quarta-feira, 18 de julho de 2012

GUEST POST: COSMÉTICOS, FUTILIDADES, JULGAMENTOS

Ísis, uma universitária e professora de inglês em Brasília, quis comentar um artigo publicado num jornal inglês sobre uma mulher, viciada em maquiagem e demais produtos de beleza, que ficou um mês sem se maquiar ou fazer as unhas. 
Quando eu leio essas coisas, eu penso: um mês?! Grande coisa. Que tal uma vida inteira? Certo, não sou padrão de comportamento feminino, nem mesmo de comportamento feminista (conheço muito mais feministas que usam maquiagem do que feministas, digamos, como eu. E, como não me canso de repetir, não me considero inferior ou superior a quem age diferente). 
Tem bastante coisa que discordo do guest post da Ísis. Mas eu a compreendo, porque já pensei parecido. Quando eu era jovem, ficava agoniada em sair com amig@s ou ir a suas casas e constatar que rapidamente dois grupos se formavam, homens e mulheres. E as conversas nos grupos de homens pareciam mais atraentes pra mim que falar de cabelo, blush, moda, dietas e bebês. Mas acho que resolvi isso escolhendo melhor os amig@s e evitando divisões. Nunca mais participei de papos "masculinos" ou "femininos". 
Mas uma coisa que concordo demais com a Ísis é que precisamos parar de ser tão duras com a nossa própria aparência e com a das outras. Pra quê ficar julgando mulheres? A mídia e nossas famílias já não fazem isso por nós? Por que participar do jogo do patriarcado, e competir entre nós como se o que mais importasse fosse a aparência física?
Eis o guest post da Ísis.

Achei interessante ler esse texto em que a mulher se submete a um mês sem nenhum cosmético que não seja relacionado à higiene, porque eu, como qualquer mulher, sofro de uma constante pressão social implícita para estar constantemente bem em relação a como aparento. Em algum momento entre a infância e adolescência, fui apresentada ao "maravilhoso" mundo dos cosméticos, e isso foi algo decisivo na minha vida, talvez pela minha ânsia de ser aceita, ou talvez pela curiosidade que eu tinha com esses produtos que todas as mulheres usavam e minhas amigas, logo cedo, também. Quando comecei a estudar mais o feminismo, uma coisa que me deixava um pouco atrás era sempre a questão da beleza, dos cosméticos e das maquiagens, porque acabei tendo pra mim a concepção disso como meio de expressão, e modo de me sentir melhor comigo mesma, porque nunca vi tais artifícios como maneiras de agradar ninguém que não fosse eu.
Mas acabo percebendo que na vontade de me sentir melhor em relação a mim mesma, entro também na tênue linha do que é a visão de nós mesmos através dos olhos do outro. A percepção alheia de quem somos acaba sendo fundamental na experiência de como nos vemos, e não estritamente aquilo que julgamos ser. No fundo no fundo, parece que estamos sempre numa correria para aparentarmos estar bem, mas quando chegamos em casa não ficamos maquiadas, com salto e bem arrumadas, perfumadas, porque parece que essa visão nossa através dos olhos admiradores alheios é o que importa, e claro que nos faz sentir bem, mas não deveria ser o único fator de aceitação e tampouco a única maneira de ser vista de forma positiva. 
Por que não incentivar os debates, as discussões e a troca de ideias como forma de aceitação e empatia com o outro, ao invés de a aparência em primeiro lugar? Digo isso porque sempre fui uma aluna participativa, e sempre gostei de saber mais e perguntar para os professores e os colegas os pontos de vista, o que achavam, tirar dúvidas, e não via isso da maioria das outras meninas da minha classe. Recentemente tenho debatido várias questões com amigas, a maioria via internet, e muitas vezes recebo comentários do tipo "não estou querendo brigar com você", ou "não sei tanto sobre o assunto" e sempre esquivas, porque parece que não somos estimuladas a esse tipo de coisa, como se fosse algo ruim e fora do universo delas, enquanto que em debates do mesmo tipo com homens, é sempre algo a ser acrescentado, analisado, e tudo levado numa boa, uma coisa natural e uma troca de ideias.
A maioria das mulheres que tenho como exemplo nem se atrevem a dar a opinião mais bem embasada e aprofundada em relação às coisas, é tudo superficialmente estudado, só para troca rápida de ideias, porque parece que o mais importante é debater a roupa que a outra está vestindo, o cara bonitão, o paquera da vez, criticar a maquiagem da fulana, as técnicas de alisamento da moda, ou a maquiagem da estação. Mas isso tudo cansa muito, Lola. Eu não queria ter que admitir pra mim mesma que a maioria das mulheres é muito chata pra se conversar, porque parecem que só sabem falar de assuntos como esses, e claro que são gostosos às vezes, mas isso cansa demais, parece que só temos isso a acrescentar pro mundo. 
Queria muito poder dizer que a maioria das mulheres se interessa em aprender e debater mais, e estimula seu intelecto com coisas além do universo a que estão acostumadas. O que mais me chocou no relato da mulher do texto, foi ela dizer que não se sentia mais ela mesma, que a falta de maquiagem não era libertadora, que ela sonhava com seus cosméticos, e que o pior era encarar o julgamento dos outros. Passo a me questionar em que, de fato, reside o núcleo do que somos: nos cosméticos ou no nosso cérebro? Nunca vi um homem que temesse não ser ele mesmo se não fizesse sua barba, ou não usasse um terno, sei lá.
Achei interessante que no final a autora do texto falou: "Com nossos julgamentos constantes entre nós, nós mulheres somos nossas piores inimigas. A busca da beleza é tanto uma felicidade como uma maldição. É uma expressão da sexualidade feminina e do gosto pessoal. E no entanto ela nos torna competitivas, fazendo com que gastemos nosso tempo e dinheiro. Ela é, de várias maneiras, um vício -- um a que entusiasticamente voltarei no momento que esta experiência terminar".
Não concordo que a busca da beleza seja uma expressão de nossa feminilidade e sexualidade, porque acho que ser mulher é muito mais que isso, e que para ser mulher não é necessário ser feminina, e não estamos presas a nossa sexualidade (ou ao menos não deveríamos estar), mas acho que é primordial que passemos a buscar maneiras de incentivarmos umas às outras coisas maiores que somente nossa aprência, e principalmente pararmos de julgar umas às outras baseadas nela, e isso desde pequenas, como fala-se nesse texto ("How to talk to little girls"). 
Uma pena que a autora da experiência tenha achado melhor voltar a como estava, entusiasticamente, do que criticar os motivos para se encontrar em tal posição frente a sociedade, ou de procurar saber por que muitas mulheres preferem nem pensar muito em relação a isso. Afinal, de que mais poderíamos ser constituídas senão do fantástico pó de arroz que habita nossa necessaire de maquiagem?

75 comentários:

Anônimo disse...

LoLa, outro dia uma brasileira me disse que maquiagem que ela pagou 15 dólares nos EUA, no Brasil ela vendeu por 75 dólares e eu fiquei abismada a que ponto chega a vaidade.

De um guest post da semana passada, visitei o post da moça, lá na Alemanha. Ela até dorme de maquiagem! Naun fica sem. Até que um dia olhou-se no espelho assim de supetao, estava sem maquiagem e se achou bonita! Bonita mesmo! Pelo que entendi, ela se liberou e agora sai na boa a passeio sem maquiagem. Ela é uma mulher feliz e bem amada que mora com o namorado.

Mirella disse...

