sexta-feira, 13 de novembro de 2009

CRI-CRÍTICA DE TRAILER: LULA, O FILHO DO BRASIL


Meu querido e antigo leitor Vitor (eu posso dizer antigo sem ser indelicada, porque ele é novinho), que já está morando em San Francisco, Califórnia, escreveu nos comentários de Salve Geral que ele tem certeza que o filme não será indicado pro Oscar Estrangeiro (é, eu também tenho, lamentavelmente). E que ele espera que, ano que vem, o escolhido pelo comitê brasileiro (que muda a cada ano) seja Do Começo ao Fim (o Thiago já viu o filme em primeira mão e gostou, não amou). Eu continuo com muita vontade de vê-lo. E Besouro também, seus fãs de Besouro (apesar do título. Sei que é sobre capoeira, não sobre o nojento bicho cascudo que é parente próximo daquele inseto inominável. Mas ontem eu vi na TV que tem uma cidade no Paraná infestada por besouros! Eu já sabia, gente! Toda noite pelo menos um besouro entra aqui em casa e fica esbarrando nas coisas e fazendo barulhos assustadores. O maridão pega com um copinho e o põe pra fora enquanto eu me escondo. Ele, ingênuo, crê que é o mesmo besouro que vem aqui todo dia. Eu provei pra ele que não: a gente tem uma tela verde aqui no escri, pra não ter que fechar a janela, e todo dia surgem uns três besouros escalando a tela pra tentar invadir o recinto através da frestinha entre a janela e a tela. E só em um dos dias apareceu uma lagartixa e abocanhou um dos besouros... e engasgou! O besouro era grande demais pra sua estreita garganta lagartixiana. Mas cadê os sapos dessa terra, meu deus? Onde estão os predadores naturais dos besouros? Os passarinhos bem que podiam ser bichos mais noturnos, viu?). Opa, parece que divaguei um pouquinho. Mas então, o único besouro que tá passando aqui na minha cidade é esse da Tela Verde. O outro não vai estrear nunca, infelizmente.
Oh deus, divaguei mesmo. Aham, voltando, o Vitor torce por Do Começo ao Fim pra festa do Oscar de 2011, mas eu disse pra ele que esse filme não tem perfil de Oscar. Incesto, homossexualidade... É muito tema polêmico pra uma só Academia conservadora (se bem que o grupo que escolhe os filmes estrangeiros é menos conservador). E tudo indica que ano que vem o escolhido pra representar o Brasil no Oscar será Lula, o Filho do Brasil. Lógico, se o filme for bom. E esse eu já acho que tem perfil de Oscar, porque fala, em parte, de uma infância difícil (Oscar estrangeiro adora criança), além de ser uma história verídica e contar com um personagem internacionalmente conhecido e popular, o nosso presidente. Que já não será mais presidente quando o filme concorrer ao Oscar, em fevereiro de 2011, se concorrer.
Eu já vi o trailer uma pá de vezes no cinema, e sempre me emociono. Não é a primeira vez que eu choro em trailer. Chorei em Central do Brasil, mas isso foi vendo o trailer depois de ver o filme. O trailer de Filho do Brasil é bem montado, bonito, feito pra comover. Funciona dependendo do que cada espectador acha do presidente. Os 6% ou 16% de brasileiros que o odeiam e querem vê-lo pelas costas já apelidaram o filme de, óbvio, O Filho da Mãe do Brasil, pra não escrever coisa pior neste espaço familiar. Esse pessoal acha péssimo que não façam um filme sobre FHC, aquele sim um iluminado. Por coincidência, muita dessa gente é a mesma que detesta cinema brasileiro porque cinema não deveria receber financiamento público (aliás, nada deveria receber financiamento público num Estado mínimo, nem educação, nem saúde), e porque cinema brasileiro mostra pobreza, o que prejudica a imagem do país no exterior (mas dizer aos quatro ventos que no Brasil nada presta, como essa gente faz, não prejudica). E sem falar que, eca, fazer um filme sobre um analfabeto, né? Cruzes! (O diretor de teatro Zé Celso escreveu um belo artigo respondendo ao Caetano). E o trailer ainda mostra várias imagens sindicais! Se tem uma coisa que esse pessoal odeia mais que analfabeto, é sindicalista, porque como alguém pode ousar constestar decisões patronais, sempre tão justas? Pra direita, sindicalista é tudo grevista, tudo baderneiro (estou mentindo?). Logo, dois minutos de trailer já têm o poder de levar ao vômito aqueles que chamam petista de petralha, e pede-se, encarecidamente, que essas pessoas se abstenham de ver o longa, porque os ruídos que produziriam poderiam incomodar os demais espectadores.
Já eu planejo inundar o cinema enquanto me derreto de orgulho pelo melhor presidente que o Brasil já teve. Nota 4 (em 5) pro trailer. O longa estreia 1o de janeiro, com a direita fazendo algazarra porque haverá exibições a preços populares. Inclusive, bem que podiam fazer um filme chamado Neurose, A Direita do Brasil.

