sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

"O FEMINISMO É EMPODERADOR PARA A PROSTITUTA"

Esta é a segunda parte da entrevista que fiz com a Monique, prostituta de Porto Alegre totalmente antenada à internet. A terceira e última parte está aqui. E olha, fica cada vez melhor...

Como é fazer sexo com alguém por quem você não sente tesão? Você costuma recusar cliente se não vai com a cara dele?
 
Não faço sexo sem tesão. A ideia do "encontro às cegas", onde farei sexo com alguém a quem nunca vi, me excita. Saber que do outro lado da porta me espera alguém que, dentre as centenas de acompanhantes que anunciam em sites aqui de Porto Alegre, me escolheu e ME DESEJA, amplifica essa sensação. É meu modo particular de sentir essas coisas.
Certamente, não bate com a maneira como outras sentem... Agora, quanto a recusar atendimento por que "não fui com a cara" do cliente, considero isso inaceitável para quem tem um mínimo de consciência sobre a atividade que escolheu exercer. Lida-se muito, e talvez principalmente, com a auto-estima de PESSOAS. Seria lícito a um psicólogo recusar paciente por conta de sua aparência, por exemplo? Ou um professor recusar-se a ensinar? Não. É um compromisso que assumimos. Vejo assim.
No entanto, já recusei atendimento enquanto negociava ao telefone... Clientes que usam termos chulos, uma conversa onde fica claro que não haverá entendimento. Eu recuso. Dependendo eu trollo mesmo. Deve ser surpreendente para eles, pois não acredito que seja algo com que estejam acostumados.
 
É possível ter orgasmo com clientes? Você já fingiu? Os clientes procuram uma estrela pornô na cama? E por que tantas vezes há esse requisito de "não beijar"? Beijos são mais íntimos que sexo?
 
Há uma ideia geral de que a prostituta deve abrir mão de seu prazer em detrimento do prazer do outro. Isso precisa ser combatido, não é possível que se exija ou estimule que alguém abra mão de seu prazer. Não entendo o sexo sem a busca do prazer. Sim, eu tenho orgasmo com clientes. Não tenho orgasmos em todos os encontros, mas procuro meu prazer em todos os encontros. Nunca fingi, nem pretendo.
Quanto a preferências, não se pode generalizar -- pessoas são diferentes entre si. Há quem procure garotas com performance de atriz pornô, há quem procure uma performance mais natural, há quem procure bom papo...
Quanto a beijo, não há regras, não. Isso é lenda. Tenho percebido em alguns anúncios e foruns o beijo como diferencial de mercado: as garotas mais procuradas são as que beijam. Analisando as coisas com calma, penso que essa ideia tenha tido origem no pensamento masculino, na ideia de que "beijar puta é chupar pau por tabela, ou à óbvia rejeição em beijar homens alcoolizados e de mau hálito, além de doenças respiratórias graves como a tuberculose (lembremos de como a prostituição era exercida antigamente, em lupanares ou recantos boêmios). Criou-se uma tradição, com um propósito claro. Eu não vejo, nunca vi, beijo como algo mais íntimo que sexo. Não é. 
 
Quais você diria que são as principais vantagens de atuar como prostituta? E as desvantagens?
 
Pra uma pessoa tímida como eu, agendar encontros pela internet é uma boa possibilidade de conhecer pessoas interessantes. Há quem argumente que eu poderia, então, fazê-lo de graça. Bom, eu até poderia. Mas precisaria encontrar outra forma de renda, e isso reduziria substancialmente o tempo que posso dedicar a esses encontros, assim como minha disposição. Além do mais, nenhum outro trabalho me daria a renda que me dá a prostituição. Não tenho formação alguma, começar uma carreira em qualquer área agora seria complicado pra mim... Tenho planos, estão em marcha, mas não implicam em saída imediata da atividade. Essa é minha situação pessoal, eu escolhi viver assim. Agora, isso muda de pessoa a pessoa.
Conheci muita gente nesse meio e sei que muitas escolhem essa atividade sem avaliar corretamente o peso da opção que está fazendo. Obviamente, o envolvimento com esse tipo de situação gera muitos problemas, a maior parte deles criada pelo preconceito e condenação moral, fatores quase insuperáveis. Há uma tensão constante em relação a serem "descobertas" (como se fossem criminosas), há o assédio constante das drogas, há o uso intenso de álcool como instrumento de facilitação das relações. 
No fim das contas, entra-se para ficar um período, pagar os estudos, quitar dívidas, e acaba-se ficando por muito tempo, décadas, muitas vezes. Uma minoria consegue atingir seus objetivos. A prostituição acaba sendo uma "carreira" da qual só se sai pela "aposentadoria compulsória", por conta da idade ou morte (assassinatos de prostitutas por seus companheiros não são raridade), ou pela via do casamento (não que eu acredite em casamento como caminho para felicidade, mas é o que muitas buscam).
 
Na sua experiência, por que você acha que tantos homens procuram prostitutas? Você tem uma opinião sobre boa parte dos seus clientes?
 
Pra muitos, o sexo continua sendo aquela coisa misteriosa, aquele doce proibido, o prazer secreto. É algo lúdico. E tem o fetiche do sexo pago, da profissional, da propaganda, da novela, de Hollywood... Afinal, qual a racionalidade em se tomar Coca-Cola? Engordar, ficar doente? Muitas mulheres também procuram isso em acompanhantes (femininos ou masculinos). Eu entendo que esse lado lúdico do sexo deve ser estimulado nas pessoas, pode ser visto como uma terapia alternativa. Assim é com a maior parte de meus clientes.
Há também os deficientes, e os atendo com gosto, entendo sexo como uma necessidade básica, e é inegável a dificuldade que tem um deficiente para ter sexo com quem entende suas necessidades e limitações, e lide bem com elas. Há os que considerem essa fugidinha como "a única contravenção possível" em um mundo onde são constantemente cobrados. E há os que querem apenas conversar -- muitos entendem a prostituta como uma psicoterapeuta e eu, nesses casos, recomendo que procurem um analista, não gosto dessa "mistura de funções", não me considero apta. Nem interessada... Mas existem meninas que preferem o cliente falante e perguntador, preferem matar o tempo do programa com conversa ao sexo em si.
 
Muita gente diz que prostituta vende o corpo, o que parece uma afirmação realmente exagerada, já que o corpo continua sendo seu. Outras pessoas corrigem e dizem que é o "aluguel" do corpo. Mas você afirma, no excelente post que escreveu, que você não aluga seu corpo, e sim seu tempo. Você poderia falar mais sobre essa distinção? E você acha que a maior parte dos seus clientes faz essa distinção?
 
Consideramos, por evidente, que todo o trabalhador aluga seu tempo e sua força de trabalho. Temos uma visão diferente em relação à prostituta. E por quê? Porque ainda temos uma visão romântica do sexo, do despir-se, do encontro. Porque ainda temos aquela visão arcaica, que eu combato incessantemente, de que a prostituta deve abrir mão de seu prazer, de seu desejo, em detrimento do desejo do outro. Mas eu vejo a cada dia mais acompanhantes dizendo não àquilo que não desejam, enquanto percebo que mulheres que não fazem sexo pago cedem cada vez mais em suas relações, estáveis ou casuais, para agradar ao parceiro.
Transito pelos dois meios, recebo relatos todos os dias, e sei bem do que estou falando. É falha, portanto, a ideia de quem contrata uma prostituta está comprando um corpo e dele pode dispor como quiser. Para isso, existem (e não estou ironizando) as bonecas infláveis e, sim, há gente que as compra. Há um mercado em franca ascensão de bonecas cada vez mais realísticas. Deste modo, posso dizer que talvez nem todo o homem que contrata uma prostituta saiba exatamente o que quer, e aos clientes que ainda insistem na ideia de que a prostituta vende o corpo eu recomendo enfaticamente que comprem uma boneca dessas. Embora o investimento inicial seja bem maior, vão servir-lhes para uma vida toda. Vida, a do comprador, sejamos claros. Mulheres de plástico não morrem.
Ainda sobre a ideia de alugar o tempo, lembro que todos os encontros têm sua duração pré-determinada e que, no meu caso, não ultrapasso as duas horas jamais. Também sou constantemente convidada para almoços, jantares, cafés, viagens, shopping... Eu cobro por isso, a não ser nas raras oportunidades em que eu mesma convido.
Essa é a maior ilusão na qual caem as prostitutas menos conscientes, a de que irão receber vantagens dos clientes. Muitas confusões desnecessárias começam assim, para os dois lados. Prostitutas, cobrem sempre, que a "paixão" por vocês diminui rapidinho. É uma maneira de se preservar, em realidade.
 
Você se assume feminista, certo? Você vê contradições em ser feminista e ser prostituta, ou você não vê a exploração do corpo da mulher como uma das características da prostituição? Ou você vê a prostituição como algo empoderador pra mulher?
 
Sim, sou prostituta e feminista. Não vejo a prostituição como a exploração do corpo da mulher, e isso já está claro na resposta anterior. A publicidade é a exploração do (não apenas) corpo feminino para fins comerciais, não a prostituição. Sim, é verdade que transito em um meio extremamente machista, e enfrento muitas dificuldades por tentar impor meu modo de pensar -- perseguições veladas ou nem tanto em foruns que tratam do assunto, por exemplo. Não é uma situação fácil, não. Assim como não é fácil convencermos os homens a dividir tarefas, e, no entanto, não desistimos da ideia do casamento.
A consciência quanto ao feminismo veio das redes sociais: comecei a ler sobre o assunto e perceber que minhas posições e ideias eram claramente feministas. O passo seguinte, assumir meu feminismo, foi algo bastante complicado. Sentia receio da rejeição dentro do movimento. Em muitos aspectos, tenho visto que nós, prostitutas, enquanto categoria, vivemos em uma espécie de limbo: exploradas, subjugadas pelos homens e rejeitadas pelas mulheres -- feministas ou não. É necessário quebrar essa barreira. Precisamos abrir espaço para falar de direitos a quem nem sabe que tem direitos. Não considero a prostituição como algo empoderador da mulher, considero o feminismo como algo empoderador da prostituta enquanto mulher.

152 comentários:

Tales disse...

Já pode se apaixonar por ela?

Adorei a distinção entre "alugar o corpo" e "alugar o tempo". Ela tem completa razão: enquanto está trabalhando, continua dona de seus interesses e prazeres, não é simplesmente uma boneca inflável. Já vou corrigir a maneira como me referia à prostituição =)

(e estou curioso para ver o comentário da galera que defende a prostituição como inerentemente machista)

Tales disse...

"ainda temos aquela visão arcaica, que eu combato incessantemente, de que a prostituta deve abrir mão de seu prazer, de seu desejo, em detrimento do desejo do outro."

Sem essa visão, a prostituição continua sendo "uma tecnologia do machismo"?

Anônimo disse...

"Seria lícito a um psicólogo recusar paciente por conta de sua aparência"

Bem,psicologos nao lidam com o corpo do paciente de forma bem intima.
Entao há sim uma disparidade

Anônimo disse...

"Não vejo a prostituição como a exploração do corpo da mulher"
"A publicidade é a exploração do (não apenas) corpo feminino para fins comerciais, não a prostituição"

É o que sempre achei,principalmente no meio publico gratuito onde crianças também circulam e depois vem abestaiados dizer q é inato tal coisa num genero e no outro nao,ah vao a me***.

Fábio disse...

Essa garota e prostituta por dois motivos, pelo fator financeiro (obvio) e pelo fetiche.
Ela gosta da sensação de ter os homens pagando por sua atenção, em algo que ela considera natural como o sexo, e a tipica prostituta de luxo, égolatra, que acredita que os homens devem fazer um esforço social e economico por ela, que tem vários a seus pés.
mas ela mostra uma inteligencia emocional, de saber que isto e passageiro ( as prostitutas mais espertas conhecem a fúria do grande Chronos) e sabe que tem que investir se quiser um futuro confortável.

Agora perguntem se ela seria capaz de pagar uma coca cola pela atenção de um homem ?

Fábio disse...

O fato dela vir do sul do pais também e muito comum na prostituição de luxo, o padrão de garotas do PR,SC,RS, e muito admirados na prostituição de luxo, pois tem um padrão mais burguês classe media aqui em São paulo (trabalhando como segurança nesse meio, descobri que muitos dos clientes, a maioria, tem idade para ser pai das meninas, e e justamente esta a fantasia deles, nojo)
Muitas vem de cidades do interior sulista, deslubradas com a imagem que se vende de SP, acabam tetando a vida de modelo, mas não tem o padrão modelo ( o mercado da moda parece preferir o tipo " cabide" e não gostosa) elas então para sobreviver começam a roer o osso em feiras de eventos, aonde trabalham em pé, em cima de saltos para " "adornar produtos" o custo de vida em SP e muito alto, e em geral meninas bonitas são mimadas, ai que entram os aliciadores do ' ficha rosa"

Não sou blasê disse...

Excelente fala.
Mais uma vez fico feliz com a oportunidade de aproximação com modos de viver que me parecem muito distantes do meu.
Mas é igualmente maravilhoso perceber que talvez a distância não é tão grande assim.

Anônimo disse...

Quem tem curiosidade de ter uma ideia como e o perfil da prostituição de luxo, entre no Google e pesquise por "acompanhantes ' ou ' escorts" e se surpreenda com o perfil delas, muitas falam varios idiomas, tem boa formação de educação etc..

Anônimo disse...

farei uma pergunta sincera, qual a diferença entre esta moça que a Lola entrevistou, para esta daqui ?

http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/esporte/2013/02/22/320000-garota-que-beijou-fred-no-transito-quer-processa-lo-por-danos-pessoais-e-profissionais#0

Anônimo disse...

A prost além de ganhar rios de dinheiro, ainda goza. Ou seja, hoje em dias as mulheres além de terem orgasmos com quem quiser de graça, ainda podem ganhar dinheiro.
Enquanto o homem tímido morre virgem, a mulher mesmo que tímida pode ter quem quiser e ainda ganhar dinheiro com isso.


Confesso que esse post me causou um alívio no peso da consciência por ter terminado com minha namorada mesmo eu ainda gostando dela e ela dizer que gosta de mim.

Anônimo disse...

Lola desculpe-me, mas este tipo de post não acrescenta em nada ao feminismo, pelo contrario e degradação ao movimento, prostituição e uma "forma de estupro" cometida pelo sistema financeiro patriarcal vigente. E degradante para a mulher atender qualquer tipo de necessidade masculina no patriarcado, e o movimento feminista luta justamente para desconstruir isto na minha opinião, como dizem as red feminist, não existe feminismo consumista, não existe feminismo de direita, e não existe feminismo entre prostituição, não há coerência no discurso.

Julia.

Cara Valentina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Nossa, ser prostituta parece tão legal... O que é um preconceitozinho social diante de ganhos inimagináveis para alguém sem formação, orgasmos com desconhecidos sedentos por transar com você, empoderamento... Quase que um mundo vantagens.