Tenho dois exemplos de mulheres que não vivem - não vivem, sério - sem maquiagem.
Uma moça trabalha comigo, é absurdamente competente, dedicada, responsável, ética. Pois bem, se ela chega sem maquiagem, sempre tem alguém para comentar:
"aconteceu alguma coisa?"
"você está bem?"
"tá com uma carinha de doente".
Juro pelo que me é mais sagrado: há pessoas que acham que a menina está DOENTE só porque não passou maquiagem 7h da manhã. Alguém me explica como uns pós na cara fazem de alguém saudável? Ou melhor: parecer saudável. Se estiver doente mesmo, dane-se: bota uma maquiagem pra esconder. Ninguém é obrigado a ficar olhando para essa sua cara de doente. Vai que parece que você é um ser humano.
O outro exemplo é minha amiga que divido apê. E cansei de ver as incontáveis vezes em que ela passou maquiagem para ir ao supermercado. Só para isto. Ela tem espinhas no rosto e enche de reboco (digo isso com amor e pesar no coração) para disfarçar. Só eu acho contraproducente você aplicar camadas e camadas de química e cosmético numa região infeccionada?
Fico horrorizada com o que vejo. Confesso que tenho vários tipos de maquiagem, todos ocupando espaço na gaveta. Apenas preciso permitir que a preguiça de me maquiar chegue à preguiça de consumir.

Augusto disse...

Acho errada a imposição de maquiagem a mulheres e a difamação a homens que a usam. Não é parte do papel feminista julgar esses detalhes, mas sim criticar as imposições criadas na sociedade que emanam sexismo e diferenças entre os sexos. Discutir beleza é tão relativo, alguns e algumas preferem estar maquiados, outros sem. Não acho que seja eficaz julgar quem usa ou quem não usa, não acho que maquiagem seja um mal, seja um negócio a ser combatido. Vemos isso a partir da época em que alguns homens passaram a utilizar maquiagem ora como cuidado pessoal, ora como trabalho artístico. Incentivar maquiagem para ambos os sexos, para pessoas diferentes, produtos para cabelos diferentes e para visuais diversificados é um importante passo para diminuir o racismo, o sexismo e a homofobia vigente na sociedade.

Li S. Nascimento disse...

Concordo com as críticas da Lola ao texto.

Eu não sou do tipo de pessoa que não sai para a rua sem maquiagem.

No dia a dia, os cuidados se resumem a filtro solar e pó compacto. Mas, uso maquiagem quando quero, quando vou a algum evento, balada, festa, enfim. E gosto. Gosto muito.

Da mesma forma que existem tecnologias que me proporcionam o prazer da criação do chocolate ao leite, a criação do filtro solar que me permite usufruir do sol com menos riscos de adoecer a pele... existem técnicas e tecnologias que me ajudam as destacar partes de mim que eu adoro, como a boca e os olhos, por exemplo. É quase um ritual de adoração e oferenda a mim mesma, a toda poderosa Lilian. O meu quarto é um verdadeiro altar.

Uma cama macia, almofadas fofinhas, cobertores deliciosos, livros e DVDS que amo, meu Computador querido, meus perfumes, batons, hidratantes prediletos, enfim.

Adoro-me e me rego de oferendas e presentes.

E também adoro a minha sexualidade, eu não me resumo a ela, mas, ela é parte integrante de mim, o tempo todo.

Assim como as minhas demais características são partes de um todo que me completa e que me torna quem eu sou. Com todo o orgulho que tenho disso:

De ser quem eu sou, de pertencer ao sexo a que pertenço e de considerar isso uma dádiva pela qual merecemos lutar todos os dias para ser respeitada como realmente deve ser.

Pili disse...

Uma experiencia tao vaga pode levar à muitas conclusoes. Gostar ou detestar essa mudança na rotina, querer adotá-la ou voltar correndo pra rotina velha, entre outras. Comigo o resultado da experiencia foi justamente questionar a proposta e concluir que, infelizmente, é hiper vaga e subjetiva.
O que é cosmético e o que é produto de higiene?
Batom é cosmético? Mas é importante pra proteger os lábios do frio, mesmo que sejam coloridos e não específicos pra isso. No kit das militares que fazem exercicio de sobrevivencia na selva ele está lá, do ladinho do facão e pouquíssimos outros objetos. (ou, pelo menos era assim a dez anos atrás quando procurei saber)
Pasta de dente é produto de higiene? Mas o mercado inventa centenas de fórmulas e embalagens diferentes sem nenhuma real utilidade pra higiene bucal. Essa quantidade estratosférica de opções serve apenas pra por mais ou menos luxo nas casas de pessoas com mais ou menos poder de consumo.
Mas e em lugares de economia arrasada, ou que não produzem pasta de dente, como faz? E antes de inventarem a pasta de dente, como faziam?
Muitas populaçoes do Brasil tinham conhecimentos e hábitos de asseio, sabiam exatamente que ervas e que tipo de areia usar, e como usar àgua em jatos pra garantir a saúde da boca, dentes, gengivas, garganta... (índio também lixa as unhas, penteia os cabelos, se pinta, etc)
Será que usar essas ervas é um luxo, um cosmético? Com certeza era pro europeu que desembarcou vivo depois de meses economizando água pra beber numa viagem longa e nojenta.
Na europa essas ervas e comportamentos também nao eram comuns. E só tinha o luxo de escovar os dentes quem estava numa família abastada suficiente pra ter uma escova de crina de cavalo ou outros pelos de animais. Imagino que devia haver pintores iradíssimos achando um desperdício usar material que faz pincel pra ficar limpando o dente da nobreza.
Quando os dentes dos europeus apodreciam, eles caiam. simples assim. e quem tivesse dinheiro mandava por pérolas no lugar (a imagem fica bem estranha. mas era a vaidade da época).
Pra um árabe atravessando o deserto fazer a barba pode ser um luxo tão, mas tão vaidoso, que se usa até de coação religiosa pras pessoas não gastarem água com essa prática. Pra um brasileiro hoje em dia pode ser essencial pra sua higiene. se vc estiver numa prisão, numa creche, numa fazenda ou em muitos outros ambientes em que se esteja exposto à parasitas será lavando, penteando e as vezes cortando fora os fios que se livra de piolhos, pulgas, chato, e sujeiras em geral.
É, eu disse fios, isso inclui cabelo. Tem gente que prefere raspar, o que pode ser uma vaidade como também pode ser um sinal de marginalidade, de pobreza. E pode ser uma simples prática de higiene. Tal qual, pentear, trançar, cobrir, manusear minuciosamente de tempos em tempos...
E aí, secador de cabelo é um luxo? Não se o cabelo molhado for congelar ou te dar uma pneumonia.
Enfim, essa distinção entre os produtos necessarios de higiene e os cosméticos dispensáveis não é nada universal.
Existe gente que vive sem band-aid, pasme, sem removedor de maquiagem (impensável pra mim!!!) e existe gente que pode passar fio dental todos os dias mas esquece ou tem preguiça. Pedicure não é um luxo, pode ser algo muito essencial pra quem cuida ou previne joanete, entre outras coisas. Pode ser até recomendação médica!! E fralda não é essencial, tem muita gente que usa outros métodos de higiene.
Enfim, cada um é que sabe das suas necessidades e das suas vontades.
Da próxima vez que um chato que nao sabe nada da sua vida vier te convencer de que as suas escolhas são desnecessárias ou superfulas mande uma banana!
Pelo menos na minha vida banana é indispensável ;)

Li S. Nascimento disse...

Pili!! Adoreeei seu comentário! Excelente!!
Céus!! Como adoro tudo nesse blog! hahahahaha

B. de Campos disse...

Lola, esse post devia ser amplamente divulgado! Esse trecho a respeito do julgamento para com outras mulheres é o que vejo todo dia, toda hora e desde sempre! Seja na rua, na internet, até em família!...

Esse texto é o passo inicial para quebrar essa programação mental e começar a pensar por si mesmo, repensar as próprias atitudes e agir com mais tolerância, mais humanidade e menos cobranças. Muita gente precisa ler isso :)

Anônimo disse...

se alguém se dispusesse a traduzir o "how to talk to little girls" seria bem legal!

Lud disse...

Ah, assunto palpitante. Eu adorava maquiagem. Fiz a experiência de ficar sem, achei libertador e nunca mais voltei. De vez em quando passo batom para ir a uma festa, e é isso.

