Um filme que não tem esperança nenhuma na humanidade.
É verdade que todo mundo pára pra ver um acidente, e que, quando tem alguém ameaçando pular de um prédio, sempre tem um coro de “Pula! Pula!”. E não resta dúvida que a gente é atraída pela violência. Mas, se aparecesse um psicopata desses na vida real e fizesse um site com vítimas que morrerão de acordo com o número de cliques, o site dele teria mais acessos que o meu? Opa, pergunta errada. Acho que teria sim. A pergunta que não quer calar é: as pessoas acessariam, mesmo sabendo que estariam colaborando com a morte de alguém? O pior é que eu acho que sim. Eu não clicaria, assim como não assistiria a um snuff movie. Mas eu desvio o olhar num acidente, não sou fã de “Jogos Mortais”, “Albergue” e “Faces da Morte”, não fico vendo fotos de gente desfigurada na internet. Não posso falar o mesmo de vários adolescentes que conheço.
É só andar pelos sites pra ver como tem menino perturbado por aí. Se há site onde pessoas expõe seus problemas, vai ter sempre comentários cruéis de gente que não tem mais o que fazer. Não acho que o filme viaja muito ao incluir comentários do tipo “Já foi um gatinho e três homens. Que tal umas garotas agora?” ou “Como posso fazer um download dessa imagem?”. Mas 25 milhões de acessos? Isso não sei se acredito. Há tanto americano sem noção?
E aí fico com outra dúvida: será que nessas horas o patriotismo entra na jogada? Por exemplo, se a vítima fosse americana e o acesso ao site estivesse permitido em outros países (não tá no filme, o que não fica explicado), os adolescentes iranianos clicariam mais vezes? Ou se a vítima fosse negra, os grupos nazistas colocariam um link pra página “Kill With Me”? Por sinal, não existem negros no filme. Nem estrangeiros. É pra fugir de controvérsias, suponho.
Diane Lane é linda. Fico feliz que ela ainda consiga papéis, mesmo depois dos 40.
Lembro dela em “Vidas sem Rumo”.
Gosto do Billy Burke. Ele pode não ser o melhor ator do mundo, mas é uma gracinha. Em Banquete de Amor (“Feast of Love”) tava sexy.
O pessoal vive tentando imitar “Silêncio dos Inocentes”, mas o máximo que consegue alcançar é “Colecionador de Ossos”.
Esses filmes aumentam o número de mulheres no FBI? Parece que “Silêncio” fez um monte de menina tentar ser recrutada.
Pelo menos o filme parece deixar bem claro quem são os maiores responsáveis pela violência: os homens. Uma hora o serial killer fala do mal que os homens fazem às mulheres para que outros homens assistam. Ou logo no começo, vão atrás de um ladrão da internet, que pega senhas dos usuários. Descobrem uma mulher que mora sozinha, e meio que imediatamente a descartam.
O maridão ficou muito do nervosinho com o meu papo de “mulher não é serial killer, mulher não estupra, mulher não é pedófila, nas guerras mulher é só vítima. Vocês homens são o câncer do planeta”. Ele levou pelo lado pessoal.
Claro que o filme é tão sensacionalista como um site que fizesse isso. Não é muito diferente de “Jogos Mortais” e outros exemplares do “torture porn” - várias maneiras criativas de inflingir dor. Mas claro que se concentra mais nos mocinhos. Ou, neste caso, na mocinha.
Ficção? Espero que sim, e que ninguém tente imitar. Acho que não dá pra fazer um site que não possa ser tirado do ar. E precisa ter muito equipamento e lugar vazio pra tentar isso.
O diretor Gregory Hoblit já cometeu atrocidades piores contra a humanidade.
Não achei ruim. Nem bom. Já vi piores.
O carinha que faz o colega dela no FBI é filho do Tom Hanks!
Matar gatinhos pra mim deveria ser crime inafiançável.
É como o personagem do Billy dizer que não gosta de cinema, mas ele tá aí num filme. Mesmo tipo de hipocrisia. E aquilo é merchandising do FBI? Quando os caras quase prendem um cara por copiar filmes, e o Billy olha o aviso do FBI e diz “Você não pode negar que foi avisado”.
