Ontem participei da Marcha das Vadias em Fortaleza, e foi um arraso. Amanhã escrevo um post mais digno sobre isso, com fotos e detalhes. Só quero dizer que hoje haverá marcha em várias cidades brasileiras (e também a Marcha da Liberdade, que reúne muitas reivindicações), e que você tem que ir. É um clima incrível, de confraternização, de alegria, de solidariedade, de festa (protestos não precisam ser fúnebres), de rebeldia. Se você é jovem e nunca foi a uma passeata, pô, então você não é jovem. Como que jovens podem não ser idealistas? Quem matou seus sonhos? Não há como mudar a realidade sem pelo menos sonhar que a utopia é possível. E se você não é mais tão jovem (meu caso), nunca é tarde pra começar (ou recomeçar) a invadir com manifestações o espaço público. Que é seu, é nosso. Como o nome diz, é público.
A gente está vivendo um momento absolutamente efervescente que me deixa muito otimista. Não é só uma marcha, não é só um movimento feminista, não é só no Brasil. Parece que estamos vendo (e sendo sujeitos, não objetos de) uma onda de protestos que visam mudar o mundo. Tem revolução no mundo islâmico, derrubando ditaduras históricas, tem greves gerais na Europa, tem uma crise do capitalismo como talvez nunca se viu antes, tem articulações de mulheres e gays por todo o planeta dando um basta no preconceito. Lógico que os conservadores estão atentos e com medo, e farão de tudo para ridicularizar e crimininalizar qualquer protesto social. Mas o momento é propício pra gente. Hoje podemos nos organizar através da internet, sem depender da velha mídia pra nada. Só esse já é um instrumento valioso para uma série de revoluções. Estamos mais conectad@s, mais ligad@s do que nunca. Posso estar sendo esperançosa demais, mas parece que as comunidades imaginárias estão ficando mais reais. E qual o oposto de comunidade, senão individualismo?
Foi um pouco desse individualismo que critiquei na terça, um individualismo que, por exemplo, tenta negar o caráter tão evidentemente feminista de uma Marcha das Vadias. Recebi algumas respostas, entre elas a da Bruna, uma das organizadoras da Marcha de Brasília, que publico aqui como guest post. E, pra ilustrar, coloco aqui os posters (clique neles para ampliá-los) de divulgação de vários lugares (os da marcha de BH são os mais impagáveis).
Estou participando da organização da Marcha das Vadias de Brasília e, a partir da nossa experiência aqui, tenho algumas considerações a respeito da polêmica levantada pelo seu texto O que é isso, companheiras?!, que sem dúvida é muito pertinente.
Talvez, porque pudemos observar a repercussão de outras marchas antes de fazer a nossa, estejamos mais cautelosas quanto ao caráter feminista da marcha, às frases nos cartazes, às roupas que vestiremos no dia e à presença masculina. A organização da nossa marcha é composta predominantemente por mulheres que se declaram feministas, e em nenhuma das duas reuniões presenciais que tivemos, a primeira delas composta por cerca de 60 mulheres, alguma mulher se manifestou temendo ser tachada de feminista. Muito pelo contrário, pensamos inclusive em adicionar um subtítulo à marcha do tipo “Marcha das Vadias -- uma marcha feminista”, mas optamos por não utilizá-lo porque, infelizmente, nem todas as mulheres se sentem contempladas pelo termo feminista, e essa é uma marcha pelo direito de TODAS as mulheres. Sim, a marcha pode atrair mulheres não-feministas e até anti-feministas, e para nós que nos declaramos feministas pode ser uma pena que elas não se identifiquem com ou não conheçam a nossa luta, mas ao mesmo tempo acho que um dos grandes trunfos dessa marcha foi chamar a atenção de mulheres e homens machistas e de pessoas que nunca pararam pra pensar sobre relações de gênero, e que, movidas pela curiosidade e o estranhamento que o termo vadias desperta, tiveram um mínimo contato com as discussões que procuramos levantar. O nosso evento no Facebook está tendo bastante repercussão, somos 3 mil pessoas confirmadas (ainda que nem todas irão), e nesses últimos dias estamos participando de vários debates surgidos ali, tanto em resposta às críticas construtivas quanto em resposta a ofensas e preconceitos dos mais diversos. Mas o mais importante, pra mim, é que estamos contribuindo para a reflexão de várias mulheres que se identificam com os motivos da marcha e (ainda) não se consideram feministas e de muitos homens simpáticos à causa!
