Fatalismo é a noção de que é assim que as coisas são, sempre foram e sempre serão. Obviamente, é um pensamento conservador. Se a gente acreditasse nisso, não mexeria um dedo pra tentar mudar o mundo.
Mas e quando o fatalismo se intromete no feminismo? O que acontece quando grupos historicamente oprimidos -- que têm todas as razões para lutar por mudanças -- passam a ter essa visão fatalista?
Fiquem com este excelente texto do Ramiro. Estudante de Psicologia da PUC-RS, Ramiro Figueiredo Catelan resolveu analisar justamente o fatalismo. Afinal, pra poder combater o inimigo, temos que conhecê-lo.
Confesso que não há nada que alivie meu desconforto ao ter de lidar diariamente com as mazelas da ignorância -– palavra que utilizo aqui em sua acepção mais ampla, e não no sentido preconceituoso no qual, em geral, é empregada. Falo da ignorância que advém do latim ignorantia: a falta de saber, o desconhecimento, o ignorar. Este que vos escreve não ousa fugir à crítica que faz –- lidar com a própria ignorância não é lá algo fácil, ou é? Mas o pior é ignorar, dar-se conta de que está ignorando e, por escolha própria (ou não), permanecer ignorando, chafurdar na lama do desconhecimento autopercebido e consentido. Essa falta de conhecimento salta aos meus olhos quando leio gente falando sobre um assunto que, infelizmente, é tratado como piada por muitos: o feminismo.
Tudo bem que há uma cultura amplamente propagada do “palpiteiro”, da “opinião formada sobre tudo”, do “dominar todos os assuntos” (mesmo que esse “dominar” acabe sendo, por vezes, sinônimo de “verborragia”). Tudo bem que muitos insistem em teimar na afirmação absurda de que feminismo é igual a machismo (!). Tudo bem que algum vlogueiro, sob uma argumentação que falsamente enaltece a “superioridade das mulheres”, fale uma série de bobagens a respeito de algo que não conhece, ajudando a difundir e perpetuar preconceitos. Tudo bem, tudo bem, tudo bem. Afinal, as coisas são assim mesmo. Tudo bem?
Não. Colocações como “as coisas são assim mesmo” e “é assim e não vai mudar” fazem parte e resultam em algo que Paulo Freire, em seu clássico Pedagogia da Autonomia, apontou como fatalismo, ou fatalidade, que seria essa noção de conformismo, de imutabilidade, de constância obrigatória e sempiterna. Afinal, durante séculos, a sociedade ocidental foi -- e vem sendo -- pautada pela dominação e opressão masculina sobre as mulheres, implicando, inclusive, a formulação de “fatos” científicos, então pra que mudar? Se as coisas são assim, estão “boas” assim, por que mudar?
Basta uma consulta rápida às redes sociais e algo chamará de imediato a atenção de um leitor mais atentx: a opressão às mulheres e a tentativa de submissão à lógica sexista-machista não são “coisa do passado”. Ao contrário, são bem atuais. Essa ideologia conservadora que propaga que homens são superiores e mulheres devem “se dar o respeito”, que deve haver posições desniveladas e uma estratificação estreita de papeis de gênero, é muitas vezes mascarada com uma tinta fraca, cuja casca de modernidade pode ser facilmente removida com os pregos de uma leitura atenta, análise das entrelinhas dos discursos e uma visão mais crítica.
Mais preocupante é quando este discurso retrógrado mascarado de “cool” impregna o imaginário das mulheres. Sim, tenho observado muitas mulheres (!), principalmente jovens (!!), disseminando acriticamente o vírus da ignorância. Isso é notável quando analisamos discursos afirmando que feminismo é equiparável ao machismo. Ora, sendo o feminismo, resumindo muitíssimo (entenda mais sobre a história do movimento aqui), a luta por igualdade sexual e de gênero e combate à opressão sexista que nos foi imposta pelos interesses de quem domina o capital (sim, me chamem de comunista -- como se todas as opressões não servissem a propósitos majoritários), é absurdo compará-lo ao machismo, que pode ser definido como uma expressão do conservadorismo de uma sociedade em que homens, historicamente, dominam e oprimem as mulheres.
Esse machismo estabelecido coloca-se como natural, “imutável”, e é aterrador constatar que várias mulheres atestam e coadunam com uma ideologia/prática que as subjugou e continua a subjugar, relegando-as à condição de frágeis e inferiores. Quem faz colocações machistas, mesmo sem perceber, ajuda a retroalimentar um sistema que permite que atrocidades calamitosas ocorram.
Voltando à noção de fatalismo, Paulo Freire expõe que esse conformismo é um dos principais inibidores do ativismo político. Afinal, que condições uma pessoa terá de contestar e erguer-se politicamente se a noção de que as coisas são como são e não podem (nem devem) ser modificadas está enraizada na cultura e na prática do dia-a-dia? Tal noção passa, quase sem nenhuma contestação, de pai para filho, ou, pior ainda, de mãe para filha.
Em pesquisa da qual fui integrante, como bolsista PIBIC/CNPq, no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da PUCRS, observei, analisando material bibliográfico sobre o tema, que as noções de fatalidade e inibição do ativismo político por meio da conformidade são praticamente ausentes nas publicações acadêmicas. Até que ponto ignorar essa questão não é uma forma de fatalismo? Pois, já que as coisas são assim mesmo, por que, então, estudá-las e -- credo! -- criticá-las? As críticas a essa construção social (que, como toda construção, pode, e deve, ser reconstruída) é coisa de gente idealista, “esquerdista”, que “não tem mais o que fazer da vida além de reclamar” -- como já ouvi tantas vezes.
Outro dado observado diz respeito ao perfil dos autores do pouco material obtido sobre a noção de fatalismo e sua relação com ativismo e as causas feministas. Ou melhor, autoras. Sim, o assunto é (pouco) discutido, majoritariamente por mulheres, geralmente acadêmicas exercendo a docência em grandes universidades, e quase sempre dentro das ciências humanas (apesar de eu ter encontrado este interessante texto que não se refere exatamente à questão fatalista, mas critica o sexismo dentro das ciências biológicas).
Já fui interpelado por pessoas curiosas quanto ao fato de um homem ter se envolvido num estudo destes, inclusive ouvindo deboches e piadinhas. Porque feminismo é coisa de mulher que não tem o que fazer, então deixemos que essas “radicais” estudem suas próprias elucubrações distorcidas e nada condizentes com a realidade, não? Ignoremos o fato de que as maiores prejudicadas pelo fatalismo são as próprias mulheres, que acabam, por vezes, absorvendo esse discurso-prática conservador, retrato da sociedade ocidental, em que as mulheres são reificadas, “coisificadas”, vistas como objetos sem grandes capacidades cognitivas, como necessária e obrigatoriamente “sentimentais” e incapazes de traçar seus destinos, ou mesmo de decidir o que fazer com o próprio corpo.
Não é meu objetivo aqui criticar o fato de que a maioria das pesquisas relativas ao fatalismo é feitas por mulheres. Justo o contrário: desejo apontar para a gravidade da omissão dos homens frente a um assunto que lhes diz respeito diretamente. Uma mudança na postura masculina em relação ao tema colaboraria para a desconstrução desse padrão opressor. Almejo expor, ainda, o perigo causado pelo conformismo em relação à desigualdade de salários entre homens e mulheres, a violência sexual e os abusos a que as mulheres são submetidas, fatos que não devem ser sequer criticados, quanto mais combatidos, já que “as coisas são como são” e não irão mudar. O processo de mudanças, de desconstrução e reconstrução de modelos e paradigmas socioculturais e engajamento em lutas políticas é dificultado, obnubilado e, por vezes, acaba por estagnar-se devido a esse conceito fatalista.
