quarta-feira, 3 de outubro de 2012

GABRIELA SE LIBERTA EM CAPÍTULO IMPECÁVEL

Aliviada, Gabriela chora na cama que não é dela

O capítulo de Gabriela ontem foi o melhor até agora. Claro, não peguei a novela desde o começo. Demorei porque é obrigação demais seguir um programa desses, ainda mais pra alguém que passa meses sem ligar a TV. Comecei a ver a novela justamente porque, de um lado, tinha gente falando das vantagens de mostrar a vida (absolutamente miserável) das mulheres nos anos 20, em Ilhéus, e, por outro, gente pedindo minha opinião sobre a “apelação” de exibir cenas de sexo e nudez (só feminina) em praticamente todo capítulo.
Confesso que a novela me cativou imediatamente. Os atores estão ótimos, a trilha sonora deve estar entre as melhores da história da televisão brasileira (só tem música fantástica; minha única queixa é que são tocadas alto demais e às vezes encobrem os diálogos), e a história é toda feminista. Claro, gente imbecil pode aproveitar apenas o “Esta noite eu vou lhe usar” e fazer de um personagem desprezível e amargurado como o Coronel Jesuíno um ídolo, mas Gabriela não deixa margem de manobra para o fato que as mulheres da época (e não só elas) não tinham como ser felizes. Então toda aquela lenga-lenga de “Putz, o feminismo ferrou a mulherada, que antes adorava cuidar da casa e ser comandada pelo pai e depois pelo marido” vai por água abaixo. 
Vemos Sinhazinha, uma esposa fiel, religiosa, prendada, enfim, modelo de “mulher honrada”, que nunca teve orgasmo até encontrar um amante. Quando encontra, tem alguns momentos de felicidade e prazer (e também é estuprada pelo marido nesse meio tempo), até ser assassinada pelo esposo, que quer lavar sua honra. Só pessoas muito ruins das ideias podem ser fãs do Coronel Jesuíno.
Vemos também uma personagem abertamente feminista, Malvina, que com coragem enfrenta várias convenções. E vemos o crescimento de Jerusa, que deixa de ser uma menininha assustada. A cena em que Gabriela passa a dançar na rua, e Jerusa é a segunda a atirar seus sapatos de salto alto pros céus (mostrado em câmera lenta, como se fosse um instante épico -- e é) e juntar-se a ela, já diz muito sobre sua mudança.
E chegamos a Gabriela, o papel-título. Quando comecei a ver a novela, a cozinheira só me incomodava. Certo, adorava seu espírito livre, seu sorriso aberto, seu talento na cozinha (tenho grande admiração por todo mundo que consegue criar coisas com as mãos, de costura a casas), sua vontade de transar sem pudor. Mas ela era simpática demais. Estava sempre disposta a agradar seja lá quem fosse. Não sei quem fez essa imagem, mas concordo com ela.
Eu pensava, e devo ter gritado com a TV: pô, Gabriela, imponha-se! Seja mais incisiva com um cafajeste como Tonico (adorável, tenho que admitir. Como suas cenas são sempre cômicas, e como Marcelo Serrado brilha no papel, eu até simpatizo um pouco com ele. E com sua mulher, Olga, finamente interpretada por Fabiana Karla. Apesar dos chistes gordofóbicos, eles se merecem). E por que fazer tudo que Nacib quer? Fiquei indignada quando Gabriela aceita casar-se com ele, mesmo não querendo, mesmo sabendo que o casamento naquele contexto é uma prisão pra mulher. E ela casa só porque ele fica tristinho com a recusa, e ela não quer ver o "moço bonito" chateado!
A partir de realizado o sagrado matrimônio, suas vidas mudam completamente. Nacib fica obcecado em dar tudo do bom e do melhor pra Gabriela, tentando transformar o bicho do mato numa dama da sociedade. Gabriela odeia tudo que Nacib lhe dá -– os sapatos de salto alto, que ela nunca aprende a domar (somos duas!), os vestidos de seda, um passarinho engaiolado e seu simbolismo óbvio. Mas ela não quer ferir os sentimentos do esposo e se esforça em obedecer. É incrível como Nacib (Humberto Martins) fica até feio! Ele não era fisicamente desagradável antes com aquele bigodão, mas quando passa a se comportar como “quem manda aqui sou eu e não tem discussão”, vira um ogro. E um sem noção, que não percebe que está matando tudo que lhe atraía em Gabriela. Rapidamente a moça abandona o sorriso, erra a mão na comida, esquece o tesão. Tudo se transforma num martírio, e a atuação de Juliana Paes nessa transformação é admirável.
E eis que chegamos ao capítulo de ontem, que foi simplesmente esplêndido. Nacib pega Gabriela na cama com Tonico (cena aqui). De arma em punho, decide não atirar. Tonico foge de cueca pela cidade, depois apanha da esposa e do pai (e o tom é leve e a gente gosta). Gabriela e Nacib ficam arrasados. Ela vai morar na casa da vizinha. Ele recebe a visita da irmã, que leva todos os vestidos finos da ex. Quando pergunta se pode levar o perfume, Nacib responde de forma poética: “Gabriela tinha cheiro de cravo, de canela, de cozinha. Precisava não de perfume".
Gabriela errou sim. Errou ao se casar com Nacib, mesmo sabendo que isso a faria perder o que mais preza, sua liberdade. Errou não por trair Nacib -– a meu ver, alguém que age como ele agiu está quase pedindo pra ser traído -–, mas por traí-lo com um mau caráter que fingiu ser sensível para seduzi-la. Os errros de Nacib foram muito mais graves que o adultério de Gabriela. Aquilo de dar-lhe um par de sapatos de presente de natal foi a gota d'água. Ele já havia notado que Gabriela prefere mil vezes um cachorrinho. Ou uma estrela.
Zarolha, a quenga que armou o esquema para que Nacib desse o flagra, vai até onde Gabriela está para se vangloriar de ter-lhe tirado o “turquinho”. Ela conta, orgulhosa, sobre toda a armação, com quase todos os objetivos cumpridos, só faltando agora fisgar Nacib. Gabriela ouve tudo calada, e finalmente se levanta e vai até Zarolha (veja a cena). 
Nós conhecemos o clichê e somos condicionadas pra isso desde crianças. O clichê diz que mulheres que disputam o mesmo homem devem se odiar. Portanto, eu não sabia o que Gabriela ia fazer ao ficar cara a cara com Zarolha, mas não ficaria espantada se ela lhe desse um tapa. Afinal, Gabriela foi humilhada, enganada, e quase morta por causa dessa armação. Mas não. 
Calma, mas sofrida, ela agradece Zarolha por tê-la libertado do casamento. “Me livrei de sapato de salto, vestido de seda, de tanta obrigação. Queria ser só eu... Gabriela. [...] Olha, moça. Eu era passarinho, presa na gaiola. E tu abriu as porta. Agora posso voar”. Essa reação deixa Zarolha (Leona Cavalli em seu melhor momento) atordoada. Com os olhos marejados, e com uma tentativa de sorriso, ela só pode responder: “Tu pensa de uma maneira...diferente”. Gabriela ainda pede para que Zarolha cuide de Nacib. Em vez da esperada rivalidade, cria-se uma cumplicidade entre as duas. Uma não tem raiva da outra.
A delicadeza de toda essa cena me deixou vibrando. Ela passa uma mensagem incrivelmente feminista de que mulheres, numa sociedade patriarcal como a nossa, não têm motivo para brigar entre si. E de que não podemos nos deixar aprisionar dentro de um relacionamento. E isso não tem nada a ver com trair. Tem a ver com ter que mudar até virar aquilo que você detesta, ter que obedecer sem questionar, ter que se encaixar num padrão. Ser “moça direita”, nessa situação, tá mais pra uma sentença de morte. Duvida? Pergunte a Dona Sinhazinha.

144 comentários:

Laura disse...

ótima análise, Lola :)

Anônimo disse...

e tantos e tantos caras querem mudar completamente uma mulher até que ela se transforme numa outra pessoa. que não foi a que ele conheceu e por quem se apaixonou. aí o passarinho é sufocado e morre. e eles ainda não entendem o motivo.

Anônimo disse...

Se tem uma coisa que me doí,é essa cultura de rivalizar/odiar outra mulher(por causa de macho,pra ser mais bonita etc..)tenho colegas que têm isso muito forte dentro de si(uma não permite ao marido contratar funcionárias mulheres),pra elas todas as outras são "fura olho,invejosas,querem meu marido etc e blá bla..." dá uma tristeza,pensar que a vida,e as preocupações dessas criaturas, se resumem a isso.Certa feita aurgumentei com uma,apotando para o fato de tudo que ela falava das outras mulheres,dizia muito sobre ela mesma,afinal,ela também e MULHER!!!DÂÂA,por mais que ela se esforçe pra ser aceita no clube do bolinha,rezando pela cartilha machista.

Cética

Carlos disse...

Foi até bom eu estar sendo jovem no século 21, hoje sei que o homem não é suficientemente importante para a mulher.

O homem é uma "ponte" para a mulher ter filhos e/ou suporte material.

Se uma mulher é autosuficiente financeiramente e não pretende ter filhos, o homem é um micróbio para ela.

Mais detalhes:

http://pt.scribd.com/doc/52003805/O-Homem-Domado-Esther-Villar

Sobre o tal patriarcado que a autora tanto fala... não estamos mais nesta época, as mulheres de hoje não mais obrigadas de uma forma direta ou indireta estar subordinadas a um homem, hoje em dia cada um faz o que bem entende de sua respectiva vida.

Anônimo disse...

cética, acho isso bem triste. eu sou do tipo de elogiar colegas, de ver as coisas boas delas, sabe? mas é impressionante essa rivalidade. é uma falando da celulite da outra. uma dizendo que a outra é rodada... uma fazendo segredo pra outra sobre a festa a qual vai só pra evitar que a "rival" esteja lá... sério. se a gente tivesse que lutar contra machismo vindo só de homens, tava fácil até.

nina disse...

Ah, Lola. Que delícia de post.

Eu não vi muito de Gabriela, me doíam as cenas, a violência (e sim, me incomoda sempre isso de mostrar só as mulheres peladas). Mas tem personagens incríveis e os atores estiveram todos muito bem. Até Ivete, que nem é atriz de longa data, eu achei que tava bem nas cenas que vi.

Adorei sua análise da novela. E sim, viu...nós temos que parar de nos odiar sem motivo.

Anônimo disse...

Ninguém muda ninguém, a essência da pessoa e egoísta por natureza,bobagem idealizar pessoas, desapegue-se !

Pili disse...

arrasou Lola,
agora dá uma dica de literata:

O que recomenda pra quem ainda não conhece a obra? A novela antiga, essa atual, ou ler direto o livro?

Narinha disse...

Adorei seu ponto de vista!Por que será tão difícil sermos apenas fieis à nossa essência, ao viver prazerosamente, refratárias às imposições sociais?É preciso conquistar dia a dia esse direito: o direito à vida com alegria e fidelidade a nós mesmas.

Anônimo disse...