Quanto às roupas, pessoalmente também me incomoda a carnavalização de estereótipos e não vejo necessidade de nos fantasiarmos de “vadias” para marchar por respeito aos nossos corpos, e isso também tem sido muito discutido. Nós, enquanto marcha, estamos estimulando as mulheres a irem da forma como se sentirem mais à vontade, e estamos solicitando aos homens que não vão fantasiados de mulheres, porque para muitas de nós seria algo ofensivo e caricato.
Quanto ao caráter “despolitizado” da marcha, acho que ela tomou formas diferentes em cada cidade e país, então só posso falar por Brasília: aqui o debate está altamente politizado, crítico, reflexivo e feminista! A repercussão da nossa marcha já contribuiu para pelo menos três matérias sobre a marcha na mídia local e duas matérias sobre estupros no Distrito Federal. Muitas de nós comentamos da felicidade de ver tantas mulheres juntas se articulando politicamente, e estamos inclusive com a ideia de levar o ideário da marcha adiante com novos encontros, atos, discussões, blog, sistematização de dados sobre estupros e tal. Já temos até uma reunião marcada para depois da marcha, pra dar continuidade à nossa luta. Para você ter uma ideia do tom da marcha daqui, leia a Carta Manifesto da Marcha das Vadias de Brasília, porque estou muito orgulhosa de todas nós, mulheres articuladas de Brasília, do Brasil e do mundo.
Compareça à Marcha das Vadias e/ou da Liberdade da sua cidade. Brasília – hoje às 12, com concentração em frente ao Conjunto Nacional. Natal (junto com a Marcha da Liberdade) – hoje às 15, na Praça Vermelha (nome apropriado). Juiz de Fora – hoje às 14:30, no Parque Halfeld. Hoje também em João Pessoa, BH, Porto Alegre e Floripa.
No dia 2 de julho será a vez da Marcha no Rio (14 horas, no Posto 4. Av. Atlântica, Copacabana), e em Salvador, às 10. Dia 16/7 a Marcha acontece em Curitiba (11 hs, na Praça Santos Andrade). Veja toda a agenda da Marcha da Liberdade aqui.
E se você não sabe que cartaz levar pra Marcha das Vadias, o ilustrador Carlos Latuff taí pra te ajudar.
A gente está vivendo um momento absolutamente efervescente que me deixa muito otimista. Não é só uma marcha, não é só um movimento feminista, não é só no Brasil. Parece que estamos vendo (e sendo sujeitos, não objetos de) uma onda de protestos que visam mudar o mundo. Tem revolução no mundo islâmico, derrubando ditaduras históricas, tem greves gerais na Europa, tem uma crise do capitalismo como talvez nunca se viu antes, tem articulações de mulheres e gays por todo o planeta dando um basta no preconceito. Lógico que os conservadores estão atentos e com medo, e farão de tudo para ridicularizar e crimininalizar qualquer protesto social. Mas o momento é propício pra gente. Hoje podemos nos organizar através da internet, sem depender da velha mídia pra nada. Só esse já é um instrumento valioso para uma série de revoluções. Estamos mais conectad@s, mais ligad@s do que nunca. Posso estar sendo esperançosa demais, mas parece que as comunidades imaginárias estão ficando mais reais. E qual o oposto de comunidade, senão individualismo?
