quinta-feira, 30 de abril de 2020

A SOCIALITE QUE INFECTOU 80 PESSOAS NO URUGUAI

Fiquem com o ótimo texto de Patrícia Garcia, jornalista brasileira que vive em Montevidéu. Eu não sabia do caso da socialite responsável por espalhar a pandemia no Uruguai!

Nos últimos meses, o mundo tem adotado uma palavrinha que nos era muito distante e pouco familiar: pandemia. E, a não ser que você seja o Átila Iamarino (beijos, muso) ou algum outro especialista em infectologia, posso afirmar que você foi pego de surpresa por essa nova inclusão em seu vocabulário. O que talvez não seja surpreendente é que, como em qualquer outro momento de instabilidade, cada país desenvolva ou aplique seus próprios mecanismos para conter os danos causados por uma crise sanitária de proporções globais (salvo o Brasil, mas isso, como sabem, é outro tópico).
Obviamente, a aplicação de tais medidas, sejam elas governamentais ou de iniciativa social, está também diretamente associada à consciência de cada povo com relação a seu exclusivo papel no mundo e a construção de sua sociedade. Como pudemos observar vastamente desde o início dessa crise, países mais populosos pareceram levar mais tempo para tomar medidas de contenção. Talvez, a noção de que “há muitos de nós” leve ao descaso e ao egoísmo, a exemplo dos EUA e do Brasil que está, com toda razão, sendo crucificado aqui fora. 
Uma das coisas que sempre ressaltei em meus textos, artigos e “fios” sobre o Uruguai é justamente essa construção social e solidária tão distinta, tão única e talhada através de muita luta, sofrimento e coragem. Uma sociedade que teve que amadurecer à força, que carrega em si uma certa melancolia de saber que o mundo não é um parque de diversões e que fez da resistência um modelo de vida, naturalmente, teria uma atitude diferenciada diante de uma crise. Especialmente se tratando de uma situação de caráter sanitário, em um país onde somos 3,5 milhões de habitantes, número praticamente imutável há mais de 30 anos.
Ressalto tudo isso de antemão pois é necessário este contexto para entender o que está sendo feito aqui com relação ao COVID-19. Com apenas 13 dias de posse, o novo governo, de espectro direitista formado por uma coalizão com distintas intensidades de conservadorismo, recebeu a notificação do primeiro caso do novo coronavirus em território uruguaio. Diferente da maioria dos governos de direita mundo afora, imediatamente o presidente Luis Lacalle Pou veio a público informar as medidas que seriam tomadas para a contenção da propagação do vírus. 
Em momento algum tivemos qualquer pessoa do governo duvidando da seriedade da situação ou tentando amenizar a pandemia. Na realidade, já estávamos em Plano de Contingência desde o final de fevereiro, quando um barco chinês atracou no Porto de Montevidéu com um de seus tripulantes apresentando sintomas de contágio. Também, como alguns de vocês devem lembrar, recebemos em nossos celulares alguns exemplares do Plano de Contingência, na ocasião, para ficarmos informados sobre os cuidados que deveríamos ter e entendermos o que era o tal vírus.
