segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

GUEST POST: DIA DA VISIBILIDADE TRANS

Travestis e simpatizantes na Marcha da Abertura em Porto Alegre

Ontem foi Dia da Visibilidade Trans, da qual muita gente está falando hoje (porque domingo é meio que um dia de invisibilidade bloguística), através inclusive de uma blogagem coletiva. Por que é fundamental um Dia da Visibilidade Trans? Porque, sem querer entrar nas Olimpíadas da Opressão e ter que escolher o grupo mais estigmatizado e discriminado, sabemos que a sociedade é extremamente preconceituosa com travestis.
Na definição mais simplista, travestis são pessoas nascidas num corpo masculino que, através de hormônios e cirurgias plásticas, passa a ter características físicas de uma mulher, com exceção da vagina (e útero etc). Já transexuais são pessoas que fizeram ou estão pra fazer a mudança de sexo. Há várias confusões e discordâncias a respeito dessas definições.
Gente ignorante (no sentido de não saber nada do assunto) e preconceituosa costuma confundir tudo, identidade sexual (trans/mulher/homem etc) com orientação sexual (homossexual/bissexual/heterossexual etc). E uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Precisamos sair um pouco da caixinha e deixar de pensar em termos de gêneros binários (homem/mulher, geralmente nessa ordem). Claro que isso é mais fácil falar do que fazer. Mas um primeiro passo é respeitar quem é diferente (lembrando que, de uma forma ou de outra, tod@s somos diferentes). Não cabe a ninguém ser um guardião da "normalidade" e sair por aí decidindo a identidade sexual de uma pessoa. Se uma travesti adota um nome de mulher, respeite sua decisão. Chame-a pelo nome de mulher, ué. Se um transexual tem um nome masculino, chame-o pelo nome masculino. Chamar pelo nome que a pessoa escolheu é um primeiro passo até pra evitar termos pejorativos como traveco e afins. A identidade sexual é muito importante, mas não devemos ser restringidos por ela (por exemplo, eu sou mulher, mas não sou apenas uma mulher, e nem quero que todo o meu ser seja resumido a essa identidade).
Pedi a Luisa Helena Stern, mulher transexual e conhecida militante LGBTTT, para escrever sobre o Dia da Visibilidade Trans. Ela escreveu sobre o Dia Nacional da Visibilidade das Travestis, já que a comemoração, quando foi criada, oito anos atrás, referia-se apenas a travestis. Luisa explica que essa é a denominação oficial, e que incluir transexuais na mesma data comemorativa ainda depende de reuniões e encontros. Ela conta como a data foi celebrada no Fórum Social, em Porto Alegre.

O Dia Nacional de Visibilidade das Travestis é comemorado no dia 29 de janeiro, em referência ao lançamento da primeira campanha específica para esta comunidade, chamada “Travesti e Respeito”, feita pelo então Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde, em 2004.
A partir de então, a data se tornou uma referência nacional, e a cada ano se realizam dezenas de atividades pelo Brasil, sendo uma delas de repercussão nacional.
Neste ano de 2012, as atividades oficiais do Dia Nacional da Visibilidade das Travestis foram realizadas em Porto Alegre, na programação do Fórum Social Temático, sendo a principal atividade promovida pela ANTRA - Articulação Nacional de Travestis e Transexuais, com apoio da ABGLT e parceria/financiamento dos Ministérios da Saúde e dos Direitos Humanos (SDH/PR).
A entidade responsável pela organização foi a Igualdade RS - Associação de Travestis e Transexuais do Rio Grande do Sul, com a presença de lideranças nacionais e artistas travestis de várias regiões do Brasil.
Então, como cidadã de Porto Alegre e militante da Igualdade RS, tive a oportunidade de colaborar na organização das atividades e participar delas da maneira mais intensa, desde que esta data foi criada.
As manifestações foram as seguintes:
24/01 – Marcha de Abertura do Fórum Social Temático: as travestis portaram uma faixa com os dizeres “Sou travesti, tenho direito de ser quem eu sou” (foto acima), trazendo a sua visibilidade aos milhares de participantes do Fórum e ao público que estava assistindo.
26/01 – Mesa de Diálogos - Dia da Visibilidade das Travestis: Saúde, Educação, Segurança Pública: roda de conversa entre lideranças nacionais das travestis, representantes de vários Ministérios e de órgãos públicos estaduais e municipais, debatendo as dificuldades, prestando contas das conquistas e propondo novas soluções.
27/01 – Noite Cultural e Miss Igualdade: apresentações de artistas travestis, como Renata Perón, que gravou um CD em que canta apenas músicas de Noel Rosa e ainda interpreta várias outras canções da nossa MPB, Angela Leclerry, que com seu vozeirão de cantora lírica faz arrepiar o público e a versatilidade de Marina Garlen.
No meio de tudo isso, a entrega de troféus por Marcelly Malta, Presidenta da Igualdade RS, a diversas autoridades, personalidades e ativistas que são parceiros tradicionais das travestis na busca pela conquista da sua cidadania.
Se neste ano foi assim, pretendemos fazer muito mais em 2013, porque provavelmente o Fórum Social Mundial voltará a ser sediado em Porto Alegre, dando uma dimensão ainda maior a todos os eventos que acontecerem dentro da sua programação.

133 comentários:

Gabriele disse...

Nossa, nem consigo imaginar como deve ser difícil ser travesti ou transexual nesse país. A gente vê muita crueldade, deve ser muito difícil para quem passa por isso diariamente.

Esse tipo de debate e momento de reflexão pode gerar mudanças positivas. Admiro muito a militância LGBT! Sigam em frente!

Maria Luiza disse...

Esse tipo de coisa é muito importante. A falta de conhecimento é o que mais cria ódio.
Parabéns para os organizadores, excelente post, Lolinha! Bora continuar nesse caminho, pelo fim do preconceito.

Carol M disse...

Sinto tb muita falta ao que se referem a homens transexuais. Estes praticamente são tratados como se não existissem. Fui procurar alguma imagem sobre o dia da visibilidade trans que tivesse homem e mulher transexual e só achei com mulheres e travestis.

Bruxo Nefasto disse...

Nada contra, so acho que eles deveriam ficar em casa para não chocar a vista de quem passa por eles na rua.

Relicário disse...

Bom pra começar vou elogiar a inicitiva.

No entanto, acredito que muito do preconceito e da "ignorância" em relação ao assunto ocorre por falta de einformações e desencontro entre os conceitos repetidos e a realidade propriamente dita.

Muito do preconceito contra travestis se dá em virtude que em sua maioria acabam optando forçosamente pela prostituição. É uma realidade, sem conseguir emprego em outras áreas, o travesti acaba tendo que se vender para sobreviver.

Conheço homossexuais, transsexuais trabalhando em várias áreas profissionais, mas infelizmente não conheço nenhum travesti que não tenha sido obrigado a se prostituir.

É difícil defender a bandeira de um movimento sem informações, difícil entender o que eles passam e como se sentem e o que desejam, sem matérias e artigos sobre o assunto.

Portanto a idéia de um dia para falar especificamente sobre os travestis é muito bem vindo, melhor ainda se vier recheado de informações, pois só a festa, passeatas sem esclarecimentos não vão trazer o respeito merecido.

Hamanndah disse...

Lindo o seu post

Como sempre, mandou bem

Um beijo
Hamanndah

Matheus disse...

Muito interessante a iniciativa em torno do Dia Nacional da Visibilidade Travesti. Espero que o foco se estenda também aos transexuais e que o dia passe a ser de visibilidade travesti e transexual.

Confesso que até hoje não entendi por que a sigla oficial é "LGBT" (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) e não "LGBTT" (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Eu costumava usar "LGBTT", mas um militante me disse que estava errado e eu aderi à nomenclatura oficial para não descaracterizar o movimento.

Concordo com você, Lola, no que tange ao tratamento. Se um travesti escolhe para si um nome social ou se um transexual opta por um nome diferente do esperado para o seu sexo pré-cirurgia, não vejo problema algum em tratá-lo/a pelo nome escolhido e pelos pronomes inerentes ao gênero do nome.

O respeito à dignidade humana é essencial e, a meu ver, deve nortear as relações interpessoais.

Anônimo disse...

Desde 2004 temos um prefeito homossexual na cidade onde moro. Ele não é trans nada; é homossexual. Não é escandaloso e nem cheio de lero-lero. Pelo visual, não se nota homossexualidade nele. É casado com outro homem com a mesma aparência e discrição do prefeito.

Pela primeira vez a cidade está com dinheiro em caixa, a cidade está sendo melhorada, e a cada eleição ele é reeleito.

Luciana Santa Rita disse...

Oi Lola,

Além de toda situação, entendo ser humilhante ser chamada em um médico ou outro local com público, pelo nome de registro. A questão é principalmente humana.

Excelente a divulgação!

lola aronovich disse...

Bruxo Nefasto:
Nada contra os idiotas preconceituosos, só acho que eles não deveriam falar ou escrever para não chocar as pessoas que pensam.

Maria Luiza disse...

Eu acho que o T é de Transgenero... eu acho que serve pros dois. Só acho, se alguém puder confirmar ou me corrigir, agradeço..

Bruno S disse...

Os grupos citados no post ficam tão à margem, que o número de comentários do post foi bem mais baixo que a média.

A dificuldade em lidar/falar sobre o tema demonstra que é o preconceito ainda resiste mesmo em grupos mais libertários como o do blog.

Anônimo disse...

Nascida Luís Roberto Gambine Moreira, teve seu nome, bem como gênero, alterados em 10 de março de 2005 pela 9ª Vara de Família do estado do Rio de Janeiro, sendo uma das mais conhecidas transexuais do Brasil. Em 1984, Roberta Close foi a vedete do carnaval carioca.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Roberta_close

vídeo de entrevista
http://www.youtube.com/watch?v=7qFx_Csdeks

Sara disse...

