quinta-feira, 13 de outubro de 2011

SOBRE ASSÉDIO E DISCRIMINAÇÃO NA SALA DE AULA

Gente querida, venho aqui pedir toda a colaboração de vocês. É o seguinte: semana que vem, entre os dias 19 e 21 de outubro, teremos os Encontros Universitários da Universidade Federal do Ceará. Uma professora muito querida que é coordenadora do Projeto Casa (todos os novos docentes passam por um estágio probatório de três anos e, enquanto isso, devem participar de várias atividades; eu gosto, temos bons debates e palestras, e é uma oportunidade de conhecer professores de várias áreas), revelou-se fã do meu blog e pediu sugestões pra uma mesa. Eu sugeri, e ela aceitou, um tema que vem me incomodando: o modo como professores lidam com alunas. Várias alunas minhas já reclamaram de professor que fica olhando pro decote, que fala gracinhas inapropriadas, que não as levam a sério... Quando estive na UnB (saudades, meninas!) para a semana de Direito e Gênero, uma das alunas na minha sessão perguntou o que pode ser feito contra professores que desrespeitam alunas. Eu não me lembro de ter passado por nada disso como estudante, mas eu fiz Pedagogia (esmagadora maioria de alunas e professoras), e, na Pós-Graduação em Inglês na UFSC, além do número muito maior de mulheres, não parecia haver espaço pra desrespeito. No entanto, volta e meia recebo emails de leitoras relatando alguma barbaridade. Semana passada, no post sobre grosserias na rua, uma leitora deixou o seguinte comentário:

Na faculdade, fui apresentar um seminário com um macacão curto. Amigas me disseram que o professor praticamente tentou ver meu útero quando eu passei por ele. Outro dia, na mesma aula, eu estava com um casaco larguíssimo de lã e o professor ainda assim conseguiu encarar os meus seios. Ele me adicionou no orkut e no facebook. Eu nunca dei trela. No final da disciplina, tirei nota máxima E ME REVOLTEI. Eu sabia que minhas amigas tinham se esforçado o mesmo que eu e fizeram basicamente as mesmas coisas que eu no curso, mas não tiraram a mesma nota. Só eu e outras duas garotas para quem ele também arrastava asa ganhamos a nota máxima. Espalharam pro restante da turma que eu tinha ganhado aquela nota porque dei em cima do professor. Eu NUNCA fiz nada, nunca dei bola pros assédios dele, nunca dei a menor brecha e ainda assim fiquei estigmatizada por uma coisa que vinha dele. EU ODEIO AQUELA NOTA MÁXIMA!

Será que esses alunos que disseram que a leitora recebeu a nota máxima por ter dado em cima do professor eram mascus? Porque é isso que eles creem: que mulher não precisa estudar ou trabalhar (pra quê, se é só casar com homem rico?), e que mulher que tira boa nota é porque deu (muito mais que "dar em cima") pro professor. Porque, obviamente, apesar de já sermos a maioria nas escolas e faculdades do país, não temos competência pra ir bem nos estudos por conta própria.
Então. Sabemos que há alunas que saem, namoram e casam com professores, e nã
o temos nada com isso. Mas parece ser muito mais frequente o assédio indesejado de professores a alunas, e, em cursos com minoria de mulheres, alunas serem discriminadas ou tratadas com desdém. Como eu respondi na mesa da UnB, sou otimista e ingênua, uma Pollyanna Deslumbrete, como me apelidou a Somnia, e portanto prefiro acreditar que muitos professores sequer sabem que estão passando dos limites. Acho que boa parte deles, se soubesse o que as alunas acham das “encaradas” e das gracinhas, tentaria mudar.
É absurdo como a questão do gênero, uma questão tão importante, é geralmente deixada de lado nas discussões sobre práticas pedagógicas. Na minha graduação em Pedagogia, nunca falamos de gênero, apesar de serem conhecidos os estudos que mostram que alunas são tratadas de modo diferente que alunos (por professores e professoras, que costumam decorar mais nomes de meninos que meninas, que fazem perguntas mais desafiadoras e dão mais tempo de resposta a meninos etc).
Nos Encontros Universitários, teremos uma mesa em que eu, uma professora convidada da UnB, e uma aluna de Sociologia falaremos sobre essa questão de gênero. Desde já, quem mora no Ceará está convidad@ a comparecer e participar (será na sexta, dia 21, à tarde, no campus do Pici). Mas peço que vocês, neste espaço, relatem as experiências que têm ou tiveram sobre o assunto. O objetivo da mesa não é, de forma alguma, uma “caça aos bruxos”. Mas o assédio é um problema que incomoda muitas alunas e, se nossa vontade é fazer da universidade um lugar mais acolhedor, temos que abordar este tema. Queremos fazer uma reflexão e propor algumas soluções. Logo, nos relatos, não incluam nome do professor ou nada disso. Não precisa nem colocar a instituição. Talvez apenas a área seja interessante. Eu quero compartilhar os relatos de vocês na mesa. Muito obrigada! Sei que posso contar com minhas querid@s leitor@s.

267 comentários:

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Anônimo disse...

Lola,

sou professor e já ouvi que acham estranho eu não dar em cima das alunas. Afinal, "tal mina é muito gostosa!" - é o que dizem...

Se puder, escrevi um texto, claramente inspirado (ou copiado?) no discurso de Martin Luther King Jr, sobre o mundo que quero a meus alunos.

Abraços

Pat Ferret disse...

O que posso dizer é que isso não é coisa nova. Me formei em 1992, em uma grande universidade particular do RJ, e tb tive um professor que me "perseguiu" durante um tempo.

Tá certo que (sem falsa modéstia) eu era mesmo a melhor aluna da turma, mas aquela atenção toda não deixou de ser incômoda... Só não o denunciei pq ele nunca levou a coisa ao assédio propriamente dito, mas que chegou perto, chegou. :-P

Jéssica disse...

Eu faço o curso de Ciências da Computação em uma universidade federal.

Algo que acontece recorrentemente: Algum homem (aluno/professor) me menospreza pelo meu sexo, até ver o meu desempenho, então se cala.

Em uma matéria da segunda fase, o professor cedeu uma aula para um palestrante. A palestra era tediosa e várias pessoas dormiam, inclusive eu. Entre tantos homens dormindo, fui eu quem tive que ouvir "Mulheres não se interessam por isso, mesmo" e "Você não deveria estar em casa fazendo o almoço?" (Obs.: Eram 8h da manhã, mas machismo não tem que fazer sentido).
Eu me revolto até hoje por não ter falado nada na hora, fiquei na dúvida se valia a pena interromper a palestra para isso, já que ele era claramente um imbecil e meus colegas conheciam o meu bom desempenho. (Acham que eu deveria ter respondido algo?)

(continua)

VBN disse...

No final dos anos 70, minha mãe entrou na faculdade de geologia e, numa das aulas, o professor falou que geologia não era curso de mulher e que o dever dele era reprovar as mulheres para que elas desistissem do curso.
Ela continuou, teve nota máxima com esse indivíduo (sem "dar" para ele) e concluiu o curso.
Já eu, anos depois na faculdade, passei por situações desagradáveis (para dizer pouco) com dois professores diferentes. Um que, na sala de aula, me chamou para sentar em seu colo. E o cara é professor de direito penal.
Os anos passam, mas a luta das mulheres continua a mesma.

Jéssica disse...

Outra situação que aconteceu na faculdade foi um professor, ao fim da aula e com apenas outro aluno na classe, ter feito um comentário nojento e machista para mim quando sai da aula (não lembro o que era, o choue me fez deletá-lo). O outro garoto riu. E eu fiquei revoltada e sem reação novamente.

Neste caso, o professor também era conhecido por ser um imbecil.

Também ocorrem outras situações desconfortáveis, como um professor destacar o fato de haver mulheres na turma ou já ter decorado nosso nome antes da primeira aula.

Em termos de alunos, ouvi principalmente comentários "Não há mulheres na computação" (sendo falado para mim e outra amiga do curso, se achando engraçado) e "Não existe mulher bonita em CCO" (o fato das mulheres do meu curso terem notas melhores que os homens é totalmente irrelevante '-_-)

(continua)

Paola disse...

Olá Lola
Eu fiz faculdade de Biblioteconomia (turma dividida, mas com predominância feminina) e o meu marido Engenharia Mecatrônica, ambos na Usp.
Lembro de uma vez em q ele foi falar com o professor orientador dele e eu fiquei esperando do lado de fora, coisa de uns 5 minutos.
Do nada surgiu um outro professor (q o meu marido disse q é um grosso) todo simpático, querendo que eu me sentasse, todo amiguinho... Francamente!
E quando eu fiz o cursinho pré-vestibular, no Objetivo, o fato não envolvia professores, mas era desagradável.
Quando as meninas se levantavam durante a aula, os meninos assobiavam (se fosse considerada mais bonitinha) ou faziam cara de nojo (se achassem feia). Eu, como sempre fui tímida, procurava não sair da sala por nada, apenas nos intervalos! Lamentável o constrangimento!

Jéssica disse...

Não sei se o post também vale para assédio no Ensino Médio, mas vou contar o que ocorreu:

Um professor se apaixonou por mim no 3 ano do EM. No início eu apenas tinha preferência para minhas perguntas, até que certo dia ele perguntou quem estava namorando, eu levantei a mão, começou o inferno.
O professor passou a falar todo tipo de grosseria ao meu respeito DURANTE as aulas! E a desprezar minhas perguntas... Por grosseria, pode-se entender termos sexuais pornográficos. Ele só parou quando eu falei para ele, chorando ao fim de uma aula, que aquilo me chateava.

O colégio em que estudei era totalmente machista, do tipo que dava prêmios para os alunos com boas notas e desprezava alunas com notas tão boas ou melhores (meu caso...). Além de termos aula de "Preparação para o Trabalho", em que as garotas costuravam e cozinhavam, enquanto os garotos faziam atividades diversas.
Isso sendo um colégio católico, dirigido por freiras, ou seja, outras mulheres...

Flávio Brito™ disse...

Longe de mim querer bagunçar a coisa mas...
A garota vai apresentar um seminário de macacão curto (Tipo marcando o corpo) e o professor é o tarado? (Contratem um professor cego, porque mesmo se o cara for gay e passar uma mulher de roupa justa ele vai olhar mesmo)
A mesma regra vale pro decote.
A mulher vai pra sala com um decote que mal tampa os mamilos senta na cadeira, o professo ta em pé e passa por ela (Na boa naturalmente todo cara olha, a menos que seja cego) e ai o cara é tarado?
Não ta respeitando o corpo da aluna?
Puts

Claramc disse...

Eu estudava Ciência da Computação. Sempre fui o tipo de mulher que usa calças e roupas largas e que não faz a menor questão de me mostrar bonita. Hoje, fazendo análise, vejo que isso é resultado da sociedade estigmatizar esse tipo de coisa: se tiro nota boa, se ganho bem, se passei de primeira no teste de direção, é porque dei em cima do professor / chefe / avaliador.

Mas quando eu estudava, tinha uma grande amiga que não tinha o mesmo problema que eu. Ela não se importava de usar shorts, ou saia, para ir à aula. Um dia ela me contou que saiu da sala de uma determinada aula porque estava incomodada com o jeito que o professor estava olhando para ela. Ela estava vestida com uma saia, estava calor. E o professor, sentado na mesa dele, fazia o seu discurso (aula de "Religião", eu estudava na PUC) enquanto "secava" as pernas (ou sabe-se lá para onde estava olhando) dessa minha amiga. Não satisfeito com apenas olhar, ele começou a balançar as pernas, abrindo e fechando, um sinal evidente de ansiedade. Algumas culturas sabem que abrir e fechar as pernas é, inclusive, uma forma de masturbação.

Enfim, ela não ganhou nota máxima, mas teve que mudar o jeito de se vestir, mesmo num calor infernal. Passou a usar somente calça quando era dia de aula desse professor. Foi a saída.

Abraços.

Niemi Hyyrynen disse...

Olha o que eu sofri de assédio na faculdade não está no gibi viu?

Mulher já sofre assédio em qualquer curso que tenha um número considerável de homens, ainda mais quando o curso é predominado por eles como é a área de exatas, principalmente TI.

Eu tinha um professor escroto que vivia me encarando, ele tinha o dom de dar uma abaixadinha de leve, pra me ver passando na frente da mesa dele, ele secou a minha bunda que nem um desgraçado.

Na minha avaliação do TCC o infeliz ainda tava na minha banca!!! Gente do céu, o homem era um karma na minha vida!

Ele teve o DOM de ao dar o pronunciamento dele me falar:

"olha Niemi minha linda, tu devia tá fazendo celular, mas acho que vc terá uma carreira linda e maravilhosa no DB assim como vc".

¬¬ eu quis naquela hora ser uma avestruz e enfiar minha cabeça debaixo de um buraco!

Fora as piadinhas toscas que ele sempre fazia usando os jargões, como:

"Niemi vc gosta de trabalhar com PK's né!" (leia-se pk como 'picas');

"Eu gostaria de ter um ignore constraints na sua vida"

"Eu e vc, olha que string mais linda!"

Era sofrivel, por muita força de vontade que eu consegui ignorar esse infeliz e seguir meus estudos

blackstar disse...

No curso de História da UECE tinha um professor meio tarado que a gente não levava à sério por ser um senhor de idade. Mas agora, anos depois de ter feito a disciplina com ele, penso que não deveria ter respeitado a idade se ele não me respeitou como pessoa.

Outro caso, na mesma faculdade, mas outro professor. Fui conversar com um amigo que estava em outra sala. Estava terminando a conversa quando o professor da disciplina entrou na sala, e saí. No dia seguinte, encontrei de novo o amigo, que disse que o professor falou o seguinte sobre mim "Se essa emagrecesse cinco quilos, ficaria no ponto". E eu me pergunto, no ponto de que? Do abate? Eu ri e não dei bola, mas evitei cursar alguma disciplina com esse professor.

Sem contar as gracinhas disfarçadas de piadas que ouvi de professores a partir da 5a série até o 3o colegial, e aí o caso é pior, pois os professores não faziam piadinhas só com as meninas, mas com os alunos em geral. Não era só machismo, afetava também os alunos que de alguma forma não se encaixavam. Até entendo o que esses professores queriam, voltar a atenção do aluno para ele e a aula, fazer os alunos rirem e depois passar a matéria, mas existem formas de fazer isso sem atingir ninguém.

Bruna disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
miss m disse...

A irmã do meu namorado foi reprovada no mestrado em uma importante universidade aqui no Rio pq não topou sair com o professor.O cara dava muito em cima dela e ela nunca quis.E ele já tinha essa fama.Uma amiga de curso dela resolveu não pagar para ver e resolveu ceder as investidas.E o porco falou para a menina isso, que reprovou a minha"cunhada" pq ela não saiu com ele. Eu fico enjoada só de pensar nisso.Vc se esforça, fazer um mestrado ngm acha q é brincadeira, estuda, para um porco desse q se acha dono no mundo se achar no direito de te sacanear pq vc feriu o ego dele...vá se f....!

Gêneros Textuais disse...

Lola, sei que ocorreu um caso sério no curso de Automação de Escritórios e Secretariado (FATEC-SP) em relação ao professor de Inglês. Vou checar melhor e posto aqui - se não o fizerem antes.

Sara disse...

Lola, tenho uma tia que é professora universitária e que fala do constrangimento que é dar aula para alunas que se vestem de forma SUPER inapropriada para tal ambiente. Microsaias e má postura... além dos já comentados decotes. Acho que tem esse outro lado tb.

Juliana disse...

Fui aluna de curso de administração numa federal e presenciei um episódio muito estúpido durante uma aula de gestão de materais. O professor disse, em plena sala de aula, que uma determinada aluna lá presente parecia a Demi Moore em Proposta Indecente. Não conhecia a menina direito então não sei dizer qual foi o sentimento dela diante da grosseria.
Também tive um professor de contabilidade que fazia uma prova para meninos e outra para meninas alegando que as pessoas do mesmo sexo eram mais concorrentes e por isso haveria menos cola/pesca. Porém, quando comparávamos as provas, a nossa era muito mais fácil do que a dos meninos. Dá para acreditar???
Por outro lado também tive um professor de antropologia maravilhoso, com o qual eu e minhas amigas fazíamos brincadeiras extra classe, e, no entanto, era o que mais nos respeitava e o que mais nos cobrava inclusive. Nunca me esqueço de um texto que ele pediu para o nosso grupo (só de mulheres) apresentar e que tivemos que ler duzentas vezes para entender alguma coisa. Esse ai era unanimidade na opinião feminina da faculdade, mas acho que era muito mais pela forma como ele nos tratava do que por qualquer aspecto físico.

blackstar disse...

Flávio, olhar todo mundo olha, seja homem ou mulher. O que não é legal é professor que não sabe se conter, afinal, somos mais que animais, e alunas sendo julgadas não pelos resultados, não pelas roupas que vestem.

Jéssica disse...

Isso de avaliação de TCC me lembrou de outra situação.

Eu estava no ensaio de uma mestranda, e o orientador dela, ao final da apresentação, ficou quase uma hora falando coisas relevantes como "Mulheres tem mais dificuldade para apresentar mesmo, ficam mais nervosas", "Mulheres tem mais QE" e "Vocês tem que admitir que mulheres dirigem pior!".
Novamente, por receio da autoridade, não falei nada. Eu ia entrar no laboratório desse cara, mudei de idéia.

Marilia disse...

Vou organizar as experiências e depois volto para contá-las.

Relicário disse...

Essa questão nas faculdades é um tanto complicada, pois são dois tipos de assédio, o dos professores, e dos colegas.
Fiz direito, me formei em 2001, e naquela época os professores se insinuavam, olhavam descaradamente, mas como eu namorava com um colega de outra turma, mas que estudava lá também, não passavam disso.
No entanto, o que mais me incomodou foi o assédio de um colega, ele era médico, e estava cursando sua segunda faculdade, por vezes sentava atrás da minha carteira e falava susurrando vários absurdos. Quando terminei meu namoro, ainda durante a faculdade começaram a aparecer comentários entre professores e esse colega, chegando ao meu conhecimento. Tentei tirar satisfação sobre os comentários, e fui ignorada. Ouvia piadinhas quando levantava para apresentar algum trabalho, comentários e risinhos sobre o meu corpo,(coisa de baixo nível mesmo), eu ficava constrangida, e não sabia bem como lidar com aquiilo. Logo conheci meu marido, que também era aluno na época. Quando começamos um relacionamento mais sério fui literalmente hostilizada na faculdade, tanto por alguns professores como por esse colega, que chegou a me xingar publicamente em uma reunião da turma.
O professor presente nada fez, muito menos a direção.
Na época eu era ingênua, tinha 19/20 anos, e não soube encarar a situação como deveria, mas hoje entendo, que a minha indiferença para com o tal colega causou a fúria do mesmo, e alguns professores que perceberam nada fizeram em nome da solidariedade masculina.

Annah disse...

