quarta-feira, 25 de julho de 2012

GUEST POST: SERÁ QUE É TÃO DIFÍCIL?

Infelizmente, eu não falo muito de ecologia aqui no blog, embora considere o assunto importantíssimo. Separar o lixo para coleta e reciclagem é uma forma bem pouco trabalhosa de ajudar o meio ambiente. A Shirley ensina como podemos fazer a nossa parte.

Esse guest post é um pedido de ajuda.
As pessoas falam muito em sustentabilidade, mas fazem pouco. Isso não é acusação, é fato. Eu mesma, falo muito e faço pouco. Acho que isso acontece porque falta informação sobre o papel de cada um nas questões da sustentabilidade.
Um exemplo claro é a destinação do lixo. Todo mundo fica chateado ao ler uma matéria sobre famílias que vivem nos lixões ou quando se depara com uma criança catando o lixo deixado na frente de prédios suntuosos, né? Mas, alguém já se perguntou o que pode fazer para evitar que essas cenas aconteçam?
Uma amiga minha fez isso e começou um movimento aqui na Região da Grande Vitória para mobilizar recicladores, poder público e a população para a questão do lixo.
Primeiro ela se uniu a outras pessoas e começou a pesquisar. Descobriu como os catadores trabalhavam e do que eles precisavam para desenvolver melhor o trabalho maravilhoso que já vinham fazendo. Sim, maravilhoso, porque ao dar destinação aos materiais recicláveis, os catadores ajudam a reduzir o volume de lixo direcionado aos aterros sanitários e, ainda, geram valor para suas comunidades.
A principal demanda dos catadores era bem simples: eles queriam que a população separasse o lixo seco (reciclável) do lixo úmido (não reciclável). A partir dessa constatação, esse grupo de pessoas desenvolveu um projeto para atrair a participação das prefeituras e dos moradores das cidades da Grande Vitória.
No site Separe seu lixo eles explicam a metodologia de separação em apenas dois grupos: lixo seco e lixo úmido. Trata-se de uma simplificação das primeiras propostas de separação de lixo que previam a segregação em cinco grupos (plásticos, vidros, papeis, metais e orgânicos), o que dificultava a adesão das pessoas e também a coleta seletiva.
Bom, lá no site tem bastante informação sobre isso. A estratégia já deu frutos, mas ainda são poucos.
De um lado, o poder público não dá prioridade ao assunto, como deveria.
Nem mesmo a aprovação da Lei 12.305, que formaliza a Política Nacional de Resíduos Sólidos, gerou mudança significativa.
Essa lei estabelece, entre outros itens, o prazo até agosto de 2012 para que as cidades brasileiras criem um Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos como condição para terem acesso a recursos da União. Ou seja, os prefeitos atuais e aqueles nos quais votaremos em outubro precisam agir e rápido. Ou correm o risco de ficar sem verbas federais.
Uma das ações principais é implantar coleta seletiva e promover a reciclagem dos materiais. Mas, estou convencida disso, eles só vão se mexer se nós, cidadãos, estivermos conscientes e tivermos força para cobrar.
Daí vem o outro lado: as pessoas têm preguiça até de falar em separação de lixo. A maioria alega que “não adianta separar, se depois tudo será misturado pelos lixeiros”. Bom, mais ou menos.
Na maioria das cidades brasileiras existem catadores de recicláveis que podem passar na sua casa e recolher o lixo seco. Nas cidades médias e grandes existe ao menos uma cooperativa de recicladores que pode recolher o lixo de um condomínio ou de uma rua se os moradores prometerem separar. É só ter um pouco de vontade que o seu lixo reciclável vai parar no lugar certo.
Mas o que desmonta esse raciocínio do “não adianta, blábláblá” é a constatação de que nas prefeituras que implantaram a coleta seletiva -– como Vitória (vejam aqui neste site), tem havido, primeiro, dificuldade de engajar a população na separação do lixo, e, segundo, quem se engaja não sabe separar direito e acaba contaminando os materiais.
Em média, 30% do material que chega aos recicladores da Grande Vitória vem contaminado com lixo úmido e não pode ser reciclado.
Ou seja, como disse lá no começo do texto, falta informação!
Então, eu decidi contribuir não só separando o meu lixo (o que faço há cerca de cinco anos), mas também ajudando esse grupo a alavancar o assunto na imprensa e entre os cidadãos. Minha tarefa é escrever sobre a separação do lixo para que eles possam publicar no site, no facebook, e no twitter.
Finalmente, o meu pedido, direcionado aos comentaristas do blog da Lola que moram ou moraram em países que já fazem, rotineiramente, a separação do lixo. Gostaria que vocês contassem para mim como se adaptaram, quais as dificuldades que sentiram, o que aprenderam, etc. Com esse material, eu vou redigir alguns textos contando essas histórias. A ideia é ajudar os brasileiros a enxergarem que não é tão difícil como parece.
Por favor, enviem as histórias para o e-mail separeseulixo@gmail.com. Se preferirem ficar anônimos, é só falar que eu não coloco o nome de vocês.
A todos os outros comentaristas, peço que leiam o material nos sites que indiquei e mandem-me perguntas ou sugestões.

47 comentários:

Jac disse...

Cara, eu sinto tanta raiva de gente que não separa lixo. Aqui em Curitiba havia campanhas massivas para crianças aprenderem a separar lixo - é o básico da educação.

Mas, pelo que eu tenho percebido, a separação de lixo só é regra (e não excessão) em Curitiba.