Ei, eu acho que a Monique dá uma fantasiada em sua situação, viu? Doenças sexualmente transmissíveis, agressão, flerte com a marginalidade... Essas são coisas bem reais que ela cita de leve, raros mosquitos num fim de semana praiano... Sei não. Também não acredito em quem diz que sexo é só aquilo mesmo, gente pelada se esfregando. Parece um mantra do auto-engano, pra ver se cola. Se fosse tão pouco, pra que dedicar-se a trabalhar com ele, escrever a respeito, etc e tal? Se sexo fosse tão desprovido de significados ulteriores, haveriam MENOS prostitutas no mundo.

Por fim, que se legalize a "profissão", porque é muito injusto pagar imposto de renda sozinha, num trabalho sem glamour, onde corro risco de ficar doente ou ser agredida... Estudei por burrice, eu deveria ter sido sex worker! Vou começar a malhar.

Anônimo disse...

"Em muitos aspectos, tenho visto que nós, prostitutas, enquanto categoria, vivemos em uma espécie de limbo: exploradas, subjugadas pelos homens e rejeitadas pelas mulheres "
=====================================
Se ela afirma que sente prazer nas relações, e recebe por isto, quem e o explorado ? o homem que trabalha duro pra ter como paga-la, ou ela que alem do dinheiro ganha orgasmos ?

Li S. Nascimento disse...

O problema maior como ela mesmo relatou sobre o assunto está na visão não apenas romanceada sobre o sexo, como também na visão tradicional, arcaica do papel da mulher no ato sexual.

Prostitutas vendem o corpo? É claro que não. Nem alugam. Excelente observação: alugam seu tempo, a sua mão de obra. Mas, não se trata apenas de acreditar que isso se deva ao fato de que a prostituta não deve sentir prazer, porque é um trabalho.

Trata-se da ideia ridícula de que mulheres simplesmente não sentem prazer sexual, que não é de sua natureza. Que mulheres são seres emocionais e que se "ENTREGAM" (veja bem: não é venda, mas doação do corpo) aos seus parceiros que, por sua vez, pretendem "POSSUI-LAS".

Quer ideia mais clara de mulher como objeto de posse do que esse? Que faz sexo apenas para fornecer prazer, agradar o parceiro?

Anônimo disse...

Maravilhoso até aqui, parabéns por nos concederem esse novo ponto de vista.

Sabrina disse...

Lindo!

Vivi disse...

Perfeita a entrevista!
Só permita-me discordar “Não vejo a prostituição como a exploração do corpo da mulher, e isso já está claro na resposta anterior”. Bom, mesmo eu não sendo prostituta, tenho a opinião que sim, é uma exploração do corpo da mulher. Principalmente se tem um intermediário (cafetão) no meio. O que obviamente não se restringe à prostituição, mas a propaganda que usa e objetifica a mulher igualmente, ou , na verdade, a todos os trabalhos que ambos os sexos exercem neste mundo. Talvez, em nossos trabalhos de não prostitutas possamos não vender o sexo, mas vendemos nossas opiniões, nossa dignidade, nosso tempo de maneira diferente apenas. Meu total apoio à Monique! Como disse em outro post, sonho em um mundo em que não haverá prostituição, mas , enquanto isso não for possível, quero que todas as prostitutas tenham todos os seus direitos como qq trabalhadora e que sejam todas respeitadas!
De resto, estou amando toda a entrevista!

Sara disse...

To pasma com a objetividade e clareza dos seus pensamentos Monique, não tenho duvidas q vc deve ser muito bem sucedida, não só no seu trabalho como na sua vida particular, pra mim ficou bem claro que vc tem um papel importante na nossa sociedade, e acho q vcs deveriam ter o devido respeito dessa mesma sociedade.

Anônimo disse...

Lola não porque você ainda deixa este masculixo deste Fábio comentar.

FÁBIO MORRE.

Suelen disse...

Papel importante na sociedade?kkkkkkk
agora foi demais né,médicos,professores tem papel importante na sociedade.

Anônimo disse...

esclarecimento (feminismo) empodera as mulheres.

Anônimo disse...

Lola desculpe-me, mas este tipo de post não acrescenta em nada ao feminismo, pelo contrario e degradação ao movimento, prostituição e uma "forma de estupro" cometida pelo sistema financeiro patriarcal vigente. E degradante para a mulher atender qualquer tipo de necessidade masculina no patriarcado, e o movimento feminista luta justamente para desconstruir isto na minha opinião, como dizem as red feminist, não existe feminismo consumista, não existe feminismo de direita, e não existe feminismo entre prostituição, não há coerência no discurso.


======
Acho uma pena que parte do movimento permaneça mais preocupada em repetir jargões e não abrir concessões. Se ela gosta do que faz mesmo assim não pode gostar porque é um instrumento do patriarcado?

ViniciusMendes disse...

@Suelen

É, só médicos e professores pq saúde e educação são 100% das necessidades humanas...

Pfff...

Magrelinha disse...

Olha, no geral sou empática à causa, sou a favor da legalização da profissão, a favor de direitos trabalhistas para elas, a favor da dignidade, do respeito, de que elas tenham cada vez mais formas de se proteger de eventuais agressores, mas dizer que a prostituta não tem seu corpo explorado, mas que uma mulher que trabalha na publicidade tem, é querer forçar MUITO a barra. Fora muitos comentários sem cabimento que vi aqui.

A prostituição é um mercado que visa, na maior parte, agradar homens. Mulheres são uma parcela ínfima que utiliza esse mercado. Até a prostituição masculina tem como alvo clientes masculinos. A prostituição tem sim suas bases no patriarcado, na exploração, na violência. Em um mundo ideal não teria necessidade de existir tal coisa.


Anônimo disse...

eu também acho a monique apaixonante em suas falas, no geral. mas ao dizer que se entusiasma com alguém que quer pagar por ela, que a escolheu dentre tantas outras, que a deseja... bem, aí já acho que a coisa decai numa ilusão. ela não é especial por isso. ela foi a escolhida e tantas outras (provavelmente todas as outras)também são, pois há demanda suficiente. por mais feminista que eu seja e por mais admiração que eu tenha pela monique, sempre vou achar estranho que alguém escolha uma profissão em que não pode recusar o sexo (sexo não deve ser sacralizado, mas não necessariamente vamos colocá-lo na ordem do trivial). e com a inteligência que a monique expressa, poderia ter tido sucesso em outras profissões, certamente. enfim, foi a escolha dela. ela se sente feliz com isso. beleza. nesse lugar, o da mulher dona de si, a prostituição é absolutamente aceitável.

ViniciusMendes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Não sou blasê disse...

Gente, não custa lembrar que para que a mulher, qualquer mulher, tenha um lugar potente, é necessário respeitar o direito dela colocar-se como tal.
Se ela é prostituta e afirma ter prazer, PQP, quem sou eu pra contradizer? Duvidar dela só diz que eu não acho possível que ela se veja e se sinta como potente.
Pooooode ser que ela não seja? Pode! Mas não sou eu quem vai dizer isso, ora!
Pela maneira como ela expõem sua ideias, me parece um pessoa bastante cônscia de quem é e do que faz.

Anônimo disse...

a prostituição pode ser absolutamente aceitável, mas não a posição do homem que recorre a ela, que não sabe se relacionar com mulheres fora do lugar da dualidade perversa do patriarcalismo(santa x puta). não elogio no fato de que um homem queira pagar por mim - isso é apenas status quo.

Unknown disse...

Apesar do posicionamento da Monique (que eu adorei conhecer), ainda tenho muitas ressalvas quanto à prostituição.

Eu acho que enquanto o sexo for visto como algo vergonhoso, na nossa sociedade, a prostituição nunca será uma profissão "como qualquer outra" e as prostitutas não serão devidamente respeitadas.

(se fosse visto como uma profissão como qualquer outra seria regulamentada, por exemplo).

Por mais que a Monique tenha a visão de que ela vende seu tempo (e não o seu corpo) e compare aspectos da sua profissão como a de um psicólogo, por exemplo, infelizmente a maioria das pessoas não vê a coisa desse jeito. Eu acho que idéia geral de "venda do corpo" e submissão ainda prevalece. E, na minha opinião, é essa visão (distorcida) de que se pode comprar e vender o corpo de uma pessoa que faz com que existam práticas nojentas e infelizmente comuns como agenciar menores de idade (e clientes fecharem os olhos para isso), tráfico de pessoas e etc.

Eu quero dizer, acho que só vou enxergar a prostituição de uma maneira mais positiva quando a nossa sociedade for menos preconceituosa e ver o sexo como algo natural, e não como um tabu.

Anônimo disse...

Estou amando essa série de entrevistas. Tenho uma enorme curiosidade com a prostituição, um certo fascinio mesmo. Tenho muita vontade de contratar uma prostituta, mas morro de vergonha, sou tímida demais e me sentiria abusando da mulher, eu sei que ela é uma profissional, mas já li muitas prostitutas dizendo em entrevistas que sentem nojo dos clientes.

Anônimo disse...

Alguém faz um mingau para o fábio, tadinho. Acho que ele tá precisando...

ViniciusMendes disse...

@Magrelinha

Fiz confusão no comentário, aqui vai ele arrumado:

Porque o patriarcado se revela na questão da prostituição no fato da mulher ser procurada pelos homens pra realizar o serviço como prostituta ao invés de no fato da mulher, por ser mais reprimida sexualmente, não procurar esse tipo de serviço com homens na mesma frequência?

Queria entender isso, de verdade.

Bruno S disse...

Muito legal a entrevista.

Muito interessante ver a opinião de uma profissional a respeito. Tanta gente dá pitaco sobre prostituição, mas raramente se ouve uma prostituta.

Acredito que a regulamentação da profissão é um importnate passo para que essa profissão, geralmente tratada com com hipocrisia pela sociedade, possa ser exercida de forma digna.

No entanto, o que devemos nos questionar é o que leva a existência de demanda tão grande por esse serviço entre os homens e praticamente inexistente entre as mulheres.

Suelen disse...

Vinicius claro q n são só esses,vc n quer q eu liste tudo aqui né.
Todo o mundo transa ,pq somente prostituas tem um grande papel na sociedade? N da para entender.

ViniciusMendes disse...

@Suelen

Ninguém disse que só prostitutas tem um grande papel na sociedade, a eliminação das outras profissões foi por sua conta.

Anônimo disse...

será que poderíamos ouvir uma prostituta menos 'glamourosa'? quando ouviremos uma daquelas meninas da augusta? o relato delas seria tão tranquilo quanto o da monique?

fabíola disse...

Eu tenho um problema com esse assunto, a prostituição. Porque toda vez que leio uma entrevista assim, com alguém que escolheu, que está segura e satisfeita, que pensa a prostituição, que reflete e consegue olhar a seu redor e analisar o cenário, o que me vem à mente é a prostituta que não escolheu, que não está satisfeita, etc. Me vem à mente a pré-adolescente que é sodomizada sem camisinha em troca de um prato de comida num estacionamento de caminhoneiros, entendem? Eu entendo que há essa prostituição 'empoderada' e feminista, mas acho que a entrevistada faz parte de um minoria. Nãos ei se consegui ser clara, se pareço conservadora. Prostituição acaba me remetendo a essa ideia da violência, da escravidão, etc.

Cara Valentina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vivi disse...

fabíola.
também penso nisso, a maioria dos relatos que vi sobre prostituição se referem a prostitutas que estão "relativamente" satisfeitas com a profissão.
Caberia nos perguntar o por que acontece e se concentram tais entrevistas com este enfonque etc.
Não parece de maneira alguma o caso da Monique, mas alguns relatos de outras prostitutas que estão "relativamente" satisfeitas podem se referir a algum "mecanismo de defesa" para aguentar o trabalho. Vale dizer que este mecanismo de defesa e negação do sofrimento existe em diversas modalidades de trabalho, um recurso de sobrevivência psíquica (pelo que já li alguns livos sobre) do trabalhador mesmo.

abraço e parabéns novamente!
se um dia (até que a prostituição dasapareceça oxalá) houver sindicato das prostitutas, tomara que pessoas como a Monique tome liderança nisso tudo! Vocês merecem!

Magrelinha disse...

Vinicius


É bem simples. A sociedade patriarcal tem o poder de impor padrões, valores e regras ditados por homens. Inclusive no tocante à prostituição, embora cada vez mais prostitutas estejam se empoderando e isso é ótimo.

Contudo, é de interesse desse status quo que as mulheres continuem divididas entre santas e putas, pq tal dicotomia serve aos interesses de um gênero específico (nesse caso o masculino). Os maiores financiadores da prostituição são os homens, a maioria dos cafetões são homens e a prostituição existe visando o prazer masculino.

É a mesma sociedade que poda a sexualidade da mulher média, pq tem coisas que uma mulher "comum" não deve fazer (como requisitar os serviços de um GP, por exemplo). Por isso a repressão sexual em cima do nosso gênero. Enquanto isso há as "putas" para fazerem coisas que os machinhos não tem coragem de fazer com suas respectivas esposas/namoradas/ficantes, pq eles mesmos acham que se suas respectivas tiverem contato com o mínimo de sexualidade mais livre, perderão valor. A verdade é que muitos homens temem a sexualidade feminina e qualquer mulher que goste de exercê-la fora dos moldes da família tradicional, são vistas como se estivessem no limbo.

A prostituição serve muito aos interesses de uma sociedade patriarcal, cristã e conservadora como a nossa, pq precisa de uma válvula de escape sexual que se mantenha na marginalidade. Ela é "necessária" para a execução de uma sexualidade fora dos padrões tradicionais, mas precisa continuar invisível para não ferir os valores da sociedade. Por isso muitos deputados e senadores, que TODO MUNDO SABE que utilizam tais serviços, são os mesmos que são contra a regulamentação da profissão.

Acho ótimo que prostitutas como a Monique existam, que sejam donas de si e que gostem do que fazem. Mas a bem da verdade é que a prostituição na forma como ocorre no Brasil (com todas as suas ligações com tráfico humano, prostituição infantil, escravidão e etc) é feita por e para homens, e serve bem aos interesses de um Estado conservador que pretende continuar assim.

André disse...

"ainda temos aquela visão arcaica, que eu combato incessantemente, de que a prostituta deve abrir mão de seu prazer, de seu desejo, em detrimento do desejo do outro."
Quando eu precisava de uma prostituta eu não tinha grana, agora que tenho grana não preciso de uma prostituta. Mas se eu fosse contratar uma seria para que o objetivo da relação fosse o meu prazer. Isso seria errado?

Moço Ocupado disse...

Oba! Chegou a segunda parte! Adianta a terceira, vai? É muito interessante.

Duas coisas são claras para mim:

- o que a autora do texto faz não deveria ser criticado por ninguém. São dois (ou mais) adultos que estão transando porque querem. Um paga o outro porque quer e ninguém está forçado a nada. A regulamentação da profissão me parece que viria a ajudar nesse caso.

