quinta-feira, 30 de outubro de 2014

GUEST POST: CEM COMENTÁRIOS EM DEZ HORAS

O vídeo de uma mulher andando nas ruas de Nova York e tendo que ouvir um monte de baboseira -- que algumas pessoas insistem em chamar de elogios -- viralizou no Facebook, e vem rendendo boas discussões. 
A página Cantada de Rua redigiu este texto sobre o assunto e o enviou pra mim. Todo mundo já sabe minha posição sobre assédio na rua: não é bom pro ego, não é gentileza, não é legal. É assédio sexual. Abuso. Demonstração de poder. Terrorismo sexual. Lembrança de quem manda.
Update: Muita gente reparou que a maior parte dos assediadores é não branca. O diretor do vídeo afirmou que havia equilíbrio entre os homens brancos e negros e latinos que falaram alguma coisa para a moça, mas que, em alguns momentos, essas cenas não ficaram boas (havia barulho demais). De toda forma, é uma polêmica válida. O vídeo realmente não é representativo da realidade.
Deixaram de fora os homens brancos no vídeo. Pessoas brancas não podem nem discutir assédio na rua sem demonizar homens não-brancos.
Esta mulher caminha na rua em Nova Iorque. A sua frente uma câmera GoPro escondida revela o tipo de coisa que as mulheres têm que passar ao andar nas ruas TODOS OS DIAS. Ela caminha por algumas horas na rua e é alvo de mais de 100 comentários de homens, sem contar buzinas e assobios. (Está em inglês mas dá pra entender perfeitamente).
No Brasil é exatamente a mesma situação.
Uma mulher não anda sozinha nunca. Ela está sempre sendo observada. Ela sabe que está sendo e que em algum momento será abordada, por mais que se previna de todas as formas possíveis que uma vítima de assédio de rua pode se prevenir.
Ela troca de roupa, ela muda o caminho, ela evita sair à noite e também de dia, ela gasta a mais pegando um táxi em um trajeto que poderia fazer a pé ou de ônibus, ela não passa na frente do bar, ela faz o caminho mais longo, ela passa a usar fone de ouvido para sair na rua, ela só sai se o namorado for junto. Ou ela simplesmente não sai.
Ela faz uma série de arranjos para fazer o que precisa fazer. Sair para trabalhar, para estudar, ir ao mercado ou até mesmo fazer um exercício é uma tarefa que exige uma série de pensamentos prévios.
Pensamentos com que homem NENHUM precisa se preocupar.
O assédio de rua escancara as nossas diferenças de gênero.
Como deve ser sair à rua e "só" se preocupar em ser assaltada ou morta? Não temer assédio ou estupro? Sair e simplesmente viver?
Não é a roupa. Não é o horário. Não é a rua. Não é um sorriso. Não é a mulher que deu abertura ou deu a entender que estava interessada. Não é a mulher. É o homem. É quem assedia.
Enquanto nem todos os homens praticam assédio, todas as mulheres planejam suas idas à rua pensando nisso.
Este é um problema de todas. De todos.
No momento em que um homem volta pra casa a pé e sozinho à noite, pode lembrar que metade da população não considera esta uma opção viável.
No momento em que um homem vê um outro homem constrangendo uma mulher, pode lembrar que esta mulher deve estar se sentindo acuada e que não reage por medo.
Vivemos em um mundo que mulheres têm tantas atribuições quanto homens, mas nós não podemos andar nas ruas da mesma maneira.
Os prejuízos na vida das mulheres são incalculáveis. Quantos cursos você já deixou de fazer porque eram à noite? Quantas vezes deixou de se exercitar porque a rua se tornou um lugar hostil? 
Quantos amigos deixou de ver? A quantas palestras deixou de ir por que não havia um caminho seguro para voltar? Quantas viagens por conta própria deixou de fazer? Quantos momentos deixou de viver?
Podemos levar este assunto ainda mais além e propor ainda mais perguntas: Será que ter que gastar uma preciosa energia diária se preocupando com algo básico como integridade física não está atrapalhando o suficiente a vida das mulheres? Quantas mulheres estão nos lugares que decidem o que é importante? Por que nesses lugares são sempre minoria? 
Quantas estão no topo? Será uma coincidência que a maioria dos líderes são homens? O que as mulheres estão vivendo que as impede de chegar lá?
Quantas vezes você já deixou de sair por medo?
Quantas vezes temeu que o assédio se tornasse uma abordagem perigosa?
Quantas coisas está deixando de fazer, coisas que neste momento a outra metade da população está fazendo?
Isso parece justo?
O que nós podemos fazer para mudar?´

Mais um update: O vídeo está fazendo tanto sucesso que já teve até paródia -- muito boa, aliás. Como seria pros homens, esses privilegiados. 
E este vídeo também é excelente: o que os homens realmente querem dizer quando assediam mulheres na rua (tem que saber inglês).

136 comentários:

Anônimo disse...


Pudin gelado( delicia professora)
ingredientes

Para o creme 1

1 lata de leite condensado
1 medida da lata com leite de vaca
3 gemas
Para o creme 2

3 claras
3 colheres (sopa) de açúcar
1 lata de creme de leite sem soro
Para a calda de chocolate

6 colheres (sopa) de chocolate em pó
6 colheres (sopa) de açúcar
1/2 xícara (chá) de água
Caramelo de açúcar

modo de preparo

Para o creme 1

Peneire as gemas. Misture os ingredientes. Numa panela, leve ao fogo médio por cerca de 10 min, até engrossar. Deixe esfriar.

Para o creme 2

Numa batedeira, bata as 3 claras até o ponto em neve, junte 3 colheres (sopa) de açúcar bata até virar um merengue e depois acrescente 1 lata de creme de leite sem soro.

Junte o creme 2 ao creme 1 (que já deve estar frio). Misture até ficar uniforme

Para a calda de chocolate

Misture os ingredientes. Numa panela, leve ao fogo e deixe engrossar.

Caramelize (açúcar derretido) uma forma para pudim. Depois que endurecer jogue por cima a calda de chocolate.

Sirva após 24 h.

Coloque o creme misturados com as claras em neve e creme de leite e leve ao congelador.

Para desenformá-lo, esquente o fundo da forma por alguns minutos que ele se soltará. Regue com o restante da calda de chocolate e sirva.

A sobremesa deve permanecer sempre no congelador, senão poderá derreter..

Anônimo disse...

Bom mesmo terem feito o video com uma mulher de aparência mediana, porque quando a gente reclama do assédio na rua, se não ouve a resposta típica "isso não existe/vc tá exagerando/é só um elogio", ouve "ui, vc deve ser muito linda/ui vc se acha gostosa hein?". Como se só gostosonas e top models sofressem assédio CONSTANTE.

Anônimo disse...

Muito bom esse post e vi esse vídeo na internet no inicio da semana...
È engraçado vc pensar que deixa de fazer coisas porque outras pessoas estarão lá, seria engraçado se não fosse verdade...
Há alguns anos trabalhava em uma empresa como técnica e as vezes fazia hora extra. Um supervisor que eu tive certa vez me falou assim:
"Cuidado com suas horas extras, afinal vc é uma moça e está em um lugar cercado de homens, se um deles entra na sua sala faz o que quiser com você."
Oi?! Gente isso era uma empresa com uns 500 funcionários e o cara tinha esse pensamento... bom eu fiquei com medo (tinha 18/19 anos) era meu primeiro emprego e é claro que evitei de fazer horas extras... O que contou muito para ser demitida posteriormente...
Com certeza ele fez isso de caso pensado...
Deixo muitas e muitas vezes de fazer entrevistas de emprego, pois os distritos industriais são desertos... sem transporte adequado e etc...
Acho que se fosse elencar todas as manifestações de assédio que já sofri/presenciei ficaria aqui até o final do ano... Pior que os homens insistem em dizer que não existe machismo, mas esses mesmos homens aplaudiam as meninas que entravam em nossa sala de aula (fiz engenharia), "carinhosamente" as meninas eram apelidadas de "negócinhos" e "coisinhas"...
Hoje eu não atuo como engenheira, só o farei se for extremamente necessário, o ambiente me fez perder o tesão da coisa sabe!
Ah cada dia que passa eu digo que me sinto mais indefesa e sozinha, temos leis, teoricamente punição para agressores mas parece que nada vai funcionar efetivamente...
Isso quando o comentário não vem de dentro de casa, ou de pessoas próximas... Nunca vivi um relacionamento que não tivesse essa sombra do machismo pairando...

Tô é cansada disso tudo isso sim... o.O

Vinicius Barnabé disse...

Bom, assisti o vídeo e contei 4 cantadas de pedreiro estilo americano e 2 malas (stalkers) e o resto eram elogios simples, cumprimentos e aquela coisa indiscreta de dizer "nossa,que gata" (damn).
Sobre cantadas de pedreiro, aqui no Brasil é vencedor em quantidade e ainda quando tem aqueles caras que passam de carro dizendo "gostosa".

Sobre eles, não digo que seria assédio, mas foram tentar a sorte fazendo o papel que o macho faz na sociedade: chegar em mulher. Tudo bem que eles deram o vacilo de nem observar a cara séria da mulher,kkkkkkkkk. Em balada tem isso também, tem mulher que reclama em assédio e tudo mais porque está lá pra dançar e se divertir se a proatividade está reservada para o homem.

Unknown disse...

Bom Lola agora que assunto do post não politica, acho que agente vai poder conversa de forma mais tranquila.

Va me desculpa Lola mas nesse post você exagero um pouco e escorrego quando generalizo, a verdade e que embora eu sei que não caso da grande maioria, tem mulher que ate gosta de ouvir certas coisa, como assovios e isso que já vi mulher dizendo (acredite se quiser), Agora e claro que se a cantada for uma coisa escrota acho que nenhuma mulher no mundo vai gosta.

Quanto a questão do medo de sair a rua embora não seja pelas mesmas razoes e nem na mesma proporção também evitam algumas coisa pro questão de segurança.

Por ultimo eu já disse que as mulheres em vez de deixa fazer e dizer certas coisa por medo o melhor e aprende se defender diante situações de risco ou já agressão e o Krav mega ou jiu jitsu esta ai para isto, e anda na rua com alguma coisa que possa ser usada como arma (de fogo ou não) ai qualquer imprevisto a mulher mesma faz resolve problema


OBS: só lembrando que tem situações que a alto defesa muito ariscada ou ate inviável.



Wellington Conegundes da Silva disse...

Ontem na novela da Globo, vi uma passagem da personagem da Drica Lopes, que é assediada na rua por um suposto assaltante. Minha mãe acabou me explicando que o cara havia tentado roubar a bolsa da mulher e não havia conseguido e que agora ele estava atrás dela, querendo algo e que a mesma era solteirona, se sentindo assim, lisongeada pelo assédio. A cena continua quando ele a enquadra em um poste e revela suas intenções que são fortemente retribuídas em uma contorção cômica de prazer. No fim não há o beijo, ou o contato entre os dois, mas ambos combinam e se encontrar em outro dia.
Engraçado que vejo muitos diretores, escritores desse gênero falando sobre modernizar as tramas, torná-las mais rápidas, etc. E vejo por outro lado série como Revenge, onde a mulher tem outra condição. Duvido que a Globo tenha aceitação de uma novela onde as mulheres tomam conta da sua vida sexual, sem serem esteriotipadas como vagabundas, ou frígidas, ou qualquer comportamento enquadrado por uma doutrina sexista.