37 comentários:

Lord Anderson disse...

Feliz Sexta-Feira 13 p/ vc.

Olha, geralmente não comento aqui quando o assunto é o presidente pq as reações são emocionais (tanto da parte de quem baba de odio quanto quem baba de admiração) e ai fica dificil ter um dialogo mais pé no chão...

De qualquer forma ainda não vio trailer e vou esperar pelo filme p/ avaliar melhor.

Alba Almeida disse...

Olá, Lolíssima.
Você nem imagina, o quanto me deixa feliz ler um post seu de filmes brasileiros,..nossa!!!! A vida inteira eu me sentia meio que fora da realidade (é que as pessoas riam, “Como pode alguém gosta de filmes nacionais?”). Desde muito pequena eu tenho fascinação por filmes nacionais, ainda que achasse que antes o som era terrível. Nem sei bem o “por que”, apenas que me fascina. ( tem uns meio, meio!?!?!)
E quando você comenta, eu fico seduzida a assistir. Gosto muito.

Boa sexta, beijos e é isso!

Michelle disse...

eu nunca gostei nem desgostei do lula, mas depois de ver td santo dia os caras tentando massacrá-lo, até q mudei um pouco minha opinião... tô louca pra ver o filme, só espero q não seja aquela coisa mto cheia de atores da globo (fica parecendo uma mini-mini-série...)
bjos e bom fds!

Fabiana disse...

Ah, lindo o Trailler, Lola!!! Chorei também.

Me identifiequei muito - minha mãe é retirante nordestina e meu marido metalúrgico.

Daí fica meio estranho dizer que o Lula não tem estudo, né? Se fica tão explícito que ele cursou o Senai. Não sei como é no resto do Brasil, mas aqui no ABC os adolescentes sonham com o Senai, e movem montanhas pra estudar lá.

Bruno S disse...

Eu vi esse trailer no cinema do Shopping Leblon.

Quando começou o trailer o silêncio foi total. O pessoal que frequenta ali, que deve ser parte dos 16% ficou sem reação.

Desconfio que será o filme mais visto no Brasil. E é um dos raros filmes que não leva dinheiro público.

Giovanni Gouveia disse...

respondendo à resposta do post anterior:
"comer um saco de sal" se faz dentro das quantidades diárias de sal, até chegar o final do saco já se conhece bastante da pessoa.
A sala era do Yahoo...

Sobre este post:
Bem, podem "me odiar", que eu passei uns 15 anos dentro do movimento sindical... :D

E fazer um filme sobre o "Farol de Alexandria", ia dar uma sonolência arretada...

Rita disse...

Lola,

também chorei no trailer do Central (depois de ver o filme) e chorei muito no trailer do Caçador de Pipas (depois de ler o livro) e agora estou aqui no funga-funga por ter assistido ao do Lula aí em cima...

Ah, em breve (lá no meu cantinho) um post sobre aquele bicho inominável, ta? Outro ponto em comum, colega. (E falando em coisas em comum, tem aqui no seu blog algum post sobre sua tese? Foi sobre o "Shake" - hehehe, adorei).

Bjs
Rita

Rita disse...

É uma pergunta, ta: foi sobre o "Shake"?

bjs

mary v. disse...

Lola, eu fico toda arrepiada quando esse trailer passa no cinema, emocionada mesmo. Me segura quando sair o filme rs rs.

léia freitas disse...

realmente emocinante! também estou no agurdo da estreia.
"ser alguém na vida"! odeio esta expressão com todas as forças do meu ser.