Nacib ( Humberto martins) e o tipico homem utilitário, provedor, patriarcal, apegado emocionalmente, e opressor !
Tonico ( Marcelo Serrado) E o tipico cafajeste, libertário, desapegado, aventureiro,sedutor, transgressor e sem amarras morais

Gabriela somente seguiu sua natureza,apenas foi quem sempre foi, livre, se Nacib não a tivesse flagrado, estaria tudo como antes, o provedor seria mantido, e ela estaria satisfeita sexualmente, e emocionalmente na cama com outro, que por ser cassado e não a amar não, não a sufocaria om uma paixão doentia!
Tonico somente foi, um psicopata, sem se incomodar com o sentimento alheio, apenas focado em sua própria satisfação pessoal.
Quem deve mudar, e Nacib,pois foi ele quem saiu perdendo, emocionalmente arrasado, Gabriela ganhou sua liberdade, Tonico se satisfez sexualmente, e Nacib, se não despertar, talves cometerá ate suicidio, e a unica analise que uma mulher faz de um homem deste tipo e :
"ele pediu para levar chifres"
Pouco se importando para o fato de ele ser um escravo dependente emocional, que em sua fantasia queria ser retribuido em seu sentimento, depositando em outro a razão de sua felicidade, ele aprendeu assim !.

ele deve se transformar,se desapegar, encarar as coisas em sua natureza,ou vai estar fadado e repetir sempre o mesmo erro, a personagem de Leona cavalli, não vai cuidar nada bem dele, pois elas esta interessada no provedor, bom partido, não pelo homem que ele e !

Li S. Nascimento disse...

Concordo com cada vírgula desse post, Lola! Gabriela também me cativou logo que comecei a assistir. Fantástico, simplesmente! A cena de ontem foi... maravilhosa! Libertadora.

Anônimo disse...

Respeito vem de Respierre, que significa olhar para algo mais de uma vez e ver ela ali novamente, esse alguém irá corresponder a algum conhecimento que você sobre ele antes e talvez acrescentar algo novo, sem mudar em essência.
Quem ama muda a si mesmo, quando se conhece mais o outro, se você passa a conhecer mais sobre, então agregou à sua mente e a sua memória lembranças que lhe servirão de base, se você é um sujeito que sabe mais do que sabia antes é um sujeito diferente do anterior. Justamente por ter esse conhecimento é que será possível respeitar mais. Ou seja, o amante é quem contempla amorosamente o ente amado.
O respeito começa acabar quando se “coisifica” o outro, tirando o outro do lugar de um ser humano que pode ser conhecido, e em certos casos será também amado.
Quando por exemplo eu vislumbro a fulana somente como a "gostosona deliciosa", estou fechando as portas do conhecimento sobre o outro a algo já “coisificado” já enlatado. O mesmo se aplica quando uma mulher vê no seu homem apenas o homem-carteira, ela fechou as portas para conhecê-lo somente naqueles limites do que ele pode proporcionar financeiramente a ela.
O outro exemplo mais difícil de ser percebido é o caso do uso de outra pessoa como muleta emocional. Em todos esses casos existe a "coisificação" do ser humano em apenas um ser-utilitário isto é uma ferramenta.
Quando nestes casos então o ser-utilitário não consegui suprir aquilo que o outro espere dele, nasce o desrespeito e o Anti-Amor, quando o amante, passa a exigir a transformação do outro naquilo que ele espera que possa lhe servir, seja o "homem-carteira" ou "prostituta sensual" ou a "muleta-emocional".
A essência de todos os desrespeitos e preconceitos vem justamente do não-conhecimento sobre algo, onde isto quando aplicado aos humanos os classifica como bichos e objetos.

Anônimo disse...

Nacib( os da vida real), se avida não ficar mais fácil, fique mais forte !

Leiliane disse...

Não costumo assistir novelas ou séries, mas minha mãe adora e não perde um capítulo!

Ontem cheguei em casa justamente na cena em que Zarolha conta suas armações, e quis chorar, gritar, cantar, abraçar a TV, quando Gabriela agradeceu Zarolha por tudo isso. Aguardava uma cena de tapas e puxões de cabelo, e... as palavras de Gabriela foram melhores do que qualquer palavra ou gesto de ódio. Simplesmente derrubou Zarolha.

Não pude deixar de me lembrar (e me identificar) com Gabriela ao pensar em relacionamentos anteriores... e creio q mtas mulheres já se sentiram presas em relacionamentos, vivendo algo q não as representava, deixando de lado sua identidade e essência para meramente agradar outra pessoa q não é vc e nunca será.

Mais um ótimo post, Lola. Adoro seu blog! Sempre inspirador :)

Anônimo disse...

Ah, eu também tive a sorte de ver esse capítulo. Vi muito poucos também, não entendo direito a programação, segunda por exemplo fiquei esperando e pelo jeito não teve capítulo nenhum.
Mas foi muito bom, muito bom mesmo, como você eu fiquei esperando (acho que todo mundo) algo agressivo quando Gabriela se aproximou da Zarolha...e foi lindo mesmo.
Leila

Anônimo disse...

Lola,o que você acha da mulher que mordeu e estraçalhou o pênis do namorado porque ele gozou em sua boca sem que ela quisesse?

Vi muitas mulheres vangloriando a moça porque o cara fez aquilo sem a permissão dela,porém muitos homens reclamaram alegando que se ela chupou,tinha mais que deixar gozar porque o pau já tava na boca. E que deva ser punida pela agressão. Pois se fosse o contrário,as mulheres estariam condenando o homem que teria mordido a vagina da moça.

Aparentemente isso não tem nada a ver com Gabriela,mas mostra bem que ainda muitos homens acham que a mulher deve fazer aquilo que lhes convém,e que se ela reage tem que ser punida!

André disse...

Não de já viram, mas parece que o argumento da saúde para encher o saco dos gordos não tá valendo mais: http://saude.ig.com.br/minhasaude/2012-10-03/obesidade-nem-sempre-significa-mais-risco-de-morte.html.

lola aronovich disse...

Vcs continuam falando em provedor, mascus? Deixem-me adivinhar: vcs não veem a novela, não leram o livro, não leram sequer o post, certo? E só tem esse discursinho de vcs. E esse discurso não é só misógino. No fundo, ele demonstra a autoestima rastejante de vcs. Porque vcs acham que, se e quando uma mulher finalmente ficar com vcs, ela só ficará pelo dinheiro? Deve ser uma vida triste essa de vcs, em que vcs só se relacionam com quem pode ser comprada. Sei lá, na nossa vida real não é assim. Não temos nem precisamos de provedores. E quem está com a gente também não está pelo dinheiro.
Zarolha não quer um provedor. Ela ama Nacib, sempre amou. Ela se sustenta sozinha, não precisa dela. Recebeu convite pra casar com um coronel e recusou, porque está apaixonada por Nacib.
Gabriela não só não quer como nunca quis um provedor. Ela não queria casar, sabem? E de onde vcs tiram a ideia que ela não trabalhava? Ela passava o dia na cozinha fazendo os quitutes que Nacib vende no bar. Nacib, agora que está sem Gabriela, diz que terá prejuízo, pois terá que encomendar os quitutes com outras mulheres, essas "careiras".
Vcs são impressionantes. Pra vcs, liberdade é um conceito exclusivamente masculino...

Anônimo disse...

Para lola mulheres intereceiras( interece em status financeiro mesmo) não existem, são uma lenda urbana,cabe a vocês olharem a realidade ao redor, e concordar ou não !

lola aronovich disse...

Anônimo das 13:27, nem sei que caso é esse. Mas, né, sou contra morder e estralhaçar qualquer parte do corpo de qualquer pessoa.


Pili, aí vc vai ter que perguntar pra Valéria Shoujofan, que ela entende muito mais de Gabriela do que eu! Ela se lembra bem da novela de 75 (eu não lembro nadinha) e do livro (eu li na minha adolescência, décadas atrás). Mas recomendo ler o livro, sim. É muito bom.
Ah, sabe que tem também um filme com o Marcelo Mastroianni como Nacib e Sonia Braga contra Gabriela? Aqui tem algumas cenas.

Gabriela disse...

Lola, o caso é esse aqui http://www.paraiba.com.br/2012/04/04/32674-mulher-mutila-penis-de-namorado-que-sem-consentimento-ejaculou-em-sua-boca

Anônimo disse...

Gabriela e uma obra escrita por um esquerdista comunista convicto, portanto toda estigmatizada ideologicamente, não condiz em nada com a realidade, apenas os devaneios de um sonhador parasita !

Anônimo disse...

"intereceiras"

"interece em status financeiro"


Tá na hora de começar a se intereSSar pela cartilha CAMINHO SUAVE, hein?

Unknown disse...

Parabéns pela análise, professora!!

Aline disse...

Anônimo das 13:51, parei de ler seu comentário na palavra "intereceira".

Lola, amei o texto, maravilhoso! Não acompanhei a novela, mas seu post me levou, e creio que também à muit@s leitor@s, a auto-reflexão. A "rivalidade" entre mulheres é mais um dos inúmeros frutos do sistema patriarcal e do machismo de cada dia.

Tenho cada vez mais orgulho e vontade de lutar por esta causa!

Relicário disse...

Quando a relação parte para exigências e pedidos de mudanças eu sempre aposto no final delas, e não perco uma!

Anônimo disse...

Nunca comentei no seu blog, Lola, mas sempre leio e gosto muito.
Não assisto a novela, nem li o livro e confesso até que tinha um certo preconceito dela, pq Jorge Amado sempre me pareceu um escritor que enaltecia um pouco essa coisa de explorar a mulher nua, a sexualidade da mulher no sentido de se satisfazer e não de dar liberdade à ela.
Porém escrevo hoje pq esse texto me pegou profundamente.
De repente vi meus olhos se encherem de lágrimas, porque, depois de alguns anos, finalmente encontrei uma cura pra uma ferida que carrego.
Fui traída por alguém que nunca imaginei, a pessoa que eu amava, tínhamos pouco tempo de "casados". Essa traição durou poucos anos, mas acabou de forma bastante confusa e traumática, foi mesmo um horror.
Tive muita raiva dos envolvidos, principalmente porque tinha contato bastante íntimo com a outra pessoa envolvida, que poderia ter me dito o que estava acontecendo, poderia ter agido de maneira diferente.
No fim, foi uma quebra muito grande, mas continuei com essa pessoa, passamos por terapia e foi sinceramente uma mudança muito profunda cada um de nós individualmente e na relação.
Foi uma mudança completa e absoluta, profunda. Tanto que até reencontrei a terceira pessoa da história, depois de algum tempo e acabamos nos envolvendo também.
Mas ainda sentia dor e uma certa mágoa.
Hoje, depois de ler essa história, finalmente me liberto: posso enxergar claramente que essa terceira pessoa entrou no relacionamento e nos libertou dele, nos libertou de todas as ilusões e cobranças e toda a dependência que havíamos criado entre nós.
Essa terceira pessoa nos possibilitou a mudança que finalmente nos permitiu sermos felizes.
Hoje não tenho mais contato com ela, mas, de verdade, sou grata. Mesmo que não fosse essa a intenção, mesmo que essa pessoa na época apenas me desejasse o mal, isso tudo apenas me tornou mais feliz, mais forte, mais independente.