O que ninguém contava antes do anúncio presidencial de 13 de março era com o “fator Carmela”. Caso não saibam, aqui não temos o famoso Paciente Zero. Temos sim a socialite Carmela Hontou, responsável por trazer o vírus para o Uruguai e contaminar, em um dia só, cerca de 80 pessoas. Em um exemplo baixíssimo de falta de consciência, esta senhora se viu obrigada a encerrar sua viagem a Milão porque a cidade, bem, entrou em lockdown. Tendo voltado um pouco mais cedo de seu “pulinho a Europa”, dona Carmela viu pessoas desmaiarem na rua, mas achou que seria uma excelente ideia descer no aeroporto de Montevidéu, pegar um micro-ônibus com amigos para ir a Salto e voltar dois dias depois para um casamento de 500 pessoas. 
Desnecessário dizer que os dois focos iniciais de contágio aqui foram Salto e Montevidéu, e que todos haviam tido contato com a madame Hontou. Em uma cadência curiosa de eventos, uma boa parte dos moradores de Carrasco, bairro mais rico do país, se viu contagiada pelo vírus, inspirando a criação da expressão “pandemia de los chetos” (“pandemia dos riquinhos”, em tradução livre) e a áudios revoltadíssimos de todos os frequentadores do Country Club montevideano, pedindo a cabeça da outrora amiga da high society charrúa.
Diante desse cenário pouco usual, onde os dedos podem ser corretamente apontados em uma direção específica, muita gente se apressou a dizer que a rapidez do governo poderia ser devido ao fato de que o vírus se apresentou inicialmente na camada mais rica da sociedade. No entanto, tal afirmação seria injusta, pois a postura do governo não é, nem de longe, reflexo de seu direcionamento político, mas sim de uma sociedade que, antes de tudo, busca a todo custo preservar os poucos milhões de cidadãos que existem por aqui. 
Seguir o planejamento de contenção elaborado e aplicado pela oposição, com base em estudos e projeções, não é um sinal de “fraqueza”, como povos menos maduros poderiam achar, mas apenas uma atitude de bom senso. Divergências de espectros políticos, sociais e econômicos sempre irão existir, mas o Uruguai continua dando exemplos surpreendentes de união social no momento em que isso faz uma grande diferença. 
Apesar de erros e acertos, estamos conseguindo conter a pandemia com bastante esforço. Não sem mantermos o olho aberto para as atitudes da coalizão no meio disso. Com isolamento social (que aqui virou “quarentena voluntária”) ou não, a cobrança em cima dos governantes e a exigência da manutenção democrática do Estado de Direito continuam sendo pautas diárias. O uruguaio sabe que bom senso é diferente de “santidade imaculada”. Tanto é que, no primeiro mês de governo, já tivemos um panelaço contra a tal “quimera governista”. 
Quanto a Carmela, ela foi encaminhada a fazer a quarentena em sua casa quando saiu do hospital, mas começou a receber visitas de amigos e fazer festas. Foi devidamente denunciada pelos vizinhos. Agora, a senhora socialite será processada pelo Estado e indiciada por colocar a vida de outras pessoas em risco. Por não respeitar as duas semanas confinada, possivelmente passará um ano em prisão regular ou domiciliar. Muito diferente do que acontece com um certo governante latino.
Bateu inveja, né Brasil?