Trago estas colocações e questionamentos à baila para suscitar algumas reflexões -- e, claro, ainda mais questionamentos, porque, a meu ver, é a inquietação a engrenagem de toda e qualquer mudança. Será que “inocentes piadas” sobre estupro não colaboram para a manutenção desta concepção machista, elitista e sexista de sociedade? Em qual grau? Até que ponto comentários cotidianos -- que muitas vezes “passam batido”, num processo de imersão e incorporação ideológica aperceptível -- sobre a aparência de uma mulher não colaboram para a reificação do feminino e, consequentemente, para a reprodução do preconceito e da ideologia fatalista?
E quando esses comentários são feitos por mulheres, não seria isso ainda mais grave? Quão preocupante é a constatação de que as mulheres se inibem/são levadas a se inibir politicamente, não se empoderando de seu próprio corpo, seu próprio mundo, seu próprio destino e não contestando uma noção que cria, mantém e fomenta um sistema que as oprime há séculos? E, fundamentalmente: quais causas inibem o ativismo político e sustentam a ideologia fatalista?
Cabe acionar as engrenagens da mudança e pensar a respeito destas e outras questões envolvendo feminismo, fatalidade e ativismo. Não só pensar, mas agir. Pois o machismo não é “imaginação” nem “coisa do passado”, mas uma metralhadora que mantém nossa sociedade refém de seu próprio sistema ignorante, desigual, desagregador, fragmentário e omisso.
Tudo bem que há uma cultura amplamente propagada do “palpiteiro”, da “opinião formada sobre tudo”, do “dominar todos os assuntos” (mesmo que esse “dominar” acabe sendo, por vezes, sinônimo de “verborragia”). Tudo bem que muitos insistem em teimar na afirmação absurda de que feminismo é igual a machismo (!). Tudo bem que algum vlogueiro, sob uma argumentação que falsamente enaltece a “superioridade das mulheres”, fale uma série de bobagens a respeito de algo que não conhece, ajudando a difundir e perpetuar preconceitos. Tudo bem, tudo bem, tudo bem. Afinal, as coisas são assim mesmo. Tudo bem?
Não. Colocações como “as coisas são assim mesmo” e “é assim e não vai mudar” fazem parte e resultam em algo que Paulo Freire, em seu clássico Pedagogia da Autonomia, apontou como fatalismo, ou fatalidade, que seria essa noção de conformismo, de imutabilidade, de constância obrigatória e sempiterna. Afinal, durante séculos, a sociedade ocidental foi -- e vem sendo -- pautada pela dominação e opressão masculina sobre as mulheres, implicando, inclusive, a formulação de “fatos” científicos, então pra que mudar? Se as coisas são assim, estão “boas” assim, por que mudar?
Basta uma consulta rápida às redes sociais e algo chamará de imediato a atenção de um leitor mais atentx: a opressão às mulheres e a tentativa de submissão à lógica sexista-machista não são “coisa do passado”. Ao contrário, são bem atuais. Essa ideologia conservadora que propaga que homens são superiores e mulheres devem “se dar o respeito”, que deve haver posições desniveladas e uma estratificação estreita de papeis de gênero, é muitas vezes mascarada com uma tinta fraca, cuja casca de modernidade pode ser facilmente removida com os pregos de uma leitura atenta, análise das entrelinhas dos discursos e uma visão mais crítica.
Mais preocupante é quando este discurso retrógrado mascarado de “cool” impregna o imaginário das mulheres. Sim, tenho observado muitas mulheres (!), principalmente jovens (!!), disseminando acriticamente o vírus da ignorância. Isso é notável quando analisamos discursos afirmando que feminismo é equiparável ao machismo. Ora, sendo o feminismo, resumindo muitíssimo (entenda mais sobre a história do movimento aqui), a luta por igualdade sexual e de gênero e combate à opressão sexista que nos foi imposta pelos interesses de quem domina o capital (sim, me chamem de comunista -- como se todas as opressões não servissem a propósitos majoritários), é absurdo compará-lo ao machismo, que pode ser definido como uma expressão do conservadorismo de uma sociedade em que homens, historicamente, dominam e oprimem as mulheres.
Esse machismo estabelecido coloca-se como natural, “imutável”, e é aterrador constatar que várias mulheres atestam e coadunam com uma ideologia/prática que as subjugou e continua a subjugar, relegando-as à condição de frágeis e inferiores. Quem faz colocações machistas, mesmo sem perceber, ajuda a retroalimentar um sistema que permite que atrocidades calamitosas ocorram.
Voltando à noção de fatalismo, Paulo Freire expõe que esse conformismo é um dos principais inibidores do ativismo político. Afinal, que condições uma pessoa terá de contestar e erguer-se politicamente se a noção de que as coisas são como são e não podem (nem devem) ser modificadas está enraizada na cultura e na prática do dia-a-dia? Tal noção passa, quase sem nenhuma contestação, de pai para filho, ou, pior ainda, de mãe para filha.
Em pesquisa da qual fui integrante, como bolsista PIBIC/CNPq, no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da PUCRS, observei, analisando material bibliográfico sobre o tema, que as noções de fatalidade e inibição do ativismo político por meio da conformidade são praticamente ausentes nas publicações acadêmicas. Até que ponto ignorar essa questão não é uma forma de fatalismo? Pois, já que as coisas são assim mesmo, por que, então, estudá-las e -- credo! -- criticá-las? As críticas a essa construção social (que, como toda construção, pode, e deve, ser reconstruída) é coisa de gente idealista, “esquerdista”, que “não tem mais o que fazer da vida além de reclamar” -- como já ouvi tantas vezes.
Outro dado observado diz respeito ao perfil dos autores do pouco material obtido sobre a noção de fatalismo e sua relação com ativismo e as causas feministas. Ou melhor, autoras. Sim, o assunto é (pouco) discutido, majoritariamente por mulheres, geralmente acadêmicas exercendo a docência em grandes universidades, e quase sempre dentro das ciências humanas (apesar de eu ter encontrado este interessante texto que não se refere exatamente à questão fatalista, mas critica o sexismo dentro das ciências biológicas).
Não é meu objetivo aqui criticar o fato de que a maioria das pesquisas relativas ao fatalismo é feitas por mulheres. Justo o contrário: desejo apontar para a gravidade da omissão dos homens frente a um assunto que lhes diz respeito diretamente. Uma mudança na postura masculina em relação ao tema colaboraria para a desconstrução desse padrão opressor. Almejo expor, ainda, o perigo causado pelo conformismo em relação à desigualdade de salários entre homens e mulheres, a violência sexual e os abusos a que as mulheres são submetidas, fatos que não devem ser sequer criticados, quanto mais combatidos, já que “as coisas são como são” e não irão mudar. O processo de mudanças, de desconstrução e reconstrução de modelos e paradigmas socioculturais e engajamento em lutas políticas é dificultado, obnubilado e, por vezes, acaba por estagnar-se devido a esse conceito fatalista.
Trago estas colocações e questionamentos à baila para suscitar algumas reflexões -- e, claro, ainda mais questionamentos, porque, a meu ver, é a inquietação a engrenagem de toda e qualquer mudança. Será que “inocentes piadas” sobre estupro não colaboram para a manutenção desta concepção machista, elitista e sexista de sociedade? Em qual grau? Até que ponto comentários cotidianos -- que muitas vezes “passam batido”, num processo de imersão e incorporação ideológica aperceptível -- sobre a aparência de uma mulher não colaboram para a reificação do feminino e, consequentemente, para a reprodução do preconceito e da ideologia fatalista?