É verdade que todo mundo pára pra ver um acidente, e que, quando tem alguém ameaçando pular de um prédio, sempre tem um coro de “Pula! Pula!”. E não resta dúvida que a gente é atraída pela violência. Mas, se aparecesse um psicopata desses na vida real e fizesse um site com vítimas que morrerão de acordo com o número de cliques, o site dele teria mais acessos que o meu? Opa, pergunta errada. Acho que teria sim. A pergunta que não quer calar é: as pessoas acessariam, mesmo sabendo que estariam colaborando com a morte de alguém? O pior é que eu acho que sim. Eu não clicaria, assim como não assistiria a um snuff movie. Mas eu desvio o olhar num acidente, não sou fã de “Jogos Mortais”, “Albergue” e “Faces da Morte”, não fico vendo fotos de gente desfigurada na internet. Não posso falar o mesmo de vários adolescentes que conheço.
É só andar pelos sites pra ver como tem menino perturbado por aí. Se há site onde pessoas expõe seus problemas, vai ter sempre comentários cruéis de gente que não tem mais o que fazer. Não acho que o filme viaja muito ao incluir comentários do tipo “Já foi um gatinho e três homens. Que tal umas garotas agora?” ou “Como posso fazer um download dessa imagem?”. Mas 25 milhões de acessos? Isso não sei se acredito. Há tanto americano sem noção?
E aí fico com outra dúvida: será que nessas horas o patriotismo entra na jogada? Por exemplo, se a vítima fosse americana e o acesso ao site estivesse permitido em outros países (não tá no filme, o que não fica explicado), os adolescentes iranianos clicariam mais vezes? Ou se a vítima fosse negra, os grupos nazistas colocariam um link pra página “Kill With Me”? Por sinal, não existem negros no filme. Nem estrangeiros. É pra fugir de controvérsias, suponho.
Diane Lane é linda. Fico feliz que ela ainda consiga papéis, mesmo depois dos 40.
Lembro dela em “Vidas sem Rumo”.
Gosto do Billy Burke. Ele pode não ser o melhor ator do mundo, mas é uma gracinha. Em Banquete de Amor (“Feast of Love”) tava sexy.
O pessoal vive tentando imitar “Silêncio dos Inocentes”, mas o máximo que consegue alcançar é “Colecionador de Ossos”.
Esses filmes aumentam o número de mulheres no FBI? Parece que “Silêncio” fez um monte de menina tentar ser recrutada.
Pelo menos o filme parece deixar bem claro quem são os maiores responsáveis pela violência: os homens. Uma hora o serial killer fala do mal que os homens fazem às mulheres para que outros homens assistam. Ou logo no começo, vão atrás de um ladrão da internet, que pega senhas dos usuários. Descobrem uma mulher que mora sozinha, e meio que imediatamente a descartam.
O maridão ficou muito do nervosinho com o meu papo de “mulher não é serial killer, mulher não estupra, mulher não é pedófila, nas guerras mulher é só vítima. Vocês homens são o câncer do planeta”. Ele levou pelo lado pessoal.
Claro que o filme é tão sensacionalista como um site que fizesse isso. Não é muito diferente de “Jogos Mortais” e outros exemplares do “torture porn” - várias maneiras criativas de inflingir dor. Mas claro que se concentra mais nos mocinhos. Ou, neste caso, na mocinha.
Ficção? Espero que sim, e que ninguém tente imitar. Acho que não dá pra fazer um site que não possa ser tirado do ar. E precisa ter muito equipamento e lugar vazio pra tentar isso.
O diretor Gregory Hoblit já cometeu atrocidades piores contra a humanidade.
Não achei ruim. Nem bom. Já vi piores.
O carinha que faz o colega dela no FBI é filho do Tom Hanks!
Matar gatinhos pra mim deveria ser crime inafiançável.
É como o personagem do Billy dizer que não gosta de cinema, mas ele tá aí num filme. Mesmo tipo de hipocrisia. E aquilo é merchandising do FBI? Quando os caras quase prendem um cara por copiar filmes, e o Billy olha o aviso do FBI e diz “Você não pode negar que foi avisado”.
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