quarta-feira, 29 de abril de 2020

BOLSONARO SOBRE OS 5 MIL BRASILEIROS MORTOS PELA COVID-19: "E DAÍ? QUER QUE EU FAÇA O QUÊ?"

Ontem Bolso fez uma das falas mais desastrosas do seu desgoverno, e olha que a competição é árdua.
Ao ser perguntado por uma jornalista sobre o Brasil ter ultrapassado a China e chegado a 5 mil mortos pela covid-19, o Capetão respondeu: "E daí? Eu lamento, mas quer que eu faça o quê? Sou Messias, mas não faço milagre". 
5 mil mortos (isso com subnotificação, na realidade a quantidade certamente é muito maior -- estudos apontam que o número de casos é 15 vezes maior que o oficial), e o presidente do quinto maior país do mundo lava suas mãos, insiste que não tem nada a ver com isso, e que devemos culpar os governadores e prefeitos.
"Não vão botar no meu colo essa conta", repetiu Bolso. Ô se vamos! Se houver justiça, o escrotossauro será julgado e condenado por uma corte internacional em Haia por crimes contra a humanidade. 
Ontem a hashtag #6CrimesDoBolsonaro tomou as redes sociais. Seriam esses os crimes (só seis?!): falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de justiça, e corrupção passiva. 
É o que consta no inquérito aberto por Celso de Mello para apurar as acusações de Sérgio Moro contra Bolso. Se o Anticristo que se diz Messias for condenado à pena máxima em todos os crimes, a pena pode passar dos 19 anos de prisão
Mas voltando ao "E daí?" do seu Jair, que espantou muita gente que, pelo jeito, não estava prestando atenção: durante toda a campanha de 2018, era exatamente isso que ele respondia a todas as perguntas. Economia? Ah, ele não era obrigado a saber. Tinham que perguntar pro Posto Ipiranga. Mulher ganhar menos que homem? Ah, e daí se o empresário quer pagar menos? Nada a ver com ele.
E ainda assim 57 milhões de pessoas não muito inteligentes votaram nessa criatura nefasta.
Porém, o desprezo que Bolso tem pelos brasileiros, e que mais uma vez ficou evidenciado com sua fala de ontem, pegou muito mal. Tanto que Carluxo e as deputadas de extrema-direita Carla Zambelli e Bia Kicis correram pra inventar que houve distorção da imprensa. Zambelli, por exemplo, mentiu que o Jornal Nacional "editou a pergunta da repórter, não vai mostrar. Os inimigos continuarão mentindo, distorcendo e difamando. É da natureza deles, mas o povo não cai mais nessa". 
Bom, vamos ver quem está mentindo. Veja todos os 26 minutos da fala de ontem aqui. É no minuto 9 que Bolso diz textualmente "E daí?" e todo o resto. Só no minuto 15, quando ele pergunta aos jornalistas "Alguém tá ao vivo aqui, por acaso? Todo mundo?", que ele vem com um discurso em tom eleitoreiro e falso de que se solidariza com os parentes das vítimas, "mas é a vida. Amanhã vou eu".
Aí na manhã seguinte o Gabinete do Ódio programa seus bolsobots pra subir a tag #BolsonaroHeroi. Como chamar de herói um presidente que fala "E daí?" pra morte de 5 mil pessoas? Bolso tem que cair. Sua presença é garantia de mais mortes. 

terça-feira, 28 de abril de 2020

DESCASO DO GOVERNO BRITÂNICO FAZ LONDRES SOFRER NA PANDEMIA

Hoje publico o excelente relato de Nani Andrade, brasileira que mora na Inglaterra há 12 anos, e tem muito o que contar sobre a pandemia. 