Anyway, odeio também as expressões "lixo úmido" e "lixo seco" porque passam uma impressão errada sobre o que é lixo recliclável e orgânico. Por exemplo, um pedaço de papel higienico pode não estar úmido mas ainda assim continua sendo orgânico.

Lays, mãe e tudo o mais. disse...

Engraçado que minha mãe já falava de reciclagem e reutilização desde que eu era pequena, muito antes desse assunto virar "moda".

Aqui em casa separamos o lixo seco do úmido, colocando o seco em caixas de papelão que pegamos em mercados (e usamos pra carregar as compras). Potes de iogurte e caixas de suco são lavadas e secas, antes de ir para a reciclagem, para que não haja resíduo. Idem para embalagens de shampoo e outros produtos de higiene.

É questão de hábito, a partir do momento em que você internaliza isso na sua rotina, os procedimentos de separação e higienização das embalagens nem parecem tão trabalhosos. Quando as caixas estão cheias, entramos em contato com as cooperativas de reciclagem, que vêm buscar o material. O óleo de cozinha também é guardado em garrafas pet e levado para reuso.

Já o lixo orgânico é colocado em buracos no nosso quintal para compostagem. Nesse caso só entram restos de frutas, cascas, vegetais crus. De forma que o lixo que vai para a coleta comum é muito pouco e composto só de coisas que não dá mesmo para reaproveitar.

E o mais legal é que minha filha também incorporou esses hábitos, sem que fosse necessário fazer a cabeça dela. Apenas por exemplo, ela já aprendeu como se faz para separar o lixo.

Flavio Moreira disse...

Oi, Shirley.
Gostei muito do seu guest post. Não vivi fora, mas vivo na maior metrópole do país e, adivinhe? Nós não temos uma política séria de coleta seletiva. Ao contrário, a prefeitura (?) de São Paulo proibiu a doação de recicláveis a catadores (ver matéria aqui: http://www.mncr.org.br/box_2/blogsudeste/prefeitura-de-sao-paulo-proibe-doacao-de-reciclavel-a-catadores).
Estou me mudando para um novo apartamento e lá, felizmente, há separação de lixo em recicláveis e orgânicos (só essas duas, como você informa) e existe uma cooperativa que vai retirar o material para reciclagem. Mas é uma exceção.
Além de proibir a ação dos catadores, a prefeitura (me recuso a escrever com maiúscula até que ela mereça) não provê um serviço de coleta inteligente.
Mas estamos na luta e vamos cobrar dos candidatos suas posições em relação a este assunto.
Obrigado pelas indicações dos sites.
Abraços e sucesso!

Flavio Moreira disse...

Shirley,
No "Separe seu Lixo" tem a informação de que vidros planos e copos quebrados não são recicláveis e isso me parece estranho, porque em todos os lugares é dito que, exceto por espelhos, vidros são recicláveis. Tem como esclarecer essa dúvida para a gente?
Obrigado!

Anônimo disse...

Ricos Bbrasileiros têm Quarta Maior Fortuna do Mundo em Paraísos Fiscais
Rodrigo Pinto
BBC Brasil em Londres
22 de julho, 2012
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/07/120722_ricos_evasao_brasil_rp.shtml?s

Lord Anderson disse...

Olha, na minha cidade em teoria não deveria haver esse tipo de problema.

Temos coleta seletiva toda semana, recicladores, temos "cata-bagulho", que é o recolhimento de moveis, eletrodomesticos e outros itens velhos que não da para simplesmente jogar no lixo.


As ruas e praças contam com muitos, mas muitos mesmo, sexto de lixo com indicação do tipo de lixo ... enfim, o poder publico faz a sua parte.

Mesmo assim os espaços publicos ficam cheios de lixo.

Pq? pq tem pessoas parecem ter preguiça de andar meio metro pra jogar o seu lixo no lugar certo.

É um absurdo, mas as praças e outros lugares ficam com muito lixo em volta dos sextos.

E nem falo de lugares como shoppings, cinemas, etc, pq são ainda piores.

Campanhas não faltam, mas por algum motivo a maioria da populaçao parece não ligar.

é revoltante

Unknown disse...

Olha... Eu sou de Porto Alegre e lá desde sempre se separa o lixo. Acho que foi uma das primeiras cidades a implementar de forma séria a coleta seletiva. Nao lembro de quando nao separávamos. Faz muito tempo já. Depois fui morar no Rio de Janeiro e o zelador do edifício onde eu morava me desestimulou a separar o lixo porque ele mesmo misturava tudo no final, já que nao havia coleta seletiva. E além do mais, eu "estava produzindo mais lixo ainda separando em sacolinhas distintas...". Continuei separando mesmo assim porque nao sei fazer diferente. Agora moro na Argentina e vocês nao imaginam o caos! Nao sei como será em Buenos Aires ou em outras cidades grandes mas aqui no interior simplesmente ninguém tem a menor ideia do que significa "coleta seletiva de lixo". E a cidade que eu moro se diz ecológica...
Da parte da populaçao, seria só questao de hábito e entre todas as mudanças para um estilo de vida mais sustentável, esta é a mais fácil, acredito.

André disse...

Embalagens de sardinha, molho de tomate, iogurte, leite, etc. geralmente ficam um pouco engorduradas. Elas precisam ser lavadas com detergente e secas ou uma passada de água é suficiente?

Anônimo disse...

Eu moro nos EUA. Aqui temos dois containers para coleta de lixo. O de lixo pra valer a gente compra o container em qq loja mas tem de ser do tamanho padronizado pela prefeitura. O outro container, o de lixo reciclável, é fornecido pela prefeitura. De graça. A prefeitura envia todos os anos um pafleto sobre a coleta do lixo e do reciclável. Os moradores ficam informados de como separar o reciclável.

