terça-feira, 6 de março de 2018

INSCREVA-SE NO CURSO DE EXTENSÃO, QUE COMEÇA NA TERÇA

Pessoas queridas, convido quem mora no Ceará a participar de mais um módulo do meu curso de extensão Discutindo gênero através de cinema e literatura, que começa na terça que vem.
Pra se inscrever, basta enviar um email para lolaescreva@gmail.com Peço para que coloque "curso de extensão" no tópico. Em breve eu mandarei um email para todos os inscritos.
O curso será na UFC, CH1, Benfica, às terças-feiras (quinzenalmente), das 11:30 às 13:30. Tem bastante trabalho pra fazer em casa (ver filme, ler artigos e livros), por isso o curso rende, no final, um certificado com 32 horas complementares. Não precisa ser estudante da UFC para fazer o curso. E, como deve ser tudo numa universidade pública, é grátis. 
Compartilho com vocês, como fiz nos outros semestres, o cronograma com todos os links para os artigos (veja aqui: segundo semestre de 2017, primeiro sem. 2017, segundo sem. 2016, primeiro sem. 2016). A ideia é que pessoas de outras universidades possam se inspirar e montar seu próprio curso. 
Infelizmente, não tenho know how, equipamento ou tempo para oferecer o curso online (pelo menos não por enquanto), como várias pessoas pedem. Quem sabe um dia... Mas não é difícil formar um grupo de estudos na sua universidade ou escola. Fica a dica!
CURSO DE EXTENSÃO 
DISCUTINDO GÊNERO ATRAVÉS DE LITERATURA E CINEMA
Terças (quinzenalmente), das 11:30 às 13:30 


Cronograma inicial – Semestre 2018.1

13 de março - Introdução ao curso, expectativas, apresentações

Lição de casa para 27 de março: Assistir ao filme Mulher-Maravilha e ler o artigo de Lina Abirafeh “Mulher-maravilha: ícone feminista ou símbolo de opressão?” e de Matheus Wenna e Pedro Peixoto Curi “Superpoderosos?: a representação de minorias nos filmes de super-herói”.

27 de março - Discussão do filme Mulher-Maravilha e dos artigos de Abirafeh e Wenna e Curi.

Lição de casa para 10 de abril: Dar uma olhada no livro Outros jeitos de usar a boca, de Rupi Kaur, e ler 4. A família monogâmica (pg. 16-26) de Friedrich Engels.

10 de abril - Apreciação e discussão de poemas do livro Outros jeitos de usar a boca e do artigo de Engels.

Lição de casa para 17 de abril: Assistir ao filme Beatriz at Dinner e ler pgs. 25-50 da dissertação de Daniela Rosendo sobre ecofeminismo.

17 de abril – Discussão do filme Beatriz at Dinner e do capítulo de Rosendo.

Lição de casa para 8 de maio: Assistir ao filme Uma Mulher Fantástica e ler o artigo de Elias Ferreira Veras e Oscar Guasch Andreu “A invenção do estigma travesti no Brasil”. 

8 de maio - Discussão do filme Uma Mulher Fantástica e do artigo de Veras e Andreu.

Lição de casa para 22 de maio: Assistir ao filme Corra!, ver o vídeo “Get Out explained: symbols, satire and social horror”, e ler o artigo de Ashlee Blackwell “Get Out: the horror film that shows it's scary to be a black man in America”.

22 de maio - Discussão do filme Corra!, do vídeo “Get Out explained”, e do artigo de Blackwell.

Lição de casa para 5 de junho: Assistir ao filme Como nossos pais e ler o artigo de Orna Donath “Os caminhos para a maternidade: o que a sociedade dita versus as experiências das mulheres”, do livro Mães Arrependidas.

5 de junho - Discussão do filme Como nossos pais e do artigo de Donath.

