esta fora do padrao,indepedente de ser "inteligente" ou "burra",a grande maioria dos homens nao vao quere-la.Nao vao deseja-la.
Nao vao chegar perto,que nem um post anterior,deste blog, trata do assunto em referencia a um ator que antes deixou de conhecer mulheres simplesmente por está com este tipo de lavagem cerebral,e é nesse tipo de lavagem cerebral que a maioria dos homens está.Isso é fato.
O preconceito de etarismo está com esses homens.

É sorte quando uma mulher encontra um homem de mais idade que seja feminista.

Anônimo disse...

Falei no primeiro comentario:
"Isso é um fato dentre a maioria"
Nao falei TODOS retrogrados.
Alguns retrogrados podem nao ser como a maioria dos retrogrados, quanto a isto.
Sinceramente,há sim uma maioria(retrogrados) que segue um padrao,o padrao superficial,hipocrita indepedente que assunto for.Nao enxergo eles sem preconceito,de jeito nenhum.

P. disse...

Ah, Vitória, foi mal, então. Acho que entendi tudo errado, rs.

Tinha entendido que vc acreditava que era preconceito da autora do guest post, ao falar da relação com a mulher mais jovem.

Pra mim, não foi preconceito, foi ressaltar justamente essa questão do tratamento extremamente diferente que homens mais velhos e mulheres mais velhas têm.

Mas concordo com o q vc disse há pouco.

Bjo

Carolina disse...

Oi, sou nova no blog e apesar de ter amado outros posts, tenho que me manifestar neste.
Quando tu estereotipa as pessoas "pró-vida" como reacionários contra as mulheres e a favor da pena de morte e redução da maioridade penal, me senti ofendida. Tenho que dividir minha opinião: eu sou contra o machismo, contra a criminalização de crianças como solução de um problema que vem da falta de educação e apoio, e não da falta de aborto.
Sou espírita, não religiosa fanática, mas admito que minha religião interfere na minha opinião quanto ao aborto, assim como interfere na minha opinião sobre preconceito, sobre pena de morte e tudo mais...
Enfim, sinto muito que a defesa do aborto esteja tão intimamente ligada ao movimento feminista e a bandeira do "tenho o direito de me vestir e viver como eu quiser sem ser julgada" se estenda para "tenho direito sobre os bebês que eu gerar também", porque a primeira eu levanto, a segunda não.

Anônimo disse...

Nati
pensei que so eu tinha percebido essa fobia da Paloma encima da filha de virar gorda.É de uma gordofobia latente a novela.Pobre criança.

Sawl

Interessante falar sobre personagens gays nas series.Mas cade as lesbicas?
Assistindo rapidamente Game of Thrones as unicas lesbicas que surgiram foram num contexto lesbofobico(de que precisa de homem vendo ou com elas).Isso nao é como fetiche,é como lesbofobia.
Acredito, feminista é fetiche,nao sendo, é lesbofobia, dentro de uma representação em qualquer midia.
Deixei a ideia de ver a serie,apesar de ser comentado que há personagens femininas fortes.Mas vejo mas isso(personagens femininas fortes) como um cala-boca.


P.
eu tambem pensei que fosse em direcao a autora do post,o comentario da Vitoria.


Ah,agora que vi o meu primeiro comentario ficou meio dubio por falta de complemento em algumas palavras.


Nati disse...

@ Patty Kirsche,

Acabo de ler sua resenha Patty, muito boa..., vc jogar o livro no lixo me lembrou bem o "queimando o livro" que a TPM faz..., isso mesmo! Imagine, doar um livro desses pra biblioteca por ex, nem pensar!rs.

Mas acho que vc nem precisaria ler este livro para não se relacionar com homens assim viu, porque sinceramente, só a voz desse homem, o modo como ele fala, o raciocínio, como ele usa as palavras, já causa repulsa...

Beijos Patty! Beijos Lola!

Ceci disse...

ViniciusMendes,

Penso o mesmo que você. Já está virando mania de perseguição. A novelas tem vários pontos detestáveis, mas tem outros pontos interessantes.
Muito piores são as novelas do tal do Maneco, esse sim um elitista misógino moralista e nojento, e infelizmente tão admirado. Walcyr Carrasco ainda tem boa intenção. Deslizes acontecem, mas lembrem-se: quem faz a TC é o telespectador, e não a emissora.