Faço faculdade de História na Usp, onde há mais ou menos a mesma quantidade de homens e mulheres, tanto lecionando, quanto estudando, então nunca vi esse tipo de situação no departamento. Tem uma professora que tem fama de grosseira, mas ela não assedia ninguém, só chama a galera de "burr@s" e dá a prova em folhas coloridas.
Porém, sei que isso acontece na Politécnica, que é um tipo de bolsão de ultra-direita na faculdade e um ambiente hostil a mulheres em geral. E certa vez, meu companheiro, que se formou em em sociologia, ouviu um professor de econômia da FEA - outro bolsão de ultra direita - falando que era machista para um grupo de alunos homens e arracando gargalhadas desses rapazes. Depois descobrimos que esse professor estava namorando uma aluna, que eventualmente virou orientanda dele.

Gabriela Galvão disse...

Qando eu estava no primeiro colegial, eu qestionei o modo de um professor nos (às alunAs) olhar e o fato de ele sempre fazer gracinha sem graça e nojenta com qem chupava pirulito (a aula dele era depois do recreio e muitas vezes voltávamos com algum pirulito pelo meio ou fim) e fui chamada pela diretora, qe me ouviu muito calmamente e deu 'uma chamada' nele, qe reagiu me ridicularizando perante a turma. Perguntou qem concordava comigo e ninguém levantou o braço, sendo qe antes de falar com ele, eu tinha falado com a turma para ver se 'era coisa da minha cabeça'.

Tudo bem; o tempo passou, ele agrediu fisicamente um menino (ñ sei por qal motivo) e aí foi expulso da escola.

Tive vários professores, mas só tive problemas com esse aí, mesmo.

Beijos

Lord Anderson disse...

Eu costumo dizer que fui muito sortudo, pq sempre tive professores excelentes.

Não só no dominio da materia, mas tb na capacidade de despertar o interesse dos alunos na materia.

Apesar de ouvir muitos relatos de moças que sofreram com assedio.

Eu mesmo só presencei isso quando cursava as series finais do ensino fundamental.

Havia um professor de matematica que gostava de fazer o estilo "garotão".

Andava de moto, falava girias e palavrão na sala de aula, etc.

e adorava "paquerar" as alunas. No começo eram só alguns elogios sobre a beleza, ou a inteligencia, etc

Depois algumas meninas começaram a reclamar que ele ficava insistindo para elas virem de saia e fazer insinuações de que poderia ajuda-las a melhorar a nota.

Umas amigas disseram que tinham receio de falar alguma coisa pra evitar represalias, mas quando ele começou com "passadas de mão", duas delas reclamaram com os pais e com a diretoria.


Ele foi chamado a dar explicações, negou tudo é claro, e (infelizmente como sempre), logo apareceram alguns dizendo que na verdade as meninas tavam inventando, ou que elas tinham provocado, etc.

No final, ele acabou expulso porque a mãe de uma aluna de outra classe (devia ter uns 14 anos)o flagou com a filha.

não sei oq aconteceu com ele depois que o processo foi instaurado.

Mas a menina acabou tendo que mudar de escola tb, afinal ficou "falada" como menina "facil".

foi a primeira vez que vi uma vitima virar culpada, infelizmente não foi a ultima.

Liana hc disse...

Lola, fiquei 3 anos num curso de engenharia numa federal aqui do RJ. Pouquíssimas alunAs, em uma das aulas éramos 3 mulheres. Da maioria d@s professor@s e colegas não tenho do que reclamar. Tive um professor de física que era descaradamente contra mulheres na aula dele, a universidade recebeu diversas reclamações e nunca fez nada, um outro de cálculo olhava para gente como se fossemos ets, mas dava a aula dele direito e uma professora de informática que menosprezava as alunas, não nos desafiava, nem olhava pra nossa cara. Já escutei falar de casos graves. No mais, minha experiência ali foi tranquila.

Já sofri assédio de professor no segundo grau.

Não, nem todo homem é tarado ou encara mulher. Isso é coisa de gente tosca. Cansei de ir de short e camiseta, de vestido e a maioria dos meus colegas e professores se comportavam como uma pessoa normal e não como cães no cio. Até com biquíni por baixo eu ia às vezes, porque como a faculdade era integral e tinha uns intervalos grandes entre as aulas, eu e umas colegas ficávamos na praia que era perto, eu pegava um bronze E estudava. Bons tempos :)

Verô! disse...

Agora que estou na pós não vejo muito isso acontecer porque praticamente só tenho contato com meu orientador que é um profissional excelente. Mas quando eu estava na graduação tinha um professor muito do sem-vergonha que assediava TODAS as mulheres, dava nojo, ele parecia mais um adolescente taradinho na puberdade do que um homem que dava aula numa universidade federal. Certa vez eu e uns colegas organizamos um evento na universidade e ao final fizemos um momento lúdico com música para celebrar o sucesso do acontecimento. O cara estava lá e ficou cheio de gracinha para meu lado, eu o ignorei veementemente e fui dançar com um grande amigo. Ele, acho que com raiva, falou para um outro rapaz que eu ia "dar" para meu amigo naquela noite. O que ele não sabia é que o rapaz para quem ele fez o comentário também era um grande amigo meu e um moço muito bacana, ele ficou p* com o professor e passou um sabão no cara que ficou sem ter onde enfiar a cara de tanta vergonha. Eu estava fazendo uma disciplina desse professor e ele rancoroso que é me deu uma nota mais baixa do que eu merecia e sempre que me encontrava tentava insinuar que eu era uma incompetente. Isso nunca me atingiu, mas não sei quantas alunas caíram na do cara por medo de serem prejudicadas nas avaliações. Apesar de tudo isso ele era adorado por alguns alunOs do curso... fiquei indignada quando esse professor foi homenageado na nossa formatura.

É muito infame quando um professor usa da autoridade que tem, do poder de avaliação que possui, para assediar alunas. Realmente ficamos sem saber como agir! Acho que a maioria das universidades não contam com mecanismos eficientes para que as alunas assediadas possam denunciar esses professores com segurança e sem medo de represálias.

Para constar: o curso é história.

Anônimo disse...

Olha, taí um assunto que dá pano pra manga.

No ensino médio estudei em uma escola que as avaliações eram objetivas (exceto, claro, redação), de modo que não havia muito espaço para dicricionariedade para o professor corrigir a prova. Não era o objetivo, mas os alunos acabavam ficando menos "refens" do humor do professor.

Mesmo assim, tinha um professor que dizia que "adorava o 4bimestre" por que as menininhas corriam atrás dele para conseguir nota... mas ele meio que brincava, apesar de ser notório ele ficar com algumas alunas. Depois que terminei o ensino médio, ele também deu em cima de mim, mas eu não dei moral e ficou numa boa. Eu, sinceramente, não vejo mal em um professor ficar com uma aluna, desde que ela tenha idade e faça porque quer.

Mas já tive problemas com um professor de quimica. Ele tinha um xodó por mim. Queria que eu lesse os enunciados, me passava na frente nas aulas de tira dúvidas, resolvia primeiro os exercícios que eu pedia e ficava me encarando a aula toda. Isso no ano do vestibular. Ele costumava tirar dúvidas através de um blog e num msn, em grupo. Aí um dia ele me chamou e disse que não me tirava da cabeça e algumas coisas obcenas. Eu tinha 17 anos, era virgem, fiquei chocada! Mas fui muito idiota, não salvei a conversa, não fiz nada. Só passei a não participar da aula dele. E ele entendeu. Depois que o ano acabou, ele me pediu desculpas, mas deu em cima de mim de novo. Dessa vez eu falei que sentia nojo dele, que ele era casado, e tals.

disse...

Lola, faço cursinho pra faculdade militar, então maioria é homem né, são 6 alunas, e que realmente frequentam as aulas somos só 3. E não são só os professores que nos desrespeitam dessa maneira, os outros alunos tbm! Muitas vezes coloco uma camiseta super básica e vou pra aula, e lá morro de vergonha, porque muitos professores e alunos ficam olhando o decote (que na verdade nem é um decooote sabe?rs)
Já aconteceu de um garoto sentado atras de mim me pedir ajuda numa questão, eu virei pra ajudar e ele não olhou uma linha do que eu escrevi, ficou só secando meus seios. Depois juro que pensei que ele nem tinha duvida de verdade na questão...
La no curso falam que já aconteceu (não foi comigo, então não posso afirmar que é verdade ne) de uma aluna pedir ajuda e o professor falar "coloca um casaquinho se não não vou conseguir prestar atenção no que vc fala" só pq a garota tava com decote...
Uma professora disse que pras meninas é muito mais difícil estudar, pq além de se preocupar com o estudo tem que se preocupar com a aparencia é verdade, agora sempre antes de sair de casa fico analisando minha roupa, se algum cara no colegio vai achar decotado demais ou curto demais, ou se eu 'to querendo' como já falaram tbm... Não que eu ligue muito pro que pensam da minha roupa, mas me incomodo muito de ficarem olhando meu decote ou minha perna sei lá, sendo que nao dou brecha NENHUMA pra isso!

Annah disse...

Lembrei agora que quando estava no colegial, tinha um professor do plantão de dúvidas de matemática - super-tiozão, por sinal - que em geral gostava de conversar comigo porque eu era boa com problemas de lógica e xadrez, mas comecei a achar meio estranho quando o cara veio com uns papos que estava escrevendo um livro, aí no livro tinha um romance entre professor e aluna e coisas assim. Super nojento. Respondi "ah, tá." e passei a evitar conversar com o cara ou passar por perto dele.

Thais disse...

Lola, impressionante que ao ler seus textos sempre me pego repensando minha vida e procurando por alguma situação semelhante e não é que sempre acho.
Lembro que no ginásio, isso mesmo com 14,13 anos tinha um professor de Matemática que ficava secando algumas colegas minhas, e ficava nitidamente animado, se é que vcs me entendem.

Tbm fiz Ciência da Computação e tbm ouvia piadinhas machistas, confesso que nunca me incomodou não. Pq quem fazia as piadas eram tão dignos de pena, q não dava nem pra ligar.

darkgabi disse...

felizmente acho q nunca vivenciei o desrespeito de um prof ou profa pq eu era mulher. ou ao menos não me lembro..

mas qd eu era criança, durante uma determinada fase, costumava conversar sempre com o diretor da escola, pq ele era mt simpático cmg e eu gostava mt dele. até o dia q me falaram como ele secava as minhas pernas.. eu tinha 11 anos e usava short curto, como toda criança, mas já tinha as pernas grossas e bem definidas pq praticava mt esporte.

eu realmente notei ele me olhando umas vezes depois, mas de qlqr maneira, por um certo medo, acabei me afastando. vale ressaltar q apesar de ele olhar, eu nunca notei nada mais do q isso... ele nunca disse nada q eu considerasse ofensivo e nem me tocou. até pq eu sempre fui meio aversa ao toque, hehehe. melhorei, mas até hj não me sinto mt confortável encostando em ning. nem joelho com joelho em ônibus etc. enfim.

Bia disse...

Lola, aconteceu uma situação dessas comigo enquanto eu ainda estava no ENSINO MÉDIO. No terceiro ano, as aulas do professor de Geografia/Atualidades eram desconfortáveis. E o engraçado é que era uma coisa geral, sabe? Não era só eu que percebia e sofria com isso, mas todas a grande maioria das meninas da sala. Enquanto ele falava nas aulas ou ditava observações importantes, soltava sorrisinhos e se insinuava. Muitas vezes saía do palco do professor e ao caminhar pela sala aproveitava pra falar algo mais direto quando passava perto das cadeiras das "alunas-alvo". E o mais curioso é que ele já tinha essa fama. Era um EXCELENTE professor, mas tod@s eram alertadas assim que começavam a ser alunas dele por outras alunas. E, como você deve imaginar, criava uma fama de "garanhão", "pegador". Porque já tinha filhos e todos eram frutos de relações com alunas mais novas. Inclusive, a despeito de toda essa coisa de dar em cima e coisas do tio, ele tinha uma namorada que também havia sido aluna dele no ENSINO MÉDIO. Rs.

(Ah, sou da Bahia)

fabi disse...

No ensino médio um professore de História do meu colégio, vivia falando coisas nada confortáveis, do tipo: como as alunas na nossa idade eram bonitinhas com tudo firme, sempre falando que ele tinha alunas lindas, e ai dele se não fosse casado.

No cursinho tbm teve essa mania de assobiar para as meninas que eram "bonitas" e rir das que eram "feias",e certos professores ainda estimulavam.

Já na faculdade tive professor assediando uma colega casada, sendo extremamente desconfortável. Fora que ele tbm contava casos das "mulheres que ele pegava em micaretas" dando certos detalhes nada agradáveis.

Agora meu amigo faz estágio em uma escola e sempre me fala dos casos do professor que fica falando as maiores nojentices para as meninas na sala de aula, cantando as garotas descaradamente, ao ponto dele (meu amigo) sentir um nojo enorme, e até falar p o cara, que retruca com "ah elas gostam".

Anônimo disse...

Teve uma vez também num cursinho preparatório pra concurso. Era aula de lógica e eu era, sem favor, a melhor aluna. Acabei chamando atenção do professor. Eu, na maior inocencia, tentava resolver exercício e tals. Ele me perguntou o que eu fazia, disse que estudava direito na federal. E ele, como é professor de lá, sabem o que fez?!?!??! Olhou no meu cadastro pra descobrir meu telefone! Fiquei muda quando ele me ligou. Fui bem seca, falei que podíamos falar de lógica na aula. Ele ficava me esperando no final da aula, eu ficava com uns amigos pra despistá-lo. Aí ele ligou de novo. Perguntou se eu namorava. Eu cortei ele até ele parar. A turma inteira tinha percebido, era constrangedor.

Niemi Hyyrynen disse...

Lembrei agora não de um assédio mas de uma vez que um professor babaca se deu mal por menosprezar mulheres.

Eu tava num curso extra da facul sobre COBOL o professor virou pra galera e disse:

"-Não sei pq msm que raramente venha mulher aqui se meter nesse curso, tá provado que isso não é pra elas"

Só havia eu e mais uma amiga na turma, todos sacaram que foi pra gente esse comentário.

Dai eu respondi o cara "É mas vc se esqueceu que foi a Grace Murray, UMA MULHER que desenvolveu a linguagem que seria a base do COBOL, desculpe mas isso é demais até pra vc".

Só ouvi um "uhhhhhhhhhhhhhhhhhh" da turma toda, o professor idiota ficou vermelho que nem um pimentão e voltou pro assunto da aula

:)

disse...

Concordo com a Mariana, não vejo problema de professor ficar com aluna, desde que nao seja pedofilia ne, e que ela queira! Mas mesmo que eles já tenham ficado/fiquem whatever, aula não é lugar pra isso, então o respeito tem que ser mantido!

Anônimo disse...

tem um amigo meu, na faculdade de direito, que já é formado em matemática e que já deu aula no cursinho da cidade dele, ainda muito novo, aos 22 anos.

Ele conta que era constrangedor dar aulas. Como a idade era muito próxima e a cidade minuscula, ele até tinha estudado com alguns desses alunos (e namorado duas, antes de ser professor). Mas o problema não era esse. Esse meu amigo é bem bonito, as meninas assediavam mesmo. Ele conta que todas iam sentar na carteira da fente só na aula dele, ficavam encarando, dando risadinhas, e algumas até chegavam e tals. Ele é muito tímido e disse que, enquanto professor, não ficou com nenhuma. Ainda tinha o "ódio" dos meninos né?

André Rafael Pereira disse...

Sou aluno de Engenharia de Computação curso com pouquíssimas mulheres, na minha turma só temos 3 garotas, o próprio departamente de computação da faculdade tem poucas mulheres na graduação mas no mestrado é possível encontrar um número maior.

Já vi situações que pesam para os dois lados nessa relação entre alunas e professores, alguns professores sempre cedem para pedidos de alunas, eu tenho uma colega que é bem inocente então eu sei que ela nunca usou de seu "charme feminino" para conseguir algo com professor, ela é uma das melhores alunas da sala por mérito mesmo, mas sempre que ela pedia algo para um professor, como mudar datas de provas ou fazer aulas de dúvidas, ele a atendia prontamente enquanto para um aluno conseguir algo assim era mais difícil.

Mas também tivemos um professor que tinha problemas com mulheres, um dia eu estava entrando na sala com minha amiga e ele estava conversando com um outro aluno, quando nós dois entramos ele disse algo do tipo: "É melhor tomar cuidado com essas mulheres, são todas perigosas", acho que foi até um pouco pior mas não lembro exatamente. Em outra situação durante a aula ele conversava com uma amiga que veio do nordeste e insinuou que as garotas de lá começavam a fazer sexo bem novas, bom na verdade ele nem insinuou ele deixou bem claro o que quis dizer, lembro da cara de choque da minha amiga e a sala deu risada...

Anônimo disse...

é isso aí, jú, tem que saber separar! aula é aula! não deve existir nenhum tipo de privilégio, claro! e nem nada com "sexo em troca de nota", que é nojento.

VBN disse...

Ah, demorou hoje para aparecer gente falando que a culpa é da forma "indecente" das mulheres. Me poupe, vai.
Todas as vezes que fui assediada, estava vestida com calça jeans, tênis, camiseta (nunca me liguei em aparência). E era camiseta folgada, calça jeans surrada.
Fora isso, se a pessoa quiser ir de biquíni para a aula, ainda assim o professor tem que respeitar.
Por mais gostosa que ela seja.
E os homens têm que entender uma coisa. Se a mulher está usando roupas "insinuantes", "provocantes", não é para vocês (homens) ficarem babando. Acreditem. Já pensaram que ela pode se sentir bem assim?
Já pensaram que ela pode estar arrumada para ir a uma festinha e não para ser sacaneada/humilhada na sala de aula.
E professores, por favor, vocês estão na sala de aula para ensinar. A única coisa que @s alun@s querem receber de vocês é a matéria.

Stefano disse...

Apenas respondendo a pergunta do seu texto (mesmo que tenha sido retórica): não. Não é necessário que sejam mascus para reproduzir este tipo de pensamento machista repulsivo. Aliás, não é nem mesmo necessário que sejam homens para isso.

Annah disse...

Niemi: a primeira pessoa a desenvolver programas de computador foi uma mulher. Procura no google sobre Ada Lovelace. :)

Juliana disse...

veja só quantos casos de professores com alunas e nenhuma citação sobre relações ou assédio de professoras e alunos. nojinho.

Relicário disse...

Ahh só pra constar, durante o meu curso tive professores maravilhosos também, nem todos eram descarados.
Me lembro de pelo menos quatro que se encaixavam nessa definição.
Dois deles tiveram problemas em virtude disso, um deles acabou se separando em virtude de alguns casos com alunas, uma delas fez estágio comigo e recebeu dele, que na época era juiz, além da nota máxima na banca na avaliação da monografia, R$ 1.500,00 de presente de formatura.

@TonyTemaki disse...

Olá Lola,

Eu terminei meu curso de Letras Habilitação em Língua Inglesa recentemente. Eu tive muita sorte por que o ambiente da faculdade era muito bom, tínhamos o total apoio de professores.