Vivo em Londres há 12 anos. Moro com minha parceira há 10. Amamos a cidade, temos um círculo grande de amigos e interesses variados -- entre academia, trabalho, aulas de dança, grupos de debate, cinema, bares, brunches e festas, há pouco tempo para se ficar em casa. Quando começamos a ouvir notícias dessa pandemia, não acreditei que meu estilo de vida mudaria drasticamente e tão rápido. Tudo parecia estar acontecendo do outro lado do mundo, e o tom das notícias aqui estava longe de ser urgente.
Apesar de vários avisos da OMS e do avanço do Coronavírus na Itália, o governo britânico demorou para tomar qualquer atitude de contenção de infecções. No início do ano, o recém eleito primeiro-ministro britânico se ocupava em finalizar a saída da Inglaterra da União Europeia. Boris Johnson estava tão preocupado em agradar seu eleitorado de ultradireita que prestou pouquíssima atenção ao que estava acontecendo na China e nos países vizinhos. 
Entre delírios megalômanos, espetáculos midiáticos e  compromissos com doadores pró-Brexit, houve pouco tempo para Boris e sua turma de patifes traçarem uma sólida estratégia para lidarem com uma pandemia. Enquanto Alemanha, Holanda e Portugal compravam equipamentos de proteção, respiradores, testes e aumentavam a capacidade dos seus respectivos sistemas de saúde, o governo aqui tinha um só plano genial -- imunidade em massa, o que no meu leigo entender quer dizer "fazer nada". 
Em 31 de janeiro de 2020, ironicamente no dia em que o Reino Unido deu início a sua saída da União Europeia, os primeiros casos de Coronavírus eram anunciados. A partir desse dia, assistiríamos com um misto de terror, angústia e incredulidade as muitas patetices do governo, colocando em evidência a arrogância, falta de preparo e amadorismo do Premier e sua patota. 
Mesmo com a pandemia batendo à porta, não havia uma estratégia clara. Representantes do National Health System (NHS, o SUS daqui) avisavam que os hospitais estavam sem equipamentos necessários para aumentar a capacidade de atendimento, e não havia recursos ou mão de obra suficientes caso o número de infecções se alastrasse rapidamente. Do governo, silêncio. 
Diante do descaso dos governantes, ficou a critério de empresas e indivíduos o que fazer em relação à crise. Aos poucos, eventos foram cancelados, algumas empresas encorajaram trabalho remoto mesmo mantendo seus escritórios abertos, mas bares, escolas, restaurantes, academias continuavam em plena atividade. 
Somente em 17 de março, quando o tom do governo se tornou mais urgente em relação à pandemia, é que o público começou a entender a gravidade de situação. Mesmo assim, os parques ainda estavam cheios, poucas pessoas usam máscaras e luvas em lugares públicos, os vagões no metrô ainda transitavam lotados. Dias mais tarde, devido ao número crescente de infecções (no final de março o número triplicaria em apenas 4 dias, chegando a quase 15 mil), finalmente foi decretado o confinamento social. Londres, de um dia pro outro, ficou deserta, como se a cidade estivesse num eterno domingo. 
É uma realidade completamente diferente da que nos acostumamos. Numa cidade em que se conseguia tudo 24 horas, em que a vida social tinha que ser planejada com antecedência, agora temos que planejar o horário de compras, muitas vezes entrar em fila para entrar no supermercado, não podemos ver amigas, tivemos que abdicar de todas as atividades que gostamos e que fazem nosso trabalho valer a pena. 
Aos poucos, notícias de colegas infectados começaram a chegar. Um deles quase acabou na UTI, outros se recuperaram depois de exibirem sintomas violentos, semanas tossindo e febre forte. Parentes de amigos e colegas faleceram de Covid-19, alguns sequer estavam em qualquer grupo de risco. O assunto domina todas as conversas, todos os papos virtuais com amigas mais chegadas, amigos da aula de dança, do grupo de debates. Algumas de minhas amigas entraram em depressão e, por sorte, confiam na gente o suficiente para ligarem quando precisam de ajuda ou de alguém para conversar por algumas horas. 
Não bastasse o impacto emocional e social da pandemia, o que agora está começando a apavorar a todos é a incerteza da economia e impacto do confinamento no faturamento das empresas. Algumas amigas minhas que trabalhavam com teatro perderam o emprego logo no início do confinamento e o mesmo aconteceu com quem trabalhava com turismo, hotelaria e gastronomia. 
Para esses casos, o governo criou um programa no qual irá arcar com 80% dos salários de pessoas que foram demitidas ou colocadas em licença não remunerada, mas há muita gente a quem o programa não contempla. É o caso de quem havia mudado recentemente de emprego, ou trabalhadores autônomos -- essa última categoria é predominante nos setores financeiros e de TI --, o que vai fazer muita gente falir financeiramente. 
O meu salário será cortado em 20% pelos próximos 6 meses numa tentativa da minha empresa de reter capital para lidar com uma possível inadimplência de nossos clientes. Por sorte, posso viver sem esse valor por um tempo, mas tem gente que não tem esse luxo. O custo de vida em Londres é altíssimo e muita gente vive de mês a mês, usando cada centavo do seu contracheque. 
Minha empresa disse que devolverá esses 20% a partir de novembro, mas outros empregadores simplesmente reduziram a semana de trabalho para quatro dias como contrapartida, sem nenhuma menção a uma possível restituição. 
Enquanto lidamos com toda essa ansiedade, as informações que recebemos do governo continuam desencontradas, números são vergonhosamente inflados e até agora não se anunciou uma estratégia para se sair desse confinamento social. Além disso, os relatos de profissionais da saúde continuam mostrando a falta de equipamentos básicos de proteção -- em muitos hospitais, não há máscaras ou luvas, expondo o tamanho do desmonte do NHS e a falta de preparo para conter o número de infectados. 
"Por favor, acredite: esses dias
vão passar", diz cartaz
Some-se a isso o número vergonhoso de mortes -- são mais de 20 mil fatalidades até agora, um número cinco vezes maior do que na Alemanha, que tem mais casos de infecções, e é difícil de imaginar que vivemos em uma das maiores economias do mundo. 
Enfim, sei que sairemos dessa situação um dia. Só nos resta saber que mundo nos sobrará.

