“Mulheres” é engraçado e comovente (chorei baldes, pra variar), mas definitivamente não tem nada de hollywoodiano. A irmã não fica rica trabalhando, e falta aquela cena obrigatória da protagonista vestindo o traje especial que vai transformá-la em cisne. Mas mesmo assim é um filme pra cima, desses que dão um pouco de auto-estima às mulheres, principalmente às gordinhas (porque eu sempre imaginei que as magras não têm com que se preocupar, mas amigas-palito me relatam que a pressão da sociedade é grande. Contam que várias pessoas olham pra elas e perguntam: “Você está doente?!”. Então talvez todas nós sejamos vítimas do patrulhamento, de um jeito ou de outro. E claro que quem patrulha mais é do sexo feminino, ó vida). A mocinha do filme diz que, por um lado, gostaria de emagrecer. Mas que, por outro, os quilos a mais são sua forma de dizer “dane-se” ao mundo. O quê, você pensava que era com tatuagens e penteados?! Tolinho(a)...
Talvez o melhor de “Mulheres” é nos fazer lembrar o quanto o cinemão e a publicidade do dia-a-dia estão longe da realidade. Minha cena favorita mostra as costureiras – todas gordas, todas latinas – tirando a roupa por causa do calor e comparando as estrias. Pois é, mulheres de verdade têm estrias, celulite, pneus, rugas, empregos... Vale a pena se odiar por isso? E o pior é que os homens nem ligam. Taí um ótimo filme pra se ver no meio das comemorações do Dia Internacional da Mulher, né?
3 comentários:
Amo esse filme.
Cabei de assistir graças a seu blog. Adorei, Lola!
Muchas gracias,
Camila
Queria ver online mas não consigo achar nenhum site para assistir. alguém tem uma indicação?
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