Anônimo disse...

"Ela passa uma mensagem incrivelmente feminista de que mulheres, numa sociedade patriarcal como a nossa, não têm motivo para brigar entre si. E de que não podemos nos deixar aprisionar dentro de um relacionamento"

-
Sou estudante de ciências humanas, mas precisamente tenho interesse em psicologia comportamental,eu estive observando há algum tempo o embate entre masculinistas e feministas( um rico tabuleiro de estudos comportamentais), e tenho notado como os discurso são parecidos entre si, mudando somente a roupagem, e claro a natural defesa de seus gêneros.
Neste post noto o tipico discurso do "primeiramente, o amor próprio"
os masculinistas pregam o desapego amoroso no outro, e priorizam o foco em si mesmo, em não se anular por causa de uma mulher numa relação, e eu noto que as feministas seguem a mesma cartilha, da mulher não se anular por causa de homens, eu apenas noto que o discurso feminista e mais 'envernizado" por assim dizer, toma todo um cuidado com o justificar-se, os masculinistas são mais incisivos e agressivos, muitas vezes descambando para a ignorância, por outro lado noto que o homem e profundamente fascinado pelo comportamento feminino, grande parte do masculinismo, se empenha em decifrar este comportamento, o feminismo não demonstra muito interesse pelo comportamento masculino em si, mas sim pelo mau que isso lhe causa, a psique masculina não parece lhes serem interessante, eu cheguei a conclusão que isto se deve há seculos de opressão do dito patriarcado.

Talvez estas diferenças sejam em parte, causada pelo fascínio que temos no sexo oposto, mas isto não e conclusivo...

...continuarei observando !

Sara disse...

"Anônimo das 13:27, nem sei que caso é esse. Mas, né, sou contra morder e estralhaçar qualquer parte do corpo de qualquer pessoa."[2] Lola

rrsssss, poxa Lola concordo integralmente com vc.
Ha muitos anos atras vi boa parte dessa Novela, e realmente é uma estória empolgante, adorava a MALVINA interpretada pela Elizabeth Savalla, outra novela q adoraria se fosse reprisada ou refilmada era "IMIGRANTES".
Queria muito ver essa nova versão, mas pra mim é muito tarde o horário da exibição.
Bem q eu queria uma ZAROLHA na minha vida rrrsss.

Anônimo disse...

com certeza nenhuma mulher que eu conheço, teria algum tipo de intereSSe em analfabetos funcionais ignorantes fracassados .

Mirella disse...

"o homem é um micróbio para ela."

Não, os mascus são micróbrios. Homens são delícia

P.S.L. disse...

Eu... acabei chorando ao ler seu texto. Não precisei ver as cenas, apenas li.

Eu queria ser Gabriela, mas ninguém espera isso de mim. É até engraçado, mas porque não consigo parar de chorar?

Recomponha-se, você está numa biblioteca pública. Desculpe, mas não consigo.

Anônimo disse...

Lola, amei teu texto. Assisti ao vídeo da Zarolha e achei mt legal, tbm.

Só detestei a legenda dessa imagem da Gabriela.... argh!
Empregada Doméstica como profissão, sim, mas como característica de uma mulher ideal, não! Idealizar alguém já não é legal, nem funciona, né?! Ainda mais desse jeito. =P

Anônimo disse...

Galera, o caso da namorada que mutilou o pênis do namorado durante o sexo oral é uma notícia fake, divulgada em março pelo 'humorista' Fábio Flores.
http://www.tramadopormulheres.com.br/2012/03/28/mulher-mutila-penis-de-namorado-que-sem-consentimento-ejaculou-em-sua-boca/

Anônimo disse...

Anônimx das 15:13, obrigada.

Logo abaixo do artigo "mulher mutila o pênis..." tem um aviso assim:

ARTIGO IRÔNICO
AI Você leu um texto irônico. Esse aviso representa o nosso comprometimento e transparência diante de sua ignorância.

uhauhauhauhauhahauhauahauha

xD

Priscila Cavagnolli disse...

Nacib foi o primeiro a trair. Traiu tudo o que "sua" Gabriela acreditava. Traiu negando sua maneira única de querer viver a vida, traiu não a aceitando como naturalmente é, traiu ao querer transformá-la numa dama da sociedade, pensando somente no que os outros iriam dizer, o que os outros pensariam. Foi sentindo-se traída que Gabriela, e muitas mulheres, traiu. Enfim, traiu da forma mais egoísta possível, pois sabia que ela, evitando decepcioná-lo, acataria suas vontades, negando até mesmo ela mesma.

Mila disse...

Ótimas observações! Eu também tive um pouco de receio da trama inicialmente porque achava que ela só iria explorar o lado sensual de todas as personagens femininas. Mas o enredo é envolvente e ótimo para quem está saindo da caverna, como eu, analisar, mesmo de maneira romanceada como eram tratadas as mulheres na época. Além das personagens que você citou, as moças que trabalham no Bataclan possuem em seu passado uma história ligada ao machismo e à violência. Tem uma que foi violentada pelo padrasto, outra que foi vendida pelo pai porque a família não tem condições e o caso da Lindinalva, que era moça "direita" mas noiva de um dos crápulas maiores da novela.
São muitos os aspectos que podem ser analisados em Gabriela...

Leandro disse...

Mas o Jorge Amado era um esquerdista. Não tem a mínima credibilidade. Se quer entender como eram as relações na época, leiam, por exemplo, o Sítio do Picapau Amarelo de Monteiro Lobato... as mulheres eram felizes...

Aninha disse...

Tenho que comentar a ironia:

Fui ver o link da cena que você sugeriu, Lola, e bem no final tem uma propaganda de um produto de limpeza, mostrando a mulher super satisfeita por limpar a casa!

Gabriele disse...

Não acompanho a novela todos os dias, vejo lá uma vez por semana, mas fiquei arrepiada com a cena, muito bem feita. Tb esses dias vi a cena das moças jogando o sapato pro alto, a câmera focalizando de baixo, ficou bem bonito. E depois Gabriela chegava em casa, Nacib reclamava que ela jogou o sapato fora, e ela diz algo como "Sapato de salto é corrente que tu coloca nos meus pés".
Muito legal ver momentos assim nas novelas, acho que ajuda a mudar a mentalidade das pessoas

Gabriela disse...

Toda essa história q a Gabriela passou em tentativa de se adequar ao q o marido queria me lembrou um texto q uma professora de português leu em aula.
Para que ninguém a quisesse

Por que os homens
olhavam demais para a sua mulher,
mandou que descesse a bainha
dos vestidos e parasse de se pintar.
Apesar disso, na beleza chamava a atenção,
e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes,
jogasse fora os sapatos altos.

Dos armários tirou as roupas de seda,
da gaveta tirou todas as jóias.
E vendo que, ainda assim,
um ou outro olhar viril
se acendia a passagem dela,
pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos.
Agora podia viver descansado.
Ninguém a olhava duas vezes,
homem nenhum se interessava por ela.
Ela esquiva como um gato,
não mais atravessava praças e evitava sair.
Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela,
permitindo-a que fluisse em silêncio pelos cômodos,
mimetizada com os móveis e as sombras.

Uma fina saudade, porém,
começou a alinhavar-se em seus dias.
Não saudade da mulher.
Mas do desejo inflamado que tivera por ela.
Então trouxe-lhe um batom.
No outro dia um corte de seda.
À noite tirou do bolso uma rosa de cetim
para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos.
Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas,
nem pensava mais em lhe agradar.
Largou o tecido numa gaveta, esqueceu o batom.
E continuou andando pela casa de vestido de chita,
enquanto a rosa
desbotava sobre um cômoda.......

(Marina Colasanti)

lola aronovich disse...

Acho que vi essa notícia sobre a mulher que mordeu e quase arrancou o pênis do cara porque ele gozou na boca dela. Onde foi mesmo?... Ah, lembrei! Foi num post de um mascu português que publicou mais um post contra mim! Pra responder ao post em que eu digo que os mascus estão cada diz mais misóginos, sabe? Então, no post, esses mascus dizem ser injusto associá-los a criminosos como os mascus sanctos (que surgiram todos no mesmo lugar, no mesmo blog do SK), e, pra dar um exemplo indiscutível, citam essa notícia. "Poderia dizer que foi culpa sua, não?". Aí eu fico um pouquinho confusa, porque, sei lá, nem sabia que a mulher em questão era feminista. E agora eu fico sabendo que eles usam um exemplo de uma notícia FALSA como argumento irrefutável (que não tem nada a ver com a discussão)! Ah, mascus, vcs são demais!
O melhor são os comentários sobre o post: "O melhor texto do ano", "simplesmente fantástico este texto", "Sensacional! Cadê as feminazis agora? Daqui a pouco aparecem só pra xingar, já que não tem argumentos contra os fatos", etc. Isso num texto que, pra responder às acusações de que a Real faz músicas misóginas, diz "Por que vcs não falam do MC Catra?".

Quanto ao site que cria essas notícias falsas, ele foi o mesmo (não foi o Sensacionalista, que é outro nível) que inventou que uma feminista entrevistada pelo Jô disse que era errado mulher transar de quatro. Essa notícia foi divulgada à exaustão por sites como Testosterona. Ainda hoje tem gente que fala dela. De uma notícia inventada...

Anônimo disse...

gabriela é ótimo

pena que eu não tenho tempo pra ver

Ana Clara disse...

Eita, gente, criticar o argumento do anônimo idiota ali em cima tudo bem, mas destilar preconceito linguístico é demais, né?

Esse comentário do "com certeza nenhuma mulher que eu conheço, teria algum tipo de intereSSe em analfabetos funcionais ignorantes fracassados" foi o suprassumo da discriminação, com todo o respeito.

luaninha disse...

Pro anônimo estudante de ciências humanas: continue só observando, então. Se for pra fazer comentários como esse, nem se dê ao trabalho.

Não vi a novela de 75, porque nem tinha nascido :P
E não gostei do livro, como não consegui gostar de nenhum outro do Jorge Amado. Isso não tem nada a ver com ele ter escrito sobre temas relevantes (nem acho que tenha sido assim o caso) ou o escambau, antes que venham me dizer que sou obrigada a gostar.

Só não gostei, como não gostei de um monte de livro por aí.

Mas né, é sempre melhor consultar a fonte, se for possível, então eu recomendaria o livro, mesmo não gostando. E essa adaptação da globo me surpreendeu, nunca achei a Juliana Paes boa atriz, mas nesse trabalho ela tem sido ótima.

Também acho desnecessário despir toda mulher em cena, ainda mais só as mulheres. A Ivete não tirou a roupa hora nenhuma, nem por isso a personagem dela ficou mal trabalhada.

natalia disse...