- os casos de prostituição nojentos (tipo parada de caminhoneiro, cafetões, em troca de um prato de comida, etc.) obviamente não são com consentimento. A prostituta está trabalhando para não ser morta, agredida, sobreviver, pagar por drogas, etc. Esses casos são os de doer o coração e ficar com raiva da sociedade. Não sei se legalização mudaria alguma coisa - da mesma forma que comércio é regulamentado mas existem camelôs irregulares, pirataria, contrabando, etc. - mas vale a pena tentar.

O que eu não entendo (por ignorância mesmo) é a relação da prostituição (do tipo da autora do testo) com o patriarcado, capitalismo, etc. Intuitivamente consigo fazer algumas ligações mas gostaria muito que as comentaristas mais esclarecidas expusessem suas idéias com mais detalhes ou talvez ligando à artigos que tenham a explicação. (Ao invés de responderem apenas uma linha ou com um "aff..."). O blog da Lola é um lugar que, no pouco tempo que venho acompanhando, já me proporcionou um aumento de conhecimento incrível e me fez refletir sobre muitos pensamentos e ações que tenho. Peço que quem tenha o tempo e a paciência, que ajude no processo explicando melhor o seus pontos. Acredito que outras pessoas também se beneficiariam.

sexsexsex disse...

Não sei pq, para muitos, o mundo perfeito seria um mundo sem prostituição.

O mundo perfeito seria onde as pessoas podem sim cobrar pelo sexo se quiserem e não serem marginalizados por isto, da mesma forma que uma pessoa pode sim contratar uma profissional sem ser estigmatizado por isto.

Magrelinha disse...

Vinicius:


Em suma, a mulher "média" (não gosto desse termo, mas não sei qual outro usar), precisa ter sua sexualidade podada para a manutenção desse status quo continuar. Podar a sexualidade feminina é uma das formas do patriarcado afirmar seu poder sobre nós.

Enquanto isso existem as prostitutas para fazerem o que as mulheres médias não devem fazer. E as prostitutas (segundo essa lógica de poder) DEVEM continuar na marginalidade, pq não são dignas o suficiente para terem seus direitos e valores como seres humanos, reconhecidos.

No final santas e putas estão inseridas e tem seus papéis muito bem delimitados na dinâmica patriarcalista, e servem à manutenção desse modelo.

Telma disse...

Alguém me explica por que prostitutas tem um grande papel na sociedade?
Como a prostituição ajuda a formar um sociedade melhor?

Vocês acharem que elas merecem direitos trabalhistas é uma coisa,agora querer que a gente acredite que isso realmente é bom para a sociedade é ridículo.

E o relato dela parece ser muito floreado,mesmo que ela não se sinta explorada,o intuito do homem é abusar da prostituta mesmo.
Sei que vão dizer que mulheres comuns também sofrem abuso mas parece que o homem pensa que tem mais direitos com a prostituta porque está pagando.

Falo isso porque tenho uma vizinha que entrou nisso,eu não concordo mas a vida é dela.
E tá bem longe desse mar de rosas que a autora diz.

Geralmente os homens que procuram minha vizinha vão procurar seus serviços achando que ela vai fazer tudo que eles quiserem,porque estão pagando e ela está lá para isso,para ser usada.

Alguns não querem usar camisinha,como a autora,ela diz que ela só faz o que quer,mas a intenção do homem é essa mesmo.
Uma vez ela foi jogada de um carro em movimento,porque o infeliz conseguiu o que queria mas não quis pagar.

Por sorte ela não se machucou gravemente,conversei com ela para ela sair disso mas ela insiste em continuar.

Agora me desculpem mas acho que alguem que diz que uma vida dessas ajuda a sociedade de alguma forma,não deve estar em sã consciência.

suelen disse...

vcs são sem noção né,então eu tb tenho um grande papel na sociedade simplesmente porque transo...
de repente meu papel é menor pq não cobro.

Moço Ocupado disse...

Obrigado, Magrelinha! É esse tipo de explicação que eu esperava no meu comentário anterior. Engrandece muito mais o debate e permite que os menos informados como eu entendam melhor o posicionamento de cada um.

Anônimo disse...

Essa segunda parte da entrevista estragou a primeira parte totalmente....

ficou parecendo que ser prostituta é super legal, que ninguém corre o risco de pegar doenças, ninguém sofre violencia, espancos e etc...
ninguém é viciado em drogas, que não tem exploração...

nesse ponto prefiro o livro da bruna mesmo, os relatos são mais realistas e menos glamour e oba oba.

Hamanndah disse...

Não, André, não seria errado, mas isso é só uma prova que mascus como você são incapazes de pensar no prazer da mulher

Sua frase só atesta isso, o quanto a prostituição pode ser ruim para as mulheres...quando pegam clientes machistas como você que, espero, sejam a minoria dos homens

Uma prostitua é um ser humano. Todo ser humano, homem e mulher, merece ser tratado com carinho e respeito numa relação sexual

O seu dinheiro não lhe dá o direito de tratá-la mal e com desdém

Anônimo disse...

Ela faz parte de uma minoria mas MINORIA MESMO.....

conheci uma menina de 18 que saia com um cara de 70 e tantos... só pra ganhar dinheiro... ela dizia que morria de nojo não aguentava mai sair com ele e queria largar essa vida....

e como ela , muitas passam por isso.
a ronaldinha também passou por isso e agora se converteu, ela disse que saia com os caras e cheirava pra conseguir, fez até filme pornô.

Hamanndah disse...

Magrelinha

você escreveu muito bem. Mandou ver legal
bjs

ViniciusMendes disse...

@Magrelinha

Mas aí vem minha pergunta de novo: Então não seria melhor questionar a pressão para que as mulheres não contratem garotxs de programa, ou seja, que usufruam do serviço (ou olhando de forma mais ampla, questionar a falta de liberdade sexual da mulher perante os olhos da sociedade), ao invés de questionar o serviço em si?

Eu concordo plenamente que a prostituição é algo terrível quando é a forma de sobrevivência de alguém que não tem outra saída (travestis passam muito por isso) ou por pessoas forçadas a entrar nessa vida por tráfico, escravidão ou ameaças, eu nem questiono isso.

Mas eu não consigo ver nada de errado no ato de alguém trocar serviços sexuais por dinheiro, e não acho que se possa condenar esse ato por existir sim uma dinâmica terrível com a qual ele funciona de forma mais frequente do que gostaríamos.

@André

Ué, ela não disse que o prazer dela fica acima do prazer do cliente, e sim que ela busca o prazer dela na relação. A menos que o seu prazer seja incompatível com o prazer da prostituta, não tem nada de errado em vc contratá-la buscando o seu prazer. Agora, se você DEPENDE que ela não curta pra achar legal, o mercado tá cheio de ótimos profissionais da psicologia e psiquiatria pra te dar uns toques...

Anônimo disse...

. A verdade é que muitos homens temem a sexualidade feminina e qualquer mulher que goste de exercê-la fora dos moldes da família tradicional, são vistas como se estivessem no limbo.
A prostituição serve muito aos interesses de uma sociedade patriarcal, cristã e conservadora como a nossa, pq precisa de uma válvula de escape sexual que se mantenha na marginalidade. Ela é "necessária" para a execução de uma sexualidade fora dos padrões tradicionais, mas precisa continuar invisível para não ferir os valores da sociedade. Por isso muitos deputados e senadores, que TODO MUNDO SABE que utilizam tais serviços, são os mesmos que são contra a regulamentação da profissão.

________________

PERFEITO!

Rafael Redondo disse...

Respondendo ao Anônimo que disse que "prostituição e uma "forma de estupro" cometida pelo sistema financeiro patriarcal vigente": puro reducionismo.

Não diminuam a questão dessa forma, ou vão acabar com a possibilidade de esclarecer um assunto como a prostituição, do qual prejulgamos muito e entendemos pouco.

Segue minha opinião sobre a questão: projetoredondo.wordpress.com/2012/10/18/a-questao-da-prostituicao/

Sara disse...

Não sei se estou errada mas assim como tem quem goste de cozinhar e vende seu talento, acredito q tenha quem goste de fazer sexo e explore esse talento.
Não consigo ver o sexo da forma sacralizada, q pelo jeito a maioria das pessoas Vê.
Acho q o sexo é uma necessidade do ser humano como a fome, pra mim as prostitutas tem o papel de saciar essa "fome" de seus clientes que não tem outra opção, ou simplesmente querem algo diferente do q ja possuem.
Acho q quem faz esse OBA OBA encima dessa profissão, principalmente quando ela é exercida por opção, apenas contribue para essa dicotomia criada pelo patriarcado da SANTA E DA PUTA.
Qdo vejo pessoas virem aqui indignadas por eu achar q as prostitutas deveriam ter o mesmo respeito q elas em suas profissões, consigo enxergar apenas a reprodução dessa dicotomia hipócrita q o machismo nos legou.

YC disse...

Ela é uma pessoa muito interessante! Deve ser muito bom conversar com ela, sobre qualquer assunto.
Também acho que ela "citou de leve, raros mosquitos num fim de semana praiano... "
Pelo menos achava que haveriam mais desvantagens e perigos, mas se ela está contente com o que faz, tudo bem!

André disse...

Hamanndah,

Pra você não ficar brava, vamos inverter a situação. Se uma mulher contratar um michê não é natural que as vontades que têm que ser atendidas são as dela? Do jeito que foi colocado no texto parece que prostituição é namoro.

André disse...

Vinícius Mendes,

Ela não disse que o prazer dela fica acima do prazer do cliente, mas colocou as duas coisas em pé de igualdade.
Agradeço a indicação de psicólogos mas vou recusar porque não acredito nisso.

André disse...

Hammandah,

Agora entendi a sua agressividade, minha frase ficou bem ruim. Deixe eu explicar, agora eu não preciso de prostituta não porque as mulheres fiquem aos meus pés porque eu tenho dinheiro (nem tenho muito), mas porque sou casado.

Anônimo disse...

Porque prostitutas não podem escolher seus clientes? Se elas estão num bom momento (com bastante oportunidade e grana rolando) não vejo problema algum em priorizarem um cliente mais ajeitadinho. Não dá p/ comparar uma profissão como a psicologia com a prostituição, mesmo a/o psicóloga/o estar também de certa forma sujeita/o a riscos (e portanto tb pode exister alguma seleção, existem pacientes perigosos sim, fora os que a psicoterapeuta concluirá que não tem condições de atender; nesse caso é ético encaminhar). Enfim, a prostituição é um fenômeno bastante complexo, entendo as pessoas que defendem os direitos e as que são contra. Mas eu penso que deve-se tratar a questão com mais cuidado e que devemos pensar nas questões sobre direitos humanos. Mulheres são exploradas e ponto. Existe o tráfico e a exploração de adultas e menores. Existem prostitutas muito sossegadas sim e que curtem a profissão. O que deve acontecer? Pra mim a saída é legalizar a profissão em primeiro lugar. Sou absolutamente a favor de uma pessoa poder vender sua sexualidade, o problema do machismo vai continuar existindo, o problema não é a prostituta, o problema é a relação dos homens e mulheres com o sexo. Sei lá. Ragusa

renpmelo disse...

Muito oba-oba e poucas desvantagens. Uma adolescente imatura se ler esse relato da Monique, vai ficar doidinha para entrar na prostituição. Afinal é uma carreira que não requer nenhum estudo ou esforço mental, e mesmo assim, se bobear, ela consegue faturar uma renda mensal muito próxima a de médicos e engenheiros com vários anos de experiência.

Lembrando que para ser prostituta é preciso estar no mínimo dentro dos padrões de beleza. Ou seja, também não é errado dizer que a sorte é um fator determinante para ter uma chance na carreira.

Renata disse...

A entrevista com a moça é interessante, mas é óbvio que ela faz parte de uma minoria, e portanto, mesmo que diga que não, glamuriza sim o negócio.

Mesmo as prostitutas de luxo estão inseridas em uma lógica perversa de que o seu valor depende do que você tem. Então se para eu ter um carro bacana, usar roupas de marca e bolsa de grife eu escolha me prostituir, está tudo bem.

Claro que sou a favor da regulamentação, mas não consigo ver empoderamento em vender seu "tempo" dessa maneira em troca de dinheiro para financiar futilidade.

Agora se Monique me disser que faria o que faz mesmo de graça, ai a coisa muda de figura.

Eu também alugo o meu tempo na minha profissão, porque preciso me sustentar, mas faço trabalho voluntário na mesma área porque realmente gosto do que faço. Se se ganhasse na loteria continuaria fazendo.

Quantas prostitutas continuariam na vida se tivessem grana suficiente para realizar os seus desejos de consumo sem ela?

Anônimo disse...

A mulher é criada dentro do amor romantico,pra casar,logo se ela contrata um serviço pra se satisfazer ela tem um duelo psicologico consigo mesma muito grande,um arrependimento forte.

Ela é preparada pra desistir do seu desejo e fazer as vontades do homem com quem vai se casar.

E tem essa do se dar valor,pq homem é quem diz sempre sim e pra se dar valor tem que dizer nao pq homem é muito facil de pegar.É nesse joguinho.

Hamanndah disse...

Ok, André

Acho que exagerei um pouquinho( sorry...)

Agora que você é casado e, supondo que sua esposa trabalha e contribua para o sustento da célula familiar, estou supondo que o prazer dela seja tão importante quanto o seu, ou não?

Suponha que um homem e uma mulher sejam casados e um deles perca o emprego. Por alguns meses, ou até anos, eles entram num acordo para um deles ficar em casa cuidando da casa e dos filhos e outro "rala" na rua

Entendo que o trabalho em casa e na rua é tudo trabalho, do mesmo jeito

neste jeito, caso sua esposa fosse, ou seja,não sei, dependente financeiramente de você, ou seja, não sei, os direitos sexuais ao prazer também seriam iguais? Ou por você estar pagando "as calcinhas, modessa, cinema, etc" dela, você se acharia no direito de ter mais direito, de o seu prazer estar em primeiro lugar, etc?

É só uma pergunta, não uma afirmação
abraços

Gabi Something disse...

@Não sou blasê

Concordo com você no posicionamento. Se a colega está dizendo que a situação de fazer com sexo com um desconhecido a excita, provavelmente, é verdade. O que ela diz que sente e pensa, são, provavelmente, verdades. Como todos nós. E como pressupomos sobre a maioria das pessoas.

Dizer que ela não sente ou não pensa, as coisas que ela diz ou pensa, não é argumento. É como a cultura do estupro faz com a vítima.

Já estou ansioso para a terceira parte. Nunca havia lido nada relacionado a prostitutas nesse nível. Simpatizei muito com a Monique. Moça esperta.

Enfim, ela que é esperta por cobrar. Tantas aí fazendo de graça com pessoas piores. #bemhonesta

Fico curioso em saber como é a profissão. Alguém aí sabe como funciona aquele esquema de ficar na webcam? Sempre quis saber como é. É uma prostituição moderna, não é?

Alguma idéia?