E cansei desse bla bla bla de novela é lixo, globo manipuladora etc. Os seriados americanoides são tão entretenimento quanto, e mostra sim muito machismo (como não lembrar de two and a half men? Já ouvi de muitos amigos homens que "todo homem quer ser charlie harper". Lamentável, não? E no divertido big bang theory, em que há o estereótipo nerd-que-não-pega-ninguém e loira-burra-gostosa?). Ah, se vocês não veem novela, então sinceramente, não têm conhecimento suficiente pra dar lição de moral de uma coisa que vcs nem assistem! Que saco isso!
Novela é entretenimento, assim como filme, como seriados, como programa de culinária...vcs vêm num site de uma pessoa super aberta a novas ideias e esclarecida, e aí reproduzem de forma falaciosa o senso comum.
Ora, a Lola já disse que não assiste novela, mas vê se ela fica de mimimi-novela-é-tudo-lixo-etc?

Ceci disse...

E sim, Lola, é viagem demais achar que o título - genérico - "amor à vida" é uma mensagem subliminar a respeito da opinião da globo sobre aborto. Viajou, Lola! Lembrando que o César - que discursou contra o aborto - se mostra um personagem cada vez mais baixaria, cada vez mais dissimulado. Ele não é pra ser exemplo. Ele é , pra mim, uma explícita crítica ao pai-de-familia-macho-alfa-provedor-do-lar.

Anônimo disse...

Bem, a ultima novela da Globo que segui foi O Clone(2002) , em que a personagem de Juliana Paes roubava camisinhas da casa do personagem de Victor Fasano( que era rico) , usa o esperma e CONSEGUE ENGRAVIDAR ( aloooo.,.alguem precisaria avisar a rede Globo que o espermatozóide nao sobrevive no meio ambiente por muito tempo e que essa historia de auto - inseminação com camisinhas roubadas e furada!!!)
Lógico que a personagem era do estereotipo gostosona, burra( entre aspas) e que nao tem nenhum talento , so lhe sobrando a opção de ' caçar marido rico"
Depois dessa novela, sinceramente nao sei como se poderia esperar coisa melhor.a coisa so tende a piorar.
Todo mês se vc olhar capa de revista feminina ( sobretudo a NOVA) tem a foto de uma atriz de sucesso no momento, que esta em alguma novela( da Globo, de preferencia) , mostrando e contando em detalhes como faz pra manter o corpo ' enxuto' ....ate morri de rir numa matéria com a Flávia Alessandra, que aos 38 anos ' tem a bunda lisinha, sem celulite,o que faz nos morrermos de raiva e de inveja', esta sempre de alto- astral, bom humor, nao fica triste nunca, nunca perde a calma,tem um casamento magico, de contos de fadas, e ainda por cima faz o maior sacrifício pra manter o corpo sarado, podendo se dar o luxo de repetir a sobremesa!! Ok, o tampo da privada dela e de ouro tambem, ne...
Nenhuma novidade com relação as novelas da Globo atuais, so perpetuam isso que e mostrado faz tempo,

Anônimo disse...

Nao sigo a novela, mas adorei o texto da Paula Bastos sobre o rumo da personagem gordinha,

Anônimo disse...

Parece que tem gente achando que os eventuais méritos de "Gabriela" são do Walcyr Carrasco. Mas a novela, por mais que distorça, é baseada num livro de Jorge Amado; é de lá que as idéias vêm...

Anônimo disse...

Seriado americano é tão machista quanto novela brasileira - ou mais.

"Sex and the city", por exemplo, é deprimente, todas aquelas idiotas querendo "casar", e nunca conseguindo.

Unknown disse...

É provavel que o que a autora quis dizer é que na cultura machista que vivemos, um homem se relacionar com uma mulher mais velha mostra virilidade e masculinidade extrema, visto que mulheres mais velhas não são atraentes e amantes consideraveis para uma aventura. É um machismo nojento que torna a mulher invisivel, enquanto homens mais velhos passam a ser vistos como extremamentes atraentes. E o mesmo não acontece do outro lado! Quantas mulheres não suspiram por George Clooney e Richard Gere? E quantas se lembram das mulheres jovens que contracenaram com eles? Até Winona Ryder foi esquecida por completo! E o que dizer de Carga Pesada e as mulheres que Pedro e Bino se relacionavam então? E la esta o Fagundes com mulheres jovens "trampolinando" seu status de galã de meia idade que todas querem. O que falar então do José Meyer?