segunda-feira, 27 de abril de 2020

DINOSSAUROS NÃO ESTÃO EXTINTOS. AS AVES SÃO OS DINOS QUE SOBREVIVERAM

Outro dia estava enrolando no Twitter quando vi esta linda foto
Imediatamente pensei: putz, como pode ter gente que não acredita em evolução? Partes desta ave são parecidíssimas com dinossauros bem assustadores!
E aí me lembrei de uma das minhas experiências mais bacanas do ano passado, que foi ter conhecido o museu de paleontologia de Santana do Cariri, no sul do Ceará, perto de Juazeiro do Norte. Uma guia esperta me apresentou ao Santanaraptor Placidus, um dinossauro que viveu no Ceará há 110 milhões de anos. 
O nome é uma homenagem ao local (Santana do Cariri) em que o fóssil desse dino foi descoberto, e também ao fundador do museu, o professor e então vice-reitor da Universidade Regional do Cariri, Plácido Cidade Nuvens (que nome pra um paleontólogo, gente!). 
Fiquei muito impressionada com esse dino do grupo dos Tiranossauros Rex. Ele não era tão grandão (cerca de 1m60 de comprimento e 70 cm de altura) e era coberto por penas. Parecia uma galinha perigosa! 
Bom, um leitor me recomendou esta thread (do final de fevereiro, que reproduzo aqui) do Biodiversidade Brasileira. Recomendo também este vídeo (As penas através dos tempos) de alunos da UFPE. Super didático! Imaginem quantos dinossauros fracassaram antes que algum conseguisse voar?
Dinossauros não estão extintos.
Resolvi fazer isso pra mostrar por que os dinossauros ainda existem e mostrar que as aves de hoje são dinossauros.
Primeiro precisamos entender o que é um grupo monofilético (veja ao lado):
Um grupo monofilético é aquele que inclui o ancestral comum mais recente do grupo e todos os descendentes desse ancestral. Na imagem, A e B são monofiléticos, pois cumprem esses pré-requisitos.
Exemplo: essa letra D não é um grupo monofilético pois aquela ramo ali da ponta não está incluso, então ele se torna parafilético. Agora, se esse quadrado laranja estivesse também incluindo aquele ramo, todo esse grupo seria monofilético.
Por isso falamos que Reptilia (réptil) não é um grupo monofilético, pois aves estão dentro desse grupo. Pra você considerar répteis monofilético, teria que chamar as aves de répteis também, e sabemos que isso não acontece.
Agora explicando o por quê das aves serem dinossauros (répteis). Todos sabem do grande meteoro que dizimou QUASE todos os dinossauros há 65 milhões de anos. Exatamente, quase todos. Os dinossauros que sobreviveram deram origem às aves atuais.
As aves são os dinossauros que sobreviveram. Como falar isso na árvore da vida, evolutivamente? Repare nessa ''árvore'' (clado) dos dinossauros. Vou usar essa imagem mais vezes daqui pra frente. Tudo que está marcado é um dinossauro.
Reparem que bem na ponta tem ''BIRDS'' (aves). Ou seja, para ''Dinosaurs'' ser monofilético, que significa ser um grupo natural, ave tem que obrigatoriamente estar inclusivo.
Agora se eu retirar ''birds'', fica exatamente como um dos exemplos que eu dei lá em cima, repare na imagem:
Agora tanto como ''dinosaurs', quanto esse exemplo da letra D não são mais monofiléticos, ou seja, não são grupos naturais.
Por isso é errado falar que os dinossauros foram extintos. Eles estão super vivos e muito bem. Só no Brasil são cerca de 2 mil espécies.
Do pinguim ao pombo, da arara ao beija-flor, todos, TODOS são literalmente dinossauros!