Raquel Link - BLOG ESCREVO POR COMIDA disse...

ISSO é realmente muito complicado. lembro a primeira vez que mexeram comigo eu tinha 15 anos tava andando na rua com uma amiga.. e passamos na frente de uma obras TODOS pararam começaram assobiar berrar. nunca senti tanta vergonha, medo sabe?

é complicado ser mulher, estar sempre alerta. e tem gente que ainda acha que isso é CANTADA DA VONTADE DE DAR UM SOCO.

Anônimo disse...

hmmmm.... 90% dos homens desse video tem uma característica em comum. Alguém pode me ajudar a solucionar esse mistério? Dica1: são eleitores do Aécio não é a resposta. Dica2: feministas não podem falar disso por algum motivo.

Anônimo disse...

ew, que nojo do cara dando "boa noite". Tinham que cortar a língua desse tarado fora para ele largar de ser estrupador.

Mally Pepper disse...

Aí, um masCuzinho lê tudo isso e vem com "ain, meu sagrado direito de olhar, mimimi, eu olho mesmo, mimimi, ninguém pode me impedir de olhar, mimimi, essas feminazis vivem exagerando, mimimi, meu umbigo, mimimi, eu tenho que olhar, mimimi". Então a gente tenta explicar pra criatura que não estamos falando somente de olhadas, embora elas também possam incomodar porque os homens geralmente não olham com cuidado e discrição. Olham de forma ostensiva, pra intimidar, humilhar, mostrar poder, incomodar.

Mas não adianta, eles não entendem. Seja por burrice, ou porque não querem abrir mão do seu privilégio de poder assediar e sair impune, eu não sei. Só sei que esses tipinhos são incapazes de entender, de se colocarem no nosso lugar.

E são esses mesmos tipinhos que ficam ofendidos quando uma mulher afirma ver os homens como estupradores em potencial. Porque, né, que horror! Só porque ele gosta de olhar as partes íntimas das mulheres na rua? Só porque ele gosta de falar besteiras, passar a mão, segurar pelo braço, forçar um beijo, etc ele é visto como estuprador? Meldels, essas feminazis querem exterminar os coitadinhos duzomi!

Não pode, é crueldade, tem que deixar os pobrezinhos assediarem as mulheres, eles são homens, não sabem o que estão fazendo, não podem controlar os instintos, não tem cérebro, são assim mesmo, as mulheres é quem deve se cuidar. Afinal, pedir pra que eles tenham o mínimo de civilidade e saibam se comportar como seres humanos decentes é demais pros seus cérebros minúsculos de masCuzinhos.

Danilo disse...

Feinha essa mulher. Se fosse uma mulher bonita sofreria trilhões de comentários. Embora todo mundo saiba que mulher sofre cantada no meio das ruas. Isso não é nenhuma novidade.

Tiago disse...

O mais triste nos comentários dessa noticia é ver que os termos "mangina" e "salva putas" continuam sendo usados, talvez por pessoas que nem saibam a que tipo de gente estão associados.

E o pior ainda é enxergar nestas pessoas opiniões que eu mesmo tinha, a alguns anos atrás, e que hoje me dão asco.

Pelo menos resta a esperança de que se eu pude amadurecer, talvez estes caras possam, desde que parem de dar ouvidos a midia, a sociedade e enfrentem suas próprias frustrações ao invés de projetá-las nos outros.

Unknown disse...

O Lola, esqueci de dize no meu comentário anterior, que esse negocio de cantada, eu acho e coisa de homem que ou não tem educação ou não tem lábia pra conquista uma mulher, porque cara que tem educação e sabe ser bom de papo, não fica nem assoviando muito menos jogando cantada para cima de mulher nenhuma, o máximo que ele faz e olha pra ela e não passa disso, a não ser que cara queira algo mais com a mulher, bom ai ele se aproxima dela puxa uma conversa legal, essas coisa ai que fazem parte do processo de conhecimento e conquista da pessoa.

Cantada de Rua disse...

Lola!

Que maravilha, nosso muito obrigado por compartilhar!

Este tema precisa ser amplamente divulgado.

Quanta vista grossa nesses comentários. Aos homens que não entendem, não aceitam ou acham exagero: infelizmente vocês não tem como saber como uma mulher vive.

Não cantem mulheres na rua.

Mulheres não gostam, por mais que vocês insistam.

Parem de criar uma "lógica" ou uma explicação para este comportamento grotesco e tipicamente masculino. Não é aceitável, não é tolerável. E não adianta vocês insistirem, é pura ficção.

Aos que pedem para não generalizar, o texto não generaliza. Mas se o chapéu serviu, observe por que você está se sentindo incluído nessa história.

Acompanhem o vídeo, está bombando!
Milhares de mulheres se identificando. Ótimo!

https://www.facebook.com/video.php?v=582239041920947&set=vb.168167169994805&type=2&theater

Anônimo disse...

O que mais me dá raiva quando se toca nesse assunto de assédio sexual/cantadas de rua/estupradores em potencial é que a gente passa mais tempo explicando pros imbecis que não são todos os homens qie fazem isso do que de fato debatendo o assunto principal.

estão mais preocupados em terem seus egos massageados e se considerarem "homens bons que não fazem isso" do que com a dor, o pânico e a frustração que é ser mulher e passar por esse tipo de coisa diariamente.

Gi

Patty Kirsche disse...

A maioria das pessoas não tem sensibilidade com relação a esse assunto. Mesmo entre as mulheres não é difícil encontrar as que tratam assédio de rua como "momentos difíceis pelos quais todo mundo passa". Só que homens não passam por isso, né? E se calha dum gay ou duma travesti mexer com um cara hétero, rola a maior encrenca.

Uma vez um sujeito mexeu comigo de dentro da loja de carros na qual ele trabalhava, eu passando em frente. Na hora eu entrei na loja e comecei a fazer perguntas sobre os veículos, disse que tinha interesse em comprar um. O elemento ficou todo desconcertado. Ou seja, o privilégio masculino é tão forte que eles se esquecem que nós também somos clientes. Pra eles nós somos apenas uma fonte de entretenimento.

Gle disse...

Eu geralmente ignoro, mas quando tô num bar, ou entro num posto pra comprar a minha própria cerveja e sou cantada, eu geralmente olho bem pro cara com um ar sutil pra ele entender que tô achando ele um idiota. Comento dessa situação pq homem quando vê uma mulher tomando cerveja, ou acha o máximo ou acha que a mulher tá"facinha". Mas ainda acho que os caras que passam cantadas na praia são os mais criativos. Estava eu correndo numa bela manhã de sol na praia e o cara disse "construí o meu Castelo e a princesa chegou!". Olhei pro cara e disse "perdeu seu tempo querido".
Eu não suporto, mas me sinto coagida em revidar. Já quase me encrenquei por isso.

Death disse...

Essa moça que gravou o vídeo já recebeu várias ameaças de estupro, depois vêm mascu dizer que a Lola exagera.


Também não consigo entender esse povo tosco como esse Jonas ai que diz para aprendermos algum tipo de auto-defesa, pq eu deveria perder o meu tempo tentando aprender algo que não gosto? Pq mesmo que eu soubesse me defender com essas tais técnicas, ainda haveria a agressão verbal inicial e toda uma situação de constrangimento, fora que ainda se corre o risco do cara revidar.

E o cara ainda é contraditório ao dizer que em certos casos não se deve reagir, ora, então pra que estudar auto defesa se nem posso usar!?

Cada uma que eu leio nesses comentários...

Anônimo disse...

Olá Lola,

Esse comentário (meu primeiro, apesar de ler seu blog a um ano mais ou menos) é bem off-topic. Só queria indicar um vídeo que você talvez não tenha visto. O link dele é esse aqui: http://vimeo.com/109573972

É de uma ONG chamada FCK08 que combate preconceitos raciais, de gênero etc.

Aparentemente esse vídeo ficou muito famoso nas redes sociais nessa última semana, mas como não possuo conta nesse tipo de site só fiquei sabendo agora.

Algumas pessoas acharam o vídeo "problemático", mas eu gostei da ideia.

De qualquer forma, o link está aí. ;-)

Ps.: A primeira vez que falei em alto e bom som que era feminista foi depois de ler seu blog. Obrigada mesmo, de coração! <3

Lisa disse...

O que mais me apavorou foi o cara seguindo a menina. Isso já aconteceu comigo, mais de uma vez. É muito desesperador. A minha sorte foi que sempre conseguir achar algum lugar aberto (loja, padaria, mercado) e me esconder lá até o cara desistir e ir embora.

Pegando carona na Anon das 11:21, esse tipo de machismo em relação à profissão, na minha vida foi muito forte. Me formei em Ciências da Computação e na minha turma só tinha eu de mulher (tiveram outras que foram saindo ao longo do curso). As piadinhas eram constantes, até pelos professores. Minha sensação é de que eu não devia estar ali. Depois de formada, tive muito mais dificuldade de arrumar emprego que meus colegas. Já na entrevista, o que eles mais querem saber é se você é casada, tem namorado, filho ou pensa em ter filho. Não se interessam muito pela sua formação, experiência, etc. Fora que te tratam como uma idiota, de uma forma infantil, condescendente. Por todas essas coisas, eu acabei desistindo da profissão e fui trabalhar em outra área. Fiquei triste porque eu realmente me interessava pela área de TI, adoro programar e sou boa nisso.

Enfim, o que quero dizer é que nossas escolhas, por exemplo, a roupa que vamos usar, o caminho que vamos passar, a hora de sair de casa, até a profissão, são moldados pelo machismo.


P.S: Não entendi o comentário com receita de pudim.

Julia disse...

Jonas, porque vc não vai pra merda?

Anônimo disse...

Gente que não sabe nem escrever pudim e vem aqui encher o saco...

Anônimo disse...

Sempre, mas, sempre que se fala sobre assédio sexual nas ruas vem homens defender o direito de encher o saco.

SEMPRE!

Tá na hora da gente responder ao assédio nas ruas com tiro na cara.

Anônimo disse...

amigas, o Jonas vem aqui todos os dias... ele está interessado, querendo aprender! não vamos tacar pedra no cara né? fala sério!

Jonas, continue visitando e fazendo suas considerações!

abraços

Danilo disse...

Homem que é homem não assedia mulher na rua. Normalmente, o nível de beleza dos homens que assediam as mulheres nas ruas são na maior parte feios e horrorosos.

Anônimo disse...

Com mais educação e divulgação existe a tendência de aumentar a conscientização e diminuição de absurdos.