Ofanso Scliar. disse...

Quanto o filme, pra mim é mais um filme de revolucionário, de personagem carismático (dentro e fora da tela) e de história de vida. Só estranhei o negócio do "preço popular"...

Mudando de assunto, a Lola não vai escrever sobre o famigerado Apagão?
[]'s

Lya disse...

Eu acho que o filme sobre o Lula vai ser um bom filme porque vai contar a historia de um trabalhador que nasceu pobre e chegou onde esta, na presidencia de um dos paises mais importantes do mundo, nao porque eh a vida do Lula. Da mesma forma que "2 filhos de Francisco" foi um filme bom porque contou a historia de uma familia pobre e de duas criancas que sonhavam em ser artistas, nao porque era um filme sobre Zeze de Camargo e Luciano. Eu particularmente nao gosto do Lula (tenho minhas razoes e nao vou ficar discutindo isto aqui porque eh perda de tempo), mas quero assistir ao filme porque quero saber mais sobre a historia dele.

Tina Lopes disse...

Emocionante o trailer, eu não queria nem saber do filme, porque achei ter uma vibe meio Filhos de Francisco, mas agora me interessei. Só não éjusto dizer que os brasileiro conhecem o homem, mas não sua história: a campanha de 2002 com o Duda Mendonça foi praticamente ganha com a emoção - lembra a cena dele sentado no meio do estádio, lembrando das greves, e o som de helicópteros, de gritos; ele chorando ao contar da morte da primeira mulher e ao falar da mãe... se duvidar, aquele programa foi melhor que o filme. Enfim. Vamos lá ver, porque vamos sentir saudades.

Veruska disse...

Adorei o trailler, estou ansiosa pelo filme. Bjo.

Vitor Ferreira disse...

É Lola, eu sei que não tem perfil do Oscar, mas só pela polêmica, pode ser que abocanhe a indicação. E depois de Brokeback Mountain, eles querem tudo menos ser chamados de homofóbicos. Vide Ellen DeGeneres apresentando o evento.

E Lola, não tenho um pingo de vontade de ver o filme do Lula. A história sofrida dele é a mesma da maioria dos nordestinos (não a minha, mas foi a dos meus pais, por exemplo), só tirando o pequeno detalhe de vir a ser presidente... E meus pais são ambos pós-graduados, funcionários públicos, e não são presidentes, mas só de ter condição de mandar um filho pra estudar no exterior já é uma grande conquista. Acho que a Academia vai ignorar esse do mesmo jeito. Sertão e criminalidade a gente cansou de mandar pro Oscar só Cidade de Deus e Central do Brasil, porque são excelentes e muito acima da média, conseguiram reconhecimento.

Acho que a gente tem tantas histórias populares, lendas e contos, que poderiam ser contextualizados em uma realidade atual e fazer algo tipo Amelie Poulain. Acho que seria algo bem mais interessante, do que tiros, drogas, pobreza, calor e falta d'água...

Raiza disse...

Eu gostei bastante do trailer,vou ver o filme.lembro quando saiu um documentário sobre o Lula na campanha presidencial de 2002 (não lembro o nome) foi bem interessante também.Quanto a besouro,eu quero ver por toda aquela coisa da resistência do negro e tal,mas quando penso nas cenas de capoeira eu desanimo.Não gosto de esporte.

Camila Hareide disse...

Ó, Lolinha, faz tempo que não vinha nem escrevia aqui. Mudei o modelo do blog e perdi o seu link, que já tô pondo de volta rapidinho... Então, vi o título do post em outro blog, e aí lembrei que cê tava sumida da minha vida... Já recuperei tuas pílulas diárias!

Obrigada por comentar sobre o filme do Lulinha, porque eu aqui na Noruega em meio às minhas banalidades cotidianas nem sabia do filme. Me acabei de chorar - expatriado tem isso de extra-orgulho, não tem? Ainda mais se tem um pooota orgulho do Lulinha,como eu, que cresci sendo arrastada pra comício do PT por meus pais e usava, aos 10 anos de idade, uma camiseta com a frase "Meu pai nunca votou pra presidente". Triste, né...