A questão do gênero sempre foi abordada em sala de aula, nossos professores sempre ressaltaram a importância de nos darmos respeito e respeitar nossos alunos. Nossa turma era composta da maior parte de mulheres, de homens eramos apenas três.

Passar quatro anos estudando com mulheres foi muito bom, uma vez que pude conviver, entender e principalmente aprender muita coisa.

Sempre tivemos respeito mútuo e os professores sempre salientavam a importância de mostrarmos aos nossos alunos que somos pessoas de respeito. Fico muito feliz de dizer que nunca ouvi falar de casos de assédio dentro da nossa faculdade (infelizmente sabemos que existe em muitos locais de trabalho).

Estagiei dentro da Universidade por dois anos, e sempre tentei manter um clima de amizade e respeito durante minhas aulas. Sempre tratei minhas alunas de forma respeitosa e igualitária.

Foi muita sorte sempre termos aulas em que os professores abordavam a relação XxY entre alunos e professores, e entre alunos e alunas.

Acho que educação é a resposta. No meu caso, fomos preparados para lidar com alunos e respeitar a todos. Mas sinto que o mesmo falta em outros cursos. Não sei se há algo parecido, mas um projeto de extensão das Universidades federais poderia levar palestras e apresentações nas mais variadas empresas.

Lilly Queers disse...

Lola, acho que não vai servir pra você,mas esses dias eu estava lembrando de quando eu estava no terceiro colegial, estudando para o vestibular que nem louca. Eu tinha umas dúvidas de geografia,e quando fui perguntá-las ao professor no intervalo da aula, ele disse que me atenderia ao final da aula. Então, sentamos na sala de aula e ele pegou meu livro para ver a resposta, e eu estava com o estojo encostado nos meus peitos, tipo deitada em cima do estojo, na carteira, sabe? daí, ao invés de ele me pedir uma caneta, ele enfiou a mão ali e pegou meu estojo, obviamente escostando nos meus seios. fiquei muito confusa e meu namorado na época me aconselhou a falar com a diretora. eu falei pra diretora, falei pra outra inspetora lá, e elas me deram a maior bronca, falaram que o professor nunca faria isso e eu tinha que parar de inventar mentiras. O professor me chamou no final de outra aula, depois que soube que eu tinha reclamado na diretoria, e me ameaçou falando que "é melhor que eu não tenha contado pra mais ninguém". eu fiquei me sentindo uma idiota e eles conseguiram fazer eu me sentir culpada, apesar de não ter feito nada de errado!
engraçado que eu lembrei disso quando estava pensando: "porque será que as mulheres violentadas sentem tanta vergonha? eu ia sentir ódio, raiva, mas não vergonha..." daí a minha consciência me lembrou desse episódio, o qual eu tinha bloqueado totalmente na minha mente. loucura, né?
muito legal que vcs vão discutir este tema, achei maravilhoso!!!

Admin disse...
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Alex disse...

Tive aula com um professor de cálculo na USP que claramente tinha critérios de avaliação diferentes para homens e mulheres. A aula era uma porcaria (o cara é uma lenda por causa das aulas ruins), na prova todo mundo colava (ele deixava colar), mas na hora de entregar as notas, as meninas sempre iam melhor.
Na prova substitutiva (para pessoas que não fizeram uma prova ou estavam abaixo da média) estavam praticamente todos os homens da turma e uma única menina que ninguém tinha visto antes. Isso em uma turma de aprox. 15 mulheres e 30 homens.

Anônimo disse...

Aronovich sua maloqueira!

Mulher bota roupa curta, mostra os peito e as coxas e vc não quer que homem olhe?


SAI FURANDO O OLHO DE TODO MUNDO ENTÃO!

Anônimo disse...

Eu curso direito numa federal e é de conhecimento geral que tem um professor (que felizmente não nos deu aula) que constrange pra valer suas alunas. Tipo: se uma sai pra ir ao banheiro, ele pede pra dar uma voltinha... Elogia quando uma vai bem arrumada e diz que as outras deviam seguir o exemplo.

Quanto ao vestuário adequando numa faculdade, não sou do estilo puritana. Faculdade é um local plural, não precisa ir todo mundo formal e tudo. Eu mesma uso chinelo, bermuda, regata e tals. Mas algumas meninas avacalham. Vão com shorts que mostram parte do bumbum, decotes impossíveis de passarem despercebidos e se sentam como se tivessem no sofá de casa. Quer dizer.... Não culpo a vítima de jeito nenhum, mas também não vou achar um crime se um professor der uma olhada né? ninguém tá se escondendo, exatamente.

Anônimo disse...

Isso ai Mariana!

Vc é a feminazi mais sensata dessa budega de blog.

Lord Anderson disse...

Bem, numa faculdade as alunas costumam ser maiores de idade, então não chega a ser nenhum grande problema se elas escolhem sair com professores.

As unicas coisas que não pode mesmo é levar o relacionamento para dentro da sala de aula e claro chantagem, com professor persegundo alunos que não aceitam o assedio.

Nesses casos tem que denunciar mesmo.

Sara disse...

Bom Lola faz muiiiiito tempo que eu já sai da escola, mas nunca vou me esquecer de um professor no segundo grau, que era um padre e dava aulas de OSPB, duvido que alguém lembre o que seja, mas era ORGANIZAÇÃO SOCIAL POLITICA BRASILEIRA.
Ele para repreender umas garotas que estavam conversando em sala de aula, note-se que as classes eram mistas, ele simplesmente disse para todas as alunas, que elas só estavam ali para no futuro entrarem em alguma faculdade para arrumarem um marido.
Isso já faz muito tempo, mas lembro que ficou um silencio cheio de revolta entre nós as alunas.

tati fadel disse...

sou professora de Ensino Médio e pré vestibulares, em Campinas. Tenho dois registros a fazer:
1. Quase não há professoras nesses segmentos. De um corpo docente de mais de 50 professores, há menos de 10 mulheres. No cursinho, esse número se reduz a apenas 2. Observe-se que são os segmentos que pagam mais (bem mais, aliás e infelizmente)
2. os professores ainda têm o péssimo hábito de fazerem piadas machistas e homofóbicas em aula. O interessante é que cada vez menos alunos, inclusive garotos, têm achado graça nisso. Algumas meninas têm se queixado e tomado atitudes como se levantarem e saírem da aula.
Salas de professores dessas escolas particulares são os lugares mais deprimentes do mundo. Os machos alfa costumam comentar descaradamente que meninas eles comeriam. Muitos deles são casados (longe de mim o moralismo ou o discurso da fidelidade, mas é nauseante ver adultos comentando coxas e peitos de meninas de 15 anos. Percebo uma tendência muito leve ainda de as diretorias punirem ações desse tipo. Caem sempre no discurso de que é uma brincadeira, uma piada, e que as meninas são neuróticas e os professores só estão querendo descontrair a aula. Já está mais que na hora das questões de gênero começarem a aparecer nos debates pedagógicos.
(mais um registro, dessa vez bacana: tenho usado seus textos como fonte de discussão e propostas de redação, e foi notável a mudança na postura de meninos e meninas ao perceberem os mecanismos de opressão de gênero. Tenho que te agradecer por isso. Várias alunas (essas de 15 anos) têm sistematicamente lido o blog, e postado links no facebook - acho que é assim que começa, né?

Ju Paiva disse...
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Babi disse...

Faço sistemas para internet e um colega parecia incomodado com a presença feminina no curso. Na hora do intervalo sempre tinha uma rodinha de truco, e eu assistia os meninos jogando, ate q ele me desafiou para uma partida e eu aceitei e ganhei o jogo, "incoformado" ele dizia q eu tinha uma "alma masculina oculta", respondi a ele q eu sempre jogava truco com a minha familia. Como falava demais e estudava de menos, foi reprovado em 2 disciplinas e desistiu do curso, e eu continuo firme e forte na faculdade.

Anônimo disse...

Lord Anderson,

LEGALMENTE, qualquer pessoa com mais de 14 anos pode relacionar-se com outra (ainda que sejam maiores de idade). Havendo consentimento, não há probelma. No caso concreto, porém, claro que existem excessões.

Carol NLG disse...

Acho que basicamente todas as mulheres já ouviram essas coisas, né?

Bom, minha história se deu no curso de Direito, em Brasília. Me formei em 2008, não lembro o ano exato do caso.

Um professor de uma matéria (não vou colocar nem a matéria, tá?) tinha por hábito chamar todas as alunAs de lindas. E mais do que isso, ele efetivamente sentava-se à mesa do professor e se tocava. Acho que ninguém nunca avisou a ele que a mesa de professores da minha sala não tinha aquela madeira na frente, então a gente via tudo.

Depois ele ainda andava pela sala encostando nas meninas com a mão que tinha encostado... lá.

A primeira vez que ele me chamou de gracinha, ignorei. A vez que tentou encostar em mim com a mão nojenta, desviei. Quando ele insistiu, eu disse que me recusava a deixar que ele me tocasse.

Na aula da semana seguinte, frio matinal, fui com uma camisa de gola rolê. O sujeito tem o desparate de dizer, durante a aula, que preferia a roupa da semana anterior, essa era muito fechada. Eu dei alguma resposta igualmente tosca, do tipo que preferia que ele tivesse tanta atenção na matéria quanto nas roupas alheias.

Isso diminuiu bem o assédio (comigo, né? Com o resto das meninas continuou). Até que mais pro fim do semestre ele me chama de "gostosinha" na sala. Segundo alguns amigos, não se sabe muito bem como eu não voei no sujeito. Enfim, disse que nunca dei tais liberdades, que não admitia ser chamada assim e que me recusava a aceitar ter mais aulas com ele.

Uma certa briga se instaurou, chamei o coordenador do curso. Por sorte eu já tinha uma certa fama de "briguenta" na faculdade, e o coordenador me conhecia de recursos de questões anteriores. Fiz ele voltar à sala de aula comigo.

Por sorte, os demais alunos também falaram a meu favor, e apesar do professor insistir que era apenas 'carinhoso', a razão foi dada pra mim (o fato de que eu tinha o hábito de gravar as aulas e ameacei a faculdade de processo certamente ajudaram).

EU fui afastada das aulas, tive apenas que fazer as provas daquela matéria. O professor continuou lecionando. Outras 4 amigas que também se pronunciaram como se sentindo atacadas também foram liberadas.

O pior: que eu saiba, ele continua lecionando na faculdade. Ele é realmente antigo lá, sabe muito da matéria, e provavelmente sabe alguns podres de outras pessoas também. Mas sempre que alguém mais novo vinha me pedir dicas de professores dessa matéria, eu falo sobre a minha experiência com o sujeito.

Liana hc disse...

Legalmente, pode-se muita coisa mas moralmente é podre um professor dando em cima de alunas pior ainda se for menor de idade.

Gabriele disse...

Felizmente, nunca passei por isso (meu curso, Psicologia, tb costuma ter maioria feminina, e os poucos professores homens que tenho são gente boa), mas já ouvi várias histórias nesse sentido. Mas no Ensino Médio lembro de um professor que descaradamente privilegiava uma colega com um estilo mais... digamos... estilo "Barbie". Pra ela ele dava todas as explicações possíveis, sentava na classe e resolvia as questões do lado. Pro resto de nós era meio no "se virem". E a menina não era lá muita adepta aos estudos, ia mal em todas as outras disciplinas, faltava bastante, você fazia uma pergunta sobre a matéria e ela nunca sabia, e mesmo assim ia melhor que todo mundo na hora do boletim. Fui nutrindo muita raiva por esse professor.
Mas uma outra coisa que me incomoda... Pelo menos isso acontece na minha faculdade, que é particular. De vez em quando surgem boatos sobre alguma professora, de que ela só teria conseguido o emprego pq foi amante de alguém importante e outras abobrinhas do tipo. Isso me deixa MUITO irritada. Mesmo que o currículo da professora seja bem bom, coisas assim acabam surgindo.

elen mars disse...

isso só me aconteceu uma vez, mas eu n ligava muito ,porque ele n era asqueroso como vários homens pela ruas.
só ficava dizendo que eu era bonitinha,que era bom ter uma mulher na turma,eu era a única mulher lá.

lendo o seu post e os comentários, eu vejo q nunca percebi que mulheres tb eram perseguidas em escolas.
eu n me senti perseguida por esse professor,eu realmente n ligava nem um pouco.

o q sempre me incomodou foi os vermes na rua,q te olham como um pedaço de carne.

Vivian Galvão disse...

Eu já passei por isso, mas foi no ensino fundamental... Dei uma boa cortada no idiota, e deixei bem claro que se ele continuasse, eu o denunciaria...

O problema é que muitas vezes a denúncia não é ouvida, ou ainda a moça que passa por isso, sente até mesmo vergonha de dizer que passou!

Mas o mais triste nesses casos, é que trabalho em escola, e já ouvi muitas meninas de 9 anos pra cima, dizer que o sonho da vida delas é encontrar um homem rico para sustentá-las, ou ainda que adorariam conseguir chegar aos "finalmentes" com tal professor, para conseguir uma nota melhor! =(

Lord Anderson disse...

Marina, Liana.

Bem lembrado, legalmente é permitido sim, e nem quero que mude.

Mas numa situação em que um dos parceiros está numa posição de poder sobre o outro (como professores sobre alunos), fica mais complicado quando uma das partes é menor de idade e geralmente não tão madura.

Lord Anderson disse...

Ops.

É Mariana.

Sorry, digitei errado.

Vivian Galvão disse...

Lord Anderson, concordo com o que você disse... Também acho abominável. Mas há situações e situações.

Quando eu estava no ensino médio, estudava em escola pública, e alguns "estagiários" nos davam aula.

Tinha um professor de 19 anos, que acabou se relacionando com uma moça de 17... Ela quem começou tudo, deu em cima, insistiu, até que consegui.

Eles tinham um namoro aparentemente estável. Até que a menina apareceu grávida, 1 mês antes de completar 18... A mãe o processou por pedofilia... Dá para entender?

Tati Mosaicos disse...

Ai Lola, sou estudante de Ciências Sociais e vou te relatar um caso que não aconteceu só comigo, mas com diversas alunas dessa universidade pública que eu estudo.
Nós temos um professor de sociologia, com doutorado em Sorbonne (e aí a gente fica achando que nêgo é mais esclarecido que os outros...)e todas as alunas que vão fazer matéria com ele (que é obrigatória) já vão preparadas pq sabem que vão sofrer algum tipo de assédio.
Eu tive que ouvir ele me propor na frente da sala toda que seria ótimo nos mudarmos o status da nossa relação (de professoar/aluna para outra coisa) para que pudesse tocar meus seios e me deitar na mesa dele para fazer sexo comigo. Eu quase fui reprovada por frequência pq não queria ir mais às aulas depois disso. Minha amiga teve que ouvir ele falar da tatuagem dela, outra teve que ouvir sobre suas pernas... e é assim todo semestre, com todas as alunas... vc não pode chegar atrasada pq ele pára a aula para olhar para a sua bunda!!! é o extremo da falta de respeito
Uma professora feminista muito querida chegou a fazer uma representação formal (com o apoio das alunas e dos alunos) contra esse professor, exigindo que alguma medida punitiva fosse tomada... eu fiz matéria com ele há 04 anos e ele tá lá do mesmo jeito, tratando as alunas da mesma forma até hj e ninguém faz nada.

Starsmore disse...

Professor tem que ser exemplo de ética, então, mesmo que a comentarista tivesse dito que deu em cima do professor, era obrigação dele saber separar as coisas.

Ter posição de poder exige responsabilidades. (Homem-Aranha Oi)

Lord Anderson disse...

Vivian

Bem, ai concordo que é uma situação totalmente diferente.

E seria um problema se o namoro interferi-se com as aulas, seja com ela sendo tratada melhor ou pior que os outros.

Gravidez indesejada é um problema, mas não um crime.

E como a denuncia de pedofilia foi aceita?

tem policial que mal conhece a lei.

VBN disse...

@Carol, acho que até sei de quem você está falando. Se for quem eu estou pensando, ele é um idiota clássico. Me formei em Direito em 2003, mas uma conhecida que se formou anos antes já contava desse idiota.
Por sorte não tive aula com ele.
Off-Topic: Quando era mais nova, o pai de uma amiga fez uma série de "carinhos inapropriados" em mim (vamos chamar assim, fica mais bonito) quando estávamos sozinhos. Eu era boba, achava que era coisa da minha cabeça, etc. Quando resolvi enfrentar e dizer que não gostava (depois de muito pensar e ver que a culpa NÃO era minha), perdi a amiga.
E, sem testemunhas, como provar a minha palavra vs a dele? Eu, ainda adolescente, entrando na vida adulta e ele um senhor importante, reconhecido na sociedade, rico, etc?
Em tempo... Nunca usei roupas coladas, curtas, etc, nem nunca dei abertura a esse safado. Então nem venham me falar que "dei brecha" ou algo do gênero.

VBN disse...

E ainda que eu estivesse, digamos, na casa dele, tomando banho de sol, usando biquini (não estava em NENHUMA das ocasiões), não daria o direito dele me tocar como me tocou.

Anônimo disse...

Rá!!!! viram!?

DEPOIS DIZEM QUE MULHER NÃO É UM BICHO VIRULENTO

A menina da em cima do cara, o mangina tonto começa a namorar, engravida a vadia e depois a mãe poe o cara na cadea!

Aposto que AINDA PEDIU PENSÃO!!!!

lOLA ENSINANDO TUDO QUE É ERRADO

GAstei ja minha cota de 3 comentarios vlw?

VBN disse...

Engraçado esse povo que acha que gravidez é culpa única e exclusiva da mulher. Camisinha, oi??

E pensão é para a CRIANÇA, meu povo (leia-se @Sr Dig Din). Tava lá pra fazer, não tava? Tava na hora do bônus, tem que arcar com o ônus.

Carol NLG disse...

VBN respondeu antes de mim!

Como assim reclamar que veio "pedir pensão"?? A pensão é pra CRIANÇA. É direito da criança, não é da mãe pra ela decidir se quer ou não.

Além disso, em geral em relacionamentos com pessoas "mais velhas" é o cara que não quer usar camisinha. E a culpa de engravidar é da mulher? Eu crente que metade da carga genética vinha do homem, olha que coisa...

Lord Anderson disse...

Opa, Menino Ding, só vai fazer 3 coments por dia?

ainda é muito, mas ja é um começo.

Lívia Pinheiro disse...

Eu já ouvi de amigas histórias escrotésimas de assédio de professor e orientador (áreas: biologia, física e matemática). Eu provavelmente sou autista demais para sequer notar se algo parecido, mas mais sutil, ocorreu comigo, mas acredito que não.

Mas na quinta série o professor de geografia me chamou para sair repetidas vezes. Fiquei puta da vida e juntei coragem para falar para os meus pais, que nem lembro o que disseram, provavelmente que eu estava exagerando e queria atenção...

Anônimo disse...

Rá!! olha meus argumentos fatais desestabilizando as feminazi!!!

"u crente que metade da carga genética vinha do homem, olha que coisa..."

Então a mulher deveria pagar 50% do valor da pensão para o homem tb! oras!