Mas não foi só: eu larguei a maquiagem durante todo um processo de praticar meu feminismo. E, PRA MIM, gastar dinheiro, tempo e esforço pra "melhorar" a minha cara parou de ser importante. Rolou toda uma aceitação pessoal. A minha cara é essa, com olheiras e sardas, e se as pessoas não me acham mais "bela", uai, problema delas. Eu tô bem.

Essa é a minha experiência. Como a Lola, não me acho melhor nem pior do que quem usa cosméticos (até porque já usei, muito). Mas acho que cabe o questionamento, né? Porque questionamento cabe em tudo.
Infelizmente, o dinheiro e o tempo das pessoas são limitados. Como você gasta os seus? É importante ser/estar bonita? Por que? Para quem? O que você ganha (ou perde) com isso? Se um dia seu cabelo cair todo, ou sua pele manchar inteira, você vai não vai querer mais viver? Ou você é muito mais do que a sua aparência?

Não precisa responder pra mim. É só para pensar, mesmo.

Marina disse...

Huun..sei não..acho q a Isis tem que achar outras mulheres pra conversar!

Lays, mãe e tudo o mais. disse...

Não gosto de imposições e padrões,tanto de um lado como de um outro. Eu gosto de usar maquiagem, gosto de fazer a maquiagem, mas nos dias em que não estou a fim de me maquiar, quero ter liberdade para isso.

Da mesma maneira, quero ter liberdade para me maquiar quando eu estiver a fim, só isso. Essa história do tem-que, não-tem-que, tem-que-sim, tem-que-não me incomoda muito, porque não importa o discurso, o cenário é o mesmo: imposição de padrões para serem seguidos.

Joana disse...

Cara, eu acho td válido qd é feito para nos sentirmos melhor com nós mesmos! O problema é q já perdi a noção do q é ideia minha e do q veio da sociedade por imposição da mídia ou de propagandas... Isso td começa desde mto cedo, a gente tem sempre ideias formadas a partir da opinião dos outros, impossível não se deixar influenciar! O negócio é pra fazer bem pra si mesmo? Então q seja! Contanto q não faça mal a ninguém a sua volta, tá valendo!

Lu disse...

Como o Augusto disse aí em cima, o problema não é a maquiagem em si, ela pode ser usada como forma de expressão por qualquer um... O problema é a imposição do uso da maquiagem às mulheres e a desqualificação de homens que usam. As pessoas deviam ter a liberdade de usar ou de não usar a maquiagem como bem entenderem sem serem julgados ou mal vistos por isso...

Mas teve uma coisa que eu não gostei no post, mas nem um pouco... Eu não gostei do texto porque ela fala que a maior parte das mulheres não quer discutir assuntos mais profundos, foge de conversas que não sejam cabelo/maquiagem/unha... Não gostei da generalização, me senti meio ofendida. A maior parte das minhas amigas não é assim, uma boa parte das minhas colegas de faculdade não são assim, minha mãe não é assim, quase todas as minhas primas não são assim. Ao mesmo tempo, eu conheço vários homens que fogem da raia quando o assunto fica mais complexo que futebol. Conheço tanto mulheres fúteis quanto homens fúteis. E conheço tanto mulheres "com conteúdo" quanto homens "com conteúdo".

Realmente não gostei de generalização sobre "mulheres que fogem ao debate". Aliás, falando em escola, eu estudava numa turma que tinha um grupo de alunas que era ótimo... Todas eram super interessadas e gostavam de discutir sobre tudo. Em compensação, a maior parte dos meninos só falava bobagens e não tinha a menor condição de debater algo de interessante. A exceção eram 4 meninos que inclusive sentavam comigo no fundão para discutir filosofia. E não foi porque eu tive essa experiência que eu generalizo e digo que a maioria dos homens fogem ao debate sério. Enfim.

Denise disse...

Acho valido o questionamento, mas ao mesmo tempo acho que devemos questionar essa pressão para a mulher deixar de apreciar, usar, ter atitudes, etc, que são tradicionalmente femininas. O objetivo na minha opinião, não é deixar de gostar etc disso, mas é ser respeitada independementemente se adotamos valores tradicionalmente masculinos ou femininos. O preocupante para mim tem sido essa pressão para deixarmos os valores tradicionais femininos como se eles fossem ruins. Não são. O erro é desconsiderar os valores tradicionalmente femininos em prol dos tradicionamente masculinos. Um exemplo é dar mais valor a mulher que trabalha fora de casa, é competitiva, agressiva (e sim, chamo o homem de agressivo também), workholic, bem sucedida nos negócios, etc. do que à mulher que cuida de casa e dos filhos, trabalha com causas sociais, artesanato etc etc. Vejo isso demais e detesto.
Temos que dar o mesmo valor aos dois tipos de valores. Ninguém é menos por ser feminina e mais por ser masculina.

Carolina disse...

Acredito também que seja uma questão de escolher melhor as amizades ao invés de generalizar o conjunto das mulheres como fúteis. E ainda tem mais, conheço muitas mulheres que falam sobre política, economia e sobre o mundo com muito domínio, mas vez ou outra gostam de trocar dicas sobre produtos pra cabelo, um batom novo e nenhuma delas se sente escrava da maquiagem ou dos cosméticos, os usam uma vez ou outra, conhecem, tem preferências, mas nem por isso precisam rechaçar totalmente qualquer coisa relacionada para serem mulheres interessantes. Então eu não acho que precise haver essa distinção entre "mulher que gosta de maquiagem" e "mulher que tem um papo legal", não precisa ser assim mesmo. As pessoas são tão variadas em seus gostos e experiências que julgá-las assim é extremamente superficial.

Então reitero que é mesmo uma questão de melhor escolha de amizades, procure pessoas (independentemente se homens ou mulheres) com quem você goste de conversar.

Maria Luiza disse...

Acho que a questão da maquiagem não faz ninguém mais ou menos feminista, mas eu acho que as pessoas deveriam saber o porque de estarem se maquiando. Mas isso envolve todas as questões, de pq estamos comendo isso, pq nos vestimos assim, pq assistimos isso, pq achamos isso bonito e aquilo feio. O que não pode faltar são os questionamentos. A maioria das mulheres acha que se maquia pq gosta, pq se sente bem. Mas será que elas se perguntam pq se sentem bem se maquiando? Quem definiu que mulher com maquiagem é bonita e sem maquiagem é relaxada? Será que esse bem estar causado por estar de maquiagem não tem a ver com a aceitação melhor da sociedade, que acha que o certo é a mulher estar sempre bem vestida e bem maquiada? Pq é quase que uma obrigação nossa nos mostrarmos sempre impecáveis, como bibelôs, bonecas para o deleite masculino. E tb, por conta dessa falsa rixa que as mulheres tem umas com as outras e que necessariamente eu preciso estar mais bonita que a minha colega.

Gostei do comentário da Pili. Excelente.

Anônimo disse...

Acho que já comentei aqui no blog que a maquiagem na minha vida teve o significado contrário - pra mim foi libertador PODER usar maquiagem. Vim de uma família conservadora, grande parte da minha vida vivi cercada de conservadores, machistas e (falsos) moralistas. Pra essa gente "boas meninas de família" (=ter personalidade de uma batata cozida), nao usavam maquiagem, nao fazia absolutamete nada que "chamasse a atencao" - tinham que "invisíveis"!
Usar maquiagem e esmaltes foi uma forma de protesto. Até hoje, apesar de nao viver mais nesse meio, ainda encaro o ato de passar batom e máscara nos olhos um ritual de libertacao!
Em muitos países dominados por teocracias, as mulheres usam maquiagem como forma de protesto, como forma de controlarem pelo menos um aspecto de suas vidas e de seus corpos.
Porém, se usar maquiagem se tornou uma ferramente de opressao e você se sente aprisionada ou diminuída por isso - nao use! Abandone tudo o que te faz sentir "menos".
Reitero o que a Lola disse - devemos parar com os julgamentos. Devemos deixar de sermos tao duras com nós mesmas e com as outras!