Gabriela é uma ótima novela e a única que assisto, quase todo dia. Li o livro, mas faz muito tempo, então, não lembro de muita coisa, a não ser, que o personagem que mais me marcou, na época, não foi Gabriela e sim Malvina, que decide ir embora de Ilhéus sózinha, para poder estudar, trabalhar e viver em paz.

Leleis disse...

Está acompanhando as eleições em São Paulo? Olhe que absurdo essa distorção: http://www.bispomacedo.com.br/2012/10/03/desabafo-da-revolta/#more-16032

Anônimo disse...

"Mas o Jorge Amado era um esquerdista. Não tem a mínima credibilidade. Se quer entender como eram as relações na época, leiam, por exemplo, o Sítio do Picapau Amarelo de Monteiro Lobato... as mulheres eram felizes..."

Tia Anastácia TRANSBORDANDO felicidade.

Unknown disse...

Eu não acompanho a novela, mas ontem assisti e achei fantástica a cena que a Zarolha foi falar com Gabriela.
Também escrevi a respeito.
Caso queira conferir o blog é caminhosinternos.blogspot.com.br

Bjs

Dr. San disse...

Sempre achei que zarolha não era uma vilã, ela não tentou induzir nacib a pensar algo errado de Gabriela e vice verso, apenas cutucou a diferença existente entre os dois de tal maneira que as asas de Gabriela bateram, foi lindo.

Gabriela disse...

Acho q meu comentário foi perdido de alguma forma...

Para que ninguém a quisesse...
Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, das gavetas tirou todas as jóias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos. Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair. Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras. Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da mulher. Mas do desejo inflamado que tivera por ela. Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. À noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos. Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido numa gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cómoda.
Autoria: Marina Colasanti

Roxy Carmichael disse...

post lindo. eu como humilde critica de cine, gostei MUITO dessa analise. parabéns mesmo lola!

confesso que só vi um capítulo da novela quando estava no brasil, e nesse capítulo, não gostei muito dos atores. juliana paes não me pareceu ruim, mas sou fã incondicional da sonia braga. aliás tem um artigo sobre corpo da miriam goldenberg que ela fala sobre o ideal de beleza da mulher brasileira, e fala como esse ideal muda de acordo com a época, mas que lá pelos 70, era simbolizado pela sonia braga.

no mais, coitado do jorge amado.
tão sem credibilidade que foi traduzido só para 49 LÍNGUAS.

Gabriela disse...

Olha eu preciso falar sobre isso:
O autor da novela das nove precisa urgentemente de terapia.Sério!O cara tem sérios problemas com as mulheres.Não basta a vilã ser mulher ele tem q avacalhar com a gente de todas as formas.
Têm aquele núcleo horroroso do cadinho q vende-se como revolucionário.Olha pode ser só eu mas eu não vejo nada novo em um homem com várias mulheres.Ele é retratado como um homem q ama demais enquanto as três mulheres são dondocas interesseiras q vivem se estranhando por futilidades.Têm uma q apaixonada pelo interesse amoroso da melhor amiga.A mocinha da Débora Falabella só faz o apaixonado Jorginho sofrer.Cada vez q falam daquela cafetina enchem a boca para gritar prostituta.A ex porn star aparentemente está ou é possuída por um demônio.Por q aparentemente ela não fazia oq fazia por q queria.Soninha Catatau aparentemente é uma entidade q se apossa de seu corpo.Há uma certa forçação de barra para fazer chacota dessas cenas mas tudo oq eu consigo ver é uma clara alegoria sobre como a sexualidade feminina é perigosa.Satânica até.No cap de ontem a mocinha Nina contrata um michê e diz algo sobre como ela não precisa pagar por sexo.De como ela é linda e q não será trabalho pra ele.Isso acontece enquanto ela incorpora uma femme fatale.Ela estava seduzindo ele.Ela estava sendo avaliada por ele.Mesmo quando a mulher "paga por sexo" ela deve ser objeto.Mais machista impossível.Essa novela é machista e homofóbica e aparentemente todos estão ok com isso.

Anônimo disse...

Não gostei desse capítulo, se ela queria liberdade então casou-se por que?Claro que sua vida não seria do mesmo jeito tinha que renunciar a muitas coisas que gostava perder umas e ganhar outras,Errou sim na minha opinião a quenga é mais sincera do que Gabriela,pois sempre quiz Nasib e agora irá cuidar dele.

Leandro disse...

Tia Nastácia (e não Anastácia) era solteira. E pelo que eu lí, era uma questão racial, e não de gênero, já que a Tia Nastácia era negra. O racismo era realmente um problema naquele tempo. Já a Narizinho retrata uma mulher feliz e inteligente...

Anônimo disse...

Amei o post Lola

A novela é ótima, além de tudo que você fala, tem o gatésimo Mateus Solano arrasando como o personagem Mundinho Falcão <3


Beijos

Lana

Anônimo disse...

Lola, o diretor desse remake de Gabriela novela merece todos os parabéns, pois teve a sensibilidade de colocar na tela o feminismo de uma maneira tão aguçada e ainda sem perder um tom de comédia, uma lente de aumento na crítica já bem feita do Jorge Amado, não é todo mundo que consegue, o que era bom ficou melhor.
Não vi a versão de 1975, mas essa está sensacional.
E a Juliana Paes tá ótima tbém


Bjos

Lana

AngieB disse...

Tem muitos que criticam Jorge, mas observar suas entrevistas e como falava de sua esposa de vida toda, Zelia, podia se ver cmo era um homem explendido em sua defesa pelas mulheres. Uma vez vi uma entrevista dele que dizia como se preocupava em criar heroinas, mostrar como era e é a vida das mulheres e como mesmo assim, elas lutam para vencer e continuar, serem felizes. Entendo a critica de exploraçao da sexualidade da mulher, mas vejo muito mais que suas heroinas ou sempre eram incompreendidas pela liberdade que almejavam (entre elas a sexual), como aprendiam com a vida a se libertar e tambem se descobrirem mulheres, o desejo e o prazer. Eu acho fascinante como criava personagens tao complexas e apaixonantes. E tenho um carinho especial por Dona Flor, que acho a historia fantasticamente criativa.

Marina H. disse...

Análise incrível, Lola.
Ainda não tive "coragem" de assistir os episódios, apesar de todas as críticas positivas que tenho escutado.
Mas, de fato, o livro do Jorge Amado discute essas questões e faz uma crítica a essa sociedade patriarcal.

Anônimo disse...

Ótima analize. Nao assisto tv, logo, nao assisto a novela, mas fiquei interessada. É uma verdadeira felicidade saber sobre uma novela como essa na midia tradicional!!

Ao moço la do inicio que acha que a gente só quer homens por filhos e sustento: ja ouviu falar em amor?

E leandro: eu nao preciso ler nem Jorge Amado nem Montero Lobato. Me basta ouvir os relatos de minha vó.

Anônimo disse...

Esse anônimo das 14:46 é um piadista ou um total babaca? Cientista social é? e que ainda por cima gosta de psicologia comportamental? Garoto, esse local é p/ conversa de gente adulta, sacou? Ragusa

Anônimo disse...

Também vibrei com o capítulo de ontem e fiquei emocionadíssima quando o Nacib disse “Gabriela tinha cheiro de cravo, de canela, de cozinha. Precisava não de perfume". Ele pode ser um brucutu as vezes, mas pelo menos é um brucutu com sensibilidade.

Sayonara disse...

Caro Anônimo que disse:

"Gabriela e uma obra escrita por um esquerdista comunista convicto, portanto toda estigmatizada ideologicamente, não condiz em nada com a realidade, apenas os devaneios de um sonhador parasita!"

Uma obra literária é sim reflexo do pensamento do seu autor, mas também do seu contexto social e histórico. Então a obra de um cara racista como o Monteiro Lobato (que também foi citado e eu adoro, guardadas as proporções) também carrega um viés da sua visão de mundo (racismo, machismo, etc), assim como os comentários que você, anônimo, escreve.

Não existem verdades absolutas, mas temos, além da literatura, registros históricos das lutas femininas impulsionadas pelo completo ostracismo social a que as mulheres eram submetidas, e até hoje continuamos sentindo na pele a necessidade de lutar por igualdade.

Sayonara disse...

E sim, análise muito boa, Lola!

Por coincidência estava ouvindo a TV enquanto trabalhava ontem e vi uns pedaços, mas fiquei com vontade de acompanhar a partir de hoje pra captar a pouca programação de qualidade da Globo.

Anônimo disse...

A literatura de Jorge Amado é maravilhosa e Gabriela um de seus melhores livros. A serie tbm é muito boa..

Adorei o seu post e concodo com quase tudo. Só discordo do momento em que disse que Nacib estava praticamente pedindo pra ser traido e que Gabriela não errou ao trai-lo. Acho que ngm pede por uma traição. E que ngm esta certo ao faze-lo, seja homem ou mulher. Gabriela deveria ter se livrado das amarras de Nacib por outros meios...
Mas claro que isso não faz dela uma pessoa ruim, ou uma vadia como muito homem(e outras mulherEs) gostam de dizer.
O ponto é: todo mundo erra. Ngm é perfeito e ngm merece ser tachado disso ou aquilo ou demonizado por uma traição( o que infelizmente acontece muito com as mulheres hoje em dia e nunca com os homens). Mas dai a dizer que trair não foi um erro de Gabriela acho um pouco longe demais.

F.

Ane disse...

adorei seu texto e a leveza ao conduzi-lo...tirou as palavras da minha boca enquanto assistia ao capitulo ontem =*

Anônimo disse...

Gabriela das 18:58

adorei seu comentário e concordo com vc. Parei de ver essa novela das 9 por isso que vc falou.
E a dsecriçao do nucleo do Cadinho nào poderia ser melhor:
"Ele é retratado como um homem q ama demais enquanto as três mulheres são dondocas interesseiras q vivem se estranhando por futilidades"

Se a Lola assistisse gostaria de pedir um post, pena que ela já disse quje não assiste.

Seu comentário é perfeito

Bjos

Lana

Gustavo disse...

Eu não assisto a minisérie,mas gostei do post,mas não entendi algumas coisas:
Se ela não ama o sujeito, pq ela se casa com ele?
O rapaz(dentista) trai a esposa,que é obesa,com uma moça dentro dos padrões, isso é certo?
Bem , continuo achando traição algo errado,independente do sexo, e acho isso algo egoísta.
Porém não tenho nada contra relacionamentos em aberto por exemplo.

Anônimo disse...

Ao moço la do inicio que acha que a gente só quer homens por filhos e sustento: ja ouviu falar em amor?


kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, depois desta parei com este blog, não dá, aposto que não ficam nem vermelhas em escrever este tipo de coisa !

Anônimo disse...

bom ver um comentário seu de novo chefe !

Marta SP disse...

Bonito post. Pela descrição a cena deve ter sido muito bonita mesmo. Diálogo incrível entre as duas. Se tem uma coisa que é deprimente é gente brigando entre si pelo "amor" de outra. Tanto homens quanto mulheres precisam se amar mais, antes de querer "amar" os outros.

Ana disse...

Não vejo a novela e nunca vi, portanto darei meu pitaco me baseando apenas na sua descrição.