Foi um pouco desse individualismo que critiquei na terça, um individualismo que, por exemplo, tenta negar o caráter tão evidentemente feminista de uma Marcha das Vadias. Recebi algumas respostas, entre elas a da Bruna, uma das organizadoras da Marcha de Brasília, que publico aqui como guest post. E, pra ilustrar, coloco aqui os posters (clique neles para ampliá-los) de divulgação de vários lugares (os da marcha de BH são os mais impagáveis).
Estou participando da organização da Marcha das Vadias de Brasília e, a partir da nossa experiência aqui, tenho algumas considerações a respeito da polêmica levantada pelo seu texto O que é isso, companheiras?!, que sem dúvida é muito pertinente.
Talvez, porque pudemos observar a repercussão de outras marchas antes de fazer a nossa, estejamos mais cautelosas quanto ao caráter feminista da marcha, às frases nos cartazes, às roupas que vestiremos no dia e à presença masculina. A organização da nossa marcha é composta predominantemente por mulheres que se declaram feministas, e em nenhuma das duas reuniões presenciais que tivemos, a primeira delas composta por cerca de 60 mulheres, alguma mulher se manifestou temendo ser tachada de feminista. Muito pelo contrário, pensamos inclusive em adicionar um subtítulo à marcha do tipo “Marcha das Vadias -- uma marcha feminista”, mas optamos por não utilizá-lo porque, infelizmente, nem todas as mulheres se sentem contempladas pelo termo feminista, e essa é uma marcha pelo direito de TODAS as mulheres. Sim, a marcha pode atrair mulheres não-feministas e até anti-feministas, e para nós que nos declaramos feministas pode ser uma pena que elas não se identifiquem com ou não conheçam a nossa luta, mas ao mesmo tempo acho que um dos grandes trunfos dessa marcha foi chamar a atenção de mulheres e homens machistas e de pessoas que nunca pararam pra pensar sobre relações de gênero, e que, movidas pela curiosidade e o estranhamento que o termo vadias desperta, tiveram um mínimo contato com as discussões que procuramos levantar. O nosso evento no Facebook está tendo bastante repercussão, somos 3 mil pessoas confirmadas (ainda que nem todas irão), e nesses últimos dias estamos participando de vários debates surgidos ali, tanto em resposta às críticas construtivas quanto em resposta a ofensas e preconceitos dos mais diversos. Mas o mais importante, pra mim, é que estamos contribuindo para a reflexão de várias mulheres que se identificam com os motivos da marcha e (ainda) não se consideram feministas e de muitos homens simpáticos à causa!
Quanto às roupas, pessoalmente também me incomoda a carnavalização de estereótipos e não vejo necessidade de nos fantasiarmos de “vadias” para marchar por respeito aos nossos corpos, e isso também tem sido muito discutido. Nós, enquanto marcha, estamos estimulando as mulheres a irem da forma como se sentirem mais à vontade, e estamos solicitando aos homens que não vão fantasiados de mulheres, porque para muitas de nós seria algo ofensivo e caricato.
Quanto ao caráter “despolitizado” da marcha, acho que ela tomou formas diferentes em cada cidade e país, então só posso falar por Brasília: aqui o debate está altamente politizado, crítico, reflexivo e feminista! A repercussão da nossa marcha já contribuiu para pelo menos três matérias sobre a marcha na mídia local e duas matérias sobre estupros no Distrito Federal. Muitas de nós comentamos da felicidade de ver tantas mulheres juntas se articulando politicamente, e estamos inclusive com a ideia de levar o ideário da marcha adiante com novos encontros, atos, discussões, blog, sistematização de dados sobre estupros e tal. Já temos até uma reunião marcada para depois da marcha, pra dar continuidade à nossa luta. Para você ter uma ideia do tom da marcha daqui, leia a Carta Manifesto da Marcha das Vadias de Brasília, porque estou muito orgulhosa de todas nós, mulheres articuladas de Brasília, do Brasil e do mundo.