Pro povo que o chama de analfabeto, não tenho palavras, só pena. E o pior, tenho vááááários amigos assim...

beijo grande

L. Archilla disse...

Nossa, Besouro deve ser aquele trash que a gente adora! misturar resistência popular com filme de super herói (que é como está sendo vendido, né? tipo, Besouro, o cara!) vai ser o máximo da cafonice. tipo um snakes on a plane brasileiro com temática histórica. adoooro, esse vou conferir no cinema.

Mari disse...

Oi Lola, tô me acabando de ler você. Desde o início, com ênfase para a procura pelo Google. Bom demais!!! Você já pensou em reunir todas as suas crônicas, posts, inclusive os comentários, num livro? Eu compraria e daria de presente para os amigos, família, amigos dos amigos, agregados, a biblioteca da minha cidade etc e que tais. Menina, você escreve muito bem, de um jeito que deixa com vontade de quero mais, falando, contando, nos fazendo dar risada. Parabéns, parabéns a você. Que bom, que bom ter encontrado seu blog.Parabéns à sua mamacita, ao maridão, aos gatos, e a tudo e a todos que te deixam feliz.

kai disse...

Lola, coloca seu email aí pra gente mandar comentarios/agradecimentos/ sugestoes de pauta. procurei e procurei e nao consegui achar! bjos!

lola aronovich disse...

Anderson, feliz sábado 14! (eu lembro do Casseta e Planeta fazendo uma brincadeirinha sobre isso).


Albinha, pois é, no nosso meio social deve ter mais gente que fala MAL de filme brasileiro do que bem. Eu acho muito estranho. Tem filmes bons e filmes ruins como em qualquer país, ué. Mas é bom ver um filme falado na nossa língua. E concordo que o som muitas vezes era horrível. Melhorou muito!

lola aronovich disse...

Michelle, imagino que vc não deve ser a única a ter essa reação de gostar do Lula após ver os massacres diários contra ele. Também espero que o filme não seja um desfile de atores globais. Pelo menos o protagonista é desconhecido.


Fabiana, exato, nào entendo isso de dizer que o Lula não tem estudo, já que ele fez Senai. Eu vejo um monte de gente dizendo que cursos técnicos podem ser mais úteis que uma universidade... e essa mesma gente critica o Lula por ter um curso técnico, não uma universidade!

lola aronovich disse...

Bruno, há há, acho que a primeira vez que vi o trailer foi na sessão de Bastardos Inglórios (a primeira das três vezes que vi o filme). E foi um silêncio sepulcral, seguido de alguns gozadores aplaudindo no final, sarcasticamente. Mas nas outras vezes não percebi nada. Às vezes acho que dá pra ouvir o pessoal se MOENDO de raiva, sabe?


Gio, eu tenho muito respeito pelos movimentos sindicais. Algum dia conto sobre minha breve experiência como assessora de imprensa num sindicato de bancários.... Faz muitos e muitos anos... E um filme sobre o Farol iria concorrer com Senhor dos Anéis a Maior Sonífero.

lola aronovich disse...

Rita, ah, que gracinha vc, fungando-fungando...
Já escrevei sobre minha tese, sim. Tá aqui. Um pouquinho mais aqui.


Mary V, fico feliz em saber que eu não a única maria mole a chorar em TRAILER de filme! Vamos alagar as salas!

lola aronovich disse...

Léia, bem notado! Também odeio essa expressão de “ser alguém na vida”.


Ozznofa, sobre o preço popular, tem alguns sindicatos que vão exibir o fime grátis pros seus associados. E acho que haverá um esquema com preço mais barato, pra que mais gente possa assistir (sabe quando fazem promoção de filme nacional com ingresso de 2 reais? Imagino que seja algo do gênero). E o dvd será lançado em dvd no dia do trabalho, 1o de maio. Também a preço mais baixo que um lançamento comum de dvd. Eu acho ótimo, ué.
Sobre o Apagão, em SC não aconteceu nada. Depois vi que ele consta como um dos “18 estados afetados pelo apagão” porque faltou luz durante alguns minutos em UMA cidade do estado. Pessoalmente, eu tava jogando pôquer com uns amigos naquela noite. Ah, nem tem o que falar, né? Comparar o acontecimento de uma noite com os dois anos de racionamento do governo FHC, que custou ao país 45 bilhões de dólares (e continuamos pagando), parece brincadeira...

lola aronovich disse...