Lição de casa para 18 de junho: Ler a peça de Rachel de Queiroz Lampião: a beata Maria do Egito e o artigo de Jailma dos Santos Pedreira Moreira “Gênero, negociação política e espaço discursivo”, do livro Sob a Luz de Lampião: Maria Bonita e o movimento da subjetividade de mulheres sertanejas

18 de junho - Discussão da peça Lampião: a beata Maria do Egito e do artigo de Moreira.

40 comentários:

Anônimo disse...

a) Lola sou sua admiradora espero que um dia venha para o Rio quero assistir seus cursos.

b) Lola sugiro um post sobre a jogadora trans Tifany confesso que nao tenho uma opiniao formada.

c) Lola vc esta gostando da candidatura de Manuela d Avila

Kasturba disse...

Que pena que não moro no Ceará. Seria um prazer muito grande poder participar.
Mas vou assistir aos filmes e ler os livros e artigos indicados.
Sucesso pra você, Lola. Sempre!

Anônimo disse...

bem que a mulher maravilha podia ser gordona e negra, pra quebrar os padrões de imposição de beleza ne?

Unknown disse...

Lola,
Eu gostaria muito de poder participar desse curso! Vou assistir aos filmes e ler os textos. Muito bacana! Dou Sou sua admiradora!

Anônimo disse...

Pela repercussão aqui nos comentários, vai ter uma enorme audiência.

Unknown disse...

Que maravilha, Lola. Iniciativa ímpar essa sua de compartilhar o curso.

Anônimo disse...

A mulher Maravilha é um personagem criado por um homem. Toda atenção à Mulher Maravilha atualmente nada mais é do que reverenciar o poder criativo da mente masculina.

Anônimo disse...

07:55 - não

Anônimo disse...

Kkkkkkkkkkkkkk nem vou falar mais nada filha... kkkkkkkkkk! Imbecil!

Anônimo disse...

Nossa, como é fácil ser feminista.
Olha as coisas que elas estudam ...
Assistir ao filme da mulher maravilha ahahahah

Gente, que vida fácil ahahaha

Anônimo disse...

Maria bonita, uma bandida que fazia parte de um grupo de assassinos,estupradores, torturadores que aterrorizavam a população do Nordeste

Anônimo disse...