Eu lavo tudo que é possível ser lavado antes de jogar no lixo e antes de jogar no reciclável. Uma boa passada de água basta. Lata de sardinha eu deixo de molho na água com um pingo de sabao. Depois deixo lá secando antes de ir pro reciclável, mas nao faço estresse dessa atividade. Há um par de anos uma universitária passava coletando tudo o que ela podia do lixo reciclável, isso para ajudá-la nas despesas com a faculdade.

Bem, a coleta do lixo residencial nos EUA é feita uma vez por semana. E tem estado em que se o container com reciclável nao estiver lá ao lado do container de lixo, pasmem!!! o lixeiro nao faz a coleta do lixo!!! Como saco de lixo, eu uso os saquinhos plásticos de lojas, pois sao recicláveis, nos EUA. Todas as noites jogo meu saquinho de lixo bem fechado no container de lixo.

A coleta da minha vizinhança é feita toda 6a. feira, mas se houver um feriado na semana, a coleta é adiada por um dia; no caso, sábado. De praxe, o pessoal deixa o lixo lá fora na noite anterior. E esse é um dever do homem da casa. Se em alguma residência americana a mulher é quem leva o lixo lá na calçada, é pq 1. nao há homen na casa; 2. se há homem, o cara é um looser.

E se nao tiver marido na casa, mas tiver filho já de 10 anos o menino é quem cuida de levar o lixo lá fora.

Paula disse...

o povo é preguiçoso pq o lixo desaparece da frente deles. é só botar na sacolinha, na cesta da rua, no bueiro, no rio... sumiu!

mas isso é questão de hábito. eu mesma dei muito murro em ponta de faca até conseguir engajar meus pais nessa atividade. Pra se ter uma ideia, no início, eles juntavam tudo escondidos de mim :-O

B. de Campos disse...

Maravilhosa a diversidade de assuntos aqui no blog, Lola! Adorei o guest post!

Fernanda Mychelle disse...

Olá, eu moro na Holanda, um país minúsculo onde a reciclagem não só é importante como fundamental por conta da falta de espaço. Aqui não existem aterros e lixões, mas sim uma política de separação e reciclagem do lixo bem interessante que eu gostaria de comentar rapidamente.

Todas moradias possuem 2 tipos de lixeiras padrão já que o carro que recolhe o lixo em datas previamente marcadas é adaptado apenas à esses tipos de lixeiras. Elas possuem o número da residência o que daria um certo controle de quem está ou não separando o lixo. Uma tem a tampa azul e é destinada apenas à papéis. A outra é verde com duas divisórias: uma p lixo orgânico e a outra p demais lixos domésticos.

Garrafas pets e de cervejas são devolvidos nos supermercados onde podemos trocar por bônus que utilizamos para compras no próprio supermercado. Por exemplo, uma garrafa pet custa €0,25 e as garrafas de cervejas têm preços diferenciados.

Vidros também são depositados nos vários postos pela cidade, próximos à supermercados e nos bairros residenciais e são separado por cores. Baterias, cartuchos de impressora e pilhas também são recolhidos em vários postos, inclusive nas lojas que vendem esses produtos.

Sacolinhas de supermercados há tempos não existem e ninguém reclama, já existe uma certa consciência e alternativas p esses hábitos.

Esses são apenas alguns dos exemplos que vejo na rotina dos holandeses, mas tem outros que englobam desde construção civil, jardinagem, hospitais e que fazem da Holanda um dos exemplos o quesito cuidado com o meio ambiente.

Winry-Senpai-Sensei-Sama disse...

Lola, lola!

Sei que não tem nada a ver com o post, mas tu tens que fazer uma crítica àquele best-seller absurdamente machista "50 tons de cinza". Urgh, só de ler a sinopse já me dá nos nervos >/! Queria mesmo saber o que tu pensas a respeito \o/!

Abraços \o

Anônimo disse...

14 Janeiro 2010 Alemanizada
Você percebe, então que já está “alemanizada” quando . . .
. . . não acha mais esquisito encontrar cachorros nos restaurantes, bares, e transporte urbano, afinal, eles são “praticamente gente”,
. . . têm 5 tipos de lixos diferentes em casa: vidros (que ainda são separados em: verdes, marrons e brancos), papel, embalagens recicláveis, orgânico (que é realmente só restos de frutas, verduras) e o resto,
http://www.brasanha.com/search/label/Comportamento?updated-max=2010-03-03T15:59:00%2B01:00&max-results=20&start=18&by-date=false

Helena disse...

Lola!! No local onde eu trabalho há uma linda cartilha sobre separação do lixo, já fiz cursos sobre sustentabilidade, mas, na prática, a teoria é outra... Segundo a tal cartilha, deve-se ter saco verde pra uma coisa, saco azul pra outra, saco preto pra outra... Só que a realidade corrói... Por ser órgão público, compram os sacos plásticos mais baratos (geralmente pretos), o que inviabiliza a separação. Se eu não quiser que a casca da banana que eu comi se misture com o papel que pode ser reciclado, tenho que ir até o banheiro largar a casca (e, sim, eu faço isso). Mas faço minha parte em casa também: quando faço compras, acomodo tudo em caixa de papelão (não acho as ecobags muito práticas pra carregar) e uso essas mesmas caixas pra acomodar o lixo reciclável. E, sim, fico muito puta quando vou colocar o lixo e vejo que na lixeira do reciclável há sacolas com garrafas pet, jornais e cascas de frutas e legumes tudo misturado...