...é impressão minha ou a gente começa escrever aqui, perde o foco, fala demais e ainda se esquece de dizer tudo? (acho que a Lola sente isso em cada post, né?)

Gabi Something disse...

Ah! Lembrei... quanto ao fato de estar floreado.

Não sei você, mas eu acho que a maioria das pessoas é boa. De um forma geral, não somos criminosos. Apesar da sociedade ser doente, acredito no ser humano.

Então, se ela trabalha fora das ruas, tem certa experiência, tem consciência, não entendo porque as pessoas acham que ela continuaria em uma situação de perigos e ameaças constantes.

E talvez, ela seja do tipo que não se lamenta e prefere ver as coisas como 'ossos do ofício'.

Falando assim, parece que ninguém nunca foi desagradado no local de trabalho.

E que todo mundo que foi achasse isso o fim do mundo.

André disse...

Hammandah,

Numa relação normal (na minha opinião, porque podem existir fetiches doidos) não deve existir desequilíbrio, seja em termos de sexo, decisões financeiras ou educacionais. Mas essa é uma relação de namoro ou casamento. Não há uma hierarquia. Da mesma forma que uma mulher pode estipular como o pedreiro contratado tem que fazer sua casa, mas a mulher casada com um pedreiro não pode.

Julia disse...

" mas a mulher casada com um pedreiro não pode."

Por que não?

----------

Enfim, eu vi agora essa notícia da mulher que deu um selinho no Fred. O auê que fizeram em cima disso. E óbvio que estão xingando a mulher de tudo quanto é nome, de biscate pra baixo, por conta de um selinho... Um.Selinho.
Onde vamos parar?

Elaine Cris disse...

Melhor ainda essa segunda parte.
Há pouco tempo deixei de me relacionar com um cara após perceber que tínhamos maneiras muito diferentes de pensar (e uma delas foi um dia em que ele me confessou que já havia saído com prostitutas várias vezes, naquele dia, parte da admiração e simpatia que sentia por ele, se esvaiu).
Acho que me incomodava muito na prostituição essa ideia de um homem se apropriando do corpo de uma mulher, ainda que por algumas horas, pra se satisfazer independente do que estivesse se passando com ela (dor, repulsa, nojo).
A entrevista da Monique quebra um pouco essa visão.

Elaine Cris disse...

Impressão minha ou alguns mascus se incomodaram de saber que prostituta também goza?

Aline disse...

Dona do Sexo,
então um ginecologista poderia negar atender uma paciente pela aparência?

Fábio(é o fabinho do "mingal"?) O ganha pão dela é fazer com que os homens paguem pelo tempo dela, isso não quer dizer que ela não possa gostar de alguém e assim fazer um agrado, certo?

E esse povo chorando dizendo que o homem é o explorado, vejam só: ele paga por que ELE QUER.

Aff..

Adorei o post.

Luiza disse...

Eu gostaria de ver uma entrevista com uma prostituta de esquina, as diferenças e semelhanças de pensamento.

renpmelo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Magrelinha disse...

Vinicius


Mas o feminismo questiona a repressão sexual em cima das mulheres. Aliás, ele vem fazendo isso desde sempre.

Quanto à prostituição, eu não vejo nada de errado na simples transação pagamento = sexo. Acredito tb que em alguns países onde ela já está regulamentada e onde o sexismo é bem menor, a realidade seja diferente. Contudo, no Brasil, os maiores beneficiados com a prostituição são os homens, e a forma como esse mercado é posto em prática aqui está servindo à dinâmica patriarcal. E sinceramente, não vejo onde o feminismo e os direitos das mulheres saem ganhando nisso.

Para as prostitutas terem seus direitos e autonomia respeitados elas tem de lutar por isso, inclusive para desconstruir a a forma como a sociedade as enxerga, pq se depender da boa vontade dos nossos homens, elas continuarão sendo vistas como a escória social.

Barbara OW disse...

A moça conquista pela eloquência dela. Mesmo assim, acho que ela deve ser bem diferente de mim porque, vai lá, ficar excitada com um estranho pode acontecer, mas como rotina? direto e reto? Parece-me racionalização.

Anônimo disse...

Conheci amsterdã onde a prostituição é regulamentada.
devo dizer que visão que vi não era as mais libertárias não.
não acho que não haja nenhum problema em transação dinheiro=sexo.
As mulheres estavam em suas vitrines, e dezenas e dezenas de hoomens olhando as moças como se fossem um pedaço de carne inanimado, mercadoria, destituído de qualquer sentimento. Claro que é melhor que o Brasil, menos pior, mas não vejo nada de "nenhum problema" nesta relação troca de dinheiro pelo sexo.

ViniciusMendes disse...

Magrelinha

Então eu acho que concordamos. =)

Anônimo disse...

Aline

medicos nao vao ter nada sexual com aquele paciente,nao vao beijar boca de cachaça de fumo por ex. etc e etc.

Drica disse...

Ótima entrevista! Li os comentários falando de a prostituição ser um ato cometido pelo sistema financeiro patriarcal vigente. Mas será que nenhuma mulher aqui teve vontade e digo até mesmo, necessidade de chamar um garoto de programa? Digo isto porque eu, mulher, jovem, com excelente autoestima, solteira e considerada bonita pelos padrões de beleza instituídos pela mídia, já tive MUITA vontade de pagar por sexo. Cito minhas características somente para quebrar o tabu de que a mulher que procura por sexo é carente ou algo assim. Meus desejos se baseiam em um simples motivo: praticidade. Ao contrário de muitas mulheres que atribuem o sexo pago como algo depreciativo, eu percebo como algo certo. Não vejo diferença dos riscos existentes, em relação a segurança física e na saúde, entre transar com um recém-conhecido, de uma balada e transar com um prostituto. Pelo contrário acho que se o objetivo é simplesmente sexo, por que não contratar alguém? Sinceramente acho até mais seguro.

André disse...

Ju,

Porque na minha opinião um casal tem que tomar a decisão juntos, a casa será de ambos. Assim como o pedreiro que faz a própria casa não é empregado da esposa, a mulher que cozinha não é empregada da família.

Anônimo disse...

Estou impressionado com os comentários sobre o assunto. Toda a liberalidade das mulheres daqui parece que foi parar num limbo quando o assunto é prostituição.

De qualquer modo, como parece que a grande maioria das mulheres é extremamente ignorante sobre como se processa a relação do homem com o sexo, incluindo aí sexo com prostitutas, vou esclarecer alguns pontos:

Quando um homem procura uma prostituta, em muitos casos, é uma questão emocional, não apenas relacionada à prazer puro e simples. Esse é o caso do homem que precisa da prostituta que também é psicoterapeuta. Como a prostituta entrevistada muito bem disse, sexo é uma necessidade básica. Eu não chegaria ao ponto de concordar 100% com isso, pq ninguém morre sem sexo, mas a falta de sexo e de intimidade sexual pode sim levar uma pessoa a viver mal. As feministas em geral, dizem que a sexualidade delas (mulheres) não se diferencia da do homem, que elas têm desejo tal qual o homem (ainda que coibido pelo machismo) mas é curioso, nesse contexto, a dificuldade delas de compreender que, muitas vezes, o homem não tem outra opção para expressar sua intimidade sexual e emocional, exceto se com uma prostituta (e nem sempre isso será um problema provocado pela sociedade, mas pode ser algo intrínseco mesmo). Se elas realmente entendem a natureza do desejo sexual em paridade com o homem, isso deveria ser ponto pacífico, não haveria essa quase prevalente dificuldade de compreender pq alguns homens precisam de recorrer a uma prostituta, pq elas mesmas tb sentiriam isso, lá no fundo, e saberiam como é frustrante não ter talento/condições para conseguir seduzir ou se conectar emocionalmente com as pessoas do seu convívio diário. No caso de um deficiente então, isso é ainda mais severo, pq alguns cadeirantes ainda possuem na psiquê a busca pela intimidade, "hardwired" na mente, mesmo que o corpo não possa mais ter qualquer performance da cintura pra baixo. É bem verdade que a prostituta não pode, e não vai, suprir totalmente a deficiência emocional de que sofre um homem com carência relacional, mas é uma panacéia compensatória, e mais importante, a prostituta não tem, em geral, preconceitos em relação à expressão da sexualidade masculina (que é uma das razões pelas quais os homens se sentem livres para determinadas coisas com prostitutas, mas não com suas namoradas e esposas, que por diversas razões relutam em expressar uma sexualidade mais liberal). Mesmo quando a prostituta não gosta ou não faz determinada coisa, ela não julga, apenas declina.

Anônimo disse...

E ainda que o homem que recorra à prostituta e a própria prostituta não tenham ilusões românticas, não há o total descolamento entre sexo e satisfação emocional de um relacionamento, mesmo entre uma garota de programa e seu cliente. O dinheiro que é pago não desumaniza a relação, ainda que promova um distanciamento, para evitar problemas para ambas as partes, inclusive. Nem todo homem consegue se relacionar e ter paz emocional com mulheres no dia a dia, por uma série de fatores, mas isso não significa que ele não precise dessas coisas, ou as busque. As feministas que advogam contra a prostituição, parecem desejar que, por entenderem o patriarcado como opressor, que nenhuma concessão deve existir para o homem, que a expressão de sua sexualidade deve estar subsumida a contratos sociais idealizados, e assim, mesmo aqueles que estão em situação de penúria, não podem recorrer a qualquer tipo de solução que envolva uma concessão feminina para consigo. Ou seja, num exemplo mais extremo, um deficiente físico ou mental não pode, socialmente, nem mesmo recorrer a uma prostituta, mesmo sabendo que este nunca conseguirá qualquer intimidade sexual com uma mulher em outro contexto? Fica difícil acreditar que a sexualidade feminina, desejosa, realmente exista, quando a opinião feminina prevalente, em relação à prostituição, é de que essa nem deveria existir. Pq num mundo diverso, sempre haverão mulheres que não irão querer expressar sua sexualidade de modo "tradicional" ou de qualquer modo, e haverá homens que não conseguirão expressar a sua pela via da sedução ou de amor/paixão demonstrativa, e uma lacuna se forma aí, e dizer que ninguém pode ou deve preencher esse espaço, e as pessoas devem se conformar com esse desequilíbrio e se implodir, é segregacionismo, é preconceituoso, e é criminoso.

Eu peso 170Kg. Nunca namorei. Mas tenho muito carinho por todas as garotas de programa com as quais já estive (e não, não foram muitas). Meu primeiro beijo foi com uma. Meu primeiro cafuné tb. A primeira vez que uma mulher se dispôs a tirar a roupa para mim, foi nesse contexto. Eu certamente, preferia que não fosse assim, que as mulheres olhassem para mim e vissem algo além de um homem extremamente obeso. Que sentissem tesão por mim. Mas não compete a mim e não sou hipócrita de exigir algo que eu mesmo não sei se seria capaz de oferecer. Mas nada tira o valor ou o respeito que sinto por essas mulheres, pelas prostitutas. Talvez, para outras mulheres, uma prostituta não tenha qualquer valor social. Eu não penso assim. Tenho certeza que minha vida seria muito mais frustrante sem elas, pq mesmo que eu nunca saiba se elas realmente têm desejo por mim ou não, o profissionalismo e experiência de vida as treinou para não olharem com nojo ou preconceito para mim. E isso já é algo muito bom.

Anônimo disse...

"Quando um homem procura uma prostituta, em muitos casos, é uma questão emocional, não apenas relacionada à prazer puro e simples."

A questão é que seu caso parece ser minoria. Um homem que acha que não consegue se aproximar de uma mulher sem ser de outra forma.

Não sei, mas o que nossa cultura nos passa, é que a maioria dos homens que procura uma prostituta estão naquele oba oba de poderem fazer o que quiserem, já que estão pagando e se livrar da "chatice" de ter que agradar pra ser agradado.
É como se desrespeitassem ambas as mulheres. A prostituta, porque é vista como objeto que já que pagou tem que tolerar tudo. E a mulher que não é prostituta, que é vista como chata, fresca, cansativa, porque também quer ter seus desejos satisfeitos e não só satisfazer os do marido/namorado/ficante...

Julia disse...

André,
eu tinha entendido que a mulher casada com o pedreiro não poderia dar pitaco na construção da casa, que só ele poderia porque é pedreiro.

Eu entendi errado.

Sara disse...

Desanima ver o preconceito que muitas mulheres ainda nutrem por outras, se julgando superiores apenas por uma construção do patriarcado, de q a mulher q se sujeita a isso não tem valor, e que devem se manter a margem da sociedade e bemmmm longe das mulheres consideradas "honestas", dou uma banana pra essas convençÕes , e respeito a prostituta como uma igual, sei q elas ocupam um lugar que merece o respeito da sociedade.
O comentário do anon 20.08hs da uma das dimensões q os profissionais do sexo podem ter na nossa sociedade, e individualmente para todos aquelXs que possam precisar desse tipo de serviço.

Valéria Fernandes disse...

Eu tenho lido a entrevista da Monique. A entrevistada é muito eloqüente e parabenizo a Lola pela publicação da mesma. É interessante ter acesso a uma faceta da prostituição que é, sou obrigada a dizer, elitizada, por ser movida – segundo a própria entrevistada – pela total liberdade de escolha e possibilidade de selecionar a quem se vende serviços sexuais (*tempo, nesse caso, é bem genérico. Eu sou professora. Genericamente, vendo tempo, mas o que estou vendendo é meu conhecimento acumulado e capacidade de analisar criticamente informações*), quando, onde e como. O que quero dizer, e alguém já apontou isso antes, é que prostitutas como Monique representam uma parcela mínima das mulheres que escolhem ou são obrigadas a venderem serviços sexuais. Aliás, basta pegar as muitas entrevistas com prostitutas de calçada, parada de ônibus (*comum em certas áreas aqui no DF*), postos de gasolina ou estabelecimentos insalubres. A maioria das prostitutas está nas ruas, submetidas muitas vezes à violência cotidiana, ou nas mãos de cafetões e cafetinas que os exploram. Não é uma situação cômoda ou feliz, ainda que seja importantíssimo que, até para não enlouquecerem, essas pessoas precisem se repetir sempre que, bem, é um trabalho como outro qualquer.

Sou das feministas que considera, sim, a prostituição como uma violência contra as mulheres. Fecho com a minha orientadora de doutorado, Tânia Navarro Swain que coloca que “A prostituição, ou seja, a venda de corpos, forçada ou não, é talvez a maior violência social cometida contra as mulheres. Esta violência é agudizada por sua total banalização; mais ainda, a profissionalização da prostituição, que acolhe adeptos mesmo entre as feministas, define a apropriação e a “mercantilização” total das mulheres como um trabalho, que seria tão estatutário e dignificante quanto qualquer outro.” (Para o texto completo, clique aqui)

Nossa sociedade pensa a prostituição no feminino, a associa às mulheres e empurra goela abaixo que esta é “a mais velha das profissões”, como se fosse algo natural a todas nós nos venderem (*ou ao nosso tempo, ou os nossos serviços*). Quando se discute prostituição e sua legalização se faz no feminino e pensando os homens como consumidores (*e não raro, os maiores defensores da regulamentação, são homens*). Enfim, não considero que a busca por igualdade nesse caso seria buscar uma sociedade na qual homens e mulheres fossem mercantilizados, mas uma sociedade na qual ninguém precisasse ser ou que a prostituição fosse desprovida de quaisquer sentidos depreciativos... E, não é surpresa, feminino.