E quando esses comentários são feitos por mulheres, não seria isso ainda mais grave? Quão preocupante é a constatação de que as mulheres se inibem/são levadas a se inibir politicamente, não se empoderando de seu próprio corpo, seu próprio mundo, seu próprio destino e não contestando uma noção que cria, mantém e fomenta um sistema que as oprime há séculos? E, fundamentalmente: quais causas inibem o ativismo político e sustentam a ideologia fatalista?
Cabe acionar as engrenagens da mudança e pensar a respeito destas e outras questões envolvendo feminismo, fatalidade e ativismo. Não só pensar, mas agir. Pois o machismo não é “imaginação” nem “coisa do passado”, mas uma metralhadora que mantém nossa sociedade refém de seu próprio sistema ignorante, desigual, desagregador, fragmentário e omisso.
70 comentários:
Muito, muito bom o texto!
Esse fatalismo existe com uma força incrível e é difícil combater.
É horrível ter que ouvir um "É assim e sempre vai ser".
Dá uma tristeza saber que muitas pessoas estão "acostumadas" com tanta desgraça e não querem lutar por dias melhores por estarem simplesmente conformadas.
*Ah sim, ali naquele link pro texto sobre sexismo nas ciências biológicas, é pra estar escrito "interesse" mesmo ou era pra ser interessante?
Excelente. Hoje mesmo vi diversas pessoas, homens e mulheres, postando a respeito do pós carnaval, em que mulheres que participaram da festa, agora querem "um amor sincero". Em momento algum há menção aos homens, que igualmente participaram da festa, tiveram comportamento promíscuo. Fico me perguntando se é mau-caratismo, ou burrice não enxergar que não tem diferença nenhuma. Aliás, seria engraçado postar um imagem no mesmo estilo, mostrando homens na festa, e depois no facebook, reclamando que toda mulher é vadia e que virgens e puras estão em extinção.
Elaine Telles
Nossa Ramiro, que texto excelente!
O ser humano deve ser movido por questionamentos constantes. É preciso sempre questionar o banal e desbanalizar o banal. O conformismo e fatalismo sempre me incomodam muito. Enfim, gostei demais, parabéns!
Phillipe
Olá, achei o texto muito bom por apontar diversos exemplos sobre como tratamos a questão do fatalismo e como ela é muitas vezes invisível. Creio que as ideias mais perigosas com as quais lidamos (e a partir das quais atuamos) são as que não sabemos que temos ou defendemos.
Ao ler o texto, lembrei-me de um outro que escrevi ano passado sobre o que entendo por *ignorância*, que pode ser visto no seguinte link: http://foxguy.blogspot.com.br/2012/02/ignorancia.html
http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2013/02/16/teoria-de-que-mulheres-preferem-os-cafajestes-tem-fundamento.htm
Lola, se puder gostaria de um texto seu sobre esse tema POLÊMICO!
bjos :)
Excelente! vou lê-lo para meus alunos, se o autor permitir - e se meus colegas fatalistas deixarem rs. A mentalidade fatalista é mto intensa na nossa cultura. Recentemente ouvi de uma mulher q se diz feminista, com titulo de doutora: "q bom q fulana de tal está casada, é melhor pra ela." Ou seja, ainda perdura a mentalidade q é destino da mulher casar, parir, enfeitar, cuidar, educar, calar. Pq com um destino tão lindo, vai reclamar do quê?!Ah, Lola, estou aguardando um post sobre nós, mulheres felizes sem homem!
Se eu pudesse, estaria aplaudindo quem escreveu esse texto.
Li o texto e pensei em um tema conexo: e nosso ativismo versus nossa família? É meu caso, não sei se de mais alguém, mas de ver situações horrendas na família e se calar porque as pessoas envolvidas vão reagir mal e criar uma situação de desconforto para todos, onde você está obviamente errado. Tento colocar as ideias aos poucos para meus familiares, introduzi-las em temas específicos, mas na maioria das vezes acho melhor deixar para lá.
De vez em quando mostro pra minha mãe textos sobre liberdade corporal, auto-aceitação e ela reage muito mal. Na nossa última discussão, por um motivo estúpido (eu não estar "me cuidado o suficiente" segundo ela), ela me vem com um "NÃO VEM TEORIZAR PRA CIMA DE MIM!".
É muito desanimador ter esse tipo de feedback e me sinto de certa forma hipócrita com o ativismo.
As espécies geralmente são dominadas pelos os machos.
Vem falar em preconceito.
IMPLICITAMENTE TODOS SÃO PRECONCEITUOSOS.
O homem branco e heterossexual SEMPRE estará no topo da espécie humana.
É assim desde sempre. 99% das coisas inventadas foram os homens brancos e heterossexuais que inventaram.
Carlos, vem cá, fala pra gente: esse texto desconexo cheio de asneiras aí vc coloca em qualquer post? Tipo, não precisa ter NADA a ver com o tópico do post, certo? Vc lê algum post neste blog? Eu prefiro quando vc faz comentários mais pessoais, sabe? Quando vc diz que sua mãe não te deu atenção, e por isso teve dois filhos, um depois do outro, quando vc usa a sua experiência pessoal pra provar o que algum escritor lunático inventou – é bem mais divertido. Fica a dica.
Ana, esse é sempre um tema interessante -- como nosso ativismo interfere na nossa vida pessoal, e vice versa. Tem vários guest posts por aqui sobre isso. Vc leu o post que publiquei semana passada?
Excelente Ramiro! Até pessoas que lutam por mudanças não percebem q por vezes são fatalistas.
Ontem, alguém no tuiter xingou outro alguem de FDP. O que xingou é uma pessoa que defende o direito das pessoas serem prostitutas e a regulamentação da prostituição. Como eu! Dai perguntei: será q ñ é incoerência, lutar pelos direitos das prostitutas, vê-las como profissionais como outras e, ao mesmo tempo, usar filho da puta como ofensa?
Uai, se ser prostituta ou puta deveria ser uma escolha da mulher, então, porque achar q filho da puta é ruim?
Daí não me responderam. Um outro seguidor, tb de esquerda e tb defensor das prostitutas, disse que é assim mesmo, na hora de xingar ñ se vê ideologia.
Não entendi nada.
Acho que pra lutar por MUDANÇA a gente tem q ter a coragem de MUDAR tudo, inclusive a linguagem. É difícil, mas não é impossível!
Parabéns por levantar um tema tão relevante para todas as lutas por mudança.
Olá Ana Carolina; seu coment chamou minha atenção, sobre sua relação com sua mãe. Espero q a Lola fuçe mais este tema, mtas x bem espinhoso para o ativismo feminista. Tem mais de 10 anos q não vejo minha mãe. E é assim, bem distante, q a compreendo, perdoo e agradeço a ela por ser o q sou, ela fez o q podia e na minha avaliação, ela fez bem, tanto q ela vivia dizendo: "mulher tem q ser independente". Não sou melodramática, sei q, no nosso caso, por razões q não cabem aqui, tem q ter essa distancia e a aparente falta de contato. A mãe dela, minha falecida avó, passou uma misoginia gigantesca, aquela velha estória q a mulher tem q ser bonita e inimiga, rival das outras. Sisterhood mandou condolências. Vc me deu a impressão de ser bem jovem, morar com sua mãe, posso estar enganada. Mtas x é o tempo e a distancia é q atenuam esses conflitos. Sua mãe disse "não me venha com teorias", tvz ela sinta a lida diária como um fardo e as teorias feministas só apontam isso, mas as soluções práticas não acompanham. Tvz a disputa, competição entre mulheres, mesmo sendo mãe e filha, permeie a relação de vcs. Foi o q aconteceu c/ a minha vó e a minha mãe. foi como ela lidou comigo várias x. e isso é mto triste. Acho q esse é um motivo forte deu continuar lendo e comentando neste blog: sisterhood.