Bruno S vc tem razão, eu mesma nem ia comentar nada pq acho q nem tenho nada a acrescentar, e tb nunca conheci um travesti ou transsexual pra ser sincera confundo os termos, não conheço a realidade de pessoas assim.
O pouco que sei é atraves de televisão ou filmes.
Só decidi comentar pq uma vez assisti a uma entrevista com um travesti chamado Leo Aquila, e fiquei comovida com uma frase que ele disse, eles dizia que embora ele fosse famoso e bonito, era chamado para festas, paradas, mas que ninguem o chamava para comer um macarrão em casa.
Achei a frase tão singela, mas acho que como ele muitos devem sentir essa falta de aceitação.

Beatriz disse...

Linda iniciativa!Posso aproveitar e divulgar um documentário bem legal que uns colegas de faculdade fizeram sobre o tema? Quem quiser assistir, tá disponível aqui http://cameraweb.ccuec.unicamp.br/video/cw1705057/

Lola, queria sugerir um post, nessa linha, sobre um assunto q acho muito interessante e muita gente desconhece: a questão da diferença entre identificação de gênero e orientação sexual. Conversei sobre o tema com um conhecido homossexual, q me falou da dificuldade das pessoas entenderem q, por exemplo, muitos transexuais se tornam mulheres lésbicas, já q genero e orientação sexual não é a mesma coisa. Queria muito saber mais sobre o assunto.

Beatriz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Lola,

Venho aqui agradecer o convite para este "guest post" e cumprimentá-la pela coragem em abordar um tema que é visto com menosprezo e preconceito, mesmo por muitos que se dizem progressistas e defensores das minorias.

Por enquanto é isso, pretendo acompanhar os comentários e me coloco à disposição de quem ficou com dúvidas ou tem interesse no assunto.

Bjus, Luísa.

Loja Moeggall disse...

Difícil não perceber um travesti, hein?
O que mais que eles querem?

Loja Moeggall disse...

Luisa, transexual e travesti são coisas diferentes, né? O travesti geralmente tem um nome artístico e não se veste de mulher 24/7, com exceção de uns poucos, como a Rogéria. E por visibilidade, você quer dizer o quê? Você gostaria de ser tratada como uma mulher em todos os sentidos ou como um transexual/travesti? Por que um transexual deveria ter mais visibilidade do que uma mulher qualquer? Eu não entendi. :))

Loja Moeggall disse...

Como agir no caso do crossdresser Laerte Coutinho, que pensa que por que se veste como mulher, tem direito a usar um banheiro público feminino? Você não acha meio temerário se essa moda pega? Qual é o problema se ele usar o banheiro masculino? Ele não é um homem?

Anônimo disse...

Pra quem tiver interesse em ler sobre:

Cross-dressing
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crossdresser

Travestismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Travesti

Transexualidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transexualidade

Anônimo disse...

Concordo com a Carol, no que tange a homens trans. E isso vale pra travestis FtM ( é assim q escreve?), tanto que "travesti" é, no imaginário coletivo, sinônimo de "caricatura de mulher" ou de "homem bem masculino vestido de mulher".
Pouco se fala sobre pessoas que nasceram biologicamente fêmeas mas que se identificam com o sexo masculino ou adotam tal código de vestimenta.

Dá a impressão que pra, ao menos ter alguma visibilidade é pré-requisito ter nascido com pênis:

Onde estão os homens transexuais? Onde estão Os travestis? Os Drag King?E a variedade de lésbicas?

Comecei a me incomodar com isso quando assisti a dois vídeos de comédia cujo assunto era a comunidade GLBT:
Nos dois eram retratados os vários tipos de glbts do sexo masculino ( ou que nasceram com esse sexo, conforme são conhecidos no meio: a "barbie" , o "urso", a "bichinha pão com ovo", o que "não dá pinta", a "loka", uma drag e assim por diante.

E as lésbicas? No primeiro vídeo que assisti, tinha UMA lésbica pra uns 7 tipos de gays homens, e retratada como "masculina" e UMA bissexual, a "moderninha". No segundo, UMA LÉSBICA e carregando o mesmo estereótipo de "machona" - pra uns 4,5 gays.

Lorena disse...

Excelente abordagem, que bom ver esse post aqui. Parabéns a Lola e a Luísa.

Eu,

travesti não é o homem que se "monta" de mulher para se apresentar, essas são as drag queens. Travestis são pessoas que nasceram no sexo masculino, porém se identificam com a estética e a representação social feminina, ainda que não façam cirurgia de readequação. Ou seja, são mulheres com genitais masculinos. O ideal é chamar essas pessoas pelo nome feminino que escolheram e sempre usar a designação de gênero no feminino. Transexuais femininas são mulheres mas que nasceram com genitais masculinos e fazem a cirurgia de readequação, para terem genitais (e o resto do corpo tb, óbvio) feminino. Mas, até onde eu entendendo e a Luísa me esclareça se estiver errada, querem (e devem) ser tratadas como mulheres que são.

Sobre o caso do Laerte, ele é crossdresser, um homem que se veste de mulher. A questão do banheiro... qual o problema em ele usar um banheiro feminino? Se ele se sente melhor em um banheiro feminino... Que problema ele causaria usando o banheiro das mulheres??
Quero te indicar um texto mto interessante que li esses dias, espero que sirva para a sua reflexão, porque serviu muito para a minha: http://direito.folha.com.br/1/post/2012/01/laerte-e-os-banheiros.html

"Difícil não perceber um travesti, hein?
O que mais que eles querem?"

Eu achei essa sua declaração bastante preconceituosa. O que mais as travestis querem? Respeito, pra começar, seria bom. Oportunidades de emprego, pra ter uma opção que não seja a prostituição, também seria mto bom. Poder viver sem medo de ser agredida e morta, apenas por ser travesti, acho que seria o ideal... Se você acha que ser notada (com olhar de nojo, desprezo e raiva) é o suficiente... Pra mim, mostra que você não tem a capacidade de se colocar no lugar do outro e tentar entender o que ele passa.
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Eu, como amante do cinema, e como sei que você também é, Lola, indico alguns filmes mto bacanas sobre o tema, que eu particularmente amo:
Transamérica, um filme lindo com a Felicity Huffman (de Desperate Housewives) que está ótima no papel de transexual. Foi o primeiro filme com temática LGBT que assisti junto com a minha mãe e ela simplesmente amou, ficou impressionada com a interpretação da Felicity e com a história. Recomendo mto.
La Ve en Rose, sobre um garotinho que quer, a todo custo, ser menina. Já adianto que morri de chorar, pela situação dele, da família, de como a sociedade o trata... é lindo.
Meninos Não Choram, que acredito ser o mais famoso deles, sobre um transexual masculino, interpretado pela Hilary Swank.

Ah, e sobre transexuais masculinos, como algumas pessoas comentaram, é mais difícil mesmo ouvirmos casos, mas eles existem. Pra quem não sabe, o filho da Cher (Chaz Bono) é um transexual masculino. Ele tem inclusive um programa de TV nos EUA hoje em dia.

Lorena disse...

Obs: errei o nome do segundo filme que citei, é La Vie en Rose.

Carol M disse...

Sobre o caso do Laerte, acho patético o pessoal falando que marmanjo vai querer espiar mulheres no banheiro. Eu nunca vi ng pelada no banheiro feminino em 29 anos de vida.
Esqueça a figura do Laerte, vc se incomodaria de dividir banheiro com um travesti aleatório? Eu não.

Bruxo Nefasto disse...

Lola

concordo com vc

Eu fico muito chateado com a crescente onda de esquerdistas preconceituosos.

Eles acham que os homens brancos e de classe média são opressores.

Estão querendo derrubar o liberalismo capital, por pura ignorancia politica e economica.

Foda hein!?

Matheus disse...

Lorena,

Gostei muito da sua abordagem. Parabéns!

Bruno S disse...

Acho que uma exemplo interessante de aceitação é o de Toninho Cerezo com sua filha Lea T.

Ainda mais para um cara que vive num meio preconceituoso como o futebol.

Luisa Stern disse...

Pessoal,

Como a Lorena já respondeu corretamente várias questões, eu não vou repetir, apenas acrescentar o que faltou ou ficou ambíguo.

Crossdressers se caracterizam por ter dupla identidade e guardar segredo absoluto sobre sua identidade e nome masculinos.

O Laerte já tentou participar de um clube de crossdressers, polemizou com muita gente lá dentro e saiu de lá sem saber exatamente o que ele é.

A despeito disso, defendo que ele tem o direito de usar o banheiro feminino quando estiver vestido de mulher, se assim sentir-de melhor.

E o filme é "Ma Vie en Rose", com título em português de "Minha vida em cor de rosa".

lola aronovich disse...

Luisa, que interessante! Não sabia disso que crossdressers mantinham o anonimato de suas identidades masculinas. Então se não quiser manter a identidade (caso do Laerte) não pode ser crossdresser? Já vi várias entrevistas do Laerte dizendo que ele não se encaixava em nenhuma categoria. Mas pensei que os crossdressers ficariam felizes em ter alguém famoso. Ah, e aquele um do BBB, não lembro o nome (Dicesar?), ele não era/é crossdresser?

Carol M disse...

Lola, o DiCésar é maquiador e Drag Queen, a Dimi Kieer, acaba sendo o segundo emprego dele. Não lembro agora o nome artístico mas tinha umas músicas bem legais que ele gravou como Dimi.

Anônimo disse...

