domingo, 10 de fevereiro de 2013

GUEST POST: HOMEM NÃO PODE USAR SAIA

                        Gabi Costa e Guh Brandão, prontos para entrar na festa

Inspirada pelo guest post em que menciono a repulsiva homofobia do pastor Malafaia, e revoltada, Gabi Costa me enviou este relato. Ela tem 22 anos e é estudante e estagiária de Jornalismo.

É inacreditável se dar conta que as pessoas perderam a noção do que é respeito, educação e liberdade.
No primeiro dia de fevereiro, presenciei uma situação tremendamente desconfortável, preconceituosa e revoltante.
Entrando no baile de gala da festa de formatura da turma de Relações Internacionais da PUC Minas, no salão de festas Mix Garden, no bairro Jardim Canadá no município de Nova Lima, meu amigo, Gustavo Brandão, fora barrado pelos seguranças.
Pegaram o convite dele e pediram que ele aguardasse FORA do salão, que os responsáveis pelo cerimonial (Via Essencial) viriam falar com ele.
Estávamos na companhia dos pais da formanda. E assim como eu e outra amiga, os pais também tiveram a entrada “autorizada”.
Ficamos por alguns segundos sem reação e incrédulos, relutando em acreditar o que viria a seguir.
O motivo apresentado? Meu amigo estava de saia e por isso não estava em trajes permitidos.
Sim! Um homem de saia. Uma kilt social, para ser mais exata. Por estilo, ele estava com um look muito parecido com o do famoso estilista Marc Jacobs. Era um homem, vestido com um look de gala que foge aos padrões sociais que estamos habituados.
O constrangimento foi enorme. Para nós, amigas. Para os pais da formanda, para a formanda, e PRINCIPALMENTE para ele. Não só houve agressão verbal, como os seis seguranças presentes tentaram nos barrar, segurando-nos e até causando hematomas no braço do meu amigo.
A justificativa do Cerimonial foi que ele não estava vestido com traje completo, como mandava a etiqueta do evento. Segundo o chefe do Cerimonial, Pedro: “Aconteceria o mesmo se você estivesse de calça jeans ou de bermuda”.
Ops! Se esqueceram de barrar os convidados que estavam de jeans e tênis!
Quando argumentei, Pedro disse que os seguranças tinham deixado passar despercebido o convidado de jeans. Estranho! Não era somente um convidado que estava assim vestido, como posso comprovar em fotos que tirei. E não teve nenhuma cena na entrada da festa. Não teve nenhum segurança barrando, física e verbalmente a entrada de ninguém que estava de jeans e tênis.
O diferente assusta e intimida. O preconceito é sim real e palpável. Um homem de saia não fere e nem interfere o espaço e a vida de ninguém. Não atrapalha a festa de ninguém, não burla leis. Mas, pelo que constatei incomoda.
No fim, queria lembrar o Cerimonial que o que aconteceu foi crime! Como previsto na alteração da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, e o § 3º do art. 140 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, que  “Define os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero”.

108 comentários:

C. disse...

Classe média tá sempre muito acostumado a ler a revista veja(e similares) e sequer saberia o que é um kilt, é quase impossível de esses almofadinhas souberem quem é Marc Jacobs. ''O que, Marc Jacobs, é de comer?'' Se fosse eu na situação do rapaz, poderia ser até que não entrasse, mas esses almofadinhas seriam humilhados psicologicamente.

Anônimo disse...

Ah isso me lembra uma história, razoavelmente parecida.

Marcamos alguns amigos e amigas de nos encontrar na casa de uma outra amiga. Praticamente todo mundo chegou são e salvo, exceto o namorado da nossa anfitriã que tomou uma tremenda de uma chuva até conseguir entrar no prédio.

Feito isso, quando ele chegou no apartamento, parecia um cachorro molhado. A namorada dele ficou desesperada, porque ali só morava ela, duas irmãs e a mãe. Quando ela já estava pensando em ir pedir roupas emprestadas para o vizinho, o namorado simplesmente disse "Você tem uma saia comprida e uma blusa mais larga? De manga comprida, se possível, estou com frio."

Todo mundo ali ficou surpreso com ele, que simplesmente se dirigiu ao banheiro e começou a tomar banho. Ele saiu vestido de saia e blusa, mas ficou por isso mesmo, creio que a maioria dos presentes entendeu como "uma excessão/ele está na casa dos outros, logo não pode exigir muita coisa".

A coisa piorou quando a chuva passou e ele decidiu ir embora como estava. Como eu, ele e uma amiga pegávamos o mesmo metrô, pude observar de perto o que aconteceu. O número de burburinhos, risadinhas e até pessoas apontando para ele foi assustador.

Felizmente, ele consegue ligar o foda-se como ninguém.

Carlos disse...

Era só falar que ele era descendente de escocês. KKKKKKKKKKKKKKKKK

Uma coisa que eu não entendo em festas, porque mulher pode usar saia e homem não pode usar bermuda...

Eu suspeito que eles permitem mulheres de saia, pois chama mais atenção dos homens, já homem com bermuda não chama mais atenção das mulheres se eles estivessem de calça.

Eles fazem isso para atrair mais homens, pois homens pagam e gastam mais em baladas.

Unknown disse...

E vai rolar processo?

Sabe como é, o Bolso é o orgão mais sensível do Ser Humano.

Julia disse...

OFF TOPIC
Sobre o comercial da Gilette ainda:
https://www.facebook.com/alinevalek.blog/posts/206189436189691

Mais um texto maravilhoso da Aline.

Anônimo disse...

Quanto menos masculinizado o homem for, mas atraente ele se torna, este e o futuro.

Anônimo disse...

Quantas meninas ( as héteros, se e que isto ainda existe) topam andar com o namorado vestido com sai e maquiagem na rua ?

melo.joyce disse...

Que absurdo isso!! Barrar alguém por uma peça de roupa... Qual o problema de um homem usar saia gente? Ele vai estragar a festa por isso, por acaso?! Ô, preconceito escroto...

Anteontem meu namorado veio pegar umas roupas emprestadas pro carnaval e experimentou uma saia longa minha. Ele achou superconfortável e falou que queria usar sem ser no carnaval... Achei lindo! A vontade dele e ele na saia.

Anônimo disse...

Acho que tinham que barrar a menina também, hein? Esse vestido dela não é de gala, não!
Se for pra julgar pela roupa, que julguem todos!

Anônimo disse...

Bom ter lido essa explicacao porque nos jornais aqui de BH a versao do cerimonial eh a que esta sendo mais vinculada de que na verdade nao permitiram a entrada do rapaz por ele nao estar corretamente trajado de "passeio completo". Tem relatos de homens barrados na mesma festa por estarem de sapatenis. Sem querer alimentar o anonimo das12:31 que deve ser um trollzinho, mas eu vou admitir que nunca me relacionaria com um homem que use saia ou maquiagem. E eu ja fui atriz, estou acostumada a ver homens se vestirem diferentemente, sei que nao eh prova de masculinidade ou nao. Mas tambem sei que a maioria das mulheres, principalmente as mineiras, nunca aceitariam isso. Talvez algo que mude nas proximas geracoes, eh esperar pra ver.

Carol disse...

As pessoas que entraram com jeans estavam de paletó e gravata? Porque geralmente isso é que dá o tom "gala" em roupa masculina. Achei a roupa dele bonita, mas uma releitura do traje de gala tipicamente escocês exigiria também o paletó e a gravata.

No mais, por pior que tenha sido a atitude do segurança, acho difícil enquadrar como discriminação pela lei citada. Afinal, isso não é nem identificação de gênero, dado que ele está usando uma saia masculina.

Custa nada botar uma gravata nesse caso...

Em tempo: acho kilt muito bonito.

Em tempo 2: imagino como seria a reação se chegasse um árabe com seu traje de gala típico, aquelas túnicas brancas com o chapéu vermelho.

Falta certo cosmopolitismo ao nosso país.

magrelinha disse...

Olha,desculpa, mas esse post é total a classe media sofre. O cara ta em nova lima (where???), quer pagar de diferente e vai de kilt. Pode ser um kilt social na escocia, mas quantas pessoas vc vê usando isso no brasil? vc quer que um seguranca brasileiro saiba que nao sei quem jacob usa? Se deixaram gente de calca jeans entrar, é pq é muito mais aceito socialmente. Com ctz alguem de bermuda ou minisaia seria barrado igualmente. Imagine um zé com trajes tipicos africano. La nos zulu pode ser chique de gala, mas em nova lima BR, o que se usa é calça (jeans ou alfaiataria)

Anônimo disse...

Um amigo meu casou de kilt social na Igreja. Sem maiores problemas.É só roupa, como gente faz drama em cima de ninharia. Mulheres usam calças a tempos, inclusive em eventos formais (já cansei de ver mulher de pantalona social em casamento e formatura). As pequenezas do machismo são fodas.