Compareça à Marcha das Vadias e/ou da Liberdade da sua cidade. Brasília – hoje às 12, com concentração em frente ao Conjunto Nacional. Natal (junto com a Marcha da Liberdade) – hoje às 15, na Praça Vermelha (nome apropriado). Juiz de Fora – hoje às 14:30, no Parque Halfeld. Hoje também em João Pessoa, BH, Porto Alegre e Floripa.
No dia 2 de julho será a vez da Marcha no Rio (14 horas, no Posto 4. Av. Atlântica, Copacabana), e em Salvador, às 10. Dia 16/7 a Marcha acontece em Curitiba (11 hs, na Praça Santos Andrade). Veja toda a agenda da Marcha da Liberdade aqui.
E se você não sabe que cartaz levar pra Marcha das Vadias, o ilustrador Carlos Latuff taí pra te ajudar.
24 comentários:
Vamos em frente mulheres de Minas Gerais, temos que mudar a situação da mulher no nosso país, e vcs estão dando um grande passo para essa conscientização.
Temos que nos fazer ouvir de alguma maneira, e lutar pra acabar com tantas injustiças que nós mulheres sofremos dessa sociedade tão machista, parabéns!!!!!
Ai Lola, quase chorei com o post! Estamos num momento tão decisivo da nossa história, tantas marchas acontecendo, revoluções, greves, não podemos ficar paradas! Tenho 19 anos e me orguho de ser jovem e idealista, mesmo que me ridicularizem, zombem acreditando que a injustiça e o preconceito nunca acabarão. Eles estão enganados! Ainda há jovens em todo mundo, em plena geração twitter e facebook, que não se curvarão ao conservadorismo!
E que todas nós feministas, ou mesmos as que ainda não descobriram a liberdade e a força desse movimento, lutem por seus direitos! E que homens e mulheres possam construir um mundo mais justo pra todas as pessoas, exigindo de seus govenos posições justas e de acordo com nossas reinvidicações! Juntos somos mais fortes!
Daqui a pouco to indo lá pra Marcha da Liberdade aqui em SP. Vai ser foda!
Palmas para as moças de Minas Gerais! Espero que a organização de uma Marcha das Vadias aqui no Rio de Janeiro esteja bem adiantada.
Não irei à Marcha da Liberdade hoje, pois Copacabana fica um tantinho longe da minha casa.
Parabéns Lola e Bruna,
é claro q não vamos excluir mulheres q ainda não entenderam o sentido do termo feminista. Acho que a ideia da marchar é incluir todas e todos na luta contra a violência do estupro. Agora, claro que quem está a frente da realização das marchar precisa ter ao menos noção de que esta é uma luta feminista. parabens!
e sim, 2011 é o novo 1968, só que vai ter resultados melhores!!!
Se tivesse aqui em Sobral, talvez eu fosse...
HAHAHAHA tou comentando sem ter lido todo o post ainda, mas só queria dizer que ADOREI os cartazes / posters / whatever da marcha. Muito bons! xD
Ah, isso é inspirador. Muito mesmo. Se eu tivesse $$$ para me deslocar até uma dessas regiões com Marchas, caraca, já tava com malinha feita e tudo, rs. Mas apoio é o que não faltará por minha parte. Fuzilarei com os olhos e com palavras (sempre inteligentes, claro, rs, nada de baixaria e descontrole) aqueles que abrirem a bocona para reclamar dessas marchas. Até mais o/.
OMG! onde está, ou melhor, como andam as coisas lá para o lado do MP...incitação ao crime e tal.
O mais maravilhoso é ver mulheres do mundo inteiro reagindo. aquelas crazys, dirigindo seus carros, pela noite e filmando. Já pensou que dirigir fosse transgredir?
beijos
Sou de Juiz de Fora e só aqui vi a divulgação da marcha, e com só abri o Blog agora, perdi a marcha! Queria muito ir... uma pena.
Mas parabéns a todas as envolvidas em todas as cidades, é uma grande iniciativa!