Quanta paz de espírito e orgulho sinto ao ler um texto deste.
aiaiai disse "...se ser prostituta ou puta deveria ser uma escolha da mulher".
Complicado, isso é um nó do ativismo feminista. considero a prostituição em todas as suas formas - inclusive o casamento - uma péssima escolha. Não sei se vc leu isto:
http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2013/02/14/policia-encontra-escravas-sexuais-que-atendiam-trabalhadores-de-belo-monte/
"O homem branco e heterossexual SEMPRE estará no topo da espécie humana."
É tanta insegurança dos mascus, que chega a me dar pena. Os seus privilégios como homem branco e heterossexual estão com os dias contados. Aconselho a aceitar logo antes que a frustração aumente ainda mais...
Não se tem decepções quando não se espera nada.
Jacmila, ñ era sobre isso q eu estava falando, mas sim sou a favor de que a mulher possa escolher a profissão q quiser e que essa profissão seja regulamentada e que ela seja tratada como um trabalhador com todos os direitos.
mas, o que eu pontuei aqui foi a falta de coerência dos que pensam como eu, mas na hora de xingar alguém usam o velho FDP. E, ainda pior, o outro q veio dizer que é assim mesmo...
se você acha que é "péssima" escolha, você tem todo o direito de não escolher. Eu também acho, assim como acho péssima escolha a mulher deixar de ter uma atividade produtiva. mas, aprendi aqui com a Lolinha que a mulher tem que PODER escolher e q eu não tenho nada com isso. A vida é dela!
casos como este q vc linkou ocorrem justamente porque a profissão é marginalizada. Mas, acho que avançamos. Hoje, pelo menos a polícia e a justiça agem, como foi feito neste caso.
Sawl - The Rebel
PARA (acéfalo) Carlos das 16:48
Vc tá enganado meu caro.
Muitas espécies são dominadas por fêmeas.
Macacos nonobos obedecem fêmeas. Aranhas e louva-deus devoram as cabeças de machos depois do sexo. Assim por diante.
Mas, o que é discutido aqui neste blog são sobre relações HUMANAS, será que é difícil pra vc entender isso, ou teu cérebro começa a feder?!
Na espécie HUMANA, a tal "dominação" foi imposta devido às sociedades e culturais patriarcais de outras épocas.
Vc devia estudar mais viu? Informação não é o teu forte,kkk.
O preconceito(implícito como vc falou) infelizmente existe, porque é imposto desde que a criança começa a crescer.
É só reparar, é praticamente impossível encontrar crianças preonceituosas. Até o mais radical e repulsivo neonazista já foi uma criança inocente que brincava com crianças de outras raças.
Preconceito NÃO é motivo de orgulho seu imbecil|!
Não meu caro, brancos héteros NÃO criaram 99% das inveções. MUITAS mulheres criaram coisas, inclusive a cientista Ada Lovelace criou o primeiro sistema de programação de funções matemáticas, e outra grande mulher, Madame Curie foi responsável por descobertas no campo da radioatividade. Claro que a maior parte das invenções foram de homens caucasianos porque estes detinham a maior renda e podiam estudar, enquanto mulheres e negros eram oprimidos e escravizados(cada um a sua forma).
Sim, a maior parte das invenções foram de brancos heterossexuai RICOS, incluindo também a escravidão e também as guerras.
Claro MUITOS homens brancos e héteros ajudaram a acabar com a escravidão e apoiaram direitos civis das mulheres.
Mas, eu te pergunto o que VOCÊ faz de tão importante pra sociedade?
Vomitar moralismo, homofobia, machismo e racismo?!
Afinal vc enfatiza além do "hétero", e "homem", também o BRANCO e vc seu CANALHA podia ser processado por RACISMO!
Se gosta tanto de seus iguais porque não casa com um, seu enrustido!
Sawl - The Rebel
aiaiai, eu li e entendi o seu comentário no contexto do palavrão e taws. só queria um aprofundamento na questão da prostituição, já q a maioria é mulher; tb sabemos q mtos travestis sobrevivem nesta atividade. Penso q o empoderamento da mulher pode até contemplar q ela pague por serviços sexuais, o q de outras formas socialm. escamoteadas, mtxs fazem, e mtas x c/ um retorno insatisfatório,rs; penso q cd umx faça o q bem entender com sua mente-corpo, contanto q seja responsável e ético - e é aí q tudo se complica. penso q o empoderamento das pessoas comumente oprimidas implica q elas tenham efetivamente uma ampla variedade de escolhas para poderem se sustentar financeiramente, possivelm. mtxs não vão escolher a prostituição. Não sei se a Lola disse alguma coisa sobre a moça q vendeu a virgindade, acho q disse, mas tvz ela ainda não tocou no tema "mulher pagando garoto de programa"... Mtxs capitalizam seus dotes: beleza, performance sexual. Daí a hipocrisia dos moralistas em rel. à prostituição entre outras questões polemicas q tocam o feminismo. Acho q tem a ver com o post: inquietações...
Prometi que não escreveria bêbada na internet, ainda mais do tablet, mas enfim....
Estou aqui, após uma festa de bodas de ouro, linda linda... E ainda descobri que meu tio avô parecia um young Marlon Brandon hj quando casou...
E só estou aqui para dizer que é muito difícil fazer uma tese de doutorado de fundo feminista em certas áreas por causa de financiamento.
Faço doutorado em administração de empresas na FGV SP, linha de marketing.
Tentei 2 x financiamento da Fapesp para minha tese, que é sobre moda plus size, mas foi negado com a justificativa que análise hermenêutica (que é o que vou fazer) não é um método sério. Sério seria somente se eu usasse métodos estatísticos (tenho artigos ótimos da área, de journals extremamente bem avaliados - melhor avaliados - onde NENHUM autor de universidade brasileira publicou que indicam que essa normalização estatística é uma forma de machismo na área).
Felizmente publiquei artigos em vários congressos fora do Brasil, o que me garantiu uma bolsa Capes (muito difícil de ganhar em faculdades particulares, onde as bolsas Capes garantem mensalidades dos alunos).
Mas olha, é difícil, por pouco não desisti de fazer uma tese que cita Susan Willis e Naomi Wolf e questiona padrões de beleza excludentes. Aliás, adoraria ter a opinião da Lola sobre isso e ainda entratei em contato com ela para ver se posso usar conteúdo do blog...
Então, só estou aqui para dizer que é difícil conseguir $$$$ para uma tese diferente em certas áreas e que por isso nem todo mundo que gostaria faz uma tese com bias feminista. São necessários certos recursos $$$$ para isso, dependendo da área, e nem todo mundo aguenta passar um ano do doc sem bolsa fazendo análise estatística para empresa de pesquisa de mercado para aguentar o tranco (eu).
Parabéns, Ramiro, por este texto excelente! Tenho muito orgulho de ser tua amiga.
E que alívio foi ver este texto publicado agora, Lola, depois de ver tanta bobagem que o povo anda postando depois do carnaval, sobre a divisão "santas vs putas".
Talvés o autor do post saiba me responder o que nenhuma feminista conseguiu ,se o feminismo e um movimentodito igualitário, porque o prefixo femini ?