Lya, é um bom ponto. Realmente, apesar de eu não gostar de música sertaneja, gostei bastante de 2 Filhos de Francisco. Mas vc acha que o pessoal que odeia o Lula vai conseguir encarar O Filho do Brasil dessa forma? Como o de um cara miserável que “chegou lá”?


Tininha, mas concordo com o tagline de não conhecermos a história do Lula. Eu acompanho a trajetória do Lula desde... desde que me conheço por gente. Desde as Diretas Já, digamos, em 83-4. E fiz muita campanha pra ele em 89. Mas eu não conheço bem a história do Lula, não. Conheço assim em linhas gerais, um pouquinho daqui, outro pouquinho de lá. Mas ver a história contada de forma linear vai ser muito bom!

lola aronovich disse...

Veruska, eu tb tô ansiosa!


Vitor, mas só porque essa história sofrida do Lula é parecida com a de boa parte dos nordestinos (com o detalhe de não chegarem à presidência) não inviabiliza a história, né? O negócio é que o Lula é o presidente mais popular que o Brasil já teve. O Lula é pop. Ele deve deixar o governo com uns 80% de aprovação de bom/ótimo (FHC saiu com 25%). E a aprovação à pessoa dele como presidente é ainda maior que a aprovação ao seu governo. Pode não parecer porque na internet só vemos uns 20% da população, tudo classe média, e aí os ânimos estão mais divididos. Mas tem muita gente que adora o Lula (eu inclusa). Tenho enorme orgulho mesmo. Pra gente como eu, um filme desses, cheio de emoção, é muito legal. Se o filme for bom, e for selecionado pra representar o Brasil no Oscar, deve entrar no Oscar 2011. Marque minhas palavras: tem o perfil de filme que o Oscar gosta. E não entra nessa, Vitorzinho, de pedir que o cinema brasileiro deixe de retratar miséria. Nosso cinema tem muita coisa, não é só miséria. “E se eu fosse vc” não tem nada de miséria... Tá cheio de filme retratando a classe alta fingindo que é classe média feito pro público classe média (que é o público que vai ao cinema no Brasil).

lola aronovich disse...

Raiza, pois é, eu não vi o documentário! É o Entreatos, né? Falaram muito bem dele. Eu queria ver. Vi o trailer de Besouro e parece interessante, mas se eu tivesse que escolher entre B. e O Filho do Brasil, meu interesso pelo segundo é muuuuuito maior.


Camila, ah, que bom que vc me reencontrou! E legal vc ter chorado baldes no trailer! Eu sei como é: quando a gente tá no exterior, nosso patriotismo costuma aumentar. Ah, eu tb tenho muito orgulho do Lula. Muito do meu amor por política tem a ver com ele. Eu lembro de tanta coisa, cresci com essas imagens: Lula falando pros metalúrgicos, Lula, nas Diretas Já, comícios do Lula em 89... Tudo isso se confunde com a minha própria adolescência. Não sei se eu seria politizada se não fosse o Lula e o PT.

lola aronovich disse...

Putz, Lau, sua descrição de Besouro me deu até medo. Será que eu vi mesmo o trailer do filme? Agora fiquei com dúvidas!


Mari, ah, que amor! Obrigada por todo o carinho. Já pensei em reunir minhas crônicas com/sobre o maridão num livro (até procurei algumas editoras, sem sucesso—todas me disseram que o negócio é muito interessante e tal, mas elas não publicam crônicas), e até as de cinema. Mas o resto... Não sei, acho que boa parte dos assuntos fica datada rápido, não acha? Mas se algum dia eu publicar um livro eu vou cobrar, viu? Mari comprando uns 20 exemplares! No mínimo!


Pontinho, meu email é lolaescreva@gmail.com Pode deixar sugestões de pauta nos comentários tb. Então, dá pra encontrar meu email indo ao meu perfil no google. Mas antes o perfil saía publicado na abertura do blog, e não sei o que eu fiz pra isso sumir (faz tempo!). Se alguém souber como colocar de volta, avisa, please!

Vitor Ferreira disse...