Valéria Fernandes disse...

Uma das armadilhas do patriarcado é querer mascarar esta violência e apresentar uma ínfima parcela das prostitutas, aquelas que são chamadas eufemisticamente de “garotas de programa”, como se a regra fossem. Não estou dizendo com isso que não exista apropriação de corpos e mesmo uma relação similar à prostituição em muitos casamentos, mas disso, muitas feministas já falaram e continuam a falar, e uma coisa não anula outra, só desnuda a violência que as mulheres sofrem em nossa sociedade, sua subordinação e mesmo cooptação. É possível, subverter a coisa, e dou meu crédito à Monique acreditando que ela conseguiu fazer isso. Mas temo a glamourização da prostituição, porque lembro de uma aluna muito pobre, dentre outras crianças muito pobres, em Duque de Caxias (RJ), que por causa de uma novela de Manuel Carlos me disse uma vez que ser prostituta deveria ser muito bom, porque a prostituta da novela (*Giovanna Antonelli*) era linda, estava sempre bem vestida e parecia feliz. Eu gelei, porque sei que o destino daquela menina de 13 anos, caso “escolhesse” a prostituição, não seria essa prostituição elitizada, mas, muito provavelmente, os postos de gasolina da Washington Luís que ficava ali pertinho.

Sou a favor da concessão de todos os direitos trabalhistas e da proteção às prostitutas e prostitutos, sim, incluindo o masculino. Sou contra qualquer tipo de estigmatização da prostituição, mas não consigo digerir que alguém traga na carteira de trabalho “profissional do sexo” ou “prostitut@”, também vejo como pouco aceitável legalize a exploração da prostituição (*cafetinagem é crime, prostituição, não*) e isso bem às vésperas de Copa e Olimpíada, consagrando o negócio como legítimo. Obviamente, meus achismos não vão anular o fato da questão precisar ser discutida e resolvida. No mais, não vejo má fé no projeto do Deputado Jean Willys, a quem admiro por sua conduta, mas ele precisa de ajustes, especialmente em relação a esse ponto da exploração sexual.

(Peço desculpas pelo comentário longuíssimo, nem acho que deve ter contribuído muito, afinal, houve gente que já pontuou as mesmas questões)

Vivi disse...

Anônimo que disse que disse
"Estou impressionado com os comentários sobre o assunto. Toda a liberalidade das mulheres daqui parece que foi parar num limbo quando o assunto é prostituição."

Eu até entendi sua argumentação, mas acho que o dever das feministas é inclusive questionar estas liberdades.
O que é liberdade?
No meu ponto de vista é muito complicado falar de liberdade em condições desiguais. Tanto do ponto de vista financeiro quanto do ponto de vista de gênero das pessoas.
Se , hipoteticamente, TODOS os seres humanos tivessem condições iguais, e se (hipoteticamente ainda houvesse dinheiro nesta sociedade), e se não houvesse patriarcado, daí sim, eu poderia dizer que as pessoas escolhem seus caminhos de maneira livre, com liberdade (e isso não vale só para prostituição). Numa situação hipotética, onde TODOS tiverem o mesmo poder aquisitivo e não haver machismo a mulher escolher ser prostituta, daí sim, poderia ser liberdade para mim. Será que numa condição desta, com igual condição de vida de todos, livre do patriarcado e das amarras sexuais que ele impõe para todos nós, haveria espaço para prostituição? Pode ser, não dá para saber, mas só neste caso pode-se falar em liberdade de escolha para mim.
Com isso, não digo que as prostitutas que dizem que escolhe e inclusive são felizes (porque não?) com a profissão estão mentindo. Mas só digo que a reflexão sobre liberdade comporta uma maior complexidade.

Unknown disse...

Sei lá,achei essa confiança toda meio fantasiosa.Acredito que pra ter sucesso nessa "carreira" de prostituta de luxo além da aparência outras coisas também contam como etiqueta e cultura,afinal tem clientes que vão usá-la como acompanhante em eventos,viagens...etc e vão querer alguém não só bela ,mas de nível ao lado deles,alguém que saiba se portar com elegância,que tenha fluência ao falar ,o sexo faz parte do pacote.Não estou dizendo que ela está mentindo,mas também não está sendo 100% verdadeira.Também duvido que ela nunca tenha fingido orgasmo pra agradar algum cliente vip,afinal apesar de tudo o objetivo maior é agradá-lo sim.Mas o que importa é que com ou sem orgasmo,com ou sem satisfação ela está lucrando. Essa segunda parte não foi impactante como eu esperava,quer ver a terceira

Anônimo disse...

"As mulheres estavam em suas vitrines, e dezenas e dezenas de hoomens olhando as moças"

Isso dai realmente deve ser impedido.Mas deve ser so a Holanda que permite tal coisa,ainda bem.




Anônimo disse...

Já contratei prostitutas várias vezes. Acho que é diferente essa questão do homem para a mulher. A mulher, basta querer, ou chamar, que consegue sexo a hora que quiser. Pro homem não é assim tão fácil. Sou um cara jovem, de 30 anos, boa aparência, bom físico, curso universitário.. me considero normal em termos de relação com o sexo oposto. Mas nem sempre vc consegue sexo a hora que quer. Então, apela pra pornografia ou prostituição. Não sei pq as pessoas (principalmente mulheres) vêem isso como algo errado, já que é uma necessidade fisiológica do homem (ok, da mulher também). Como alguém comentou aqui alguns dias atrás, gozar para o homem é como uma vontade tipo fazer xixi.. vc vai lá, faz xixi, e passa a vontade. A mesma coisa, vc vai lá, goza, e passa a vontade. Não sei se pra mulher é assim.. mas me parece que não.

Anônimo disse...

A prostituição provavelmente é desagradável em muitos aspectos. Mas recolher lixo, limpar esgoto, cortar cana, ser agente penitenciário, policial... pode ser também desagradável em muitos aspectos, além de perigoso. Me parece que o sexo na visão da maioria das pessoas é sujo e degradante, principalmente para a mulher. Não consigo encontrar outra explicação pra tamanha falta de respeito com a entrevistada. Por que desqualificar o discurso de uma mulher que está contando sua experiência? Que merda é essa? Se a prostituição pode ser uma forma da mulher ter autonomia e independência financeira e ainda ter prazer, what´s the fucking problem? Ela mesma está dizendo que se considera uma profissional autônoma e não vende um corpo pra ser usado como o cara quiser. Ele que procure uma boneca inflável. O problema é o homem que pensa que a prostituta é um lixo e não um ser humano que presta um serviço e deve ser respeitada. Como em qualquer profissão em que se presta um serviço, devem existir regras e limites. É isso que ela diz. O discurso dela é empoderador nesse sentido. E porque essa visão de que homens que procuram prostitutas são monstros misóginos? Mulheres clientes são minoria, nós sabemos, mas por quais motivos mesmo?
Como eu tentei dizer antes, o problema não é a prostituição em si, pra mim ela não é má, nem boa, o problema é a construção social da sexualidade, a relação que as pessoas têm com o sexo. Nesses países europeus onde as mulheres ficam expostas em vitrines: existe aí uma lógica em que a mulher se torna produto. Mas essa é a única forma de prostituição? Será que não existem tb as profissionais autônomas que fazem seus acordos de forma bem diferente? Pela internet por exemplo. Exploração sexual, tráfico, pobreza que leva a prostituição como um modo de sobrevivência, tudo isso deve ser combatido. Mas proibir a prostituição com certeza não deve ser o caminho. Existem muitas profissões bastante degradantes, sem proteção e existe muito trabalho praticamente escravo no Brasil (cortadores/as de cana, como foi citado). Mas ainda sim existe uma proteção, porque são trabalhos legalizados. Para a prostituta existe o que? Como vc capacita uma equipe do SUS p/ trabalhar com prostitutas por exemplo? Como vc capacita policiais para trabalhar com essas pessoas? Deixando as prostitutas na marginalidade p/ sempre, sem visibilidade? É meio incoerente. Eu trabalhei numa ONG de pesquisas sobre sexualidade e gênero. Houve uma vez uma proposta de filmar prostitutas que gostavam de seu trabalho. Tudo isso numa tentativa de dar visibilidade ao assunto e discutir os mitos e tabus que existem em cima do tema. Elas toparam, mas depois desistiram, ficaram com medo e vergonha do que iam penar delas. É certo então esse tratamento: se a prostituta não for vítima, então ela não serve? É o que me parece em muitos comentários. Acho isso triste. Ragusa

Magrelinha disse...

Anônimo das 20:08


É interessante essa situação que vc colocou: de alguns homens deficientes ou obesos mórbidos terem dificuldades em conseguir sexo com uma mulher que não seja prostituta.

Mas vc já parou para pensar na condição das mulheres que tb estão nessa situação?

Tenho uma grande amiga deficiente que está há mais de 10 anos sem namorar. Segundo ela, a última vez que fez sexo foi na época do colégio.

Só que minha amiga, por toda repressão sexual que a mulher sofre, não vai nunca requisitar um GP. Tecnicamente nada impede que ela o faça, mas é claro que ela não tem coragem para isso, afinal, imagine o que a família e os amigos iriam pensar? Até nessa situação os homens estão em vantagem, pois mesmo sendo deficientes ou obesos, vcs ainda tem uma sociedade inteira que tolera uma ida ao bordel (tirando algumas feministas, lógico).

É claro que minha amiga também precisa de contato humano, de carinho, de exercer sua sexualidade. A necessidade de sexo que ela tem (e que todas nós temos) não é menor do que a necessidade de vcs. Só que enquanto um homem não se interessar por ela, ela vai continuar na seca. Sad but true.

Só um adendo: na própria instituição que frequenta ela chegou a se interessar por uns carinhas de lá, mas eles não quiseram nada, mesmo sendo deficientes tb. Acredito que eles prefiram gastar dinheiro com prostitutas a ficarem com uma mulher com necessidades especiais.

Anônimo disse...

Palmas para o anônimo das 20:08. É nele que muitas das feministas NÃO PENSAM. Vale ficar com o resumo da discussão antiabolicionista que acontece na França, que a Elaine Brum explica melhor aqui (http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/eliane-brum/noticia/2012/10/ministra-e-prostituta.html)

1) A dignidade das mulheres não repousa no critério das práticas sexuais. Melhor seria admitir: todas as mulheres não têm a mesma relação com seus corpos, e a questão da promiscuidade pode ser uma livre escolha;
2) Os homens que frequentam as prostitutas não são todos os horríveis predadores sexuais que tratam as mulheres como objetos descartáveis. Estranhamente, ninguém jamais fez menção aos garotos de programa, homossexuais ou heterossexuais;
3) A sexualidade humana varia de acordo com as sociedades. E, dentro de uma mesma sociedade, ela varia com a época e com a classe social. Não há uma razão sequer para imaginar que ela vá se amoldar à utopia de uma sexualidade perfeitamente regulada;
4) A penalização dos clientes não trará a supressão da prostituição. Nem as call girls nem os aliciadores pela internet serão afetados por isso, como prova o exemplo sueco (a Suécia criminaliza os clientes desde 1999);
5) Quem irá sofrer com a punição dos clientes serão as proletárias do sexo, que serão mais do que nunca submetidas à extorsão dos proxenetas, que só se beneficiarão da situação;
6) Em nome de uma concepção abstrata da humanidade, os “abolicionistas” querem impor à sociedade francesa sua escolha ideológica, mas quem pode se autoproclamar juiz desse domínio, que é eminentemente privado?
7) Cada adulto tem o direito de poder fazer ou não fazer o que quiser do seu corpo. Decretar ilegal aquilo que consideram imoral não passa de uma derivação despótica do que seja a visão de “o bem”. O poder político não pode intervir nas práticas sexuais consensuais entre adultos;
8) A prioridade é fazer da luta contra os traficantes de seres humanos uma causa nacional e de achar os meios para isso. Pois é aí que estão o crime e o desafio. Perseguir os clientes é dar uma ilusão de ação, com baixo custo. É ceder à tentação proibicionista, que consiste em tudo esperar da criminalização do consumo. Será necessário combater essa visão, que não fará senão produzir um inferno pavimentado com boas intenções.

Moço Ocupado disse...

Valéria Fernandes: não se preocupe se o que você está falando já foi comentado antes ou não. Seus comentários costumam ser bem articulados e elucidadores. Você tem em mim pelo menos um fiel leitor - assim como todas e todos que expõem seus pontos com belas explicações. Obrigado a todos!

Anônimo disse...

Eu acho também que a prostituição é uma violência, mas não só contra a mulher, também com os homens e as pessoas trans* que tem de recorrer à essa profissão porque a sociedade considera-os como se fossem pedaços de lixo. Valéria argumentou perfeitamente. Parabéns!

Ancient disse...

Sobre o Anonimo das 20:08, eu acho que o entendo. Também entendo porque se condena a prostituição em alguns círculos, pois acho que nenhuma pessoa deva ser explorada, mas acho que o caminho para isso seja justamente regulamentar e fiscalizar. Porque sempre vai haver mercado, mesmo que o machismo suma, haverá aqueles como o Anonimo citado ou como eu. Diferente do outro anonimo, eu até que estou satisfeito com meu corpo. Só que ainda assim sou extremamente tímido e inseguro. Na minha cabeça, qualquer conquista pessoal, desde amizades até meu grau de bacharel, é fruto da sorte. Qualquer demonstração de interesse romântico de alguma mulher é imaginação minha.

Eu sei que isso soa como auto-piedade, mas não é. Eu tenho lutado contra isso. Lembro ainda dos tempos em que era incapaz de ir numa padaria ou de manter uma amizade, mesmo masculina. Há 5 anos que venho aprendendo desde convenções sociais até maneiras de relaxar e ser eu mesmo diante de outras pessoas. Aprendi inclusive a ver mulheres como pessoas que são e tê-las como amigas ao invés de ver apenas como sexo em potencial e gaguejar sempre que houvesse alguma por perto.

Mas, por mais que hoje eu consiga dar bom dia e até conversar sobre o clima com a padeira, e fique feliz por cada passo que dei e dos amig@s que fiz, ainda é pouco. Um contato mais íntimo ainda causa extrema pressão em mim. Toda a minha bagagem intelectual some, minha capacidade de escutar vai junto e só sobra o suor descontrolado e aparece a gagueira. Os últimos encontros que tive foram até melhores graças a calmantes.