Lola, eu li o artigo e assiti o filme da mulher maravilha, por isso tenho algumas considerações a fazer. Antes quero deixar claro que sou feminista. Apenas feminista. Não me defino como feminista liberal, radical, intersecional ou qualquer outro feminismo porque concordo e discordo de vários pontos de cada um. Então é isso sou apenas feminista.
Acho que o artigo foi exagerado ao dizer que o feminismo do filme da mulher-maravilha não é feminismo pois é sim um tipo de feminismo e como um feminismo ele tambem é válido. Problematizar padrões de beleza não é a única pauta do feminismo, nem é a mais importante delas. Desde que li O mito da Beleza de Naomi Wolf essas imposições de beleza deixaram de me incomodar. O livro foi um divisor de águas para mim em relação a esse assunto. Li a história de vida de Gal Gadot e a impressão que tive é que ela não procurou muito por fama ou coisas relacionadas a beleza, mas que pelo tipo de beleza que possui ela foi levada ao lugar onde está. Uma coisa que percebi em a mulher-maravilha é que apesar da beleza padrão da Diana o foco do filme não está na beleza dela ou das Amazonas. A forma como ela é representada é bem diferente de como ocorre a representação de mulheres heroínas em filmes machistas dirigidos por homens. A autora do artigo chegou a insinuar que a Gal Gadot não é feminista porque ela comentou que o crédito era da Patty por não ter transformado a mulher-maravilha numa chata. Não vi nada demais nessa declaração para tachar a Gal de não feminista. Que feminista no seu dia a dia nunca falou uma besteira? Achei o artigo rígido demais. E além disso coloca Israel como o demônio e a Palestina como o santo. Mas o problema ali é complexo demais e acho que não tem nada a ver misturar o feminismo com essas coisas. Fora que de fato Israel é bem mais tolerante com os LGBTQIAs e bem mais feminista do que os palestinos mulçumanos. Por mais que existe o feminismo mulçumano, esse mundo ainda é muito restritivo para as mulheres. A maior parte das ocidentais não se adaptaria a viver como vive uma mulçumana.
Então pra finalizar quero dizer que acho essa discussão muito válida. Ela questiona o que ainda se falta alcançar no feminismo e que há muitos feminismos. Só não concordo deforma alguma que o filme não seja feminista só porque não tem todos os elementos do feminismo interseccional. Discordo mais ainda que se desqualifique um tipo de feminismo como não sendo feminismo apenas porque ele não está debatendo TODAS as questões do feminismo.
Mulher-maravilha não deixa de ser um filme de heroína e portanto tem também a função de divertir. Como um filme de heróina trata-se de uma mulher poderosa e neste caso também vulnerável. Até mesmo isso a autora do artigo criticou. Achei um absurdo! Ela falou que uma mulher tão poderosa não pode ser um símbolo para todas as mulheres do mundo ou para o feminismo. Quero dizer que eu acho que a poderosa mulher maravilha pode ser um símbolo do feminismo, sim! Porque não poderia? Porque as menininhas não podem sentir orgulho e identificação com a heroína mulher-maravilha. Os meninos são exposto desde pequenininhos a super-heróis poderosos e se identificam, brincam, fantasiam com eles. Já as menininhas são obrigadas a se identificar com princesas esperando para serem salvas. Sim, eu acho válido que a mulher-macho seja uma heróina e símbolo para as meninas, para as mulheres, para o feminismo e que se crie novos símbolos com mulheres negras e com outros tipos de beleza também.

lola aronovich disse...

Já tem mais de 120 inscritos, mascutroll das 9:02.
Aliás, por favor, parem de se inscrever! Eu não vou encontrar uma sala em que caibam mais de 60!


Obg pelo excelente comentário, anon das 14:48. Talvez eu transforme num post. Estou na maior correria...

Anônimo disse...

De nada, Lola! Eu também participaria do curso de eu morasse um pouco mais perto!

Cão do Mato disse...

Mas e aí? Patrícia assediou Kaysar?

Felipe Roberto Martins disse...

Lola que pena que não moro perto, se morasse eu iria sim:).

Parabéns!!!

Eu segui seus passos e criei dois cursos p/ a minha comunidade/ alunos sobre a Literatura conectada às minorias sociais e a Análise e debate de textos políticos.

Fiz um misto "on-line"/ presencial.

Abraços Lola e vamos que vamos mudando um pouco a carinha deste país.

Anônimo disse...

Sou preto e pobre, to depressivo por isso, alguem me ajuda, não to zoando

Anônimo disse...

"E, como deve ser tudo numa universidade pública, é grátis."

Universidade pública funciona por conta do imposto recolhido do contribuinte brasileiro.

Anônimo disse...

Mulher Maravilha é um símbolo péssimo para o feminismo.

Primeiro por ser um personagem de ficção, criado por homens, para homens e com todo um quê fetichista de bondage que estava muito em voga na época. Qualquer aspecto "feminista" vindo das histórias em quadrinhos nada mais é do que uma deturpação da própria visão masculina do movimento (odiando homens, excluindo homens, mulheres como seres divinos e superiores em relação aos homens inferiores).

Segundo, por ser branca e já tivemos problemas demais com o feminismo branco no mundo. Feminismo que ignora a interseccionalidade não presta e o choro é livre. O que as crianças menos precisam é de mulheres brancas e ricas servindo de modelo para alguma coisa, ainda que na ficção.

Terceiro, porque ela sempre esteve em papéis subalternos em relação a outros heróis, chegando a ser uma espécie de secretária da Liga da Justiça.