Um dos motivos podem influenciar negativamente pode ser a repressão sexual e a ditadura da monogamia da nossa sociedade. Com essa cultura repressora que critica os relacionamentos alternativos, acaba acontecendo uma limitação do prazer sexual e o desespero de alguns bobocas.


Se houvesse mais divulgação dos namoros e casamentos liberais, haveria menos tensão na sociedade, menos cantadas agrssivas. Pois haveria liberdade e fartura sexual para todos e todas.

Mesmo quem não pratica o poliamorismo e liberalismo sexual pode ajudar a propagar a prática e colaborar para desreprimir a sociedade.

Unknown disse...

é inacreditável*, que os dois primeiros homens a comentar venham relativar a agressão. meu querido NÃO É TU QUE DECIDE SE É AGRESSÃO OU NÃO, não é tu que fala a m%* que tem esse direito, mas quem ouve, eu me sinto agredida, ofendida, assediada. é tipo dar um soco na cara de alguém e dizer "veja bem foi um carinh"o, e quem sofreu o soco tem que aceitar que foi um carinho e pronto.

*inacreditável que se deêm o trabalho de comentar, homens dizendo que não é assédio algo que não sofrem. mas é super "acreditável" pois é o reflexo da nossa sociedade, do vídeo aí em cima.

Anônimo disse...

Galera, vamos ler o livro o poder do hábito. Ele mostra que mais de 40% das nossas atitudes no dia a dia vem dos hábitos que cultivamos.

No meu caso, percebi que muitas mulheres arrumavam a roupa, puxavam a blusa quando eu estava olhando. Graças ao blog passei a olhar de forma discreta.

A questão é o hábito de olhar. Daí dizer que todo homem que olha é candidato a estuprador parece algo meio forte, um grande exagero.


Pode haver mal educados, mas 90% são caras normais.


Campanhas de conscientização em escolas e faculdades, cartazes colados nos postes, como os que detonaram o Aécio bobão, são ótimos. São baratos e engraçados. Cartazes colados são engraçados e passam a mensagem.

Fica a dica.

Ex Socialista

Anônimo disse...

Quem faz muito sexo nem se preocupa muito com cantadas. Nossa sociedade é reprimida e monogâmica demais.

O absurdo da monogamia faz vítimas entre os gays e lésbicas que querem casar e ser fieis!!! Isso é uma forma de ser cúmplice do sistema. Repetir padrãozinho burguês de comportamento.


Se houvesse mais sexo realmente liberado na sociedade não haveria tanto desespero e obsessão com cantadas.


Gostaria de ver os que têm preconceito estimulando as parceiras a se liberar. Gostaria que as mulheres exigissem mais liberdade. Isso seria bacana.

Anônimo disse...

Sim Anônimo 14:34, certamente os assediadores de rua são caras casados muito sérios, fiéis e etc que só encontraram essa forma de expressar seu tesão reprimido.
Me poupe viu, haja pérola.

Anônimo disse...

"A questão é o hábito de olhar. Daí dizer que todo homem que olha é candidato a estuprador parece algo meio forte, um grande exagero.


Pode haver mal educados, mas 90% são caras normais."

Não me interessa se é "normal". Como que PORRA eu vou saber se é "normal" ou se é mais um tarado?

Muito engraçado usar esse argumento de "90% são caras normais". O mesmo princípio não vale pra "Algumas mulheres gostam de ouvir cantadas. 90% ABOMINA", né?

Por que ao invés de ficarem magoadinhos com mulher te vendo e ficando com medo "ai mimimi, não sou estuprador!" vocês não pensam "vou fazer minha parte e conscientizar meus amigos, irmãos e conhecidos em geral pra pararem com isso"
Argh.

Gi

Unknown disse...

"90% são caras normais"

comecei a ser assediada na rua por volta dos 12 anos, até os 16 só fez crescer, tanto os verbais como os físicos.

não é por que uma criança de 12 , 13, 14 anos é extremamente gostosa, é por que os "caras normais" identificam a vulnerabilidade.

assédio é sobre PODER, assim como o estupro.

agora tu quer que tua filha, irmã, sobrinha passe por isso? tu quer mesmo defender os caras que fazem isso sei lá só de "zoeira".

Anônimo disse...

Não adianta, já deram a letra pra resolver ou ao menos mitigar essa situação (autodefesa, livre armamento, privatização dos espaços públicos) mas vocês simplesmente não querem saber.

Unknown disse...

O pior do video pra mim não é nem o video em sim, são os comentários no face em que por mais que as mulheres digam que não gostam e/ou façam relatos de casos de assédios os homens ainda dizem que não é nada demais e que adorariam ter pessoas dizendo que são lindos o dia todo

Falta muita empatia nesses omi aí

Anônimo disse...

Manda um tapa bem mandado na cara da sociedade. Ótimo! Todas nós sabemos como é. Um dia em que eu estava com a pá virada e desvirada, embora tivesse um monte de lugares disponíveis nos ônibus que peguei nesse dia, todo mundo que entrava vinha DIRETO sentar na cadeira do meu lado. Todo mundo. Parece até que faziam isso de propósito, só pra me irritar. Fiquei furiosa, pois quando estou brigada com o mundo quero ficar sozinha e não quero ninguém perto de mim. Cheguei em casa reclamando que mesmo com um monte de lugares vazios no ônibus, o povo fez questão de sentar logo na cadeira do meu lado. O primeiro foi um homem. Foi só um desabafo de uma frescurinha minha e eu esperava que minha mãe risse e fizesse uma piada, mas em vez disso ela ficou com medo e disse que eu mudasse de lugar sempre que algum homem fizesse questão de sentar do meu lado mesmo com o ônibus vazio. Ela só relaxou e riu quando eu falei das vezes em que mulheres sentaram do meu lado. Sabem por quê, homens?Isso já aconteceu com vocês? Já foram sentar do lado de uma mulher num ônibus quase vazio e ela mudou de lugar? Ficou magoadinho? Ofendidinho? Então que tal calar o cuspidor de mimimi e perguntar a uma mulher porque elas querem distância de vcs? Por que elas mudam de calçada ou de lugar no ônibus? Por que elas aceleram o passo quando estão andando numa rua deserta com vc por perto? Vocês saberiam se ao menos OUVISSEM as mulheres. Por quê, por quê pra homem é tão difícil calar a boca e OUVIR por alguns minutos? Eu já fiz isso muitas vezes, fofos, garanto que não te deixa surdo nem faz seu cérebro escorrer pelas orelhas.

Anônimo disse...

achei exagero, sou mulher e não deixo de fazer nada por medo de sair na rua. não gostei da bobagem que ouvi, só ignoro se o cara fosse inteligente saberia conversar, agora todo esse drama nesse assunto achei ridiculo, um exagero.

Juba disse...

Anônimo das 15:36, se liga:

A gente quer sair na rua SEM ter de se armar. Pra isso tem que sair batendo em todo imbecil que encontrar pela frente?

E outra coisa, a mulher sai com xs filhxs, faz o quê? Larga a mãozinha pra lutar com o maluco? Anda com a arma no alcance das crianças?
E uma mulher com deficiência física ou visual, faz o quê?
E tendo 3 ou 4 caras ou apenas um, que lute melhor que você?

Fora isso, e o dia em que eu sair sem arma, porque esqueci ou porque vou ao banco, se eu for estuprada a culpa é minha?

Vocês são ridículos. Incapazes de respeito.

Nelia disse...

Lola , achei esses questionamentos do post paranoicos. Sou mulher e tenho profissão que a sociedade acha masculina, sou engenheira civil.Vivo em ambientes com muitos homens , mas não me choco com suas piadinhas e cantadas, apenas não me intimido. Minha resposta à todas aquelas perguntas é não. Nunca deixei de fazer nada pensando que poderia ser estuprada ou assaltada. Isso não é negar que tais coisas aconteçam , mas não dá para passar toda a sua vida reclusa por causa dos perigos da vida. Eu não tenho medo, mas também não sou descuidada, sou muito atenta. Minha mãe nunca disse "não vá a tal lugar", ela dizia "tome cuidado". Sempre fiz cursos à noite, viajei sozinha de carro e andei de carro sozinha na madrugada. Agora não tanto porque estou namorando e ficamos juntos a maior parte do tempo. Também não me incomodo se me elogiam na rua, conto para meu namorado e ele me conta quando ouve gracejos femininos também (quando é mulher é assédio também?). E já vi homens e mulheres lançarem olhares lânguidos para o meu namorado na minha presença, assim como ele já reparou em homens medindo minha derriere quando eu passava. Nós dois levamos numa boa porque não nos sentimos ameaçados. Tem gente que considera o simples olhar como assédio, mas aí já acho que as pessoas estão mesmo paranóicas e deixando o mundo feio demais.

Nelia disse...

E também considero um pouco forçado isso de dizer que quem faz cantada na rua é um possível estuprador. Difícil dizer com certeza que tipo de homem é estuprador. Acho mais perigoso um homem que te segue em silêncio pela rua, que um que diz uma gracinha, e te esquece assim que vc passa e já dirige o olhar para a próxima transeunte.

Anônimo disse...

Queria que tivesse algum lugar que as mulheradas ficassem me passando cantada assim.

Seria o paraíso!

Unknown disse...

Nelia tu é a favor que meninas menores de idade passem por isso também? É assim, bom começar a se acostumar desde cedo?

Anônimo disse...

Juba,

Eu também adoraria sair na rua sem ter medo de nada e sem ter que tomar cuidado. Adoraria atravessar a rua de olhos fechados. Mas não posso fazer nada disso porque sei que esses atos podem gerar consequências bastante negativas pra mim.

Partindo de um cenário no qual as medidas que eu sugeri tenham sido adotadas, se a pessoa não é capaz de se proteger sozinha, ora, deve haver uma estrutura de segurança para protegê-la, no intuito de manter a reputação do local como seguro. Onde há mais ataques, num shopping (privado) ou numa rua (estatal)?

Aliás, repara no erro lógico primário da tua argumentação, típico de quem não presta atenção no que lê: todas as situações que tu colocou como objeção já tem grandes chances de acontecer hoje. É curioso que o pior cenário que tu pensa pra um arranjo privado já ocorra rotineiramente num cenário estatal. Tu vive mesmo na Terra?

A ânsia de vituperar e colar rótulos nos outros é tanta que as pessoas até se esquecem de argumentar com o mínimo de lógica.

Anônimo disse...

Mulher faz cantada claro mas mulher não femista nem a sociedade.
Já a sociedade é machista a mulher está ali para o deleite do homem e a mulher não é estupradora em potencial.
Já o homem está impondo seu machismo a mulher dizendo que ele quer do corpo dela, avaliando e depois possivelmente pode ocorrer um estupro e que ainda vão dizer que a garota provocou.

Anônimo disse...

Queria que tivesse algum lugar que as mulheradas ficassem me passando cantada assim.

Seria o paraíso!

pra depois chamar de puta

Anônimo disse...