Entretanto, eu posso usar calmante por um ou dois encontros, mas não durante um relacionamento inteiro. E como ter um relacionamento saudável sendo tão inseguro? Na minha cabeça a minha insegurança se transformaria em possessividade que daí iria para relação abusiva. Aí eu mesmo me saboto com medo de virar carrasco. E por isso meu único contato sexual até hoje foi com uma prostituta. E foi bom, pois essa carga toda não existia com ela. E faria de novo. Sei que devo tratar-me, mas quanto tempo mais vou levar até me sentir apto a um relacionamento? Quanto tempo eu vou precisar me manter no celibato até que isso aconteça? Penso que ao sair com GPs talvez me fizesse sentir menos inexperiente. Não minha insegurança, que é mais profunda, mas ajudaria abrandar um pouco.

A questão é que por motivos diversos muitos se sentem incapazes de conectar afetivamente a outra pessoa, mas temos necessidade sexual e nesse caso, por que deveríamos ser privados disso, desde que seja consensual? Ou mesmo, porque sexo tem que ser sempre ligado a afetividade? Por que o interesse afetivo pode e o interesse financeiro não pode?

Anônimo disse...

ao moço que tem 170kg. meu primo tem 160 e é casado com uma mulher linda. ele não tem dinheiro e ela tbm não. mas como ela se apaixonou por ele? bem, as almas deles se encontraram. eles têm um pensamento muito parecido em relação às coisas do mundo: são contra os preconceitos de cor, religião, gênero, orientação sexual. na casa dele, ele cozinha, porque ele gosta e tem talento. ela lava a louça. ele não se sente menos homem, ela não se sente menos mulher. eles se respeitam como pessoas. é um casamento como vejo poucos - e acho que se todo mundo conhecesse ia querer um igual. que tal, antes de procurar um corpo, procurar uma alma (no sentido de uma boa cabeça, boas ideias)? mas, já vai sabendo, vc vai ter que ser uma boa cabeça também, sair da sua caixinha. se você tiver pra dar só essa banalidade do mundo ('ninguém gosto de mim porque sou gordo') só vai olhar para mulheres que confirmem isso. tente você também ver além das aparências.

Cora disse...


o Tales quer saber se pode se apaixonar. eu digo q já estou perdidamente apaixonada!

adorei tb o “alugar o tempo”! sempre entendi a prostituição como a negociação de serviços sexuais. nunca aceitei e sempre contestei essa ideia de vender corpo. ridículo. ninguém vende corpo. mesmo depois da morte, quem quiser pode doar o corpo para estudo. doar. ninguém vende seu corpo.

pra mim sempre existiu uma distinção básica: algumas, sem opção, sem poder e sem controle, eram (são) exploradas, o q é uma violência q deve ser sempre duramente combatida. outras, no controle de suas vidas, negociavam serviços sexuais. a partir de agora, adotarei o “alugar o tempo”. muito apropriado mesmo.

.
.

e Tales, na minha opinião, não. sem a ideia de inferioridade feminina, sem a ideia de dependência e fragilidade femininas, sem o tabu sobre a sexualidade feminina, sem a apropriação do desejo feminino pelo masculino, sem a negação do desejo feminino, sem a violência simbólica q envolve a prostituição hj (além de muita violência física tb)... o machismo em si deixa de existir, deixa de fazer sentido. o machismo se sustenta nesses mitos (ou desses mitos). sem isso, o q é o machismo?

aí fica apenas a questão da mercantilização, que tem mais a ver com capitalismo q com machismo e q é uma crítica q pode sempre ser feita.

mas é como eu disse no outro post. sem sexismo, muito provavelmente teríamos profissionais de ambos os sexos e conhecidos simplesmente como prestadores de serviço, sei lá, uma espécie de terapeuta.

Cora disse...


anon 11:43,

a diferença é óbvia: a Monique está no controle do q acontece com ela. escolheu dar a entrevista, escolheu ser prostituta, escolheu se manter anônima aqui no blog e teve seu desejo respeitado pela Lola.

a moça q beijou o fred, escolheu apenas beijar o fred. não escolheu ser filmada e ter o filme divulgado SEM A SUA AUTORIZAÇÃO. não escolheu ser assediada por deus e td mundo.

é por isso q ela quer o processo. está sendo assediada em função de um vídeo q ELA NÃO ESCOLHEU FAZER!!!!!!

tá td explicado na próprio endereço da notícia: garota-que-beijou-fred-no-transito-quer-processa-lo-por-danos-pessoais-e-profissionais.

sério q vc não conseguiu mesmo perceber qual o problema da moça q beijou fred?

a propósito, quem é fred?

se ele é mega famoso, deve cuidar dos vídeos q publicam com a imagem dele. por isso, a moça deve pensar q ele SABIA q o vídeo seria publicado na net.

se não tivesse tido repercussão nenhuma, ninguém saberia q moça beijou moço. pra q correr atrás dela? tem mais é processar mesmo. ter a vida virada de cabeça pra baixo por causa de um selinho?

só na sociedade do "espetáculo irresponsável" mesmo.

e, pra variar, quem publicou material sem autorização tá de boa, ninguém fala nada. vão massacrar a pobre da moça q está sendo prejudicada pelo episódio.

típico.

Cora disse...


anon 12:07,

não acho q a ideia seja dizer q prostituição legal. a ideia é desmistificar, dar visibilidade, devolver a humanidade a essas pessoas, debater, pensar, rever preconceitos, questionar tradições, perceber de onde vem a violência, perceber quem violenta e quem é violentado...

já li muitos relatos de prostitutas “normais”, vamos dizer assim, quer dizer, não de luxo, e a gente percebe q o preconceito e a marginalidade tornam a vida delas muito difícil.

a própria degradação é resultado dessa marginalidade, desse tabu, dessa desumanização.

Monique é privilegiada. é consciente, sabe o q faz, tem controle, não se ilude.

não é o q ocorre com crianças e moças e mulheres por esses cantões.

mas qq mudança na forma como essa atividade é encarada, pode melhorar a vida dessas pessoas por tabela. nem q seja com um outro olhar das autoridades e da sociedade em si.

hj, da forma como está, elas e somente elas, são violentadas cotidianamente.

o homem vai ao submundo à noite e emerge de manhã, pra vida socialmente reconhecida. a prostituta fica mergulhada na escuridão o tempo todo, toda a vida. ela e a família, qdo ela consegue formar uma. na verdade, até mesmo isso lhe é negado. quem não se importa em ser o filho da puta?

e pq? até qdo?

sexo não é só aquilo. nem só isso. nem tão pouco. sexo é tabu. e isso já diz muito sobre como lidamos mal com ele.

o fato de existir sexo pago não impede q a gente faça sexo com amor e/ou paixão. ou sexo com afetividade, mesmo sem paixão ou sem amor. ou q nem faça sexo.

ser afetivo. parece tão difícil.

a gente estuda pra compreender melhor o mundo. a vida não é só trabalho sem glamour. pelo contrário. o trabalho sem glamour deveria ser uma parte muito pequena da vida. isso tb ajuda a gente entender pra onde q estamos indo. viver pra fazer trabalho besta pra viver. tem sentido isso?

a gente tá igual os demais animais, q precisam se alimentar senão não terão forças pra se alimentar no dia seguinte.

eta vida besta, sô!

Anônimo disse...

''Se elas realmente entendem a
natureza do desejo sexual em paridade com o homem,
isso deveria ser ponto pacífico, não haveria essa
quase prevalente dificuldade de compreender pq alguns
homens precisam de recorrer a uma prostituta, pq elas
mesmas tb sentiriam isso, lá no fundo, e saberiam como é
frustrante não ter talento/condições para conseguir seduzir ou se
conectar emocionalmente com as pessoas do seu convívio diário''

____________________
o velho papo, homem tem mais desejo
bla bla bla...homem precisa de sexo
bla bla bla, mulher não, não gosta de sexo
e bla bla bla.....
vcs não entendem de homem, bla bla bla
HAJA SACO!

vcs não se cansam de repetir a mesma ladainha de sempre?
o mesmo choro de sempre?

até hoje nenhum infeliz respondeu e acho que
nenhum masculixo será CAPAz de responder...

mas refaço a pergunta,

SE é fato que mulher tem menos desejo..
PORQUE A REPRESSÃO SEXUAL????

vc é capaz de responder, com certeza não!

''mas é uma panacéia compensatória, e mais importante, a prostituta não tem, em geral, preconceitos em relação à expressão da sexualidade masculina ''

se uma mulher não prostituta fizer o mesmo ou sentir prazer
gostar de sexo , vcs serão os primeiros a apedrejar
e chamar de vagabunda e piranha!! para de demagogia
barata!!! vc será o primeiro a atacar-la!
mais uma vez assim como o fabio mingau, Isso se não for fake
do próprio...IGNORA O FATOR CULTURAL SOCIAL E RELIGIOSO! que tem um
peso VIOLENTÍSSIMO em cima da mulher!
não adianta ignorar isso! não adianta vir com esse bla bla bla.

''Mesmo quando a prostituta não gosta ou não faz determinada coisa, ela não julga, apenas declina.''

kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
coitado..... e por um acaso ela é paga para ter opinião???
ela é paga para executar e pronto! vc não está 24hs
com ela para saber o que ela pensa.

Cora disse...


“Se ela afirma que sente prazer nas relações, e recebe por isto, quem e o explorado ? o homem que trabalha duro pra ter como paga-la, ou ela que alem do dinheiro ganha orgasmos ?”

.
.

gente, num tô entendendo!!

quem é q obriga esses pobres homens a gastar o suado dinheirinho com as prostitutas?

e o q q tem a moça ter orgasmo?

o trabalho da prostituta só pode acontecer se for ruim pra ela? se ela tiver sentido prazer, tá errado?

putz!!

olha só o pensamento desse povo!! e com td certeza quem escreveu isso é homem. pra ele, a prostituta não pode sentir prazer!!!

é a ideia de prostituição como punição, como castigo, como degradação. a prostituta tem q ser violentada, senão seu trabalho não é legitimado!!!

que medo!!!!

Anônimo disse...

Nem todo homem consegue se relacionar e ter paz emocional com mulheres
no dia a dia, por uma série de fatores, mas isso não significa que ele
não precise dessas coisas, ou as busque. As feministas que advogam
contra a prostituição,
_____________________

não temos nada contra a prostituição, apenas contra a glamourização
da profissão.
se vc tiver uma filha vc não vai querer que ela seja gp , vai?
quanto ao publico que procura, a maioria esmagadora são de homens
casados, bem sucedidos com familia estável.
solteiros são a minoria.

Anônimo disse...

Palmas para o anônimo das 20:08. É nele que muitas das feministas NÃO PENSAM.
______________
sinto em dizer que o anomimo das 20:08 é minoria


veja o link

http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/bbc/2011/11/07/homens-recorrem-a-prostitutas-porque-sabem-distinguir-entre-sexo-e-amor-diz-estudo.htm

"O que motiva (o homem) a consumir serviços de prostituição é o desejo de fortalecer seu papel dominante. Ele acaba identificando o hábito como uma necessidade social".

''A maioria dos usuários, um total de 80%, tem entre 30 e 40 anos e declarou ter vida familiar estável (com esposa ou namorada). A maior parte dos homens diz escolher a que seja menos parecida com a sua própria mulher.''

Cora disse...


não é a prostituição per se, q é instrumento do patriarcado.

a falta de autonomia da mulher, a dependência da mulher em relação ao homem é q sempre foi e é instrumento do patriarcado. a negação do desejo e da sexualidade feminina. a violência simbólica. a subserviência exigida das mulheres. o medo da violência. td isso é instrumento do patriarcado.

até pouco tempo atrás, quem eram as prostitutas? mulheres q perdiam o seu “valor” para o casamento. não era uma escolha. sempre foi violência. sempre foi castigo, punição, humilhação. era preciso um lembrete para todas as mulheres: veja o q acontece com quem desobedece, desafia, se perde, "não se valoriza"...

se ela tem consciência, se ela tem autonomia, ela saiu do jogo do patriarcado. não totalmente, claro, não vivemos isolados. a sua condição de prostituta ainda é vista como degradante. ela ainda precisa esconder sua condição. a marginalidade ainda é instrumento do patriarcado. ainda existe tráfico de mulheres, ainda existe estupro, ainda existe leilão de meninas virgens, ainda existe mutilação e assassinato. mas ela, Monique, saiu do jogo.

Anônimo disse...

Tenho uma grande amiga deficiente que está há mais de 10 anos sem namorar. Segundo ela, a última vez que fez sexo foi na época do colégio.

Só que minha amiga, por toda repressão sexual que a mulher sofre, não vai nunca requisitar um GP. Tecnicamente nada impede que ela o faça, mas é claro que ela não tem coragem para isso, afinal, imagine o que a família e os amigos iriam pensar? Até nessa situação os homens estão em vantagem, pois mesmo sendo deficientes ou obesos, vcs ainda tem uma sociedade inteira que tolera uma ida ao bordel (tirando algumas feministas, lógico).
____________

pois é...

Cora disse...


Bruno S.,

na primeira parte da entrevista (no outro post) fiz algumas considerações a esse respeito. e fiz tb algumas perguntas.

homens heterossexuais seriam gps? fariam sexo tendo como prerrogativa a satisfação da mulher e não a sua própria? sabemos q a maioria dos gps atende homens e/ou casais.

eu acho, sinceramente, q existe demanda. mas a marginalidade, o preconceito (especialmente da mulher – como q uma mulher contrata um serviço q foi sempre absolutamente humilhante e degradante pra mulher?) e a dificuldade de se encontrarem gps. uma anônima disse tb q são caros.

os clubes de mulheres fizeram (alguns ainda fazem) bastante sucesso, mas nesses lugares, homens não fazem programas (não oficialmente, pelo menos) e nem tiram td a roupa. e eles dizem q recebem proposta.

será q o julgamento (e a condenação) do desejo feminino ainda não impedem uma busca por gps?

(parece absurdo falar de julgamento moral da mulher q faz sexo em pleno séc. xxi, mas a gente sabe q existe)

ou será q homens heterossexuais não se prestam a serem gps?

Cora disse...


uma coisa é a gente debater tendo em mente uma mudança de mentalidade q poderia alterar a forma como vemos o sexo e a prostituição. diminuir ou eliminar a hierarquia entre masculino e feminino. no limite, a atividade perderia mesmo a razão de existir. estamos (eu pelo menos, viajando mais q nunca!) imaginando uma situação ideal. um tanto de sonho, sem dúvida.

outra é achar q com isso, todas as mazelas que existem no universo da prostituição (e da pornografia) desaparecerão.

a consciência e autonomia da Monique é libertadora para ela e pode ser para outras pessoas a medida q essa ideia circule. a ideia de se apropriar da atividade q vc desempenha e não ser apropriada por ela.

mas isso não elimina a exploração da sexualidade feminina por homens. isso é real e é violência, inclusive longe da prostituição, sabemos bem.

da mesma forma como tem gente morrendo de fome em pleno séc. xxi, num mundo globalizado em q se vai pra qq canto com extrema rapidez, da mesma forma como existem ainda tribos de caçadores-coletores, exploração e violência continuarão existindo, infelizmente (é preciso admitir).