Quarto, porque além de branca e rica, a atriz é uma ex-modelo e manteve exatamente esse corpo, o que cria toda uma expectativa social negativa sobre as meninas já que a maioria do mundo não é branca e também não tem aquele corpo, que beira a anorexia nervosa e ainda assim é considerado padrão de beleza. Qualquer coisa que coloque mulheres dentro de parâmetros de altura e peso como ideais não é feminismo, é patriarcado. Uma guerreira não duraria 3 minutos com aquele corpo esquálido mas retratar mulheres realmente fortes fisicamente nas telas ainda é um grande tabu, só Deadpool fez isso com alguma dignidade, apesar do filme ser um lixo também e cheio de clichês machistas.

Quinto, ainda sobre o filme, no final das contas quem determina o parâmetro de valor da personagem não é ela mesma e sim homens e interesses românticos. Ou seja, mais do mesmo, só que com uma roupagem "feminista".

O filme é péssimo, o que está atrás dele é terrível e temos muitos exemplos em carne e osso de mulheres maravilhosas, negras, fortes, lutadoras, vencedoras, que venceram na vida apesar de todas as dificuldades mas aparentemente tudo isso é deixado de lado em favor de uma personagem fetichista criada para atender os anseios sexuais de jovens norte-americanos do sexo masculino.

Viviane disse...

Sim, e justamente por isso nenhuma escola ou universidade pública deve cobrar "taxas extras" por serviços, palestras ou cursos de extensão.

Anônimo disse...

Eu também acho um absurdo a Mulher Maravilha não ser negra, gorda e gay, mana das 07:55.

O biotipo dela só reforça os padrões impostos pelo ocidente. Quando fala de empoderamento só falam do empoderamento da mulher branca e hétero normativa, e se esquecem de representar o empoderamento da mulher negra, gorda e homossexual.

Esse filme não tem nada de feminismo, é apenas um reforço a cultura machista do patriarcado. Escolheram uma modelo bonita, roupas curtas, objetificando essa mulher. Essa mulher devia ter dignidade e rejeitado esse papel.

Anônimo disse...

Quem são essas figuras??

Anônimo disse...

Não existe um feminismo único, muito menos feminismo certo ou errado.

NomeDiferentus disse...

Vc sabe que a Mulher Maravilha é bissexual? Além disso, todas a mulheres do mundo são " negras, gordas e gay" ?
Só por curiosidade, por que o uso do termo gay em vez de lésbica? Ela é uma mulher.
Não me leve a mal, certamente o mundo e os filmes de super heróis precisam de mais representação( A quantidade de mulheres negras fortes que merecem muito mais admiração do que personagens como a Capitã Marvel é surreal. Só de cabeça posso citar a Tempestade e a Tormenta, a última inclusive é lésbica).
Mas atacar um filme como Mulher Maravilha e dizer que é péssimo , é basicamente negar todos os efeitos que teve na indústria .Antes dela, me cite um único bom filme de heroínas. Um filme capaz de inspirar menininhas a se verem como heroínas capazes.
Por favor não veja isso como um ataque.

Anônimo disse...

"mulheres como seres divinos e superiores em relação aos homens inferiores"

mas isso é fato

Anônimo disse...

Justamente, não houve filmes que inspirassem menininhas a se verem como heroínas, como não há. Mulher Maravilha não é exemplo disso.

É uma mulher branca, hétero normativa, dentro dos padrões de beleza impostos pelo patriarcado, que se apaixona por outro branco hétero normativo e dentro da beleza imposta pelo patriarcado, e que no enredo do filme colabora com o patriarcado.

Um filme que repete padrões para combater padrões? Qual a lógica?

Esse filme combateria os padrões se retratassem mulheres reais e que realmente são as resistências, como as negras, as gordas e as lésbicas (como preferir).

Anônimo disse...