Thaís disse...

Eu peço licença e vou deixar de lado todo a seriedade do meu ser pra dizer:
CÉUS, QUE HOMEM ESSE GUH <3

Dito isso, gente, ele estava super bem vestido, mais bem vestido que muitos homens em festas de gala que já presenciei!

Anônimo disse...

Acho lindo homens de saia e na cena metal (principalmente folk) isso acabou se tornando comum, mas nos padrões normais não... É uma pena.

É uma pena que as pessoas tenham tanto problema em simplesmente cuidar da sua própria vida.

Para os que gostam de saias masculinas, tem até uma marca especialmente pra homens, os preços são salgadíssimos, mas feitos sob medida:

http://www.utilikilts.com/

Anônimo disse...

Baile de gala = traje de gala = smoking para homens e vestido longo para mulheres
Nem a menina, nem o cara estão adequados.
Então, não deixar o cara entrar foi pura babaquice.

jacmila disse...

Esses kilts são um charme, o Gustavo estava lindo.
Problema é a mentalidade xinfrim da maioria, falta de leitura de mundo. Temos q ter mais estratégias pra lutar contra essa idiocratização generalizada.

Anônimo disse...

Apaixonada pelo Guh, apenas.

Anônimo disse...

magrelinha, esse discurso de se adequar sempre ao mais socialmente aceito é justamente o que combatemos. Segundo essa mesma lógica um casal gay não poderia dançar a valsa de formatura. Continuo defendendo que é a só porra de uma saia e estava dentro do parâmetro de traje de todo mundo, inclusive do vestido curto da amiga dele.

E Thais, concordo contigo, gatíssimo o guri

Anônimo disse...

@magrelinha Nova Lima eh na regiao metropolitana de Belo Horizonte, uma cidade rica, repleta de condominios fechados onde as casas valem mais de dois milhoes de reais, e onde as melhores casas de festa estao. Eh um reduto da classe media alta de BH.

Dea disse...

"Mas tambem sei que a maioria das mulheres, principalmente as mineiras, nunca aceitariam isso."

Sou mineira e aceito numa boa. Gosto de usar calça, por que me preocuparia com homem querendo usar saia? Concordo que não é algo comum, mas isso é motivo pra não se usar as coisas agora?

Não sou a favor de barrar pessoas pela tipo de roupa, mas também ACHO QUE, se é pedido um determinado estilo, isso deve ser respeitado. Acho triste, por exemplo, ver pessoas usando calças jeans em casamentos.

Priscila disse...

magrelinha às 13:24

Não importa se calça jeans é mais aceita socialmente, não estava incluida no traje especificado para a festa.

A desculpa para barrar o cara pode até ser válida, mas não foi aplicada de forma igual para todo mundo. Dois pesos, duas medidas...

Anônimo disse...

"Mas tambem sei que a maioria das mulheres, principalmente as mineiras, nunca aceitariam isso."

Sou mineira, e acho que depende do estilo. Meu namorado não ficaria bem com uma kilt, não faz o estilo dele, mas o Guh ficou gatíssimo!

aiaiai disse...

Puxa, esse post me lembrou que na época da faculdade (anos 80...) alguns meninos mais modernos usavam saia e a gente falava: "certeza q daqui a 10 anos vai ser totalmente normal homem de saia".

Pois é, estávamos todos errados. A gente tá indo pra trás num monte de coisas.

Eu queria muito q os homens pudessem usar saias, vestidos, enfim, o que quisessem. Eu ia adorar ter uma namorado q usasse saia. Ia achar lindo e muito igualitário. Mas, tá difícil, né?

Agora, sério mesmo que o rapaz acabou perdendo a formatura por causa disso? ñ teve ninguém pra ir lá e defender q ele tinha q entrar? Porra, era uma festa ou um evento no judiciário da coreia do norte?

Q porra de rigor com traje a rigor é esse???

Anônimo disse...

Achei desnecessária a ação dos seguranças. Mas achei a postura da autora e também de alguns comentadores um tanto "eu-sei-quem-é-marc-jacobs", mimimi.

Queremos mais democracia ou queremos mais maneiras de nos distinguir? Arrisco dizer que se trata da segunda opção...

Priscila disse...

Off topic mas nem tanto: há alguns dias em Paris foi FINALMENTE revogada uma lei municipal de mais de 200 anos que... PROIBIA as mulheres de usar calça comprida!!!

http://g1.globo.com/planeta-bizarro/noticia/2013/02/lei-que-proibia-mulheres-de-usar-calca-comprida-em-paris-e-derrubada.html

Obviamente a lei já não era mais aplicada ha décadas e ninguém mais se importava com ela. Mas pasmem, em teoria esse troço AINDA estava em vigor.

Aposto como daqui a 200 anos as pessoas vão ler esta postagem e pensar "gente, que absurdo!!! no século 21 era proibido um homem entrar de saia numa festa!!! como é que eles não viam nenhuma contradição entre mulher poder usar calça e homem não poder usar saia!? ainda bem que eu sou do século 23 e posso usar a roupa que eu quiser!"

Vai ser LYNDO. ;-)

Luiza disse...

Como disseram aí em cima, tem muita gente que gosta de fazer manha em cima de qualquer coisa.
Tá faltando um facão na mão pra ir cortar cana o dia todo no sol forte pra ver se aprende.

Era apenas um kilt, se eu fosse a anfitriã teria liberado sem problemas.

Aliás, acho de bom tom, quando se está pensando em usar algo diferente, conversar com x donx da festa e ver se está ok.

Koppe disse...

Queria ver se teriam coragem de barrar o Sláine.

Foi ele quem disse que "quando as leis são estúpidas, elas devem ser quebradas". Alguém aí mencionou uma lei que proibia as mulheres de usar calças...?

Anônimo disse...

“Define os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero”

Bem, ninguém falou nada de roupa... kkkk

Rubens disse...

"Classe média tá sempre muito acostumado a ler a revista veja(e similares) e sequer saberia o que é um kilt, é quase impossível de esses almofadinhas souberem quem é Marc Jacobs. ''O que, Marc Jacobs, é de comer?'"

Hmmm, isso não poderia ser considerado "preconceito de classe"?

Anônimo disse...

sera que marc jacobs ja foi barrado tambem? duvido.

ViniciusMendes disse...

Ligar a ideia de um homem ser proibido de usar saias à lei que “Define os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero” é um puta desserviço em muitos níveis diferentes, já que tá basicamente sendo dito que homem que usa saia é gay.

Mas é de fato ridículo barrar o rapaz, que estava bem elegante, por usar uma saia...

Anônimo disse...

a roupa vem da etnia ou religiao ou origem logo discriminaçao

Jéssica disse...

Bizarro que ate' nos comentarios tem gente frescando com a roupa do rapaz. Serio, e' so' um pedaço de pano!

Sinceramente, eu teria e' orgulho de um homem que tivesse a coragem de usar saia, aguentar tanto preconceito e barreiras por escolha propria nao e' para qualquer um.

(E o argumento "Ele nao estava vestido de gala!" e' invalido, visto que nao barraram mulheres de vestido curto ou homens de calça jeans)

Sinceramente nao considero o post irrelevante, ja' que essa e' mais uma das varias facetas do machismo e da homofobia. E by the way, o rapaz estava bastante bonito com aquela roupa.

Sara disse...

desculpe por não ter nada a ver com esse post, mas recebi esse video sobre as mulheres mossuo, é qse uma utopia, pena q estão se diluindo com a forte pressão do patriarcado, mas chegaram até os dias de hje apesar de todas as influências contrarias.

http://vimeo.com/28019101#at=0

Anônimo disse...

pq não ir pelado ou pelada?? afinal a falta de roupa só causa estranheza pq está fora dos "padrões socias que estamos acostumados. Índios por exemplo não usam nada e não vem problema nenhum nisso.

Rodrigo disse...

Achei sexy o rapaz da primeira foto =x hahaha

Anônimo disse...

Custa seguir o dress code, porra? Calça jeans poderia não estar dentro do dress code, mas pelo menos era uma calça e um argumento poderia ser feito para deixar o cidadão entrar.

Agora, kilt? Não rola. Deixem de ser alienados. Isso não foi preconceito, não foi machismo, homofobia e blablabla bliblibli, a roupa do cara estava EXTREMAMENTE fora do dress code, portanto ele não poderia entrar e ponto final. Não gostou? Vai numa festa cujo dress code é mais liberado.

Porra, seria a mesma coisa de eu fazer tempestade em copo d'água porque não posso usar tênis pra ir trabalhar. É uma regra estúpida? Sim, é. Mas a questão não é essa. É uma regra e, assim como não sou obrigado a frequentar a minha empresa caso eu não esteja de acordo com as regras lá impostas, o mesmo serve pra festa em que esse cidadão queria entrar.