Anônimo disse...

eu simplesmente não me lembro de não separar o lixo. Tenho 21 anos e cresci com duas latas de lixo em casa... moro em Curitiba, aqui temos coleta seletiva que funciona até que bem e vejo uma boa adesão por parte das pessoas.

nina disse...

Aqui tem os catadores e agora um programa da prefeitura. Eles passam uma vez por semana recolhendo esse lixo seco. Mas mesmo assim, tanta gente nem faz isso...

Eu faço pouco, admito. Mas separo o lixo pelo menos nesses dois grupos há bastante tempo. Até facilita minha vida, na verdade...

Uso sacola retornável, não jogo lixo na rua, etc. Mas isso não é mais que minha obrigação. A gente fica falando muito no que o governo deve fazer, mas fazer o que está a nosso alcance que é bom, necas.

Anônimo disse...

45 Metas para o Mundo
http://www.youtube.com/watch?v=9PUs9eZ98Bs

Sara disse...

Shirley eu até entendo que existe urgencia em se resolver essa questão do lixo, mas acho tb que é bem complexa a solução.
Para se fazer a separação ideal do lixo, teriamos que ter espaço para lixeiras diferentes, tempo para preparar o material a ser descartado (lavando e separando).
Acho que poucos lares dispõem desse tempo e desse espaço em seu dia dia, alem do que é preciso muita educação do povo para realizar essa tarefa, a realidade é que as ruas são imundas de todo o tipo de sujeira, inclusive dos animais que as pessoas deixam na via publica.
Acredito q a solução a mais curto prazo seria com as cooperativas de catadores, acho que esses profissionais devem ser muito mais valorizados e protegidos por leis que lhes deem os mesmos direitos de outras categorias.

J.M. disse...

Admirável a ação. Meus parabéns.

Anônimo disse...

Querida Lola

Moro em Montreal.

Para fazer as compras no supermercado, levo 2 ou 3 sacolas de pano, o que já diminui a quantidade de lixo (saco plástico). Quem não tem, deve comprar o saquinho (5 centavos cada um). Quando saio para comprar roupas ou livros, levo sempre as minhas sacolas de pano.

Separo o lixo de papel, papelão, plástico, metal e vidro. É claro que lavo os potes que estão sujos antes de reciclar.

A prefeitura entregou à população lixeiras de cor verde, onde os moradores colocam o lixo reciclável, que é recolhido uma vez por semana. Desconheço a razão, mas o plástico identificado pelo número 6 dentro de um triângulo não é reciclável.

Reciclar é importante, mas pessoalmente acho que muita gente deveria fazer um 'esforço' e consumir menos, sobretudo nos países desenvolvidos. É óbvio que estou falando de quem tem condições financeiras de consumir.

As empresas, por sua vez, poderiam diminuir o tamanho das embalagens, que às vezes são mais volumosas do que o produto comprado.

Só 17 comentários até agora? Esse assunto não interessa muito os leitores do blog?

Abraços,

Liliane

Elle disse...

Eeee :) Fiquei super feliz com o post de hoje. Se eu puder contribuir mais vou ficar muito feliz.

Devo dizer que fiquei de cabelo em pé com esse negócio da proibição em SP da doação dos resíduos para os catadores.

Eu trabalho diretamente com os catadores e com as prefeituras aqui no Paraná e o que pouca gente sabe é que lixo é uma coisa que move quantidades vultuosas de dinheiro. Se um município não gere seus resíduos e simplesmente tem um lixão, é até mais fácil fazer projetos para reverter esse quadro. Mas se tem dedo da iniciativa privada, pode esquecer. SP é o exemplo máximo disso. Se os recicláveis forem doados para os catadores, como ficam as XYZ Ambientais Ltda.? Lixo é dinheiro. É contrato de coleta, contrato de tratamento, contrato de destinação.
E tudo isso é cobrado por tonelada, então quanto menos lixo for reciclado, melhor!


Em Curitiba, infelizmente vendemos bem o peixe da coleta seletiva e tal, mas na prática a coisa não é tão romântica. 96% da reciclagem só acontece por causa da coleta feita pelos catadores nos carrinhos! E a prefeitura não paga esse serviço que é prestado por essas pessoas. E pra acabar com tudo de vez querem colocar um incinerador, que é a coisa mais imbecil possível.

Pra manter a esperança: http://www.tibagi.pr.gov.br/site/modules/mastop_publish/?tac=Recicla_Tibagi&PHPSESSID=432b774af1a6b47e941b5247e0ae

Esperamos que os senhores prefeitos sigam esse exemplo. Nesse município, a expectativa de vida do aterro é superior a 70 anos! Numa área bem pequena.


Por fim, parabéns Lola por abrir esse espaço aqui e espero que novos post sobre meio ambiente apareçam por aqui.

Anônimo disse...

Oi pessoal,

Eu sou a shirley que escreveu esse pedido de ajuda.To super correndo, mas prometo responder às dúvidas ainda hoje. E já agradeço aos que colaboraram falando sobre como se comportam em relação ao lixo.

Lays, mãe e tudo o mais. disse...

Sara, tudo é questão de adaptação. Por exemplo, lavar um potinho de iogurte não leva mais do que um minuto. É só lavar logo depois de consumir o produto - coisa que sempre faço pra não deixar juntar formiga.

Espaço pra lixeira separada? Precisa de muito não, com caixa de papelão em um cantinho você já consegue fazer uma boa separação em lixo seco e úmido. E se você mora em prédio, pode levar a sugestão da separação para a reunião do condomínio...