Gabriela não agradeceu a outra pq acreditava que mulheres tem que ser amigas e precisam de cumplicidade. Ela agradeceu pq se sentia aprisionada em um casamento falido cujo o parceiro a aprisionava. Imagine um homem fazendo a mesma coisa que a outra fez, creio que Gabriela se sentiria grata da mesma forma. Não tem nada a ver com cumplicidade feminina, tem a ver com liberdade.

Agora inverta a situação: Gabriela ama de paixão o fulaninho, e alguém planeja acabar com o relacionamento dos dois (tendo traição ou não). Será que haveria a tal da "cumplicidade feminina"? Pq acho que a diferença está aí, no estar apaixonado. Não sejamos hipócritas. Se estamos com uma pessoa que amamos e alguém tenta destruir esse relacionamento, vamos sim achar essa pessoa uma nojenta.

Agora aproveitando o tema do post, eu adoraria tirar uma dúvida. Sempre fui feminista, pelo menos sempre me considerei assim, mas quando uma amiga que eu confiava muito começou a mandar e-mail dando em cima do meu marido, confesso que a xinguei de puta pra baixo (mentalmente, pois nunca fiz barraco). Sou machista por causa disso? E se sim, o que eu deveria fazer? Para onde a cumplicidade feminina tem que ir numa hora dessas?

ps: Antes que falem que ela só deu em cima pq meu marido permitiu, ele nunca deu trela para ela, e ele mesmo me mostrou os e-mails que ela mandava. Ou seja, quem não deve não teme e ele nada temeu.


Anônimo disse...



PARA Leandro

Véi na boa, vc é RETARDADO, ANALFABETO FUNCIONAL? Vc é o quê?
Nunca leu, nem viu qualquer episódio do Sítio do Pica Pau Amarelo?
Desde quando a Narizinho é o retrato de uma "mulher feliz e inteligente". A Narizinho é uma CRIANÇA, seu idiota que não costuma ler, NÃO uma mulher!
Assim como Pedrinho não é um homem e sim, um menino; a Narizinho também não é um a "mulher" e sim uma menina.
As comparações ficam entre a Tia Anastácia e a Dona Benta a nível de importância social e a nível de diferença racial.
Achar que uma menina de aproxidamente 9-10 ano é "mulher" pode ser algum indício de pedofilia da tua parte. Cuidado viu? Vc pode ter uma filha um dia.


Anônimo disse...

olha, lola, entrevista interessante sobre pobreza e distribuição de renda nos estados unidos: http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2012/10/03/o-sonho-americano-se-tornou-um-mito-diz-o-economista-premio-nobel.jhtm

lembrei daquele seu otimo post com os graficos-pizza. acho q vc vai se interessar

Anônimo disse...

Lola, vc viu no último post da letícia (cem homens) o depoimento da menina que foi difamada pelo editor do papo de babacas? A própria garota comentou no último post publicado pela Letícia e contou toda a história. O cara foi um Mega escroto e mega machista. E o restante dos editores tão escrotos quanto! Bando de HIPÓCRITAS!!! Fiquei com nojo do site e tão arrependida do tempo que eu passei por lá! ECAA!!!

Karine

Luciana Pacheco disse...

Adorei ver uma análise de Gabriela no blog da Lola! Estou acompanhando a novela desde o início e acho fantástica. É uma crítica evidente da sociedade hipócrita e extremamente machista da época. Adoro as personagens femininas (exceto as três velhas escrotas da igreja que adoram ver o circo pegar fogo ¬¬) e vejo traços feministas em quase todas.

A Gabriela, então, é um exemplo à parte. Ela vive totalmente deslocada da moral daquela cidade. Não sonha com casamento, com dinheiro, nem mesmo com um grande amor. O que ela deseja é somente poder ser o que ela é. E é irônico que foi justamente esse espírito livre que conquistou o Nacib. Só que, pressionado pelas convenções sociais, acabou transformando a mulher numa infeliz. Acabou minando o amor que a moça tinha por ele e, assim, abriu espaço para que outro lhe satisfizesse.

E o mais interessante desse capítulo (além da reação de Gabriela às declarações de Zarolha, que foi sensacional) foi o fato de Nacib, mesmo constatando a traição com seus próprios olhos, não ter sucumbido ao impulso de matar os amantes em nome da "honra". Percebe-se que o seu sofrimento deveu-se mais à perda do amor de Gabriela do que ao orgulho ferido do homem traído. Não deixa de ser uma superação do machismo, afinal o estigma do "corno", que tanto angustia os homens (ainda hoje), também é reflexo do machismo.

Enfim, Gabriela é uma produção impecável, com ótimas atuações (como a do José Wilker)e uma trama deliciosa que, apesar de carregada de crítica social, é leve e divertida.
Ponto pra Globo.

Leandro disse...

Droga, tenho que admitir que eu confundí os personagens...É que faz tempo que eu não leio Sítio do Pica Pau Amarelo... Admito que a culpa foi minha...
A Dona Benta que era uma senhora feliz, inteligente (era educadora), dona do sítio que se divertia com seus netos (Pedrinho e Narizinho)... Confundí tudo... Mas veja só que coisa: vocês vivem dizendo que as mulheres na época não eram donas de nada, vamos olhar pra literatura da época e descobrimos que algumas eram donas de sítio. E mais: ao contrário das criadoras de gatos e dependentes químicas de antidepressivos de hoje, naquele tempo, as senhoras viviam muito felizes e se divertiam com seus filhos e netos. Como era um inferno a vida das mulheres naquele tempo, né?

Anônimo disse...

eeeii psiu, vou contar um segredo, muitos homens se fazem de feministas, para levar mulher para cama !

lola aronovich disse...

Puxa, que pena, Leandro. Se você não tivesse contado, ninguém teria notado que você não é expert em literatura. Olha, Leleco, a gente estava falando de Gabriela, de como é uma obra que mostra muito bem o inferno que era a vida das mulheres (e dos homens) naquela época, em Ilhéus. Como as mulheres não tinham nenhuma liberdade. Como eram infelizes. Aí você veio e achou que nada disso é relevante porque Jorge Amado era comunista. Não entendi muito bem a relação, mas tudo bem – de vocês mascus eu nunca espero lógica mesmo. Mas aí você diz que um exemplo de mulheres felizes é o Sítio, do Monteiro Lobato. É o único livro que você conhece fora o do Nessahan? Ah não, você citou também O Cortiço, que eu adoro. Mas as mulheres, principalmente as negras, não parecem muito felizes por lá... Voltando ao Sítio, você escolheu uma história em que mulheres vivem sem homens. Sei lá, você acha que é um bom argumento pra causa mascu usar uma história com mulheres sem parceiros pra demonstrar a felicidade das mulheres? Parece meio que depor contra vocês...
E por que vocês insistem que viver com gatos é ruim? Sabe, tem um monte de gente no mundo, mulheres e homens, que adoram gatos (e cachorros também). Eu sou uma delas. Meu marido é outro. Lá no quarto ele deve estar dormindo com dois em cima dele. E isso é bom. Acho até, não sei, porque nunca tive depressão na vida, que gatos e cachorros trazem tanta alegria que dá até pra dispensar alguns remédios por causa deles. Vcs mascus, que são especialistas em antidepressivos e coisas pra bombar o corpo, podiam tentar.


Karine, sim, estou acompanhando tudo entre Leticia vs. Papo de Homem. Já retuitei dois posts dela. E, horas atrás, eu me posicionei quanto à história, em 8 tweets. Estou chocada com a falta de caráter da equipe do PdH, que fez absolutamente tudo errado. É um bom case study de como um site grande não deve agir numa crise. E esta é uma crise. Das grandes.

Cora disse...

tô aguardando, ansiosamente, o momento de ver o le.andro assumindo uma vaga na bancada do pqp, ooops, cqc.

ou quem sabe dividindo o palco com o gentili.

num vejo a hora!!

Sphynx disse...

Peraí. É sério que tem alguém tentando usar o Sítio do Pica Pau Amarelo pra provar que as mulheres eram mais felizes no tempo do Monteiro Lobato do que hoje, porque naqueles dias o padrão feminino era serem bondosas e cultas velhinhas, donas de grandes sítios onde bonecas andavam e espigas de milho falavam?

Não que eu subestime a capacidade dos livros de fantasia de abarcarem a realidade ao seu próprio modo, mas vá lá, comparar a carga de realidade ou, pelo menos, de verossimilhança do Jorge Amado com as histórias do Sítio, que nunca pretenderam ser um documento social (como outras obras do Lobato pretenderam, por exemplo "Urupês" e "Cidades Mortas" - se conseguiram, não vou entrar no mérito), não é coisa que se faça. No início pensei que fosse ironia, depois só faltei rezar pra ser.

Também é interessante ele ter falado que a narrativa do Jorge Amado não tem credibilidade por ser o autor um esquerdista, mas ignorar que Monteiro Lobato era adepto do georgismo, um tipo de socialismo bem moderado e meio esquisito, quase que um socialismo fabiano misturado com liberalismo clássico, com uma leve pitada de anarquismo. Sim, é uma ideia política um tanto bizarra, se me perguntarem. Pra ter uma ideia da coisa, outro simpatizante dessa corrente era Leon Tolstoi.

(Isso me fez até esquecer o que eu ia comentar originalmente, vai ter que ficar ficar pra próxima.)

ViniciusMendes disse...

Sobre Gabriela
Gabriela amava e ama Nacib, que também ama Gabriela. A questão não é e nunca foi essa... Nacib sufoca Gabriela não por acreditar em toda aquela pressão social, ele também não é parte da sociedade, mas por ele querer ser aceito por aquela sociedade, e por acreditar que é melhor para a mulher dele ser aceita também. Na minha opinião, isso fica bastante claro na interpretação genial do Humberto Martins, que parte não da autoridade, mas da própria insegurança em frente a sociedade na qual ele é estrangeiro. E é isso o que torna o casal tão interessante... São duas pessoas que não fazem parte daquela cultura e a forma como as duas lidam com aquilo. Quanto as mulheres aparecerem peladas... Se isso fizer os homens que precisam refletir sobre essas questões assistirem a novela, isso é uma coisa boa aos meus olhos. Acho que a objetificação acaba não existindo na novela pq apesar da nudez, nenhuma personagem é resumida a isso.