A única diferença que parece existir nessa divisão que foi criada entre travestis e transexuais é a divisão classista que relega travestis a uma categoria inferior, divisão que é herança das políticas médicas que insistem em patologizar as experiências trans* e de comentários como estou lendo aqui “Laerte é homem” “é crossdresser” “fulan@ “é” travestitransexuacrossdrezzzzzzzz.
Note o emprego do verbo ser e a busca de uma pessoa da militância para validar as opiniões.
Laerte tem direito de usar o banheiro adequado a sua segurança, ou acham que se Laerte ir no banheiro masculino não corre o risco de ser violentadx/assediadx/discriminadx etc.?
Quem lhes outorga o direito de dizer o que a pessoa é ou não é e onde ela deve ir, como deve se identificar e/ou modificar o corpo?
Agradeço a Lola por linkar meu texto nesse post, e quem leu já sabe minha posição bastante rígida em relação a esse tipo de pensamento.
Quem pode dizer o que “é” ou “não” e SE QUISER porque não tem obrigação NENHUMA de se EXPLICAR, é Laerte, não são os compêndios médicos, nem as militâncias, nem @s blogueir@s, ou @s politic@s que tem esse direito, pois isso é muito violento.
Deriva daí que “sair sem saber o que é” NÃO TEM problema algum. Ninguém precisa “ser” nada, e correr pra classificar alguém conforme os NOSSOS moldes de gênero é cisseximo.
Se o dia da visibilidade trans do Brasil era originalmente só de visibilidade travesti, eu particularmente não conhecia, mas acho ótimo porque como eu disse no início no post não gosto da divisão, mas no Brasil travestis são relegadas a segunda classe por outras pessoas trans* e essa divisão bizarra só parece ocorrer aqui, pois o dia da visibilidade transgênera (Transgender Day of Awereness) internacional o próprio nome já diz, eles não usam o termo transexual ou travesti, usam transgênero que é mais englobador (embora eu ainda prefira trans* como o termo guarda-chuva).
Não preciso nem dizer que não cabe medir “transness” (“nível” de trans*) pelo numero de alterações que foram feitas para a pessoa se “parecer” como do “outro gênero” ou do quanto que a pessoa “age” “conforme o outro gênero”. É absurdo e completamente reducionista essa visão. Se fosse esse o caso, homens trans* nunca seriam reconhecidos como tal; mulheres cis que não são “femininas” não seriam mulheres. Não existe “gênero oposto” não existe “trans* verdadeiro” e por conseguinte “falso” não existe quem é “mais ou menos” trans*, nós não decidimos a ID de gênero da pessoa, a pessoa decide sua identidade. Repetidamente sua identidade já foi capturada pelo desígnio ao nascer, pela mãe e/ou pelo pai ou quem criou, não há necessidade de reforçar esse tipo de construção.

Luisa Stern disse...

Lola,

Sim, guardar segredo sobre a identidade masculina é quase uma "conditio sine qua non" para as crossdressers, razão pela qual as aparições do Laerte na mídia geraram grande desconforto no grupo e foi um um dos motivos (talvez o principal), dele se desligar do clube.

Sobre a identidade dele, eu não me arrisco a dizer com segurnaça algo que talvez nem ele saiba, mas o Laerte me parece mais fazer o estilo "genderqueer", no qual se mistura diversas coisas com o propósito exatamente de questionar os padrões de gênero e a dicotomia entre masculino x feminino.

O Dicésar é drag-queen, com o nome artístico de Dimmy Kieer. Drag é uma personagem ou performance artística, não uma identidade de gênero. A identidade de gênero, no caso, diz respeito ao artista e não à personagem.

Na época do BBB, pareceu-me claro que o Dicésar era um homem gay. Com trejeitos afeminados, mas com identidade masculina, que não se confunde com a de sua personagem.

No entanto, muitas vezes a pessoa mantém sua identidade (ou parte dela) no armário, especialmente por medo do preconceito. Mais tarde, ouvi dizer que ele estava fazendo implantes de cabelo e pensava em colocar silicone. Não acompanhei o suficiente para saber no que deu. Mas se ele mudar o corpo e assumir identidade feminina em definitivo, será travesti ou transexual.

Carol M disse...

Blog legal que explica a diferença:
http://www.culturacd.com/p/sobre-este-blog.html

Loja Moeggall disse...

Luisa, me desculpe, mas as mulheres no banheiro com um homem vestido de mulher vão se sentir melhor tb? Ou não vem ao caso, pois só o bem estar do crossdresser/trans/travesti importa?

Loja Moeggall disse...

Crossdressers se caracterizam por ter dupla identidade e guardar segredo absoluto sobre sua identidade e nome masculinos.
(Luisa)

Gemma Barker, 19, tinha 3 identidades masculinas sob as quais ela namorava duas moças até ser desmascarada e denunciada.
http://www.dailymail.co.uk/news/article-2087804/Gemma-Barker-19-disguised-boy-date-GIRLS.html

Qual a intenção do crossdresser? Enganar as pessoas?

Loja Moeggall disse...

Bom, genderqueer parece ser o caso do Laerte Coutinho só porque não há como não ver que ali há um homem vestido de mulher.

A Edinancy Silva é uma em que eu não consigo ver feminilidade alguma. Se eu a vir num banheiro feminino coletivo e não reconhecê-la, sou capaz de reclamar.

Loja Moeggall disse...

Eu nunca vi ng pelada no banheiro feminino em 29 anos de vida.

É só vc ir a um banheiro onde se troca de roupa...Mesma coisa em se tratando de provador de roupa coletivo. Mesmo sem ficar pelada, uma mulher sozinha no banheiro/provador coletivos com um homem que não conhece pode não ser uma boa coisa, vc não acha?

Satoshi disse...

Uma pessoa trans* que está num banheiro feminino não está se identificando como homem, então é tremendamente cissexista e desrespeitoso você dizer que eles são homens. Se o crossdresser/genderqueer/whatever está montado, está naquele momento se identificando no feminino e tem todo direito de ser tratada no feminino e se utilizar de espaços femininos se assim desejar.

Loja Moeggall disse...

hahaha, Santoshi...essa é boa. Identificar-me com um funcionário do Itamaraty me dá entrada franca no recinto deste, ou serei detida por FALSIDADE IDEOLÓGICA? Vestir um uniforme da polícia me identifica com a força policial e me dá direito de entrar no quartel ou agir como se policial fora? Vê lá...rsrs

E se um dresscrosser tiver vontade de fazer xixi na estrada, ele não vai parar o carro e se aliviar ou vai agir como mulher, prendendo o xixi até chegar em casa? capaz...

Loja Moeggall disse...

Utilizar espaço feminino como? Se o dresscrosser quer fazer xixi sentado, pode ir a um banheiro masculino e fechar a porta do vaso sanitário, oras.

Loja Moeggall disse...

O mesmo se aplica a travestis, dragqueens e afins HOMENS. Nunca deixaram de ser homens por se vestirem/travestirem de mulher.

Loja Moeggall disse...

Se eu estiver vestindo um tailleur de calças compridas, sapato mocassim baixo, cabelo curto e sem maquiagem vou usar o banheiro masculino por causa disso? eu, hein?

Carol M disse...

Assim como alguns travestis masculinos, que usam terno, e tem corte de cabelo masculino e se passam por homens usam o banheiro masculino. Não estamos falando de abusadores ou tarados, mas de uma pessoa que quer ir ao banheiro! Ela vai entrar, fazer oq precisa, lavar as mãos e sair.
Agora, se vc se sente no direito de reclamar e discriminar qq um que não se adequa a como VC acha que homens e mulheres devem se parecer, só posso lamentar pela limitação.

Carol M disse...

Vc nunca foi num estabelecimento de banheiros mistos? Eu já. e Não incomoda. O que incomoda são abusos, que ocorrem qd alguém se dirige a mim de forma que eu não gosto. Lavar as mãos ao lado de um homem ou de uma travesti definitivamente não vejo como pode incomodar alguém.

Sobre vestiários coletivos, EU Carol, não usaria, pq me incomoda trocar de roupa na frente de quem não conheço, independente do sexo.

Carol M disse...

Mais um post muito legal sobre identidade de gênero.

http://feminerds.blogspot.com/2012/01/o-direito-de-mijar.html

Anônimo disse...

OUT OF TOPIC
No que deu o caso da moçadecabelopixaim-quefoihumilhadanaescola-ondetrabalhava-praqueprendesseocabelo?

E no que deu o caso do supostoestupro-MoniqueDaniel-BBB?
http://arthur.bio.br/2012/01/17/planeta-dos-macacos/sobre-a-polemica-do-bbb12

(acabo de encontrar o blog acima)

Satoshi disse...

Você está comparando identidade de gênero com qualificações que depende de treinamento. São coisas muito diferentes.

É cissexismo dizer que é o pênis que faz o homem e a vulva que faz a mulher. É uma definição de gênero super arbitrária e idiota, mas não to com saco de desbancar isso com alguém que claramente não está interessado em aprender sobre outras vivências.

Annah disse...

LisAna: falar "cabelo pixaim" é racista e grosseiro.
Por que você faz tanta questão de puxar o saco da Lola se só está aqui para provocar e trollar, hein?

Loja Moeggall disse...

O que faz de um homem um homem e duma mulher uma mulher é basicamente a quantidade de testosterona livre circulando, além de musculatura, força física entre outras coisas. Fosse assim, os banheiros seriam todos mistos, pois não há mesmo diferença entre lavar as mãos ao lado de um homem ou de uma mulher, né, carol? Vamos bancar as ingênuas, prá ficar bem na fita, né?

Me fala onde é esse banheiro público E COLETIVO misto que você usou.

Já pensou estar num banheiro do metrô sozinha e ser visitada por um homem vestido de mulher? Que lindo... Um homem vestido de mulher pode se esfregar nas mulheres no vagão do metrô ou do ônibus cheio? O que vc acha? O hábito faz o monge?

Loja Moeggall disse...

por que os gays não usam o banheiro feminino também? discriminação? só os que usam saia ou calça feminina têm esse direito? Engraçado, hein?

Loja Moeggall disse...

Santoshi, se a diferença fosse só um pênis e uma vagina, meu caro, os gays, travestis, transexuais, crossdressers e todo o resto não se fantasiariam de mulher, não desmunhecariam imitando mulher, não tentariam falar que nem mulher,tá? Bastava NÃO ter um pênis ou TER uma vagina que tava tudo resolvido. Não vem com esse simplismo pro meu lado, tá?

Carol M disse...