A marcha de BH foi bem legal, tod@s estavam bem animad@s!! Falamos mto para a imprensa frizando que a marcha era sobre a violência contra a mulher.
as palavras que gritamos foram muito legais:
"A nossa luta é todos dia
Mulher não é mercadoria!"
"A nossa luta é por respeito
Mulher não é só bunda e peito!"
Panfletos sobre o movimento foram entregues explicando o feminismo. Muitos homens compareceram, poucos vestidos de mulheres e gritavam ao nosso lado.
Quando encontramos com a marcha da liberdade foi bem legal.
Mas ao longo do percusso junto a el@s as vagabundas foram perdendo um pouco de voz, mas ainda conseguimos gritar e sair na frente.
Infelizmente o pessoal da marcha da liberdade tomou péssimas decisões de arranjar briga com os guaras municipais da prefeitura, e logo ouve um início de briga, mas tocamos a marcha p evitar mais problemas!
Chegando a praça da liberdade as vadia se juntaram p fazer uma colcha com as nossas mãos e beijos. Foi uma marcha longa, começou às 13hs e terminou eram 17 horas.
Foi ótimo aqui em BH tbm! Vi uns cartazes te apoiando, e no meu, claro, estava a hashtag #meprocessaTas. ;)
Meninas, vejam a que nível chega a estupidez humana.
http://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=210061075696072&id=100001909008194¬if_t=share_reply
Muito bom, Lolinha!
Só tenho um comentário a fazer: pô, querida, eu sou jovem, me considero idealista e militante e pretendo ser assim pro resto da vida, mas não sou muito chegada a participar de passeata, não. Primeiro, pq moro no interior de SP e raramente tem alguma manifestação na minha cidade, mesmo, e grana de estudante é curta pra ficar viajando pra capital. Segundo pq a única manifestação em que eu estive me fez desacreditar a coisa, pq eu me senti numa reunião de amigos, num clubinho do qual eu não fazia parte, em mais uma festa da qual eu era excluída - é, com toda gente bebendo e tals (não bebo, não fumo etc). É bem provável que eu tenha tido um exemplo muito infeliz de passeata, mas a minha fobia social até hoje contribui pra eu associar qq massa de gente a essa experiência frustrante... :( Mas enfim, não vamos falar das minhas neuroses.
A questão é que eu não me considero menos militante por não me meter na multidão, não, sabe? Particularmente, eu me acho até mais militante do que alguém que foi lá, deu a cara pra bater mas, na hora em que foi dar declarações, amarelou e não se declarou feminista. Eu tô sempre dando a cara a tapa nos debates em sala de aula, na internet, com conhecidos, sempre me declarando feminista com todo orgulho do mundo! E quanta gente que não se interessa por política e afins, quase nunca nem lê jornal, eu não mudei com a minha conversa? E se eu te falar que conquistei uma amiga que nunca se interessou por feminismo, e que é atleta, divulgando aquele seu texto sobre os uniformes sexies? Poxa, eu milito, sim! Sou jovem, sim! Aliás, pq associar idealismo apenas aos jovens?
Meu próximo passo será começar um blog... eu dou todo apoio às passeatas e a quem participa delas, mas acho que me expresso melhor e sou mais atuante na palavra escrita, no debate, na roda de amigos do que no meio das multidões, as quais o meu pouco traquejo social me faz odiar.
Lolíssima, obrigada por todo o apoio =)
aqui tem algumas fotos legais da nossa marcha, e também todos os cartazes da convocatória: http://migre.me/5551t
vamos dar continuidade à confecção dos cartazes, mas agora com fotos de pessoas que compareceram á marcha! Vai ser lindo!
Aqui um vídeo com uma breve aparição minha e do Tulio Vianna: http://www.alterosa.com.br/html/noticia_interna,id_sessao=9&id_noticia=56459/noticia_interna.shtml
Eu fiquei super feliz com a marcha, super mesmo! Universitárias, prostitutas, idosas, senhoras, crianças... e MUITA adesão por parte das pessoas que passavam na rua =)
Viva!