Cara, que post ruim. Pelamordedeus.

magrelinha disse...

Coisa mais elitista isso. Nova Lima tem casa de 2 milhoes. E kiko? que porra é essa cidade no pais? Na boa, esse cara quis pagar de diferentao elitista e levou no toba. Nem foi homofobia esse caso. Todo mundo sabe que baile de formatura é algo careta e tradicional. Se nao concorda, nao vai. Foda-se o elitista sei la das quantas. Esse post é frescura e pronto. Agora a classe trabalhadora tem q saber o que é um kilt? nova lima é nova iorque agora? Me. Poupe

Shax disse...

"Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, e o § 3º do art. 140 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, que “Define os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero”.

Desculpe, mas a alteração na lei que inclui "orientação sexual" e identidade de gênero" ainda não existe. Esse é o objetivo do PLC 122/2006.

Nivaldo Brás disse...

De saia? Por Deus! Aproveita e e faz um cirurgia para troca de sexo. As feministas de plantão aplaudem! Dizendo que é um tapa na nossa dignidade sincera. Cultura é cultura. Se na Escócia utilizam como uma mera apresentação. Aqui no minimo é gay, bicha ou similares. Homem que é homem não usa saia. Vergonheira.

Anônimo disse...

acho que ele foi barrado por estar de saia, coisa de mulher,preconceito mesmo, e não por estar inadequado segundo o traje exigido.
entretanto, achei os comentários aqui super mimimi classe média sofre.
não sei quem é marc jacobs, nem sei sobre esse lugar super caro que a autora do post falou, nem acho que seja falta de cosmopolitismo, nem mentalidade xinfrin e fata de leitura de mundo. a maioria daqui não sabe o que é kilt.



Tânia Coelho disse...

Acho a coisa mais linda do mundo homem de saia. Nesse blog tem uma matéria bem legal sobre saias masculinas Lola vale a pena dar uma olhada.

http://modadesubculturas.blogspot.com.br/2010/09/homens-de-saia.html

E para o anonimo de 10 de fevereiro de 12:30 só um pouquinho da matéria pra você

"Os homens usam saias desde tempos imemoriais, há mais de 3.000 anos os sumérios já usavam um tecido para cobrir as partes baixas; os antigos gregos usavam a toga e seus gladiadores usavam saias; para um Romano as calças eram um insulto, pois ocultavam suas pernas musculosas que eram consideradas os pilares da força e da virilidade; os antigos egípcios usavam uma saia semelhante ao sarongue, presa com amarrações. A saia era uma peça do vestuário que não delimitava o território masculino ou feminino."

É até engraçado ver esses homens tão conservadores escandalizados já que eles são "conservadores" deveriam ser os mais interessados em manter esse costume.

Anônimo disse...

"Mas tambem sei que a maioria das mulheres, principalmente as mineiras, nunca aceitariam isso."

Fale por sí só, gata! Eu não tenho e nem teria problema algum com isso. Enfim, o Guh é gatissímo e com certeza estava mais adequado que muitos!

Unknown disse...

Acho essas festas de gala muito confusas, afrescalhadas e até mesmo superficiais.

Particularmente acho que seria mais legal fazer um buffetzinho em casa ou um churrasco, com bastante cerveja artesanal e drinks especiais da melhor qualidade \o/. Minha Rainha pensa a mesma coisa. ^_^

Anônimo disse...

Acho um exagero proibir o cara e acho um exagero esse post.
Por que não deixar o cara entrar? Vai estar todo mundo cafona e inadequado mesmo!
A amiga dele, por exemplo, tá com uma roupa totalmente inadequada para um baile de gala. Vestido curtinho nunca foi traje de gala.
E, como disse alguém já, esse post tá bem classe média sofre.

Luciana disse...

O bobo alegre quis aparecer; pronto, conseguiu.

Julia Goncalves disse...

Bom, confesso que pela primeira vez eu não gostei de um texto publicado aqui. Por mais que eu concorde que poderiam ter deixado ele entrar na festa, o depoimento é repleto de pequenos preconceitos. O comentário do Marc Jacobs é péssimo, super elitista. Até porque,o não é essa classe média que lê revistas semanais quem mais conhece o estilista?

Anônimo disse...

Postagem ridícula. As postagens daqui são ótimas, mas essa foi o fim da picada.

Traje formal é traje formal. Não aceitaram o sujeito de saia, assim como não deveriam ter aceito o sujeito de calça jeans e tênis. Dress code. É como querer entrar num casamento usando camiseta de time de futebol. Ou entrar sem camisa no shopping.

Não adianta relativizar desse jeito e falar que isso é um traje formal na Escócia. É como querer entrar SEM CAMISA e com uma saia de palha, porque esse é traje para ocasiões especiais em determinadas sociedades.

Se ele tivesse de bermuda, não entraria do mesmo jeito.

Esses comentários aqui tão de doer. Todo mundo fingindo que não existem roupas apropriadas para ocasiões apropriadas... Um exagero sem tamanho.

Martha disse...

Ano passado, pensei que se abria uma luz no fim do túnel: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=399455486737873&set=a.399455133404575.112751.100000202746465&type=1

ena disse...

Eu não achei essa postagem estúpida...
Pra mim o que deve ser percebido é que, em festas, o dress code é sempre construído com base nos generos feminino e masculino. "Homens vão de smoking e mulheres de longo". E se eu não sou nenhum dos dois, estou livre pra vestir o que quiser? ou, se sou trans, preciso fazer cirurgia pra ganhar o direito de me vestir como o outro genero?

E acho ridículo o argumento de que as pessoas devem se adequar a qualquer dress code porque podem muito bem escolher a que tipo de festa ir. Formaturas e casamentos são especiais e únicos para muita gente, um momento importante para toda a família, e acho justo que a pessoa possa se vestir como se sentir melhor.

Acho que tem que ter o enfrentamento, e momentos de constrangimento são ótimos para acabar com o equilíbrio da "normalidade".

SeekingWisdom disse...

Olá Lola e pessoal,
discordo de uma boa parte aqui que achou o post desnecessário, mas vou pegar outra vertente do problema, se me permitem. Realmente é interessante percebermos como o público do blog, majoritariamente classe média, reage a um post que contesta o código de conduta da classe média.
Eu vim da classe trabalhadora e fui uma excessão sociológica na escola. Cursei uma escola de ensino médio federal (passei num vestibulinho pra isso) e cursei a Universidade Federal com alguns auxílios financeiros.
Retomando a memória agora, nem sei quando foi a primeira vez que senti a pressão de não pertencer - talvez quando não consegui ir nas excursões da escola a Ouro Preto... chuif, :( .
A classe média tem mecanismos de exclusão que ela teima em reconhecer e depois ela usa um tom professoral para dizer que é o pobre que não busca cultura.
Um amigo disse-me que morava próximo a um museu gratuito e que os mais pobres não visitavam apesar disso. Por que será? Não há resposta simples para essa pergunta, mas olhando um pouco pra mim compreendo bastante os porquês.
A classe média mantém preceitos morais que a diferenciam das outras classes. Durante meu ensino médio pude sentir isso na pele. Tinha extrema vergonha nessa época. Não saia com o pessoal da minha turma, não tinha dinheiro para pagar as entradas e, ainda que fossem em lugares liberados e eu não consumisse, tinha vergonha do vestuário. Muitos aqui podem nem imaginar o que seria isso mas eu usei roupas de terceiros por muuuuito tempo - algumas de uma prima minha! Alguns shorts eram muito curtos e eu morria de vergonha disso. As cores, algumas estampas, imaginem todo esse julgamento em cima de umx adolescente? Oras, eu estava decente para qualquer lugar humilde, mas os espaços ocupados pela classe média (e as escolas federais e universidades são exemplos) eu era alien. Além do vestuários tem as conversas (e olha, com a globalização as vezes a gente não percebe mas discrimina demais - quase caí para trás quando li 'dress code' aqui com uma casualidade sem igual! WTF?!?!?!) que giram em torno de um universo particular, com viagens fantásticas, intercâmbios, eletrônicos, computadores de última geração...
Aos poucos me virava, mas me tornei extremamente introspectivo e pouco sociável (sim, pq depois q a merda está feita a culpa ainda é sua por não sociabilizar!). Na universidade a coisa não foi diferente (exceto que eu aprendi a apresentar trabalhos magicamente), fiz um ótimo curso mas devo ter sido dos que menos foram a festas e outras convenções (exceto as festinhas nos aps da moradia <3). As comissões de formatura viram a febre dxs alunxs (acho que o bias é maior para meninas....) desde os primeiros períodos de universidade. Elxs querem o glamour, gastar uma quantidade inimaginável de dinheiro (até hoje não compreendo, talvez a Lola me entenda) em uma festa rápida e chata (para mim, reconheço). N tinha dinheiro para a formatura, mas no dia da colação meus amigos queriam muito que eu fosse como convidado e uma tia insistiu para pagar para que eu fosse (coisa de 150, talvez 200 reais). Fui, mas n foi fácil. Não tinha roupa para uma coisa dessas! Peguei o que tinha de mais próximo e fui pra casa de um amigo que me ajudou. Acho que, no fim, fui de jeans e não fui barrado (era a mesma empresa!! o.O), mas o ambiente em si é desconfortável para quem não é o padrão.
O aso do post foi homofobia, mas ele faz perceber o comportamento da classe média, sempre primando por um padrão elitista - dress code. No final da festa, todo mundo dança o pancadão dos morros e a grande maioria termina sem sapato, sandália, paletó, camisa..... enfim, viva a cachaça! Contudo, é preciso manter a imagem de status e sempre que ela é criticada (para mais ou para menos) ela se defende com o discurso do padrão, do código de conduta. Isso precisa ser questionado!!!
Enfim, sei que ficou completamente destonado mas acho que fiz meu ponto.

jacmila disse...