Foi numa casa noturna (falar boate é fora de moda? balada?) e mais de uma na vdd. Não é bancar a ingênua, é pensar no que realmente está sendo proposto. Pessoas cujo sexo biológico definido no nascimento não bate com como ela se identifica ou se sente. Pq é tão descabido assim respeitar um indivíduo que tem identidade feminina embora tenha sexo biológico masculino?
Qualquer um q cometa um abuso está errado por cometê-lo, mas esse seu papo parece dos caras que são contra lei maria da penha "pq mulher vai começar a fazer denúncia falsa pra se vingar de marido por nada". Me poupe né. Vc nem ao menos está realmente pensando nessas pessoas e no que elas passam.

Carol M disse...

Aliás, o q te define como mulher é só a dosagem de hormônios? Curioso e novamente limitado, pq o que me define como mulher vai muito além disso. Passa por como eu me vejo perante a sociedade, como interajo com ela, como eu me identifico como pessoa e mais trocentas coisas.
E se ser mulher ou homem (só essas 2 opções? isso de gênero binário é besta ein) se define só por dosagem de hormônio, qq trans em tratamento hormonal poderia usar o banheiro q se identificasse mais não acha?

Carol M disse...

Ah sim, vamos lembrar de mandar todas as mulheres halterofilistas pra banheiro masculino JÁ! Uma vez que força muscular tb entra na equação.

Loja Moeggall disse...

Casa noturna desrespeitando a lei, como sempre, prá fazer economia, né?

O Sr Laerte Coutinho tem identidade feminina? Como assim? Mais que os gays que usam o banheiro masculino numa boa? Ele está com medo do assédio dos meninos no banheiro masculino? Afinal, uma senhora distinta, respeitável, indefesa no meio da homarada, que horror, né mesmo? Ou ele não pode fazer xixi sentado no banheiro masc?



As halterofilistas já tentaram usar o banheiro masculino por conta da sua hipertrofia? acho que não, hein?

O que me define como mulher é o desejo de não ver homem fazendo xixi na minha frente, ou ficar sozinha com um galalau num recinto fechado onde estou fazendo minhas necessidades. Tá bom assim?

Loja Moeggall disse...

E se ser mulher ou homem (só essas 2 opções? isso de gênero binário é besta ein) *

Qual o gênero que está faltando? O mundo é dualista, você quer o quê?

Anônimo disse...

A.H.B.
Desde qdo falar cabelo pixaim é racista e grosseiro? Meu tio negro falava cabelo pixaim, minha prima mulata fala cabelo pixaim... eu não sabia que o termo cabelo pixaim passou a ser racista e grosseiro. O sinônimo de pixaim é carapinha e isso tb é racista e grosseiro? Encaracolado não é pixaim; cacheado não é pixaim; ondulado não é pixaim. Racista e grosseiro é falar cabelo bombril qdo temos os termos pixaim e/ou carapinha. -- Você poderia ter terminado seu comentário a partir do ponto final da sua primeira frase. Como se diz pixaim sem ser racista e grosseiro?

Eu perguntei sobre os dois assuntos pq depois de todo o auê que o post deu, não se fala em que terminou ou a quantas andam ambos os assuntos?

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Sorry to disappoint you, mas eu não puxo o saco da LoLa. Mantenho com ela um relacionamento cordial e gentil e pra deleite dela já tenho quatro livros escolhidos com muito carinho pra enviar pra ela. Você tb poderia estar recebendo livros como presentes meus não fôra vc tão impertinente e desmedida na sua intromissão pra cima de mim.

Loja Moeggall disse...

Muito bem, Lisana. Hoje fiz meu relaxamento prá driblar a carapinha da velhice. Tô de boa.

Bjs

Annah disse...

Infelizmente tem muitos negros que aceitam a linguagem racista em uma sociedade onde há o privilégio do branco. Ainda assim, "pixaim" continua sendo um termo racista e não deveria ser utilizado.

Anônimo disse...

LoLa, te apresento os títulos dos 4 livros que vou te enviar amanhã:

"School Girls", Peggy Orenstein
"Then She Found Me", Elinor Lipman
"Cherry" and "The Last Of Cherry", Colette
La Bâtarde", Violette Leduc
(titulo em francês, texto em inglês)

Qdo meu marido chegar, ele vai embrulhar a caixa pq o serviço pesado em casa quem faz é ele... rs... eu levarei ao correio... com açúcar e com afeto, tal qual seu doce predileto... não, não segue chocolate pq falta espaço na caixa... fica prapróxima.

LoLa, se vc não conhece sobre Colette, seria legal vc dar um vistaço na Wikipedia... ela teve uma vida muito interessante!!! E Violette Leduc, se não me falha a memória, foi da tchurma de Beauvoir

ps - se quaisquer dos livros não forem do seu agrado tu tens um par de horas pra me comunicar ;>)

Anônimo disse...

OK, A.H.B.
como devo me referir a cabelo pixaim?

Annah disse...

Se você se preocupasse tanto em utilizar uma linguagem que combatesse termos historicamente opressivos quanto você se preocupa em defender seu direito de usá-los, você justificaria a sua presença nessa caixa de comentários, mas da maneira que você se comporta, parece mais que você está aqui para defender um proto-racismo-sexismo passivo-agressivo.

Anônimo disse...

Sei lá, EU/Moema, esse tal politicamente correto tá indo longe demais! Tive muitas colegas negras americanas aqui nos EUA e elas me diziam a trabalheira e o qto de caro era manter o cabelo kinky (pixaim)... agora que estou participando aqui do blog, é 1-2-3 o que era OK a gente falar no Brasil já não é mais!!!

E a polícia de plantão, polícia do politicamante correto, nem se dá ao trabalho de perguntar se a gente sabe que dizer isso e aquilo é grosseiro... já assume que a gente sabe e o faz de propósito!!! Que gente sensível (antigamente eu diria complexo de inferioridade, mas agora digo sensível pra manter o politicamente correto).

Anônimo disse...

A,H.B,.
"parece" isso é sua opinião SUBJETIVA.

Anônimo disse...

E vc, A.H.B., ainda não me educou em como devo me expressar qdo quero dizer pixaim e devo utilizar qual palavra politicamente correta?

Annah disse...

Continua defendendo seu direito de usar palavras racialmente ofencivas em nome de defender-se do "politicamente correto". Isso que é preocupar-se realmente em não ser racista e em se dizer uma pessoa intelectualmente realizada!
É quando uma pessoa se diz incomodada por seu tom racista dizer que o problema está na pessoa, nunca em si mesma!

Anônimo disse...

A.H.B.
Qdo foi que eu disse que sou intelectualmente realizada? A troco de quê eu faria brincadeira de tão mau gosto?!

Continuo aguardando sua resposta para que palavra devo usar qdo quero dizer pixaim e isso tanto te incomoda! Como vc QUER que eu diga? Tivesse vc me educado e nossa conversa já teria terminado.

A propósito: ofenSiva e não ofenciva como vc grafou.

Annah disse...

Então, eu tenho "complexo de inferioridade" por me incomodar com racismo, ao invés de sair pregando faixas de como tenho orgulho em ser branca por aí? Bom saber.

Se um homem reclamar do machismo alheio ele tem também complexo de inferioridade? Interessante como isso é muito parecido com a lógica dos masculinistas.

Ah, Lisana, já que você gosta tanto da wikipedia, porque você mesma não procura sinônimos que não tenham carga preconceituosa? Não era você que tinha link da wikipedia para tudo?

Annah disse...

certo, agora vai invalidar tudo que falei porque digitei uma palavra errado. Fala sério.

Anônimo disse...

A.H.B.
Não seja radical. Não invalidei nada do que vc disse por causa da ortografia, apenas apontei pra vc prestar atenção.

Você implicou com o termo pixaim, chamou minha atenção de forma indelicada, e se nega a me dizer o termo que VOCÊ considera correto.

Qdo a gente aponta um erro, deve tb apontar o correto, caso contrário nãoi passa de picuinha e, no caso, de sua parte.

Loja Moeggall disse...

Só queria saber por que o/a HAB está pegando no pé da Lisana.

Anônimo disse...

Pois é, Eu/Moema, algum forte motivo subjetivo ela tem e não fala às claras como devo dizer cabelo pixaim pra não soar racista e grosseira segundo o conceito dela... she carries a chip on her shoulder... eu não sei traduzir essa expressão.

Anônimo disse...

Eu/Moema,
Mudando de assunto. Você já leu o livro de Saramago, "Cegueira"? Eu nunca me ienteressei pq li e ouvi dizer que ele não usa pontuação, escreve tudo direto. Porém, hoje peguei o texto na net e sim, ele faz uso à 1a vontade de vírgulas e as usa no lugar do ponto final; porém começa a frase com maiúscula, após a vírgula.

É isso mesmo no livro ou o texto está com a pontuação alterada na net?

lola aronovich disse...

AHB, LisAnaHD, por favor, não briguem!
E EU/Moema, por favor, não se meta na briga! Vc já está falando bastante bobagem nesta thread.
Acho que vou ter que escrever um post sobre a questão do banheiro público e d@ Laerte, pelo jeito...

Gente, tem alguns termos que não são mais considerados aceitáveis. "Cabelo ruim" é um deles, obviamente. Cabelo bombril também. Agora, não tenho certeza absoluta sobre cabelo pixaim. Falar de cabelo negro (principalmente de negras) é sempre um assunto delicado, devido ao racismo e ao padrão de beleza que só considera bonito cabelo liso (e geralmente loiro).
Quando eu vivia nos EUA (entre 2007-8), houve um episódio de um locutor de rádio que falou que algumas jogadoras de basquete (acho) eram feias, e falou de nappy hair. Não pegou nada bem, e o cara perdeu o emprego, se não me engano.
É aquele negócio: é uma coisa uma negra falar nappy hair. É outra um branco criticar o cabelo de uma negra, mesmo usando os mesmos termos.
LisAna, vc citou um blog horroroso, esse do Arthur. Eu praticamente só conheço a figura da caixa de comentários do blog do Alex, o LLL (que eu tirei da minha lista de blogs recomendados porque ele anda muito parado). Mas o Arthur era um comentarista frequente por lá, e constantemente falava coisas muito reaças. Muito tempo depois d'ele parar de comentar lá, alguém me avisou, pelo twitter, de um texto ridículo que ele publicou no blog dele sobre feminismo. Eu sou citada. Nem me lembro direito o que era, algo a ver com Valerie Solanas. Ele criticava as feministas por NÃO falarem de Solanas, porque a gente deveria passar todo o nosso tempo dizendo que não concorda com ela. Caso contrário, ele não iria acreditar que somos diferentes da Solanas. Algo assim, muito esquizo, sabe?
Pelo que vi, o sujeito está cada dia mais reaça. Pra piorar, ele é responsável por uma comunidade grande no orkut sobre Direitos Humanos. DH e ser reaça não combinam.
Mas tudo isso eu tô falando por cima, do que gente muito mais ligada a DH me contou. Se eu entrei 3 vezes no blog dele, foi muito (a terceira foi hoje, graças a vc!).