(a poliana q vive em mim não é forte o bastante pra acabar com meu pessimismo.)

mesmo pq, as influências do patriarcado estão um tanto longe de desaparecerem por completo. o q não impede q rejeitemos completamente a interpretação patriarcal/machista/misógina dessa atividade. pelo menos em alguns casos.

Anônimo disse...

la vem os mascus dizerem q toda mulher tem a prostituiçao como vocaçao... vao tomar no rabo!!! as mulheres sao empurradas pra essa vida e naturalizam uma serie de abusos sexuais como algo normal em suas vidas sexuais

Anônimo disse...

temos aquela visão arcaica, que eu combato incessantemente, de que a prostituta deve abrir mão de seu prazer, de seu desejo, em detrimento do desejo do outro.

monique, mtas mulheres nao sentem todo esse prazer em transar com homens q elas nao escolheram. vc diz q acha excitante transar com desconhecidos e q se sente lisonjeada de ter sido sido a escolhida dentre tantas outras, e q jamais nega atendimento a nenhum tipo de homem, exceto os q xingam vc no telefone (pq provavelmente serao violentos e te agredirem ao vivo). vc chega ate a se comparar com psicologos, como se: psicologos nao pudessem rejeitar clientes (dica: eles podem)

Mas eu vejo a cada dia mais acompanhantes dizendo não àquilo que não desejam

ué, você as chamou mais cedo de antieticas. vc disse q prostitutas q nao consentem sexo com homens feios, aleijados e asquerosos estao na profissao errada. se um velho de 90 anos cheio de verrugas quisesse me pagar para transar com eles, por mais legal q ele fosse, eu sentiria nojo e nao conseguiria transar. ia ser um estupro, totalmente contra a minha vontade, ainda q o dinheiro fossem bom.

poxa, vc nao toca em nenhum momento nesse assunto: consentimento. oq é consentir para uma prostituta?

enquanto percebo que mulheres que não fazem sexo pago cedem cada vez mais em suas relações, estáveis ou casuais, para agradar ao parceiro.

nisso vc tem toda razao, e temos q continuar lutando pra q isso nao ocorra mais

Anônimo disse...

PERFEITO o comentario da magrelinha:

mulheres deficientes ou consideradas fisicamente ou socialmente inaptas/nao-atraentes tb nao conseguem parceiros. sao capazes de ficar 10, 15, 20 anos, ou mesmo a vida toda sem transar.

nem por isso as pessoas acham q elas tem algum DIREITO inerente à situaçao delas de fazerem sexo, como parecem morrer de dó dos pobres homens. sempre os homens, coitadinhos, q precisam de sexo.

outra coisa: sabe pq mulheres nao contratam michês? não é só a repressao sexual, é pq elas tem medo de serem espancadas, estupradas, mortas.

na cultura do estupro em que vivemos, é um milhao de vezes mais arriscado para uma mulher contratar um GP do q um homem arrumar uma prostituta (e até violenta-la, se ele quiser)

Anônimo disse...

antes de mais nada , quero me desculpar com o anonimo das 20:08...
acho que peguei pesado em alguns termos como masculixo... peço desculpas! pelo seu relato sei que vc não é masculinista, respondi vc baseado na sua primeira postagem e na sua segunda postagem vc descreve sua situação e eu não tinha lido.

mas quando eu vi ja foi...

perdão. é que também é f... somos ensinadas doutrinadas pela familia e pela sociedade a não. a JAMAIS desejar, que isso é coisa de vagabunda, pra depois um cara qualquer nos trocar por gp jogando na nossa fuça isso nos esculachando dizendo que fazem isso porque não o satisfazemos, ou que pagam para elas irem embora...
como se o restante das mulheres fosse um bando de amebas carentes e grudentas...
enfim, olhe esse lado nosso também é de tirar qualquer uma do sério.
No mais , vc é minoria que procura gp, a maioria que procura são homens com relacionamentos estáveis, segundo o link que postei, espero que leia...

e mais uma vez, desculpe se por um acaso ofendi, não foi minha intenção.

Anônimo disse...

Sou um cara jovem, de 30 anos, boa aparência, bom físico, curso universitário.. me considero normal em termos de relação com o sexo oposto. Mas nem sempre vc consegue sexo a hora que quer. Então, apela pra pornografia ou prostituição
_________________

sabe a garota que deu um selinho no jogador fred do fluminense???
ela está sendo chamada de vagabunda e piranha em TODAS as redes sociais, por causa de um SELINHO!

porque certos homens INSISTEM em fechar os olhos para fatores sociais, cultuirais e religiosos???
porque insistem em ignorar que existe uma dupla moral , homem pode, mulher não...
fred ficou de garanhão , ela de vagaba...

vc ainda vai insistir nisso? pare para raciocinar!

Anônimo disse...

Pro homem não é assim tão fácil. Sou um cara jovem, de 30 anos, boa aparência, bom físico, curso universitário..
______________
parou para pensar que pode até ter uma mulher no seu trabalho que queira realmente se deitar com vc???
e ela certamente esteja com medo de chegar em vc porque teme seu julgamento? teme que vc a difame no trabalho?
90% dos homens julgam mulheres que tomam iniciativa como piranhas sem valor... e dizem que mulher NUNCA deve tomar partido na paquera, e depois ficam reclamando que nenhuma mulher está disposta ao sexo....
reflita sobre isso.

Anônimo disse...

Será que numa condição desta, com igual condição de vida de todos, livre do patriarcado e das amarras sexuais que ele impõe para todos nós, haveria espaço para prostituição? Pode ser, não dá para saber, mas só neste caso pode-se falar em liberdade de escolha para mim.[2]

Anônimo disse...

Não sei, mas o que nossa cultura nos passa, é que a maioria dos homens que procura uma prostituta estão naquele oba oba de poderem fazer o que quiserem, já que estão pagando e se livrar da "chatice" de ter que agradar pra ser agradado.
É como se desrespeitassem ambas as mulheres.
__________

EXatamente, muitos homens procuram gps para se livrar do protocolo de ter que satisfazer a parceira...
já com a gp ele não tem essa obrigação...

ViniciusMendes disse...

@Magrelinha

Conheço mulheres obesas e deficientes que conseguem sexo e relacionamentos... Conheço homens na mesma situação que conseguem sexo e relacionamentos, e eu já tive uma experiência com um rapaz que era deficiente físico E obeso que só não se prolongou pq ele começou a namorar... Não conseguir relacionamentos na maior parte das vezes tem mais a ver com a própria pessoa do que com as outras, com as posturas dela e com a forma como elas lidam com as outras pessoas.

Mas ainda assim, se as pessoas que pelo motivo que for não conseguem sexo através da sedução, não deveria ser errado elas pagarem por isso em uma sociedade em que tem pessoas conscientemente dispostas a oferecer esse serviço.

(Não tô discordando nem nada, agora q entendi melhor sua postura em relação a isso eu acho ela bem parecida com a minha)

Sara disse...

Anon 23.22hs e Ragusa parabens pelos comentários, são dos poucos q não deixaram transpirar o profundo sentimento de desprezo que sentem pelas prostitutas, insistem em colocar essxs profissionais como se fossem todxs
merecedores de pena e q estão em situação de risco e vulnerabilidade.
É obvio q isso existe e ninguem aqui (acredito eu) queira q esse tipo de situação persista.
Por isso acho q a regulamentação seria muito bem vinda, pode até não resolver totalmente essas questões, mas deixaria uma margem menor para atitudes criminosas.
Mas esquecem de somos donos de nosso próprio corpo e com ele fazemos o que bem entendemos, e que isso não deveria ser motivo para descriminação escancarada.
Realmente como muitos disseram parece q o feminismo vai p limbo quando se fala desse assunto.
A maior parte assume automaticamente o q a sociedade machista determina, q existe a linha indelevel da SANTA e da PUTA.
Que não pode existir nada que seja aceitavel que queira existir fora desses moldes bem delineados.
Eu quero é mais q as mulheres tb possam contar com esse tipo de serviço, como todos os homens sempre puderam contar, nunca vou ver sexo como algo sujo ou sagrado, e sim uma simples necessidade q a sociedade deve ter meios de satisfazer, e q o profissional q trabalha com isso deveria ter os mesmos direitos e respeito q todos os outros.

Anônimo disse...

"Como alguém comentou aqui alguns dias atrás, gozar para o homem é como uma vontade tipo fazer xixi.. vc vai lá, faz xixi, e passa a vontade. A mesma coisa, vc vai lá, goza, e passa a vontade. Não sei se pra mulher é assim.. mas me parece que não."

As que são mais reprimidas disfarçam, pensam em outra coisa. As que não tem esse problema fazem como eu. Se tá sozinha, toca no clitóris e se masturba até chegar ao orgasmo.
Eu hein. Até quando a sexualidade feminina vai ser vista como se fosse um bicho de sete cabeças?

Anônimo disse...

"Numa situação hipotética, onde TODOS tiverem o mesmo poder aquisitivo e não haver machismo a mulher escolher"

prostituiçao nao é escolha pois nao esta no mesmo patamar das outras profissoes,está acima,acho q isso influencia a escolha por esse caminho,todas as mulheres nao o fazem essa escolha transparente(lembremos dos casamentos e do primeiro encontro quem paga)pq a sociedade condena,a religiao condena.
Nas outras profissoes vc precisa quebrar a cabeça,usa esforço fisico ou em algumas viver com perigo por perto e ainda ganha pouco muitas vezes.Na prostituiçao é so tirar a roupa e o dinheiro já está,seja quanto for.

Anônimo disse...

Se vc realmenten acham prostituição maravilhoso,pq se negam a admitir que a mulher tem que usar o corpo pra isso?
Segundo vc elas só estão vendendo o seu tempo.

Anônimo disse...

Acho deprimente ter que pagar para transarem com voce.

Magrelinha disse...

Ancient


Olha a forma como vc enxerga as prostitutas. Diz que tem uma trava em relação a mulheres, que não consegue ultrapassar essa barreira. Mas ora, prostitutas não são mulheres também? Não era para vc ficar nervoso com elas?

Sinceramente, acho que mesmo que não seja a sua intenção, há um processo mental aí (mesmo que inconsciente) em que vc desumaniza a puta para conseguir se envolver com ela.

Sara disse...

anon 10.16hs eu tb não pagaria para q alguem transasse comigo, não tenho problema algum em me aproximar de alguem q seja do meu interesse, mas NÃO olho só pro meu próprio umbigo, tem muita gente q por diversos motivos como vimos aqui na cxa de comentários e tb no meu circulo de amizade, que não tem a mesma facilidade de se aproximar de outras pessoas, e muito menos para fazer sexo, e nem por isso são assexuadas.
Agora essa moral hipócrita quer condenar a essas pessoas q morram sem saber como é ser tocado por outro ser humano, q esta ali para prestar justamente esse serviço por vontade própria e sera bem pago por isso.

Anônimo disse...

vcs querem espantar mascus que falam que homem tem mais desejo que mulher ou reclama que não tem sexo a hora que quer e precisa de gp.... de qualquer discussão????

simples,
fale como somos doutrinadas!

note que depois que e disse isso , nenhum mais voltou para rebater!
toda vez que eu fala isso JAMAIS um cara voltou para responder....

e aqui não será diferente, pena que o cara de 30 anos ou o anonimo não voltem para rebater

ViniciusMendes disse...

@Anônimo 04:17

Acredito que a Monique tenha se referido a recusar práticas sexuais, não a tipos físicos... Sem falar nos clientes possivelmente violentos.

Quanto a ter mulheres que não sentem esse tesão em transar com quem não escolheram, acredito que ela em nenhum momento tenha dito que todo mundo tem talento pra essa carreira.

Valéria Fernandes disse...

Sei que alguém já respondeu ao @Anônimo das 04:17, mas queria só reforçar.

A Monique na entrevista disse que nunca rejeitaria um cliente – depois de combinado encontro e tudo mais – por sua aparência ou por não ir com a cara dele. Está escrito na entrevista.

Quando ela fala da capacidade de dizer “não” e ressalta que muitas prostitutas aprenderam a fazer isso, com certeza ela se refere a qualquer prática que não tenha sido previamente combinada (Ex.: sexo anal) e que o cliente deseje forçar a barra para que a prestadora de serviços (*é essa a idéia, ou, não?*) aceite fazer sua vontade. Um dos mitos da nossa sociedade é que uma prostituta serve para tudo aquilo que sua esposa (*ou namorada*) não deseja fazer. Uma das questões inclusive do projeto de lei é garantir que prostitutas e prostitutos não sejam maltratados, humilhados, deixem de receber por seu trabalho, porque, bem, eles não tem direito de reclamar ou dizer “não”.

Quando a entrevistada ressalta que as companheiras é que estão cedendo a tudo, ela é bem coerente. Pegue qualquer dessas revistas femininas “avançadinhas” e um dos temas mais recorrentes é o que a mulher deve fazer para dar prazer ao seu macho. Sim, o prazer feminino é sempre secundário, isso se ele é levado em conta. Aparecem mil entrevistas de como a mulher cedeu a uma prática que não queria ou não lhe dava prazer – como o tal sexo anal – porque, bem, não pode ser pudica e se o macho não tiver em casa vai procurar outra. Já ouvi e li relatos terríveis nesse sentido. Hiperssexualização e ênfase na mulher como “aquela que serve” são dois traços do nosso backlash atual.

O que me obriga a dizer, e eu tinha até conversado com a Lola no Twitter ontem e dito que não escreveria, me espanta muito como certos comentários caminham para legitimar que a prostituta – sim, no feminino – existe porque, bem, tadinhos dos homens, eles precisam delas. Complicadíssimo esse raciocínio, mas só reforça aquilo que eu penso, a prostituição é essencialmente uma das faces mais horrendas do patriarcado e agravada ainda mais pelo capitalismo. Mas deixe para lá. Queria mais era ‘esclarecer’ o ponto levantado pelo anônimo.

Ana disse...

Valéria Fernandes, eu concordo muito com vc. A moça da entrevista não pode ser considerada regra, ela é exceção. A maioria das prostitutas não escolhem, não tem tesão, são vitimas de maus tratos, violência, são exploradas por cafetões etc. Há pesquisas que apontam que 70% das prostitutas de rua em 9 diferentes paises apresentam síndrome de stress pós-traumático, taxa comparável com a de mulheres espancadas que buscam abrigo.
Então acho que a questão é bem complicada. Pessoalmente acho que a regulamentação da profissão é um caminho. Mas há muito o que se fazer para diminuir a condição de violência da qual a maioria das prostitutas é vítima.

jacmila disse...