Claro que a ação dos catadores precisa ser regularizada, mas é importante que assimilemos em nossos hábitos as ações que podem ser tomadas por nós mesmos. Se eu levo um saquinho na bolsa para não descartar lixo na rua, é uma pessoa a menos que polui. Se minha filha me vê fazendo isso e internaliza o hábito, são duas pessoas a menos que poluem.

Dizer que as pessoas não separam o lixo por falta de tempo e espaço é cair no que a Shirley comentou no post dela, arranjar desculpas para não modificar hábitos.

Ana Kate disse...

Adorei o post, sou de Vitória, reciclo há uns 20 anos, mesmo não havendo a coleta seletiva no meu bairro, pois penso que ao menos separando já ajudamos aos catadores. Vou ver o site separe seu lixo, parabéns pela iniciativa!

Flavio Moreira disse...

Oi, Sara.

Em relação à questão do tempo para cuidar do lixo, eu faço da seguinte forma:
Onde mais produzo lixo que pode ser reciclado é na cozinha - acho que é normal na maioria dos lares. Quando abro alguma embalagem que pode ser descartada na hora, já deixo-a separada em saquinho para isso. Com potes de vidro, quando eles esvaziam lavo-os imediatamente. Com embalagens, plásticas, a mesma coisa.
A gente tem que lavar a louça das refeições, certo? Então lavo essas embalagens (plásticos e vidros) junto e deixo no escorredor. Depois é só colocar nos sacos destinados à reciclagem. Como não há acúmulo, a não há perda de tempo.
Com as compras do mercado, a mesma coisa: quando a embalagem pode ser descartada imediatamente já vai direto para o lixo reciclável. O segredo é criar uma rotina que se encaixe no tempo que a gente tem.
Mas também não dá para ficar neurótico (rs). Às vezes eu deixo para fazer isso depois - principalmente se eu estiver cansado depois de um dia horrível no trabalho (rs).
No mais, concordo plenamente com o que você disse - educação, apoio governamental, inciativas, cooperativas, tudo isso é fundamental para que isso dê certo.
Aqui no trabalho não há política de separação de lixo - apenas os papéis (que são muitos) seguem para a reciclagem. Consumimos muitos copinhos plásticos, garrafas pet (água mineral gasosa em garrafas) e muitos colegas, por pressão do trabalho ou por preguiça, pedem comida por telefone - o que gera uma infinidade de embalagens de plástico, de isopor, que não vão para reciclagem pois são descartados no lixo comum, sem nem mesmo serem lavados. Uma tristeza...
Mas não devemos desistir, não. A gente ainda chega lá.

EneidaMelo disse...

Vi aqui algumas pessoas dizendo que lavam o lixo reciclável. Mas, uma vez li que essa ideia de lavar o lixo é equivocada, que não se deve gastar água lavando lixo. Afinal, qual é o certo?

André disse...

Concordo com a Liliane, mais que reciclar é preciso reduzir o consumo (será que os empresários ecologicamente corretos vão gostar disso). Por que não levar suas garrafinhas/potinhos de vidro para o supermercado e reabastecê-las com sucos, leites, iogurtes, molhos, etc. vendidos a granel? E pensar em alguma maneira de permitir que o mercado, a economia e o governo continuem existindo num ambiente de "recessão".

Unknown disse...

Oi pessoal,

É a Shirley de novo.

Primeiro, quero dizer que estou sem palavras para agradecer aos comentários e aos e-mails que me foram enviados.

Algumas respostas:

Jac – muito bom saber que em Curitiba a separação acontece. Eu tb achei estranho lixo seco e lixo úmido no começo, mas vi que é uma solução boa para os catadores/coletores/recicladores. E está dando certo. Então...cabe a nós tod@s aprender e ensinar o que deve ficar em cada lixo. Eu ainda tenho dúvidas e sempre pergunto a quem sabe mais quando preciso.

Lays – sua mãe é uma pessoa a frente do seu tempo. Ainda bem que temos algumas pessoas assim, né? Adorei a solução que vocês encontraram na sua casa. E você tocou no ponto fundamental: é questão de hábito, depois que incorpora na rotina da casa é como lavar a louça!


Flavio Moreira – é muito triste ver como SP anda pra trás cada vez mais...Esse tema deveria ser alardeado nesta eleição, né? Mas os jornais preferem falar da posição religiosa e do aborto, temas que nem deveriam ser foco de prefeituras. Quanto à questão dos vidros, eles são realmente recicláveis. No entanto, os recicladores pediram para que a população não coloque junto com o lixo seco porque eles provocam acidentes na hora da separação dos materiais. Estou vendo com o pessoal se tem uma forma de orientar a população sobre como descartar vidros.

Lord – acho que a educação para a questão do lixo é mesmo muito falha no Brasil. Mas, a gente tem que começar a mudar isso em algum momento e esse momento é propício. Mais pessoas estão tendo acesso à educação e ao consumo no Brasil. A nova geração que está se formando já pode crescer com novos hábitos. Eu sou otimista!

Luise – vc falou uma frase linda “Continuei separando mesmo assim porque não sei fazer diferente”. É o que eu falo sobre hábito. Uma vez que a gente adota um hábito, fica natural e rotineiro. Pena saber q a argentina está atrasada nessa questão...

André – já te responderam, né? É isso mesmo, precisa ser lavado pq se ficar resíduo vai dar mal cheiro e vai contaminar o restante do material.

Anônimo q mora nos EUA – obrigada pelo relato e pelas dicas. Agora, e esse machismo no “quem leva o lixo”? Ri alto! Há quantos anos mora nos EUA? Sentiu dificuldades em se adaptar?

