quinta-feira, 10 de abril de 2008

PAÍS CIVILIZADO É OUTRA COISA

De quando eu vivi em Detroit, Michigan (agosto 2007 a julho 2008), durante o doutorado-sanduíche
Três coisas desagradáveis aconteceram na mesma tarde. Sei que não é pessoal, mas não pode ser coincidência, pode? Então, a primeira foi com o maridão. Já contei que ele comprou uma câmera digital nova por 157 dólares e, quando foi ver, encontrou dentro fotos tiradas pelo dono anterior da câmera. Ou seja, não era nova coisa nenhuma, embora o site diga “todos os nossos produtos são novos”. Após várias ligações ao call center, falaram pra ele devolver o produto via correio. O pobrezinho não fez muita coisa esta semana além de ir a três agências postais, todas longe. Nenhuma queria aceitar o pacote (pré-pago), o mandavam pra outra agência, ou falavam que tava faltando um formulário que nunca veio. Se já é impossível mandar o pacote de volta, como será a novela pra que eles devolvam o dinheiro? O maridão tá com medo e já cogita ficar com a máquina mesmo, que é boa, apesar de usada, ou comprar outra e revender esta no Brasil. Eu não sei, fomos engabelados e eu preferiria devolver, mas se tá tão difícil...
O segundo golpe aplicado por americanos contra brasileiros (ou pelo menos contra esta brasileira que vos fala) foi do AT+T, minha provedora de internet. Contei como o provedor anterior, a Comcast, nos passou a perna. Desta vez foi assim: quando mudei de provedor, comprei um modem com a própria AT+T, pelo telefone. O representante me disse que eu pagaria o preço total pelo modem mas logo receberia um rebate (você preenche um formulário e eles te devolvem uma parte do dinheiro) de 50 dólares. Ok, o modem tava caro, US$ 98, mas com o desconto de 50 que viria ficaria por 48, o que tava dentro do valor pesquisado. Como o formulário do rebate não chegava nunca, mandei um email, sem sucesso. Disseram que estavam muito honrados com a minha mensagem, mas ligue pro 0800, sua desgraçada. Liguei. A representante que me atendeu levou uma eternidade pra encontrar a minha conta e, quando finalmente encontrou, comunicou que não havia rebate nenhum. O plano que eu havia contratado não permitia o desconto, segundo ela. Eu quis saber: “Mas como? Foi o vendedor de vocês que me garantiu isso. Eu não teria comprado se não fosse pelo desconto”. E tudo que a mulher conseguia dizer era “Sinto muito se você foi mal-informada”, daquele jeito americano de fingir ser respeitoso quando no fundo quer te mandar pro inferno. A conversa foi ficando repetitiva – a mulher só dizia a mesma coisa, e eu só explicava o meu drama e afirmava que isso era inaceitável -, até que tive de apelar pra falar com algum gerente. Ela disse “Yes, ma’am” e me deixou uns vinte minutos na linha com alguma musiquinha detestável. Finalmente a gerente atendeu, repetiu a ladainha da representante, disse que não havia meio de conceder um rebate. Eu disse que isso tava se parecendo com um episódio de Além da Imaginação, e ela cedeu: “O melhor que podemos fazer é não cobrar a sua mensalidade de 39 dólares”. Eu aceitei, porque estava esgotada, mas quem me garante que na próxima ligação não vão dizer que é impossível conceder esse desconto, sentindo muito por eu ter sido tão mal-informada? Morram!