Aninha

Anônimo disse...

vocês viram isso? é muita idiotice:

http://www.arcauniversal.com/comportamento/reflexao/noticias/homem-de-deus-quanto-a-idade-e-a-raca--------13420.html

Elaine Cris disse...

Acho que na nossa sociedade existe o estereótipo do papo de homem e do papo de mulher.
Homens falando sobre futebol, mulheres e contando vantagens, um tentando parecer melhor que o outro. E mulheres falando sobre maquiagem, dieta, filhos, como foi citado.
Pra mim os dois tipos de papos são muito chatos e engessados.
Acho que no fim das contas é o tipo de papo que acaba definindo com quem a gente vai ter uma amizade mais chegada e quem vai ser simplesmente um colega ou amiga de quem a gente até goste, mas não ache tanta graça em sair junto e conversar.
Gosto de maquiagem, compro com alguma frequência, mas não consigo gostar de maquiagem como assunto. Acho que uma conversa que se resumisse a trocar dicas de maquiagem não me seguraria por trinta segundos.

Mas acho que no fim das contas, em algum momento, todos falam sobre futilidades. O que não gosto na nossa sociedade, é a ideia de que tudo o que disseram que é "feminino" é fútil, e tudo o que disseram que é "masculino" não é.
Pra mim, por exemplo, falar de futebol é tão fútil quanto falar de novela. Não muda a vida de ninguém, é apenas um entretenimento, mas como ainda existe esse pensamento que novela é coisa de mulher e futebol é coisa de homem, automaticamente novela se torna futilidade e idiotice enquanto futebol é algo sério, importante.

Mirella disse...

Denise,

fiquei encucada com algumas coisas que colocou.
Por exemplo, o que são valores tradicionais?
"Ninguém é menos por ser feminina e mais por ser masculina."
Para você, o que torna alguém mais "feminina" ou mais "masculina"? Você acredita que existam coisas de homem e coisas de mulher?
Vou além: existe algo que uma mulher faça que a torne menos mulher?
O que são os valores tradicionalmente femininos? Quem os determinou? A quem eles servem? O que há de bom neles para que não sejam (ou pior, não possam ser!) contestados?
Sou bem incipiente na área, mas venho entendendo a luta do feminismo como justamente o fim do "coisa de homem" e "coisa de mulher".
É como disseram acima: não tem problema nenhum usar maquiagem, cuidar dos filhos ou da casa, mas é interessante que se questione o motivo. Será que é porque você gosta ou porque foi ensinada a acreditar que é assim que tem de ser?

Anônimo disse...

Dar tanto peso a essa questão dos cosméticos não seria reconhecer seu poder? Quando eu estava na universidade, um professor costumava dizer que era importante a gente criticar outros pesquisadores, mas isso apenas dava mais força para eles. O fundamental mesmo era colocar nossas ideias, sem precisar passar pelo momento de negar o outro. Acho que isso vale, de algum modo, para o tema em questão. Por que precisamos, nós, feministas (não sei se já sou um feminista, mas espero ser em breve), constantemente passar pela negação da maquiagem, de certos filmes, certos discursos? Ao lado dessa tarefa crítica, acho eu, está caindo de maduro a tarefa propositiva: dizer o que somos, o que fazemos, como fazemos, ao invés de dizer o que não somos, o que não queremos, o que não dizemos, o que não usamos, o que não... etc. É só algo que me ocorreu. Perdoem certa improvisação. (Jeferson Brian)

Anônimo disse...

Nota 10 ao Anônimo 15:40 sob Jeferson Brian.

Esse aqui é o blog que mais nos dá o que pensar entre os blogs da blogosfera brasileira. Não digo que outros não nos deem o que pensar; apenas digo que esse é o que MAIS. Quer concordemos ou discordemos da autora, é um blog para se tomar em conta. Chego a pensar que eu poderia escrever um livro unicamente das ponderaçoes e posiçoes que tomo em decorrência da leitura de cada post. E como disse Lêdo Ivo (escritor alagoano pra se tomar em conta), o que faz um livro bom livro não é a tiragem vendida.

---Em outra onda, acho que poderia ser eliminado o til de palavras como "ponderaçoes" e "posiçoes", afinal qual a diferença na pronúncia se eliminarmos o til (no caso, plural)?

Carol M disse...

Gostei muito dos comentários da Mihh e da Lud.
Td vai depender do contexto em que a pessoa vive. A mesmíssima atitude é obediência a opressão pra uma e libertação pra outra.

Ser proibida de usar maquiagem é uma droga, ser escrava da maquiagem idem.

Pessoalmente acho maluquice usar todo dia qq coisa além de filtro solar. Entope os poros e acaba fazendo mais mal que bem a pele.

Anônimo disse...

"La mujer que yo quiero" permiso, Lolita; pero oferezco a La Mamacita... y vos, gordita rica, no te pongas zelosa, cosa de Zelo, uno de los dioses griegos.
http://www.youtube.com/watch?v=cu06b0YWiRs&feature=related

Anônimo disse...

E a última foi que há um par de meses rolou na mídia americana um papo acusando filtro solar de causar câncer e foi o mó auê com a chegada do Summer... era médico dando entrevista, era dermatologista (medico tb) dando entrevista, uma fuzarca! Do mesmo modo que o assunto veio ao ar, se evaporou,nada se solidificou. E a venda de filtro solar continua... eu mesma uso do estoque que tenho desde ano passado e dou a mínima pra data de vencimento por um par de mesess apenas.

Morg. disse...

Maquiagem e cabelo. Conheço mulheres que acordam duas , tres horas antes do trabalho pra dar tempo de fazer a escova e a chapinha...

Carlos disse...

Problema das mulheres sem maquiagem, é que geralmente tem um rosto sem vida.

Levando em consideração que o dinheiro é o que nos mantem, homens ganham mais dinheiro com cérebro e mulheres com a aparência. Homens com boa aparência e mulheres "inteligentes" ganham dinheiro bem limitado.

Morg. disse...

Só uso maquiagem quando vou ha uma festa ou sábado a noite. Maquiagem pra mim é como salto alto ou vestido de paetê, feito pra ser usado em algumas ocasiões apenas.

Não tenho paciência pra maquiagem TODO santo dia...

Mirella disse...

Olha só uma notícia para quem diz que as mulheres não fazem trabalhos tipicamente masculinos:

http://f5.folha.uol.com.br/humanos/1122036-empresa-nos-eua-contrata-mulheres-para-cortar-grama-de-biquini.shtml

Ops, mas elas tem de cortar grama de... biquíni?

Anônimo disse...

Lola
http://www.youtube.com/watch?v=caR0Cgn76vs&feature=related

Sara disse...

Enxergo o mundo de uma maneira radicalmente diferente de vc Isis, não vejo as mulheres como futeis preocupadas apenas com sua aparencia, as melhores conversas que tive sempre foram com minhas amigas, ainda que a maior parte delas pense bem diferente de mim. Não para lhe fazer oposição, mas acho justamente que os homens são mais aborrecidos e repetitivos que as mulheres, e na verdade é dificil aparecer algum que me chame atenção pela inteligencia ou outra qualidade, mas não impossível, pois isso ja aconteceu varias vezes, e ja conheci alguns homens com quem tive imenso prazer apenas em conversar com eles rrssss.
Nunca fui obsecada com minha aparencia muito menos com a dos outros, mas gosto de me cuidar, e só me sinto atraida pelo menos sexualmente por quem igualmente se cuida.
Não acho que ter uma aparencia bonita faça ninguem ser pior ou melhor como pessoa, mas é minha opção e por eu gostar de me relacionar com homens como eu, não enxergo isso como um fardo que o machismo me traz.

Anônimo disse...

Uma dia minha dizia sobre maquiagem: "Se é bonita, não precisa. Se é feia, não adianta.".