Paula – parabéns pela persistência. Eu não consegui convencer minha mãe ainda...Mas, ela não mora comigo.

Fernanda – obrigada pelo relato. Eu vi um esquema semelhante na Noruega. Um dia chegaremos lá!!! Mas, queria saber: foi difícil se adaptar a essa rotina de separação?

Anônima Alemanizada – adorei a expressão. Posso usar? rsrsrsrsrs

Helena – essa ideia da caixa para recicláveis é realmente ótima. Vou incorporar.

Nina – onde vc mora?

Sara – o pessoal já te respondeu, né? As cooperativas de catadores são os principais motores dessa mudança. Temos que valorizar o trabalho deles e perceber que separar o lixo em casa não é nada quando se pensa em como estamos facilitando o trabalho deles. Eles ganham a vida com isso e, ao mesmo tempo, ajudam as nossas cidades a resolverem o problema do lixo.

Vale ressaltar que as prefeituras economizam muito quando implantam projetos de coleta seletiva, pois a quantidade de lixo que precisa ir para aterros diminui drasticamente. Eu estou tentando conseguir os dados com algumas prefeituras e assim que tiver vou fazer um texto sobre isso.

Já já continuo a responder...

Barb disse...

Moro nos EUA e ri muito do anônimo que diz que quem leva o lixo pra fora nesse país é o homem! Aqui em casa leva pra fora quem lembra primeiro e põe a lata do lixo pra dentro quem chega em casa primeiro. Não há "losers", não há machismo, não existe esse tipo de coisa além de divisão de tarefas. E vejo isso na minha vizinhança inteira, além de já ter visto em outros estados americanos em que morei!

Criar o hábito de reciclar não é difícil. Lixo orgânico vai no triturador de alimentos embutido no ralo da pia. Lixo reciclável vai numa sacola de papelão e o resto vai no lixo comum que mantenho em sacolas próprias (compradas) de lixo. Para mim a dificuldade maior foi aprender o que é reciclável e o que não é. Por exemplo, a minha cidade não recicla sacolas plásticas de nenhum tipo. Todo o lixo reciclável precisa ser colocado solto dentro do container azul que é levado para a rua no dia da coleta. Eu uso sacolas de papelão que vieram com as compras do mercado. Papel aluminio também nào é reciclado. Depois que eu gastei um pouco do meu tempo lendo sobre as instruções do sistema de reciclagem da minha cidade, ficou mais fácil. Hoje já é automático!

Anônimo disse...

Moro nos EUA e ri muito do anônimo que diz que quem leva o lixo pra fora nesse país é o homem! Aqui em casa leva pra fora quem lembra primeiro e põe a lata do lixo pra dentro quem chega em casa primeiro. 16:48

Ah sim, como vc disse, "aqui em casa", isto é "aí na sua casa". Continue rindo enqto isso os homens da minha vizinhança já começaram a levar o lixo lá fora, pois tomorrow é dia da coleta de lixo. E qdo os maridos voltam do serviço, tomorrow mesmo, eles trazem a lixeira pra dentro. Mas "aí na sua casa" é outra história. Continue rindo... divirta-se com a desordem da sua casa... quem se lembra... quem chega primeiro... ou seja: parece o governo brasileiro, eternamente uma desordem :(

Barb disse...

Eu ri da sua visão machista da divisão de tarefas generalizando um país inteiro. É um dever do homem americano levar o lixo pra fora? Sério mesmo? Jura que aquele que não levar o lixo para fora é considerado um loser? Tem certeza? Também ri da sua visão distorcida ao concluir que se uma mulher americana levar o lixo pra fora é porque (1) não há um homem em casa ou (2) o cara é um loser. Tá falando sério? Como eu conheço não só uma americana, mas VÁRIAS que fazem tais tarefas com maridos bem sucedidos, achei as suas colocações meio lunáticas e portanto interpretei como piada/ironia e ri. Talvez essa não seja a sua realidade, mas daí generalizar um país todo baseado na sua experiência? Forçou, né? E o que é que você conhece sobre a minha casa mesmo? A gente se conhece? Bom, posso afirmar que debaixo do "meu" teto não existe uma divisão de tarefas baseada em gênero. Existe uma ajuda mútua para manter tudo funcionando. Se eu chegar em casa primeiro, boto a lata do lixo para dentro sem o menor problema e isso não quer dizer que meu marido é um loser ou que a minha casa é desorganizada. Da mesma maneira que meu marido cozinha o jantar, lava a louça ou lava a roupa suja, conforme for preciso. E vice versa. Curiosamente há vários vizinhas (mulheres) que fazem o mesmo e seus maridos estão muito longe da sua definição de "loser". Fato que observei em diferentes estados que já morei, ou seja, a sua colocação inicial generalizada não é verdadeira e soa como piada. Só por isso que eu ri. E continuo rindo também da comparação da minha casa com o Brasil, hahaha... só rindo!

Anônimo disse...

Barb, eu também moro nos EUA e vejo que é muito difícil para os brasileiros aprenderem e se habituarem aos costumes estrangeiros, mesmo qdo os costumes superam em muito ao que esse pessoal estava acostumado no Brasil; too bad, bad bad bad. Eu sei que qdo se trata americano de boa educação e nível social, entre médicos, arquitetos, engenheiros, prefeito de capital, etc. eles se encarregam de levar e trazer o lixo e já passam a responsabilidae para o filho homem aos 10 ou 11 anos de idade.

E, Barb, talvez vc nao saiba, mas nem todo lugar permite o triturador da pia. Algumas cidades baniram e quem não tem já não consegue mais, a menos que encontre algum handyman que o faça por debaixo dos panos ou o próprio dono da casa o faça.
Leny

Barb disse...