Eu sou parda e estou longe de ter o padrão de beleza da Gal Gadot, ainda assim me senti inspirada pelo filme. E não sinto imposição nenhuma em ser hétero. Ah, a beleza opressiva de Gal Gadot não me incomodou nem um pouco.

Anônimo disse...

Nem adianta tentar argumentar, nomediferentus. Quem tem a cabeça cheia de ideologia só enxerga o que quer. Elas não conseguem perceber que existem mulheres magras e altas naturalmente devido a seus genes e que isso não tem nada a ver com opressao patriarcal. Vão fazer o que? Banir as mulheres magras do cinema? O problema não é ter uma mulher maravilha na beleza padrao. Isso não é mal nenhum. O problema é a baixa representatividade de outros tipos de beleza. Mas estes outros tipos de beleza não tem que ser representados no filme da mulher-maravilha. E isso não faz do filme uma opressão do patriarcado.

Anônimo disse...

Para mim é feminismo

NomeDiferentus disse...

Bem, nós duas certamente não estamos vivendo no mesmo mundo, então? Você convive com crianças?
Eu,sim.Francamente você não sabe o número de meninas que eu tomei conta e que quer ser a Mulher Maravilha, elas viram naquele filme uma mulher forte e decidida, mas ainda assim humana o suficiente pra elas terem de exemplo. Elas viram uma personagem feminina multi-facetada que não precisava ser resgatada, que não dependia do apelo sexual e podia competir mano a mano (e ter vantagem até) contra os homens.
Além disso, mulheres brancas não são de verdade tb ?

Anônimo disse...

"Mulher Maravilha é um símbolo péssimo para o feminismo."

Mulher-maravilha não é um péssimo exemplo de feminismo. É um tipo de feminismo.

"Primeiro por ser um personagem de ficção, criado por homens, para homens e com todo um quê fetichista de bondage que estava muito em voga na época. Qualquer aspecto "feminista" vindo das histórias em quadrinhos nada mais é do que uma deturpação da própria visão masculina do movimento (odiando homens, excluindo homens, mulheres como seres divinos e superiores em relação aos homens inferiores)."

Porque você acha que apenas os homens gostam de bondage? Desde quando apresentar mulheres como seres superiores e divinos em relação a homens inferiores é uma deturpação masculina sobre o feminismo? Você viajou mesmo na maionese. Heróis do sexo masculino também são seres poderosos, divinos e superiores aos homens é mulheres comuns. O fato de Diana ser divina não tem nada a ver com deturpação masculina do movimento feminista. E sim: o mito das Amazonas e muito anterior ao feminismo e elas odiavam os homens, mas o foco não está nesse ódio e sim na independência das amazonas em relação aos homens.

"Segundo, por ser branca e já tivemos problemas demais com o feminismo branco no mundo. Feminismo que ignora a interseccionalidade não presta e o choro é livre. O que as crianças menos precisam é de mulheres brancas e ricas servindo de modelo para alguma coisa, ainda que na ficção."

O choro é livre, mas não não estou com nenhuma vontade chorar. Pelo contrário estou até rindo porque seu comentário é na melhor das hipóteses engraçado mas eu acredito que seja apenas sem noção mesmo. Precisamos de mais representação de mulheres negras, pobres, e com outros tipos de beleza, mas não se precisa excluir as mulheres magras, brancas e "lindas". Elas existem e não são criações do patriarcado. Magreza também é herança genética. Hoje em dia eu ainda sou magra mas tô longe do padrão de Gal, mas na adolescência eu era magrinha igual a ela só que com menos altura. Então vamos respeitar todos os tipos de corpo e parar com o delírio de que tudo é imposição do maldito patriarcado, vamos?

Anônimo disse...

"Terceiro, porque ela sempre esteve em papéis subalternos em relação a outros heróis, chegando a ser uma espécie de secretária da Liga da Justiça."