Quer ver a diferença disso tudo? Ja ouviu falar em um filme chamado Nunca é tarde para amar, com Michelle Pfeifer? Talvez sim, mas poucos não conhecem e mulherada se derrete com o filme Lembranças de um outono. Interessante que um filme de mulher mais velha e homem mais novo seja uma comedia romantica (como também aquele com Catherine Zeta Jones) e homem mais velho com menina mais nova é um romance/drama.

E pra fechar: Laços de Família causou polemica mostrando uma mulher mais velha com um rapaz mais novo. Dividiu opiniões, tentou quebrar paradigmas, mas no final o rapaz mais novo ficou com a moça filha da mulher mais velha e para ela arrumaram alguem de sua idade. Enquanto do lado da trama, uma mocinha terminou a novela com o galã pegador que tinha idade para ser pai dela. Não é etarismo. É machismo mesmo!

ViniciusMendes disse...

"Não vejo novelas desde os tempos de Janete Clair, mas sou especialista em criticar isso, bom mesmo é série americana que vejo na TV paga"

#americansdoitbetter #classemediasofre

Anônimo disse...

" um homem se relacionar com uma mulher mais velha mostra virilidade e masculinidade extrema"

Sara, vc não quis dizer mais nova?

Ceci disse...

Vinicius, estamos em sintonia haha

Monica disse...

Essa novela é realmente uma BOSTA. assisti aos primeiros capítulos e achei que ia ser boa, mas a cena do médico (antonio fagundes) fazendo discurso com viés religioso e contrário ao aborto logo nos primeiros dias da trama foi um balde de água fria.

pra não ser repetitiva, vou comentar uma coisa que eu reparei no comentários. tem muita gente dizendo que novela é tudo uma porcaria mesmo e que se a novela é machista é culpa da globo e pronto.

olha, longe de eu querer defender a globo, mas esse tipo de comentário é vazio, na minha opinião.

há alguns meses a Globo exibiu uma novela maravilhosa e descaradamente FEMINISTA no horário das 6, Lado a Lado.

há novelas que são boas sim. você pode não gostar de novelas, ótimo, direito seu, mas há novelas boas e ruins. há novelas e séries na globo em que há personagens feministas ou onde personagens machistas aparecem mas são criticados, não são bem vistos.

a culpa dessa novela Amor á vida ser machista, retrógrada e nojenta é do autor, walcyr carraco, na minha opinião. não da "Globo". a "Globo" é feita por pessoas, gente. no caso, a pessoa é o autor da novela que passa na Globo.

uma comentarista mesmo citou Malu Mulher, uma série da decada de 80! que falou sobre aborto de forma clara e honesta, e passava na Globo. e aí como fica?

acho que quando a gente critica alguma coisa tem que ser preciso e justa(o). senão a crítica se torna vazia.

Anônimo disse...

sério que alguém colocou two and a half men como exemplo de um seriado que levanta a questão do machismo de seus personagens? Esse seriado faz justamente o contrário. O que eu já vi de gente idolatrando o personagem do charlie sheen não é brincadeira

cecília, novelas podem sim ser analisadas e criticadas (assim como filmes, seriados etc Jura que você nunca viu alguém fazer isso?). Sim, a lola não assiste novela, mas esse é um GUEST post

ViniciusMendes disse...

Novelas podem ser analisadas e criticadas, mas a coisa toda perde a seriedade quando a critica começa com "Eu não vejo novelas".

Erres Errantes disse...

Com o tempo, todas as coisas horrendas que o personagem César fez virão à tona. A personagem Aline quer na verdade é se vingar dele, porque na verdade ela é prima de Paloma. Parece que a mãe biológica de Paloma ficou paraplégica por causa dele e ainda lhe roubou a filha para a esposa Pilar criar.

Anônimo disse...

Mas de qual critica você fala? a do post começa com ''Sempre gostei muito de novelas''. Acho que muitos aqui, mesmo não assistindo mais novelas, já assistiram em algum ponto..
Criticar novelas por achá-las machistas, moralistas, etc e elogiar seriados americanos igualmente problemáticos é outra coisa.. é achar que tudo que gringo faz é lindo e profundo

Anônimo disse...