Pensam pra criança?

quem fica com todo dinheiro é sempre a mãe, criança nunca vê a cor do dinheiro não, maioria gasta com produto de beleza, FATO

Camisinha oi? Anti concepcional Tchau?

VC'S PEDEM PRA SER ESCURRAÇADAS!!

Lívia Pinheiro disse...

Ah, faltou dizer que alguns anos depois esse mesmo professor foi expulso da escola no chute, não sei o que aconteceu. Também não sei se o porco foi preso, espero que tenha sido e que tenha e que tenha literalmente apodrecido na cadeia.

Clarice Macieira disse...

Lola,

Sempre acompanho o blog mas nunca comentei aqui.Acho que está na hora de botar a boca no trombone falar, opinar, discutir, de minha parte.Essa vontade de comentar vem mais forte agora, pois estou realizando um trabalho para minha formatura em Teatro que discute as relações de gênero, então vamos lá.
Eu estudava Letras e Teatro, mas logo optei por me formar somente em Teatro. Na faculdade de Letras eu tive um professor que dava em cima de todas as garotas "novinhas".Era o primeiro período, e eu tinha 18 anos. Durante as aulas ele sempre estava lá...me olhando, puxando conversa, fazendo brincadeirinhas. Até que um dia, o último dia de aula antes das férias, eu fui me despedir de todos os professores ( os que eu gostava mais eu abracei cordialmente). No caso deste dito cujo eu dei um "tchau" de longe. Não satisfeito com os assédios ao longo de anos ( a fama dele é grande na faculdade, não sei como ninguém denunciou ainda) e ao longo do semestre comigo, ele veio, me puxou, deu um abraço e um beijo (!!!!!!!) e me chamou de "princesa". Ódio mortal. Como é que ele tem a liberdade de me chamar assim? Como se ele fosse o máximo, irrecusável. E mesmo que fosse um galã não é essa a atitude que eu espero de um professor ( nem de qualquer pessoas, aliás), visto que eu não dei sinal nenhum de interesse. É isso.
Achei ótimo isso da gente poder contar histórias ( e são muitas, não é mesmo?)! Abraços!

Clarice

Liana hc disse...

olha, não entendi bem essa história de "muitas" crianças acima de 8 anos dizendo que querem dar uma trepadinha com o professor para serem beneficiadas na escola. Sou voluntária em duas instituições, uma delas é com vítimas de violência, inclusive pedofilia, são crianças já bem sexualizadas e com uma visão muito distorcida da vida e nunca, repito, nunca vi nenhuma aos 8 anos dizer que se prostituiria por nota. As únicas exceções que já vi, e que não são atendidas ali, são aquelas que são usuárias de drogas e fazem isso para sustentarem vício. Agora, imaginar "muitas" crianças que sequer pensariam em fazer algo do tipo é completamente absurdo.

e outra, o crime de pedofilia não existe, é de estupro de vulnerável e nem sei se isso seria levado a sério com alguém maior de 17 anos numa relação consentida.

Elisa Maia disse...

Eu cursei Pedagogia e tive vários professores homens, mas nunca tive problemas com nenhum.
Agora, quando eu tinha 9 anos, um professor de Educação Física me deu meu primeiro beijo na boca -- roubado, lógico, e foi tão rápido, e tão no meio da aula, que eu não entendi nada na hora. Fiquei morrendo de nojo depois. Esse professor não durou muito na minha escola, parece que mandaram ele embora por ter ficado com uma garota de 13 anos.

Anônimo disse...

Lola, sou estudante universitária da UEPB. Um dos meus professores ofereceu uma bolsa pibic para uma aluna que ele descaradamente “dava em cima”. Ela recusou então ele ofereceu a mim, eu aceitei. Após os tramites legais realizados ele passou a dizer que eu seria sua escrava, que tinha 20h semanais exclusivas para ele, passou a falar que queria que eu terminasse com meu namorado... Eu não “dei corda” as investidas dele e terminei por sofrer perseguição. Ele abandonou a orientação do projeto, pediu o cancelamento da minha bolsa e a devolução da quantia que já tinha recebido. Ao fazer minha defesa dentro na pro-reitoria da Universidade e contar o que realmente houve, preferiram “abafar” o caso e apenas me retirar do projeto, sem a devolução do que recebi, pois provei que trabalhei e que ele é quem havia abandonado a minha orientação. É deprimente que as seleções para bolsa de iniciação cientifica não sejam feitas obrigatoriamente por avaliações e sim por indicações, pois é mais um espaço para coisas desse tipo.

Carol NLG disse...

Eu devia lembrar de não alimentar os trolls... Devia, juro. Mas é um tema que muita gente desconhece, então vamos lá.

Menino DigDin: o valor da pensão é estipular segundo dois parâmetros (me avise se alguma palavra estiver grande demais pra você, tá?). O primeiro é a capacidade de cada um dos pais em sustentar o filho. Ou seja, quem ganha mais deve sustentar mais, proporcionalmente. O segundo parâmetro é, adivinhe: igualdade. O ideal é que os pais sustentem o filho por igual.

Por isso, quando um dos pais fica com a guarda exclusiva, o outro paga pensão PRA CRIANÇA. Pra pagar a sua parte do sustento. A mãe não pagaria pro pai porque É PRA CRIANÇA.

Hoje tem aumentado bastante os casos em que a guarda fica com o pai. Nesses casos, a mãe é que paga pensão. Cerca de 8% das guardas têm sido dadas exclusivamente aos PAIS no DF (dado de 2008, hoje em dia já deve ser mais).

Joana disse...

Eu tenho uma experiência de um bom professor do ensino médio.
Nesse caso, ele agiu mesmo de maneira bem correta.
Ele era um cara relativamente jovem e bonito, o que fazia com que várias alunas rissem pra ele e meio que dessem bola.
Ele sempre foi super respeitoso, e sempre meio que mandou as meninas embora, quando elas ficavam sentando na mesa dele e tudo.
Acho que adolescente não tem muita maturidade pra saber o que está fazendo e algumas das meninas queriam uma atenção especial.
Mas ele, como uma pessoa íntegra, fazia o papel de pessoa mais velha e não usava seu poder de professor pra assediar as meninas.
Acho que no fundo é isso mesmo.. mesmo que a menina de 14 anos esteja "dando mole", é dever do professor ou pessoa mais velha de cortar isso.
Afinal de contas, o professor é que é o adulto responsável e deve zelar pelo bem estar da criança ou adolescente.
E fazer sexo com uma aluna não é zelar pelo bem estar dela.

Kinna disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Juliana disse...

Lola, estudei durante o ensino médio em uma escola particular de elite, cuja mensalidade era muito cara, para você ter uma ideia meu pai continuava pagando um ano após eu ter me formado.

Enfim, lá tinha um professor de filosofia que dava em cima de todas as meninas (sim, pois éramos menores de idade). Quando eu ia tirar dúvidas com ele, ficava constrangida, pois ele não parava de olhar para meus seios. Na época, achávamos graça, éramos jovens e não entedíamos propriamente a gravidade da situação. Ele sempre se oferecia para dar carona para as meninas, perguntava coisas íntimas, se tínhamos namorado, se depilávamos as pernas com cera, se pintávamos os cabelos, coisas assim. Ele também tinha o costume de trazer a Revista Playboy nas aulas, todos achavam muita graça nas explicações que ele dava, tentando mostrar como aquilo se encaixava perfeitamente na matéria estudada.

Já na graduação em Letras, na USP, havia (creio que ainda há) um professor na área de inglês que claramente escolhia favoritas e dava em cima das garotas. Ele não era brasileiro, então cumpria o esteriótipo do estrangeiro que fica maravilhado com a beleza da mulher brasileira, fazia questão de mostrar que era esse mesmo caso. Já vi ele chamando aluna para sentar ao lado dele na sala, para ler os textos em voz alta ele sempre escolhia a mesma, e quando essa menina entrava na sala ele encarava sem pudor. Havia um biotipo preferido, todo mundo comentava que adorava mulatas e japonesas. Mas também ficava de olho em outras garotas, era revoltante.

Cerize disse...

Oi Lola!

Terminei o curso de Química em 2004 e no último ano tivemos um professor que além de péssimo ensinando química ainda fazia piadas sobre sexo o tempo todo durante a aula. Pra algumas alunas ele fez comentários que eu tenho até vergonha de escrever, comentários sobre o corpo e perguntas sobre a vida sexual. Lembro que fizemos um abaixo assinado e mandamos pra chefe da área de exatas e naturais. Pouco tempo depois ele foi demitido. Acho que só conseguimos isso porque ele era professor colaborador. Mesmo assim vários professores criticaram nossa atitude, com desculpas de que deveriamos ter tentado resolver o assunto primeiro no departamento. Bem, tenho certeza que queriam que fizessemos isso pra arrumarem um jeito de livrar a cara dele. A prova de que fizemos a coisa certa foi que depois esse professor foi dar aula no ensino médio, por coincidência pro meu irmão, que me contou que o comportamento dele foi o mesmo com as meninas da turma. No final foi demitido desse colégio também. Mas foi um caso bem extremo, infelizmente na maioria das vezes nenhuma atitude é tomada.

Lord Anderson disse...

Opa. ja passou sua cota.

Julian disse...

E o assédio das professoras mulheres, tambem serve ?

Raquel disse...

Olás,

Já aconteceu comigo no cursinho pré-vestibular. Um professor de inglês (que saia com as alunas nas baladas e era conhecido por "pegar todas") tinha o costume de jogar balas pros alunos que acertavam as respostas. Em uma questão, calhou de eu acertar, apesar de não participar mto da aula dele... ele jogou a bala dentro da minha blusa... perguntou pra sala toda se queria que ele pegasse pra mim, no meio da aula...

enfim... bastante nojento, mas sempre fui muito tímida e como toda a sala riu (cerca de 150 alunos) não soube como responder...

Esse mesmo professor ao invés de dar aula de inglês fazia "entrevistas" com os alunos (a maioria alunas, mas as vezes envolvia os garotos tbm) pra saber suas preferências sexuais, se estava ficando com alguém...
Uma vez a sala fez pressão pra ele me "entrevistar" porque eu era muito tímida e ninguém me conhecia, foi horrível, obviamente, eu não respondi nenhuma das perguntas mas fiquei muito nervosa...
as perguntas iam desde como foi minha primeira vez até o numero do sutiã...
o professor que mais lembro é esse... mas na faculdade (história) a coisa também é feia, tive um professor muito machista que ao invés de dar aula sobre história medieval, ficava falando sobre futebol e na sua primeira aula lançou o que ele chamou de desafio, a menina que explicasse a regra do impedimento tiraria 10 na matéria.... um nojento...

VBN disse...

As lutas das mulheres continuam. É impressionante. Na época da minha mãe (que hoje tem pós em estatística e mestrado em engenharia e é reconhecida na sua profissão), o problema era a mulher "se meter" em profissões "masculinas" (oi?), como a que ela cursou (geologia), engenharia, matemática, exatas em geral.

Mulher tinha que fazer enfermagem, pedagogia, letras, talvez arquitetura, direito, medicina. Humanas, de preferência.

Passaram-se 30 anos e, aparentemente, não importa qual profissão a mulher escolha, sempre há um babão para dar em cima.

É o machismo correndo solto.

A história do professor que a Carol contou, se não é o professor que já ouvi falar, é outro dentre tantos, na capital do país.

A minha "sorte" (sorte?) é que nenhum desses idiotas que deram em cima de mim me perseguiram depois de eu dar uma cortada.

O professor de direito penal (que me convidou para sentar no seu colo) eu comecei a evitar as aulas e estudar em casa (ele não fazia chamada). Até hoje tenho orgulho da resposta que dei: "não, professor, obrigada. Há várias cadeiras livres na sala." Claro que ele insistiu e eu mantive o "não, obrigada." Como tinha outras pessoas na sala, sabia que ele não ia mais insistir e pronto.

Mas, enfim. Já ouvi histórias de terror e, em Brasília, um professor universitário matou uma aluna após ter um relacionamento com ela. Então, acho que tive sorte mesmo.

Claro que estão tentando destruir a imagem da vítima, dizendo que ela era uma vagabunda, etc e que o "coitadinho" estava apaixonado, cego de amor.

Quem ama não mata. Simples assim.

Kinna disse...

Nossa, eu adorei esse post. E há tempos penso em escrever algo sobre esse assédio em sala de aula, mas nunca tinha conseguido organizar meus pensamentos para isso. Concordo muito com a Starsmore, em relação de poder (professor-aluno), deve-se ter muita ética e se manter uma postura profissional. Em sala de aula, a conduta do professor deve ser solidamente respeitável. Porra, porque é o emprego dele, ele tem vínculo empregatício ali. As alunas estão como estudantes, não tem nada a perder, pra maioria é só uma curtição flertar com professor, pra dar mais graça de ir na aula...claro que tem as que dão em cima, mas ainda assim acho que a postura correta é não dar trela em sala de aula. Fora de sala de aula é outra história (se a aluna realmente quiser, claro e tiver idade suficiente para isso). Acho mesmo ridículo professor tentando dar uma de moderninho, falando palavrão, colocando pé na cadeira e contando para os alunOs quem ele comeria....tem um professor assim lá na minha faculdade. E olha que ele é recém-aprovado no concurso. Deu aula pra gente no último ano. Só tinha decorado o nome dos alunos homens e dá em cima descaradamente das alunas mulheres. E isso porque faço Psicologia numa Federal em SP. É muito tosco. Vontade de vomitar.

Jaqueline disse...

Lola,

Estudei na Universidade de Brasília. Logo no primeiro semestre, passei por uma situação constrangedora. Havia um professor no Instituto de Letras que era bem folgadinho e dava em cima de várias alunas. Eu tinha 15 anos na época, e era a mais nova da turma. Certo dia, estávamos em sala fazendo trabalho em grupo e os colegas começaram a brincar me dando apelidos por causa da minha pouca idade. De repente, o professor se aproximou e disse: “O apelido dela tem que ser gogo. Gogo de gostosa.” Fiquei em silêncio, não consegui acreditar que ele tinha dito aquilo. No dia seguinte, ele veio me pedir desculpas. Reclamamos no Instituto e em uma discussão em sala de aula eu e outras alunas exigimos mais respeito da parte dele. No final do semestre, metade da turma foi reprovada, pois o ogro ficou chateadinho.

Drica Leal disse...

Lola, acho podre qualquer situação onde alguém se aproveita da superioridade hierárquica para assediar os outros. Porém, gostaria de frisar também o comportamento de algumas alunas que ficam de "nhenhenhém" com os professores para conseguir favorecimentos. Presenciei vários casos de bons alun@s serem injustiçados nas avaliações enquanto certas alunas que ficam de charminho e puxas-saquismo com o professor acabam sendo favorecidas. E nesses casos que eu presenciei, honestamente, eu não vi assédio por parte dos professores na sala de aula, as meninas é que ficavam de conversa mole com deles e bajulando. O erro do professor está na injustiça com os demais alun@s que não fazem essa linha sempre ficam com nota abaixo das bajuladoras mesmo quando fazendo provas ou trabalhos claramente melhores.

Anônimo disse...

Mascus de plantão: É muito engraçadinho vcs lerem o blog TODOS os dias. Falem a verdade, vcs ADORAM a Lola, é a razão de vossas existências.
Abraço a tod@s.

Kinna disse...

P.S.: Ahhh e esse mesmo professor que eu tô falando, quando dava aula sobre crime passional falava que era "o lado negro do amor". Ridículo. Também acho que quem ama não mata.

Priscila Franco Saraiva disse...

Já passei situações tanto de assédio como de humilhação.
Minha 1a graduação (graças a D'us interrompida por uma gravidez!!) se passou num internato cristão, onde eu não me "adequava aos valores" da Faculdade (tais como: roupa curta, jóias, 'vocabulario não cristão' etc).
Sucedeu que comecei a namorar um rapaz , filho de pastor , muito bonito e excelente pianista (o que num mundo de 1500 pessoas o punha em evidencia em concertos ou acompanhando o coro da igreja - só um adendo : hoje, este rapaz se assumiu gay!) e após uma prova e História da Música, como havia terminado, me retirei da sala.
O professor (um escroto que vivia querendo dar lições de moral inclusive quando eu u auxiliava no coral com pronuncia em linguas estrangeira (falo fluentemente 8 idiomas) e ele que mal falava inglês tentava me humilhar dizendo que "eu não deveria dar pitaco sobre o que eu não conhecia".) perguntou ao rapaz na frente da sala toda (fui a 1a a sair, logo, todos os meus colegas estavam lá)
- Escuta, você tem certeza que está mesmo namorando essa menina (eu.)?
- Estou sim professor! E ela viaja comigo para o Paraná e depois para o Recife para conhecer minha família hoje mesmo.
- Hmmmm... que mal gosto! Você arranja coisa melhor! Do mais fique atento; essa menina é bem "voluptosa", lembre-se de D'us (eles pregam esperar o casamento para transar ... pfff)
Alguns colegas de classe soltaram bem baixo uns "cala a boca professor" ou caras feias em repudio. Do mais, via-se que o professor devia sentir alguma atração por mim já que me chamou de "voluptosa". Quem o conhece tem algumas duvidas sobre sua sexualidade também.

Lord Anderson disse...

JUlian

Acho que vale, embora parecer ser menos comum (ou pelo menos não tão denunciado).

Mesmo no caso de denuncias que vão parar nas manchetes de jornais, o numero de mulheres que aparecem como abusadores diretas é bem menor.

betatron disse...

Olá Lola,

No 1º ano do meu ensino médio, escola particular, me recordo de um professor de matemática, ele era um clichê vivo. Ele era um tipo nervoso, tinha a compleição física de um boxeador e uma cara de buldogue, que exibia enquanto estávamos fazendo provas. Só o via sorrir quando alguma aluna bonita ia até ele esclarecer alguma questão ou entregar a prova. E ele sempre as secava longamente.

Hoje sou professor do ensino fundamental II, no interior, atendo comunidades ribeirinhas. Vivo em uma cultura diferente dessa em que cresci.

As alunas adolescentes, dos 11 aos 17 anos, se insinuam e flertam com os professores. Não todas elas claro, mas um número considerável. Atualmente, na comunidade onde trabalho a mais tempo, como nunca dei brecha, ocorrem apenas coisas leves como uma ou outra fala sussurrada que não nem chega a incomodar. Mas recebi ofertas bem diretas de sexo e também fui apalpado por uma aluna ano passado, enquanto ia de uma sala para a outra.

Sou casado, ano passado era noivo, e nunca escondi esse fato da comunidade. Porém, meu status afetivo nunca impediu o assédio das meninas mais novas. Aliás, na própria comunidade, pessoas mais velhas achavam estranho eu nunca ter me envolvido com alguma aluna e mesmo assim continuar voltando para dar aulas. Como se minha presença na comunidade dependesse de algum laço afetivo sexual com alguém de lá.