LisAna, obrigada pelos livros, parecem ótimos. Preciso de férias para lê-los!

Anônimo disse...

A.H.B.
Você PRECISA CORRER LÁ e ensinar essa gente toda do mesmo jeito que vc me ensinou(?)! Veja só:

A seleção de modelos do Projeto Pixaim da CUFA-MT está tomando conta da cabeça de todos . . .
http://projetopixaim.blogspot.com

Heróis da escravidão
NOTA DA UNEGRO 4 jan 2011
24ª Noite do cabelo pixaim
O evento organizado pela Afoxé Alain Oyó, Associação Carnavalesca pernambucana, além de reunir musicalidades, tende a valorizar a cultura e a estética afro.
http://unegrojovem.wordpress.com

CABELO PIXAIM - De "cara" nova... para uma nova fase!
http://cabelopixaim.blogspot.com/

Loja Moeggall disse...

Lisana, não li o livro mas vi o filme. Dei uma olhada na versão em inglês no Amazon e o que ele fez foi mudar a pontuação quando falam os personagens da história (mudança de interlocutor). Ao invés dos dois pontos e travessão em português ele muda a fala do narrador para um personagem usando apenas a vírgula e começando a fala com letra maiúscula. Ganhou o Prêmio Nobel com esse livro!

Anônimo disse...

LoLa, veja vc o qto de blogues de pessoas negras usando o termo pixaim na boa! A.H.B. poderia ter chamado minha atenção de forma positiva, mas ela quer mesmo é implicar comigo e isso vem de tempos já.

Ah do tal blogue do Arthur... eu caí lá assim, de páraquedas e bem no assunto do BBB!!! e foi por isso que abordei aqui, mas não com intenção de indicar, entende? Eu posso enviar coisa que vc gosta ou que vc até mesmo desgosta... mas como vc é boa pra falar de tudo, goste vc ou não, eu citei o link... mas não foi endossando.

LoLa, do mesmo jeito que vc gosta de escrever seus posts, eu gosto de presentear com livros. Horinha dessas encontro o termo pra essa minha mania obsessiva... e se su madrecita lê francês ela tb poderá ser premiada... rs...

Loja Moeggall disse...

Que bobagem que eu falei, Lola? Olha, o caso do Laerte e o banheiro público feminino tá bombando mesmo...rsrs

Anônimo disse...

Moema, eu sei sim que Saramago ganhou o Nobel e isso depois de ser escorraçado em Portugal; que tapa com luva de pelica, hein?

Bem, eu quero ler em português e de preferência português de Portugal, pois pois. Obrigada, viu?

Loja Moeggall disse...

Lisana, dê uma olhada na versão em inglês...rs tá muito legal de ler, prá quem tem familiaridade com a língua, viu? (Eu sei que ler no original é mais politicamente correto, hehe!)

Anônimo disse...

heheheheh qdo digo que li Dom Casmurro tb em inglês ninguém quer acreditar...

Anônimo disse...

Vejam que moça liiiiinda !!!
"Optei pelo frisador porque estava muito empolgada e ansiosa para saber como é ter cabelos pixaim, com textura de lã e aquele volume inigualável. AMEI !!"
http://estiloproprio.wordpress.com/tag/cabelo-pixaim/

Annah disse...

Em vez de ter mania de perseguição, você deveria fazer uma auto-crítica.
De qualquer forma, além esse comentário que você pescou no blog citado, em momento algum usam o termo "pixaim" nos posts, preferindo outros adjetivos que não possuam valor preconceituoso.
Além do que, quando negros e negras usam certos termos, como o famgierado "nigga" em inglês, estes podem se tornam afirmativos étnicos, apesar do valor originalmente pejorativo. Agora, brancos não deveriam usar esse palavreado de forma alguma, porque é ofensivo. É uma questão de bom senso.

Anônimo disse...

A.H.B.
citar o exemplo americano desvia o assunto de que estamos tratando... macaco vê, macaco faz...

Cabelo carapinha ou cabelo carapinhado te aborrece da mesma forma que cabelo pixaim? Você leu todos os links que abordam cabelo pixaim de forma positiva, assim como eu citei desde meu primeiro comentário?

Anônimo disse...

A.H.B.
Seu momento de badalação acaba de se esgotar pq, afinal e finalmente, vc já me lisonjeou o suficiente preu atender ao pedido da LoLa.

Anônimo disse...

A.H.B.
The way the AHB defends its nest is the main problem. AHB will respond to any threat to their nest and it does not take much for them to feel threatened.
acwm.co.la.ca.us/scripts/ahb.htm

Matheus disse...

Vale ressaltar que existe uma diferença entre "sexo" e "gênero".

"Sexo" abrange o conjunto de aspectos físicos que define se um ser vivo é biologicamente macho, fêmea ou hermafrodita.

Já "gênero" é uma construção social que leva em consideração a cultura de uma dada sociedade em determinado momento histórico.

Acredito que como nossa língua e nossa cultura derivam de culturas dicotômicas e polarizadas na questão do gênero, com clara supremacia do gênero masculino, tendamos a colocar sexo e gênero no mesmo bolo e de uma maneira igualmente binária.

Não tenho uma opinião formada sobre a questão do banheiro, mas considero válida uma discussão sobre o que define a separação de banheiros, se é apenas o sexo ou se o gênero também está inserido. A nível pessoal, eu não me incomodaria em dividir o banheiro masculino com pessoa alguma, desde que ela respeitasse o meu espaço.

Inclusive, quando eu tinha uns 19 anos (hoje tenho 22), havia um casal de lésbicas na fila para entrar no banheiro masculino de uma danceteria e, para a minha surpresa, elas foram muito gentis e me deixaram passar na frente delas sem eu ter pedido. Eu disse que não era necessário, mas elas insistiram. Achei muito atencioso da parte delas e fiquei com uma ótima impressão.

Quanto aos comentários claramente preconceituosos de Eu, ela só deixa claro que gênero e orientação sexual não definem caráter de ninguém. Ao postar reportagem de uma crossdresser que, presume-se, era infiel, apenas esclareceu que qualquer um pode ser infiel - desde homens héteros a mulheres crossdressers bissexuais/homossexuais (sim, estou me referindo à orientação sexual propositadamente).

Em relação a como se referir ao dito cabelo "pixaim", eu falo "crespo" e muitos negros - principalmente os envolvidos como a militância negra - daqui de Salvador também. "Cabelo duro", "cabelo de mal com Deus" e outras expressões similares ou são percebidas de forma humorística ou de maneira pejorativa aqui.

Anônimo disse...

Obrigada, Matheus. Eu não sabia que crespo é o mesmo que pixaim. Pra mim crespo é menos encarapinhado do que o pixaim. Em todo caso, encontrei vários blogues de pessoas negras usando o termo pixaim com a mesma naturalidade como eu sempre o fiz.

Amanhã vou estar com minha amiga baiana e vou abordar isso com ela, porque realmente fiquei surpresa com essa conversa de que o termo pixaim é pejorativo! Em São Paulo, antes da TV Globo fazer a cabeça do povo, a palavra rapariga era simplesmente um sinônimo de moça. Inclusive na escola, nos primeiros anos escolares, qdo a gente começava a usar o dicionário pra aprender sinônimos, os alunos mais interessados no idioma usavam sim rapariga como sinônimo de moça. Eu convivo mais com portugueses do que com brasileiros, então pra mim rapariga continua sendo moça, mocinha. Mais uma vez, obrigada. E escreves tão bem! És advogado?

Loja Moeggall disse...

Lisana, cabelo crespo não é cabelo pixaim. Cabelo crespo é a mesma coisa que cabelo volumoso, bastante ondulado. Cabelo pixaim é o típico cabelo afro sem alisamento, sem escova, sem nada.

Matheus, na questão dos banheiros, é o sexo mesmo que está em jogo, meu caro. Cada um que construa seu gênero como quiser, mas na hora de fazer xixi, vale o que se é anatomicamente, com exceção das crianças. Ninguém tem o caráter escrito na testa, então, vamos combinar que pênis não combina com banheiro feminino público coletivo, tá? É promiscuidade, quer você goste ou não. Isso não é preconceito. Isso é processo civilizatório. Não estamos no meio do mato, na selva, no deserto. Não
somos cachorros, gatos, cavalos...

Esses comentários prá ficar bem na fita me cansam, sabe? Quero ver você deixar sua filha de 15 anos ir ao banheiro com a homarada...duvido-de-o-dó.

Anônimo disse...

Sei lá, Moema, isso virou pura semântica, pois não encontrei nada desabonando a palavra e quem implicou não passou de agitação a troco de nada, portanto vou levar na palma da mão. . .
http://www.youtube.com/watch?v=3pt_xGGEQ7c&feature=related

Anônimo disse...