"e blábláblá.... a maioria daqui não sabe o que é kilt"

Hum...então a maioria q comenta nesse blog vai adotar aquele uniforme mao tse cinzento dos tempos da china comunista, barba na cara tipo fidel. Vão pisotear as flores, q tb são mto burguesas. Hum...que mais? ah, meter o sarrafo nesses metidos q inventam modinha, bando de fresco né? e cantando o hino socialista com uma mão no peito e a outra asfixiando os traidores.

Anônimo disse...

Formatura é festa de gala. Tem um código social pra isso. As pessoas ficam quatro ou cinco anos pagando comissão de formatura, na noite dos sonhos eles querem todo mundo deslumbrante. Daí você compra o álbum de fotos de 3000 reais e tem gente destoando fora do dress code (que vem expressamente escrito no convite)? Tem código de vestimenta por uma razão, que eu considero justa - se vc não concorda não vá a festa. Não acho muito adequado levantar bandeira numa comemoração que é importante pra um tanto de gente.

Vi gente falando que o dress code é rígido, pois é X pra homem e y pra mulher, e se eu não sou nada disso? Mas como vc não é homem nem mulher? Eu só conheço essas duas possibilidades. Se o seu gênero não bate com o seu sexo biológico, acho que o adequado seria escolher o que se sente melhor entre os dois dress codes definidos. Se um homem que se identifica como mulher fosse de vestido e fosse barrado, AÍ SIM eu enxergaria um problema...

jacmila disse...

"Na Suécia, de uns tempos para cá, os operários da construção civil usam saias azuis em jeans até os joelhos com grandes bolsos exteriores para as ferramentas e um bolso interno para objetos pessoais. Esta saia para homens recebeu um prêmio de Moda..."

Agradeço a bela pessoa q deu a dica desse link!
E os q estão reclamando parece q querem um brasilsinho estagnado mesmo.
Qdo dava aula de arte para pre-adolesc. em escolas públicas, sempre mostrava imagens de jovens de outras culturas, num mix de estilos e questionando o visual globalizado das vestimentas padronizadas. Diversidade, exuberância, ampla gama de cores é o q faz a vida valer a pena. Mto chato e triste insistir no provincianismo.

Anônimo disse...

Achei o post desnecessário... Mas o que aconteceu com o rapaz foi realmente chato.

lola aronovich disse...

Excelente comentário, Seeking Wisdom! Concordo plenamente com vc. Eu não fui à festa de formatura da minha turma porque considerava os preços abusivos. É muito dinheiro que se paga pra toda uma indústria, e como eu já não dou a mínima pra tradições e ritos de passagem, não foi nada difícil decidir que eu não queria participar.
Mas é muito interessante como a discriminação é sutil, e como a classe média (eu me incluo nela, óbvio) não se dá nem conta. Outro dia um lindo aluno meu pediu emprestados os sapatos sociais de outro lindo aluno meu (incrível como tenho alunos -- e alunas -- lindos, por dentro e por fora). Que eu saiba, eles não são de classes sociais muito diferentes. Acho que ambos são de classe média baixa, sabe, meio que os primeiros de suas famílias a poderem cursar uma universidade. Mas um tinha sapatos sociais e o outro não. E ele precisava dos sapatos para ir a uma festa de formatura (que não era dele). E achei muito legal um emprestar os sapatos pro outro. Interessante porque eles nem pensaram que o tamanho de um podia não servir pro outro.
A gente não para pra pensar que não ter sapato apropriado pra ir a uma festa é a realidade da maioria!

Anônimo disse...

Bárbara Pires, sobre só existir o masculino e o feminino, recomendo a leitura desse texto, dá uma visão diferente: http://transfeminismo.com/2012/07/04/o-que-e-cissexismo/

SeekingWisdom disse...

Barbara Pires, desculpe mas não posso deixar de apontar seu comentário pois vc confirmou exatamente o meu ponto. A classe média paga pelo troféu, pelo status, mas n é para satisfação particular e sim para exibição pública (vemos aqui a contínua extensão da vida privada para a vida pública, uma característica da classe média de hoje - outro assunto). E ela se revolta quando há um elemento que não se encaixa, ele tira o brilho da classe média, que sofre coitada.
Toda vez que me deparo com as formalidades da classe média sinto repulsa. Ir a um casamento não tem o objetivo de festejar, de desejar felicidades. O objetivo é enfeitar o pano de fundo, gastar dinheiro em vestimentas e comidas xiques, de granfino.
O objetivo do ensino superior não é o conhecimento, é o diploma! O status o diferencial (positivo), não confundir com gente diferenciada. Esse outro tipo de gente, os cidadãos de segunda, terceiraou enésima classe não existem no imaginário preconceituoso da classe média brasileira. Desculpem meu tom áspero e não se ofendam, sei que tem gente que não pensa assim na classe média, estou avaliando um comportamento médio e ele está nú aqui no bloguinho da Lola, quem diria?
Abraços, Phillipe

Vivi disse...

Oi Lola, eu acho que as criticas deste post ficaram todas misturadas.
Uma coisa é que cara sofreu discriminação por usas saia, coisa de gay mulherzinha. Isto não tem como questionar, é ruim, é chato.
Mas, curioso é que o post mesmo (e os comentários um mais classista que outro) critica o cara que foi discriminado, mas não critica o dress code, que já é um code discriminatório por excelência.
Como a Lola disse, temos uma realidade que tem gente que nem tem roupa social e tem que se virar pra conseguir.
Por que não questionamos o dress code (e as formaturas caríssimas e bregas e conservadoras), ao invés do cara de kilt ser barrado?
achei uma crítica válida para o cara, mas que acaba sendo meio reacionária por não conseguir enxergar que o dress code sempre foi preconceituoso para quem é pobre.

ena disse...

"Mas como vc não é homem nem mulher? Eu só conheço essas duas possibilidades."

Aí está o problema...

Luiza disse...

Vendo alguns comentários, tenho a impressão que algumas pessoas não leram o post. Falar em "respeito ao dress code" seria relevante somente se este estivesse realmente sendo respeitado; o que, como já disse a autora e o relato de outras pessoas que estavam na festa e foram ouvidas pela mídia de BH, não estava sendo respeitado com esse rigor todo. Pessoas de tênis/jeans entraram sem problemas. O rapaz, respeitando o dress code mas de forma não tradicional, não. Insistir nessa balela é simplemente reproduzir o discurso preconceituoso, de forma pseudo-sutil e ficar em negação!

Hein? disse...

Muito classe média sofre.

Se o cara queria aparecer, pendurasse uma melancia. Ele vai escolher uma formatura de gala para usar uma saia?

Ainda apela para discriminação.

Ah, por favor. Semancol.

Karoline disse...

Pra quem ta dizendo que ele ta fora do "dress code", a ÚNICA coisa que ele difere de qualquer convidado da minha formatura é a saia, que não tem nada de informal. Não barraram quem estava de calça jeans, não podiam ter barrado o moço de saia.
Longo também não é obrigatório em festa de formatura, pelo menos nas em que eu fui, cujo código de vestimenta era social. SOCIAL, E NÃO GALA. Longo é só pras formandas.
E se ele fosse meu convidado, eu teria ido lá rodar a baiana, dizer que paguei pela festa (e essas coisas não são baratas) e queria o amigo lá, de saia, pelado, de qualquer jeito, porque a festa era MINHA.
Outro dia eu estava em uma formatura e me senti muito desconfortável por estar de vestido e sandália, muito mesmo, porque não gosto. Jurei que na próxima formatura que eu for, vou de calça, camisa e gravata. E não to nem aí. Quero ver me barrarem.