Posso estar ficando louca, mas lembro de uma novela que tinha uma personagem que eu considerava feminista- Porto dos Milagres,(2001)que tinha a Rosa Palmeirao.
A Rosa nao abaixava a cabeça pra nenhum homem, defendia todas as mulheres que podia( inclusive as prostitutas) , nao admitia receber ordens,, e ainda vingou ao morte da irma que foi estuprada por um velho que era " um homem taooooo bom " na visão dos moradores da cidade,
Ela se apaixona por um cara que nao vale nada, mas que e um ótimo amante, e quando o cara mostra quem ele realmente e, ela tem a coragem de cair fora dessa relação, mesmo sendo apaixonada por ele.
Somente um detalhe, que pelo que li a Rosa do livro do Jorge Amado era mulata, e na Globo colocaram a Luiza Tomé,
Claro que a Globo nao teve coragem de por uma atriz negra, mas de resto adorei a personagem.
Quem me dera ter a metade da coragem que ela tem, um dia eu consigo...rsrsrs
Bj,Lola.

ViniciusMendes disse...

Pessoa, as críticas aos "eu não vejo novelas mas elas são ruins" não se referem ao post, se referem a outros comentários.

E não. Ter visto uma novela sabe-se lá quando não te dá razão ao criticar essa novela de agora do mesmo jeito que ter visto Arquivo X não te dá razão ao criticar Two and a Half Man (que bizarramente foi elogiado aqui nos comentários) por exemplo.Agora, ver ESTA novela te dá todo o direito do mundo de criticar ESTA novela.

Anônimo disse...

Vinicius Mendes sempre coerente em seus comentários e ofuscando os hipócritas que criticam a novela.

Julia disse...

Rá! Acabou de passar esse discurso em Saramandaia.

Uma personagem disse que fez um aborto.
A outra respondeu: - É um absurdo não podermos fazer um aborto seguro. A mulher é dona do próprio corpo. Tem que ter o direito de escolher.

Mais ou menos isso.

Alguém mais viu?

Julia disse...

Falando em Saramandaia, às vezes acho que Amor a Vida tem mais realismo fantástico do que Saramandaia. O capítulo de hoje da novela das 9 foi absuuuurdo. Muita bizarrice.

Anônimo disse...

Sobre o Charlie Harper e o Don Draper o que eu vejo é muita idolatria por esses personagens. Eu assisto Mad Men e tenho asco do Don, mas acho que sou minoria.

Anônimo disse...

acho q vcs estão paranóicas demais,qual é o problema de ter um vilão gay? isso ofende eles como? por acaso n existe gay sem caráter?assim como tem heteros ruins ,o mesmo vale para homossexuais.
e como a maioria fala sem nem ver a novela,n sabem que existe um casal gay lá,normal,nada caricato,q estão querendo ter um filho.

Luiz disse...

Em resumo a população brasileira se mostra muito mais inteligente que os seus ditos lideres, sejam eles políticos ou intelectuais. Seria bom convocarem alguns plebicitos no Brasil a exemplo do que se fez quando tentaram desarmar os brasileiros de bem (Acho que os progressistas queriam facilitar a vida dos bandidos que eles tanto veneram).

Outro dia um facínora de 17 anos invadiu uma casa de imigrantes bolivianos para roubá-los e matou um menino de 8 anos mesmo depois deste ter buscado o porquinho cofre que ele guardava cheio de moedas para entrega-lo ao facínora. Mas como o menino estava chorando assustado o facínora não teve dúvidas deu lhe um tiro no meio da testa. Eis que para minha surpresa ao abrir o Estadão um dia desses me deparei com um texto de um tal de Tulio Vianna. O valente discutia no artigo o horror da morte do pequeno boliviano? Não. O Valente discutia a bárbara escolha moral do bandido? Não. O Valente se solidarizava com o pai e a mãe dessa pobre família de imigrantes trabalhadores que levantavam todos os dias de madrugada para irem em busca de um trabalho humilde porém honesto e que garantia o sustento da família? Não meus caros. Tulio Vianna estava defendendo o..... BANDIDO!!

Fui ver quem era a figura. O tal de Túlio. Fiquei mais espantado ainda . A figura é professor de direito penal na UFMG. Quando se tem gente do calibre de Tulio Vianna dando aula de direito penal começamos a entender porque no Brasil matam-se impunemente 55 mil seres humanos. Uma busca mais aprofundada no que ele escreve me fez acreditar que se a UFMG pagasse a ele 10 mil para ele ficar em casa dormindo seria menos danoso para o país. Túlio Vianna ministrando aulas de direito penal é a epístola de nosso fracasso como nação civilizada.