Querida Lola, embora não tenha a ver com esse post, especificamente - mas guarda relação com o que você já abordou no blog e que chama de "gordofobia", gostaria de te indicar o documentário "muito além do peso"; veja como nossas crianças - que serão os adultos do futuro e que sofrerão com as doenças relativas à obesidade e com o tal preconceito contra os gordos (ou com a tal gordofobia) são vítimas da maior pandemia da história.
Isso não vai ter muita coisa a ver com o seu post, Lola, mas o meu blog se chama justamente "Sobre Fatalismos" que é um título que não me cabe mais, com o qual já não me identifico o suficiente e que, na época que o comecei, era adolescente e acreditava que não poderia interferir no "destino". Fatalismo era sinônimo disso, para mim.
Hoje, com a luta do feminismo, que também abracei, compreendo que nada se encerra, nada tem finitude. E não podemos estar paradas diante de fatos que sempre foram os mesmos. Como o tempo muda, a nossa geração também se responsabiliza em provocar as mudanças positivas.
Tomara.
Fatalidade e conformismo são mesmo terríveis, acho que esse tipo de discurso ganha ainda mais terreno quando não se vê grande esperança de melhora. Aí se conformar vira um meio de se proteger do desgaste que é ficar batendo de frente com algo tão enraizado como o machismo.
Tem também o cansaço de algumas pessoas quando se começa a denunciar casos de machismo e misoginia. É algo tão comum que se alguém for ficar apontando tudo ocorre nesse sentido, não se vive direito, vira uma angústia constante. Falar a respeito vira algo muito doloroso, os outros cansam de ouvir, vira um ciclo vicioso. É preciso achar um equilíbrio aí, coisa nem sempre fácil.
Anônimo 20:26
Corrigindo: pergunta que várias feministas já te responderam em diversos posts e que você solenemente ignora, por não te ser conveniente.
jacmilla:
Não, na verdade minha história é bem diferente disso rsrsrs
E Lola, eu tinha lido esse post e vários outros e é uma coisa muito complicada quando temos de lidar com o dentro de casa, com a nossa esfera mais pessoal =/
Desculpe, pessoal! Como vcs devem ter visto, deixei um post agendado na caixa e esqueci dele. Ele foi publicado sem resposta, sem imagens, links, revisão, nada. De vez em quando eu faço isso... Mas já o re-agendei e vou publicá-lo em breve, devidamente finalizado.
Olá, Lola,tudo bem? Adoro o seu blog e já o leio há um bom tempo, mas esta é minha estréia nos comentários! Bem, gostei muito do texto. Muito bom mesmo. Engraçado que o fatalismo sempre me pareceu algo tão absurdo. Pô, basta frequentar as aulas de história pra constatar que não, as coisas não ficam sempre as mesmas! O mundo está em constante transformação. Caso contrário, a gente ainda estaria na Idade da Pedra ou nem isso, oras. Penso que muita gente não nota é que mesmo que sejamos apenas um indivíduo, somos parte do mundo e de sua história, e podemos sim ser agentes transformadores, especialmente se estivermos unidos à outras pessoas.
Brancos heterossexuais só estiveram esse tempo todo "no topo da espécie humana" porque exploraram (e muito) o trabalho escravo dos negros, o trabalho doméstico e reprodutivo das mulheres, o trabalho braçal dos mais pobres, o trabalho massacrante de índios e de outros povos "atrasados", o trabalho daqueles que viveram em guetos e dos que ainda vivem nos armários, o trabalho infantil, o trabalho de todo mundo, da humanidade inteira. É muita cara de pau insinuar que todo o progresso foi obra e graça dos homens brancos ou que devemos a esses heróis nossa sobrevivência e conforto.
O anônimo das 20:26 é engraçado.
Provavelmente pensa que patrimônio é o contrário de matrimônio.
Lola, sou leitor assíduo do seu ótimo blog. Vou criticar porque me importo. O conteúdo do texto está realmente muito bom mas o estilo está rococó demais, com vocabulário desnecessariamente rebuscado. O contraste é grande quando comparado aos seus textos: simples e diretos ao ponto. Esse destoou, mas, novamente, valeu pelo conteúdo.
Lola, não alimente os trolls! Ô mania! ehhaeahe
O fatalismo é uma tentativa inútil e desesperada de tentar impedir a transformação da sociedade.
Ora se as mulheres(assim como negros,indígenas e pobres) estavam proibidos de estudar até bem pouco tempo, como é que eles iriam conseguir tornar-se cientistas e pesquisadores sendo analfabetos?
Daí ouvimos idiotices de banqueiros-ministros-professores universitários ultramachistas e reacionários como Lawrence Summers que há poucas mulheres na ciência por causa de diferenças genéticas. Uma explicação idêntica à dos nazistas.
Isto ocorreu numa polêmica com a cientista física teórica Lisa Randall, autora do recém lançado "Knocking on Heaven's door" e que é mais lembrada pelos donos de jornais,televisões e rádios como musa da ciência. Ela é uma das mais brilhantes e capacitadas pesquisadoras dos mistérios do Universo e disse algo que é uma verdade incontestável:" A parte religiosa do cérebro não pode agir ao mesmo tempo que a científica.Elas são simplesmente incompatíveis." Exatamente por isto as religiões e os religiosos obrigatoriamente são machistas,racistas,homofóbicos,classistas e oportunistas que exploram a humanidade para enriqueceram à custa da ignorância e do horror à morte que a maioria da humanidade tem e que procura consolo em algo que mantém a exploração do homem pelo homem e seus respectivos preconceitos.
Outra mulher que apesar de ser atriz foi a inventora do princípio da telefonia celular foi Hedy Lamarr, retratada no livro "Hedy's folly:the life and breakthrough inventions of Hedy Lamarr, the most beautiful woman in the world". Na reportagem "Gênio de saia e sem barba" de junho de 2012 da revista Retrato do Brasil relata-se que homens ficam com 95% das indicações ao Nobel apesar de as mulheres representarem 21% dos candidatos listados. E os homens do comitê do Nobel se recusaram a dar os prêmios a pioneira da Física Nuclear Lise Meitner e à da genética Rosalind Franklin apenas por que tinham o defeito de serem mulheres!
E em outro setor onde se diz que mulheres nunca participam, o das guerras, no livro "Artigas el resplandor desconocido", Gonzalo Abella cita o nome de várias mulheres que participaram das lutas da primeira Guerra de Independência na região onde hoje estão o Rio Grande do Sul, O Uruguai e cinco províncias argentinas e que só foram derrotados em virtude da invasão portuguesa que levou Artigas ao exílio no Paraguai e à incorporação da Banda Oriental ao Brasil.
Qualquer um que lecione em escolas percebe que a maioria dos homens devido ao machismo têm pouco controle emocional sendo muito emotivos e pouco racionais o que dificulta o aprendizado tanto que as alunas sao mais estudiosas e têm melhores notas e têm menores descontroles emocionais em aula. E a maioria dos alunos nas escolas secundárias e nas universidades são mulheres, na maioria dos cursos ultrapassando 60% do corpo discente.
Um fato muito interessante no Jornal Da Universidade, edição de dezembro passado aparece uma foto de um dos bares da famosa esquina maldita, local se reuniam os militantes contra a ditadura onde se veem apenas rapazes(alguns de terno e gravata)! É incrível que no final dos anos 60 nenhuma mulher estava no bar e alguns alunos ainda se vestiam de maneira hipertreadicional e conservadora!!!!
"Macacos nonobos obedecem fêmeas. Aranhas e louva-deus devoram as cabeças de machos depois do sexo. Assim por diante."