Além do mais, acho muito sexy homem de saia e de maquiagem também. Iria adorar ter um namorado com a coragem de usar saia. Muito lindo o rapaz ali e lindos esses aqui também.

http://robotsquid.tumblr.com/post/31509101634/foervraengd-skirt-and-dresses-fashion-for-men

Anônimo disse...

Acho muito interessante essa abordagem da faculdade.Estudo em uma universidade federal, no curso de Direito (que é/era o segundo curso mais elitista da nossa universidade).Minha turma,que se forma esse ano, é a última sem nenhum tipo de cotas. Todos fizemos a mesma prova,todos passamos na mesma prova,todos fizemos a mesma média de pontuação.Vejo que entre os nossos calouros existe uma certa animosidade que já está criando um clima de perpetuação de (pré)conceitos.Os que são como 'nós',da classe média,que estudaram em escolas particulares e concorreram com o quintuplo de pessoas por sua vaga em comparação comos alunos que concorreram pelas cotas;chegam empolgadíssimos com sua aprovação e doidos pra começar a aproveitar a vida universitária.Os alunos que foram aprovados através de cotas,também chegam empolgadíssimos(claro),porém como a maioria veio de uma classe econômica diferente da maioria dos alunos,acaba ficando de fora.Não conseguem comprar os livros com preço de no mínimo R$80 por matéria que os professores indicam.Não conseguem pagar R$50 pela inscrição na semana de recepção aos calouros onde acontecem palestras,debates e exposições sobre a carreira jurídica.Não conseguem comprar o 'kit calouro' preparado pelos veteranos com camisetas,chaveiros, canecas e adesivos para abastecer os novatos com a marca da nossa escola.Não conseguem comprar ingressos para nenhum dos vários churrascos feitos como forma de recepção.Isso está gerando um fenômeno muito curioso.Os alunos 'de cotas' se mostram céticos com a forma de 'aproveitar' dos colegas,geralmente formam o grupos que segundo eles são 'mais politizados' e passam a desprezar os colegas que 'só tiveram capacidade de passar no vestibular mas são uns idiotas porque gostam de festas que custam 1/5 do salário de boa parte do país'.E esses alunos que tem condições econômicas passam a antagonizar com os 'pobres coitados pobres' que 'nem estariam aqui se fosse apenas pela própria capacidade'.Eles não são burros porque são ricos(conceito tradicional de inteligência,sobre matérias ensinadas nas escolas),isso é óbvio.São inteligentes o suficiente passar em um vestibular concorrido pra caramba,no curso de Direito de uma federal(um dos mais antigos do país).Mas ninguém pode querer obrigar os outros a ser 'politizado'.

Geralmente eu me sinto muito dividida sobre esse fenômeno lá, por favor Lola, numa faculdade de Direito, onde a propriedade é um dos primeiros bens a serem defendidos (pouco depois da vida e da integridade física), as pessoas acharem que terão adesão a um movimento que defende a pichação como legítima, ainda mais dos PRÉDIOS PÚBLICOS DA NOSSA PRÓPRIA UNIVERSIDADE,e ainda xingar quem os desqualifica pra mim é amadorismo.

Roda a história de um professor que disse em alto e bom tom estar feliz por se aposentar esse ano passado, pois não teria que dar aula para cotistas. Infelizmente, parece que vários alunos começam a achar que ele estava certo/teve sorte.

Wiglot disse...

Oi pessoal.

Eu uso kilt, moro no interior do Rio Grande do Sul (um estado bem machista), e não cheguei a passar por situações dessas, mas EU não iria numa festa dessas trajando um Kilt (eu me sentiria muito deslocado).

Eu não acho correto barrar pessoas pela roupa que elas usam. Acharia melhor o bom senso que o código de vestimenta.

Anônimo disse...

Mudando só um pouquinho a situação: É uma formatura de alto padrão, um formando tem parentes muito queridos que foram convidados mas que diferentemente dos outros são extremamente pobres e não conseguem se adequar as roupas exigidas. Quem reclamou dizendo que é tradição e blábláblá barraria esses parentes? Se sim, já me diz o suficiente sobre como essas regras são bobas, se não, também.

Mas teve um certo tom de "como ousam não conhecer o uso dessa saia?" no post que não precisava estar ali só que também não invalida as questões levantadas.

E eu estou tentando encontrar lógica no primeiro comentário mas não acho.

Sibele disse...

Bem, sou outra que não dá a mínima para roupa - e reconhece que no Brasil essa é uma questão social que pega mesmo. Infelizmente nossa sociedade julga pela aparência: roupas e que tais.

Concordo com alguns comments por aqui sobre o guest post ser muito classemédiasofre. E pendo para, mais do que o episódio envolvendo o rapaz, apontar para o entorno: as estruturas dessas festas que exigem o tal "dress code".

O SeekingWisdom (que afinal revelou-se como Phillipe... e esse nome, em quem relatou sua origem na classe trabalhadora, é revelador -- e talvez mesmo assunto para outro post com tema sociológico...) tocou no ponto de toda essa discussão.

Mas o que quero mesmo é comentar o
Anônimo de 10 de fevereiro de 2013 00:49, relatando sua Faculdade de Direito numa Universidade Federal. Pois é, Direito é um dos cursos mais tradicionalistas do país - em qualquer Instituição de Ensino Superior no Brasil.

E vou indicar uma reportagem sobre uma tese da USP que demonstra que os cursos de Direito são redutos das elites do pais:
http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidadania/2010/11/elites-controlam-o-sistema-judicial-confirma-pesquisa-da-usp

Logo, não é de estranhar a estória que rola do professor que "disse em alto e bom tom estar feliz por se aposentar esse ano passado, pois não teria que dar aula para cotistas". E como indicado por vc, que os alunos comecem a concordar com ele...

Esta é a elite que temos. E a classe média só sabe aspirar a lá estar, cega e arrotando preconceitos.

Sooraya disse...

Não importa o que o cerimonial escreveu ou deixou de escrever no convite, a questão é: é legal barrar alguém por conta da roupa, qlq que seja?

Em tempo: Sean Connery de gala com kilt
http://fashion.telegraph.co.uk/news-features/tmg8400568/Dressed-to-kilt.html

Sooraya disse...

Eu sou mesmo uma desinformada. Álbum de fotos de 3000 reais? Sério mesmo? É pra rir ou pra chorar?

Não fiz formatura, era caro, charo e muito tolo

Lívia Pinheiro disse...

Phillipe, vc salvou os comentários. Muito obrigada por me ter feito perceber isso.

Gabriela Barbosa disse...

Na boa:

O cara queria "causar",queria polemizar! Nada contra,é claro! Mas assuma os riscos!

Anônimo disse...

Para Anonimo 00:49.
O objetivo do sistema de cotas sempre foi o de produzir este cenário que você descreveu ai: o tal de "nós contra eles". Não importa quem é o "nós" e quem é o "eles", o importante é que briguem, para o deleite dos líderes políticos que assim se perpetuam no poder.

jacmila disse...

Um anonimo disse algo como "quis causar...pendurasse uma melancia no pescoço"

Probleminha comum a todas as classes sociais: inveja

Anônimo disse...

Olá,

Seekinwisdom, philippe, eu conheço muito bem esse desconforto de que você fala, muito, muito parecido e tenho bastAnte aversão a casamentos e formaturas, raramente vou, não fui à festa de formatura da minha turma, era por achar caro e porque nao podia pagar mesmo.
Acho que o cara podia ter entrado na festa, mas, como conheço pouco esse tipo de festa fico me perguntando se era um porteiro que estava na entrada e que segue as instruções que recebeu...ou nao era um porteiro? Falaram em cerimonial, faz pouco tempo que conheço essa palavra, enfim, é um ambiente que nao conheço e que nao me interessa, mas concordo também que o post é bem classemediasofre e elitista, eu mesma nao sei quem é o Jacob ai.
Leila

SeekingWisdom disse...

Olá de novo pessoas,
Então anônimo das 00:49, imagino que haja mais de um fenômeno no meio do seu relato.
Eu percebo bastante o que vc fala sobre quem chega de classes mais abastardas na universidade. Os livros (ai como eu queria *-*), os eventos, as calouradas e tende a ser pior quão mais elitizado for o curso.
Por outro lado está o engajamento em causas políticas. É compreensível o porquê de cotistas se interessarem mais. Eles sofrem mais o preconceito, direta e indiretamente. Eles percebem os absurdos dos esbanjos da classe média com mais facilidade porque entrar na universidade é como cruzar uma fronteira méxico-eua... dois mundos na mesma cidade.