Sobre Avenida Brasil
Não acho que ter uma mocinha dúbia torne a novela misógina. Não acho que ter uma vilã mulher torne a novela misógina também. Até pq, pra mim, a proposta ali é julgar mais o quanto a mocinha e a vilã se encontram no mesmo espectro de cinza do que necessariamente suas relações de gênero na sociedade. O tema da trama é a vingança corromper uma pessoa até que ela se torne o que tanto odeia, um clássico das tramas de vingança, por sinal... A protagonista e a vilã são mulheres tanto pq o autor obviamente escreve personagens femininos mais interessantes do que masculinos (como pode ser notado em todas as novelas anteriores: Da Cor do Pecado, Cobras e Lagartos, A Favorita). E não podemos esquecer que temos vários personagens masculinos tão vilanescos quanto estas mulheres. Acho que ver o núcleo do Cadinho como "um cara que ama demais cercado de três peruas interesseiras" meio simplista. A novela deixa claro o tempo todo que o cara é um babaca completo, e também que essas mulheres também tem dependência emocional do cara que nada mais é do que um babaca machista a moda antiga. Aos meus olhos, é mais virar do avesso a fantasia do homem que quer várias mulheres do que um elogio, até pq, a relação complicada mais ferrou do que ajudou os personagens. No núcleo da ex-atriz porno não vi nenhuma censura a sexualidade feminina... Alias, esse núcleo ataca mais a religiosidade extremada do que a sexualidade da personagem... Ela não tá passando por dificuldades por se ver sexual, e sim por se reprimir, e a narração leva a crer que a solução pro problema dela vai ser aceitar a própria sexualidade. Por fim, achei linda a cena onde Monalisa e a sua ex-melhor amiga que roubou o marido da primeira se acertam... No final das contas, as duas abriram mão de um relacionamento amoroso por um relacionamento de amizade, e eu nunca tinha visto isso acontecer numa novela.

E acho engraçado que ninguém tenha comentado nada sobre Cheias de Charme, uma novela sobre três amigas pobres, sendo uma negra e a outra filha de um homossexual, que nunca competiram entre si por motivo nenhum e cresceram juntas na vida, com uma vilã que antagonizava elas não por causa de homem, mas por questões profissionais.

Gregory disse...

Bom, uma coisa não dá pra negar. O traseira da Leona Cavali é uma delícia!

Unknown disse...

Eu lembro muito pouco dessa novela. Acho que assisti quando estava reprisando a primeira versão.
Eu não gosto muito de novelas, principalmente remake, pois acho uma falta de criatividade total, mas lendo esse seu post fiquei com vontade de ver Gabriela.

Anônimo disse...

Pois é lola, mas o pessoal do pdh está fingingo que não foi nada. Que a crise é pequenininha e que já já o povo vai esquecer. Lançaram aquela nota ridícula de esclarecimento que não condiz com a verdade, pelo menos é o que as provas apresentadas mostram. E o silêncio dos editores permanece. Só o Alex apareceu para defender o pdh, mas a única coisa que ele diz é que o post foi removido logo q a menina pediu (o que tb não é verdade). O dono do site e o editor chefe nem deram as caras.

Karine

Anônimo disse...

Arrepiante!
Muito bom seu texto, Lola, qualquer comentário meu não seria capaz de complementar.
Parabéns! Cada vez mais eu quero ler o seu blog :D

Sara disse...

Fora do tópico, mas te desejo uma boa viajem Lola, esperamos vc aqui em S Paulo de braços abertos...

Unknown disse...

Lelequinho jura que as mulheres tinham direitos iguais naquela epoca. Vai estudar tche, pelamor. Lista de livros: o tempo e o vento, casa dos espiritos, dom casmurro, o cortiço, primo basilio, o crime do padre amaro, orgulho e preconceito. Isso so pra começar

Anônimo disse...

Dessa polêmica Letícia vs PdH aprendi duas coisas:

1. Que quando um homem faz um comentário machista ele é machista.

2. Que quando um homem faz um comentário feminista ele é: ou um machista posando de feminista pra melhor aparecer ou um machista posando de feminista pra levar mulher pra cama.

Anônimo disse...

Lola, "pel'amor", não sugira que os mascus adotem bichos! Pobres animaizinhos!

MCarolina disse...

Antes de ler esse post eu odiava a Gabriela. Mesmo sem ver a novela e sem ter lido o livro, eu só a via como uma mulher sensual clichê da mulher brasileira. Bem sem personalidade. Agora vejo que ela tem personalidade de sobra. Não vou ver a novela mas acho que vou ler o livro.
Achei estranho o comentário da pessoa estudante de ciências humanas e psicologia porque colocou no mesmo balaio o discurso de pessoas que sofrem violência de gênero e pessoas que praticam violência de gênero. Fora comparar um grupo que prega igualdade a um grupo de ódio. Não vejo motivações similares.
A única coisa que vi que é verdade, pelo menos para mim, é o desinteresse pela psique e pelo mundo masculino. Mas isso é porque 1 - Somos inundados pela psique e mundo masculino, como construção social, pela mídia desde que nascemos 2 - Não acho que isso exista. Não consigo ver um mundo masculino e um mundo feminino que não sejam construções sociais. Não vejo dilemas masculinos diferentes dos dilemas femininos. Sonhos masculinos e sonhos femininos. Não vejo a existência dessa divisão. Por isso para mim femistas e masculinistas são pessoas deslocadas socialmente, que tiveram algum trauma em algum momento na vida, nunca conseguiram superar e estão presas em um ciclo vicioso.

Anônimo disse...

VocÊ leu o livro?

Roxy Carmichael disse...

eu gostei do que a gabriela falou, mas como não tô podendo acompanhar a novela em questão, não posso emitir um parecer, mas pelo pouco que acompanho por meio dos jornais, também gostei do que o vinicius falou - especialmente sobre cheias de charme - e deixo aqui o meu convite (pros dois):
quando eu concretizar meu sonho de abrir o curso de teledramaturgia brasileira na universidade da minha cidade natal, eu quero o seu contato!alguém aqui poderia me informar se esse curso existe? talvez na usp, é possível? eu acho que analisar a teledramaturgia é fundamental pra compreender a cultura brasileira

Anônimo disse...

Lola, eu não assisto novelas, mas seus post sempre me deixam com vontade de assistir. kkkkk Adoro suas análises, posso não concordar com alguns post, mas no geral leio e reflito sobre tudo que você escreve.
Agora eu estou meio sem tempo para acompanhar esta, mas sempre que posso dou uma passada por aqui.
Eu sempre achei que essa novela seguiria o dramalhão machista de mostrar o quão felizes eram as mulheres daquela época, mas pelos seus comentários eu vejo que não. Assim que tudo se acalmar por aqui, eu vou tentar dar uma olhada nela.

Paula

Gustavo disse...

Surgiu uma dúvida aqui:
Gabriela é livre, não pretende se casar, e gosta de sexo casual certo?
até ae problema algum.
Mas se um homem se relaciona sexualmente com ela e não quer um relacionamento sério ,PQ ELA NÃO QUER, pq ele é machista por separar "mulher pra transar/mulher pra namorar"?
O cara, mesmo sabendo que ela não queria um relacionamento sério,aceitou ela assim,e acabou em traição.
Vendo dessa forma, vcs ainda acham que não existe"pessoas pra transar" "pessoas pra se relacionar de forma monôgamica?"

Anônimo disse...

eu achei que o pdh fosse um dos poucos... TALVEZ O ÚNICO blog escrito por um homem não machista...

me enganei redondamente.

Anônimo disse...

Gustavo, o problema é que essa VISÃO é carregada de machismo e preconceito.
Um homem ... qualquer homem que somente transe, JAMAIS será visto como igual uma mulher que age assim.
Um homem que só quer transar, ou só quer relacionamento sério, ou quer os dois alternadamente em suas vidas , isso não importa... ele JAMAIS será julgado NEGATIVAMENTE por suas escolhas de relacionamento.
ao contrário da mulher... mesmo que ela somente queira transar e admita isso, sua opção é mal vista, é julgada negativamente pelo próprio cara em questão que não vai enxerga-la como um ser humano , uma mulher que tem direito de fazer a opção que quiser.. vai ve-la com ( puta, piranha, vagabunda etc...) mulher pra usar e jogar fora como se fosse objeto.... bla bla bla todas as merdas que vc já conhece. vai tirar sua (humanidade....)
Um homem assim , que só quer transar é visto com todo esse peso e julgamento? se homem não é tratado assim, porque a mulher tem que ser?

Anônimo disse...

Os homens não se dividem entre pra casar e pra transar.... né Gustavo.
se homem não sofre essa divisão, porque a mulher sofre?

Um homem que só quer transar... é na moravel e casável.... a mulher não.
e aí gustavo, tem respostas para isso?

Roxy Carmichael disse...

oi gustavo
acho que não entendi a sua pergunta, mas vou tentar responder:

não entendi a relação entre ela supostamente não querer um relacionamento sério e ele supostamente não querer um relacionamento sério porque ela supostamente não quer. muitas vezes homens e mulheres querem relacionamento sério com alguma pessoa que não quer relacionamento sério. isso é bastante comum e se a razão operasse nessas horas, poderia nos poupar dessa desilusão.

a distinção que a sociedade machista faz entre mulher pra casar e mulher pra transar não passa necessariamente pela mulher querer ou não ter um relacionamento sério. excede, e muito essa questão, porque muitas vezes essa questão aparece ANTES mesmo de qualquer interação entre um homem e uma mulher. um homem faz essa distinção pela forma como a mulher se veste, pelos hábitos que tem e principalmente pelo número de parceiros sexuais que essa mulher teve ou que ele imagina que teve, já que é bem comum julgar a mulher simplesmente pela roupa, pelo lugar que frequenta pelos hábitos que tem (por exemplo gostar de beber e sair à noite). no entanto, o inverso não é verdadeiro. a cultura não naturalizou essa distinção entre homem pra casar, ou homem pra transar baseado nos critérios acima citados, por ex. nenhuma mulher vai dizer que o cara se veste como um puto, pq esse comentário não faria o menor sentido.

espero ter respondido
um abraço

Mirella disse...

Gustavo, por favor, não confunda as coisas.


Quem tem relações livres/abertas não separa as pessoas em balaios. Quem tem relações livres tem relações livres e ponto. Não é uma pessoa que deixa de se relacionar com X porque X não é "para namorar". É porque não acredita em relações monogâmicas com ninguém. Com NINGUÉM. Independente de passado sexual ou amoroso. E quem tem relações de poliamor SEMPRE deixa isto claro, não faz nada às escondidas nem engana ninguém. Por favor, não confunda. Quando, eventualmente, um poliamorista entra num relacionamento monogâmico não é por conta de um "merecimento" do outro que provou sua "integridade e moralidade". Na verdade, pelo que entendo, um poliamorista tanto não julga a sexualidade e a forma de amar do outro que, por isto mesmo, tem relações que permitem o outro vivenciar suas experiências sem culpa. Me corrijam se estiver errada.

Quem separa entre "puta" e "santa", "pegáveis" e "namoráveis", etc, está estabelecendo um parâmetro moral ou julgando alguém pela maneira com que o outro vivencia sua sexualidade. Quase sempre são pessoas adeptas da monogamia e com toda certeza são pessoas conservadoras que colocam um rótulo de "usada" na pessoa que tem uma sexualidade ativa, ou seja, uma pessoa completamente diferente de um poliamorista.

"Mas se um homem se relaciona sexualmente com ela e não quer um relacionamento sério ,PQ ELA NÃO QUER, pq ele é machista por separar "mulher pra transar/mulher pra namorar"?"