Não são nonobos, são bonobos. E as fêmeas bonobos alcançam a liderança trocando favores sexuais com machos e outras fêmeas, então não acho que seria o melhor exemplo.
Poderia-se também acrescentar hienas-malhadas, que vivem em uma sociedade matriarcal. As fêmeas são maiores, mais musculosas e mais agressivas do que os machos, que são sepre os últimos na hierarquia. Por outro lado, isso acontece porque as hienas fêmeas têm quantidades muito elevadas de hormônios masculinos, como testosterona. Elas inclusive tem pênis e testículos falsos.
Tenho essas mesmas sensações q vc descreveu Liana hc.
São tantos e tão revoltantes os casos de violência contra a mulher , q as vezes cansa, ver como se repetem dia a dia, o descaso dos reporteres q os noticiam, como se fossem tão banais, isso me desespera, faz sofrer, a pra não bancar a "mala" as vezes me calo.
Lola: comentário off-topic: Você viu a notícia da prisão em flagrante de médicos em uma clínica de aborto no RJ?
http://www.band.uol.com.br/brasilurgente/?id=14290256#area_conteudo
"As espécies geralmente são dominadas pelos os machos.
Vem falar em preconceito.
IMPLICITAMENTE TODOS SÃO PRECONCEITUOSOS.
O homem branco e heterossexual SEMPRE estará no topo da espécie humana.
É assim desde sempre. 99% das coisas inventadas foram os homens brancos e heterossexuais que inventaram."
O cara que postou isso não deve ser levado a sério...
http://www.huffingtonpost.com/2013/02/13/girl-iq-161-lauren-marbe_n_2676885.html?ncid=edlinkusaolp00000009
Uma menina britânica, de 16 anos, tem o QI avaliado em 161. Esse nº pode ser maior do que o QI de Einstein, Hawkins, Gates... E ela gosta de fazer as unhas, de ir a festas etc.
Ela fala o seguinte na matéria: "meus professores sabiam que eu era esperta, mas sempre acharam que eu era uma loira bobinha. Agora eles dizem 'uau, eu não tinha ideia que vc era tão inteligente".
EXCELENTE!!!
MIL PARABÉNS AO AUTOR, E A VOCÊ, LOLA, POR NOS DAR ACESSO A ESSE TEXTO INCÍVEL!
Gente, deixem o Carlinhos em paz no seu wishful thinking, que é a única coisa que lhe resta enquanto ele não começar a tomar os remedinhos.
Ramiro...texto maravilhoso!!Excelente! O fatalismo, conformismo, são realmentes difíceis de combater. Porque quando buscamos criticar uma ideologia, um comportamento enquanto todos dizem "é assim mesmo", uma idéia fica plantada na cabeça: "Você está erradx", e isso é simplesmente horrível. Sou feminista, mas não vou dizer que não me sinto insegura em determinadas situações. Eu quero e luto pelo direito da minha liberdade, porém, constantemente há aquele fantasma me dizendo que não é assim , as coisas são como são, vão te julgar e não vão gostar de você.É complicado ir contrário a maioria, muitas vezes você sai machucadx. Eu só queria que mais pessoas lutassem ao meu lado, comtra o machismo e outros preconceitos e conformismos, e sei que no fundo seja só talvez uma questão de tempo. Obrigado pelo post Lola!
Glob e, por tabela, Carlinhos,
A ciência permite que façamos uma série de descrições baseadas na observação e empiricismo, mas essas descrições são influenciadas por contexto.
Assim, quando se fala que em outras espécies o macho "domina" é preciso questionar o que seria dominação. Vou além. Será que a relação de domínio representa a verdade ou é um modelo facilmente aceito? Esse tipo de argumentação que tenta naturalizar as diferenças cái justamente no fatalismo criticado pelo autor do post.
Há nichos ecológicos distintos, beleza, mas porque associamos ao comportamento do macho a algo superior, que domina. Se admitimos que a evolução age sobre o sucesso biológico, survival of the fittest, porque a estratégia desenvolvida pelos Bonobos é tratada de maneira excludente? Tenho certeza que testosterona e progesterona existem ali também. Não seria conveniência tratar de testosterona para meninos e progesterona para meninas também (até porque isso é completamente falso)?
Falando ainda de evolução será que não podemos admitir o surgimento de outras estratégias evolutivas para o homem baseados na característica biológica que nos difere de outros seres vivos - o raciocínio elaborado?
Utilizar a biologia comportamental para justificar (ao invés de entender) as diferenças existentes entre os gêneros é fazer um desserviço à ciência e à filosofia, rendendo-se ao fatalismo aqui criticado.
Desconsiderar o fato de que o ser humano é um ser social e que suas relações humanas podem ser a "inovação" evolutiva dessa espécie em constante mudança é simplesmente deixar de usar aquilo que nos diferencia das outras espécies.
Assim, questiono o uso conveniente da biologia e ciência como argumento fatalista para a evolução da sociedade.
Phillipe.
acho q meninas nascem pensado q é um ser humano mas com o fatalismo sao condicionadas a nao estranharem mais a misoginia
Muito bom o texto! Ultimamente tenho pensado que o sistema opressor é muito eficiente porque qualquer pesquisa superficial sobre feminismo já desbanca todas essas bobagens tidas como verdades (feminista odeia homens, só luta pelo que lhe convém, etc) e ao mesmo tempo, são elas que imperam no senso comum. Isso prova que fofocas, piadinhas formam opinião sim, até demais e que nosso trabalho para desmistificar isso é bem extenso.
Vendo os comentários, da dificuldade de "aplicar" o feminismo com a família e anon das 13:19, é bom saber que outras pessoas partilham o mesmo pensamento que nós, não sei porquê, mas fortalece. Então só quero dizer que estamos juntxs e no caminho certo :D
"trocando favores sexuais com machos e outras fêmeas"
ajeitando
trocando favores sexuais com fêmeas e alguns machos(nao sei se esse em trocar de poder ou pura diversao ja q é sistema matriarcal e o alvo é o mesmo sexo) q são escolhidos pelas fêmeas e tirado do cargo quando elas bem entenderem,por isso o matriarcal
Pois é Sara, eu passo pela mesma coisa. Teve uma época que eu precisei me afastar disso, parar de ler a respeito, me desencantei com algumas pessoas próximas (inclusive com alguns eu fico me perguntando porque ainda falo com a criatura). Por essas e outras, muita gente acha mais fácil se conformar. Se bem que eu não acho isso mais uma opção, esse gênio não volta pra garrafa. Mas tem hora que é melhor a gente ficar na nossa e deixar certas situações pra lá. Educação de crianças é outro tema. Educar crianças para que elas não sejam conformistas e apáticas quando elas recebem todo tipo de estímulo contrário não é tarefa simples.
Espero não estar falando bobagem porque esse meu pensamento vem da pouca experiência que tive com a psicologia, mas creio que é um ramo que talvez colabore bastante com essa visão do "as coisas são assim, sempre foram e você é que tem se adequar".
Passei por duas psicólogas na pré-adolescência e o discurso de ambas em relação às minhas inquietações e contestações com os relacionamentos entre homens e mulheres eram bem parecido. As coisas são assim, sempre foram assim, contestar é perda de tempo, traz sofrimento, o melhor é se adequar.
Enfim. Tomara que tenha sido apenas uma experiência pessoal e que não seja o caminho que a maioria siga.