Existem particularidades sócio-antropológicas envolvidas nos locais onde trabalho, porém ouço relatos de adolescentes que dão ostensivamente em cima, se não de professores, de homens com cargos importantes, casados ou não. Em um caso que conheço a moça chegou a ficar nua no escritório do diretor de um colégio, casado, se esforçando ao máximo para que ele se envolvesse com ela. o Que não aconteceu. Mas ninguém é um poço de virtude o tempo inteiro e com certeza outros indivíduos cedem á "tentação" por muito menos.

Já no caso da faculdade, me recordo de um caso que foi abafado pela própria vítima, que preferiu não alardear a situação. Ela é uma moça muito bonita e quase não conseguiu entrar no mestrado por conta disso. O problema foi que a namorada da orientadora dela, era chefe do departamento de pós graduação em uma Universidade Federal, e teve uma crise de ciúmes acreditando que minha amiga e a orientadora dela estavam tendo um caso. Minha amiga é casada. Felizmente a situação se reverteu, porém quando eu falei que caso ela fosse reprovada buscasse a justiça, ela achava que não valia a pena ia ser muito desgaste na carreira acadêmica dela.

Imagino quantas mulheres passaram por situações semelhantes e preferiram se calar, pra não entrar em conflito com a instituição de ensino ou pela vergonha que isso causaria. Suponho que essa lógica de não falar seja semelhante a das vítimas de violência sexual.

Infelizmente para quase a totalidade das pessoas, violência sexual não inclui assédio verbal que vemos nas escolas na boca de alunos e professores.

Lord Anderson disse...

"dossie dig din de taticas mortais de contra argumentação avançada."

hum, vou ser chamado de gordo, feio, bobo.

que medo.

VBN disse...

@Julian,
Acho que serve o assédio das professoras mulheres sim.
Tem história pra contar?
Acho que a questão maior é o título do post. Não importa se você é homem ou mulher.
Conheço homens que foram discriminados por fazer cursos "de bicha" (ou de mulher), como arquitetura, letras, etc. E eles também tem histórias para contar.
O assédio (me corrijam se estiver enganada) é aquela situação que vem de cima para baixo, ou seja, é uma pessoa que é hierarquicamente superior a outra e usa disso para obter vantagens. Ou para humilhar (caso de assédio moral). A discriminação é entre "iguais" (pessoas na mesma hierarquia - ou bullying).

Um pouco off, mas continuando na esteira do assédio moral: Fui vítima de assédio moral (eu e todas as mulheres que trabalhavam comigo) na primeira empresa onde trabalhei. 6 anos depois, as mulheres que continuam lá, exercem ainda a mesma função enquanto TODOS os homens estão em cargos melhores.
Bem, isso fora a humilhação do dia-a-dia.
Detalhe: a nossa chefe era mulher. E era ela quem nos humilhava.
Hoje, graças a minha perseverança, sou concursada e, em um mês, recebo o que ganhei lá em um ano.
E a chefe foi demitida após a empresa perder na justiça alguns casos de dano moral.

Quanto à discriminação na sala de aula, entendo que é aquela entre seus pares. É o bullying na vida adulta. Aí pode ocorrer qualquer coisa. Casos como o da Geisy Arruda, por exemplo e outras tantas situações.

Anônimo disse...

Devo confessar que estou chocada com esses comentários - Nunca imaginei que assédio em sala de aula ocorresse TANTO, e esses professores fossem tão baixo nível.

Eu nunca sofri assédio em sala (pelo menos, eu acho). Na escola, a maioria era de professoras, e os homens, apesar de fazerem algumas piadinhas machistas de vez em quando, nunca desrespeitaram ninguém. Mas eu me lembro que, durante o Ensino Médio, meu professor de Inglês ligou para a minha casa dizendo que ia formar uma turma especial de aula de conversação e me chamou para participar. Eu recusei (não tinha tempo para aula extra), achei estranho, e minha mãe ficou em fúria. Disse que ele estava me assediando, que ele tinha essa fama, e tal. Desde então, eu fiquei desconfiada, prestei mais atenção percebi que ele favorecia mesmo as meninas em certas coisas, e isso me deu nojo. Eu passei de melhor aluna da turma a "aluna-nem-aí", e ele começou a me dar notas menores nas provas, mas eu não me dei mal por isso. Eu fazia curso particular de Inglês, então ele não conseguiu me prejudicar nas notas, ainda bem.


Outra situação: eu tinha um professor de química bastante jovem, que às vezes saía com um pessoal da minha sala. Depois de um tempo, ele começou a favorecer um grupo de meninas da turma, e elas aproveitavam, jogavam charme. Um dia esse professor estava aplicando um simulado na nossa sala e falou algumas respostas para essas garotas - meio escondido, mas eu e outros alunos vimos, mas ninguém fez nada, afinal, nossa escola era famosa por ignorar qualquer apelo dos alunos.

Na faculdade eu nunca fui assediada. Comigo acontece exatamente o oposto: sou completamente ignorada por colegas e professores. Estudo Engenharia de Computação, e, por estar em um curso tipicamente "masculino", eu (e minhas colegas também) sou considerada inferior. Geralmente, os professores só nos enxergam depois que tiramos notas boas. Costumo passar pelos professores nos corredores dos prédios e não receber resposta quando cumprimento, mas isso é o de menos.

Nunca vou esquecer o dia em que eu e minhas amigas entregamos um trabalho para um professor e ele perguntou: "Mas como foi que vocês fizeram? Acharam pronto na Internet, pegaram com os meninos da outra turma?" - Claro, né? Porque mulher não tem competência para fazer qualquer coisa. ¬¬

Anônimo disse...

O caso Geisy Arruda não é bullyng. Nem discriminação entre adultos em sala de aula. Geisy Arruda foi a ponta do iceberg da questão da misoginia brasileira. Discriminações entre adultos tb podem ser consideradas como entre opressores e oprimidos, no caso de misoginia, homofobia, racismo, preconceito em relação a deficiências, classe social... Bullyng é muito específico em escolas e até a adolescência, mas não deixa de ser reflexo dos problemas sociais.
Abraço a tod@s.

Liana hc disse...

sobre essas adolescentes que dão em cima de professores, eu já vi algumas colegas minhas no colégio fazendo isso, umas por carência nutrindo paixonites, outras por serem muito sexualizadas e já vi também aquelas que faziam isso como uma forma de hierarquia entre elas mesmas, para ver quem se tornaria a preferida do professor. só que neste caso era uma questão de poder entre as garotas, o sujeito nem interessava realmente, que nem filhos disputando a atenção dos pais.

eu acho importante não comparar a atitude dessas garotas, que são jovens exercitando a sexualidade e muitas vezes tendo recebido uma educação bem deficiente nesse sentido, com a dos professores que já são pessoas maduras e vividas e que deveriam ter o discernimento de não darem trela para essas bobeiras de adolescentes. mas ética é algo muito em falta, né. ainda mais quando se mistura em garotas jovens, sexo, homens mais velhos e uma cultura machista.

mulheres assediando alunos, nunca vi nem escutei falar. quem tiver alguma história é só contar. eu sei de um caso de uma inspetora de colégio assediando alunos.

pensando nisso, tô aqui lembrando do comportamento super escroto de vários colegas meus, garotOs, com as professoras mais atraentes e ninguém cita isso como sendo algo que os desmereça, ao contrário de alguns aqui que se apressaram em lembrar das alunas que dão em cima dos professores homens. até nisso o machismo está presente, olha mais para um lado que para o outro.

"oh, Os professores fazem, mas As alunAs são umas putAs". será que cabe? "oh, As professorAs fazem, mas Os alunOs são uns putOs". acho que não né. esse raciocício só vale com garotinhas aprontando.

Liana hc disse...

em "mulheres assediando alunos, nunca vi nem escutei falar." quis dizer "professoras assediando.."

Koppe disse...

Eu nunca estive em universidade, mas um colega de trabalho me contou uma história sobre esse assunto dia desses. Melhor não revelar nomes, mas garanto que é verdadeira.

A filha desse colega tinha uns 12 ou 13 anos quando aconteceu. Ele comprou um computador pra ela, ela fez cadastros em redes sociais e começou a adicionar colegas e professores. Pelo que entendi, acho que o problema aconteceu mais no MSN (meu colega não entende nada de internet, não soube explicar essa parte direito).

Acontece que um desses professores já tinha mesmo fama de namorador, de dar em cima das alunas. E era o maioral entre elas, a maioria das gurias se derretia pra ele.

Ele começou a dar em cima dessa filha do meu colega, e ela não gostou. Ela tinha adicionado ele por amizade, ele adicionou com segundas e terceiras intenções. O assédio se extendeu para fora da internet. Sem saber o que fazer, ela foi lá e contou pro pai dela. Acontece que esse meu colega é ex-marginal, ele se consertou, trabalha muito e é um profissional respeitadíssimo, um dos melhores da área dele, mas já matou gente no passado.

Ele foi lá na escola, perguntou pelo professor, esperou chegar. Quando chegou, ele foi com toda a calma do mundo e perguntou "bom dia, tu é o professor fulano?". O professor tirou o capacete, respondeu "sou" e já levou uma cabeçada, seguida de um espancamento épico, do tipo que juntou uma multidão pra assistir.

As outras professoras e professores, diretora, veio todo mundo. Quando perguntaram o que aconteceu, meu colega explicou tudo, e disse que ia matar o professor se chegasse perto da filha dele de novo.

O professor foi embora e nunca mais apareceu. Sumiu da cidade e da internet e ninguém mais ouviu falar dele.

Agora vem a parte mais triste: essa filha do meu colega foi isolada pelas outras gurias da escola. Todas viraram inimigas, porque por causa dela elas perderam o professor gostosão que elas tanto gostavam.

VBN disse...

@anielarte foi um caso extremo mesmo. Aquilo ali foi uma vergonha para a humanidade como um todo. Enfim... Mas foi uma humilhação sem tamanho!

@Bizzys você descreveu a mesma humilhação vivida pela minha mãe 30 anos atrás... Veja meus posts anteriores. Impressionante. Achei que a era do "essa profissão é de homem e essa é de mulher" já tivesse acabado.

Tenho amigas engenheiras que nunca me falaram de passar por essas coisas...

Pode ser porque a turma delas era bem unida (muitos até hoje se falam quase diariamente) e os homens que cursavam com elas são seres humanos maravilhosos, que nunca aceitariam que um professor tratasse uma delas com falta de respeito. É um grupo bem agradável de pessoas que tive o prazer de conhecer e conviver.

Só para constar, já vi com meus dois olhinhos, alunas dando em cima de professores. Descaradamente. Já namorei um rapaz que é professor universitário (nos conhecemos em 2008, eu já era formada, concursada e ele tinha acabado de voltar do exterior onde fez mestrado) que tinha uma aluna que dava em cima também.

Agora, é dever do professor (ou da professora) impor limites e não assediar ninguém.

Se, depois da aula, fora do ambiente escolar, @ professor(a) quiser sair com 20 alunos, não me importo. A questão é usar o poder como forma de obter qualquer vantagem que seja. Ainda que seja um almoço no bandejão universitário com o objeto de desejo.

Não é não, meu povo.

Precisa desenhar?

Lord Anderson disse...

Menino

vc parte do presuposto que eu me ofendo com as porcarias que vc fala, ou que eu estou tentando ganhar a simpatia da Lola, ou de qualquer outra mulher aqui oq é no minimo ridiculo.

bancar o legal com pessoas que eu nem conheço pessoalmente e que estão a quilometros de distancia pra ganhar oq???

desculpe, mas não tenho essa sindrome de falta atenção para querer aparecer com o bonzinho ou pior agir como troll só para fingir que eu faço algo importante.

não me julgue com base em vc ok?

Anônimo disse...

@VBN Eu li seus comentários, pensei a mesma coisa. Infelizmente, ao contrário da sua mãe, meus colegas homens não são tão bons. Quero dizer, a maioria - existem caras muito legais na faculdade, que respeitam as pessoas, mas existem outros que simplesmente NÃO CONVERSAM com mulheres (pelo menos, as que estudam junto com eles).


Lembrei de uma outra história de faculdade: No fim do primeiro semestre, o prof. de Algoritmos entregou as provas finais e foi parabenizar meu grupo pelo esforço e pelas notas boas. E, no fim, se despediu e deu um beijo no rosto de cada uma. Eu fiquei perplexa, já que ele nunca forçou intimidade com nenhuma aluna. Hoje em dia eu rio disso, mas na época eu fiquei pensando "Credo, que nojo! Que falta de vergonha!".

Anônimo disse...

É!

MAs se IRRITAR com alguem que mora a quilometros de distancia vc se irrita ne´!?

OLHA AS EDUCAÇÃO PAJEM ANDERSON

Eduardo Marques disse...

O objetivo da mesa não é, de forma alguma, uma “caça aos bruxos”.

Com vc lá? Quero só ver!

Natty disse...

Me formei em Ciência da Computação, um curso esmagadoramente masculino. Fiz Cálculo 3 com uma turma de Engenharia de Controle e Automação, igualmente repleta de homens. Na sala éramos apenas eu e minha amiga as mulheres. O professor era um completo babaca. Na hora da chamada, falava o nome de todos, menos os nossos. Dava apenas uma olhada pra gente (ela tem o mesmo nome que eu) e marcava na chamada. Mas a gota d'água foi o dia em que saímos para ir ao banheiro durante a aula. Quando voltamos, o professos PAROU a aula e disse: "Por que vocês saem toda hora? Foram ao shopping?". Em meio às risadinhas dos demais alunos, todos homens, não me contive e peitei ele: "Você está falando isso só porque somos mulheres?". Ele ficou branco, azul, roxo... inventou desculpinhas, mas pegou muito mal pra ele. Depois desse dia parei de ir às aulas dele. Ia só pra fazer as provas e acabei reprovando na matéria. Mas pra mim, valeu a pena.

Bjinho!

Anônimo disse...

O objetivo da mesa não é, de forma alguma, uma “caça aos bruxos”.

MAS O TOM ACUSATORIO DA PALESTRA SERÁ ALGO ASSIM DO NIVEL CRUZADAS

Depois posta o video de vc ecrutachando os professores homens!

Arlequina disse...

@Raquel

Ah, acho que somos colegas de USP. ;) Eu também ia comentar sobre o caso desse professor de medieval... mas que eu me lembre o desafio do impedimento ia decidir qual dos grupos ficaria com a apresentação de um dos seminários - posso estar enganada, minha memória anda falha. Mas o lance do futebol é verdade.

No entanto, ele foi o pior dos professores que vi lá na História... posso ter dado sorte, talvez.

Pra minha sorte, só tive um professor que era cretino, no colegial. Ele foi demitido depois de chamar uma garota disléxica de burra e retardada na frente da classe.

Teresa Silva disse...

Na universidade onde eu trabalho há alguns anos teve um professor substituto que assediava as servidoras. Eu não soube se as alunas também foram assediadas, mas pelo estado priápico do homem é capaz de ter acontecido. O homem estava em um estado de priapismo que assediou até uma servidora grávida. E uma servidora que o recriminou pelo comportamento, além de ouvir como resposta que ela "estava enganada, por que ele estava apenas sendo 'simpático'", passou a ser chamada de invejosa mal-amada.

A situação se resolveu com o homem, se tocando de que não era bem-quisto nem pelos professores, se transferindo para outro campus.

Unknown disse...

Simples: Não dêem uma de Geise.

Não quer que olhem para o decote?
Não venha de decote oras bolas

Vivian Galvão disse...

Lord Anderson... A denúncia de pedofilia foi aceita e o estagiário foi mandado embora, respondeu processo, e cumpriu pena comunitária... Um absurdo duplo, pois se realmente tivesse cometido pedofilia deveria ser preso...

Vivian Galvão disse...

Sr Dig Din Reload não confunda os seres que te rodeiam com todas as outras mulheres. Homem pode andar sem camisa na rua, pq está calor. Mulher não pode usar uma blusa cavada pq é puta? Nos poupe da sua ignorância! A mulher tem que se respeitar. Isso é claro, da mesma forma que o homem. Mas roupa não determina caráter nem justifica o abuso ou assédio moral ou sexual.

Lord Anderson disse...

Caramba Vivian

que absurdo.

o sistema judiciario brasileiro é tão maluco que vc nunca sabe que leis existem e quais vão valer mesmo.

será que a opinião da moça nem foi ouvida?

Anônimo disse...

Olha Lola, decsulpe, mas vou ter que concordoar com uns comentários dos trolls.
Tbm acho que é muito fácil reclamar do professor olhar pras pernas, decote, sendo que vc está quase mostrando os seios, quase mostrando o útero mesmo. Pode ateh reclamar de assédio, dele avançar , de um olhar que constrange mesmo, mas só do cara ficar olhando? Po!Imagina se passa um cara sem camisa por vc, com aquele corpão, vc não vai olhar? Desculpa, mas isso eu acho hipocrisia!

Vivian Galvão disse...

Lord Anderson é verdade... O sistema de leis no Brasil é ridículo e absurdo! A moça foi ouvida sim, inclusive ela declarou que começou a história e que até insistiu para começar o relacionamento com o rapaz. Mas o advogado alegou que ela estava transtornada, deprimida, e iludida pelo rapaz... Lamentável! Enquanto ele pagou pena solidária, milhões de pedófilos e de professores safados continuam numa boa!

Annah disse...

@Arlequina e Raquel - então somos todas colegas? - nunca vi nada disso na faculdade, mas acho que sei quem é esse professor de medieval. Uma amiga minha falou de um cara que só falava de futebol na aula. Eu estudei com outro professor, ele não assediava ninguém, mas tinha uma atitude muito juvenil e arrogante.

Anônimo disse...

Cara, essa história de que o assédio só existe com as meninas que usam decotes, etc, é FURADA. Se isso fosse mesmo verdade, como se explicam os inúmeros casos de assédio e abuso onde as meninas estão COMPLETAMENTE vestidas? Isso é desculpinha furada para inverter os lados e jogar a culpa na mulher.
Outra coisa, mulher tem tanto direito de se refrescar quanto o homem, o problema é dela se ela estiver usando saia ou short, e não do homem-das-cavernas que se acha no direito de pegar qualquer coisa que se mova.
.
Outro argumento batido é dizer que as meninas é que provocam, vão atrás. Ora, vocês querem mesmo comparar meninas (menores de idade, imaturas para a vida) com adultos (cujo dever, além de ensinar, é zelar pela segurança dos alunos)? A adolescência é uma fase complicada, e meninas com os hormônios à flor da pele podem sentir-se atraídas por professores, o que não justifica de modo algum o assédio por parte do professor.
Algumas meninas são mais encorpadas sim, mas a cabeça é de criança. O fato de algumas serem sexualizadas não quer dizer que estejam prontas para pensar e viver o sexo como se adultas fossem. Aliás, a erotização infantil é outro problema gravíssimo, capaz de afetar negativamente essas crianças para o resto da vida.

Nina Levy disse...