Golpe 3. Este não é novidade e ocorre aproximadamente 80% das vezes que vamos ao supermercado. Em qualquer supermercado, grande, enorme ou pequeno, sempre ocorre uma disparidade no preço que tá no produto, ou na prateleira, e o preço cobrado no caixa. Por incrível que pareça, essa diferença é quase sempre superior ao que você pensava que iria pagar. Não é privilégio dos americanos, lógico, acontece direto no Brasil (principalmente no Big), mas eu não passei a vida toda ouvindo que “país civilizado é outra coisa”? Aqui em Michigan há uma lei (estadual, não federal) pra tentar defender os consumidores dessa prática. Diz que, se o produto passar pelo caixa com outro preço do que estava na prateleira, o supermercado deve pagar cinco vezes a diferença, num limite de até cinco dólares. Na teoria é uma beleza, mas tente cobrar. Não funciona. Os supermercados fingem que nunca ouviram falar, e quando se convencem que sim, talvez essa lei não seja uma fantasia do cliente lesado, mandam você voltar em uma semana. A gente mora longe dos supermercados e não tem carro. É duro voltar depois (pra eles te fazerem de bobo de novo). Portanto, eu nem tento fazer com que a lei seja cumprida. O que faço é fiscalizar cada produto que passa no caixa, apontar a diferença de preço na hora, e exigir a correção imediata. Leva um pouco mais de tempo, os outros clientes acham que sou louca, as caixas me detestam, mas é necessário. É meu direito pagar apenas o preço que está na prateleira, bolas! É dever do supermercado cobrar um só preço, ao invés de tentar pegar o consumidor distraído. E não acho que é descuido do supermercado, não. Seria se acontecesse uma ou outra vez. Quando acontece em 80% das nossas idas às compras, começo a suspeitar que é má fé mesmo. Desta vez, qual foi o produto? Ah, um pimentão amarelo que só comprei porque estava 1,99 o pound (meio quilo), o mesmo preço do pimentão vermelho. Ao passar no caixa, a mulher quis cobrar 2,99 o pound. Eu disse que o preço não era aquele, e ela, com a maior má vontade do mundo, gritou prum funcionário da seção de hortifrutis, que confirmou que era 1,99. Logo depois, erro em outro produto: um pacotinho de biscoitos que devia custar 1 dólar tava passando por 1,19. Acusei e disse que esse ela nem precisava checar com alguém – o preço tava no próprio produto, na cara dela. Ela argumentou que precisa checar, porque às vezes só aquele pacote em particular tá errado (isso não cheira à acusação de que o cliente trocou a etiqueta?). Então ela perguntou pra um rapaz que tava passando quanto custava aquilo, e o cara, sem parar, gritou: “1,19!”. A caixa me deu um olhar de “Tá vendo?”. E eu: “Tá escrito 1 dólar aí no pacote! E todos os pacotes na prateleira estão com o mesmo preço”. Enquanto o homem foi lá verificar, totalmente a contragosto, reclamei com a caixa: “Não é possível! Todos os produtos estão marcados errado? É preciso mesmo checar um por um?”. E a mulher, com a cara mais antipática que vejo em meses, lixando-se pra polidez hipócrita dos americanos: “Faz parte da vida!”. Eu só pude dizer: “Não, não faz parte da vida! Não deveria fazer parte da vida ser enganada toda vez que entro num supermercado!”. Foi o tempo da víbora se lembrar do treinamento recebido e responder, nervosa: “Você tem razão, não faz!”. Saí de lá bufando, virei pro maridão e desabafei: “Amor, tô me cansando deste paisinho”.