Parece que é preciso urgente um trans* 101.
Felizmente o tumblr sempre está disposto a nos educar e já que também não vou perder mais meu tempo escrevendo, vou deixar para os tumblrs educarem vcs.
Leiam atentamente, ah está em inglês, mas acho que não vai ter problema pelo o que eu li nos comentários anteriores proficientes em inglês não faltam aqui.

http://transcending-anatomy.tumblr.com/

http://dearcissexism.tumblr.com/

http://nonbinary.tumblr.com/

http://ciscentrismsucks.tumblr.com/

http://projectqueer.tumblr.com/

http://fyfluidgenderandsex.tumblr.com/

http://genderqueerid.com/gq-links

Carol M disse...

Em resumo, muitos dos problemas que trans homens e mulheres passam vem de pessoas como a Eu/Moema, que se nega em aceitar e respeitar qq um que seja diferente do padrão binário instituído. Mesmo qd o dito trans só quer entrar no reservado de um banheiro, fazer suas necessidades e sair, que foi o caso de Laerte Coutinho.

Carol M disse...

Subversive, bem legais os links, vou ver em casa com mais calma.

Matheus disse...

LisAnaHD,

De nada. "Crespo" é o que se usa, ao menos em Salvador, para se referir ao cabelo afro ou a pessoas de outras etnias ou multi-étnicas que tenham cabelo naturalmente afro.

Após ler o comentário de Eu, dei uma procurada rápida em dicionários de português na internet e a definição bate, sim, com as propriedades do cabelo afro.

Seguem os links:

http://www.dicio.com.br/crespo/

http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=crespo

http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=crespo

http://www.dicionariodeportugues.com/significado/crespo-13414.html

dicionariorapido.com.br/index.php?s=crespo

http://www.dicionarioinformal.com.br/crespo/

http://www.dicionarioweb.com.br/crespo.html

http://pt.wiktionary.org/wiki/crespo


De qualquer forma, em caso de dúvida, eu sugiro perguntar a quem tem o cabelo afro como ela/e prefere que se refira, ou esperar que ela/e faça referência ao próprio cabelo primeiro.

Não, não sou advogado. Sou graduado em Relações Internacionais e tenho especialização em Política e Estratégia. Se tudo der certo, começarei o mestrado em breve. XD


Eu,

É por isso que eu acredito que um debate sério sobre esta questão deva ser feito. Não estou tentando ficar bem na fita, até porque, na nossa sociedade, melhor imagem tem quem não questiona o status quo e apenas repete lugares-comuns de que político é "tudo ladrão", o Brasil é o "paraíso" da corrupção, etc.

Se eu tivesse uma filha, ficaria apreensivo com o fato de ela ir a qualquer banheiro público, já que não se sabe quem são as pessoas que estão lá dentro (ou será que mulheres também não cometem crimes?), e iria querer que ela fosse a um daqueles banheiros públicos individuais (como os que existem para deficientes físicos), mas isso não se encontra em todos os lugares.

Pelo que vejo a partir dos meus pais e dos pais dos meus amigos, preocupação aparenta ser característica inerente aos pais em geral.

Matheus disse...

LisAnaHD,

Obrigado pelo "escreves tão bem"! Fico lisonjeado!

Loja Moeggall disse...

Carol, o padrão binário instituído é o que nós temos prá hoje. Não estamos falando de trans. Estamos falando de crossdresser, um homenzarrão como o Larte, usando vestimenta de mulher no dia a dia e se achar no direito de entrar num reservado FEMININO COLETIVO para fazer suas necessidades. Quebrar as regras é até fácil. Arcar com as consequências, ah, aí o denden não pode...tadinho, tão frágilzinho...ele tem medinho de entrar no banheiro dos meninos, que tb tem um reservado, que ele frenquentou desde sempre...que conversa fiada, né não? Vamos crescer?

A classe artística gosta mesmo de causar alvoroço...faz parte do show.

Loja Moeggall disse...

Matheus, a rigor, esse debate não deveria existir mesmo, mas não há limites para a bizarrice humana, né? Aí ficamos idiotas que nem nós aqui, discutindo idas ao banheiro feminino de um senhor de meia idade que não tem mais o que fazer do que se vestir de mulher.

Atualmente, o paraíso da corrupção é a India. Você deve saber pelos seus estudos de Relações Internacionais, mas que é difícil ficar um dia no Brasil sem saber de um caso de corrupção, ah isso é...

Loja Moeggall disse...

É...quando a gente põe filha no mundo, as percepções mudam um pouco, né, Matheus? Você passou pro extremo oposto na questão do banheiro feminino. Aí, sabe, vai depender do lugar em que se está. Se for no submundo, concordo com vc que os banheiros femininos podem não ser tão seguros quanto deveriam ser, que dirá limpos...rs (vale prá banheiros de beira de estrada em posto de gasolina de 5ª categoria.

Banheiros de shopping upperscale, bom, aí é outra história. Fui ao banheiro de um restaurante árabe aqui na minha região, tinha até Listerine e copinhos prá gente higienizar a boca...

Loja Moeggall disse...

Após ler o comentário de Eu, dei uma procurada rápida em dicionários de português na internet e a definição bate, sim, com as propriedades do cabelo afro.*

Bate por analogia generalizante.
Em nenhum desses dicionários há a menção ao cabelo afro. Já a definição de carapinha...

Dicionario INformal
1. Carapinha

Enviado por Manuel Nunes da Silva Neto (PR) em 27-05-2009
Cabelo crespo e lanoso dos negros.

Wikipedia
Chama-se de cabelo encarapinhado (ou cabelo tipo carapinha) um tipo de cabelo crespo, não-liso, de cor natural negra ou escura e característico dos negros.

Dicionario Priberam

carapinha
s. f.
1. Cabelo crespo, comum em pessoas negras.

Loja Moeggall disse...

Subversivo, o descontentamento com o próprio corpo é uma constante, né mesmo? Eu tb não gosto do meu. Não queria ter que comer 3X por dia, não queria ter que escovar os dentes, nem sentir frio, dor (cólicas menstruais, sabe o que é?), e principalmente, não queria estar num corpo envelhecido. O jeito é tirar o foco do corpo e alçar voos espirituais, já que o corpo para nada aproveita, o espírito é o que vivifica (o que vive), e carne e sangue não podem herdar o reino de Deus (alegria, paz e justiça no Espírito Santo), vc não acha?
'

I wish for information about contraception and pregnancy options that acknowledges that not everyone who can get pregnant is a woman, and not everyone who can impregnate is a man.
(From A Wish List for Trans-Include Sex Ed, dearcissexism)

Mundo dos pôneis...

Matheus disse...

Eu,

Considero debates válidos e saudáveis, desde que não descambem para o desrespeito à pessoa dos envolvidos, é claro. "Bizarro" é uma questão de percepção, né? Há quem prefira debater questões pertinentes à inclusão social de minorias, assim como existem os que preferem discutir sobre a cor do iPod Nano do vizinho. Cada qual é válido ao seu modo.

Quanto a Laerte, não a/o conheço e não estou por dentro da sua história, portanto não posso emitir qualquer parecer sobre o que ela/e faz ou deixou de fazer durante a vida. Todavia, acredito ser válido, como já disse, debater sobre a questão do que define e o que deve vir a definir a separação dos banheiros - sexo ou o gênero.

Sim, a corrupção existe no Brasil e isso é bem claro, mas atribuir todos os problemas brasileiros à corrupção não deixa de ser um lugar-comum. E, bem, os principais índices de mensuração da corrupção têm como critério a percepção popular, que, em si, já é um critério altamente subjetivo e variável. Na última vez que verifiquei, era a Somália que levava a bomba de país mais corrupto do mundo.

http://cpi.transparency.org/cpi2011/results/ --> Aqui está a última avaliação da organização Transparência Internacional (ou International Transparency, em inglês).

Eu particularmente acredito que sociedades mais igualitárias e democráticas, onde poder e renda não sejam absurdamente concentrados, tendam a ser menos corruptas.

Sim, é óbvio que os lugares que você freqüenta são diferenciados, mas quem não pode freqüentá-los faz o quê? Senta e chora?

Eu disse que iria querer que minha filha, caso tivesse uma, fosse a um banheiro individual, mas deixei claro ser impossível. Como é impossível oferecer um tratamento individual, faz-se necessário debater o uso do espaço público, não?

P.S. = Como você sabe que a maioria das mulheres se importaria em dividir o banheiro feminino com um crossdresser, transexual ou travesti? Fez alguma pesquisa?

Matheus disse...

Eu,

Mas as definições que você mostra sobre "carapinha" (termo que eu desconhecia, por sinal) não trazem "crespo" como sinônimo? Então qual é o problema? XD

E, só para esclarecer, eu disse que "crespo" era o que se usava em Salvador. Não aleguei em momento algum ser o termo correto ou absoluto.

Anônimo disse...

Mundo do pôneis mesmo, o seu da falta de informação e deseducação, negando uma comunidade inteira e décadas de estudos de gênero/teoria queer.

Continue no seu mundo ciscêntrico,
achando que sua identidade é muito centrada e lógica, seu genital se dá pela biologia e deriva do seu gênero, e espere um dia se vc tentar me expulsar do banheiro ou se eu ver alguém como vc agindo como tal, porque eu tenho tolerância zero com gente que não quer se educar, reacionária e principalmente cissexista.

Carol M disse...

O mundo é binário, ok. Ele precisa ser assim pra sempre? Nós vamos nos preocupar com minorias ou deitar sobre nossos privilégios e ignorar mazelas que não sejam as nossas?
Considerando a definição de crossdresser Laerte seria melhor definido como travesti, já que assume perante público uma persona feminina. Identidade não é só documento, é a forma como a pessoa se vê tb.

Mundo dos pôneis, querer que temas sociais lembrem de determinadas pessoas existam, tirá-las da invisibilidade. É muita ignorância achar "fulano é anormal então ele que se adeque ao mundinho onde eu me adequo muito bem".

Ah, e caso vc não tenha parado pra pensar, ainda que Laerte não seja trans (em algum grau, sim, ele é) a situação pela qual ele passou atinge pessoas trans todos os dias. Daí puxar a conversa para campo não específico. Qual o problema de estar ajeitando o cabelo no banheiro e entrar uma travesti? Como a mera presença dela para usar o toalete ofende alguém?
O post é sobre visibilidade trans, então aceite que sim, estamos falando disso e pare de sair pela tangente.