Lola,
Desculpa por estar fora do tópico, mas estou passada de raiva:

O Conselho de Ética do CONAR (vejam bem, eu disse ÉTICA) falou que está tudo certo, tranquilo e maravilhoso com a propaganda da Hope, e considerou que "os estereótipos presentes na campanha são comuns à sociedade e facilmente identificados por ela, não desmerecendo a condição feminina". Oi? Aí você vai pesquisar quem são os membros desse Conselho. Preciso falar? São SOMENTE HOMENS. E aí você fica tão chocada, que pesquisa quem são os membros da Diretoria do CONAR. Preciso falar de novo? Também são SOMENTE HOMENS. Pois é, isso é bem ilustrativo, 50% da população é feminina, mas lá só homens apitam. Não se preocuparam nem em dar um carguinho pra uma mulher, nem que fosse só para fazer de conta que lá não é um antro machista. Mas não vamos dizer apenas que são homens, vamos citar os nomes mesmo:
Gilberto C. Leifert - Presidente; Geraldo Alonso Filho - 1º Vice-Presidente; Luiz Carlos Dutra Jr. - 2º Vice-Presidente; Antonio Carlos de Moura - 3º Vice-Presidente; Edney G. Narchi - VP Executivo; João Luiz Faria Netto - Diretor de Assuntos Legais; Fernando Portela - Diretor; Dorian Taterka - Diretor.
Estes são os oito omens (a ausência do H não foi erro de digitação) que dirigem e respondem pelo órgão que regulamenta e fiscaliza a propaganda no Brasil. SOMENTE HOMENS, que estão muito felizes com a sociedade machista, que garante a eles o carguinho delicioso de diretoria/ presidência, e que farão de tudo para manter o status quo. São esses seres maravilhosos que têm coragem de dizer aquela merda que coloquei entre aspas.

Sobre o tópico de hoje: Já fui assediada sim, mas no ensino médio. Por dois professores dentro de um tradicional colégio particular católico de BH. Na faculdade nunca aconteceu nada, talvez por terem mais mulheres do que homens no curso.

Koppe disse...

Agora que percebi, pelo meu comentário anterior pode ter ficado parecendo que o acontecido foi em uma universidade, mas não foi. Foi em uma escola de ensino fundamental. Só comentei que nunca estive em universidade porque vi que o assunto era mais sobre assédio em universidades, mas a única história sobre assédio de professor em aluna que conheço é essa.

Anônimo disse...

Lola tua casa ta caindo!

Até a Dayane OB ta concordando com os "trolls"

trolls= pessoas interessantes, quem conheceu um nunca mais quer saber de outra coisa.

Anônimo disse...

Nina

Que nojo! Bah, empatia zero dessa gente. Agora vamos ter que nos contentar com propagandas de mau gosto, onde a mulher só tem valor quando é propriedade do homem? E pior, isso sendo visto como eticamente correto? Uma perdição isso dai.

Vivian Galvão disse...

90% dos "marketeiros" brasileiros só sabem fazer porcaria! Campanha lixo atrás de campanha lixo...

Mas acho que pior do que a propaganda, são todas as mulheres que realmente usam apenas o corpo para conseguirem o que querem...

Anônimo disse...

Vuvian, concordo!

Arlequina disse...

@A.H.B

Pois é, acho que somos todas colegas, sim! =D

Olha, vou te dizer que quando eu li que você estudou com outro professor, com atitude arrogante e infantil... minha vontade foi de perguntar "Qual deles?".

A gente pode não ter muito problema de machismo na História [ok, repito, pelo menos não que eu tenha presenciado], mas problemas com professores arrogantes que se acham deuses...

Annah disse...

@Alerquina. Sim. Acho que a vez que mais me senti mal em relação a atitude de um professor foi recebendo uma correção de exercícios na aula de Arquelogia. Sabe aquela professora que xinga todo mundo? Então. Acabei desistindo da matéria.

mas acho que faz diferença o fato do nosso departamento ser bastante misto. Pode ver que temos quase tantas professoras quanto professores, inclusive a diretoria do curso tem bastante mulheres, não tem?
Agora, fica a questão que só tive um professor negro durante todo o curso e acho que era o único professor negro em todo o departamento.

Anônimo disse...

Blog da Lola o eterno dois pesos para duas medidas:

Mulher que usa seu corpo para conseguir vantagem = mordenex que é dona da sua "sexualidade"

Mulher que não gosta de ser secada = culpa dos homi maldito tarados

Mas ninguem fala que esses professores devem ser pobres!

pq se fosse rico, ia ter fila de alunas querendo sair com o cara

LOLA, LOLA LOLA

Lord Anderson disse...

Caracas.

Ninguem grita o nome da Lola com a intensidade do Menino Ding.

modo lider de torcida ligado a toda.


jeheheheheh

Liana hc disse...

nunca vi nenhuma das professoras "secando" alunos, muitos playboyzinhos de academia com aquela camiseta coladinha exibindo os músculos. se alguma se interessou, disfarçou muitíssimo bem pois jamais se fez notar. diga-se de passagem, a maioria das alunas também não "comiam com os olhos".

mas quando se trata de homens esse comportamento é dito "natural". e não é. da mesma forma como nem se percebe professoras fazendo isso, homens também são perfeitamente capazes de se controlarem. de resto seria a triste exceção.

para a maioria é tão difícil imaginar que homem tenha algum controle sobre o próprio globo ocular. será uma deficiência em algum músculo?

pior, para mim, é a cultura machista que possibilita tudo isso, e não as mulheres que cedem a este estado de coisas.

VBN disse...

@Bizzys é triste que isso ainda aconteça...

Anônimo disse...

Alias!

nao tive nenhum comentario deletado hj

QUE COISA!

ACHEI QUE ALGUEM TINHA ME AMEAÇADO DE CENSURA NESSE LUGAR


HUMMMMMMMMMMMMMMMM

"Ah Dig Din vc vai cansar de ser deletado, e vai sumir"

ahannnn

senta lá claudia!

Vivian Galvão disse...

Sr Dig Din Reload

Ser dona da sua sexualidade é diferente de gostar de uma campanha que insinua que o melhor jeito para as mulheres conseguirem as coisas é usando o corpo. Lamento as que também pensam assim!

Toda mulher tem o direito de não gostar de "ser secada", mas ser secada por um cara numa balada, é muito diferente de ser secada e assediada numa escola, faculdade ou afins... Vai muito mais além de "gostar" ou não!

Pobre ou rico, é errado. Não importa. E não julgue todas por uma minoria!

Agora só para descontrair... Vai procurar um psicólogo pra tratar essa sua fixação pela Lola! kkk

Su disse...

O post fez lembrar de uma séria de coisas esquecidas. Na época, nem dava muita bola.

No terceiro ano do ensino médio eu troquei de escola e cidade. Fui estudar em um colégio particular e pequeno na capital do estado. Morava com uma amiga da mesma cidade que eu. Eramos somente eu e ela que moravam sem os pais. E isso todos os professores sabiam. Uns dois, faziam graça e perguntavam das festas que supostamente teria na nossa casa. Felizmente, sempre foram só insinuações. E não eram tão seguidas...

E encontrei um desses professores na faculdade. Ele era super querido. No colégio, conversávamos sobre tudo. Futebol, política, família. Já na faculdade ele fazia piadinhas um pouco chatas. Eu ria e não dava trela. Hoje em dia, vejo que realmente alguns colegas estavam certos. Algumas meninas iam melhor nas notas. Era uma coisa nítida, que na época não percebia. Felizmente, ele nunca tentou nada além das piadas sem graça. Mas percebo, quantas alunas devem ter passado por isso e tal.

Lara disse...

Lola,
sou estudante de Direito e nunca vi nenhuma de minhas colegas ou eu sermos diminuidas em nossa inteligência por sermos mulheres, creio que talvez seja pq da minha turma é constituída por mais de 80% de mulheres e as melhores notas são as nossas, talvez por termos mais tempo para nos dedicarmos aos estudos.

Só que quanto ao assédio não posso dizer o mesmo tive dois professores que davam em cima das alunas um de forma sútil as vezes pegando em nossas mãos ou nos chamando de lindas e outro cuja fama o precedia e foi afastado do corpo docente após o pai de uma

aluna fazer uma reclamção formal, mas nessa época ele já não era meu professor então só sei por alto o que ocorreu, entretanto lembro que ele dava em cima de uma amiga, encantou-se por ela, só que não rolou nada achava aquilo muito anti-ético ela gostava então não cabia a mim reclamar.

Apesar de gostar dessa minha amiga uma coisa gostei nele em momento algum ele a favoreceu ou preteriu( tanto é que ela reprovou na matéria dele, por falta de dedicação mesmo).

Anônimo disse...

Olha,eu posso parecer machista, mas penso assim:
Lá estou eu, de mini-mini saia, decotão até o umbigo, blusinha aparecendo o piercing, macro salto alto, subindo uma escada. Tudo bem que tá calor e etc, etc,,mas eu não vejo homens indo de sunguinha, ou shortinho e sem camisa indo pra faculdade!
Me desculpem, mas eu acho que se amulher tá mostrando todo o corpo, com uma roupa vulgar, o que ela quer é ser vista!Assim como um homem!Não to defendendo ninguém, nem apredrejando ninguém, mas não concrodo com isso de ficar jogando a cuilpa nos homens tbm, assim cm não ficar jogando a culpa nas mulheres.
Eu já fui assediada, mesmo estando totalmente vestida, e não concordo de forma alguma com o assédio, nem acho que a roupa seja desculpa pra um assédio sexual,. mas eu acho de mais tbm mulheres que reclamam dos homens secando, quando elas tão mostrando tudo!
Acho que há ambiente pra tudo! Se vc for pra uma balada, vale um vestidinho, um decotão, afinal, vc tá lá pra pauqerar, atrair mesmo. Mas na faculdade???Não acho que orna bem!
Claro, obviamente que os homens exageram, mas ...DESCULPEM MAIS UMA VEZ, se uma mulher se colocar cm objeto sexual, é assim que ela será vista!Não estou falando nem, do caso da menina do comentário no post, estou falando por muitas meninas que já conheci, que iam praticamaente nuas pra escola/faculdade, e reclamavam do assédio.
(ai, vou levar pedrada!rs)

lola aronovich disse...

Gente, muitíssimo obrigada por todos os comentários. E podem continuar escrevendo, por favor, que tudo isso será muito útil na minha apresentação.


Dig Din, eu não estava deletando seus comentários porque não estava na frente do computador, ué. Mas é o seguinte – xingou ou insultou alguma leitora ou leitor, o comentário será deletado. Isso inclui chamar mulher de vadia. Guarda isso pros blogs e fóruns mascus que vc frequenta, aqueles que pensam que chamar mulheres de vadias imprestáveis não é misoginia. Me chama de balofa e ou qualquer ofensinha de 4a série, deletado tb. Começar seus coment.com “Lola, sua maloqueira”, eu não ligo. Dizer que o blog é uma droga, vá fundo. Mas se apelidar alguma leitora, o comentário é deletado. Peço também que vc restrinja seus coment.a uns 3 por dia, pois, como é público e notório que vc não tem nada a dizer, é melhor que não ocupe tanto espaço. EVITE FLOODAR, NÃO OFENDA NINGUÉM. Essas são as duas regras básicas.

blackstar disse...

Caros homens anônimos:

Há uma diferença enorme entre olhar uma mulher e ficar mencionando o quanto essa mulher é gostosa, e daí pra coisa pior, EM SALA DE AULA (caps lock para enfatizar, não estou gritando :p), e desprezar a capacidade intelectual da mulher pela ropa que ela usa.

Tem lugar para passar cantada em mulheres (bares, baladas, etc), e sala de aula está longe de ser um deles.

E, sinceramente, vocês acham correto professores maiores de idade fazendo piadas com meninas de 13, 14 anos?

Anônimo disse...

EU NÃO NASCI PRA OBEDECER REGRAS

vlw Lola?

Annah disse...

Dayane: já pensou se a pessoa colocou aquela roupa simplesmente porque ela gosta de se vestir daquele jeito, se sente bem e bonita e ninguém tem nada com isso? ou, quem sabe, porque está indo encontrar o namorado depois da aula?

Outra coisa é que muitos homens não estão simplesmente olhando discretamente, mas realmente tentando impor seu interesse de maneira muito explicita, algo que geralmente não é bem vindo - aqui nos comentários mesmo, citaram casos de professor se masturbando por debaixo da mesa.

O que estamos vendo aqui não é gente paquerando de maneira educada, mas histórias de professores se aproveitando da superioridade hierárquica para constranger as alunas.

Certo, você está com um vestido decotado. Isso dá licença para o cara falar que quer transar com você na frente da sala de aula?

Anônimo disse...

Blackstar, concrodo totalmente com vc!Totalmente!Mas acrescento uma coisa tbm:

Assim como há lugar para essas cantadas, também há lugar para certos tipos de roupa!

Não estou dizendo que a roupa dá alibi pro assédio, nada disso, mas acho que ninguém pode impedir o outro de olhar e pensar algo.

Eu não era assediada na escola nessa época, mas lembro-me d eum professor que assediava muitas meninas e elas saiam comentando "Ai, aquele safado!", mas entre risinhos!É disso que estou falando! As mulheres reclamam muito do assédio, mas elas se colocam na situação de mulher objeto muitas vezes!
O professor só não assediava quem dava um corte nele. Teve uma garota que estava passando lição na lousa e ele comentou alto, algo sobre a bunda dela. na mesma hora ela virou e disse, com toda a seriedade "Vc pensa que está falando com quem?te dei liberdade pra isso? Se liga, que eu não sou a suas nega lá fora não!",e ele nunca mais mexeu com ela, até tinha um grande respeito por ela.

Unknown disse...

Lord, que vítima?aff a mina era(?) uma safada mesmo e quem se ferrou foi o cara

"adorava o 4bimestre" por que as menininhas corriam atrás dele para conseguir nota... mas ele meio que brincava, apesar de ser notório ele ficar com algumas alunas.
>>Tão vendo? como as mulheres conseguem as coisas? e isso são casos estremos como teste do sofá, mal sabem vcs o que ganham de graça, só por ser mulher como a nota maxima relatada no post

fiz Ciência da Computação e tbm ouvia piadinhas machistas, confesso que nunca me incomodou não. Pq quem fazia as piadas eram tão dignos de pena, q não dava nem pra ligar.
>>Nerdão espinhento de oculos fundo de garafa?

E, como você deve imaginar, criava uma fama de "garanhão", "pegador". Porque já tinha filhos e todos eram frutos de relações com alunas mais novas.
>>Tão vendo como vcs que perpetuam estas coisas? A mulher faz o homem se as mulheres se comportassem ou repreendessem, isso acabava. mas muitos vêem que o "crime" compensa

ao ponto dele (meu amigo) sentir um nojo enorme, e até falar p o cara, que retruca com "ah elas gostam".
>>E muitas gostam mesmo, fazer o que?

e nem nada com "sexo em troca de nota", que é nojento.
>>PErgunta para as que se beneficiam disso¬¬

Juliana
veja só quantos casos de professores com alunas e nenhuma citação sobre relações ou assédio de professoras e alunos. nojinho.
>>mulher é hipergamica quer sempre alguem $uperior, veja quantas atrizes com diretores, cantoras com produtores, enfermeiras com médicos etc ao infinito

além da nota máxima na banca na avaliação da monografia, R$ 1.500,00 de presente de formatura.
>>Estes são um dos dois bons profs da Relicario?

Tati é assim que se começa a estragar uma menina¬¬

Elen mars professor como passa pelo seu hipergamismo, pode né? pessoas na rua quando estão de igual para igual ou menos, são vermes¬¬

vivian meteu a real e dá pra entender sim, os homens são sempre os vilões os monstros

Anônimo disse...

A.H.B,

Não, esu concordo com isso. Concordo que nada justificava um assédio sexual!Muito menos por parte de um professor! Não estou defendendo o assédio!
Mas acho que quando vc poe uma roupa mais sexualizada, é sexualmente que vc quer ser vista! se meu estilo é mais sensual, é pq gst de ser vista sensualmente!Não há problema nenhum nisso!Agora, acho que tudo tem medida, né?Se eu não quero ser vista cm uma mulher fruta, não vou vestida de mulher fruta pra faculdade!

Nina Levy disse...

Gente, pera lá, vcs estão culpando as roupas? Poxa, eu, quando fui assediada no ensino médio , usava uniforme!!! Isso mesmo, era obrigatório o uso do uniforme no colégio e eu fui assediada por professores. Usando uma camiseta larga com o nome do colégio e calça de moleton igualmente larga. A culpa não é da roupa, a culpa não é da vítima. Pelamor, né?

T Freires disse...

Alguém comentou aki do famoso professor do curso de Letras da USP, na área de língua inglesa. Só para constar, não era um e sim, dois. Um americano e um britânico para ninguém discutir as origens da língua. O fato é que toda mulher ao entrar na sala de aula do britânico era "carinhosamente" observada, por vezes o professor até parava de falar. E, na turma de mestrado do americano só dava meninas! Tudo bem que na Letras da USP 90% dos alunos são mulheres, mas o mesmo não se dá no mestrado, onde as coisas são bem mais divididas. Enfins .... era um desfile de monitoras mulatas nas aulas coordenadas pelo american guy ... no surprise at all!

Anônimo disse...

Nina, eu tbm já fui assediada sem ir de mulher fruta!Não estou falando que a roupa justifica!Nem que a culpa é da mulher! Estou falando que a própria mulher muitas vezes se coloca cm um oibjeto sexual. É isso que estou falando.

Koppe disse...

Dayane Ok, concordo com o que tu diz: "Não estou dizendo que a roupa dá alibi pro assédio, nada disso, mas acho que ninguém pode impedir o outro de olhar e pensar algo."

Assédio sexual não tem justificativa, mas olhar... como disse um sargento pra minha turma quando servi na Aeronáutica, "tô olhando pra parede, tô olhando pro horizonte, não tenho culpa se tem uma mulher na frente".

Olhe com moderação e não tem problema nenhum nisso. Claro que olhar exagerado, ou ficar olhando o dia todo é outra história, mas simplesmente olhar com um pouco mais de atenção não é o mesmo que um assédio...

Anônimo disse...

Koppe

Olhe com moderação e não tem problema nenhum nisso. Claro que olhar exagerado, ou ficar olhando o dia todo é outra história, mas simplesmente olhar com um pouco mais de atenção não é o mesmo que um assédio...

É isso que estou falando! Não estou defendendo o assédio!Mas tbm acho que querer que o cara não olhe, quando vc tá com os peitos pulando na cara dele, já é hipocrisia!

VBN disse...

Tenho tanta pena desses professores, coitados, que não resistem ao charme da primeira menina (de 10-100 anos) que aparece na frente.

Ah, gente... Me poupe.

Tem uma frase em inglês que acho o cúmulo do absurdo. Diz que se tem idade para sangrar, tem idade para transar (old enough to bleed, old enough to breed).

Considerando que as meninas tem a 1a menstruação entre os 9-13 anos (com exceções para menos ou para mais), é pedofilia pura.

Lendo os relatos aqui de meninas do ensino fundamental sendo assediadas por professores, o meu sentimento é de nojo.

E sério que tem gente dizendo que elas dão em cima dos "coitadinhos dos professores que ganham mal"? Jura? Isso lá é desculpa, cara pálida?