Seu raciocínio me deixou confusa. Um homem não namora uma mulher por escolha DELA. Onde ele separou alguém entre "transa x namoro"? Porque do jeito que você posicionou, se ELA quisesse namorar, o cara topava.
Agora, a pergunta que ninguém nunca vai conseguir me responder: por que separar alguém entre transa x namoro? Esse povo não transa com o parceiro? É namoro puro, de portão?

É aquela velha lógica de um mascu do outro post: reclama que a mulher não quer transar e rotula a mulher que transa. #SantaCoerênciaBatman

Unknown disse...

Gustavo

A questão é que Nacib quis tolhir a personalidade de Gabriela, não tem a ver com o sexo em si, tanto é que Tonico Bastos teve que conquistar a confiança de Gabriela primeiro, tratando-a de acordo com a personalidade dela. Foi isso que a motivou a trair: ela achava que Tonico gostava dela como ela era. Ela acabou desgostando de Nacib porque ele quis mudá-la, como se não a aceitasse mais como ela era. E ela não queria ser domesticada como um animal, mas sim ser respeitada como ser humano. O erro de Nacib foi querer modificar Gabriela.
A coisa não tem nada a ver a divisão entre "mulher pra transar" e "mulher pra casar".

Anônimo disse...

Alguém avisa pro leleco.... que pedofilia é crime viu?

Anônimo disse...

no entanto, o inverso não é verdadeiro. a cultura não naturalizou essa distinção entre homem pra casar, ou homem pra transar baseado nos critérios acima citados, por ex. nenhuma mulher vai dizer que o cara se veste como um puto, pq esse comentário não faria o menor sentido.[2]

ViniciusMendes disse...

Roxy Carmichael

Sem problemas, passo o contato asim.^^

Quanto ao curso, não sei se ele existe... Ouvi falar de um mestrado que estuda teledramaturgia brasileira, acho que na USP, mas não sei maiores detalhes.

Agora... considerando a forma como o nosso meio acadêmico AMA nossa cultura de massa, eu não ficaria surpreso se não tivesse um curso parecido com o que você quer.

Anônimo disse...

no entanto, o inverso não é verdadeiro. a cultura não naturalizou essa distinção entre homem pra casar, ou homem pra transar baseado nos critérios acima citados, por ex. nenhuma mulher vai dizer que o cara se veste como um puto, pq esse comentário não faria o menor sentido

=
o que vocês não estão vendo, e que a grande maioria da população não reflete o pensamento de vocês, que são enganjadas ideologicamente, o gigantesca maioria dos hoems objetifica as mulheres de maneira sexual, não estou discutindo se e certo ou não, mas sim que e a realidade.
mas as mulheres também objetificam os homens( não estou falando de vcs aqui, e sim da brasileira media),não de forma sexual, mas sim de forma social/monetaria, e isso vcs não tem como negar.

Portanto o homem busca uma "mulher para casar" de acordo com suas exigencias, e seus principios, e isto e um direito dele, caba a voces aceitarem ou não, lembrando que para as mulheres em geral a promiscuidade masculina não e relevante, mas os homens não pensam assim !

Gustavo disse...

Mirella, o q eu quis dizer foi o seguinte:
Relacionamentos são acordos entre ambas as partes(nem é apenas o homem que decide, nem apenas a mulher).
Se um cara transa com uma moça, ela se apaixona por ele, mas ele não gosta dela, ele não é obrigado a namorar com ela(e aqui vcs chamam o cara de machista, acham q o cara não quis namorar a moça por ela ter feito sexo com ele, quando na verdade ele não tem sentimentos por ela).
Se a mulher só quis transar com o cara, e o cara se apaixonou e quer assumir um relacionamento monogâmico com ela, isso só acontece se AMBOS quiserem.
Se a moça só quer transar e o cara só quer transar, essa moça é "pra transar"
Se a moça gosta do cara, e o cara gosta da moça , eles são "pessoas pra namorar"

Elaine Cris disse...

Monteiro Lobato... Aquele senhor que fez maravilhas por nossa literatura e pela edição de livros no Brasil e que disse em certa ocasião que mulheres só servem para fazerem biscoitos?
Sério mesmo que alguém acha que ele é um grande entendido da alma feminina e que ele sabia ou sequer se importava se mulheres eram felizes ou não?

Gustavo disse...

OBS: EU não acho q sexo "diminua" ninguém.
por isso não uso dois pesos e duas medidas, pra julgar homens e mulheres na mesma questão.
vcs generalizam, falando que a sociedade toda, vê a mulher como lixo por ela apenas querer sexo.
E esse "tratamento como lixo" "comeu e jogou fora' como um objeto, sinceramente? não entendo(e não estou sendo irônico)

Anônimo disse...

O Leleco, vc quer justificar suas tendencias pedófilas com o texto da Lola?

Que vc é um analfabeto funcional com pobre conhecimento sobre história e sociologia , todo mundo já sabe.

agora, usar um texto sobre uma experiencia de descoberta do corpo( criança se descobrindo sexualmente) que é uma experiencia PURAMENTE individual sem PARTICIPAÇÃO DE UM ADULTO a princípio pra chamar narizinho de ( mulher...???) e Pedrinho de (homem...??) acha que ela se masturbava? Monteiro Lobato não descreveu a história com tantas minucias assim leleco...
ou faz parte de uma fantasia sua?
Não importa, por mais que crianças se descubram sexualmente AINDA SIM, são crianças, não viraram adultos SÓ porque tocaram uma...
continuam imaturas e sem o necessário entendimento da coisa.
Vc ta parecendo aquele cara que estuprou umas meninas de 12 anos e usou como justificativa o fato delas já se prostuirem nas ruas e foi VERGONHOSAMENTE solto pelo stf, mas que graças a deus, foi caçado.
Ademais, somente vc com uma mente perturbada e com tendencias taradas, viu no texto da Lola incentivo a pedofilia. Mas de vc leleco a gente já espera isso. A Lola não precisa temer a PF e nem a ninguém, ao contrário de vc... vi que vc ficou bem nervoso com esse assunto. Huuummm ai tem hein, quem não deve, não teme.

A descoberta sexual é individual e não tem que ser DIRECIONADA por nenhum adulto.... ou seja não dá direito a nenhum adulto SE APROVEITAR disso para satisfazer suas TARAS....
cuidado Leleco... pedofilia ainda dá cana por aqui!

Gustavo disse...

Mirella
"Seu raciocínio me deixou confusa. Um homem não namora uma mulher por escolha DELA. Onde ele separou alguém entre "transa x namoro"? Porque do jeito que você posicionou, se ELA quisesse namorar, o cara topava.
Agora, a pergunta que ninguém nunca vai conseguir me responder: por que separar alguém entre transa x namoro? Esse povo não transa com o parceiro? É namoro puro, de portão?"
EU "separo" assim, se apenas sinto atração sexual, eu faço sexo casual.
Se além de eu sentir atração sexual, eu tiver afeto pela pessoa, e se a pessoa topar, terei um relacionamento sério.
Não me importo se a pessoa em questão é virgem ou se eu comi de primeira, o q vai me fazer ter um relacionamento, é o meu sentimento + tesão.

Anônimo disse...

O Gustavo , fica simplesmente impossível responder o que vc pergunta....

vc perguntou porque são chamados de machistas, e vc ignorou , não somente a minha , mas a resposta das demais colegas.
Ignorar a cultura machista é um erro, as coisas não são simplistas como vc descreve.

Unknown disse...

Gustavo

Você está confundindo relacionamento aberto com a dicotomia santa/puta.

Se um homem não quiser namorar com uma mulher porque ele não está a fim de namorar, é escolha dele, ué. Ninguém condena isso.

O que a gente critica é essa divisão que se faz das mulheres, entre santas/putas; pra casar/pra transar.
As pra casar, de acordo com o pensamento machista, seriam as "moças direitas" que "se dão o valor", ou seja, as únicas mulheres que merecem respeito.
Já as "pra transar" são as putas, vadias, piriguetes, que só merecem atenção na hora do sexo, e que depois devem ser desprezadas como lixo.

Isso não tem absolutamente nada a ver com o homem decidir ter um relacionamento aberto. O que criticamos é o juízo de valor que fazem para desqualificar mulheres, e não a escolha pessoal de não ter um relacionamento sério, porque para isso o homem não precisa separar as mulheres em rótulos pejorativos.

Anônimo disse...

No mais leleco... se vc apenas se confundiu, não teve a menor intensão de colocar narizinho e pedrinho como numa relação homem e mulher...

( se bem que ... muito estranho, pois qualquer um que tenha lido isso cansado de saber que se tratam de duas crianças...)

então, não precisa se melindrar tanto.

Unknown disse...

Leandro

Sua ignorância me diverte a cada dia que passa.
Primeiro: crianças tem sexualidade, mas não a entendem como os adultos. Se tocar, para elas, representa apenas algo prazeroso (como uma cosquinha, por exemplo), elas não sabem que isso é relacionado a sexo, sabia não? O fato de atestar o óbvio (crianças se tocam nas zonas íntimas e descobrem que é algo prazeroso), não é incentivar a pedofilia, pois ninguém aqui disse que elas entendem isso como os adultos, tendeu fi?
Justamente por crianças não exercitarem a sexualidade como adultos, elas não tem maturidade para terem (presta atenção aqui, gafanhoto, respira fundo) relações sexuais. Saca?

Masturbação NÃO É uma relação sexual, prestou bem atenção, Leleco?

Pedófilo é o adulto que tem desejo sexual por crianças. E isso não tem absolutamente nada a ver com crianças tocando no próprio corpo. Deixa de ser besta.

Anônimo disse...

carlos, essa é a autora que fala que todas as mulheres são prostitutas?

Gabriel Nantes de Abreu disse...

Concordo com quem citou cheias de charme como bons exemplos de protagonistas femininas!

Anônimo disse...

ultima vez que vou explicar...
muitos caras não ficam com mulher , NÃO PORQUE NÃO ESTÃO A FIM... mas porque tem neurose com seu passado sexual....
o cara até está a fim, mas se deixa contaminar pelo complexo de corno e pelo machismo e resolve não ficar com a que ele chamaria de (rodada...)

O CONTRÁRIO não acontece.

Gustavo disse...

Carolina Lucas Paiva , obrigado, agora eu entendi.

Gustavo disse...

"Se um homem não quiser namorar com uma mulher porque ele não está a fim de namorar, é escolha dele, ué. Ninguém condena isso."
Um amigo uma vez, fz sexo casual com uma moça , ela se apaixonou por ele.
Ela tem fama de "vadia" por ter uma vida sexual ativa sem ter um relacionamento sério(não estou condenando).
Ela queria um relacionamento com ele, porém ele só queria sexo.
Resultado: "Ele não me quer pq é um machista, só pq eu tenho fama q dou pra todo mundo, mimimimi"
Em momento algum ele tratou ela mal,ele só foi sincero com ela , dizendo que não queria relacionamentos sérios.

Gustavo disse...

Carolina Lucas Paiva
Obrigado , acho q conseguir entender seu ponto de vista.

Unknown disse...