Tem mulher que gosta de assédio porque precisa da aprovação de homens, que no normal só estão falando o que falariam pra qualquer mulher que ele ache gostosa, e normalmente no Brasil são feios mas em lugares como itália são uns gatos, diga-se de passagem.
Mas a abordagem grosseira faz enfeiar qualquer homem.

Anônimo disse...

Nó mulheres não costumamos olhar assim virando a cabeça como eu vejo fazendo por aí eu acho tão vulgar.

Ana disse...

Lola, achei super legal você ter tocado nesse tema.
Eu recebo algumas cantadas na rua. Moro em São Paulo e tenho percebido um padrão. Esse padrão é algo meio inconveniente, mas acho que é algo que nós feministas devemos discutir.
O padrão que eu percebo aqui em São Paulo é o seguinte: a maioria dos caras que ficam assobiando ou fazendo catadas nas ruas são nordestinos ou de origem nordestina.
Você mora no Nordeste e deve saber isso melhor que eu. O homem nordestino é muito machista, bem mais que o paulista. Atacar esse mito do "cabra macho" deve ser uma prioridade do movimento feminista.
Lola, o que você acha? Você também percebe isso?

Anônimo disse...


Nélia é a típica mulher que acha que o machismo não é tão ruim assim, eram assim que as mulheres da decada de 40 foram ensinadas viam que algo estava errada mas não é tão ruim assim se não fosse as que se incomodaram estariamos mandando um homem escrever isso ou melhor o blog nem existiria ¬¬

Anônimo disse...

Na pagina bbc brasil postou coisas sobre feminismo como os zome se doeram até com o fato da mulher ter sido estuprada

Danilo disse...

"Nossa sociedade é reprimida e monogâmica demais."

Piada do século XXI. Não existe mais repressão sexual nos dias de hoje. E o efeito colateral da não repressão é a instabilidade nos relacionamentos. Ou seja, na sociedade de hoje não existe tanto mais apelo para a monogamia.

Anônimo disse...

Você mora no Nordeste e deve saber isso melhor que eu. O homem nordestino é muito machista, bem mais que o paulista

eu moro não conheço são paulo mas acredito que não seja isso não, eu acho que o país todo sofre com machismo igual. DO NORTE AO SUL, E SOBRE O CABRA MACHO AQUI TANTO GAY QUE TÃO SAÍNDO PELO LADRÃO.

Gab. Rios disse...

Vocês fazem esse tipo de coisa com pessoas que não sejam mulheres em situação vulnerável (homens ou mulheres acompanhadas)? Então não é gentileza, é invasão. Parem de encher o saco e treinem sua empatia, "senhores".

Anônimo disse...

Realmente esse tipo de mulher carnuda faz mais sucesso com negros e latinos, não sei se a proporção foi a mesma + não me parece o biotipo que o americano branco gosta N estou safando o homem branco americano, + eu acho que foi muito mais negros e latinos sim por conta do biotipo da mulher. agente acha os americanos tão liberais pensei que não faziam tanto isso

Juba disse...

Anônimo,

Não imaginei isso para um cenário privado. Você fala tanto em lógica, mas não tem o menor conhecimento da distinção entre público e privado. Estatal é uma coisa, público é outra. E a liberdade se faz no público. As mulheres já viveram no privado, "protegidas" (impedidas de fazer o que quer que seja) tempo demais.

Não queremos proteção, queremos respeito e liberdade.

No shopping? Acontece também, principalmente se for negra ou trabalhar lá... Muda um pouco a forma, mas o assédio permanece.

Outra coisa, não queremos shoppings. Queremos parques, praças, universidades, mobilidade.

Mas é isso aí, continue ensinando lógica a mulheres e também ensine o que elas devem fazer ou querer. Tudo para o bem delas, é lógico.

Thomas disse...

Fica a dica, garotas. http://www.falconarmas.com.br/shop/defesa-pessoal-aparelhos-choque-c-238_49.html

Raven Deschain disse...

Não acho que o Jonas esteja querendo aprender. Quem quer aprender, senta, cala a boca e escuta, em vez de chegar dizendo que "isso é exagero". Mas dane-se, ele pelo menos assina e eu posso pular os comentários excruciantes dele (plmdds cara é Krav Maga! MAGAAAAA! M de Maria. A de amora. G de gato. A de amora novamente. Qual a porra da dificuldade?).

Mas enfim. Comecei a escutar merda na vida com 8 anos. 8. Estou com 25. E isso não parou. Nem sequer melhorou. Nem mesmo quando eu estava grávida. Então quer saber? Vão a merda bando de babacas que fazem isso ou acham que é exagero nosso. Aliás tem uma pegadinha do guru Silvio Santos que é exatamente assim: Mulheres gritando pros homens o quanto eles são delícias. O quanto eles são gatos. O quanto "ô lá em casa!". E eles ficam putinhos! A ponto de um deles querer agredir as moças. E a gente tem que ficar de boa? Vão se foderem.

Anônimo disse...

Juba,

A maioria do teu post é apenas palavras de ordem que eu aposto que tu copiou de alguém e postou sem refletir, apenas porque achou bonitinho ("nós não queremos proteção", nós quem? Tu fala em nome de todas as mulheres agora?). Vou me ater ao aproveitável.

Se nada do que tu objetou foi para um cenário privado então mais uma vez tu confirma que não leu ou não prestou atenção ao que eu disse antes de replicar: eu falei em privatização dos espaços públicos (e estatais, afinal a rua pertence ao estado, não?), usando exatamente esses mesmos termos.

Vou dar um exemplo pessoal: tenho mais de 140 kg. Não é nem uma nem duas vezes que eu ouço piadinhas a respeito da minha forma física. o que pretende que eu faça? Mande todo mundo se calar? Faça lobby pra obrigar uma lei obrigando todo mundo a sair de casa com uma silvertape na boca? Ou eu simplesmente ignoro e sigo em frente?

Aqui me refiro ao assédio verbal. Há várias maneiras de evitar ou retaliar o assédio verbal que podem ser postas em prática sem que se agrida ninguém e sem que se use o estado agressor e ineficiente para tanto.

O assédio físico, sim, esse deve ser tratado como uma agressão. No caso de a pessoa ter condições de se defender, a autodefesa e o livre armamento podem dar conta do sujeito. Mas e se a pessoa for vulnerável, estiver desarmada ou acompanhada de crianças pequenas, exatamente como nos teus exemplos? Ora, o interesse do dono de algo é elevar ou ao menos preservar o valor do que ele possui. As pessoas valoram enormemente a segurança, logo essa vai ser uma das prioridades do dono (por isso que não se vê estupro em shopping). Com as ruas, parques, universidades, enfim, em todos os espaços que são ou se tornarão privados é exatamente o mesmo princípio. E outra: "nós não queremos shoppings". Nós quem? Tu fala em nome de todas as mulheres agora?

Aliás, eu não atenho meus "ensinamentos" (tu que diz isso) de lógica a mulheres.

Juba disse...

E não é pior cenário, é cotidiano. Só porque acontece fora do seu umbigo não quer dizer que seja incomum.

Beatriz Correa disse...

Então, 2 semanas atrás me safei de um possível estuprador.

Eu estava em um ponto de ônibus esperando meu namorado, q tinha ido numa padaria ali perto. De repente um cara passa de carro em frente ao pto e começa a buzinar como louco. Como eu era a única no pto, sabia q era pra mim, então levantei um dedo do meio em riste eqto ele se afastava.
Aí ele parou o carro 100 metros à frente e começou a manobrar o carro.
Gelei na hora.
O pior é q a rua estava deserta até de carro e eu não tinha nd em mãos, nem msm chaves, para me proteger.
Minha sorte foi q nesse msm instante meu namorado dobrou a esquina. E se antes eu tinha dúvidas das intenções do cara, ali n tive mais: assim q ele viu meu namorado, ele desfez a manobra e seguiu seu rumo.
E eu "só" fiquei tremendo por pelo menos meia hora.

E essa é só a história de horror mais recente.

Anônimo disse...

juro q tentei me indignar com essa parodia... mas falhei e morri de rir. http://www.funnyordie.com/embed/8aeb78deb2 lol

Anônimo disse...

Juba diz:

E não é pior cenário, é cotidiano. Só porque acontece fora do seu umbigo não quer dizer que seja incomum.

Eu disse:

Aliás, repara no erro lógico primário da tua argumentação, típico de quem não presta atenção no que lê: todas as situações que tu colocou como objeção já tem grandes chances de acontecer hoje. É curioso que o pior cenário que tu pensa pra um arranjo privado já ocorra rotineiramente num cenário estatal. Tu vive mesmo na Terra?

Essa última pergunta continua de pé...

Julia disse...

"Queria que tivesse algum lugar que as mulheradas ficassem me passando cantada assim.

Seria o paraíso!"


Acontece que ninguém aqui se importa o que você quer ou deixa de querer. O assunto não é você.

Ana disse...

Vocês dizem que homens não podem falar pela mulheres mas vocês falarem por todas as mulheres não tem problema nenhum.
Não podem afirmar que a maioria destesta cantada,tem mulher que gosta,quantas eu não sei,nem afirmar que todas saem na rua só pensando estupro,isso é mentira,francamente.
Eu fico pasma com os relatos,onde dizem que levam cantadas até indo na esquina e isso não acontece comigo,é muito de vez em quando.
Eu acho que rola exagero mesmo.

Cássia disse...

"Os prejuízos na vida das mulheres são incalculáveis. Quantos cursos você já deixou de fazer porque eram à noite? Quantas vezes deixou de se exercitar porque a rua se tornou um lugar hostil? Quantos amigos deixou de ver? A quantas palestras deixou de ir por que não havia um caminho seguro para voltar? Quantas viagens por conta própria deixou de fazer? Quantos momentos deixou de viver?" Pode parecer uma bobagem, mas eu me abri de chorar ao ler isso. Porque quando me dou conta de tanta coisa que deixei de fazer em todos esses anos, me dá uma tristeza sem tamanho. Parece que muitas experiências foram tiradas de mim sem a minha permissão.

Beijos.

Anônimo disse...

O que o Aécio tem a ver com o vídeo? MUHAMUAHAMUAHA É muita fixação..

Anônimo disse...

Jonas, o seu comentário do 12:54 foi o mais razoável que você fez nesses últimos dias. Você não é tão doido e sem noção como parece, parabéns!Continue evoluindo!

Anônimo disse...

Ah essas classes médias reclamando que nunca deixaram de fazer nada por causa de assédio...

É porque certamente tem carro pra andar a noite né? Ou já voltaram pra casa a pé depois das 23h sem sentir medo?

Eu não tenho carro, faço técnico a noite, preciso pedir para o meu pai me esperar no ponto de ônibus. E olha que nem é medo de assalto pq não saio com nada de valor pra aula.

Mas quem tem carro beleza.

"Sempre fiz cursos à noite, viajei sozinha de carro e andei de carro sozinha na madrugada."