17 comentários:

Juliana disse...

Então, vamos por partes:

1. O celular novo do meu pai também veio com foto já tirada. Provavelmente tirada na loja, mas se o celular saiu da caixa, deveriam dar um descontinho, não?
Boa sorte aí com a câmera.

2. EU ODEIO A AT&T. Perdi meu celular porque não quis me dar o luxo de dar um número de cartão de crédito pra eles olharem um celular que parou de funcionar e era novinho.

3. Em que supermercados vc faz compras? Porque no WalMart geralmente acontece o contrário, pelo menos as vezes que eu percebi. Nunca guardei ou anotei preço de ítem por ítem da prateleira, mas é uma tática interessante. Eu acho que não teria esse saco, até pq as coisas acabam saindo baratas mesmo assim, na maioria das vezes. Sou uma pobre conformista e é por causa de pessoas como eu que "o Brasil não vai pra frente" hahaha.

Aliás, sabia que o Big é do WalMart? E o Nacional (que agora abriu no shopping Iguatemi) também. Mas nada é tão barato como o WalMart. Pode ser extremamente problemático para a concorrência, mas é o paraíso do consumo.

E os supermercados que eu comprava na Califa (Albertson's e Safeway) também sempre tinham desconto pra quem tem cartão, pelo menos era o que mostrava na nota fiscal. Tenho que começar a ficar mais ligada nessa parada de preço diferente pra mais.

Andie disse...

Eu tenho odio mortal da Comcast, soh nao arrumo briga porque daqui a pouco vamos mudar mesmo e nos livrar deles.
No Meijeir a gente ja teve problema de eles nao quererem dar o preco de disconto -- a lei diz que sempre que a culpa for do supermercado eles tem que dar o preco de prateleira. Sempre que o James reclama acabam nos dando o preco certo, mas tem que bater o pe mesmo, isso nao ta certo neh!
Servico ruim nao tem nacionalidade, somos todos screwed by the man!!

Andie disse...

Ah, soh um ps. Ao menos posso dizer que a policia aqui eh bem melhor que no Brasil...outra noite (ja era uma 1 hora eu acho), eu e a Carol estavamos voltando pro meu ape da University Towers, que eh uns tres quarteiroes daqui. Um policial passando de carro (nao sei se era campus police, ou regular) nos viu e deu a volta, nos perguntou quanto ainda tinhamos que andar e se nao queriamos que ele nos levasse. Como eu sou mulher e nao confio em nenhum ser masculino desconhecido me dando carona, disse que nao, obrigada. Ele disse okay e nos deixou passar, mas depois percebi que nos seguiu devagarinho ate a porta de casa, e depois deu a volta e foi embora. Achei bem legal, viu!

Ollie disse...

E eles te tratam com o maior pouco caso quando percebem pelo seu sotaque que vc é estrangeira. Nas grandes cidades até que não acontece muito, mas nas cidades pequenas vc fica com a impressão de que eles pensam que por ter nascido noutro país é ignorante e não tem o direito de reclamar de nada.
E quando alguém te fala "...mas você não está entendendo, querida...", insinuando que você, por ser estrangeira, não fala a língua deles direito? Vontade de matar.

lola aronovich disse...

Ju, a realidade eh que a gente ta sendo engabelada de tudo quanto eh lado - AT&T, Comcast, nao faz diferenca! Eh revoltante. Sobre os supermercados, eu boicoto a Wal-mart. Procure no meu arquivo um post chamado "Wal-mart vai mal". Eu compro em dois supermercados mais ou menos perto daqui, na Warren, o Food Pride e o University Foods. Mas quase todas as vezes que fomos a supermercados maiores, como Kroger e Mejer, acontece a mesma coisa. Mas eh como eu disse, isso acontece direto no Brasil tb. Fico com pena de quem faz aquelas compras gigantescas, o "rancho do mes", e nao tem como verificar item por item. Os supermercados devem ganhar um bom dinheiro assim. Mas nao sao todos. No Angeloni posso contar nos dedos de uma mao quantas vezes isso aconteceu. No Big posso contar nos dedos de uma mao quantas vezes isso NAO aconteceu...

lola aronovich disse...

Andie, a ultima da Comcast foi ter marcado com a gente pra buscar o equipamento la em casa. Falaram que precisaria ter alguem la o dia todo, e a otaria aqui ficou esperando. Eles nao apareceram, nao ligaram, nada. Liguei de novo, marquei outro dia, NADA. Ontem chegou uma conta no valor de 350 dolares! Eh a Comcast cobrando pelo equipamento que se recusa a ir buscar... Olha, eh surreal.

lola aronovich disse...