Túlio Vianna defende pérolas como a idéia de que a redução da maioridade penal é causa pétrea da Constituição. Túlio Vianna diz que uma mulher de 20 anos transando com um menino de 13 anos é apenas uma mera questão de escolha dos envolvidos ("Professor" um homem de 20 anos transando com uma menina de 13 seria considerado normal pelo senhor?). Ou seja, segundo a ótica vesga do "professor" o menino de 16 anos tem maturidade para transar com uma mulher de 20 mas não tem maturidade para ser punido por dar um tiro na cabeça de um pobre imigrante boliviano de 8 anos. Túlio Vianna é Rousseauiano. Ama a sociedade e detesta os indivíduos.

PS. Túlio Vianna e seus seguidores contrários a redução da maioridade penal não somam nem 800 mil num universo de 200 milhões de brasileiros. Como se percebe os seguidores dele teriam dificuldade para ocuparem metade da AV. Paulista. Túlio Vianna escreve um artigo num jornal que ele próprio classifica como golpista. Eu escrevi um email para Túlio Vianna mandando ele ir plantar batata na Marginal Tietê.

Anônimo disse...

Muitos aqui disseram que viram a novela e pararam por motivo x, outros estão reagindo ao post, outros falam de novelas que viram há tantos anos, etc. A minha crítica é em relação a algumas que parecem que ficaram ofendidas por alguém ousar criticar a novela, como se novelas não podem ser alvos de críticas, levando pro lado pessoal porque gostam da novela ou do autor, em especial os comentários da cecília lá em cima

Ceci disse...

O ponto mais acertado dessa novela, sem dúvidas, foi o vilão. Matheus Solano brilha (sem trocadilhos hehe), este é um de seus melhores papéis. E já cansou essa história do gay da novela ser o bofe escândalo ou ser o coitadinho que quer se assumir. Um vilão gay foi chutar o pau da barraca, afinal, homossexuais são humanos também, podem ser bons ou maus-caráter.
Mas é claro que Amor à Vida merece várias críticas, reforço, como a forma como a gordinha virgem Perséfone é tratada, a novela ser totalmente branca (atores negros, cadê?) etc. Mas gente, o César é um fdp, e sua podridão - espero - virá à tona, fazendo cair por terra sua pose de pai de família certinho e justo.

Ceci disse...

E gente, nunca que Two and a half men satiriza o machismo! A série justamente exalta o tratamento à mulher-objeto! às vezes gosto de assistir pois adoro o Allan, mas charlie harper é nojento, uma versão soft de charlie sheen.
Quanto a Mad men, bem, acho que é o mesmo caso do dr César: Don não é personagem para se espelhar.

Watashinomori~~ disse...