Gustavo

No exemplo do seu amigo, se a motivação dele era a de não querer ter relacionamento sério, tudo bem. Se ele não a rejeitou por considerá-la "puta" somente, no problem.

Leandro disse...

Yulinha, eu não tenho tendências pedófilas, não tenho o que justificar. Eu apenas troquei os pesonagens. Está tudo explicadinho no meu comentário de 4 de outubro de 2012 01:17.

Anônimo disse...

Notícia sobre colunista do Papo de Homem que saiu com comentarista do blog, ficou com ela, mas depois comentou que o "problema", apesar de tudo, era a mulher ser gorda. Na vida real, ele estava saindo com ela e, na "Cabana", parte restrita do Papo de Homem, estava difamando a moça, que, afinal, era culpada por ser gorda. http://br.mulher.yahoo.com/blogs/preliminares/onde-vem-o-direito-homem-humilhar-mulher-191206981.html

Mirella disse...

Gustavo,

Se seu amigo rejeitou a mulher por conta da "fama" dela, então ele foi machista sim. Uma mulher não pode ter uma vida sexual ativa e eventualmente se apaixonar por alguém? Uma mulher ativa não pode querer um relacionamento? É este o ponto: você condenar alguém por sua sexualidade é machismo sim.

O machismo condena a mulher que transa e o homem que não transa.

Você pode não gostar, achar que é injusto etc e tal, mas isto não vai fazer o fato deixar de ser verdade.
Mesmo porque, no seu comentário, não vi referência nenhuma à vida sexual dele. Ele também é sexualmente ativo e pratica sexo casual? Ou ele só transa com namoradas? Ele é "pra namorar"? No entanto, só vi referência à fama de puta dela. Isto não é ter "dois pesos/duas medidas"?

Repito: se ele não está disposto a ter um relacionamento com ninguém, ele a rejeitar é parte da vida. Todo mundo já passou por isto. Porém, se ele a rejeitou motivado pela fama dela, é machismo. Ninguém nunca disse que ele a rejeitar é machismo, mas depende da motivação. Se você acha normal colocar um rótulo na testa da mulher apenas porque ela aproveita a vida, vá em frente. Não vai poder reclamar quando colocarem um rótulo de machista na sua.

Tudo o que fazemos aqui é questionar ações e pensamentos que, aparentemente, são escolha livres de influência. Porém, quando paramos para pensar no que nos motiva a agir assim, encontramos pontos que convergem em diversos pontos: controlar a conduta feminina (e também a masculina, de maneira diferente).
É importante que você reflita sobre o que falamos. Seria importante que você desse um pouco mais de crédito a um gênero que é historicamente oprimido em vez de tentar desmerecer apenas porque não gosta da pecha de machista. Não gosta? Em vez de tentar nos convencer que não é machista, você tem dois caminhos:
a) não voltar mais aqui
b) tentar sentir um pouco de empatia

Se você acredita que os mais de 300 posts por ano que a Lola faz no blog são baseados em mimimi de mulher que não tem o que fazer, há muito pouco que podemos falar para você que de fato vá fazer alguma diferença. Mascus tem ouvido surdo. E você?

Gustavo disse...

Meu amigo NÃO GOSTAVA DELA, ele só sentia tesão, ela gotava dele.
Ele não quis nada com ela, não pela vida sexual dela, mas por ele não estar afim.
Eu não acho que isso é ser machista(nesse contexto), e o cara q abre mão de um relacionamento q AMBOS querem, por essa característica é um cara burro.
Mas se fosse ao contrário, ela quer apenas sexo, e ele relacionamento, não diriam q é "machismo".

O q eu quis dizer é que as pessoas são livres pra escolher, e q relacionamentos , só acontecem em um comum acordo.
No caso dela, ela ACHA q ele não quis nada, devido a vida sexual ativa dela,e saiu falando pra todo mundo q ele era machista.

Anônimo disse...

nossa, fiquei ate com vontade de ver essa novela depois da tua resenha :)

Roxy Carmichael disse...

gustavo
o contrário não seria machismo: o cara querer namorar, e a mulher não. da mesma forma que não é machismo se o cara não quer namorar e a mulher sim. isso já foi explicado. e está bem claro e fácil de entender. o que é machismo: distribuir as mulheres entre putas e santas e a partir desses rótulos dispensar tratamento bem diferente pra cada uma. e com tratamento diferente, nao falo só em transar e namorar. e sim, uma coisa que ao meu ver, é ainda mais importante que isso sem a qual seria impossível (ao menos pra mim) transar ou namorar: eu falo de respeito.

Roxy Carmichael disse...

anônimo das 18h56

1) favor buscar o significado da palavra naturalizar
2) a grande maioria da população alemã estava a favor do nazismo. imagino que se você estivesse lá nesse período, seria só mais um idiota alienado que vai com a massa e não, um herói da resistencia que seria lembrado 50 anos após o holocausto. cada um escolhe de que lado quer estar. o meu lado é tão claro, que até um alienado como você consegue reconhecer.
3) por sorte não me considero e não ajo como a maioria da população (pense no tópico 2) o que tem como resultado que eu me relacione com homens e mulheres que não pensam e agem como a maioria da população, logo
4)os homens aos quais me relaciono não fazem distinção entre a sexualidade masculina e a feminina
5) os homens que objetificam mulheres são os complementares das mulheres que se oferecem como objeto e cobram como objeto, não me refiro às prostitutas por quem nutro respeito e admiração, e sim, à patricinha que acha que gastou sei lá quanto no cabelo e na maquiagem e portanto o cara tem que pagar restaurante e motel. da mesma forma que condeno o babaca que acha que é obrigação da menina gastar não sei quanto em maquiagem e cabelo.
um beijinho pra você!

Mirella disse...

Gustavo,

mas então qual a sua dúvida?

Já comentei que não querer namorar alguém é a coisa mais normal do mundo e que não é machismo. Se a moça achou que é, pode ser aquele momento em que a pessoa não sabe lidar com a rejeição (compreensível, ainda mais se ela se apaixonou). Ninguém aqui disse que não sentir vontade de namorar é machismo.

Se você acha a postura dela equivocada e isto incomoda tanto assim você ou seu amigo, pode dar um toque numa amiga dela sobre o motivo das coisas terem acontecido desse jeito e quem sabe aliviar a tensão por aí e evitar sofrimentos desnecessários. Mas como considero isto uma intromissão, digo para fazer somente se isto estiver, de fato, causando um enorme transtorno.

Por fim, se for apenas para dizer que uma moça que tomou um pé na bunda não soube lidar com isto, bem, infelizmente estas pessoas existem. Não invalida uma nem interfere numa luta feminista.

Gustavo disse...

No outro post da lola sobre gordofobia(sobre a apresentadora de tv americana), me fez pensar em outra coisa, a lola disse q a gabriela errou em se casar por dó (concordo), e disse q foi certo a traição(não concordo),e o rapaz com quem a gabriela teve o caso, era casado com uma moça obesa, acham certo o rapaz trair a moça?,se ele não a achava atraente não deveria se casar?

Nih disse...

Gente, ri tanto do comentário do Sítio do Pica-pau Amarelo que resolvi eternizá-lo em um post. Até criei um prêmio!

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=116485895171044&set=a.113789065440727.21484.113509745468659&type=1&relevant_count=1

Gustavo disse...

"se ele não a achava atraente, ele não deveria se casar?" faltou uma vírgula

Julia disse...

A novela das 6, Lado a Lado, também tem personagens feministas (Laura e Isabel) e mostra a realidade da mulher no início do século XX. Eu acho lindo!

Nih disse...

Gustavo: não é por nada não, mas dada a realidade em que vivemos, ela tinha motivos para acreditar que o seu amigo estava sendo machista.

Unknown disse...

Eu tenho um certo pé atrás com novelas. A grande tacada inicial da novela era mostra a Juliana pelada. Não acompanho pelo horário, mas a releitura, pelo que se diz, é boa. Da forma que Monteiro Lobato não deve ser banido por ser racista, Jorge Amado não deve ser amaldiçoado por ser sexista. Mas um como o outro, crias do seu tempo, precisam, sim, de notas de rodapé explicando todo o contexto. E transpor isso pra TV vai bem mostrar os coronéis se dando mal. Isso não descaracteriza a deliciosa prosa amadiana.

Anônimo disse...

Adoro seu blog, Lola!!
Este post, em especial, está excelente!! Parabéns!!

Heitor disse...

A grande traição da história é quando Gabriela se trai fazendo tudo que Nacib quer. Muito o texto, e muito boa a novela.

Anônimo disse...

Bacana a crítica da novela pela perspectiva feminista.
Mas faço uma crítica à novela, crítica à Ilhéus embranquecida, triste.

Catia disse...

Lola é a primeira vez que leio o seu blog. Recebi a indicação de uma amiga e só posso dizer que estou encantada pelo seu jeito de escrever e defender suas ideias, das quais muitas eu compartilho.
No que diz respeito à libertação das mulheres, nosso caminho ainda é longo...

Barbara disse...

Vejo seu blog com frequência, mas nunca comentei. Hoje, no entanto, não pude evitar, principalmente por causa dessa parte:

"E de que não podemos nos deixar aprisionar dentro de um relacionamento. E isso não tem nada a ver com trair. Tem a ver com ter que mudar até virar aquilo que você detesta, ter que obedecer sem questionar, ter que se encaixar num padrão. Ser 'moça direita', nessa situação, tá mais pra uma sentença de morte."

Por coincidência, estou passando por um mal momento em meu namoro justamente por causa de uma situação como essa. Meu namorado pertence a um meio muito religioso e ultimamente venho sendo criticada por tudo (da última vez, foi porque compartilhei a imagem de um menininho brincando de boneca... me diga, a quem estou ofendendo?).
Hoje mesmo, durante uma briga, tive que ouvir que, no casamento, é necessário que haja uma hierarquia dentro de casa... tudo embasado em preceitos bíblicos.
É triste sofrer preconceito de quem a gente ama. É pior ainda ouvir que um namoro obrigatoriamente deve ter um "chefe". Que tipo de amor é esse?
Por isso, concordo a sua análise: tentar mudar outra pessoa até reduzi-la à completa infelicidade realmente se assemelha a uma sentença de morte.
Traição mesmo é trair a si mesma, trair a própria felicidade.

Anônimo disse...

A personagem principal, Gabriela, se liberta através da promiscuidade. Não vejo isso como uma mensagem positiva para as mulheres. E a partir daí parei com Jorge Amado. Em Tieta e outras obras acontece o mesmo: a mulher só se liberta através da promiscuidade e venda do corpo, nunca através da inteligência. =(

Cris Jolie disse...

Pergunta para o anônimo acima: Gabriela e Tieta "venderam o corpo para quem"

Eu não vi ninguém vendendo o corpo!!

Anônimo disse...

Que tantos e tantos caras? Isso é comportamento de sociopata. É transtorno Narcisista. Fora que 99% das mulheres querem retirar algum hábito do namorado/marido e ninguém problematiza.

Anônimo disse...

Não é necessário patalogizar comportamento machista. Machista é machista e pronto!