Andie, pergunta prum americano negro o que ele/a acha da policia... Realmente tenho minhas duvidas se a policia daqui eh melhor que a brasileira. O caso que vc conta eh um pouco diferente porque eh policia universitaria. Ai sim acho que eles tem um treinamento melhor e um metodo de prevencao.

lola aronovich disse...

Ollie, eh verdade, se ja tratam a gente mal mesmo quando nao se tem sotaque, mesmo quando se eh daqui, obviamente vao tratar pior quem eh de fora. Nesse caso eles tem uma desculpa a mais pra te culpar pelo erro (ma fe?) DELES. O que me revolta eh que esses casos nao sao isolados. Estao acontecendo direto com a gente! E tem uma parte deslumbrada da classe media brasileira que vive enchendo a boca pra falar "Pais civilizado eh outra coisa! Nos EUA isso nao acontece!". Hello?

Leo disse...

Quando a gente tá fora aprende a dar um pouco mais de valor pro Brasil, né?! Tudo bem que estes problemas também acontecem por aqui, mas acho que de uma forma geral os brasileiros são mais "de bem com a vida" e costumam te tratar melhor. Mas a gente só pensa assim até voltar! Aí você começa a lembrar de tudo o que é uma porcaria aqui, e tão melhor lá fora! hehe Em pouco tempo já quer ir embora denovo. Acaba virando um pouco despatriado, que em qualquer lugar que está fica falando: Naquele outro país... nossa... era muuuito melhor! hehe

Unknown disse...

em 1981 estávamos na Califórnia, eu e meu pais, visitando meu irmão, que morava lá.

numa viagem pelo inerior, mortos de fome, paramos em Sonora para tentar conseguir algo para comer.

pois bem, como eu e meu pai somos índios (native brazilians) , não conseguimos ser atendidos em lugar nenhum, mas felizmente meu irmão e minha mãe são brancos, então eles foram só destratados.

comemos só quando voltamos a San Francisco....

lola aronovich disse...

Leo, nao sei se no meu caso é assim, porque eu sempre dei muito valor ao Brasil e duvido que, quando voltar praí, em agosto, vou querer morar em outro país de novo (na realidade, eu nem queria muito estar morando nos EUA. Só encarei porque a pesquisa é importante, e por ser totalmente temporário). Mas claro que mau atendimento tem em todo lugar.
Que horror essa história, Mari. Será que continua igual? Deve ter mudado, nao é possível!

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Eu não compro mais nada no BIG, WalMart ou Nacional, principalmente sabendo como as pessoas que lá trabalham são tratadas e sabendo que vc ficará no vacuo caso necessite de algum auxilio pré ou pós venda.

Ja no ANGELONI vou com o maior gosto, sei que pago caro, mas sempre, sempre mesmo, fui bem tratado. Certa vez tinha um pacote com tres esponjas de louça na promoção, tres pelo preço de duas. Só que custava quase o preço de três, quando deveria custar exatamente o valor de duas. Chamei o gerente, reclamei, ele pediu desculpas, tirou a etiqueta na minha frente e pediu para um funcionário trocá-la. Como não confio muito nas pessoas voltei no dia seguinte (moro quase do lado) e tava o preço certinho.

lola aronovich disse...

Faz muito bem, Marcelo. (deletei um de seus comentários porque ele veio repetido). Odeio quando a gente reclama e deixam passar com o preço só por ter reclamado. Quer dizer que o próximo cliente, se não notar/reclamar, vai pagar mais caro. E temos que boicotar Wal-Mart e adjacências sim! Mas gente, EU ME ENGANEI! (terceira mancada do dia nas minhas respostas aos comentários. Um recorde!). Compramos muito pouco no Angeloni. É caro! Quando falei bem do Angeloni, eu queria dizer o GIASSI. É lá onde compramos mais, e quase nunca tivemos problemas com preços trocados (ao contrário do Big, que só deve ter piorado depois de ter sido comprado pelo Wal-Mart)...