Está explicado. Um pouquinho mais de empatia antes de sair dizendo que esse post é paranoia né?

Anônimo disse...

Thomas
30 de outubro de 2014 17:26

É triste mas desde que comecei a andar com um desses, escapei de duas tentativas de estupro feitas justamente por homens que além de falarem coisas absurdas, andaram do meu lado me coagindo a olhar para eles. Isso aconteceu nas duas vezes e de forma muito parecida, só ando "tranquila" quando levo meu teaser. Infelizmente. ):

Anônimo disse...

AFF! Mas VC não entendeu nada, hein moço?

Anônimo disse...

#off topic, Lola agora entendo pq zeze di camargo traía a esposa... ele na verdade se casou muito cedo, com 19 anos!
Veja: http://celebridades.uol.com.br/noticias/redacao/2014/10/29/faltava-uma-mulher-bonita-para-eu-ficar-completo-diz-zeze-di-camargo.htm

Anônimo disse...

Mousse de Chocolate

INGREDIENTES


3 ovos
200g de chocolate meio amargo
2 colheres (sopa) de açúcar
1 lata de creme de leite



MODO DE PREPARO

Bata as gemas até dobrarem de volume

Junte o açúcar e continue batendo
Derreta o chocolate e acrescente à gemada

Junte o creme de leite batendo sempre

Por fim, as claras em neve (bem batidas mesmo) misturando rapidamente na batedeira

Adicione, se quiser, licor de cacau para dar um gostinho suave (pode ser 3 ou 4 colheres de sopa)

Leve à geladeira e sirva-se deliciando o melhor mousse e mais simples de fazer!

Anônimo disse...

"Sempre quis ter um filho com uma japonesa pra melhorar o cabelo dos meus filhos"

Fala sério, mesmo que não assuste, enoja ouvir isso na rua.

Anônimo disse...

Anonimo das 19:57, isso só pode ser inronia né? O cara solta uma frase machista desta com relação a ex mulher, mãe dos filhos dele q o ajudou no inicio de carreira e o fato dele casar cedo justifica?

Anônimo disse...

Tem mulher que curte, beleza, mas como o cara vai detectar uma mulher que gosta ou não de receber cantadas? Eu odeio mas isso não vem escrito na minha testa fia. Sério ótimo respeitar o espaço alheio e não sair brincando de roleta russa.

Juba disse...

Esqueci da regra principal: não alimentar os trolls. Fui.

Kittsu disse...

"amigas, o Jonas vem aqui todos os dias... ele está interessado, querendo aprender! não vamos tacar pedra no cara né? fala sério!"

Não, não está. Nem o Danilo, nem o malucão pró-poligamia, nem o darth eater/miojo/cambacica ou sei lá qual é o nick da vez.
Eles querem legitimar idéias pré-concebidas aos quais eles se agarram. Em maior ou menor grau, o que eles de fato buscam aqui é a aprovação com relação a essas idéias - aprovação esta que eles buscam aqui ou nos foruns mascu, pois sua auto-estima depende da aprovação de terceiros - e no fim das contas eles não querem realmente uma perspectiva diferente para olhar esse tipo de situação sob uma nova lente.

Aline J disse...

'A questão é o hábito de olhar. Daí dizer que todo homem que olha é candidato a estuprador parece algo meio forte, um grande exagero. '

Amigo, depende, viu? Olhar discretamente não tem nada de mais mesmo, mas comer com os olhos é feio, é rude.

Bia Pimentel disse...

Os homens tem que entender que não podem definir oq é elogio e oq que é abuso. Vocês tem que ouvir as mulheres e entender oq nós temos a dizer e não ficar querendo diminuir nosso sofrimento.

Bia Pimentel disse...

Você não é mulher. Você não vive nosso sofrimento. Você é privilegiado. Falar que alguma mulher gosta é tirar a culpa do assediador. Se uma mulher "gosta" é pq isso lhe foi imposto pela sociedade machista que dita que ela deve se sentir lisonjeada.

Anônimo disse...

Oi,Jonas Klein.Saiba que reclamar de cantada, para grande parte das mulheres não é exagero.Eu já recebi cantadas e recebo olhares e afirmo que é muito constrangedor, pode ser o mais "educado" possível!
Eu concordo que há mulheres que gostam de receber cantadas,pois está na cultura da brasileira entender que se ela recebe cantadas está recebendo aprovação masculina e que ela necessita da aprovação masculina para terem valor.Se não recebem cantadas, não tem valor, não tem aprovação masculina.Não são todas as mulheres, mas isso acontece como você mesmo comentou.E é claro, que eu não concordo nem um pouco com essa nossa cultura machista!Os homens se sentem no direito de julgar as mulheres, se elas têm valor ou não e claro, nesse julgamento só a aparência importa.E mulheres são muito mais do que isso.Acredito que não são todos os homens, claro, mas na maioria das vezes é assim que funciona!
E em relação a mulheres terem medo de sair na rua também posso afirmar que não é exagero.Toda vez que eu vou sair, e acredito que aconteça com todas as mulheres, sempre penso na minha integridade física, olho quem está andando perto de mim e etc.Ou seja, não é aquele medo paranoico que os homens devem pensar que sentimos, mas sempre temos precaução, sempre pensamos nos detalhes, por exemplo: onde vou, com quem eu vou, o que vou fazer... Eu sinceramente não sei se homens pensam em tudo isso antes de sair, mas sei que mulheres pensam!
Eu concordo que homens que assediam mulheres na rua não tem muito bom senso e que homens inteligentes quando estão interessados em uma mulher vão conversar com ela.

Unknown disse...

Meu chapéu eu levei tanto pau essa tarde aqui que eu sei por onde eu começo a resposta.

O Tiago, liga não meu brother, isso eu já estou acostumado a ser chamado de mangina entre outras coisas (pesar de não ser), e no inicio e meio difícil enfrenta isso, mas com o tempo você aprende a tira de letra.

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Quanto a questão das técnicas de defesa pessoal, sei num mundo ideal qualquer pessoa poderia sair a rua, sem precisar sentir medo pois ninguém jamais te faria mal algum, mas lamentavelmente nos não vivemos nesse tal mundo ideal, e talvez nunca vamos viver por mais que a tecnologia avance, por isso sugiro insistentemente que mulheres aprendam se defender, claro que as técnicas de defesa pessoa não dão total segurança ninguém, mas podem facilmente fazer diferença entre vida e morte, sofrer ou não um estupro.

Outra coisa em nenhum momento eu afirmei caso mulher não tenha como anda com uma arma ou usa as técnicas de defesa pessoal, ela será a culpada caso seja vitima de alguma agressão...

Anônimo das 14:26, Obragado pelo mesmo você parece me entender...

Anônimo das 19:21, Ok um abraço...

Helen Pinho, eu não tentei relativa a agressão, nem decidindo SE É AGRESSÃO OU NÃO, eu apenas tentei dizer quer não e todo o mundo que vê as coisas da mesma forma, tem mulher que adora passar por certas coisas enquanto e tem outras que odeiam, só isso...

Nelia, eu particularmente adorei a descrição que você fez de si mesma, adoraria ter relacionando com uma mulher com o seu perfil, se tivesse esse privilegio ai sim com mulher como você eu me casaria...

Anônimo das 14:34, eu gosto de relacionamento estilo aberto. Mas acho a monogamia não tem quase nada haver com o Assédio que as pessoas, especialmente as mulheres sofrem nas ruas e onde mais estiverem...

Raven Deschain, apesar da sua indelicadeza obrigado pela aula, vou cuida para não cometer nuca mais esse erro...

Eu visito esse blog todos os dia mesmo não e só com a intensão de aprender, mas e com intensão ensinar o que sei também, e expor a minha opinião sobreo eu publicado aqui, outra razão que me leva vir aqui, e que eu mesmo sem ter essa intensão, acabo sendo exposto a muito conteúdo machista, ai venho aqui para higienizar os meus neurônios, eu sei que quisesse para de frequenta certos sites, e só querer e esta resolvido, mas e que tem algumas discussões onde alguém, que tem tenha bom senso e uma maneira moderna de ver o mundo participe.

Boa noite






Mary Janne disse...

Lola, vc viu esse vídeo? Eh sobre o assunto
http://pensandomagro.net/2014/10/video-sobre-cantadas-de-rua-e-desrespeito/

Mary Janne disse...

Lola, a que ponto chegamos? Faz um post sobre esse caso, ou pelo menos, um guest post com o relato dessa menina

https://www.facebook.com/isabela.nobre.3/posts/756230604446491?fref=nf&pnref=story

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/10/jovem-e-estuprada-apos-defender-mulher-de-discussao-politica-no-rio.html

Rosanna Andrade disse...

Jonas Klein

Não precisamos falar aqui das mulheres que gostam de cantadas na rua, sejam elas algumas, minoria (tudo indica que sim). Mesmo que fossem maioria.

Há mulheres aterrorizadas com as cantadas,não gostam, sentem medo, mudam seus hábitos para evitá-las. Isso não basta pra vc?

Não é q tem pessoas que gostam de levar merda na cara que vc vai sair atirando cocô nas pessoas na rua pq com sorte vc vai achar alguém que gosta...

É uma questão de respeito, empatia...
É disso que o texto trata.

Ana A. disse...

Inacreditável alguém considerar que haja algum "elogio" nisso! É só ver a cara de deboche, ironia ou "ponha-se no seu lugar, pedaço de carne ambulante" dos assediadores.
Pura demonstração de poder.
Quando alguém te elogia, há sempre um sorriso franco, uma expressão de simpatia. Não é o que se vê. O que se vê claramente nos vídeos, e, quem é mulher conhece perfeitamente, é uma atitude invasiva, desrespeitosa quando não ameaçadora.

Quem considera o texto exagerado, só pode ser homem ou mulher que não usa transporte público nem caminha nas ruas. Assim fica fácil. Passei minha vida sofrendo assédio, como todas as mulheres, ou seja, vivi acuada e com medo. As coisas só melhoraram quando comprei meu primeiro carro. Tive diversas histórias de horror. Desde os 13 anos. Aliás, nessa fase adolescente, eu era magérrima e de uma timidez absurda. Foi a fase em que mais sofri. Por que será? Ora, quanto mais vulnerável é a sua aparência, mais os escrotos aproveitam. Mundo cão.
Lola, você e o seu blog são imprescindíveis.

Gaúcha disse...

Eu tenho 19 anos e me incomodo bastante com os babacas que enchem meu saco na rua. A cidade onde eu moro é insuportavelmente quente durante o verão, e mesmo assim eu evito andar de short por medo de acharem que estou "pedindo". Mesmo sendo feminista e sabendo que não sou culpada pelas besteiras que os homens me dizem, ainda fico triste com isso. Porém, dia desses eu estava indo para casa a pé e, por uma série de motivos, estava irritada e sem paciência para aturar assédio. Quatro caras se aproximaram de mim, berraram "olha aí a perereca!" e começaram a rir loucamente. Sem nem pensar duas vezes, olhei bem na cara deles e berrei mais alto ainda "vão à merda, imbecis!". Eles ficaram sem jeito e saíram de fininho. Desde então, decidi que não iria mais abaixar a cabeça para hominho machista que viesse mexer comigo na rua. Mando ir tomar no cu, chamo de idiota, respondo aos "elogios" dizendo que não pedi a opinião de merda deles. Entendo que muitas mulheres têm medo de reagir aos assédios, o que respeito completamente, mas para mim não dá mais. Cansei de me submeter a isso.