Não, ela não esteja. Você parece que não conhece muito bem a história da mulher-maravilha. Houve momentos em que ela desempenhou papéis subalternos, mas em muitas fases a mulher-maravilha é altamente feminista. O criador dela se relacionou com mulheres ligadas ao movimento sufragista.

"Quarto, porque além de branca e rica, a atriz é uma ex-modelo e manteve exatamente esse corpo, o que cria toda uma expectativa social negativa sobre as meninas já que a maioria do mundo não é branca e também não tem aquele corpo, que beira a anorexia nervosa e ainda assim é considerado padrão de beleza. Qualquer coisa que coloque mulheres dentro de parâmetros de altura e peso como ideais não é feminismo, é patriarcado. Uma guerreira não duraria 3 minutos com aquele corpo esquálido mas retratar mulheres realmente fortes fisicamente nas telas ainda é um grande tabu, só Deadpool fez isso com alguma dignidade, apesar do filme ser um lixo também e cheio de clichês machistas."

Gal se tornou modelo porque é dona de um patrimônio genético de corpo magro assim como eu. Nunca fiz um regime é mesmo mais velha agora eu continuo magra. O patriarcado é muito anterior a ditadura da magreza. Até o renascimento, o padrão de beleza das mulheres ricas era ser gordinha, e naquela época o poder do patriarcado era ainda maior. O corpo magro como padrão de beleza tem mais a ver com o capitalismo do que com o patriarcado. Quando eu era bem magra eu estava muito saudável e bem longe da anorexia nervosa. Parece que a Galera Gadot também. Mais uma vez: vamos respeitar o tipo de corpo do outro, vamos? Ao invés de enfatizar que o corpo de outras é "esquálido e fraco" e e me criação do patriarcado?

"Quinto, ainda sobre o filme, no final das contas quem determina o parâmetro de valor da personagem não é ela mesma e sim homens e interesses românticos. Ou seja, mais do mesmo, só que com uma roupagem "feminista"."

Não vi nada no filme que confirmasse o que você falou. E quem disse que no mundo real todos os homens gostam da beleza de Gal Gadot? Quem disse que todos os homens sentem tesão por mulheres tão magras assim?

"O filme é péssimo, o que está atrás dele é terrível e temos muitos exemplos em carne e osso de mulheres maravilhosas, negras, fortes, lutadoras, vencedoras, que venceram na vida apesar de todas as dificuldades mas aparentemente tudo isso é deixado de lado em favor de uma personagem fetichista criada para atender os anseios sexuais de jovens norte-americanos do sexo masculino"

Achar o filme péssimo é uma opinião sua, não de todas as mulheres. Aliás não é a minha e muitas,mas muitas mulheres mesmo adoraram o filme. Homens também. E de fato há muitas mulheres negras, lutadoras, vencedoras e maravilhosas que também precisam ser representada. E já estão sendo. Seja mulheres reais, humanas, ou heroínas. Elas já começaram a ser representadas. Mas mulheres brancas não deixarão de ser representadas. Mulheres magras também nao. Deixar de representa-las também seria discriminação. E julgar um feminismo como péssimo apenas porque não tratou de todas as questões do feminismo não passa de um radicalismo improdutivo.

Anônimo disse...

Minha filha com certeza não vai ser branca, mas eu acho o filme uma grande inspiração e ela vai assistir a mulher-maravilha sim.

Anônimo disse...

Quanta loucura! Desde quando mulheres brancas e magras n são reais? Querem acabar com padrões excluindo mulheres magras e brancas? O problema é dizer q só esse tipo de mulher é bonita.

Anônimo disse...

E outra, além do filme da mulher maravilha ser uma obra capitalista e feita somente para arrecadar dinheiro.

Mulher maravilha além de branca e dentro do padrão do patriarcado, ainda mostra que ela só é diferente das outras mulheres porque tem super poderes, as outras mulheres nos filmes continuam inferiores e subalternas ao patriarcado. (e mulher brancas por mais que sejam mulheres, fazem parte da classe branca que oprimi as outras raças).