Pedofilia é CRIME. Ter relações sexuais com menores de 14 é CRIME. Pouco importa se a menina tirou a roupa toda (sua e dela) e fez à força (o que, convenhamos, é uma cena meio impossível de vislumbrar, desculpaê).

Vamos fazer um exercício e pensar... O que é mais fácil? Uma menina de 9-14 anos forçar um homem a ter relações sexuais com ela ou um homem de 18-100 anos forçar uma menina a ter relações com ele? Quem tem mais força?

E, como falei antes, o dever do professor (seja do nível médio, seja de faculdade, o que for - fundamental não vou colocar porque pressuponho o crime, já que boa parte das meninas tem menos de 14) na sala de aula é ensinar. E ter ética.

E se for o caso (oh, coitados, socorro!) controlar seus instintos animalescos e NÃO assediar qualquer pessoa. Mesmo que ela esteja de biquíni. Mesmo que o professor tenha certeza ABSOLUTA que a pessoa é garota de programa.

Sei que é difícil entender, mas vamos colocar assim...

Escola/Faculdade é lugar de trabalho. O professor, no caso, é hierarquicamente superior aos alunos (importante: mesmo que os alunos tenham a MESMA IDADE QUE O PROFESSOR, O PROFESSOR É HIERARQUICAMENTE SUPERIOR). Entenderam?

Então, o professor NÃO PODE assediar @s alun@s.

Vamos lá... Mais uma coisa: assédio é diferente de paquera. É. Isso mesmo.

Assédio envolve jogo de poder.

Vamos lá. Outro exercício. Quem tem mais poder? O aluno ou o professor? Vamos lembrar quem é hierarquicamente superior? Então... É só lembrar quem está acima. Acima do aluno está quem? O professor. Então é ele quem tem mais poder.

Então é ele que não pode usar do poder DELE, como professor, para assediar uma pessoa e conseguir dela o que quer que seja.

E outra: vamos entender que assédio não é paquera? Vamos? Paquera é mais leve. Não há jogo de poder. É feio o professor flertar com aluna, mas assédio é diferente. Assédio é ele chamar a aluna para "fazer prova oral" na casa dele e, assim, melhorar a nota.

Assédio é dar nota baixa porque a menina não saiu com o professor (e falar que ela pode fazer a tal prova oral na casa dele).

Ah, outra coisa. Em hipótese alguma um professor pode sequer flertar com menor de 14 anos. Mesmo que pareça ser mais velha. Chato isso para os mascus, eu sei... Mas é, pois é... Maiores de 18 tem que segurar esse instinto.

Assédio é o professor insistir depois que a menina disser NÃO.

É, gente. Não quer dizer não. Mesmo que ela use o short mais minúsculo do universo com o top mais colado. Mesmo que você consiga ver os ovários dela na escada da faculdade. Mesmo que ela seja garota de programa (é, acontece, é uma profissão antiga e NÃO é proibida).

Olha pro lado. Olha pra testa. Olha para um ponto fixo 5 centímetros acima dela. Não importa.

VBN disse...

Ah, a propósito, eu tive uma professora que dava aula de casacão. Daqueles que batem no joelho. Não se via nada. Além de tudo, ela usava botas de cano alto no joelho ou calças longas.

Ainda assim tinha muito marmanjo (muito mesmo) que, ao invés de assistir a aula, ficava babando por ela, tentando imaginar como era o corpo por debaixo daquela roupa toda.

Aos mascus - confessem logo que não importa a mulher estar de burca ou de minissaia. Vai acabar com metade das discussões aqui...

Nina Levy disse...

Dayane,

Seriam os homens esses seres tão primitivos que não conseguem controlar seus impulsos? Não é possível que caiba a mulher se vestir de forma a "não chamar a atenção", como se os homens não fossem seres racionais, não pudessem ao menos ter uma postura profissional. O professor que assedia a aluna está errado. Ponto. Nada justifica isso. Não tem roupa que possa ser usada de desculpa. Não é porque eu não me visto assim que vou achar que a mulher que se veste é "provocadora", merece ser assediada. E quando eu cruzo nas ruas com homens sem camisa (que no verão tem aos montes), eu por acaso fico babando em cima? E por que os homens então tem o direito de me assediar por causa da minha roupa?

VBN disse...

@Nina, você me fez lembrar de uma vez que eu estava no ensino fundamental (5a série), numa escola católica, e um funcionário da escola (monitor, acho) me chamou na hora do recreio para falar de alguma coisa (prova? Exercício? Não lembro) e me levou para uma sala vazia onde ele começou a passar a mão em mim por debaixo do meu uniforme.

Saí correndo. Minha mãe estava grávida com risco de perder o neném e meu pai é um mascus daqueles que acham que mulher é tudo p*ta.

Quando fui contar isso pra alguém, já tinha se passado mais de uma década.

O que eu senti? Vergonha, humilhação, sensação de ter feito algo errado. Tudo isso.

Muitos anos depois, quando teve a história com o pai da minha amiga, essas lembranças vieram à tona... Mas dessa vez senti nojo do velho babão. Sabia que a culpa não era minha.

Me arrependo de não ter processado esses imbecis. Ainda que ficasse a minha palavra contra a deles, já seria alguma coisa. Um dia poderia aparecer outras. E assim haveria justiça.

Anônimo disse...

"O professor que assedia a aluna está errado. Ponto. Nada justifica isso. Não tem roupa que possa ser usada de desculpa. Não é porque eu não me visto assim que vou achar que a mulher que se veste é "provocadora", merece ser assediada. E quando eu cruzo nas ruas com homens sem camisa (que no verão tem aos montes), eu por acaso fico babando em cima? E por que os homens então tem o direito de me assediar por causa da minha roupa?"


Em que momento eu disse isso?

Eu acho que o problema aqui é que eu estou trazendo uma outra coisa que nãoo vem ao caso. Não estou falando de assédio, muito menos desses assédios INCONCEBÍVEIS que infelizmente acontecem na escola. E não falei em momento algum que os homens tem o direito de ficarem babando em cioma da gente. Só estou dizendo que acho que se vc está com decotão, ´q pe quer mostrar os seios, certo? S vc está de mini-saia, é pq quer mostrar as pernas,não é? Então, pq reclamar se alguém está olhando? OLHANDO! Não assediando, não passando a mão, não falando obcenidade, não olhando como se fosse te comer, mas olhando, pq afinal, vc tá mostrando!
E isso vale pra homens e mulheres!E eu já vi muita mulher babando em cima sim, falando besteira e td mais.

Rodrigo Rocha disse...

Lola

Sempre leio seu blog, mas pouco comento. Hoje, especialmente, senti muita vontade de compartilhar minha perspectiva.
Estive professor durante dois anos na Universidade Federal do Rio Grande, o que me fez perceber a maldade que há implícita no "feminismo" de algumas alunas.
Me senti acuado não uma nem duas, mas várias vezes por ter a oportunidade dos "finalmentes" com duas alunas, mas me fiz de rogado e dispensei. Pelo único e simples fator chamado ÉTICA. Coisa que elas, não possuem.
Minha fama após o acontecido? GAY. Sim, porque todo homem que dispensa fazer sexo com uma mulher que oferece sua genitália gratuitamente é gay, não é?
Me taxaram também de "broxa". Claro, todo homem que não quer consumar o ato sexual com uma parceira que oferece serviços sexuais irrestritos é porque não deve ter capacidade de ereção.
O problema é que não parou por aí: eu, como substituto, fui perseguido durante 15 meses por essas duas alunas. Reclamavam das notas que eu atribuía, das minhas aulas, dos erros de formatação dos meus slides (?!?)... Enfim, de tudo o que pudesse virar uma quixa escrita no meu Departamento.
Eu NUNCA - e friso bem isso - utilizei desses motivos bem justificáveis para prejudicar as duas. A recíproca não foi verdadeira...
E falo só por mim. Tinha mais 2 colegas que sofreram o mesmo com outras alunas.
Acho que esse é um dos típicos casos em que os casos contrários se anulam, pois infelizmente ocorrem com a mesma frequência

Anônimo disse...

E é verdade Rodrigo, essas coisas tbm acontecem!Tem mmulher que provoca sim!Eu já vi isso acontecer várias vezes!
Tem uma coisa que não concordo muito nos discursos feministas: A mulher nunca é culpada de nd!O homem é culpado de td!Sendo que tem mulher que faz e sabe muito bem o que está fazendo!

Liana hc disse...

todos ter bom senso de nos comportarmos de forma apropriada em cada ambiente. e tem mesmo algumas que passam dos limites.

quando envolve hierarquia a obrigação de se policiar é maior, independente do que seus subordinados ou tutelados façam. roupa não é desculpa, nunca.

e além do que, o que é sexy e "olhável", impossível de não prestar atenção? já fui de short para a faculdade várias vezes, comum pois aqui faz um calor de matar, sem ar condicionado, por vezes nem ventilador funcionando. e nunca fui constrangida por professores. se olharam, nunca percebi e é exatamente isso que eu esperava deles.

meu short não era convite a coisa alguma, nem a uma olhada mais demorada do professor. não usava para que olhassem minhas pernas, era uma peça de roupa, estava calor, só.

mas eu entendo seu ponto Dayane, olhar MUITO discretamente não tem nada de mais, desde que pare nisso. no caso de crianças, nem isso deveria acontecer.

VBN, concordo. temos que tomar cuidado com certas relativizações, ainda mais das que falam de roupas femininas e no seu papel no assédio sofrido.

criticar só os casos mais graves é necessário, mas não é suficiente. precisamos de uma mudança drástica de mentalidade. tanto para mulheres quanto para homens.

Debora Regina M. Diniz disse...

Quando eu estava no 3º ano do ensino médio, portanto com 17 anos, tinha um professor de química que fazia questão de me dar notas sempre abaixo da média. No fim do ano, quando estava fazendo a prova final, antes de sair da sala ele me segurou pelo braço e disse que se eu sentasse no colo dele, ele me passava de ano. Demonstrei minha indignação e acho que o cara ficou com medo. Nunca esqueço o susto e a sensação de nojo e ódio.

Anônimo disse...

"mas eu entendo seu ponto Dayane, olhar MUITO discretamente não tem nada de mais, desde que pare nisso. no caso de crianças, nem isso deveria acontecer."

UFA!Enfim alguém!rs

Anônimo disse...

Agora,etrando realmente no assunto do tópico, eu também já fui assediada.Por isso que digo que roupa não é justificativa pra assédio,nunca! Nunca usei roupa curta, decote; Meu professor da faculdade, no ano passado ainda, ficava sempre me olhando, falava comigo com uma voz bem sedutora, jogava várias indiretas, mas graças a Deus, nunca passou disso!
Agora, tinha garotas que ele perseguia!Dava notas baixas, criticava em frente a sala! Era mais um assédio moral que sexual.

Liana hc disse...

Rodrigo, conheço professores homens e também escuto deles coisas nesse sentido. Só vou discordar desse último parágrafo.

"Acho que esse é um dos típicos casos em que os casos contrários se anulam, pois infelizmente ocorrem com a mesma frequência"

Não é a mesma coisa, nem contrária porque neste caso há uma diferença nítida de hierarquia. Nem ocorrem com a mesma frequência pois que mulheres são disparado mais sexualmente assediadas do que homens. Isso é claro não exclui os casos nos quais homens são prejudicados, só que proporcional e culturalmente não são equivalentes.

Anônimo disse...

Rodrigo Rocha

Você agiu certo, melhor ter fama de gay e brocha do que pegar alunas simplesmente pelo fato de serem alunas.
Sobre a atitude delas, isso reflete muito mais um comportamento machista do que feminista (pois é, quem disse que mulheres não podem ser machistas, não é mesmo?).
Você está sendo perseguido, busque seus direitos na Justiça. Pode ser que não dê em nada, mas sem tentar nunca vai saber.
.
Sobre ter fama ruim e apelidos: acontece com todos, sempre tive fama de lésbica mal-comida por aí, só pelo fato de não ficar quieta quando sou ofendida. A solução é qual: deixar de exercer meus direitos ou denunciar esse tipo de comportamento?

Anônimo disse...

Dayane

"Tem uma coisa que não concordo muito nos discursos feministas: A mulher nunca é culpada de nd!O homem é culpado de td!Sendo que tem mulher que faz e sabe muito bem o que está fazendo!"

Não é por aí não, nunca interpretei desse modo, tudo está dentro de um contexto: o que o discurso feministas combate é a visão "tudo é culpa da mulher, nada do homem". Por isso é que se repete tantas e tantas vezes que a mulher não é culpada de assédio, de estupro, entendeu? Não estamos dando carta branca ao revanchismo e muito menos ao desrepeito da mulher em relação ao homem. Isso seria retroceder.
É lógico que sabemos que mulheres são tão capazes de cometer atrocidades e crimes quantos os homens, mas a discussão feministas é justamente questionar a posição de inferioridade que é resguardada à mulher.
Quando ocorre um estupro, ou um assédio, sempre tem gente pra culpar a mulher, para condená-la. O que incute sentimento de culpa descabido, e é por isso que se deve frisar que a culpa do estupro e do assédio NÃO É da mulher.

Anônimo disse...

Carolina,

Gostei =)!
Obrigada por me esclarecer!
Sim, concordo plenamente que a mulher não tem culpa nenhuma em estupro,assédio, de jeito nenhum!
Só não concordo com coisas que já falei nos meus mil posts, só nesse tópico!rs

Anônimo disse...

Dayane

Sim, sim, entendi seu ponto de vista também. :)
As pessoas precisam ter bom senso na hora de se vestir, ficar por aí mostrando calcinha/cueca não é nem um pouco louvável.

Drica Leal disse...

Rodrigo Rocha:

Entendo a sua situação, mas é importante frisar que essa história onde homem é chamando de "broxa" ou gay quando não corresponde às investidas de uma mulher é uma característica da sociedade MACHISTA em que vivemos, é um dos padrões criados pelo machismo, e não pelo feminismo. Mulheres que agem assim são condicionadas pelos padrões machistas da sociedade,então não culpe o feminismo por isso. Se vivessemos numa sociedade igualitária tal qual o feminismo almeja você não passaria por esse tipo de constrangimento ou injustiça, pelo menos não sem que as culpadas respondessem por isso.

ana gabardo disse...

Já vi isso acontecer no ensino médio. Um professor de inglês que nem era fluente e nunca tinha sido professor antes (ele trabalhava em aeroportos, sei lá.. dizia que não gostava de dar aula) vivia "cantando" as meninas e fazendo piadinhas. Chegou até a pegar o número do telefone de uma delas e convidar pra sair marcando encontro perto de uma outra escola onde ele lecionava (detalhe: todas nós éramos menores de idade). Na minha fase acadêmica ainda não encontrei nenhum professor(a) que pareca desmerecer alunas.. e espero não encontrar!

lica disse...

Vai o relato por aqui? Fiz eng. mecânica e hoje faço mestrado na UFSC, na mesma área. Tenho uma penca de situações vividas nesse sentido. Tive um professor que me deu 100 e em seguida perguntou se minha irmã estava solteira. Esse mesmo prof. qnd nos encontrava em bares perto da universidade, sentava ao meu lado e relatava como as alunas de outra eng. (maioria feminina) davam em cima dele, inclusive dizia ele, indo sem calcinha para sala (como se eu estivesse interessada na conversa). Também tive professoras bonitas, que por dar aula pra uma sala só de meninos, iam com roupas provocantes e jogavam "charminho" pra turma. Na faculdade, por sermos mais velhos, isso tudo é mais claro, mas hoje vejo que mesmo no colégio os professores davam em cima das meninas mais que já eram mais desenvolvidas, o que era um absurdo, pq tinhamos 16 anos. E não foi só um professor ou uma aluna... Enfim, tenho muitos outros relatos da faculdade e estágio, se interessar, posso entrar em detalhes. Abraço!

Fefa disse...

Nossa, quantos comentários, fiquei impressionada com as histórias.

Lola, pelo que li, a questão transcende a sala de aula: tem a ver com cultura, meio social.

Na maioria dos casos, isso parte dos professores, que assediam as alunas. Mas li um comentário de um professor de comunidades ribeirinhas, onde a situação se inverte: em busca de um imaginário status social, infelizmente, são as meninas que assediam os professores.

É mais complexo do que imaginava...

Ághata disse...

Meio off...

Quando minha irmã estava no ensino médio, um professor muito do sacana perguntou se ela costuma usar muito casaco porque tinha vergonha dos seios grandes. Outro saia com alunas e outro chamava as meninas pra sentar nos joelhos dele para discutirem suas notas baixas.

Não sei se vem ao caso, Lola, mas sabe do caso do professor que matou a aluna aqui no DF porque não aceitou o fim do relacionamento?

Rodrigo Rocha disse...

Drica Leal

Desculpa Drica, mas acho que em alguns momentos o feminismo deixa de ser uma ideologia e passa a ser uma religião: tudo o que ocorre contradizendo o que ele prega, vira alvo de crítica ou de motivo para algo pior.
Não acho que esse comportamento das alunas seja unicamente causa do machismo. É causa da sociedade, que possui mais fatores intrínsecos e extrínsecos do que o machismo.
Não nego que seja culpa TAMBÉM do machismo, mas não é SÓ do machismo. Acho que nenhum extremismo é benéfico, incluindo aí culpar o machismo de tudo.
Também aproveito para dizer que, nesse caso específico entre professor-alunas, concordo em partes com a "teoria da oferta": uma vestimenta não expressa o tônus sexual de uma mulher, assim como não justifica a investida brutal dos homens. Porém, até mesmo por um esquema de etiqueta social tácito, acredito que a questão da adequação visual conta muito.
Lembremos do caso Geisy Arruda: ela não tinha necessidade alguma de ir com uma vestimenta daquelas para a Universidade, o que não justifica de modo algum o comportamento hediondo dos estudantes. Mas que foi desnecessária a postura dela, isso foi.
Vou colocar de outra maneira: já ouvi alunAs e colegAs reclamando de um professor que, por cursar educação física e dar aulas de dança antes das aulas, no verão vai dar aulas de calça de moletom e regata. Isso desperta comentários maldosos de tarado de umas e investidas sexuais diretas de outras. Inclusive denotando aspectos físicos da genitália do tal professor. E todos os comentários que ouvi e fiquei sabendo foram de mulheres.
Pode ter influência do machismo? Pode não, deve. Mas nem tudo se justifica por ele.

Arlequina disse...

@A.H.B

É, então, eu conheço essa professora. Eu desisti de fazer Antiga II com ela por causa disso.

E concordo com você: acredito que em parte um dos motivos pelos quais nosso departamento é um pouco menos impregnado de machismo é pelo fato dele ser bem misto, tanto nos alunos quanto nos professores.

Martha disse...

Prezada Lola, boa noite.

Sou professora universitária numa faculdade privada e essa semana tive uma conversa esclarecedora - e porque não dizer, constrangedora - com um aluno do curso de engenharia. O senhor em questão tem o péssimo hábito (fez isso outras duas vezes) de me segurar pelo braço ou pelo ombro quando quer falar comigo. Na segunda-feira, havia poucos alunos na sala em função do feriado e ele fechou a mão em volta do meu punho. Tive que remexer o braço e dizer a ele para me soltar. No intervalo, conversei com o coordenador do curso e na terça chamei o dito aluno para uma conversa e falei sobre a impropriedade do gesto, não só porque sou professora, mas porque sou um ser humano e não devo ser segurada assim.