Anônimo disse...

"Lola agora entendo pq zeze di camargo traía a esposa... ele na verdade se casou muito cedo, com 19 anos!"

Zezé é um escroto nível hard.
E você também :D

A Zilu também casou nova e não tá sendo escrota na internet.
Tenta de novo.

Anônimo disse...

Um retrato cruel e real de nossa vida cotidiana. Já deixamos de fazer muitas coisas, nos privamos de ambientes. Não imaginava no entanto, que uma cidade como NY abrigasse certos costumes e abusadores tão explícitos. E o pior de tudo, abusos são ouvidos por nós ainda na infância.

Unknown disse...

Ana ficou feliz que tu não te incomode com o assédio nas ruas, que isso não faz diferença na sua vida, é ótimo por que pra quem se incomodo dá um ódio sem fim quando um cretino desconhecido vem pra cima de ti falando m*$
Acredito que como eu, as outras mulheres sabem que uma porcentagem, bem pequena, de mulheres não se incomodam com a situação, a própria campanha e pesquisa Chaga de Fui Fui mostrou isso, se não me engano 2% das mulheres ouvidas não se importam ou gostam.
Mas veja se muitas muitas mulheres não gostam, se sentem agredidas, inseguras com a situação, por que defender a situação? Tu não acha que seria muito melhor que todas as mulheres se sentissem como tu na rua? E se para isso só precisamos que os homens entendam que falar sobre a aparência de mulheres desconhecidas, fazer insinuações sexuais para mulheres desconhecidas, é tão difícil? Estamos tirando um direito deles? Que direito?
E volto a dizer a maioria das agressões verbais nas ruas acontecem quando se é pré adolescente, adolescente, tu acha que uma menina voltando da escola deve ouvi um "vou ter chupar todinha"? Tu acha que também é bom para as meninas que os homens continuem com esse "hábito"?

Anônimo disse...

Eu conheci uma mulher que gostava de cantada de rua. Dizia que precisava disso para se sentir bem oO. Mas ela repetia ad nauseam todos os clichês machistas conhecidos da humanidade.
Essa é uma situação específica que eu não consigo sentir empatia. Alguém que precisa de "vou te chupar todinha" pra se sentir bem consigo mesma é caso de hospício com direito a camisa de força e eletrochoque. Não se pode tomar gente assim como base pra nada.

Do mais, mascuzada do inferno - parem de idolatrar seus paus e entendam de uma vez por todas que as mulheres não estão aqui para seus prazer. Se a admiração for verdadeira e honesta há formas de expressa-la sem coação.
Caso contrário abaixem a cabeça, coloquem as mãos no bolso e calem a boca quando estiverem num raio de até 50km de uma mulher. Se vocês não sabem se comportar como gente civilizada, o lugar de vocês é na maca ao lado da fulana que eu citei aí em cima.


Jane Doe

Ta-chan disse...

"Anônimo disse...

" Ah essas classes médias reclamando que nunca deixaram de fazer nada por causa de assédio...

É porque certamente tem carro pra andar a noite né? Ou já voltaram pra casa a pé depois das 23h sem sentir medo?

Eu não tenho carro, faço técnico a noite, preciso pedir para o meu pai me esperar no ponto de ônibus. E olha que nem é medo de assalto pq não saio com nada de valor pra aula.

Mas quem tem carro beleza.

"Sempre fiz cursos à noite, viajei sozinha de carro e andei de carro sozinha na madrugada."

Está explicado. Um pouquinho mais de empatia antes de sair dizendo que esse post é paranoia né?

30 de outubro de 2014 19:28"

Eu sou pobre e não tenho carro, faço técnico a noite tbm, pego ônibus ando a pé até em casa sozinha tranquilamente.
Não deixo de fazer coisa alguma por medo de estupro, e antes que venham dizer que sou privilegiada, fui estuprada por dois vizinhos quando eu tinha 8 anos.Sangrei durante uma semana e escondi dos meus pais por medo.
Vivi com medo, vergonha e nojo até 12 anos quando eu vi que não era culpada de nada e abandonei meu papel de vitima.
Eu escolhi bater de frente com o mundo e não baixo a cabeça pra homem nenhum na rua.Mas isso sou eu, não julgo gente como vc, mas acho que as mulheres e meninas precisam ser educadas pra reagir e se impor.
Se ficarmos só esperando da empatia dos homens vamos ter que voltar pra vida de dona de casa...

Anônimo disse...

Sobre como os homens gostaria de ser assediados na rua: Então tá!!! De hoje em diante eu vou andar com um dildo gigantesco na bolsa e sempre que eu achar um homem atraente vou chegar por trás dele e "atochar" o dildo no traseiro e sussurrar no ouvido dele "quero enfiar até meu cotovelo no teu **, gostosão"

A variação para esse elogio é chegar pela frente a apertar os testículos como se fossem bolinhas de fisioterapia e dizer "to loca pra morder tuas bolas"...

lisonjeiro, nao???

Anônimo disse...

Qual é a das receitas?

Anônimo disse...

As receitas são mascus trolando. Não sei porque a Lola publica.

Anônimo disse...

Pior que sei mais ou menos como é ruim sofrer assédio. Mesmo sendo homem.

Teve uma vez que tive de despistar um cara que estava me seguindo de carro, tentando me convencer a ir pra casa dele (e eu estava a pé, voltando da casa de uma amiga).

Outra vez eu estava olhando celulares em uma vitrine - dentro de um shopping - quando um sujeito soltou uma cantada suja, pegou na minha bunda e sumiu antes que eu pudesse quebrar a cara dele.

Em outra vez eu estava em um ponto esperando ônibus. Então veio um cara com papo de dormir na casa dele.

E lendo os relatos, imagino como deve ser sofrer esse tipo de coisa todos os dias. Penso em soluções, mas não consigo pensar em qualquer uma em curto prazo. Em longo prazo, a única solução que vejo é mudar a educação dos meninos. Mas, enquanto isso, minha esposa e eu estamos procurando uma escola de artes marciais para nós dois.

Anônimo disse...

É falta do que fazer. :)

Victor disse...

Eu já recebi bastante cantada na Rua. Infelizmente a maioria de homossexuais e não mulheres. Nem por isto, fico de vitimismo...

lola aronovich disse...

Eu só vi uma receita, e era de mousse de chocolate. Achei digna. Tinha mais de uma?

Ana disse...

Então Lola, você não está preocupada com essa cultura de "cabra macho" entre os nordestinos? O fato de esses insultos machistas serem mais comuns vindos de pessoa dessa região não lhe preocupa?

lola aronovich disse...

Não estou preocupada, Ana. Muita gente tem certeza que o Nordeste é mais patriarcal, mais machista que o resto do país. Sinceramente, eu não vejo diferença. Talvez pessoas mais velhas no interior sejam assim, mas eu realmente não vejo isso. Já morei em diversas regiões no Brasil (22 anos no Sudeste, 15 anos no Sul, e agora em janeiro faço 5 anos de Nordeste), e as pessoas daqui me parecem tão machistas quanto as de qualquer outro lugar. Claro que convivo mais com gente do meio acadêmico (alunos, professores, funcionários etc), que é um meio privilegiado, menos preconceituoso que o geral. Mas o que costumo ver é gente com MENOS preconceito que nas outras regiões. Pelo menos aqui o pessoal não tem preconceito contra as pessoas do resto do país, como São Paulo tem contra o Nordeste e os nordestinos.

Ana disse...

@Wellington
Adorei seu comentário. Não vejo muita gente fazendo barulho por essa novela, deve ser porque estamos cansados de falar o óbvio (que a tv brasileira, especialmente a Globo, é uma droga).

Noutro capítulo, foi revelado que o filho do ~Comendador~ engravidou uma moça. A moça não quer o filho. O Comendador diz, com todas as letras, que isso não é ela quem decide, que o o feto é neto dele, e que ele e o filho vão decidir isso entre si. Ah, e que ela não vai abortar, nem que ele precise amarrar ela em algum lugar.

E daí na terça feira passada teve Profissão Repórter sobre o aborto... Por alguma razão desconhecida.

Só por ter o tal ~Comendador~como mocinho eu já fico indignada. E as pessoas compraram a idéia, gostam dele e são completamente cega com as suas ações. Ele nada mais é que um criminoso (já foi dito na novela que ele faz contrabando), machista e nojento. Ele chama a amante de “My Sweet Child” – ela dorme COM UM URSINHO DE PELÚCIA, gente!! E as pessoas gostam desse cara! Ele é MOCINHO!

Comofaz?

@Mallagueta Pepper
“Não me veja como estuprador em potencial, isso me ofende!! Mas se você passar na minha frente é meu direito olhar e gritar qualquer coisa pra você”

Coerência, né?

@Cantada de Rua

Ótimo o texto, adorei, obrigada mesmo!
“Parem de criar uma "lógica" ou uma explicação para este comportamento grotesco e tipicamente masculino. Não é aceitável, não é tolerável. E não adianta vocês insistirem, é pura ficção.”

E além de tudo – não é necessário. Me deem uma razão pela qual vocês PRECISAM das cantadas. Dói quando vocês tem que ficar de boca fechada? Cai uma das bolas sagradas que Deus lhe deu?

Das mulheres é cobrado motivo, temos que ter mil e uma razões para cada volta que damos – mas porque foi por aquele caminho? Mas precisava essa roupa? Mas não podia pegar uma carona? Mas não podia fazer essa cadeira de dia?

Agora homem pode ser incapaz de fica de boca e fechada, e nem tem que justificar a falta de auto-controle. Caramba, crianças de 5 anos podem ser ensinadas a ficar em silêncio, e os homens barbados na rua não conseguem esse feito.

@Gi
“estão mais preocupados em terem seus egos massageados e se considerarem "homens bons que não fazem isso" do que com a dor, o pânico e a frustração que é ser mulher e passar por esse tipo de coisa diariamente.”

Palmas, palmas, muitas palmas!

@Death
“Também não consigo entender esse povo tosco como esse Jonas ai que diz para aprendermos algum tipo de auto-defesa, pq eu deveria perder o meu tempo tentando aprender algo que não gosto?”

Poisé!

Aprender a ficar com a boca fechada é mais fácil, não custa grana, nem tempo, nem dói. Mas isso os XY não querem, né?

Ana disse...

@Lisa
“Fiquei triste porque eu realmente me interessava pela área de TI, adoro programar e sou boa nisso.”

É foda.