Lola, eu vou ser sincera e assumo que não li o post... dei uma bizoiada rapidinha, peguei uma ou duas frases e entendi mais ou menos o que foi dito (a grande e poderosa Globo globou de novo!). Mas eu só vim pro comment box pra falar sobre minha opinião o aborto e o que muita gente confunde.
Eu sou contra o aborto, no momento, absolutamente em qualquer ocasião (fácil pra mim falar que sou contra aborto em caso de estupro nunca sofri nenhum abuso sério) que não arrisque a MINHA vida. Epa, eu disse MINHA. Isso mesmo eu sou contra EU abortar! Pra mim isso é algo que muita mulher confunde quando falamos sobre legalização do aborto (além do básico legalizar=obrigar). Ela acha que a opinião dela sobre o corpo dela deve alcançar todas as mulheres.
Veja bem, Lola, eu uma vez sofri um acidente com a camisinha e achei que estava grávida, eu não tomei a pílula do dia seguinte e nem nada semelhante. Eu não pensei em momento nenhum que era minha responsabilidade por ter transado ter que ter a criança, mas eu simplesmente achei que mesmo sendo acidente eu não devia tirar aquela vida (ou não... eu não sei se era vida já... alguns dias de células se dividindo...). No fim foi só um susto, mas serviu para que eu entendesse que EU era contra o aborto e pra MIM a pílula do dia seguinte era muito arriscado (eu já ouvi que ela desregula tanto seu sistema que em alguns casos extremos ela dá câncer, nunca verifiquei as informações, mas me assustaram). Mas se outra garota está no meu lugar e ELA acha que a criança vai impedir o futuro brilhante DELA? Eu a acusaria por abortar? Não. É a vida DELA, o corpo DELA. Nem sempre o que é bom pra uma pessoa é pra outra.
Legalizar é importante para diminuir o feminicídio (tá certo o termo? Add: apareceu que tava escrito errado, clico pra corrigir a ortografia e me aparece feticídio... até nisso o feto ganha mais destaque que a mulher?) e o controle dos homens sobre nosso corpo e sobre uma função alheia a eles. A proibição do aborto é, ao meu ver, uma matança sistemática de mulheres, eu luto, brigo e mordo pela legalização!
Porém eu sou contra abortar. Só que ninguém sabe o futuro, e se com o tempo eu engravidar no pior momento da minha vida? Sem a menor das condições de se criar um indivíduo que futuramente será parte da sociedade? Eu posso afirmar hoje que eu vou continuar a gravidez custe o que custar, mas e amanhã? Eu vou poder dizer isso?
Pessoas que são contra a legalização apenas estão riscando uma opção que elas podem vir a necessitar um dia. Elas colocam a vida delas em risco e a vida de todas as mulheres que elas amam. Mas não só a criminalização é a culpada pelas mortes, a marginalização também é. Se um dia o aborto for legalizado (e eu espero que seja) vamos ter problemas assim como tem em países que é legalizado, aqueles básicos de ameaça ao médico e atentado contra as clínicas. Além da lavagem cerebral de muitas religiões (eu não tenho problema com a crença de ninguém só com intituições de colocam seus nomes iniciando com letra maiúscula como se fosse melhor do que o fiel que a mantém).
Espero ter conseguido explicar direitinho o que eu penso,
Abçs
Shiroi

Cora disse...


Luiz,

Repetirei o que te escrevi num outro post:

Não seja capcioso. O autor do texto que vc indicou está discutindo a redução da maioridade penal. Ele não defende o assassino do garoto, nem encontra justificativas para deixá-lo impune, nem minimiza o crime. Ele não diz que a redução da maioridade penal é cláusula pétrea.

Vc é professor universitário. Não é possível que não consiga discordar do autor do texto sem distorcer o que foi dito. Argumente com coerência e honestidade, Luiz.

ps. tendo em conta suas interpretações equivocadas (ou grotescas) dos texto que indica, gostaria do link desse aí sobre relacionamento de mulher de 20 com rapaz de 13).


.
.


não vejo tv há uns quatro anos. antes disso, já via pouco, mas acabava acompanhando o que acontecia com as personagens e artistas pela internet. depois que cortei a tv da minha vida, nem acompanho mais nada desse universo, tanto q tem um monte de artista novo q não conheço. pra dizer q não vejo nada nunca, vez ou outra assisto algum episódio de seriado americano (normalmente quando não estou em casa) e algum programa da tv aberta no youtube. infelizmente, a tv (nacional ou não) mais reforça do que questiona estereótipos, especialmente em relação à mulher e aos relacionamentos heteroafetivos.

Anônimo disse...

Sawl - The Rebel

Queridos anônimos.

A "idolatria" aos personagens Charlie (Two and Half Men) e Don Draper (Mad Men) parte (infelizmente) de MUITOS espectadores que não sabem reconhecer as fragilidades e falta de caráter destes personagens, estes espectadores vêem um lado positivo nas atitudes misóginas destes personagens.
No Two and Half Men se perceberem bem, a maioria das mulheres que se ferram são as VALIDADORAS! São mulheres que ACEITAM ser tratadas como objetos, que SABEM que o Charlie Harper não vale Pohha nenhuma, kkk, mas, mesmo assim ficam com ele porque ele é rico e mora em uma mansão de Malibu. Pra quem acompanhava a série(como eu) certas atitudes escrotas me davam raiva do personagem, mas, também houve episódios em que ele se envolvia com com mulheres inteligentes e/ou espertas que não se apaixonavam ou não se deixavam iludir por ele, inclusive ele próprio se APAIXONOU por uma bela e super pilantra loira chamada Courtney que o arruinou e fez ele ser motivo de piada para os parentes dele. O personagem saiu da série(pelos problemas que o Charlie de verdade causou) ASSASSINADO pela mulher mais obcecada por ele e de "brinde",kkkk, para os fãs machistas, os diretores da série mostraram que ele era um bissexual enrustido, kkkk.