"Legalização não tem sido emancipação. Tem resultado, pelo contrário, no tratamento terrível, desumano e degradante das mulheres, porque declara aceitável a compra e venda da carne humana"
http://marchamulheres.wordpress.com/2013/02/22/por-que-nem-amsterda-quer-as-casas-de-prostituicao-legalizadas/

Ainda não consigo acreditar q a Monique sinta prazer com TODOS seus clientes...ou q não apareçam clientes absolutamente nojentos (e pode-se pegar algumas dsts mesmo usando camisinha)- tvz sejam estes tipos asquerosos os q mais paguem pelo tempo da prostituta, os tais "fregueses". imagino um com mau hálito ou má higiene geral, sem falar nas grosserias, nas humilhações...E vcs, mulheres com namorados ou maridos, não lhes passou pela cabeça q seus amados eventualmente paguem por sexo - ah, é lúdico isso...Imagine o seu maridão dizendo "hj me diverti mto com uma prostituta, paguei $500"

Anônimo disse...

"Mas nem sempre vc consegue sexo a hora que quer"

Uai, bem-vindo ao mundo real. Sexo, assim como qualquer outra coisa na vida, não se consegue sempre a hora que se quer. Você não pode entrar numa reunião de negócios comendo um Big Mac, não pode dar um tchauzinho pro chefe às 11 da manhã porque deu vontade de ir surfar. Do mesmo jeito, nem sempre vai ter alguém disponível pra sexo com você.

Vários comentários aqui mataram a pau e eu só vendo a poça de sangue dos coitadinhos tão fraquinhos homens.

Anônimo disse...

anonimo da 20:08...

anomino de 30 anos...

cade vcs????

não vão mais responder? não vão brincar mais?

Anônimo disse...

Lola,
não considero nenhuma prostituta feminista. Se pensarmos bem, muitas vezes elas estão ajudando um homem a humilhar sua esposa, pois se fosse com o consentimento desta não seria escondido. Não sei se uma prostituta que se casa e sai desta vida aceita com naturalidade o marido sair com prostitutas. Podem até dizer que aceitam, mas eu não acredito. E a grande maioria dos homens não aceita que sua parceira procure outros homens para transar, então, não vejo porque devemos tolerar nossos maridos saindo com prostitutas ou com amantes.

Anônimo disse...

Valéria Fernandes, parabéns pelo seu comentário. Acho que melhor do que legalizar esta nojeira seria combatê-la como se combate o trabalho escravo e infantil. Prostituição serve aos interesses masculinos.

Anônimo disse...

Não sei se uma prostituta que se casa e sai desta vida aceita com naturalidade o marido sair com prostitutas.
________

ma nem f*** que aceitam!!!

Anônimo disse...

Anônimo das 00:56, favor manter o mesmo discurso quando uma mulher vier reclamar que os homens não olham pra ela por ser gorda e por isso são gordofóbicos (ironia mode on).

jacmila disse...

Anos atras li na Marie Claire reportagem sobre um prostibulo na Australia exclusivo para mulheres. Os gps de alto nivel, gatíssimos, ambientes sofisticados, luz de velas. As clientes predominantes: executivas, ricaças em geral, mtas em transito, viajantes e viajadas. Note-se o gp hetero num contexto "classe A". Já aquela prostituição degradante é majoritariamente feminina. Então considero bastante cínica a frase do post "o feminismo é empoderador para a prostituta". Aguardo a terceira e ultima parte desta entrevista. Será q Monique revelará detalhes das exigencias de seus clientes? Ela toma as devidas precauções no sexo oral?e as exigencias de juventude, bleza? e os gastos para evidenciar e prolongar estas qualidades? e os riscos de depressão? Já q os clientes vão se sentir mais foderosos com uma mulher de verdade e não com uma boneca inflável. E esses homens q preferem pagar...tô achando tudo mto triste.

Anônimo disse...

"mimimi eu nao posso ter sexo a hora que eu quero, por isso o MUNDO PRECISA DE PROSTITUTAS"

mas é muito entitlement, né? mano, NINGUEM tem sexo na hora que bem entende, ter um relacionamento (ainda que passageiro, casual ou seja la oq for) DÁ TRABALHO, exige esforço pessoal, exige conquista. a gente nao pode fazer tudo oq dá na telha, para pra pensar na porra do seu privilegio masculino e veja q vc quer legitimar a exploraçao do corpo das mulheres pq nao se contenta em bater punheta sozinho ou se esforçar pra conseguir uma mulher.

Anônimo disse...
"Mas nem sempre vc consegue sexo a hora que quer"

Uai, bem-vindo ao mundo real. Sexo, assim como qualquer outra coisa na vida, não se consegue sempre a hora que se quer. Você não pode entrar numa reunião de negócios comendo um Big Mac, não pode dar um tchauzinho pro chefe às 11 da manhã porque deu vontade de ir surfar. Do mesmo jeito, nem sempre vai ter alguém disponível pra sexo com você.

Vários comentários aqui mataram a pau e eu só vendo a poça de sangue dos coitadinhos tão fraquinhos homens.


amem, irmã. cudos

Anônimo disse...

Anônimo disse...
Anônimo das 00:56, favor manter o mesmo discurso quando uma mulher vier reclamar que os homens não olham pra ela por ser gorda e por isso são gordofóbicos (ironia mode on).


retardado mental, gordofobia é discriminar, xingar, agredir, perseguir, debochar, etc. basicamente é agressao, falta de respeito, exclusao social

vc nao querer trepar com um homem ou uma mulher gorda nao é gordofobia.

fatima disse...

Será q Monique revelará detalhes das exigencias de seus clientes? Ela toma as devidas precauções no sexo oral?e as exigencias de juventude, bleza?
_________________

Ah boa pergunta...
será que ela bebe urina? como fazia a surfista??? ou come produtos intestinais? e outras esquisitices pesadas que nem vou colocar aqui para não chocar, mas... sabe né?

Anônimo disse...

E OS anonimos??? cade????
hahaah

como é facil derrubar toda a churumela deles em 5 minutos de conversa! eta bando de frouxos!!!

ViniciusMendes disse...

@Anônimo 21:04

Chamar as pessoas de "retardado mental" não é lá muito politicamente correto... Just saying...

@BraAnonymous disse...

Fico feliz com a diversidade nas opiniões aqui estampadas,mas ninguém melhor que a Monique Prada para destrinchar esse tabu que é o sexo pago. Parabéns à Lola por essa entrevista,bem como a Monique,pelas respostas sempre carregadas de razão.

Anônimo disse...

ela não está em busca do prazer libertador e da total liberdade de uso do seu proprio tempo e do seu proprio corpo. ela está em busca de uma renda. money babe. se partirmos dessa premissa acabamos com a glamourização da prostituição. empowerment e oscambau. nao condeno q ela use o corpo para ganhar dinheiro mesmo quando nao sente prazer. mas esse discurso de sou prostituta e sou feliz é o discurso de 1% das garotas q se prostituem independentemente pela internet sem um cafetão enchendo ela de tapa p faturar 70% do que ela ganha no final do dia.

B. disse...

Regulamentar a prostituição faz do Estado um cafetão e legitima o corpo como mercadoria. Não ajuda a diminuir nem controlar o tráfico humano, prostituição forçada e prostituição infantil, pelo contrário. Por causa desse mito de que o homem precisa gozar se não adoece, milhares de crianças e adolescentes são vendidas como escravas sexuais, milhares de travestis e mulheres são usadas como objetos e dão lucros para cafetões e prostíbulos que os impedem de deixar essa vida. É FATO que lola não pode entrevistar uma criança que foi vendida pra prostituição no interior do nordeste, que cresceu como escrava sexual num prostíbulo até atingir a maioridade. É claro que Jean Wyllys negligencia a MAIORIA das pessoas que estão nessa condição de forma forçada ao querer regulamentar casas de prostituição dizendo que isso vai ajudar a combater pedofilia e escravidão sexual. Ele se espelha na Alemanha e visa o turismo sexual que virá com a copa do mundo. A Alemanha assim como Holanda, Japão, Suíça e todos os países que regulamentaram a prostituição não conseguiram combater o trafico humano, pelo contrario, aumentou muito o trafico humano, escravidão sexual, prostituição infantil nesses países. O projeto de lei Gabriela Leite só favorece cafetões e clientes. O projeto não se preocupa com os filhos que forem gerados na relação de prostituta-cliente. Não se preocupa em defender a mulher de cafetinagem, dá direito a 50% do dinheiro da prostituta para o cafetão e pro Estado. A Suécia não conseguiu acabar com a prostituição, mas os índices de trafico humano, escravidão sexual e prostituição infantil são muito menores nesses países escandinavos que aboliram a prostituição. Abolir e criminalizar o cliente dando a ele aulas de educação sexual é muito diferente de proibir a prostituta de se vender. No Brasil a prostituição não é proibida e temos altos índices de escravidão sexual e prostituição infantil. Esses índices são contra os direitos humanos, não acho justo que por causa de homens que não conseguem sexo de graça milhares de crianças e pessoas sofram tamanho abuso, em nome de uma minoria de putas de elite que escolheram se prostituir porque GOSTAM. Façam como na SUÉCIA, continuem se prostituindo, mas sem cafetão, sem prostíbulo e assumam que essa prática ajuda SIM a vender criança pra enriquecer cafetao, a escravizar pessoas em nome desse mercado mega-lucrativo.
Vocês sabiam que crianças são vendidas em países pobres, por alguns milhares de dólares, depois tem seus braços e pernas substituídos por próteses de silicone, as cordas vocais são retiradas, os dentes são arrancados e substituídos por próteses de borracha... essas crianças são vendidas como bonecas vivas para pedofilos ricos que pagam 50 mil dólares. Olha que legal o capitalismo somado a vontade de gozar dos homens... (isso é praquele post la de cima,.. que falou que acredita ainda no ser humano,.. que acha que todos são bons e que não existe maldade no mundo.)

jacmila disse...

Laura de Oliveira

Excelentes teus argumentos anti prostituição: são definidos e definitivos.
Essa estória de prostituição por "gosto", "talento", me dá quase tanto asco quanto o q vc descreveu no final do teu texto...

cláudio disse...

na vida masculina existem 2 estilos de vida: o dos nerds q adoram games, amizades com direito a festinhas com abraços em grupo, q não deixam os amigos na mão e, q são frios com mulheres mesmo q sejam bem gostosas. e o dos 'adultos' q muitas vezes são otários, deixam os amigos na mão para idolatrar não só prostitutas, mas outras mulheres também, odeiam games, futebol com amigos, programas e festas com a thurma, gastam td o que tem com prostitutas, ficam pobres, levam desaforo de putas e ainda GOSTA disso, e dizem q quem não idolatra mulheres é machista :( . se vc for homem e escolher o caminho dos 'adultos', UM DIA VC VAI CRUZAR COM AS PROSTITUTAS, PERDER SEU DINHEIRO SUADO E FICAR NA MERDA! E D QUEBRA VAI SER MALTRATADO, EXTORQUIDO E AMEAÇADO POR ELAS! é a verdade ué, tem muita prostituta q é uma GELADEIRA NA CAMA e cobra uma fortuna...é machaiada... revejam outras formas d lazer, ou então procurem akelas putas q realmente sejam escravas d vcs. ah já ia me esquecendo, a maioria das putas ganham dinheiro sem trabalhar causando inveja na telexfria e na forebis e em alguns políticos :(...

Joane Farias Nogueira disse...

Falar que a prostituição empodera mulheres é foda anal dada sem lubrificação.
Ainda mais quando elas correm riscos que em outras profissões nem sonhariam.
Apanhar, ser estuprada e ninguém ligar, DST e engravidar de um sujeito que ela nem sabe onde mora e acabar criando filho sozinha. Mais uma amarra, mais uma dívida para arcar.
Quantas conseguem sair? Acho que são poucas. Que espécie de situação é essa que me empodera, mas da qual eu tenho grande dificuldade para sair e pode me empurrar mais ainda para a pobreza?

Não tem como, não passa nem desce.
E outra, essa menina me parece estar tão distante da prostituta que é negra e paupérrima. ELa romantiza a prostituição, assim como nós romantizamos o sexo. Ela galmouriza a coisa porque para ela deve ser mais fácil do que para a prostituita de beira de BR 101.
Se tem mulher bebendo para facilitar as relações é porque a coisa não é tão boa assim. E elas tem direito a ter seus preceitos, assim como eu tenho o meu de que PROSTITUIÇÃO É UMA FORMA DO HOMEM MOSTRAR QUEM TEM PODER, QUEM MANDA E PARA QUE A MULHER SERVE.

Apelam que somos seres emocionais , e não somos? E qual é o problema nisso?
E a maioria das mulheres que eu conheço não descincula naturalidade e desejo do sexo. Ela consegue se excitar pensando que tem alguém esperando-a do lado de fora, mas é assim para toda mulher? Não creio nisso.

Ela pra mim é a exceção e não a regra; e sim, ela está vendendo o corpo e não apenas seu tempo. Eufemismo tem limite. E é exploração,sim. Exploração por parte do cliente e dos cafetões.

Desculpe, Lola, mas não vejo nenhum sentido nesse post.

Joane Farias Nogueira disse...

ainda temos aquela visão arcaica, que eu combato incessantemente, de que a prostituta deve abrir mão de seu prazer, de seu desejo, em detrimento do desejo do outro."

Sem essa visão, a prostituição continua sendo "uma tecnologia do machismo"?

Correndo o risco de ser barrada, mas aí vai o questionamento : Se eu gozar, continua sendo estupro por que eu gozei? Gozar não a faz menos instrumento do machismo porque até mulheres conservadoras cristãs machistas instrumento do patriarc até o talo do cu podem gozar no sexo, mas continuam tendo que ser castas.

Anônimo disse...

Eu achei bem coerente o ultimo comentário dela. Sim, o feminismo empondera a mulher, porque reconhece todos os paradigmas dentro da sociedade machista, e do sistema econômico capitalista.

A prostituição não empondera a mulher, nao liberta o corpo da mulher do classismo. Primeiro porque na prostituição é comum que mulheres sejam servas aos homens, sendo assim, sempre irão competir entre uma e outra.

Eu acho que as prostitutas no geral tentam ser aceitas, é um paradigma a ser enfrentado, já que no sitema capitalista existem mil contradições, mas a realidade é que são sim mercadorias. As mulheres sao feitas de fetiche, são objetificadas o tempo todo. Por exemplo, a negra linda, a cavala, a mulher que só foi feita para meter.

E ela diz que começou pela grana, porque outros empregos nao deram certo. Fica claro a opção dela. O resto, dela diz que ama, tem dignidade, é só uma forma de aceitação interna, porque a vida é realmente muito difícil. Assim como o trabalhador alienado, que dá um duro capinando o mato, e diz: o trabalho dignifica o homem.

Então, de nada adianta, tentarmos ver a realidade da prostituição, em uma perspectiva aonde o capitalismo dá certo.

Não creio que ela seja exceção, nenhuma é. É só uma aceitação interna, como a do trabalhador alienado.

Anônimo disse...

Prostituição deveria ser contravenção penal.