Leny, não vejo nada demais em atribuir certas tarefas domésticas para filhos, maridos ou esposas. Acho até bem legal criar um senso de responsabilidade em crianças para contribuir nos serviços da casa e levar & trazer a lata do lixo me parece bem apropriado para a idade mencionada. E veja só, por causa dos nossos horários, quem geralmente coloca a lata do lixo para fora e para dentro é o meu marido. O que me fez rir nessa história toda é a automática conclusão de que se o marido não o faz, ele é um loser. Ou que se a mulher fizer, não há um homem na casa. Isso me dá vontade de rir porque não existe tal conexão direta e absoluta como o comentário inicial deu a entender.

Quanto aos trituradores, o estado em que moro permite e por isso eu uso. Também tive que aprender o que pode e o que não pode ser triturado para fazer de maneira correta. Já tinha ouvido falar que era ilegal em NY, mas o que acontecia na verdade era a proibição em apartamentos de prédios antigos. A tubulação mais velha não conseguia dar vazão e vários problemas de encanamento aconteciam. Fiquei curiosa ao escrever aqui e dei uma pesquisada. E sim, é permitido o uso residencial de trituradores em NY (http://tinyurl.com/cczmqqt).

Anônimo disse...

Barb, creio que o comentário se originou por parte de uma pessoa acostumada à classe média alta americana onde realmente certas tarefas ficam para o homem e esse lance do lixo é assim mesmo, responsabilidade masculina nesses lares, dentro do padrão família tradicional (marido e mulher). Minorias de baixo poder aquisitivo e pessoas de classe social mais baixo não se adequam a isso e se rebelam.

Fico com a impressão de que o primeiro comentário partiu de alguém que não convive com minorias e nem com bairros tipo como se diz no Brsil, povão. Mas não faça disso uma luta de foice... tome em conta que noblesse oblige.
God bless!

Anônimo disse...

Aprenda com os erros alheios. Você não viverá o tempo suficiente para cometer todos os erros por si só.
Eleanor Roosevelt

Unknown disse...

Oi pessoal,

Voltando às respostas:

J.M. – obrigada pela força! Acho que ainda é pouco, mas to tentando. Espero inspirar outras pessoas a fazer o mesmo. Quem sabe assim a geração do meu filho vai se comportar de outra forma em relação ao lixo.

Anônimo de Montreal – obrigada pela descrição. Sobre o esforço para consumir menos, concordo totalmente com você. Eu acho que quando a gente começa a separar o lixo logo percebe a questão do consumo. Se vc joga o lixo e não quer nem saber onde ele vai parar, vc não percebe que consumiu demais. Uma coisa está diretamente relacionada a outra. Isso lembra a questão da sacola de supermercado q ta causando um alvoroço em algumas cidades brasileiras. As pessoas querem a sacolinha pq as usam para colocar lixo. Como elas não pagam por essa sacolinha, acostumaram-se a usar muitas sacolinhas e produzir muito lixo sem pensar nas conseqüências. Agora, vão ter que mudar e estão resistindo a isso. Tb acho que a indústria deveria fazer um esforço com relação a reduzir o tamanho e o volume das embalagens. Acredito q algumas já estão fazendo.

Elle – muito obrigada pela participação. Vc tocou num ponto muito importante que é o lobby contra a reciclagem. Tira dinheiro de verdadeiras máfias, né? To começando a aprender sobre isso. Muitas prefeituras comprometidas mais com esse lobby do que com a população resistem a implantação da coleta por isso. Daí a importância dessa nova legislação. Se as prefeituras foram punidas por não fazer a coleta seletiva, elas vão ter q mudar de atitude!!!

Lays – perfeita a sua colocação!

Ana Kate – parabéns. Se precisar de ajuda entre em contato com a gente.

Flávio Moreira – eu faço mais ou menos como você. Depois que criamos a rotina fica bem fácil.

Eneida – tem que lavar o que está sujo para não contaminar o restante. Se vc fizer a lavagem desses materiais junto com a louça vc economiza água e detergente. Eu coloco tudo dentro da pia e vou lavando por etapas: primeiro copos (que em geral não tem gordura), depois talheres e pratos (que tem menos gordura) etc. No final, os materiais já estão quase limpos, pois foram pré-lavados enquanto eu estava lavando o restante.

André – acho que com o tempo, tanto a indústria como o governo vão gerando novas soluções. Mas, antes nós consumidores e cidadãos temos que pressionar para que eles façam isso. A mudança só vai ocorrer se as pessoas quiserem q haja mudança.

Barb – obrigada pela colaboração! Acho que cada cidade tem um modelo porque tem que atender às especificidades da região em relação ao que pode ser reciclado. Aqui, por exemplo, não conseguimos colocar isopor na lista de recicláveis pois não existe uma empresa de reciclagem que use esse material. Então não adianta separar porque não teria para onde destinar. O pessoal está trabalhando para tentar atrair reciclador deste material para a região.

Barb e Leny – Quanto a essa questão do machismo, acho que deve existir em algumas comunidades como a do anônimo. É incrível perceber como o machismo afeta tudo, né?

E Anônimo que falou dessa questão – eu acredito que realmente exista isso na sua comunidade e achei mesmo q vc estava sendo irônico ao tratar disso. Quer dizer, é um absurdo q em pleno século XXI ainda exista essa separação ridícula, né?

Finalmente, obrigada Lola por abrir esse espaço para eu colher informações. O resultado foi mais positivo do que eu esperava. Seu bloguinho é um sucesso de público e crítica!!!