Contudo, não são somente os alunos mais pobres que se engajam e nesse ponto parece que tem um fator adicional. Os movimentos estudantis tem atraído para si um estigma e vários preconceitos são construídos em cima dele. O estereótipo dx militante é x alunx de classe média que resolveu virar hippie e seguir che guevara. Acho que x alunx da comissão de formatura não se enxerga no meio disso né?
Eu não sei se todos deveriam ser politizados ou talvez eu n saiba o que ser politizadx significa para cada umx. Para mim, não refletir sobre o que acontece no meu entorno é falta de cidadania, falta de ética. N precisa estar em um partido político ou mesmo fazer parte dos CA's e DCE's para exercer a ética e cidadania. Tem muitas pessoas boas nesses movimentos mas perdem a motivação porque os representados n reconhecem a legitimidade dos ME's.
E talvez aí esteja a origem do que vc reclama. N sei ao certo a motivação, talvez pura ansiedade, mas os ME's tendem a ignorar a ausência dos representados e tomar ações arbitrárias (minha percepção). Eu entendo as limitações de quem está nos movimentos, mas dizer que quem não está presente (e a grande maioria dos estudantes não está presente com leves aumentos em tempos de tensão) não tem opinião é autoritário e, para mim, um dos motivos do insucesso dos ME's nas universidades.
Caso as pessoas tivessem mais senso de comunidade a participação seria voluntária e estariamos muito mais perto de algo legítimo e democrático. E aí essas ações (também discordo veementemente de várias ações. Fui contrário à invasão da reitoria da usp ano passado, mas fiquei decepcionado com a ação autoritária e violenta do Estado na retomada e nos processos que seguem) questionáveis serão solucionadas.

A fala do professor n me surpreende, muitxs professorxs devem pensar o mesm, são frutos de um sistema que mais exclui que inclui desde sua fundação por que agiriam diferente? Ah, ética... pois então. Fico mais chateado quando vejo jóvens não arredarem da postura conservadora e reacionária, mas acho que é minha culpa por esperar muito da sociedade.
Abraços e obrigado pelo apoio aí em cima ;)
Phillipe

Nih disse...

Meu deus, como tem comentarista estúpido nesta caixa!!!!!!!!!!!!!!!!!

Ah, claro, ele foi barrado por causa do dress code...uhum Cláudia, senta lá!

E foi apenas coincidência que tenham passado despercebidos vestidos curtos e calças jeans! Como não pensei nisso!

Na boa, nasce de novo que desta vez deu errado!

Elaine Cris disse...

Minha cidade... Infelizmente não me assusto. Cabecinhas aqui costumam ser ainda mais fechadas que a média nacional...

Nih disse...

Anônimo 11 de fevereiro de 2013 00:49

__________________________________

Sua resposta está na sua postagem. Como assim a propriedade privada é mais importante e defensável do que a vida? Que SE FODAM os prédios se as pessoas estão sendo vilipendiadas em sua Universidade.
O tratamento dado aos cotistas é que tem mudar. Inverto a lógica: se você é um infeliz filhinho de papaimamãe que fez escolinha particular e "prezinho" no PH, passar no vestibular não é MÉRITO NENHUM, é OBRIGAÇÃO.
Com tanto aluno nojentinho elitista no seu curso você vai reclamar de pichação? Fez o dever de casa direitinho, né?

Anônimo disse...

Nossa gente, sério que é esse o nível de comentários nesse post? A atitude dos seguranças teria se repetido se dependesse de alguns comentários aqui...
Lembrei de um fato ocorrido com um terceiro. Estávamos no RJ, em plena Parada Gay, ocorrendo também o ENUDS. Um casal de gay, enudianos, aproveitaram a passadinha pela capital para ir visitar o teatro municipal, pois um deles é do ramo. Um deles estava de bermuda e o outro de calça. O segurança não quis permitir a entrada deles nestes trajes, dizendo que bermudas não eram permitidas. Um rapaz que estava de calças solicitou que deixassem ele entrar que ele vestiria a saia que ele tinha na bolsa e cederia suas calças a seu companheiro. O segurança não quis aceitar, dizendo que de saia ele também não entraria. Ai foi uma confusão na fila, mulheres de saia podiam entrar, pq ele não poderia? Onde está escrito que homem de saia não pode? E foi aquele reboliço na fila, bem próximo dali havia um outdoor com o slogan "Rio sem homofobia", foi a deixa, todos começaram a achar a situação irônica, dada a resistência dos seguranças em permitir homens de saia. Resumindo a história, o rapaz de bermuda amarrou uma blusa de frio nas pernas, bancou a discussão de que entraria daquele jeito e entrou. Quando os seguranças disseram que nem saia aquilo que ele vestia era, ele não deixou por menos e disse que era "costumização" kkkkkkkk
O Lucas Fortuna, (PRESENTE!) usava saias e em sua homenagem já ocorreram alguns saiaços pelo Brasil.

lola aronovich disse...

É, devo concordar que, de modo geral, os comentários desta caixa foram bem ruinzinhos.
Em compensação... Phillipe (Seeking Wisdom), vc não quer escrever um guest post pra mim em cima do seu primeiro comentário? Ele é muito relevante!

Fernando Cosentino disse...

Quero bater palmas pro post do SeekingWisdom.

A todos os que disseram que "existe o dress code": vocês não entenderam o post.

Se a situação descrita fosse "barraram todos que estavam de jeans, mas o kilt não devia ser barrado", o assunto seria dress code.

Mas a situação foi "pessoas fora do dress code não foram barradas. Mas o kilt foi". O assunto aqui NÃO É dress code. O assunto é que o kilt foi visto como uma roupa que não é de gente. Jeans é fora do dress code, mas é roupa de homem, é roupa "normal", pode. Kilt é TRAJE DE GALA (porra! o.o), mais apropriado IMPOSSÍVEL, e no entando não é roupa de homem, não pode.

"Ah, mas é de outra cultura". Vocês acham que os modelitos da moda vieram de onde? Vocês acham que os estilistas das coisas que se vendem aqui estão usando modelos de qual continente? Terno e gravata É EUROPEU!

Então tá. Vamos levar esses argumentos a sério. Estamos no Brasil, temos que usar trajes de gala brasileiros. Você deve ir assim:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/06/Trajes-ga%C3%BAchos.jpg/300px-Trajes-ga%C3%BAchos.jpg

Aí você me diz "ah, mas eu não sou gaúcho. Aqui no nordeste isso não faz parte da nossa cultura.

Ok, vá para o baile assim:
http://p2.trrsf.com.br/image/fget/cf/615/0/s1.trrsf.com/blogs/95/files/image/9-sp-pt-haddad-convencao-chapeu_nordestino-adriano_lima_terra1.jpg

Cada lugar do Brasil tem seus trajes típicos. Ninguém usa nada disso: o traje de gala é o europeu. Você já se perguntou se o vestidinho que você usou na última formatura é modelo francês ou sueco?

E por acaso existe alguma determinação em cursos de etiqueta dizendo "usem roupas de países europeus, exceto os países celtas. Eles se vestem mal"?

Foi discriminação SIM. Eu tenho kilt (eu mesmo que o costurei), uso normalmente, já fui em festas e às vezes uso em ocasiões banais, até pra comprar pão. Só faço isso porque sou uma pessoa bastante resistente ao desdém alheio. Quem usa sabe que existe o preconceito, e ele é de um tamanho monstruoso. O mesmo preconceito que existe sobre todos que optam por roupas que fogem ao uniforme cotidiano.

Façam um teste: escolham uma ocasião totalmente livre, em que não exista nenhum 'dress code'. Vá passear na rua, vá numa aula na faculdade. E vá com uma roupa de outra cultura. Por exemplo, um kaftan indiano:
http://i00.i.aliimg.com/photo/v0/123731340/KAFTAN_2012.jpg
Me contem o resultado.

_________


Uma pessoa ali em cima disse:

"Na boa:

O cara queria "causar",queria polemizar! Nada contra,é claro! Mas assuma os riscos!"

Meus pêsames pelos seus valores sociais. Espero que algum dia você entenda que pessoas possuem estilos, e que usamos nossa aparência para transmitir nossos gostos e afinidades. Espero que você um dia entenda que o motivo de as pessoas deixarem de ser cópias de outras não é se divetir em causar transtorno.

Anônimo disse...

Todos os exemplos de fotos de homens vestidos de saia que apareceram aqui sao de homens bonitos, atleticos, as fotos bem produzidas para revistas. O proprio rapaz vitima de preconceito eh lindo. Fica a pergunta: se fosse um homem "normal", baixinho, barrigudo, ou careca, ou simplesmente feio, ficaria bem de saia?

Anônimo disse...

Claudia
E quem é que está falando de ficar "bem" de saia? Eu hein.

Izabela de Lima disse...