E depois a gente tem que aguentar umas coisas tipo, “ah, mas vocês ganham menos em média PORQUE VOCÊS ESCOLHEM AS PROFISSÕES ERRADAS QUE PAGAM MENOS”.

Escolhemos? Jura? Porque o machismo não influencia em nada as escolhas de profissão, né?

@Helen Pinho
“meu querido NÃO É TU QUE DECIDE SE É AGRESSÃO OU NÃO, não é tu que fala a m%* que tem esse direito, mas quem ouve, eu me sinto agredida, ofendida, assediada. é tipo dar um soco na cara de alguém e dizer "veja bem foi um carinh"o, e quem sofreu o soco tem que aceitar que foi um carinho e pronto.”

Quero esse texto em outdoors pela cidade.

“não é por que uma criança de 12 , 13, 14 anos é extremamente gostosa, é por que os "caras normais" identificam a vulnerabilidade.

assédio é sobre PODER, assim como o estupro.”

Eu... nunca tinha me dado conta disso... FAZ TODO O SENTIDO

@15:36
“Não adianta, já deram a letra pra resolver ou ao menos mitigar essa situação (autodefesa, livre armamento, privatização dos espaços públicos) mas vocês simplesmente não querem saber.”

E OZOMI QUE NÃO QUEREM SABER DE CALAR A BOCA?

Criança de pré-escola consegue, mas homens crescidos não. Se não é incompetência, não sei o que é.

@Juba
Só observando sua paciência e força de vontade de discutir. Palmas

Julia disse...

Tomou, Ana?

Ana disse...

Já disse aqui uma vez – depois que comecei a namorar, fiquei 3x mais paranóica na rua. Meu namorado, que nunca fez exercício físico nenhum, nerd estereotipado de marca maior, baixinho e magro, segura meus dois braços imóveis com uma das mãos.

Daí eu saio na rua e neguinho com 1,80 e 5x mais músculo que eu quer ~me elogiar~ sem que eu sinta medo.

Bem provável. Bem provável...

Anônimo disse...

A maioria dos homens que dão cantada são negros e não e por causa da edição, e porque não conseguem se comporta como ser humano, neardentais, quando veem uma mulher branca principalmente.
Não to falando que homens brancos não dão cantadas, mas isso vem da educação.
Tinha que voltar o nazismo de novo, as mulheres nunca foram bem tratadas, como na alemanha durante a segunda guerra mundial, Hitle abominava o estupro e a violência sexual, isso ficava pros macacos.
Bjs !! sabrina

NN disse...

Nunca pensei que dissesse isso, mas gente: homem cis hétero não TEM QUE dar pitaco em assédio de rua. TODOS que vieram aqui disseram a mesma coisa "vcs tão exagerando", e tal.

Se passassem um dia no corpo de uma mulher, talvez mudassem de opinião.

Ana disse...

Eu não falei de preconceito de classes, muito menos entre regiões. Eu falei sobre machismo. Muito legal isso aí que você falou, mas você não tocou no assunto que eu trouxe.
Eu falei sobre o machismo do povo nordestino. O homem nordestino tem a mania nojenta de cantar mulher em voz alta e em público. O paulista tem vários defeitos, mas é muito raro você ver ele fazer isso.
Não acho que o machismo do homem nordestino deva ser tratado como um tabu só porque somos de esquerda. Acima de tudo, somos feministas e é pelas mulheres que lutamos.

Devemos lembrar que o Nordeste lidera as estatísticas de agressões contra as mulheres: http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&id=19873

O Nordeste é sim um lugar lindo e cheio de potencial, mas é também um lugar atrasado com relação às outras regiões em vários aspectos, inclusive nas questões de gênero que devem ser o nosso foco. Não é só porque eu sou de esquerda que a partir de hoje eu vou esconder todos os defeitos do Nordeste. Acima de tudo, eu sou feminista.

Anônimo disse...

Ana se você nao gosta do seu namorado nao precisa ficar esculachando ele aqui no blog e fazendo piadas, por que não falar na cara dele ou termina com o cara se não esta satisfeita, odeio me meter na relação dos outros, mais você e uma pessima namorada

Anônimo disse...

Lembro uma vez, tinha 14 anos. Estava andando na rua, indo almoçar na casa de uma tia, q morava mto perto da gente. Um carro para perto de mim e um cara, sem sair do carro, me pergunta q caminho ele deveria fazer p/ chegar na avenida principal. Eu, sem me aproximar do carro, olhei em volta, pensando no melhor caminho. Aí eu abaixei p/ olhá-lo, ainda sem me aproximar do carro, e percebi q ele estava c/ as calças abaixadas, de pênis ereto, se tocando. Levei um choque, o cara disse qualquer desaforo e saiu cantando pneu. Fiquei completamente sem reação. Foi a primeira vez q vi um pênis ereto ao vivo. Qdo cheguei na casa da minha tia, mal consegui comer, todo mundo achou q eu tava doente. Não contei p/ ninguém o q aconteceu.

Loup~garou disse...

Objetivo: mostrar para uma suposta e monolítica classe masculina cosmopolita como uma mulher sofre desrespeito ao andar nas ruas de qualquer cidade.

Meio: Fazer uma mulher branca de quadril largo andar por dez horas no Harlem.

Resultados:

1. Provar para as feministas algo que elas já tinham certeza.

2. Provocar sentimentos de dó e compaixão em homens de baixa auto-estima que se consideram muito politizados - vulgo esquerdistas.

3. Mostrar para um público bem maior como homens negros e pobres são mal-educados e sem noção com mulheres. Algo que todo mundo já "imaginava".

4. Mais conteúdo de passatempo na internet criado para estender o portfólio de algum publicitário ou cineasta iniciante.

Anônimo disse...

Sobre "elogios simples":

NÃO. Eu não quero nem "elogios simples". É invasivo do mesmo jeito. Às vezes a gente sai sem querer ser olhada (meu caso todos os dias), e comentários sobre a nossa aparência, por "melhores" que sejam, são horríveis, deixam a gente autoconsciente (self-conscious), preocupada, chateada.
E, mesmo quando eu quero "sair pra matar" (quase nunca), eu não quero ser invadida.

Não tem diferença prática entre o "você é linda" e o "quero te chupar todinha". É tudo constrangedor e não é bem vindo. E quem faz isso não quer resposta, quer? Ou você acha que a mulher vai tirar a roupa e gritar "ME POSSUA"?

E claro, vem sempre o papinho do "mas como que eu vou me aproximar de uma mulher?" - quem não sabe a diferença e não tem tato pra tratar uma mulher como igual ao invés de agir como um animal babão (ainda por cima num lugar inapropriado e sem tato pra ir embora se ela não quiser nada!) nem merece tentar.

Ana disse...

Tomei o que Julia? kkkkk
Não falei nada que era certo homens falando nojeiras na ruas e nem todas as cantadas são nojentas e muito menos que as mulheres são obrigadas a gostar,só apontei a mania que vocês tem de achar que podem falar por todas,é sempre "todas as mulheres isso,todas as mulheres aquilo".
Distorcer o que os outros falam é regra aqui.

Anônimo disse...

Victor:

Meu ex namorado já foi cantado de maneira bem nojenta por um homem, quando era adolescente/criança. Resultado: ele não cresceu "de vitimismo", mas cresceu homofóbico. Levou um trabalho de uns dois anos, conhecendo meus amigos, pra desconstruir isso. E nota: foi UM episódio que fez isso com ele.

Agora você venha me falar sobre, por exemplo, mulheres que desconfiam de homens. Nós passamos por experiências ruins. Muitas de nós se sentem ameaçadas. E agora?

Anônimo disse...

lola até escrever um e-mail para você mas talvez nem tenha tempo de ler, aqui pelo menos você vai ler.
Nesse blog só falam que o homem faz isso faz aquilo.
Eu faço isso sim. Vejo uma bela mulher na rua e OLHO sim. Não mexo, não assobio. Mas meu olhar possivelmente diz tudo. Não consigo evitar. Vou direto na bunda, nos seios, passeio pelo corpo. Mas o que posso fazer. Ta então ensinem como evitar isso. Esse instinto que nos acompanham. Ainda mais fortalecido pelos meios de comunicação com bundas e pernas e QI zero. Diga o que fazer: Capação química? Castração? Não consigo evitar. Não venham com essa que é questão de educação isso é natureza. Então venham com solução. pois me sinto um pervetido.

Anônimo disse...

A maior parte dos estupradores são familiares, vizinhos conhecidos das vítimas. O problema do estupro é maior dentro de casa.

Na rua, pode haver mais risco de grosseria e mau caratismo.


Alguns pesquisadores afirmam que a pornografia reduziu o número de estupros desde os anos 1970. Será essa uma solução?

Anônimo disse...

Vitinho, meu amor: e que tal se a cantada vier de um grandalhão com 1,90m, cinco vezes o seu tamanho, bombado, estuprador de homens conhecido e que diga abertamente que se não conseguir por bem vai comer teu rabo à força, porque você não vai denunciar pra não ser chamado de viado e ele não vai preso mesmo? Ou de um grupo desses andando junto na rua, hein?

Anônimo disse...

Caramba, Ana, vc é filé de borboleta.

Um lance que pode ajudar é colocar mais câmeras nas ruas, nos ônibus, trens.

Olha, eu nem percebia isso, como disse acima era um mau hábito, ao ler aqui, tratei de diminuir, agora só olhos as bundas.

Mas absurdos devem ser combatidos por toda a sociedade.


Mas e as mulheres que não são feministas e vão para a balada de microssaia e decotão? Será que elas não querem ser olhadas?? Elas atrapalham as outras ?

Fábio RT disse...

Acho que não tem muito segredo companheiros homens: Tá na hora de parar com este comportamento. Elas já deram o toque várias e várias vezes. só não enxerga quem não quer. E dois, vocês fariam um enorme favor de parar de contribuir para a pecha (justa diga-se de passagem) de machista e ignorante que o homem brasileiro tem.

Anônimo disse...

Pessoas - homens e mulheres - andam nas ruas pra se locomoverem de um lugar para outro.
Não estão desfilando.
Não estão interessadas na opinião de um desconhecido sobre seus atributos físicos e/ou supostas habilidades. Se estivessem, pediriam a opinião ou opinariam elas mesmas.
Nenhum desconhecido tem o direito de me avaliar. Nem de se dirigir a mim (muito menos em linguajar grosseiro) tomando uma liberdade que eu nunca dei.
Precisa desenhar?

ANA

Anônimo disse...

"O Nordeste é sim um lugar lindo e cheio de potencial, mas é também um lugar atrasado com relação às outras regiões em vários aspectos, inclusive nas questões de gênero que devem ser o nosso foco. Não é só porque eu sou de esquerda que a partir de hoje eu vou esconder todos os defeitos do Nordeste. Acima de tudo, eu sou feminista."

Ô Ana, minha quiridinha, não vem querer usar o feminismo pra justificar seu preconceito regional não, viu?
Que feio, hein?

Ana disse...