Keep walking, slut!
Liberdade é isso... Marchas e mais marchas!
Querida Lola, obrigada por me dar vários elementos para pensar sobre essa questão. Sou do Rio, mas vim ontem para BH para participar da marcha - e foi lindo. Tudo isso que você disse, um clima ótimo. E várias discussões rolando - via FB, com os amigos, no botequim... Várias demandas interessantes, reunindo política, sexualidade, uso do espaço público... Foi ótimo. E foi lindo o coro que rolou, lá pelas tantas, "Ei, CQC, vai tomar no cú!" :)
beijos!
Comento pouco no seu blog, mas sempre acompanho. Adoro seus posts, acho seu blog um serviço à sociedade... Mas achei muito infeliz você dizer que não sou jovem ou tenho ideais se não vou à passeata.
Poxa, eu ODEIO gente e concentrações, odeio participar desses tipos de coisas e nem que me paguem vou para passeata em prol de coisa alguma, por mais que eu apoie a causa. Nem por isso eu me sinto menos jovem ou menos idealista.
Tenho meus ideais, que acredito com veemência e luto sem pudor. Considero-me um feminista, com muito orgulho (podem me chamar de mangina, mascus, não me importo), além de um adepto forte (e, até certo ponto, radical) do software e conhecimento livre. Nunca deixei de militar pelas minhas causas e sempre fui fieis a elas. Nem por isso fui a sequer uma passeata em toda a minha vida. Só por isso quer dizer que não tenho ideais? Quer dizer que todas as discussões que tive, planfetagens, artigos que escrevi, ações solidárias em ONGs e movimentos da minha faculdade, colaborações, tudo isso foi inútil só porque saí à rua gritando corinhos? Por favor, né...
Acho a Marcha das Vadias e outras manifestações similares super-saudáveis, mas nunca participaria de uma, mesmo que apoie a causa. Eu tenho os meus ideais e luto por eles, eles não foram roubados só porque não tenho desgosto extremo por multidões.
é meio paradoxal o título da marcha com o que as mulheres reinvidicam.Eu sempre achei que uma mulher que use roupas decotadas ou curtas ou justas mulheres,sensuais, nunca vadias,então pra mim é estranho mulheres escreverem cartazes dizendo :somos vadias,pois usamos roupas curtas..
Mulherada,mudem o título,vcs tem o direito de vestirem-se do jeito que quiserem sem serem vadias por isso e sem serem molestadas por isso,a sensualidade é sagrada e não profana.Não se deixem confundir.VADIA É NEGATIVO,SENSUAL É POSITIVO.Sensual é lindo,vadia é feio,é pejorativo.
é meio paradoxal o título da marcha com o que as mulheres reinvidicam.Eu sempre achei que uma mulher que use roupas decotadas ou curtas ou justas mulheres,sensuais, nunca vadias,então pra mim é estranho mulheres escreverem cartazes dizendo :somos vadias,pois usamos roupas curtas..
Mulherada,mudem o título,vcs tem o direito de vestirem-se do jeito que quiserem sem serem vadias por isso e sem serem molestadas por isso,a sensualidade é sagrada e não profana.Não se deixem confundir.VADIA É NEGATIVO,SENSUAL É POSITIVO.Sensual é lindo,vadia é feio,é pejorativo.
Lola, eu vi esse texto em um blog chamado Movimento Contestação (Link: http://movimentocontestacao.blogspot.com/2011/06/hoje-e-dia-de-marcha-das-vadias-um.html)
Queria saber a autoria, pois fiquei em dúvida se é deles ou é seu. Estou usando para escrever minha tese sobre a Marcha das Vadias.
Agradeço se puder responder. Abraços. Morgani
O texto é meu, Morgani. É chato quando a pessoa copia o post inteiro, com as mesmas imagens, e só coloca o link no final, não no começo. De qualquer jeito, nesse blog Movimento Contestação (que eu não conheço) colocaram o link pro meu texto no fim.
Postar um comentário