Unknown disse...

Quer quiser falar mais sobre o assunto pode enviar e-mail para separeseulixo@gmail.com

muito obrigada
shirley

Mariangela disse...

Aqui em Barcelona,Espanha,existem conteineres separados para todos os tipos de lixo. Separamos plásticos,papéis,organicos,vidros,latas e tudo mais e levamos aos conteineres mais próximos de nossas casas.O caminhão da coleta seletiva passa e o lixeiro "engata" o conteiner para que seja esvaziado no caminhão.Detalhe: não é nenhum trabalho pesado, as engrenagens do caminhão fazem tudo. Acho deprimente no Brasil ver a figura do lixeiro correndo atrás do caminhão, o fim da picada de qualquer coisa...

Dária disse...

Eu lembro que aqui em Natal tinha coleta seletiva, e meu pai separa o lixo reciclável até hoje por causa disso, apesar de que nos últimos anos não têm passado mais e ele acaba misturando depois com o resto por que não tem para onde mandar =/
Quando funcionava, o que não era reciclável a gente deixava os sacos na calçada pro caminhão do lixo pegar; e o reciclável ficava dentro de casa, e o pessoal da coleta quando passava chamava de porta em porta, pra entregarmos direto a eles.

Barb disse...

Obrigada pelos seus 2 cents, anônimo 2:01. Acho interessante o fato de que eu observo semanalmente uma realidade que vai contra essa idéia tradicionalista dentro da classe média alta americana. Já observei em outros estados também. Talvez seja algo regional? Talvez o comentário inicial tenha sido baseado em um pensamento comum em uma região extremamente conservadora? Talvez isso seja um pensamento comum em adultos mais velhos, como nossos pais ou avós?

Vem então na minha cabeça uma lista longa de diversas famílias americanas formadas por casais nos seus mid-30s que são educados, escolaridade alta, filhos em escola particular, profissionais bem sucedidos, ótimos empregos, vivem bem financeiramente (longe das minorias de baixo poder aquisitivo e pessoas de classe social mais baixo) e que não se rebelam com a divisão de tarefas que passa muito longe do modelo tradicionalista citado aqui. Leia-se, mulheres dividem com os maridos a função de colocar o lixo para dentro e para fora sem nenhuma associação direta com a classe social (ou com gênero). Seria a mentalidade de uma nova geração? Entendo que muita gente se utiliza de generalizações ao basear suas idéias, só que generalizar é meio arriscado principalmente num país tão diversificado como os EUA.

Anônimo disse...

Barba, acho que vc conseguiu finalizar o bafafá sobre LIXO. Que tal abordar LUXO? O LUXO das mulheres cujos homens levam o lixo pra fora e trazem a lixeira pra dentro!
Lixo Luxo

Anônimo disse...

Sobre o lixo reciclável, tenho uma lixeira pequena, escondida na cozinha (e tenho outra lixeira menor debaixo da pia para o lixo lixo mesmo). Bem, ao final do dia, qdo vou levar o lixo pro container lá fora, me espanto com o reciclável, antes de jogar no container grande, alto, fundo, verde, com tampa. Vidro e lata de conserva; caixas de biscoito; e me ponho a pensar se realmente preciso consumir tudo aquilo e isso me ajuda a moderar no consumo de tudo, verdade seja dita. Passei a comprar de tudo em menor qtidad. compro menos potes plásticos pra guardar sobras e uso mais vidros vazios. E o tanto de papel !!!! a gente recebe tanta tranqueira pelo correio e isso que muita coisa já pedimos pra ser cancelada. Mas o volume de papel que se joga fora a cada semana é tremendo.

Como saco de lixo, uso os sacos plásticos do supermercado e das lojas em geral, PORÉM eu tenho 4 sacolas que levo comigo qdo vou de compras e somente qdo meu estoque de sacos plásticos se acabando é que trago as compras do supermercado em sacos plásticos.

Gostaria de observar que nos EUA tb é costume o homem cortar a grama... claro que mulher tb pode cortar a grama, mas o costume é que o homem o faça. E as mulheres reclamam NADICA... será isso assunto pra virar bafafá sobre diferença entre os gêneros?

Anônimo disse...

Vou contar para vocês um costume americanao entre os rapazes e que as moçoilas apreciam muito... é na volta da escola para casa, seja caminhando da escola para csa ou do ônibus para casa, o rapaz levar os livros da menina... minha nossa, isso é muito significativo entre os adolescentes e eu acho lindoooo. claro que no caso de gays ou lésbicas tb se aplica mas estamos falando de homem e mulher que se curtem, OK?

Anônimo disse...

A América (EUA) é um outro mundo, minha gente. Quarta-feira passada alguém chamou a polícia pq quem dirigia um carro num estacionamento o fazia de maneira errática. O policial chegou e o motorista é o filho de um senador. Hoje foi dada a sentença: o rapaz teve a carteira de motorista suspensa por três meses. Isso que ele nem chegou a causar acidente. Confessou que havia tomado 3 cervas e 3 doses de gin.

A gente viu na TV o rapaz trecentas vezes... o estacionamento... depois o rapaz diante do juiz, depois o pai do rapaz dizendo três ou quatro palavras diante das câmeras dando safisfa ao povo que o elegeu. O senador foi eleito pelo estado de Rhode Island.

Anônimo disse...

esse blog me alimenta em vários aspectos e todos positivamente

Anônimo disse...

caso do filho do senador foi na quarta-feira desta semana mesmo e, ontem, dois dias depois já foi dada a sentença.