Sigo a risca esse comentário e coloco filtro e batom só por proteção.
E quem pergunta/critica minha falta de maquiagem, repito o dito da minha tia e dou de ombros.

Sofia disse...

Eu acho que cosméticos tem seu lado bom, que vai além da vaidade, e seu lado ruim. Eu uso vários creminhos, todos orientados por minha dermatologista. Se eles vão me fazer ficar mais bonita, mais jovem, mais feliz? Duvido. Mas eles deixam a minha pele menos oleosa, com menos cravos, e, como pra tirar sebo a gente tem que ressecar, tem os que salvam e hidratam a pele pra que não fique repuxando. Claro que eu fico mais bonita com estes cuidados, mas melhor que isso, eu fico confortável, o que não me sentia antes quando produzia óleo em excesso em algumas áreas, criava espinhas (que doem e incham) ou cravos (que são nojentos), enquanto outras partes do meu rosto ficavam ressecadas.
É ótimo também, no inverno, passar um óleo de banho, depois hidratar o corpo, assim a pele não racha nas zonas em que é mais seca e grossa (como cotovelos), nem coça onde é mais fina e descama (pernas e braços).
Então eu acho que quando alguém levanta uma bandeira contra os cosméticos, está ignorando o bem estar que eles trazem, e que não tem nada a ver com beleza, e sim com conforto. Eu gasto em cosméticos porque me sinto mais confortável usando-os do que sem eles.
E não pensem que, por isso, sou uma mulher produzida, eu nem costumo usar maquiagem no dia-a-dia, e mesmo quando saio, normalmente um rímel e um batom me bastam...

Anônimo disse...

Acredito que o ponto chave da discussão seja a imposição. Cosméticos não são vilões, mas a reflexão quanto ao seu uso é importante.
Digo isso porque a imposição do uso (ou não uso, como uma comentarista disse anteriormente) é subjetiva, a gente não percebe facilmente como imposição.
O uso quase obrigatório do photoshop em qualquer revista ou publicidade e aquelas comparações de antes/depois das celebridades são prova viva disso.
Tudo bem que as imagens antes/depois nos mostram que mesmo as celebridades mais lindas tem seus defeitos, são normais, mas a mensagem passada acaba sendo: "ande sempre maquiada para evitar críticas e gozações".

Anônimo disse...

. . . Da próxima vez que um chato que nao sabe nada da sua vida vier te convencer de que as suas escolhas são desnecessárias ou superfulas mande uma banana!
Pelo menos na minha vida banana é indispensável ;)
18 de julho de 2012 12:06

O comentário acima está ótimo. E para Cármen Miranda tanto banana quanto maquiagem eram indispensáveis. Eu prefiro chocolate :)

Anônimo disse...

pra quem curte produtos para o cuidado da beleza por um precinho legal:

1. Máscara para o rosto poderá ser Beptobismol ou Leite de Magnésia. Espalhe um ou outro no rosto, deixe secar, espere 10 minutos e remova com água fria.

2. Disfarçar olheiras poderá ser com pomada para hemorróida ou com a pomada Hirudoid.

3. Hidratar o cabelo ressecado? Uma boa melecada con maionese en toda a melena, deixar por uns 30 minutos, lavar a melena com seu xampu de praxe e na última enxaguada usar una mezcla de água com vinagre.

4. Lavar o cabelo no dia a dia poderá ser somente con creme rinse dispensando o xampu.

5. Creme Hidratante para o rosto poderá ser qq creme antiassaduras para bebê.

Entre os ciganos é comum os homens terem o cabelo comprido pelo meio das costas pra baixo, por vezes até a cintura e a masculinidade nao é questionada de modo algum (quem curte flamenco --música e dança--sabe disso). Maquiagem sempre foi usada desde sabe Deus quando. E tlvez nem Deus talvez o saiba... ao certo.. rs... O estilo e quantidade de maquiagem aplicada pode variar de cultura para cultura, de atividade profissional para atividade profissional.

Elaine Cris disse...

Estava lendo uma matéria sobre mulheres jogando rúgbi e pensando em como algumas mulheres pegam esse discurso de que a maior preocupação de toda a mulher é a aparência física e conseguem levar isso para todos os assuntos.
Na matéria, as jogadoras falam sobre a reação das famílias, o que sentem quando estão jogando, as dificuldades.
A jornalista que escreveu a matéria, por outro lado, parece preocupada somente com a aparência das jogadoras, como o esporte pode deixar o corpo delas mais bonitos e ainda insinua que alguém possa vir a se interessar pelo jogo só pela chance de ficar perto do time masculino.
Cada um na sua, mas concordo com a autora do guest post quando ela fala de mulheres que levam todos os assuntos pra esse lado. É muito chato.

Elaine Cris disse...

Esqueci de colocar o link: http://f5.folha.uol.com.br/humanos/1120464-por-corpao-mulheres-se-jogam-na-lama-do-rugbi.shtml

Fabiane disse...

Devo acrescentar que minha opinião a respeito da mulheres em geral era parecida com a da menina do texto. Aí, surgiu a internet. Obrigada, internet.

Luna disse...

Maquiagem é dinheiro jogado fora, pra mim. Porque eu de vez em quando acho que deveria usar. E compro. E não uso. E fica lá jogado.

Não uso por dois fatores. Preguiça de levantar mais cedo só pra isso. E não saber como usar. Tenho medo de ficar parecendo uma palhaça. Ou alguém está permanentemente comemorando festas juninas. Um horror.

Mas acho bonito, queria saber "me pintar" direito. Para quando eu estivesse a fim de usar maquiagem, saber como fazer. Porém, tenho preguiça até de aprender isso. Um caso perdido. :P

A única coisa que sei fazer são as minhas unhas. Adoro pintar as unhas! Dá menos trabalho, porque não é todo o dia.

Anônimo disse...

- Mi niña Lola -
http://www.youtube.com/watch?v=fLnTpdcZLSM&feature=related

(y si vos ponés a llorar, está bien por que la canción es por demás comoviente)

Anônimo disse...

"La Magdalena"
ay que tios divinos en sus detalles... oferezco a todos los mascús que por acá se aportán jejejejeje
http://www.youtube.com/watch?v=-VfNKsbxhfo&feature=related

Clarinha disse...

Não sei se vocês assistiram ao filme Detachment (não sei o título em português) com o ator Adrian Brody. Ele é professor substituto e em algum momento do filme ele discute os conceitos ligados a obiquitous-assimilation que, segundo é discutido no filme entre a personagem dele e os alunos, é assimilar, absorver o tempo todo. Ele segue com a discussão e diz que fazemos isso (acreditamos, absorvemos) verdades opostas que nos são oferecidas o tempo todo. Ele exemplifica dizendo que acreditamos que é preciso ser bonito para ser feliz, é preciso fazer cirurgia para ser bonito, etc e que, muitas vezes ser bonito e ser feliz, por exemplo, são verdades opostas e não é verdade que é preciso ser bonito pra ser feliz. Você não vai ser necessariamente feliz se for bonito. Sabemos disso, mas acreditamos mesmo assim. É um filme muito bom que desperta várias reflexões. Recomendo.

Anônimo disse...

a blogueira e maquiadora tia Paola Gavazzi é muito divertida na sua forma de passar dicas de maquiagem... leia o bafón
http://www.truquesdemaquiagem.com.br/

FMata disse...

Uma amiga minha me falou que entre vocês mulheres falar que a outra é inteligente é tipo uma maneira velada de chamá-la de feia ou menos bonita que você.

Lembrei disso quando a Lola disse que não suportava as "conversas de meninas". Devem ser papos cheios de veneno, falsidade e futilidade mesmo.

jonas_cg disse...

Também detesto qualquer tipo de imposição...e por falar nisso, sou homem e passo corretivo, pó e brilho labial. Gosto de jeito que fica. E não dispenso um hidratante e um óleo rs

Anônimo disse...