Lendo os comentários do post, queria também deixar meu depoimento sobre essas formaturas, formalidades... Tenho 19 anos, concluí o ensino médio num colégio público, desses de bairro, quando tinha 17, e deixei de ir à minha formatura justamente por causa da roupa que, além de custar muito caro pra mim e pros meus pais, eu ainda teria o trabalho de encontrar roupa pra pessoas gordinhas como eu. A maioria dos meus colegas que estudavam comigo, mesmo sendo num colégio público, dava pra se notar que tinham um poder aquisitivo um pouquinho maior que o meu. E eu ainda fui desistir da formaturo depois de ter pago uma parte dela! A comissãozinha de formatura (na qual tinha algumas amigas minhas) decidiu tudo, inventaram de padronizar até a cor dos vestidos que as meninas iriam usar.
E hoje, depois de um ano fazendo cursinho pago com dificuldade pelos meus pais, e de outro ano num cursinho pra pessoas de baixa renda, consegui ser aprovada em História numa universidade federal, pelas cotas sociais (pois estudei a minha vida toda em colégios públicos). Minhas aulas ainda não começaram, mas espero que a coisa não seja tão elitista assim no meu curso.
Um abraço, e também apóio um guest post do SeekingWisdom!

jacmila disse...

"O cara queria "causar",queria polemizar! Nada contra,é claro! Mas assuma os riscos!"

Colocaria essa frase no pedestal da depressão. E não são só os mascus q falam esse tipo de coisa neste blog. Sempre tem alguem arreganhando os dentes caninos pra repetir: isso é mto classemediasofre, isso é mto elitista, fulanx é arrogante e taws. Não tenho formação em sociologia, então alguem explica pfv se estou errada, mas essa tal classe media não andou empobrecendo? (material e culturalmente, diga-se)? Ser politizadx é não raspar os pelos, é achar fútil esta discussão sobre saias e afins, pq os cotistas não circulam a vontade nas cerimonias obedecendo o "dress code"?

jacmila disse...

Ufa! nessa onda dos defensores dos fracos e oprimidos, inda bem q minhas origens são proletárias: minha vó e minha mãe foram fa-xi-nei-ras! tambem estudei direto em escola pú-bli-ca! ainda assim a-do-ro homem de saia, especialmente em situações mais corriqueiras, já q estas cerimonias são bregas demais; ah, ia me esquecendo: e trabalho com educação, q não tá valendo nada nesse país, não dá status. E se x raivosinhx responder: não me in-te-res-sa, só lamento, chuinf.

Vivi disse...

Pra mim isso aqui é o mesmo assunto do concurso de miss.
Não devemos querer incluir saia ou kilt no dress code, devemos abolir o dress code.
Por que enquanto houver dress code ele será discriminatório por excelência.
Mesma coisa concurso de miss, não adianta ter mais negras, enquanto houver concurso de miss ele também será discriminatório por excelência!

ViniciusMendes disse...

Me pergunto se a reação seria tão pouco empática se tivessem barrado uma mulher de calça... Just saying...

Anônimo disse...

magrelinha, vc nem se toca que está sendo extremamente classista e preconceituosa por desdenhar do fato de ser uma cidade pequena, não é? Meu, releia seu comentário e veja o quanto é absurdo. Primeiro que cidade pequena não quer dizer que todo mundo que está lá é desinformado, o que q é isso, o seu texto é extremamente desrespeitoso com cidades pequenas.

Segundo que o foco do post não é "mimimi Marc Jacobs" e sim mostrar que os critérios na nossa sociedade, em termos de tolerância, são totalmente diferentes para um homem veste uma calça jeans e uma saia, mesmo que ambos estejam fora do dress code. A autora só cita Marc Jacobs por cima pra exemplificar q o estilo do cara era algo inclusive já difundido em alguns meios, e não uma total invenção da cabeça dele, e um comentarista falou sobre saber quem é Marc Jacobs já fora do texto do post.

E acho extremamente chocante essa raiva toda em quem quer parecer diferente. E se a questão fosse essa gente, qual é o problema? Isso aqui é um meio militante, tô chocada com a caretice e recalque de alguns, na boa. Parece gente que fala que ok ser gay, só não vai se vestir de um jeito muito chamativo pq "não precisa", pq "choca".

Tinha parado de ler os comentários da Lola por achar que o nível estava baixo. Resolvi dar uma chance e me arrependi. Está rasteiro. Realmente lamentável.

Anônimo disse...

Estava conversando com um amigo esses dias sobre como as cotas universitárias vão forçar a diminuir os luxos nas festas de formatura.
Também estudei em um curso de elite (medicina em universidade federal) e o gasto com a festa de formatura foi considerável. E a cada ano as turmas tentam se superar, fazendo uma festa mais luxuosa. Entretanto, cada vez parte maior da turma não terá condições de pagar por isso e as festas terão que ser amis baratas.

Outra coisa, as roupas da mulher desse post estão completamente fora do dress code de uma festa de formatura, e mesmo assim deixaram ela entrar...

Barbara disse...

Gente, sou formada em direito, participei da festa, embora não da comissão. Sei como é festa de formatura de cursos mais tradicionais. Álbum acima de 2000 reais, sim, dependendo do número de fotos!

Eu tb acho uma babaquice, claro que não comprei! Mas para a maioria dos meus colegas e suas famílias, aquilo lá era muito sério! Meninas falando de vestidos por todo um semestre, meninos discutindo se ia ser smoking ou não...eu posso achar babaca, tô no meu direito, o que eu não posso é ir numa festa que não é (só) minha e me rebelar contra uma coisa que foi estabelecida pela vontade da maioria. Tem muita turma que acha essa coisa toda cara e fresca e faz um churrasco, e beleza, todo mundo vai de shortinho e se diverte. Mas não era o caso!

A gente pode criticar quem gasta dinheiro nessa frescura toda das formaturas, mas vc não precisa ir lá mostrar que vc é contra o sistema, pra que isso?? Vai me desculpar, mas acho meio infantil.

sobre gênero e sexualidade: sim, tenho alguma dificuldade com o assunto, e de tão complexo que é não pretendo me aprofundar, já estou com overdose disso no tumblr. Me dou por satisfeita em reconhecer que o sexo biológico nem sempre bate com o gênero, e foi isso que quis dizer. De fato,não tenho conhecimento da existencia de outro gênero que não masculino e feminino.

Aline disse...

Lembrei agora sobre um colega de faculdade do meu irmão... Ele é gay assumido... E usa um corte de cabelo considerado "feminino", comprido, com uma franja, pintado e bem lisinho... Claro que ninguém falaria da roupa, porque ele era formando e então usava a toga... O que reparei neste dia foi a reação dos pais dele na hora em que ele foi receber o certificado... Pelo telão então, ficou aparente a reação... A mãe o abraçou, o pai foi até lá, mas permaneceu sério e nem o tocou... No baile, ele vestia uma roupa feminina, mas não um vestido... Era uma blusa, um sapato baixo e uma calça social... Não sei se alguém comentou, mas sei ninguém tentou impedir que entrasse no baile... Imagina se fizessem isso justamente com o formando? É triste para todos, seria triste demais sobretudo pelo fato de ser o grande dia dele, o dia da formatura... Bom, li o post e lembrei logo deste caso...

Aline disse...

Sei que não tem nada a ver... ou tem... eheheh... Mas na minha formatura, optei por fazer a colação pq a data é especial e considero, apesar de todos os gatos, a cerimônia muito importante... É, depois da apresentação da monografia, um acontecimento lindo na vida de quem faz um curso... Não julgo quem opta por não fazer... Cada um tem seus motivos... Mas não fizemos o tradicional baile... Cada formando decidiu como iria comemorar... Meus colegas, os quais gosto muito, cada um fez sua festa... Muitos convidados e gastos... Eu, a típica SÓ PARA CONTRARIAR da turma, resolveu de última hora ir para uma pizzaria com amados amigos... E foi divertido, não tive gastos, e não foi menos especial para mim do que para os colegas... Meus amigos estavam de terno e gravata ehehehe, pq haviam ido assim na colação... Minhas amigas, embora lindas, não gastaram um centavo para ir... Vestiram-se elegantemente simples... E eu também... Coloquei um vestidinho que tenho e gosto muito - o mesmo que fui no baile do meu irmão dias depois - e um blazer que gosto também... Enquanto isto, minhas colegas estavam com seus longos apertados em suas festas caras onde pagaram para um monte de gente beber e comer hehehehe...

Anônimo disse...

Desnecessário um homem querer entrar de saia num cerimonial. Pra mim, coisa de gente que quer aparecer e chamar mais atenção do que todo mundo. Mentalidade de adolescente, de querer fazer tudo diferente. Quando eu tinha 17 anos eu talvez tivesse uma atitude dessa.

Anônimo disse...

Adoro os comentaristas que metem o pau na classe média.
Fico pensando: a autora do blog é de classe média e a maioria dos leitores também deve ser.
Será que somos tão ruins assim?
Será que uma pessoa que faz uma faculdade particular é tão imbecil quanto vocês imaginam?