Lola, não inviabiliza, é uma história bonita, bem cinematográfica, mas pra mim, não é atraente. Acho a um passo do brega (não a história, mas contá-la, porque é difícil não cair nos clichês, igual a história de Zezé e Luciano, que deu no que deu no Oscar). Já foi Cazuza, Zuzu Angel, agora Lula. Vai ter também história de Frank Aguiar, Joelma e Calypso, e daqui a pouco, não duvido nada, Stefhany!

Eu nem acho que o cinema deveria parar de abordar a miséria, mas variar nos assuntos. Os filmes do Daniel Filho (que vai manchar a imagem de Roque Santeiro futuramente) e da Globo filmes eu nem considero cinema. Jamais pagarei ingresso pra ver. Só se eu ganhasse. Acho uma mera extensão da teledramaturgia da rede globo, que funciona na tv (pra quem gosta), mas no cinema não rola. É o tipo de "cinema" feito meramente pra lucrar, copiando Hollywood, antes mesmo de aprender como a fazer filmes de qualidade (que quando Hollywood quer, sabe fazer).

João Daniel Oliveira disse...

Lola, só uma correção: o comitê de filme estrangeiro do Oscar é justamente o mais conservador, com membros mais velhos do que o corpo geral da Academia. Tanto que nos últimos anos, devido a grande quantidade de grandes filmes que foram ignorados por eles, a Academia vem repensando o sistema de votação dessa categoria, e também atraindo membros mais jovens pro comitê - afinal, pra fazer a pré-seleção das dezenas de filmes legendados, tem que ter paciência e tempo de sobra, daí a dificuldade e a predilação original por eleitores mais velhos.

Oliveira disse...

Estória da vida do Lula + Barretão = a Oscar? Não! = a cafajestada da grossa, isso sim!

Thiago Lasco disse...

"Do Começo ao Fim", representando o Brasil no Oscar?! Pas du tout, não tem a menor chance. Por mais boa vontade que nós gays tenhamos com nossos produtos culturais (falei sobre isso em meu post mais recente), e por mais bonito que seja o casal protagonista, o filme simplesmente não tem estofo pra concorrer. Não tem história, conflito, nada. E ele faria ainda menos sentido diante de audiências de países em que a homossexualidade é vista de forma menos complicada que no Brasil. Só gostei do filme pq tenho um lado menininha. Mas o Oscar jamais compraria uma "Sabrina-para-gays".

Paula disse...

EEstou viajando a Bolívia para cobrir as eleiçoes há umas duas semanas e sempre que falo que sou brasileira uma da primeiras coisas que as pessoas fazem é elogiar o Lula. E isso sem gancho. Cheguei a ouvir que o Brasil é uma utopia na América Latina. É muito bacana. Dá um baita orgulho saber que nos ùltimos sete anos o país udou pacas e que isso se reflete na forma como os outros o enxergam - nao que o Brasil já nao fosse simaptico aos outros antes. O pessoal contra e a favor do governo Evo elogia o Lula e o coloca como exemplo. A mídia pode tentar, mas fora do Brasil esse papo de que o presidente é ruim nao cola.

Anônimo disse...

" Através de um controle extremamente centralizado de diversas áreas de influência no universo da cultura, a propaganda nazista utilizou os recursos da imprensa e das novas mídias, como o rádio e a televisão. Uma atenção especial foi conferida ao cinema, não só pela importância que Goebbels conferia a este veículo como arma política, quanto em função de seu gosto pessoal pela arte cinematográfica."

Depois do filme, lá por agosto, mensagens surgirão nos celulares de baixa renda.
Mais 12 anos...

Lenita disse...

Anônimo disse...
" Através de um controle extremamente centralizado de diversas áreas de influência no universo da cultura, a propaganda nazista utilizou os recursos da imprensa e das novas mídias, como o rádio e a televisão. Uma atenção especial foi conferida ao cinema, não só pela importância que Goebbels conferia a este veículo como arma política, quanto em função de seu gosto pessoal pela arte cinematográfica."

Depois do filme, lá por agosto, mensagens surgirão nos celulares de baixa renda.
Mais 12 anos...

Danielle disse...

ola, sou jornalista e trabalho no Jornal Tribuna, no Paraná, gostaria muito de colocar sua critica sobre o filme do Lula no Jornal, colocando é claro a sua autoria.

Você me autoriza? por favor responda no meu email: daniellebraz00@gmail.com
Obrigado