Sara disse...

Sinceramente não entendo como alguem pode se sentir ofendido ou mesmo constrangido pela simples presença de um travesti ou qualquer sujeito que queira assumir a identidade de uma mulher num banheiro publico seja la de que local for.
O cara provavelmente vai la pelos mesmos motivos que uma mulher vai, qual o problema????

Anônimo disse...

essa discussão abordando uso de banheiros não vai chegar a um final feliz... e nem mesmo a um final... pra mim, isso serviu pra ampliar meu vocabulário no assunto de que trata o post... fora isso, acho lamentável dissabores entre comentaristas,uma pena... mesmo pq não adianta dar murro em ponta de faca qdo se trata de assunto polêmico e frágil ao mesmo tempo.

Satoshi disse...

UMA travesti
ELA vai lá

É de bom tom usar o feminino para travestis no geral. Apenas use o masculino se a pessoa quiser ou não ligar.

Carol M disse...

Lis na, exatamente por ser um assunto polêmico e frágil que não acho certo as pessoas se calarem perante idéias discriminatórias e reacionárias, que apenas mantêm uma parcela da população sem acesso aos direitos mais básicos, como ser reconhecid@ pelo genêro com a qual se identifica.

Loja Moeggall disse...

Tenho cá minhas dúvidas sobre a real intenção do Sr Laerte ao se vestir de mulher. POr que só agora aos 61 anos ele resolve que tem uma persona feminina que tem que se expressar se vestindo de mulher e frequentando banheiro feminino...ah, isso tá me cheirando um projeto/pesquisa sociológica ou porcaria que o valha. E nós, idiotas, temos que comprar essa palhaçada, né, Carol?...


Considerando a definição de crossdresser Laerte seria melhor definido como travesti, já que assume perante público uma persona feminina. Identidade não é só documento, é a forma como a pessoa se vê tb.(carol)

Fique tranquilo que vou reclamar na administração assim que vir um homem no banheiro das mulheres, seja travesti, seja gay, seja crossdresser ou o escambau. Vão respingar o vaso do banheiro de vocês.


e espere um dia se vc tentar me expulsar do banheiro ou se eu ver alguém como vc agindo como tal, porque eu tenho tolerância zero com gente que não quer se educar, reacionária e principalmente cissexista.


Quem está impedindo alguém de existir? Travesti que não aparece não é travesti. Eles primam por aparecer a quilômetros de distância. Os crossdressers, pelo contrário, segundo a guest poster, querem é total segredo sobre sua condição.

Não me venha dizer que sou privilegiada porque não sou travesti, nem transexual nem crossdresser nem hermafrodita, nem estou contruindo meu gênero que não vai colar.



Mundo dos pôneis, querer que temas sociais lembrem de determinadas pessoas existam, tirá-las da invisibilidade. É muita ignorância achar "fulano é anormal então ele que se adeque ao mundinho onde eu me adequo muito bem". (Carol)

Sara, pergunta isso prá menina atônita ao ver um homem de meia idade vestido de mulher dentro do banheiro da pizzaria...:))

Sinceramente não entendo como alguem pode se sentir ofendido ou mesmo constrangido pela simples presença de um travesti ou qualquer sujeito que queira assumir a identidade de uma mulher num banheiro publico seja la de que local for.
O cara provavelmente vai la pelos mesmos motivos que uma mulher vai, qual o problema????(Sara)

Loja Moeggall disse...

Mas as definições que você mostra sobre "carapinha" (termo que eu desconhecia, por sinal) não trazem "crespo" como sinônimo? Então qual é o problema? XD*

Cabelo crespo é um guarda-chuva prá todo cabelo que não é liso/ondulado.

Se eu disser que sou morena de cabelo crespo você vai entender que eu sou negra de cabelo pixaim/carapinhado?
Pois é...

Loja Moeggall disse...

que tal debater a criação de um banheiro para cada gênero? Ou fazer que nem a India, que não tem banheiro prá 1 bi de pessoas e todo mundo se alivia na rua, no rio, no mar, no mato...sabe que a evasão escolar feminina se deve principalmente à falta de banheiros? bacana, né? E nós aqui discutindo o dendem Laerte que não quer usar o banheiro que sempre usou.

Todavia, acredito ser válido, como já disse, debater sobre a questão do que define e o que deve vir a definir a separação dos banheiros - sexo ou o gênero.*(Matheus)

Loja Moeggall disse...

Onde que eu disse que a maioria das mulheres se importaria em dividir o banheiro feminino com homens?

Acho que sua filha não iria sair de casa :))...imagina ter que usar um banheiro de escola, ou provar uma roupa numa loja com cortina de pano, hein?

Você deve saber que a corrupção na India é ampla, geral e irrestrita, institucionalizada mesmo, em todos os níveis e não um expediente sintomático de qualquer país desorganizado, miserável e fora do Estado de Direito que nem a Somália, hein?

Anônimo disse...

Raramente uso banheiro público e se uso geralmente meu marido está comigo e ele fica me esperando na porta. Ter marido proporciona muita conveniência em todas as sociedades, quer aceitem ou não.

Eu gosto mesmo é de homem casado e por gostar de homem casado me casei pra ter um casado somente pra mim particularmente pra resolver inconveniências do sistema. Pra mim, está ótimo.

Anônimo disse...

Não sei no BRasil, mas nos EUA homens que querem fazer carreira profissional com cargo de gerência, não chegam lá se não forem casados. Até mesmo Bill Gates e Steve Jobs reconheceram o valor e importância do matrimônio. Tiger Woods tb, mas ele pisou feio na bola e a mulher dele virou ex-mulher com uma bolada! Ele pisou na bola e ela levou a bolada, pois era mãe e dona-de-casa que soube defender seus direitos. Feminista ou não, ele não perdeu pra nenhuma feminista.

Meu marido diz que não fôra ele casado não teria tido o sucesso profissional que alcançaou e, mais ainda, não fôra ele casado comigo ou com uma mulher com meu caráter, pois dificilmente ele ainda estaria casado se tivesse se casado com alguma americana.

Por sucesso profissional me refiro a ele fazer o que gosta e fazer tão bem devidamente reconhecido. E mulher com meu caráter ele se refere a não ser egoísta, ciumenta, desconfiada. E ao citar mulher americana é que a típica mulher americana quer se casar e ter filhos e depois quer que o marido faça o papel de mãe pq ela se apega aos tais direitos blablablá... daí dá divórcio e o marido tem de pagar pensão. O cara se casa novamente e geralmente a coisa se repete e lá vai outro divórcio e mais pensão.

Comigo foi uma maravilha pq eu não queria enfrentar gravidez e pro meu marido foi outra maravilha pq ele acha que gravidez judia do corpo da mulher (não na parte estética) é que a mãe dele teve dois partos de sério risco. Seríssimo.

Se eu quisesse ter filhos, pra cabeça do meu marido ão seríamos os dois trabalhando fora - um de nós ficaria em casa criando os filhos, fosse ele ou fosse eu. Na minha cabeça seria eu. E na prática tb.

Eu sei que pessoas solteiras podem ser igualmente bem sucedidas e viverem muito bem sozinhas seja homem ou seja mulher. Eu me casei pq meu marido insistiu muito, mas trecentas vezes quis me divorciar... rs... agora estou bem obrigada desfrutando das comodidades do casamento...

Anônimo disse...

errata
Feminista ou não, ele não perdeu pra nenhuma feminista.


leia-se: ela não perdeu ....

Anônimo disse...

Cheguei ao link abaixo enqto clicando aqui e ali a partir da página sobre a entrevista com a autora do livro The Help. A maneira como o assunto abaixo é apresentado está interessante e até mesmo educativa para pessoas que assumem e agem precipitadamente no que assumem.

"Things Black People Confuse as Racist"
http://madamenoire.com/112701/things-black-people-confuse-as-racist/

Anônimo disse...

mais uma da Beyoncé... pegando mal, muito mal e acho que ninguém vai discordar
http://www.theroot.com/beyonce-lightening-skin-bleaching-photo?wpisrc=obnetwork

Sara disse...

"EU", Acho que sou muito insensível, pois continuo sem entender o porquê de uma menininha deveria ficar chocada ao ver um travesti ou coisa do gênero no banheiro, se eles sempre estão vestidos como mulher e querem ser reconhecidos como tal, quando vou a banheiros públicos, o máximo que vejo da intimidade das pessoas, são elas lavando as mãos no lavatório, provavelmente a menina nem ira notar, não é criar muita celeúma por nada????

Matheus disse...

Eu,

Se você dissesse ser morena de cabelo crespo, eu entenderia que seu cabelo seria cabelo afro, mas o "morena" me deixaria indeciso quanto à cor da pele, afinal, "morena" pode significar tanto apenas cabelo escuro, como apenas pele morena, como ambos. A incógnita aqui seria "morena", não "crespo".

Sophie Ellis-Bextor, por exemplo, é morena de olhos azuis/verdes. Neste caso, a definição "morena" se aplica apenas ao cabelo.

http://sunsongs.ru/files/music/7223/images/Sophie-Ellis-Bextor_6227.jpg ---> Sophie

Agora, se falasse "negra de cabelo crespo", eu entenderia, sim.

Você insinuou que as mulheres se importariam, dando a entender que seria privilegiada a condição da/o crossdresser/transexual/travesti em detrimento da das mulheres, aqui:

"Luisa, me desculpe, mas as mulheres no banheiro com um homem vestido de mulher vão se sentir melhor tb? Ou não vem ao caso, pois só o bem estar da/o crossdresser/trans/travesti importa?"

Se, segundo você, só interessaria o bem-estar da/o crossdresser/transexual/travesti, pode-se presumir que haveria um conflito de interesses, ou seja, que a maioria das mulheres se incomodaria. Afinal, não há conflito de interesses quando estes são convergentes, né?