"trocando favores sexuais com fêmeas e alguns machos(nao sei se esse em trocar de poder ou pura diversao ja q é sistema matriarcal e o alvo é o mesmo sexo) q são escolhidos pelas fêmeas e tirado do cargo quando elas bem entenderem,por isso o matriarcal"
Eu não sei o que o seu comentário acrescentou. De qualquer forma, você está subestimando a influência que os bonobos machos têm - eles ainda são maiores e mais fortes que as fêmeas, e as que tiverem um maior grupo de seguidores masculinos terão grande poder nesse quesito. Eu não diria que os machos ocupam "cargos", mas de nada adianta uma alta posição na hierarquia se você não for capaz de defendê-la por muito tempo.
"Utilizar a biologia comportamental para justificar (ao invés de entender) as diferenças existentes entre os gêneros é fazer um desserviço à ciência e à filosofia, rendendo-se ao fatalismo aqui criticado."
E eu estava fazendo isso? Apenas tentei acrescentar algo a outro comentário previamente feito.
Glob, se vc n está fazendo isso não sei o que mais. Qual a sua intenção ao fazer suposições imaginárias sobre quem detém o poder real em uma sociedade de Bonobos?
A sociedade dos bonobos funciona bem eles estão vivos, ponto. Os machos serem maiores e mais fortes não quer dizer que eles escolham guerrear com as fêmeas, nem que eles ganhariam e muito menos que isso seria uma vitória para a evolução da espécie.
Essa discussão desracionalizada não faz o menor sentido. Vc está fazendo algo como: pense (vc ser humano, racional) como um bonobo, o que vc faria?
Nonsense!
Phillipe
"Glob, se vc n está fazendo isso não sei o que mais. Qual a sua intenção ao fazer suposições imaginárias sobre quem detém o poder real em uma sociedade de Bonobos?"
Que eu saiba, eu só li um comentário citando exemplos de animais que vivem em sociedades matriarcais, fiz uma correção e acrescentei outro exemplo. Quanto à discurssão sobre bonobos, apenas tomei a liberdade de responder alguém que havia questionado uma informação minha, nada mais. Eu simplesmente não sei o que você quer de mim.
Por falar nisso:
http://www.viomundo.com.br/humor/sorria-voce-e-mais-inteligente.html
Glob,
vc está tentando dizer que uma sociedade matriarcal na verdade não é matriarcal, porque os machos são maiores e mais fortes e eles é que mandam.
Saiba você que o card machos/homens são mais fortes e por isso são superiores é o argumento que machistas sempre usam, e eles acabam usando isso mais cedo ou mais tarde.
Curiosamente sobre as aranhas que arracam a cabeça dos machos você não deu nem um piu..
A propósito o seu comentário das 09:23 foi extremamente inútil.
Eu não sei o o que o SeekingWisdom quer de vc, mas o que EU quero de você é que vc pare de postar comentários idiotas. Desde já agradeço.
maravilhoso!
ok. vamos viver como animais não humanos então.
na imensa maioria das espécies de mamíferos (podemos nos restringir aos mamíferos?), a cópula só acontece durante o período de cio da fêmea, que pode variar de alguns dias a algumas semanas. neste período, a fêmea fica receptiva, atrai os machos e permite a cópula. as poucas exceções de sexo sem cio confirmam a regra (algumas espécies de macaco rhesus e bonobos).
vejamos como seria isso:
machos quereriam copular com toda e qualquer fêmea receptiva (teríamos que ter ovulação perceptível, pois a cópula só se daria nessas circunstâncias). para tanto, bastaria que fosse fêmea. não importariam muito aparência e nada dessas bobagens. importaria apenas o cio e a receptividade da fêmea. o macho deseja a cópula apenas como resposta ao cio da fêmea e nada mais. portanto é a fisiologia da fêmea que determina quando o macho copula.
como há esse pequeno detalhe (a fêmea determina quando o macho copula), o macho deve se destacar de outros machos para atrair a atenção da fêmea no cio. assim, o macho deve demonstrar para a fêmea que merece copular com ela. deve demonstrar que é bom o bastante para copular com ela. deve demonstrar que tem características melhores que outros machos, deve demonstrar as qualidades que o faz SUPERIOR AOS DEMAIS MACHOS para que a corte seja aceita e a cópula aconteça.
e essa demonstração de superioridade EM RELAÇÃO AOS DEMAIS MACHOS deve ser permanente. o macho jamais baixa a guarda, pois do contrário perde o direito de copular com a fêmea. ela simplesmente copula com outro.
se surge um outro macho com melhores características, eles devem disputar (e a disputa não é sempre sangrenta como se supõe. é mais um jogo de encenação em que os machos se exibem UM PARA O OUTRO, até q um deles reconheça a superioridade do outro e abandone a arena).
é bom lembrar que, na natureza selvagem (não resisti!), os animais não vivem muito além de sua capacidade procriativa.
quer viver como os demais animais, carlos? duvido q vc saiba o q isso significa de fato e duvido mais ainda q vc suportaria.
Lívia e anon 0912,
qdo vi o lamento do carlos, juro pra vcs q eu não ia dizer nada, mas aí o negócio continuou e foi piorando... e não deu pra segurar.
e galera, na boa, não envolvam os bonobos nessas discussões bobas com mascus idiotas. os pobres bonobos, uma espécie fantástica, absurdamente semelhante aos seres humanos, não merecem.
as fêmeas bonobos são as únicas primatas não humanas a terem seios.
http://www.primates.com/bonobos/bonobo-picture.jpg
http://www.awf.org/files/3991_image3_bonobos_CSholley.jpg
eles são elegantes, delicados e afetivos
http://news.emory.edu/stories/2013/01/yerkes_bonobos_consolation/thumbs/consolation_zc_resized.jpg
http://cienciadiaria.com.br/wp-content/uploads/2010/09/M%C3%A3ozinha-da-mam%C3%A3e-ajuda-a-aumentar-a-chance-de-acasalamento-de-bonobos-machos-01092010.jpg
http://3.bp.blogspot.com/_3V-WRl0Y_bw/TFjkBIXsO1I/AAAAAAAABgQ/L9esWQEPMgY/s1600/Bonobo2-m.jpg
http://3.bp.blogspot.com/_GaaHyWiMs0Q/TIXtpltd5TI/AAAAAAAAAMM/U1TD70lL444/s1600/Bonobo-Apes-A-male-bonobo-007.jpg
eles formam grupos extremamente cordiais e pacíficos qdo comparados com os chimpanzés, e o sexo é uma forma importante de manter a coesão social. não reduzam o comportamento elaborado desses animais ao pensamento escroto de mascus idiotas que acham o sexo sujo. não há troca de favores por sexo.
a ovulação é oculta, as fêmeas estão sempre receptivas e todo mundo faz sexo com todo mundo, o tempo todo, pra tudo. fêmeas com outras fêmeas, fêmeas com machos, machos com outros machos.
eles são primatas altamente sexuais, sim, mas a sujeira está na mente doente desses mascus recalcados.
ps. Lola, mandei um monte de link para umas imagens desses seres fantásticos. eu sempre me emociono qdo vejo esses animais e tenho imensa vontade de conhecê-los. se for link demais, vc pode eliminar alguns, ok?
Lola,
mais alguns links com fotos desses seres fabulosos...
http://vetmed.illinois.edu/envirovet/JacksonvilleZooBonobos%20RS.jpg
http://lolayabonobo.wildlifedirect.org/files/2009/08/lomamictlisala266.jpg
http://graphics8.nytimes.com/images/2013/01/08/science/08OBAPE/08OBAPE-articleLarge.jpg
galera, olha essa foto!!
http://www.cryptomundo.com/wp-content/uploads/bonobot.jpg
ATENÇÃO, MASCUS, PERIGO!! NÃO ABRAM!! são bonobos demonstrando afeto e transando!!!! imagens altamente chocantes pra vcs! NÃO ABRAM!!!
http://www.united-academics.org/magazine/wp-content/uploads/2013/01/bonobos-kissing-e1357068207214.jpg
http://photo.blogpressapp.com/photos/12/06/14/s_1252.jpg
http://4.bp.blogspot.com/_5J_X9DEectk/SoYMUC4nCfI/AAAAAAAABWA/5VnsiT3BP4A/s320/b3.jpg
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tá bom! parei!
desculpa desviar tanto do tema!