Nada contra quem se maquia e eu mesmo o faço as vezes mas acredito que a pior ditadura que tem é a da beleza... Não to dizendo que é ruim se cuidar o problema é o culto a beleza, onde tudo que é diferente é feio, nojento e tabu, a menina não se depilar é feio, a menina ta gorda que horror...
..."e sobre indio se pintar, que mané isso quer dizer?"
... que se existem em outras culturas é lei geral? Na minha opinião esse pensamento é só comodismo e não uma lei universal que te defende...

Julia disse...

Explica pra ela que as mulheres foram criadas pra viver nesse cercadinho cabelo-maquiagem-bebês, Lola, peloamordedeus.
Eu acho maquiagem uma coisa até artística, adoro rímel! E base pra disfarçar as espinhas é uma mão na roda, principalmente na adolescência. Se os meninos não fossem chamados de viado por usar, não perderiam essa chance.

Anônimo disse...

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/07/indiano-e-detido-por-instalar-cadeado-na-vagina-de-sua-esposa.html

Anônimo disse...

Bom dia Lola

Sofia, também sou dessas, uso cremes por necessidade mesmo, minha pele resseca e descama se não passar, no corpo, e no rosto, é mto oleosa. Nos lábios obrigatorio, pq ressecam tbém ainda mais no frio

Gosto de maquiagem mas não uso todo dia por falta de tempo e preguiça de usar, só em festa etc

Lana

André disse...

O que eu vejo nos ambientes que frequento é que o uso do batom é muito difundido, mas outros tipos de maquiagem são pouco utilizados, tanto que chamam a atenção quando a mulher está usando. Geralmente as atendentes de lojas franquiadas são as que mais se maquiam. Cremes anti-qualquer coisa contam como maquiagem?

Cah disse...

Nada a ver com o post, mas tudo a ver...
Eu não sou muito ligada em esportes, então nem sou muito interada nos assuntos olímpicos e tal, mas acabei chegando na reportagem: http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/redacao/2012/06/27/sul-africana-supera-duvida-de-sexualidade-falta-de-dinheiro-para-tentar-ouro-olimpico-em-londres.htm
E fiquei boquiaberta. A criatura se mata de trabalhar o corpo e a mente pra superar as adversidades e ganhar um ouro, ser a melhor no esporte dela, e por conseguir desempenhos excelentes já se duvida da sexualidade, é questionado o fato de mulher e só por superar as expectativas?
Ah má vá....!!!!

Lyzze disse...

Tive uma experiência horrível como vendedora por quatro meses. Havia três anos que eu não usava maquiagem, e um que não depilava as pernas. Ficavam o tempo todo zoando comigo por minhas escolhas. Eu nunca levei a sério, não me importava pois eu me sentia bem, mas um dia realmente me pressionaram e me maquiaram. Eu chorei tanto! Foi como ter quebrado uma coisa linda de dentro de mim. Eu queria passar a mão no rosto e não podia. Sentia minha pele derretendo com o calor e a base. A partir daquele dia, toda vez que me pediam pra me maquiar ou pôr brinco e colar, eu colocava as cores mais absurdas e os acessórios mais fora de moda. Até que enfim me livrei daquele sufoco. Todos os meus familiares tentam me convencer a usar, minha mãe de vez em quando "esquece" um batom aqui em casa, mas já fiquei tão firme na ideia que ninguém se importa mais.
Quero ver como vou fazer no casamento do meu irmão: cara lavada e vestido curto com pernas peludas de fora! Hehehe.

Lyzze disse...

Problema das mulheres sem maquiagem, é que geralmente tem um rosto sem vida.

Levando em consideração que o dinheiro é o que nos mantem, homens ganham mais dinheiro com cérebro e mulheres com a aparência. Homens com boa aparência e mulheres "inteligentes" ganham dinheiro bem limitado.



Carlos, não entendi as aspas do inteligentes. :)

Rosto sem vida? Pff. Com maquiagens somos bonecas sem expressão natural. Fazer sobrancelha, modelar o formato do rosto, reavivar a pele... Isso é ter vida pra ti?

Quanto mais as mulheres pararem de ceder a maquiagem, salto alto, depilação, escova, e pararem de julgar umas as outras, mais a sociedade vai girar pro outro lado e começar a valorizar o que elas são capazes de fazer, e não de parecer. Não adianta se estagnar e falar "é assim que a sociedade é", porque nem sempre foi, e o que muda ela são as pessoas.
Sei que se você lê a Lola, está disposto à mudanças de pensamento, então leia e deguste isso.
Abraço.

Anônimo disse...

Lola, gostaria de te pedir um post sobre formas de empoderamento da mulher.

Alice

Anônimo disse...

Falácia dizer que homens ganham mais dinheiro com inteligência e mulher com beleza. Homens ganham mais dinheiro e ponto. Isso porque mulheres são criadas para depender de homens ou, hoje, são criadas para trabalhar fora, mas para casar com homens que ganham mais que elas. A virada da mulher no mundo só se dará quando essa educação mudar e as mulheres ganharem dinheiro tanto quanto os homens. No mais, a dona do Magazine Luiza ganha dinheiro com inteligência e o Rodrigo Santoro com beleza - adivinha quem ganha mais?

Alice

Bruna B. disse...

Não uso maquiagem, já comentei isso em outros posts... Mas, no final de semana passado compareci a um casamento (como madrinha) e tive que ir a um salão de beleza para fazer maquiagem, arrumar o cabelo, etc, porque a noiva marcou um horário para mim e praticamente implorou para que eu fosse.
Eu não pisava num ambiente daqueles há 3 anos (antes eu ia cortar o cabelo, agora corto em casa) e querem saber? Detestei.
Foi um sacrifício ficar lá por mais de uma hora, imóvel. Além disso, senti que a maquiadora queria me bater porque eu não deixei ela passar delineador preto na linha interna do meu olho (aquilo é tortura, gente)... hahahahahha
Enfim, saí de lá me sentindo MUITO desconfortável (também tive que usar um sapato de salto alto, ARGH), com uma puta vontade de coçar o olho, uma vontade maior ainda de soltar os cabelos (que estavam presos num coque) e com o rosto pinicando por causa daquele pó que ela passou em mim.
Maldita imposição social! Da próxima vez vou mandar a educação às favas e recusar o convite (ou vou avisar desde cedo que a madrinha aqui irá de calça jeans, tênis e cara limpa, hahah).

Bruna B. disse...

O Carlos é um mascu que adora repetir que 'as coisas são assim, engulam isso e calem a boca'.
Basta ignorá-lo que ele volta pros sites 'búfalo viril', 'leitão na brasa', 'mascus na rede', 'mulheres são feias, bobas, chatas', etc.

Roxy Carmichael disse...

pois é bruna,
tb sou a favor de ignorar
mas assim, seria legal se a denise entendesse (se é que já não entende) que o comentário dela sobre "coisas tradicionalmente masculinas" versus "coisas tradicionalmente femininas" é muito parecido ao comentário mascu do carlos.

Roxy Carmichael disse...

denise,
vamos supor que existem práticas que são desempenhadas tradicionalmente por homens e práticas que são desempenhadas tradicionalmente por mulheres. partindo dessa mesma suposição, fazer sexo com o maior número de mulheres seria uma prática masculina e ter relações exclusivas preferencialmente com o pai dos filhos seria uma prática feminina (a mulher dedicada à casa e aos filhos). assim sendo, se uma mulher decidisse adotar práticas masculinas e fazer sexo com inúmeros parceiros seria celebrada de acordo com seu raciocínio que sugeriu que mulheres com características supostamente masculinas são mais valorizadas. por que então a mulher sexualmente ativa e que não esconde isso é chamada de pelo menos 10 nomes que estão bem distantes, mas bem distantes mesmo de ser elogio? eu não sei em que país você vive, mas aqui no brasil, uma mulher acima dos 35 anos que não tem filhos e se dedica ao trabalho é vista como uma alienígena.