Pensei no machismo do gesto: ele me segura porque sou mulher e porque sou menor que ele. Se eu fosse homem e tivesse 1,80m de altura, duvido que ele me segurasse assim, como quem segura uma coisa.

Eu estudei numa universidade federal (UFOP) e vi várias das minhas colegas "dando mole" para professores em troca de boas notas, bem como vi vários professores sugerindo que discutíssemos notas de trabalhos na casa deles. Tinha um que oferecia chá e banheira de hidromassagem... ridículo... Mas ainda assim, conseguiam alguma coisa... há professores de todo jeito e alunos de todo jeito... Não que isso sirva de atenuante...

Outro dia, um colega de trabalho foi demitido por justa causa porque estava assediando uma aluna via MSN e celular. A moça, de posse das mensagens, acabou por denunciá-lo à direção da faculdade e ele se retratou. Pediu desculpas, mas foi mandado embora. O mais triste da história é que a moça só teve coragem de denunciá-lo, mesmo assim ao fim do semestre, porque o namorado dela viu as mensagens e fez pressão: se ela não denunciasse, ele terminaria o namoro/noivado. Gostaria que ela tivesse feito isso sozinha, sem medo da retaliação que poderia ser a reprovação na disciplina ou sem medo da reação da diretoria da faculdade, que felizmente tomou a decisão correta e ética.

É lamentável que profissionais (professores e de outras categorias - médicos, dentistas)tenham atitudes desse tipo.

Abraço.

Ághata disse...

Parece que não tem meia conversa, né?

Não importa qual seja o assunto, a abordagem, se o post for sobre algum tipo de violência masculina sexual contra mulheres vai ter gente pra dizer que "Ooh, a culpa não é do homem", "tem mulher que provoca" e o diabo a quatro.

Aí se tira a questão de foco, se discute tudo que é inútil (brincar de defender homens (ai, meo deos, tadiiinhos!), "as mulheres tão de mimimi?", "Qual a medida da roupa que faz a mulher perder a dignidade...?")

Vou só dizer que acho uma verdadeira hipocrisia esquizofrênica a nossa sociedade condenar as mulheres que vão pra faculdade com pouquíssima roupa (sim, elas existem! E elas continuam sendo pessoas, não objetos sexuais!) quando na verdade elas estão exatamente fazendo aquilo que a sociedade as manda fazer (bonita, que sabe se cuidar, sexy, poderosa 24 x7, fazendo todos os homens babar, enfim, tudo que você mulher deveria estar preocupada em fazer).

Vá catar coco em ladeira, colega!

Tá querendo inverter a ordem das coisas? 'Mulheres que tentam os professores' quando são os 'professores que assediam as alunas'? Desculpe, mas isso é adestrar a vítima pra depois culpá-la quando faz seu jogo.

Esqueceram de falar da questão hierárquica e de quem tem o poder na sala de aula, né?

PS: Ainda tô pra conhecer uma guria que se vestisse pouco pra causar que achassem ruim quando olhassem pra ela. Não sei nem porque levantaram a questão aqui. Vale tudo pra livrar os caras da reta, é?

lola aronovich disse...

Que demais, gente! Muito comentário interessantíssimo por aqui. Obrigada mesmo. Depois vou separá-los um pouquinho (por exemplo: aconteceu no ensino médio, aconteceu no cursinho, aconteceu na faculdade), e também por discriminação e assédio, e também se foram alunos ou professores, e também algumas opiniões contrárias (a culpa foi das alunas, elas que provocaram, elas que deram em cima etc). Acho que vai ficar bem legal.


Dig Din disse: "EU NÃO CRESCI PARA OBEDECER REGRAS"
Há divergências, moleque. A maior parte de nós dirá que vc nem cresceu. Mas é o seguinte: My blog, my rules. Já fui tolerante demais em falar prum trollzinho tão burro que faz os demais trolls burros (redundância) parecerem gigantes intelectuais como se comportar. Mas se não quiser seguir duas simples regras (não ofender ninguém e não floodar), tudo bem. Eu te deleto sem ler os comentários, como fiz durante um tempão com o Oliveira. Vc que sabe.

Ághata disse...

Tive uma aula de cursinho em que uma aluna ia com pouca roupa pra sala de aula. Ela chegou atrasada e no meio da aula. O professor tava dando aula, olhou de relance pra ela, olhou de novo com as sobrancelhas erguidas, olhou pra sala meio confuso e voltou a dar aula (isso segundo minha amiga muito da observadora porque eu tinha quase torcido o pescoço pra olhar pra aluna quando ela passou por mim).

...acho que esta situação é beeem diferente de quando um professor assedia uma aluna, não é?

Lívia Pinheiro disse...

Lola, se quiser acrescentar a história da aluna lésbica que descobre que a professora também é, e tenta de todas as maneiras possíveis fazer com que fique parecendo que a professora está dando mole pra ela, põe na lista aí.

Eu acho que talvez tenha sido mais algo do tipo ela não tinha absolutamente ninguém para falar sobre isso e estava desesperadamente tentando chamar a atenção, mas foi uma história hiper desagradável.

Paula Evangelista disse...

Isso é uma coisa que sempre me incomodou na minha graduação (ainda em curso). Faço Física e é esmagadora a diferença no número de homens e mulheres em cada turma. Além da reduzido número de professoras e mulheres que possam ser referência nessa área. Muitos d@s alun@s do curso tbm dão aulas e frequentemente vejo comentários do tipo "nossa, é muito fácil pegas as aluninhas e tal" e isso me incomoda profundamente. Dentro da universidade os olhares acontecem, alguns professores aproveitam de sua posição e tudo, mas o que realmente acaba com minha paciência é o preconceito que existe! Se a moça consegue uma bolsa de iniciação científica, uma boa nota ou o simples reconhecimento como estudante/futura profissional não há um caso sequer que seja visto como merecimento por todos, sempre, sempre mesmo, tem aquele (e aquela!!) que aponta e fala diversas atrocidades. Já houve o cúmulo de um professor disser em sala pra uma aluna que mulher não devia fazer Física!
É inacreditavelmente triste ouvir comentários misóginos de pessoas que admiramos.

bike disse...

Em meu terceiro ano , tive uma professora de inglês , que literalmente comia todos os alunos com seu olhar de raio x .
Alguns menos tímidos levavam adiante o assédio da taradA , e de quebra não precisaram sequer das provas finais pra concluírem o ano.

Acho que era uma professora modernex , bem resolvida .

yulia disse...

"Vocês tem que admitir que mulheres dirigem pior!".

esse infeliz sabe que quem mata muito mais no transito são os homens.

Elaine Cris disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
yulia disse...

bem para não dizer que não falei nada, eu tive um professor de quimica que quando ia fazer perguntas, só chamava mulher para responder, pois para ele mulher tinha mais dificuldade em quimica, bem essa era a sua justificativa. e ele era bem machista e só fazia piada depreciando mulher.... triste.

yulia disse...

é assim mesmo laurinha, para eles se homem não agir feito animal de teta, feito macaco no cio quando ve mulher, é considerado gay, triste!

Alessandra Andrade disse...

Legal a sua proposta, Lola. Concordo que a discussão de gênero, assim como todas as implicações dessas relações desiguais deviam estar na pauta do dia na universidade, na educação básica, até na escolinha...

Enfim, vai aí uma tentativa de relato:

Curso de História, instituição pública e super respeitada. Aluna "gostosa" e muito inteligente e competente - coisa que pra maioria das pessoas parecia não combinar, sabe? Não só para os "mascus", mas, o que mais me incomodava, entre as moças os comentários pra explicar as boas notas e o destaque da garota eram sempre sua saia curta e seus decotes ousados, nunca sua inteligência e competência.

Eu, que me aproximava também de um feminismo, digamos, acadêmico, me perguntava o tempo todo se a questão não tinha a ver com a forma como a garota vivenciava sua sexualidade, seu corpo, de maneira "desencanada" e livre, sabe? Os caras - esses sim, competentes e inteligentes - não eram nunca "acusados" de ter "dado" para o professor pra conseguir uma bolsa de IC ou passar no mestrado em 1º lugar. E eu ouvi em diferentes grupos sociais (ou variada fauna universitária) esse tipo de conversa sobre a menina.

Agora, o que mais me deixava triste é que os comentários rolavam num ambiente de pessoas supostamente esclarecidas. Gente que adora massagear o ego discutindo teoria da história, mas não tem um mínimo de capacidade crítica pra ver o que aquela situação revelava.

Chamar atenção pra discussão de gênero era quase como que pedir pra ser queimada na fogueira... E vejo o quanto isso é comum, não só na universidade.

Enfim, isso tá ficando enorme, o tema é bacana, boa discussão. Aguardo o relato aqui.

Um beijo, é a primeira vez que escrevo. Obrigada pelo blog, de verdade. É inspirador.

Alessandra Andrade disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
M disse...

Eu acho que existe uma diferença grande entre olhar (paquerar que seja) e assediar. Assediar é dar em cima mesmo quando a mulher já deixou claro que não está interessada.É por causa desse interesse (ou apenas por causa do gênero) usar o poder de professor para constranger, prejudicar ou beneficiar.

Me formei em comunicação, e me lembro de um único situação no meu curso: Minha colega era modelo profissional,muito bonita mesmo.Era bem na dela, nada arrogante, esforçada e ela foi hostilizada por uma professora durante dois semestres. Sempre fazendo piadas, sobre ser bonita e burra, exigindo muito mais nas apresentações de trabalhos... Não era assédio, era preconceito

yulia disse...

Estive professor durante dois anos na Universidade Federal do Rio Grande, o que me fez perceber a maldade que há implícita no "feminismo" de algumas alunas.
___________
me desculpe, mas a lamentável atitude dessas garotas com vc NADA TEM A VER COM FEMINISMO!! mas nada mesmo!
como disseram as colegas aqui, isso tem muito mais a ver com os ditames machistas de que homem jamais em tempo algum pode recusar sexo com mulher se ela no caso se oferece.
se recuar, é tachado como gay ou brocha, infelizmete.
No machismo,a mulher é doutrinada desde quando nasce a procurar homens mais ricos, ou acima delas hierárquicamente... no caso vc está hierarquicamente acima dessas alunas, vc é professor, poderia ser o chefe também, não importa, o raciocónio é o mesmo. Fazem isso porque acham que vão obter vantagens maiores, ou quer status perante suas colegas... enfim. Mas isso é próprio do machismo e não do feminismo. O feminismo quer em outras palavras, acabar com essa mentalidade.

Niemi Hyyrynen disse...

Atrasada ...

Olha Dayane acho que vc esta ligeiramente equivocada:

Se uma pessoa coloca uma roupa curta, mesmo que seja para provocar, mesmo que essa pessoa precise de receber a avaliação dos outros para se sentir bem, ela não precisa passar por CONSTRANGIMENTOS, acho que olhar, quem não é cego olha msm, mas tem olhadas e olhadas né? Aquelas que nos faz sentir como um pedaço de naco não são agradaveis e não devem ser justificaveis.

Cada um sabe até onde vai o limite da provocação, creio que quando estamos falando de mulheres jovens ou adultas, podemos deduzir que elas sabem o quanto a sua roupa chama a atenção, e sabemos que não estamos no mundo só para decorar ne?

Ate a mulher mais machista, que procura sempre a aprovação masculina tem um limite, um ponto em que ela precisa ser respeitada, todo mundo tem seu "basta".

Agora pro menino ai que falou das feministas...

Cara, vc ta confundindo as coisas, nem tudo que é feito por uma mulher quer dizer que vc pode implicar uma atitude feminista, já pensou ao contrário? Nem toda ação de um homem é justificada pelo prisma do machismo para a maioria das pessoas, inclusive vc, no seu discurso deixou isso implicito e explicito.

pensa com carinho! :)

Anônimo disse...

Sim Nimei, eu concordo.
Aliás, nem von insistir mais nesse assunto, pois percebi que ele não vem ao caso nessa discussão.

Niemi Hyyrynen disse...

Que isso Dayane, ninguem ta querendo te podar aqui, vc é super bem vinda, vc esta discordando com argumentos bacanas

:)

Rodrigo Rocha disse...

yulia

Mas, em nenhuma momento, eu disse que a postura delas era causa do Feminismo. O que disse é que o feminismo desenfreado, às vezes, cega as pessoas fazendo com que toda e qualquer atitude de homens (e, porque não, mulheres) seja causada pelo machismo.
No meu caso acho que o feminismo influi no ponto de que, em relação às alunas, elas se sentirem na liberdade de agir de uma maneira menos "correta" e digna porque estão em um ambiente só de mulheres onde eu sou o único homem. Aquele tipo de coisa para constranger o homem da sala para mostrar a superioridade.
Note que eu NÃO DIGO que as feministas FAZEM ISSO, mas sim esse grupo de mulheres em específico.
Eu mesmo não me considero nada machista. Só acredito que a mulher, assim como o homem, deve dar o exemplo antes de cobrar o direito.
De outra maneiro, exemplifico com o Funk Carioca. Mulher + Funk Carioca já é estigmatizado com "piranhagem", baixaria e pornografia. A justificativa disso, dizem as funkeiras, é mostrar que as mulheres tem o direito de fazer o mesmo que os homens. E cobram respeito. Mas horas, como cobrar o respeito fazendo exatamente aquilo que todos já recriminam a as julgam por fazerem?
É preciso mostrar algo diferente e superior, e não chutar cachorro morto.
O que quero dizer é: assim como muitos professores utilizam da sua masculinidade e da sociedade machista, muitas mulheres se aproveitam do estigma de frágil, carente e sensível para reverter a situação

Rodrigo Rocha disse...

Errata: Onde se lê HORAS, leia-se ORAS

Ana Clara Telles disse...

Lola, também tenho um relato, só que esse não aconteceu comigo, mas sim com uma amiga minha talentosíssima. Em uma respeitadíssima faculdade na cidade em que moro, muito tradicional por ser frequentada pela "elite" e pelo preço que cobra, essa menina foi apresentar um trabalho. Pois bem, trabalho apresentado, ela, uma das melhores do curso que frequentava, usando roupa social porque trabalha - e não estagia - em uma das maiores empresas do país por pura competência, tem a atenção chamada pelo professor na frente de toda a classe e de outro professor convidado por contade sua roupa. Exato, ela não estava de decote, ela não estava de saia curta, ela só estava com uma roupa social que, segundo o professor que estava assistindo à apresentação, "marcava demais o corpo". Ela é curvelínea e tem uma beleza normal para qualquer brasileira - não é top model da faculdade, mas é bonita, sim, 'coxão', 'bundão', baixinha. E é bastante tímida, embora gesticule e se expresse bem - é a famosa 'na dela', não gosta de todos olhando para ela. Pois foi exatamente o que aconteceu: o professor dizendo que a roupa "marcada" dela poderia desviar a atenção do examinador de uma banca ou de um entrevistador para um emprego, assim, na frente de todos, e que, apesar da competêcia ao fazer o trabalho, ela deveria escolher melhor que roupa usar para uma apresentação - afinal, como ele mesmo disse, os homens não conseguem separar essas coisas de trabalho e sexo. Ela ficou vermelha e depois roxa, discutiu com o professor, chorou, foi na coordenação, pediu um pronunciamento oficial da faculdade e... bom, como isso terminou, eu não sei. Só sei que o cara nunca se desculpou, e todos para quem conto essa história, quando tem coragem, me dizem a mesma coisa: "ah, mas o mundo é assim mesmo". Não foi propriamente um assédio, mas uma grande amostra de sexismo nojento. E assim ele destruiu a crença na humanidade de uma menina que tem tudo para ser uma das futuras grandes empresárias do país.

Anônimo disse...

Ana Clara,

Poxa, coitada da menina! Que cara mais imbecil!

Anônimo disse...

Oi Niemi,

Não, não acho que estão querendo me podar, desculpe se dei essa impressão,rs. É que eu entrei na verdade, com um outro assunto, que não é bem o que se está sendo discutido. Aqui está sendo discutido sobre assédio sexual e moral, em uma sala de aula. Eu abordei um assunto que após prestar atenção, vi qu não tinha muito a ver.

Mordechai disse...

Mulheres reclamando de assédio é como uma celebridade reclamando da paparicação dos fãs, é claro que pode ser chato e incoveniente, principalmente porque a maior parte do assédio provém de machos indesejáveis, mas ainda assim é melhor do que ser invisível e qualquer menina mais esperta sabe muito bem usar toda essa atenção a seu favor.

disse...

Ah! Lembrei também que uma amiga que faz farmácia já reclamou diversas vezes de uma professora que da em cima dela, privilegia nas notas essas coisas, e sempre que vai conversar fica encostando, pegando na mão, essas coisas... Então não podemos achar que são só os professores que fazem isso, com certeza acredito que são a grande maioria, mas não são os únicos, deve ter aluno que sofre isso de professora também...

Lia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marilia disse...

Duas coisas muito legais nessa caixa de comentários: uma aluna minha comentou, mas não foi por mim que ela conheceu o blog; e eu vi pelo comentário da Tati Fadel que não sou a única professora que usa seus textos em sala de aula! =D Lola ajudando na escola!

Só explico que eu disse que o mundo cobra das mulheres que elas estejam sempre "bonitas" (aquela velha história da aparência) e dos homens não cobra isso, e isso não é justo.

Bem, quanto a assédio, o que a Tati Fadel falou sobre a sala dos professores é pura verdade. Muitas vezes o assédio não acontece, mas depois os comentários sobre as meninas de 15, 16 e 17 anos é pura baixaria.
Tive uma amiga no ensino médio que teve um caso com o diretor da escola. Não acreditei a princípio, até vê-lo dar um aviso na minha sala e falar com ela em particular. E ele que insistiu até ela ceder. Não veria problema se ela não fosse aluna da escola dele!

Afinal, existe uma ética profissional que deve ser mantida. Professor@s, diretor@s, inspetor@s estão em uma relação assimétrica de poder com os alunos. Acho até natural que alunos queiram ter envolvimento com esses profissionais, mas quem tem de segurar a onda é o profissional, ele que é a parte adulta da relação. Acho que isso é mais sério ainda em escolas de nível fundamental e médio e cursinhos de pré-vestibular.

Em faculdades, acho que é preciso relativizar, afinal, em teoria são adultos que estão ali.

Quanto à roupa curta ou sexy, sério que alguém levantou esse ponto de discussão? A culpa é das mulheres, de novo? Acho que precisa haver limite na vestimenta, mas ninguém é animal para ficar encarando @ outr@ porque el@ está com roupas mais curtas e sexy. Principalmente os professores nas salas de aula.


Ah, ia esquecendo. Um professor amigo meu sofreu assédio de uma professora em sua pós-graduação. Nem sei se foi assédio ou apenas uma cantada. Mas aconteceu.

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