Quanto ao Don, a mesma coisa, a idolatria NÃO vem do roteiro ou da direção dos episódios de Mad Men e sim da IGNORÂNCIA e MACHISMO de certos fãs que vêem um lado positivo nas ações misóginas e desprezíveis do sr Draper. Acredito que por mostrarem a filha dele flagrando ele traindo a madrasta com outra mulher(a esposa de um amigo dele!) muitos fãs do personagem irão refletir o quão canalha e mal caráter o Don é.

Quanto aos "vilões gays" eu não vejo problema neste tipo de personagem.
A questão não é o personagem ser vilão por ser "gay" e sim simplesmente ser um homem(ou mulher) que é mal caráter e sua orientação sexual, por acaso, não ser hétero.
Ser vilão ou mocinho independe se o personagem é: homem, mulher, negro, branco, hétero ou gay, ocidental, oriental, etc.
Vi alguns capítulos do Amor à Vida pra poder julgar o famoso "vilão gay" da novela.
Sim, Matheus Solano é lindo, charmoso e super talentoso e sinceramente, sua ótima atuação e o sarcasmo e ironia do personagem me deram vontade vontade (seriemaníaca assumida) de assistir esta novela. Todas as outras tramas são chatas e desinteressantes (embora a garotinha que faz a filha disputada, seja uma atriz nata). Mas, minha raiva que deu foi pelo fato do pai do cara ser um baita: machista, homofóbico, egocêntrico, hipócrita e moralista ser mostrado como "bacana, herói, etc"! E a ênfase de que o personagem é mal porque é "gay" me incomodou!

Em séries como: Downtown Abbey, Revenge (estas duas não acompanho sempre), Breaking Bad e Dexter seus vilões gays não são esteriotipados nem há um enfoque de que seus atos de vilania são cometidos por questão de sexualidade. Simplesmente são homens que são cruéis e destrutivos porque assim o são, porque a natureza do caráter deles é desse jeito, da mesma forma que se eles fossem héteros seriam da mesma forma, não haveria diferença. A orientação sexual destes personagens é um mero "detalhe" não é o que "guia" as suas ações.
Sou a favor da variedade de personagens porque seres humanos são complexos demais pra se enquadrar em uma só categoria.

Sawl - The Rebel

Erres Errantes disse...

Eu vi a cena de Saramandaia na hora em que passou an TV e fiquei bem impressionada. Não acreditei que aquilo estava passando na Globo! Mas, detalhe: lá pela meia noite, néam... No horário nobre, o dominante é o discurso de César para a paciente que não queria a gravidez.

Danilo disse...

Nossa, faz um tempinho que queria comentar esta novela. Achei tão estranho quando comentei com alguém que o César era o maior vilão da novela e ela não entendeu. Ele com todo o machismo e preconceito produziu os dois vilões declarados da novela por absoluta falta de amor e empatia ( o filho e a sobrinha da amante) transformou a mulher e a nora em pessoas infelizes...

Anônimo disse...

humm.. então essa declaração do César sobre aborto tão solta na trama pode vir a fazer sentido no futuro.
A Aline (secretária) pode engravidar dele e ele pedir pra ela abortar. Já pensaram? A hipocrisia dele escancarada assim?

Anônimo disse...

É um nojo e um espelho. Não sei se vocês sabem mas essa novela nasceu como uma grande homenagem a cidade de São Paulo - a maioria das novelas da globo trazem um estereótipo de exportação carioca. Não acredito que essas violências sejam reflexo fiel da realidade de São Paulo, mas sem dúvida refletem a mentalidade do paulistano.

E por falar em novelas... Acredito que Betty, a Feia mereça um post. A novela é colombiana e produzida na década de 90. Simplesmente dá um BANHO, uma AULA de feminismo em qualquer novela atual. Até no nome!

Unknown disse...

Acho que com a péssima repercussão dessa cena a novela tentou se redimir em outro momento com uma cena a favor da legalização: http://www.youtube.com/watch?v=pD_lA3idHLc

rcb disse...

a Novela Amor a Vida acabou e ate hoje não descobrir a especialidade do dono do hospital San Magno , ou seja , qual era a especialidade do dr. Cesar cury?