Anônimo disse...

lolinha, amore, queria falar sobre o que vc disse antes do guest post.

no meu último namoro, fui a uma festinha com o ex na casa de um amigo dele. vários casais. eu estudei russo por uns anos. e tinha um cara que tinha voltado da rússia havia pouco tempo. e eu dei aula de foto na universidade. pois bem. eu tava lá, super empolgada conversando com ele, falando das fotos dele, da rússia, de câmeras... qdo o ex chega pra mim e fala:"vc podia ficar um pouco com as mulheres pq vc é a única mulher aqui. tá ficando feio". fiquei sem saber o que fazer, mas, na hora, eu até fui. os papos começaram. prisão de ventre, cólica, bebês. como não tenho nenhum dos 3, fiquei olhando aquilo, achando a coisa mais bizarra do universo. eu olhava aquilo sem saber se era triste, se era pra rir ou o quê.

lola, ando tão desanimada de relacionamentos. sério mesmo. acabo de ficar com um cara e o fulano já reclama que tentou me ligar e o celular tava desligado. isso pq nem é namorado! pensa namorando! sabe, é tanto controle! aí meu próprio ginecologista de mais e 10 anos vira e fala que homem não gosta de mulher durinha, tem que ser macia e suave. dica: músculos ficam sob a pele. mas o que me intriga é que as pessoas (não só homens)acham que mulher tá na academia só pra pegar macho e que um comentário desses me faria ficar menos forte.

aí falam daquela mulher lá do senado que teve um vídeo íntimo espalhado... "ela não se valoriza". "é puta". foi uma malhação do judas. cara, se ela é puta, assunto dela. não conheço a mulher, mas tudo que estão falando dela é nojento. a constituição não reprime nossa sexualidade, mas reprime exposição de intimidade alheia. e todo mundo acha certo que ela seja avacalhada como tem sido. repito: não conheço, não sei da vida dela. mas me incomoda o que tem sido dito pq acaba atingindo todas as mulheres mesmo que indiretamente.

homens adoram mulheres que gostam de sexo. mas só se não forem a própria mulher. por definição, puta seria quem trepa com muitos homens. até por questões de lógica, teria que ter mais homens do que a própria puta. por que esses homens não "se valorizam"?

fala sério. tá tudo errado.

ando numa angústia que dá até tristeza ser mulher.

Bruna B. disse...

Roxy Carmichael


Assino embaixo.
É triste ver uma mulher com um discurso tão machista quanto o da Denise, mas sei que é possível fazê-la repensar, fazê-la enxergar o quanto esse tipo de pensamento é nocivo para uma mulher. Eu mesma, que hoje sou feminista ferrenha, já fui conivente com o machismo e reproduzi comportamentos que hoje condeno.
Com a Denise até vale a pena debater, mas com mascus como o Carlos é pura perda de tempo. Ele comenta no blog há muito tempo e tudo o que faz é arrotar misoginia.

Anônimo disse...

acho que uma resposta possível pro seu ginecologista é: 'é você que não gosta de mulher durinha, não os homens no geral. agora, eu não estou aqui pra agradar nem a você nem aos homens no geral. tchau que eu vou procurar outro ginecologista.' já passou da hora da gente enfrentar essas coisas. hoje mandei um cara tomar no cu no meio da rua - tenho feito isso, já comprei briga porque tem cara que acha desaforo mulher se impor, ms tenho me sentido melhor, sabe. é tão bom não calar! quanto mais reajo, mais tenho vontade de reagir e mais força crio. :)

Alice

Anônimo disse...

alice, te confesso que não é que eu ande exatamente passiva. mas ando cansada. tem horas que me questiono se a errada não sou eu. sério, nem quero mais ter nenhum relacionamento mais fixo pq sempre aparece a ponta de machismo. sempre.

acho que minha única resposta tem sido continuar sendo como eu sou. ouvi a vida toda que se eu continuasse -------- (insira aqui atividade, vestimenta, cor da pele, textura de cabelo, uso de óculos, uso de aparelho, nível de estudos, idnependência), eu nunca teria namorado. a verdade é que, pra sexo, até tá cheio atrás de mim (como eu nunca apareço namorando, muito cara me vê ou como desafio ou como mulher que dá pra qualquer um e aí eles tentam só sexo - não que eu não goste de sexo pelo sexo, mas já vi que os caras param de me respeitar). mas gente que me entenda e com quem eu tenha tesão de conversar, tá difícil.

eu acho que ando fragilizada. não consegui nem ler o post de estupro coletivo aqui. então minha única forma de "protesto" tem sido minha resistência e fé no que eu sou e gosto de ser. mas ando com medo de botar o pé pra fora de casa e ter que lidar com machismo. me sinto afogando no meio de tanta coisa...

Erres Errantes disse...

Ísis, existem mulheres e mulheres. Nunca perdi tempo conversando com minhas amigas sobre futilidades. Existem mulheres inteligentes e interessantes, assim com como tamb´me existem outras mulheres que são fúteis e rasas. O mesmo acontece com os homens.

Anônimo disse...

depois da resposta da anônima, peço mais uma vez um artigo sobre formas de empoderar as mulheres.

anônima: veja isso aí de desânimo, porque pode ser apenas um desequilíbrio químico, ou só cansaço físico, mas como vivemos procurando sentido nas coisas, uma hora a gente acha. ;) quanto a estar com machistas, bem, vamos estar mesmo (em alguma medida tbm somos machistas, já que não podemos escapar ao nosso tempo), o grande lance é conhecer caras que topem discutir, estejam abertos.

beijos e boa sorte.

Alice

Anônimo disse...

Pra desânimo e cansaço físico eu gostaria de fazer um alerta e falo seriamente.^

Eu vivia numa irritaçao tremenda, esgotamento físico a nao poder mais até que uma amiga comentando comigo sobre suplementos vitamínicos me disse que duas ou três vezes ao ano ela toma remédio contra giardia (verme), pois ela é portadora e nao há cura e os sintomas sao terríveis no desânimo, cansaço, fadiga, e por aí vai... resolvi tomar tb pois me lembrei de que criança meus pais me levavam ao médico todo ano pra tomar um purgante horrível pois eu tinha giardia... olha, tomei esses medicamentos modernos que pode ser indicado e orientado por algum bom farmacêutico e nem lhes conto como minha disposiçao física e mental melhorou visivelmente. Giardia nao tem cura e pode ser transmitida da forma mais banal, inclusive muita gente a contrai através do cachorrinho de estimaçao.

Anônimo disse...

ees Errantes 18:10
Saibai que o mundo tá cheio de mulher inteligente e interessante que fala somente banalidade pq nao aprendeu a desenvolver a inteligência e se interessa somente por mediocridade. E como assim sao interessantes? Se interessam por aquilo que metade dos seres humanos se interessam e metade dos seres humanos sao medíocres e banais, ou até mais da metade. Os cárceres estao lotados de caras inteligentes que nao tiveram a inteligência desenvolvida para o positivo. O mundo tá cheio de mulher inteligente derrubada pq nao aprendeu a usar a inteligência a seu favor e de inteligentes passaram a manipuladas pelos inteligentes de mau caráter que as manipulam.
yntely

Anônimo disse...

hahaha, gente, fala sério! eu falei em desânimo não em sentido físico! desânimo de ir conhecendo alguém e perceber o machismo ali. cansaço disso. quem pega o peso que eu pego na academia não pode nem passar perto de doenças. fora isso, faço check ups rotineiros com endócrino, ginecologista, nutrólogo e estou super bem de saúde física, obrigada pela preocupação de todos.

Anônimo disse...

Anon 21:57
pois bem, bom saber que és fisicamente saudável acima da média e fique grata pelo seu comentário ter gerado outros bons comentários, mesmo fugindo ao cerne de seu problema desanimado.

Katy disse...

Lendo o guest post lembrei do que meu namorado me falou um dia desses: tu é tão linda e nem se arruma tanto. Claro que tu se maquia, pinta as unhas e tal, mas bem básico; não é como as outras mulheres que passam um tempão se arrumando. Tu é quase um homem!
Hahahah... eu dei risada e expliquei: me sinto bem comigo mesma e não tenho muita paciência pra ficar me embelezando demais... é só o básico mesmo!