ANGinUSA disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
ANGinUSA disse...

Creio que nossas impressoes a respeito da vida aqui sejam bem diferentes. Fazer papel de palhaca nao tem a ver com pais, e sim com o quanto vc eh esclarecida e atenta.
Minha impressao (no texto que publiquei), eh que sair na rua pode te dar impressoes e conclusoes diferentes. O quao seguro eh vc fazer uma caminhada num parque, nos EUA e no Brasil? Por estar longe ha anos e por ainda querer voltar, creio que quem mora no Brasil pode me responder melhor.
Eh errado assumir que existe paraiso, mas acho um tanto inocente comparar a seguranca diaria dentre os dois paises... pelo menos aonde moro, posso desfrutar do direito de colocar cadeiras na calcada em noites de verao, pra ver meus filhos brincarem... aonde vc faz isso no Brasil? Dentro dos condominios...

Anônimo disse...

putz! que baderna esse Michigan, Lola... vou te contar minhas experiências.

TEXAS - cheguei em casa com as compras do Kroger, e cadê a caixa de ovos? tava lá cobrada no recibo... era meio tarde e eu tive preguiça de retornar ao supermercado... fui lá no dia seguinte de manhã, falei com o gerente e ele apenas me disse pra ir lá e pegar outra caixa de ovos e explicar no caixa... assim de simples... e ninguém checou se eu havia pago por uma dúzia e resolvi levar uma caixa de dúzia e meia. (eu era recém chegada nos EUA)

CAROLINA DO NORTE - entrei na loja que vende uma variedade de coisas.. é farmácia e tudo mais... eu estava com uma caixa com alguns presentes e eu queria comprar mais coisas pra completar a caixa, mas queria testar o tamanho do que eu ia comprar... fui ao caixa, mostrei minha caixinha, disse que lá havia coisas que eu comprara naquela mesma loja há algum tempo, mas hoje eu ia comprar mais alguma coisa e queria ter certeza de caber tudo direitinho... e quis mostrar cada coisa que eu tinha na caixa, mas o rapaz apenas me disse pra me servir... eu tinha vários cupons então ficava escolhendo um bom desconto... era um tal de colocar coisa na caixinha e tirar e isso durou um tempo... qdo completei a caixa, fui ao caixa e fui tirando cada item da caixa e entreguei os cupons e o rapaz nem checou o que restava na caixa, se eu não havia surrupiado algo das prateleiras... na boa!

MASSACHUSETTS - por duas vezes em um bom espaço de tempo me ocorreu o mesmo: cheguei em casa e ao checar os preços no recibo vi que um pacote de bolacha foi cobrado a mais e outra vez foi sei lá o quê... no dia seguinte retornei ao supermercado com a mercadoria e o recibo, falei com a gerente e ela me reembolsou o preço que eu paguei pela mercadoria e disse que por norma da casa o cliente fica com a mercadoria de graça.

CALIFORNIA - comprei um par de sapato... dia seguinte andei e andei e andei e ganhei uma tremenda bolhona no pé... dois dias depois fui à loja levando o sapato de volta + o recibo + mostrar a bolha... a loja aceitou o sapato de volta e me reembolsou o valor pago e se desmanchou em desculpas.

E eu poderia citar mais casos ainda, mas acho que tá de bom tamanho... sinto muitíssimo pela sua experiência e se algum dia eu for pro Michigan vou ficar bem de olho nos caixas de supermercado, ah! e adorei seu humor particularmente nessas duas tiradas: "Disseram que estavam muito honrados com a minha mensagem, mas ligue pro 0800, sua desgraçada." (ninguém te chamou de desgraçada, né Lola? rs.. rs...) - ". . . daquele jeito americano de fingir ser respeitoso quando no fundo quer te mandar pro inferno."

Bem, o tempo passou e agora vc tá feliz da vida na terra de Iracema... e eu tb estaria...