Ou seja, a mulher só é capaz de competir contra o machismo se ela tiver super poderes, então?

Uma personagem criada por fetichistas de quadrinhos, e vejo feministas endeusando isso. Vocês estão muito enganadas. Lamentável.

O dia que tivermos um filme que represente mulheres reais, gordas, negras, fora do padrão exigente de beleza, e principal, que vencem a sociedade sem precisar de super poderes, aí sim, teremos um filme feminista e com representatividade.

Me desculpem quem gostou, mas vocês aplaudiram uma obra do patriarcado.

Anônimo disse...

20:38 - deixa de falar bosta

mulher-maravilha é um filme de SUPER-HEROÍNA, filme de FICÇÃO, baseado em HQ, é claro q ela vai ter poderes, sua atrasada

o filme não tem compromisso com a realidade, criatura, é pra entreter, ô tapada

ng tá dizendo q mulher-maravilha é o suprassumo do feminismo cinematográfico, e sim q dentro de um gênero de filme: o de super-heróis, esse é feminista, e vc não vai encontrar nenhum outro exemplo de filme DO GÊNERO assim, não seja desonesta, criança

NomeDiferentus disse...

"Ou seja, a mulher só é capaz de competir contra o machismo se ela tiver super poderes, então?"

Primeiro, é um filme do gênero de super heróis, ou seja, um gênero onde todos tem poderes ou habilidades além do normal. Ninguém está dizendo que mulheres precisam de super poderes pra enfrentar o machismo,mas sim que num gênero voltado a seres super poderosos, é incrível ver uma heróica com poderes ( pense em quantos filme a heroína principal tem poderes e pode competir de igual pra igual com os outros ? Muito poucos,né).

"Uma personagem criada por fetichistas de quadrinhos, e vejo feministas endeusando isso. Vocês estão muito enganadas. Lamentável.

O dia que tivermos um filme que represente mulheres reais, gordas, negras, fora do padrão exigente de beleza, e principal, que vencem a sociedade sem precisar de super poderes, aí sim, teremos um filme feminista e com representatividade."
Por que só sua opinião é correta ?Gostaria de entender uma definição de diversidade onde só mulheres negras lésbicas podem ser representadas...
Ninguém está dizendo que é um filme perfeito, mas sim que foi um primeiro passo importante para a indústria, um filme que provou que mulheres podem protagonizar filmes de herói/heroína.

Eu acho que vc tem boas intenções e certamente compartilho algumas opiniões com você,mas no seu radicalismo, você se vê como a única certa e ignora que outras feministas possam pensar diferente .

Não estou te atacando,só quero propor uma reflexão.

Anônimo disse...

Quero uma explicação sobre mulheres brancas n serem reais. Ridículo.

Anônimo disse...

Interessante essa discussão. A gente acha que só mulher fora do padrão branca, magra, alta é criticada. Olha o que eu encontrei no site minha série. O mundo é cruel até com Gal Gadot:



O entrevistador ainda estendeu um pouco mais o assunto, perguntando se ela não achava constrangedor o tamanho de seus seios viraram um tópico de discussão mundial. “Não”, respondeu Gadot. “Depois que me perguntaram aqui em Israel se eu tinha distúrbios alimentares e por que eu era tão magrinha — eles disseram que a minha cabeça era muito grande e meu corpo era como um cabo de vassoura — eu aguento qualquer coisa. É apenas uma conversa vazia. Eu entendo que parte do que eu faço significa estar exposta. E parte de estar exposta é estar sob o fogo das críticas”, completou a atriz.

Jarusks disse...

Lola poderia comentar sua opinião se achas correto transexuais no esporte? Veja lutadoras que agora são mulheres massacrando as cisgêneras e não acho isso correto. Eles receberam músculos e compleição ósseas masculinas por toda vida e agora querem competir com as cisgêneras é injusto com as meninas.