Karla Shimene disse...

No meu ponto de vista, os homens tem tantos assuntos fúteis quanto as mulheres.

Até parece q homens são mto cultos mesmo .. que não são fúteis .. q só conversam assuntos interessantes...
Se mulheres só falam de maquiagem, roupas e bebês .. Homens só falam sobre mulheres, futebol e cerveja...
Ele desdenham tanto das mulheres, mas acaba q o assunto preferido somos nós .. e digo isso pois já saí com amigos em bar e tals .. e realmente as olhadelas e os papinhos são sempre esses.. é um saco tanto qto falar em maquiagem .. Blablabla gostosa ... blablabla que isso.. nossa ..
Cansativo .. insosso .. hj tá difícil conversar sobre algo útil, ter um papo descontraído e engraçado ..

Meu marido "sofre" um certo preconceito, já que ele nunca gostou de "elogiar" as mulheres enquanto está com os amigos dele.
Eles olham, comentam (viu o peitão .. nossa q bunda gostosa..etc) e falam pro meu marido, e aí? Vc viu ..
Só que como meu marido n comenta nada .. dá risada e diz .. vcs n prestam ou algo assim, chegaram a dizer q ele n gosta da fruta.
Meu marido, decide me respeitar e respeitar tbm as outras mulheres .. e por isso ele é considerado "frutinha" ...
O ET da história é quem faz o q eh coerente ... muito estranho isso, né?
Pera aí, se vc começa um relacionamento o certo n seria vc respeitar a pessoa q vc diz q ama?
Não é vc ter empatia e se colocar no lugar dela? Esses machinhos gostariam q as namoradas ficassem "elogiando" os homens q elas veem, dizendo.. nossa q homem, q tesão .. blablabla

Se é pra ser filho da puta e sair mexendo e cobiçando outros .. pra que casar? pra que querer um relacionamento a dois? Qual o sentido disso? Isso é legal de conversar?

Acho q algumas mulheres acabam se rebaixando e colocando os homens num pedestal, como se tudo o q eles fizessem fosse muito útil.

Anônimo disse...

Como vc só faz posts boms lola? serio de onde tira tanto talento? A minha opinião sobre maquiagem, depilação e etc é , se vc gosta fassa, se não gosta não fassa! só pesso sinceridade comigo e vc mesma, não fasa nada pra agradar ninguém, sempre se questione afinal seu corpo é so seu... vou dar um exemplo... tenho uma grande amiga que tinha esquecido de descolorir um pedaço dos pelos dos braços... ai a irmã dela disse " giovana,vc esqueceu de descolorir a parte de tras dos pelos do seu braço,ta muito faio" ai eu disse "beleza é so uma mentira que é usada pra manipular as pessoas e perpetuar o controle da mídia! giovana,beleza não existe oque importa e que vc seja feliz" que acha lola?

ass arthur nerd e fan da lola

Luiza disse...

Concordo com algumas coisas e discordo de muitas outras...
Para começar, não acho que seja lá bem verdade que homem não sofra a pressão da estética imposta. Obviamente não sofre como a mulher, mas certamente não escapa ileso.
Mas, principalmente, acho muito estranho rotular as conversas de mulheres como "falar de cabelo, blush, moda, dietas e bebês", ou pior: dizer que mulheres têm um embasamento raso das coisas apenas para uma "troca rápida de ideias", já que o importante para elas é "debater a roupa que a outra está vestindo, o cara bonitão, o paquera da vez, criticar a maquiagem da fulana, as técnicas de alisamento da moda, ou a maquiagem da estação"...
Eu sou mulher, odeio esse tipo de papo e não tenho lá uma grande dificuldade em encontrar mulheres com as quais tenho longas conversas interessantíssimas (e não, nunca sobre a cor da unha da mocinha da novela). E a maior parte das minhas amigas sequer lê ou se interessa pelo feminismo (e digo isso antes que apareça alguém dizendo que temos outros assuntos, que não "moda, dieta e bebês", por sermos feministas... até porque, seria de um grande machismo dizer que só mulheres feministas têm assuntos que não sejam tititi estético e dicas sobre a prole).

Ao mesmo tempo em que concordo que a mídia e a sociedade cobram demais e julgam o não-uso de maquiagem (bem como cobram que pessoas gordas queiram emagrecer, bem como julgam a mulher que não tem vergonha em assumir seu cabelo crespo, e por aí vai), não acredito que tenhamos de “endemonizar” cada pote de blush que virmos pela frente.
Maquiagem não é o algoz da mulher. Assim como decotes e saias justas também não são. Se aquela serve para evidenciar "qualidades" ou disfarçar "defeitos", estas também pode ter essa função.
Se formos optar por ver qualquer instrumento de vaidade estética como o fruto de toda opressão impingidas às mulheres, tenho a sensação de que abriremos portas para um radicalismo um tanto inconsistente e cheio de incoerências. Acabaremos fazendo o mesmo que criticamos: julgando e cobrando mulheres que optam por usar maquiagem e produtos cosméticos. E dá-le intolerância.
Acho que o foco do debate está um pouco deturpado. A questão não é o uso ou não de maquiagens. A questão não é mulher precisar ou não de maquiagem, porque acredito que isso deveria ser não mais do que uma questão de critério e de gosto pessoal. Apesar disso, concordo que seja tênue a linha do que é "a visão de nós mesmos através dos olhos do outro".
Mas também não sei decifrar bem até onde isso é um "problema". E será que é mesmo um problema?
Querer prestígio, gostar de elogios não são novidades do mundo moderno. Não é um "mal" apenas da nossa sociedade, nem, muito menos, exclusividade das mulheres. No meu ver, o problema começa quando o desejo de ser elogiado, de ser admirado, passa a ser "necessidade de aprovação".
Como geramos essa necessidade? Por que permitimos e consumimos o que nos é imposto? Como passamos a entender a beleza como um único padrão, quando se pode ter muitos? Por que nos atinge tanto não se enquadrar num padrão que nós mesmos ajudamos a construir? Acho que esses, sim, seriam bons caminhos para um debate. Já a cruzada contra a maquiagem... mais maquia o cerne do problema do expõe a verdadeiras face do, aí sim, problema.

Magalli Sampaio disse...

Lolinha, você está enganada, você é, sim um padrão de comportamento feminino pra mim, desde o dia em que o feminismo passou a ser uma forma de liberdade na minha vida. Mas tenho que confessar que fica difícil viver numa sociedade em que as mulheres não procuram liberar suas mentes, que ficam presas às discussões clichés moda-maquiagem-dieta. É um saco! Há quase 3 meses não uso maquiagem, nem tenho vontade de usar (eu era uma viciada), me sinto muito mais livre assim, também não faço mas as unhas e me sinto muito mais bonita assim. Porque eu sei que beleza vem de dentro, sinto que irradio essa beleza. Recentemente tive uma experiência mega desagradável por conta disso. Passei a ceia de Natal na casa do meu namorado, e lá estavam conhecidas e parentes da família deles. Fiquei impressionada como essas mulheres se maquiaram e se arrumaram para ir para uma casa que elas vão quase sempre e sem esses artifícios. Fiquei sem entender pra que tanta "produção" para aquela noite. Pior era as conversas, sempre os mesmos clichés. Consequentemente, não consegui interagir com nenhuma delas, sem querer ser melhor que ninguém, mas não troquei nenhuma palavra, com nenhuma delas, essa ideia me parecia algo impossível! Acho que conversaria por mais de 5 minutos com qualquer homem lá presente, mas com nenhuma daquelas mulheres eu faria isso sem me entediar ou ter que me retirar do local. Mas é isso aí, não é por isso que vou me intimidar, pelo contrário, vou continuar saindo por aí com a minha "cara de pau lavada". :)