Bom, você pode achar o que quiser sobre uma filha que ainda nem tenho, mas, quando ela for adolescente, eu perguntarei a ela e lhe direi, porque aí, sim, saberemos direto da fonte, ok?

Você havia dito que o paraíso da corrupção era a Índia, e eu apenas mostrei que, segundo a organização Transparência Internacional, o paraíso mesmo era a Somália. Mas nunca neguei que houvesse corrupção na Índia.

Inclusive, segundo uma reportagem que li na "The Economist" no ano passado, o processo de privatização dos serviços de telefonia foi recheado de corrupção, assim como os Jogos da British Commonwealth (similares aos nossos Jogos Pan-Americanos, mas entre os Estados membros da British Commonwealth) que ocorreram no país. Alguma semelhança com o Brasil? XD

P.S. = Como se coloca algo em negrito nos comentários?

Loja Moeggall disse...

Lisana, concordo plenamente com vc. Ser casada é uma grande vantagem nesse nosso mundo binário instituído, como quer a Carol. Para o homem e para a mulher. Gosto do meu status de casada também. Faço 25 de casada agora dia 7/02!:)) Bjs

Ae, pessoal, ser casada NÃO É PRIVILÉGIO, certo?

Bom, né, Sara, vc é adulta e não teve a desagradável experiência de ver uma figura caricaturesca, um homenzarrão vestido de mulher do nada no seu lavatório. Quando e se você levar esse susto, tal qual a menina de 10 anos levou, conte-nos, sim? Bjs

Matheus, veja só. Você, em Salvador, onde cabelo crespo é considerado cabelo afro QUANDO PODE NÃO SER, já me classificaria como negra, se dizer morena é um eufemismo para negra, assim como escura, não sei se vc sabe. Mas entre ser morena de cabelo crespo e ser negra de cabelo afro vai uma grande diferença, viu?

Em inglês, brunette é mesmo cabelo castanho/preto, mas aqui a tradução é morena de pele mesmo. A Sophie aqui seria descrita como uma mulher clara de cabelos pretos e olhos verdes, porque morena, definitivamente ela não é, rs.

Sobre os homens vestidos de mulher a qq título, se sentirem confortáveis no banheiro feminino, foi uma afirmação da guest poster :"A despeito disso, defendo que ele tem o direito de usar o banheiro feminino quando estiver vestido de mulher, se assim sentir-de melhor." que eu respondi. Prá ela, não há conflito de interesse algum, visto que os homens sempre fazem o querem sem dar satisfação ou perguntar se o resto de nós concorda...O mundo não gira em torno de homem de meia idade vestido de mulher e seus melindres e susceptibilidades, mas todos nós sabemos tão bem, que o mundo é dos homens, né, seja operado, travestido, homo, bi, tri, né? rsrs

pelo mapa da Transparência Internacional, você pode ver que mais da metade do mundo está mergulhada na corrupção, daí não seria errado usar o lugar-comum de que o Brasil está no paraíso da corrupção, junto com a China, India, Russia, México, Argentina, etc., embora os campeões sejam países desestabilizados politicamente falando. E palmas para o Chile e o Uruguai. Cadê Israel? acima do bem e do mal? rs


< b > para pôr em negrito e < /b > para tirar. Sem os espaços. Mesma coisa itálico (i) e link (a).

Anônimo disse...

acho que to falhando em detectar trolls pq eu já encontrei feminista transfobica e cissexista mas vc consegue superar todas as minhas expectativas...eis um exemplo de feminista reaça! agora já posso dizer que conheci...
E sobre os privilégios: nem questione o que vc não quis se educar, alias vai ler o post dos pedestais desmoronando da Lola e troque os homens por pessoas cis e é a mesma coisa praticamente.
ah, espera vc sabe o que é cis?
ah espera vc sabe o que é feminismo?
ah espera vc sabe o que é_______?

Anônimo disse...

Sobre esse tal LAERTE eu sei apenas o que estou lendo aqui. Mas o cara deve mesmo ser uma figura cômica, hein? Fantasiado pro Carnaval o ano inteiro... e não se adequa a nenhum grupo, como explicou Luísa. O sexagenário que se descobriu com tendência feminina já velho para tal, deve ter complexo mitológico, pois Laerte foi pai de Odisseu... Freud explica, mas Jung (que se apartou de Freud) tb tem lá suas razões.

Loja Moeggall disse...

subversivo, nem te ligo. vai tricotar com as seus/suas coleguinhas de gênero, vai...

Loja Moeggall disse...

Lisana, não diga essas palavras 'preconceituosas' contra o distinto e indefeso senhor Laerte Coutinho...Aliás, o Carnaval tá chegando..rs Por mim, ele pode pular o carnaval o ano inteiro vestido de mulher...esse direito ele tem, posto que não é proibido em virtude de lei. Só não entre no banheiro fem. coletivo em que eu estou...rsrs

Anônimo disse...

"Sobre esse tal LAERTE eu sei apenas o que estou lendo aqui. Mas o cara deve mesmo ser uma figura cômica, hein? Fantasiado pro Carnaval o ano inteiro..."

Tá de parabéns, vc e a "Eu" são a prova do pq é necessário um belo de um kit anti-homofobia não só pra escola, como PARA TODOS.

Conheço o trabalho do Laerte desde que eu era uma garotinha e posso me dizer que me surpreendeu mesmo quando ele começou a se travestir.

Agora vem cá e me explica pq é que uma pessoa ao ultrapassar os 60 deixa de viver?
De descobrir novas coisas? Novas visões?

Quer dizer que um sexagenário mudar é evidência de problemas psicológicos?

Aqui e na comunidade Direitos Humanos do Orkut tem gente dando um show de etarismo, minha Deusa... aqui, é o Laerte a ser crucificado e lá a Rita Lee. Por ousarem questionar e se posicionar diferente da maioria pq são "velhos" e deveriam "ficar em seu lugar".

Francamente, isso me entristece.

Isso por que a Lola fez um post esses dias sobre mulheres maduras e ainda somos obrigadas a ver gente escrevendo como se a expectativa de vida humana fosse ainda de 50 anos...

Vou repetir o que eu disse na outra comunidade:
Quero ver vcs quando completarem seus 55 anos se vão gostar de alguém mandarem vcs irem jogar bocha ou fazer tricô até morrerem.... e se atualizem, pq esse senso comum a respeito dos "velhos" já tá ultrapassada faz tempo.

Anônimo disse...

"Francamente, isso me entristece." --Shy
Fica triste não, apesar de tudo e apesar dos pesares, A Vida É Bela.

Triô, tricotar, é a última moda nos países desenvolvidos entre a moçada começando pela meninada. Jovens arquitetas advogadas e profissionais liberais fazendo maravilhas com linhas lãs agulhas. Fica triste não!

Anônimo disse...

Passeando de carro, encontrei uma loja grande que vende produtos pra tricô e descobri um curso de tricô... o prof. é um rapaz que aprendeu a tricotar há 5 anos e se tornou um artista com as linhas lãs e agulhas. Já me inscrivi para a próxima turma e vou fazer parte de algum grupo artístico tb!

Loja Moeggall disse...

Lisana, não te aguento...:))

Agora vem cá e me explica pq é que uma pessoa ao ultrapassar os 60 deixa de viver?
De descobrir novas coisas? Novas visões?(Shey)

quem disse essa besteira?
uma coisa é descobrir novas coisas,
novas visões. Ninguém impede o Sr. Laerte de se vestir de saia e salto alto, usar baton e colar. Frenquentar banheiro feminino público coletivo já é um pouco demais, você nao acha? Tá certo que a vida é um palco iluminado, mas enough is enough. Que vá atuar prá uma plateia que queira assisti-lo, compartilhando o mesmo banheiro das Ladies, é claro.

Problema psicológico??? hehe, não tinha pensado nisso...kk

Loja Moeggall disse...

Lisana, no tricô não sou boa não. Fiz algumas coisas simples, só. Sempre costurei, fiz muito cross-stitch, samplers, prá dizer a verdade, e muito quilt/patchwork. Antes de me pendurar na net, pintei muita porcelana blue and white. Acho que encerrei minha carreira de artesã de araque...Já me desfiz da máquina de costura, inclusive...:)

Anônimo disse...

EU,
Levo a vida na base light, sabe? Aqui a gente tem de ter o mó cuidado com a semântica! Há vezes em que por um triz, um nadica, alguém se empena toda e vem partindo pra cima da gente com bicadas pra valer!

Que o Laerte seja feliz fazendo xixi no banheiro que estiver disponível pra ele, oras. Vou é curtir lãs e agulhas com o rapaz que --gay ou não-- não será o primeiro do meu círculo de contatos.

Leonarda Glück disse...

Gente do céu! A pessoa que assina por "Eu" (o sujeito nem ao menos tem coragem de mostrar a cara) realmente merece um prêmio do orgulho burro!!! Além de ser uma criatura mera e moralmente conformada, provavelmente não leu tecnicamente sobre o assunto para desfiar na nossa frente essa quantidade exagerada de tolices oriundas de achismos esquizofrênicos! Sem contar que O ser" não vai ao banheiro para efetuar as suas necessidades, vai para reparar em quem caga ou deixa de cagar!! Me desculpem o linguajar "grosseiro", mas acho que é a única maneira de a pessoa tentar entender o quão patética está sendo publicamente. Eu arriscaria dizer que tipos assim deveriam manter suas "opiniões" fechadas entre quatro paredes e não expor os outros a tanta ignorância orgulhosa junta. De qualquer forma, a luta transgênero não vai parar por causa do mau amor que muita gente recebeu na vida! O mundo irá crescer exponencial e sensivelmente no dia em que aqueles que cagam prestarem atenção única e exclusivamente ao seu próprio cocô e não abrirem a boca para jogar esse mesmo cocô na cara dos outros. Inveja, ignorância, recalque e mau amor misturados dão nisso: preconceito contra aqueles que não querem saber da vida dos outros e sim somente dar um jeito na sua. Agradecida pela atenção.

Anônimo disse...

do cagar à cagada, seu comentário ganhou a merdalha, digo merdada.