@12:31
"Ana se você nao gosta do seu namorado nao precisa ficar esculachando ele aqui no blog e fazendo piadas, por que não falar na cara dele ou termina com o cara se não esta satisfeita, odeio me meter na relação dos outros, mais você e uma pessima namorada"

Anon se você odeia se meter na relação dos outros não precisa ficar me esculachando aqui no blog e me xingando, porque não guarda pra você o que acha se não está satisfeito, você é um péssimo conselheiro <3

Tá, parei.

Duas possibilidades:

- Cê tá falando do que eu disse nesse post aqui, e nesse caso, não sei porque você acha que eu tô esculachando o wonder boy. Ele é mais forte que eu e segura meus dois braços com uma mão. Cadê o esculacho aí?

- Cê tá falando do que eu disse no outro post. Nessa caso acho que você tá precisando melhorar a leitura. Eu já falei tudo na cara dele, é por isso que a gente brigava - era justamente isso que eu tava contando! E eu não vou terminar com ele porque estou mega satisfeita - disse com todas as letras lá que apesar dos defeitos que ele tem, ele é um ótimo namorado e por isso abro exceções imensas.

Sério anon, leia mais, tá fazendo falta. Só pra saber, cê não vai prestar o ENEM não, né?

Parei, pareeeeei

Ana disse...

@13:39
"Caramba, Ana, vc é filé de borboleta."

1,60 e poucos, 50 e poucos quilos não é muito tamanho, mesmo. Mas meu namorado não é muito maior que eu. E eu andei emagrecendo pacas.

De qualquer maneira, é uma coisa ~ter uma desvantagem~, é outra ficar imóvel por causa de uma mão. É muita diferença! Eu sabia que homem era mais forte no geral, mas fiquei chocada, na boa.

Gente, tá enchendo de Ana, às vezes fico confusa. Vou acabar fazendo bobagem já já nesse pique.

"Olha, eu nem percebia isso, como disse acima era um mau hábito, ao ler aqui, tratei de diminuir, agora só olhos as bundas."

Cara, eu confesso que eu ri dessa frase aí. Desculpa, ficou tragicamente engraçado.

To torcendo por você, anon. META DO ANON PRA 2K15: EVITAR AS BUNDAS

De qualquer maneira, boa sorte em se livrar dos hábitos aí. Tá virando uma pessoa melhor! Força, Anon! Com coragem, é possível viver sem as bundas!!!

Posso te chamar de Anon das Bundas? Tá, parei. Desculpa. Desculpaaa

"Mas e as mulheres que não são feministas e vão para a balada de microssaia e decotão? Será que elas não querem ser olhadas?? Elas atrapalham as outras ?"

Véi.

Não sei muito bem porque elas teriam que ser não-feministas. Tem feminista que usa microssaia e decotão e vai pra balada também. Mas ok.

Sobre querer ser olhada, pode ser que sim. Pode ser que não. Existem várias razões pra uma mulher usar roupa curta, chamar atenção dos homens não é a única, não. Nem mesmo numa balada - vai que a mina simplesmente gosta das roupas? Já pensou nisso? Não é um pensamento muito revolucionário. Algumas pessoas simplesmente gostam de vestir certas roupas. Se eu tenho uma roupa que eu acho que fico boa em mim, e eu me sinto mais feliz quando to com aquela roupa porque eu me acho bonita nela, eu vou usar. Não necessariamente é pra que homens me olhem e me achem bonita.

Tudo o que você veste, você veste pensando nas mulheres? Não vejo problema nisso, mas nesse caso não se esqueça que nem todo mundo é igual a você.

Ah, é uma coisa querer ser vista, é outra querer ser assediada, e às vezes tem uns chapas que confundem as fronteiras. To só lembrando.

Sobre atrapalhar, não atrapalham, não. Feministas querem que todas as mulheres tenham liberdade. Eu quero que as moças da microssaia possam usar suas microssaias, saca? Tá no feminismo isso. Dizer que elas me atrapalham seria o contrário disso. E seria meio egoísta.

O que atrapalha, ao meu ver, não é a moça da microssaia - são os homens que a usam como justificativa pra ficar enchendo o saco das mulheres no geral. São os homens que acham que a única razão pra uma mulher usar roupa x são eles. São os homens que se recusam a acreditar que a gente tem vontade própria, independente da opinião deles. Isso atrapalha bastante. Minha amiga tá ali, na dela, usando a roupa que ela gosta, e o cara usa isso como desculpa pra ficar com o olho em cima. Ele não sabe se ela tá vestindo pra chamar atenção, não. Ele lê mentes?

"Tá usando essa roupa, é porque quer ser vista". Desculpa, mas isso pra mim é algo que vocês dizem a si mesmos pra poder encher o saco e ainda por cima achar que tão fazendo um favor. Pra poder deitar a cabeça de noite e dormir sem culpa.

Oona Caju disse...

Lola, boa noite.
Em primeiro lugar, gosto muito de seu blog.
Mas vi postar esse link:
http://www.youtube.com/watch?v=VE-RiKMRb6E#t=93

Você já viu esse clipe da banda Pedra Letícia? Conheci poucas músicas dessa banda e achei todas de mau gosto, mas essa aqui se superou. Uma apologia ao abuso, da maneira como sempre é feira: travestida de humor. Alguns blogs da mesma qualidade da banda (como o Jacaré Banguela) compartilharam o clipe.
Se você puder fazer um post, seria muito importante.
Abraços!
Oona Caju

Anônimo disse...

Sou homem. Nunca cantei nenhuma mulher. Sou péssimo em investir. Já fiquei afim de cerca de 10 mulheres em minha vida, imaginando até casamento, mas não falei uma palavra pra nenhuma. Tudo por causa do medo de levar fora, medo de ser taxado de estuprador, medo de ser assédio... em resumo, prefiro que invistam em mim, pois eu não vou taxá-la de nada.

Anônimo disse...

Eu por ser muito bonito, nunca precisei cantar mulher nenhuma professora, pelo contrario, as vezes tenho que ser um pouco grosso, com certas assanhadinhas, principalmente no meu local de trabalho
Fábio

Anônimo disse...

O pessoal falando q ela é feia, bonita, mediana, dragão... Gente, vc pode ser feia pra caralho e vai ter homem que ainda vai zoar vc na rua. Isso é independente da beleza ou idade - minhã mãe passou dos 50 e ainda escuta merda. ):

Anônimo disse...

Essa mulherada feminista tá se achando tanto que daqui a pouco vai ser proibido até olhar pra elas. A menos que seja rico ou esteja em um carrão.. aí pode. Há vários videos na internet de homens que param com um carrão e a mulher entra, sem ele falar nada. É só procurar.

Julia disse...

Ana, estava falando com a outra Ana que veio aqui falar do machismo do homem Nordestino e a Lola deu um passa fora nela. Tem 3 Anas aqui. E antes do meu comentário a outra Ana postou e ficou parecendo que meu "tomou?" era pra ela. Eu adoro os comentário dessa Ana. Bju pra você, Ana do avatar preto e branco!

Julia disse...

Aff, eu gosto desse programa mas o dessa semana foi podre. Teve uma hora que o Xico Sá falou umas merdas também, enfim vários momentos ridículos. Fico esperando a Regina Navarro falar alguma coisa pra consertar a merda. O dessa semana o tema foi mulheres, o da semana passada foi homens, ironicamente foi bem menos machista e muito mais engraçado.

Julia disse...

"Alguns pesquisadores afirmam que a pornografia reduziu o número de estupros desde os anos 1970"

Cadê fontes pra essa teoria?

Julia disse...

O que é um filé de borboleta?

Julia disse...

E vc quer provar o que citando esses experimentos? Pra mim essas mulheres são doidas. Interesseiras, sim, mas devem gostar de aventuras radicais também. Tem mulher que gosta de cantada de rua, tem mulher que entra em carro de homem que nunca viu na vida, tem mulher que come merda, two girls one cup, tem muita bizarrice nesse mundo.

Anônimo disse...

classe media sofre...
Uma jovem branca privilegiada nao quer dividir as ruas com negros.

Anônimo disse...

Olhem o que saiu no Lugar de Mulher:

http://lugardemulher.com.br/amor-e-sexo-morri-e-fui-pro-inferno/

Ah, eu sou a ANA em maiúsculas. É que nem sempre posto de casa e, quando acesso do trabalho não tenho como entrar pelo Google+ porque o websense bloqueia.
Mas acho que vou mudar meu nick pra não criar mais confusão.

ANA

Julia disse...

Lola e todo mundo!
Agora que lembrei que saiu um vídeo hilário no Buzzfeed em agosto sobre catcall/cantadas.
Nossa, eu ri tanto, mas tanto.

"What Men Are Really Saying When Catcalling Women"
O que os homens estão realmente dizendo quando cantam as mulheres na rua

https://www.youtube.com/watch?v=lUJ24mblCLY

Quem entende inglês belezinha vai ver o vídeo.

Pra quem não entende, os caras dizem coisas como:
"A sociedade diz que tenho que objetificar você para me sentir másculo"
"Você sabe que só ajo assim quando pessoas com quem não me importo estão por perto"
"hey gata, eu sou extremamente frustrado sexualmente"
"Eu encontrei estes caras agora mas eu quero que eles pensam que eu sou maneiro (cool)."
O cara sensualizando diz "Isso.nunca.funcionou"
"Eu outra situação social em nunca me comportaria assim"
"Eu nem mesmo sei porque estou falando, não sei porque continuo fazendo isso com mulheres. Eu sou só um cara triste"
"Eu também me odeio, garota"

hahahaha esse último é meu preferido

Anônimo disse...

É terrível passar por abusos todos os dias! Sempre tive um corpo curvilíneo e chamei a atenção e sofro com isso! Já fui perseguida por homem em bicicleta se masturbando e tive que correr em uma avenida movimentada para poder me safar. Não posso sair de casa sem ouvir abusos e me constranger. Confesso não sou forte o suficiente para não ligar. Evito usar decotes ou shorts curtos se não estiver acompanhada. Não saio a noite desacompanhada e odeio pegar o metrô em SP, por que já fui assediada e o homem ainda me perseguiu depois que eu saí do metrô, mas eu era nova e nada fiz por vergonha! Agora estou com neura de ir a academia por que educadamente eu cumprimentava um vendedor com um "oi" seco, desses que você dá a uma pessoa q vê todos os dias e agora ele não para de me encher. Sem meu marido não dá para ir até lá sem me constranger. Em um curso certa vez fui encoxada por um homem enquanto fui beber água no bebedouro e nesse mesmo curso um homem simplesmente colocou a mão sobre o meu peito do nada! Sempre que passo próximo de um grupo de homens fico tensa e já sei o que vou passar. É terrível viver cercada de brutamontes que acham que você é um objeto. É péssimo não sair com a roupa que se quer, não poder sair a noite com medo de ser estrupada. Enfim, tenho pensado em entrar no boxe, mas o boxe perto da minha casa só funciona a noite e tarde, mas quero aprender a me defender!