Priscila disse...

Desnecessário um homem querer entrar de saia num cerimonial. Pra mim, coisa de gente que quer aparecer e chamar mais atenção do que todo mundo. Mentalidade de adolescente, de querer fazer tudo diferente. Quando eu tinha 17 anos eu talvez tivesse uma atitude dessa.

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Isso não interessa aqui. Não interessa a motivação do cara para vestir saia, isso é assunto particular dele. Interessa que algumas pessoas fora do "dress code" foram autorizadas a a entrar e ele não. Ponto.

Maria disse...

2 coisas: Não é desnecessário porra nenhuma homem querer usar saia em uma ocasião que exija "dress code". É o querer. Tem direito. Ponto. Acabou a droga da discussão (aliás, PARA QUE DRESS CODE MESMO?)
Outra: Para xs Jênixs (com J mesmo, porque tamanha inteligência pede desvio da norma padrão) que disseram aí que xs preconceituosxs com homem de saia e afins são socialistas... RISOS. RISOS. RISOS.
É tipo aquela galera que fala que misândricas são feministas. Se você acha que ISSO é socialismo, vai ler Marx, vai.

Anônimo disse...

Maria, mas aí que está. Você pode ser contra dress code, mas ele existe e é tradição. Aí você vai protestar contra numa festa formal e acha ruim se for barrado??

Imagina se eu, que sou ateia, vou na missa de formatura com cartazes da Atea ou do Bule Voador?? Não seria desrespeito com os formandos e a família?

Não tem como ser contra o dress code, ele vai continuar existindo, e por motivos sensatos. Eu não posso exigir pra minha empresa permissão pra trabalhar de shortinho jeans, porque eu não sou panicat. Eu fiz ballet clássico por anos e o dress code é super rígido - meu professor já mandou aluna sair da sala por causa de uma franja soltando no rosto...Nessas festas mais formais, eu particularmente acho bom ter um dress code, pois odeio a sensação de estar mal vestida ou bem vestida demais, pois sou mais discreta.

O único ponto a se discutir nesse caso é que algumas pessoas fora do estabelecido entraram na festa. Já há algum tempo tem muita mulher usando vestido curto em festa de gala, chegou num ponto que o cerimonial vai ter que aceitar. Eventualmente, se muitos homens resolverem usar kilt, pode ter certeza que vai ser aceito tb, pois costumes sociais mudam...

Bruno disse...

Há um koan budista mais ou menos nestes termos: Havia um monge muito conhecido por seus vastíssimos conhecimentos e uma oratória impecável. Certa feita o Imperador do Japão fez um honroso convite ao monge para que proferisse uma conferência no palácio, diante de todos os mais nobres da corte. O monge viva solitário no seu mosteiro e um de seus maiores prazeres era cuidar de um vasto jardim. No dia marcado para a conferência, o monge acordou cedo, plantou algumas flores e seguiu para o palácio. Os guardas o viram com as vestes sujas e rotas e expulsaram com baldes de água gelada o que julgaram ser um mendigo. O monge voltou ao mosteiro, abriu o seu armário e vestiu o melhor trahe de gala que possuía, um belíssimo manto bordado a ouro. Chegando ao palácio, foi recebido com todas as honras, dizendo-lhe os guardas que todos já o aguardavam. O monge entrou no salão e diante da cadeira ao centro que lhe haviam preparado, tirou o manto e o colocou sobre a cadeira. Fazendo isso, dirigiu-se à porta, indo embora. Sem entender o que acontecia o Imperador lhe perguntou: "Iluminado mestre, qual o significado disto?" E o monge respondeu: "Se a roupa é mais importante que o monge, a roupa que profira a conferência."

Pedro disse...

se ele tivesse com a cara meia pintada de azul e uma espada nas costas eu duvido q os caras ñ deixavam ele entrar lol!!!

Vanessa disse...

WTF? O Dress Code existe, então achar ele ruim é feio?

Durante todo o meu ensino médio, eu só tive UM tênis, pois não tinha como comprar outro. Por causa desse tal dress code, não fui a várias formaturas e casamentos e não pude desejar de coração a felicidade que sentia por essas conquistas, afinal a minha vestimenta era mais importante que o meu sentimento.

Entrei numa universidade pública em um curso extremamente elitista, ciência da computação. Os professores são elitistas e preconceituosos, assim como a maioria de meus colegas.

Larguei o curso pois ele não era nem de perto o que eu esperava, além disso os meus colegas se mostravam escrotos elitistas com quase todos os assuntos. Por exemplo: Eles concordavam com o professor q quem trabalha enquanto faz a faculdade não merece vaga no curso. Sim, eu estou falando sério. Essa gente não percebe que tem pessoas que PRECISAM trabalhar pra viver. Além do fato de ser mulher, portanto burra, ainda era pobre e de esquerda. Fui deixada ao ostracismo durante 2 anos.

Vitor disse...

Saí fantasiado com saias em dois dias do carnaval. É uma vestimenta realmente muito confortável - gostaria de poder usar no dia a dia sem que houvesse essa carga pejorativa em torno da peça.

Marcos disse...

Concordo com a Bárbara. Os seguranças agiram errado em não barrar pessoas de jeans e tênis.

Mas o dress code existe. Em certas repartições públicas, é proibido entrar de bermuda e chinelo. No STF, qualquer brasileiro(a) pode assistir às seções, *desde que* com terno ou tailleur. Ser contra o dress code OK, se as pessoas quiserem fazer protestos na rua de cueca ou peladas, tudo bem, mas não tem motivo em ir em um lugar onde a vestimenta já é previamente conhecida, e querer "quebrar" isso.

É como o brasuka que reclama que é multado por excesso de velocidade. Se irrita com o guarda, nunca com o legislador.

Renata disse...

Cês juram que tem gente que defende os organizadores (não falo dos seguranças porque eles só levantarem a dúvida) nesse caso?

Se o dress code era gala pelo jeito tinha muito mais gente errado. Não só quem tava de tênis e jeans. A própria amiga do rapaz estava fora do dress code gala. Então ai é ou tira todo mundo ou libera geral.

Nesse caso se o sujeito estivesse com um smoking e gravata, mesmo que de saia, continuaria no dress code gala e deveria poder entrar na festa. O que exclui ele do dress code gala não é a saia e sim a parte de cima da roupa.

Óbvio ululante que rolou um preconceito com a saia, e com a conotação de homosexual que ela carrega. Não é possível que alguém não perceba isso.

AngieB disse...

Confesso que achei muito mais interessante a discussao que surgiu nos comentarios que os argumentos apresentados no guest post.

E concordo com o SeekingWisdom sobre este desespero da classe media/media alta em manter padroes de distinçao social, de estigma social.

Discursa sobre igualdade social, democratizaçao do conhecidmento, caça a preconceitos... E é vital a manutençao de status de dinheiro, poder e importancias de sobrenome, origens sociais. É muita hipocrisia junto.

Eu vim do interior, do campo, de uma familia nada rica ou influente; meus pais suaram para me por em um otimo colegio que acabou sendo tb catolico e elitista; e foi horrivel o bullying pelo meu sotaque, por eu nao ter o mesmo padrao de roupas de marca ou de vida de luxos.

Muito cedo eu tive que por as minhas contas no lapis, e viver sozinha. E eu vim para ca pq eu queria estudar, ter mais chances, aprender, sair dos estigmas de uma cidade pequena para ver que os preconceitos eram iguais ou piores numa cidade grande e num meio que se dizia "esclarecido".

Eu tambem achei ridicularmente caro e abusivo o preço da minha formatura/baile na faculdade, nao paguei, nao me formei assim... Recebi o diploma numa cerimonia simples, fiz uma janta em casa para familia e amigos apenas. E via a excitaçao de todos para isso, o sacro rito de passagem, a incredulidade de ter uma missa junto, a industria que se tem com estas festas... E ninguem questiona os preços insanos.

Algumas universidades mudaram isso, é gratuita a colaçao de grau, é livre tirar fotos e filmar no ambiente, nao se pode mais cobrar pelo diploma... Mas para a mentalidade sobre as festas mudarem é uma desconstruçao social urgente a ser feita.

Anônimo disse...

Se pudesse eu usaria saias e vestidos sempre que estivesse de folga, para ir ao mercado, passear...etc, é uma vestimenta adequada para o homem desde seja descente, na altura dos joelhos ou mais comprida para poder sentar e nada aparecer, usaria sem nada por baixo com todo o prazer, gozaria desse conforto.

Marília Bitencourt disse...

Que absurdo ele ser barrado! Até entendo que os seguranças tenham estranhado, afinal, não é muito comum um homem de saia, mas ai a levar a conversa pra organização do evento, criar confusão... isso tudo depois de ter visto que rapaz estava com boas intenções... Não foi legal ;/