Olá Lola e pessoal.
Obrigado Ju e Cora, vcs mostraram o ponto que tentei fazer com maestria. E que lindo essas imagens Cora, realmente fabuloso.
Uau Israel, que interessante. Ficaria feliz se não fosse o fato de eu questionar sempre esses estudos de IQ.
Mas faz sentido que pessoas menos comodistas, e por isso menos propensas a manter preconceitos ao serem questionadxs sejam mais inteligentes em relação à quem é incapaz de refletir sobre essas questões. Legal.
Abraços, Phillipe
A tal civilização ocidental orgulhosa de feitos, descobrimentos, muitos preconceituosos de plantão deveriam antes de tudo pesquisar um pouco sobre múltiplos legados. O alfabeto, por exemplo, transmitido de início aos fenícios pelos grupos semitas vizinhos da Península do Sinai, passou depois aos gregos e aos romanos. O sistema de notação dos números e álgebra é de origem árabe, povo com sábios e filósofos que desempenhou um papel importante das diversas renascenças. Os primeiros astrônomos eram caldeus. Na Índia e Turquestão que se inventou o aço. Café é de origem etíope. Chá, porcelana, pólvora, seda, arroz, bússola vem dos chineses, estes povos conheceram a impressão bem antes dos europeus, como a fabricação do papel. Cultivo do milho, fumo, batata, quina, baunilha, cacau se devem aos indígenas das Américas. O Egito antigo influenciou as culturas gregas e romanas. Saneamento básico, hidráulica, astronomia, arquitetura vem dos povos incas, astecas e maias. O jazz, ragtime foi criada por descendentes de negros africanos, levados como escravos para os Estados Unidos. Gravuras, pinturas rupestres tem origem na pré história. Ir na rabeira e dizer ter feito descobrimentos, invenções na rabeira de povos, civilizações destruídas, massacradas é fácil. Escravizar, oprimir, intimidar, denegrir, excluir, subestimar culturas ou quem discorda, coloca em cheque "conceitos" e preconceitos é a saída de uma mente genocida que diz amém a atrocidades.
Pensei com base nesse post sobre a teoria de que as relações sociais sejam iguais ao jogo de soma zero. Nesse jogo, a soma soma de tudo o que todos os seus participantes recebem será sempre zero. E o bônus que um participante recebe é diretamente proporcional ao que os demais perdem.
Em outras palavras, para que a mulher ganhe poder, o homem precisa perde-lo. Para que elas tenham mais espaço no mercado de trabalho, eles devem deixá-lo (leia-se pedir demissão, ser demitido ou aposentar). Só para citar alguns exemplos.
O machismo é danoso para os homens, é verdade. Mas é muito raro que hajam autorxs feministas que exponham com clareza quais são esses danos ou os ganhos que ele terá se lutar contra o machismo.
Mas feministas falando o que os homens devem ou não fazer, sobre como eles são opressores, estupradores ou violentos estão em número o suficiente para convencer uma boa parcela da população que o feminismo está jogando esse jogo. O pior? Está jogando contra os homens e tem vencido todas as batalhas que efetivamente lutou. Tanto que homens feministas são comumente vistos como "traidores", "submissos a mulheres", "escravos sexuais" ou, simplesmente, "manginas".
E as pessoas que foram convencidas disso pensam que em uma era feminista os homens passarão de opressores a oprimidos, enquanto as mulheres assumirão o papel masculino da sociedade. O que na essência mudaria absolutamente nada. E, por isso mesmo, ou essas pessoas simplesmente fazem nada para ajudar ou se voltam contra o movimento feminista.
Ramiro!!!
Excelente texto!!! Orgulho de ser a mana mais velha!!! E de quebra adorei o blog!!!
anon 19.35hs Ninguem precisa perder e as relações humanas não são um jogo, da pra ser mais solidario e ter mais empatia com os outros, não precisamos sempre estar pisando e humilhando quem pode menos q nós pra sobrevivermos...
Que sensação mais difusa, feliz e encantada com o texto do Ramiro e por ter descoberto essa preciosidade de blog e incrédula que exista tanto ódio, fobias diversas e fatalismo exacerbado na nossa sociedade e que tem gente que gasta tempo pra disseminar isso.
Parabéns Lola.
Ótimo texto! Esse semestre estudamos um pouco sobre fatalismo, e é muito interessante trazer a perspectiva de uma atitude assim para dentro de um movimento que nasceu para ser ativista.
No entanto, fico me perguntando sobre o questionamento que você fez, sobre a falta de homens na academia escrevendo sobre o feminismo. É de minha opinião que o feminismo vem dar voz a quem é oprimido por gênero, uma opressão culturalmente institucionalizada generalizada que atinge mulheres e trans*gêneros.
Em que situação um homem cis poderia, dentro da academia, falar sobre opressão de gênero? Creio eu que, no máximo, enquanto revisor bibliográfico, entrevistador ou algo do tipo. Se o feminismo vem dar voz às mulheres e trans*gêneros sobre a opressão a qual elxs são submetidxs, como se espera que um homem cis fale sobre isso?
Acho que é preciso cuidado em criticar a ausência de textos acadêmicos escritos por homens sobre esse assunto. Lembrando que não é necessário produzir ciência para ser feminista, não é preciso publicar artigos para ser feminista. Basta ser um ser humano decente, e isso é mais difícil - e não menos importante - de computar do que contar quantos textos foram publicados nas universidades.
Abraços!
Pessoas, muito obrigado pelos comentários tão receptivos! Fiquei muito tempo, depois de escrever o texto, fazendo autocríticas e me perguntando se eu não estaria adotando uma postura pedante ou conservadora, mas fico feliz que a mensagem tenha sido transmitida mais ou menos do jeito que eu gostaria.
Jacmilla, podes compartilhar e usar o texto à vontade!
Em relação à pessoa que se queixou da "pompa" do texto, relendo-o percebo que poderia, sim, ter simplificado algumas coisas, mas isso é um vício de estilo que tenho procurado modificar.
Unknown, quanto ao teu comentário, posso questionar o seguinte ponto: então, apenas negros estão autorizados a estudar e debater racismo, e só pessoas de orientações não-heterossexuais podem falar acerca de preconceitos em relação a sexualidade e gênero? Acho que não é por aí. Há uma diferença entre fazer uma escuta ética - sabendo que você não sofre na pele aquele preconceito - e se omitir e ter desinteresse sobre o assunto. E aqui falo do lugar de um homem cisgênero e bissexual, que sofre diariamente uma série de preconceitos e se escancara na luta micropolítica por mudanças, já que o machismo é uma ideologia-prática que prejudica os homens, também, é dever de todxs lutar contra essa forma de opressão.
Abração,
Ramiro Catelan
http://abstraindoarealidade.wordpress.com/
anonim@ de 19h35: gat@, a vida nao é um jogo de soma zero. nao entendi exatamente qual foi a sua critica ao feminismo, embora concorde q o motivo para o nao-engajamento da maioria das pessoas seja oq vc citou.
Very good post, amazing
información muy útil, la verdad que se agradece. Un saludo
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