quarta-feira, 8 de abril de 2009

CRÍTICA: RELIGULOUS / Um documentário mais corajoso que engraçado

Bill Maher e o Jesus de Holy Land, em Orlando.

Antes de m
ais nada, um esclarecimento. Não escondo de ninguém que sou atéia. Ao mesmo tempo, não é algo que eu faça muita propaganda. Faz parte integral da minha identidade desde os 13 anos, mas não acredito que não acreditar em nada me torne uma pessoa melhor. Nem pior, óbvio. É só o que eu sou. Conheço vários ateus mas, pra ser franca, não conheço nenhum que queira iniciar uma cruzada, que queira fazer as pessoas deixarem de acreditar. Nós somos quietinhos, não compramos briga, não costumamos desrespeitar ninguém. Eu até considero positivo que as pessoas tenham fé. Acho que acreditar pode ajudar a tornar uma vida mais feliz e a responder montes de dúvidas existenciais. O meu problema número um com as religiões é que, muitas vezes, elas repassam velhos dogmas que, no meu livrinho, são puro preconceito. Meu problema número 2 é com essa mania de cada religião se achar o povo escolhido (que é um jeito de mandar pro inferno - literalmente - qualquer um que pensa diferente). E meu problema número 3, e o principal, é com essa vontade das religiões quererem ditar leis não apenas para seus seguidores, mas pra toda a população de um lugar. Os estados precisam ser laicos. A separação entre estado e igreja é imprescindível para a sanidade de um país.
Isso tudo foi só pra dizer que finalmente vi o documentário Religulous (eu já havia cri- criticado o trailer aqui). Não gostei tanto não. Parte da minha antipatia pelo filme vem da minha antipatia pelo showman Bill Maher. Acho que nunca tinha sequer ouvido falar nele antes de eu viver nos EUA. No começo até gostava dos talk-shows e das rotinas de stand-up comedy do Bill. Mas, com o tempo, a cada programa minha admiração ia caindo. Quando ele se declarou contra mães amamentarem em público, eu desisti. A arrogância do cara me chateia. Por exemplo, vamos compará-lo com o Michael Moore. Fora que o Michael tenha um roteiro bem definido e bem escrito pra todos os seus documentários, ele passa a impressão de alguém não convencido. Eu fico pensando como um Religulous nas mãos do Michael seria engraçado. Ou nas mãos de um Borat (o documentário é do mesmo diretor, Larry Charles). Quer dizer, o objetivo não é nos fazer rir de certas crenças religiosas que desafiam qualquer racionalidade?
Bill não é machista sempre, mas sempre é arrogante. E quando ele é arrogante e machista ao mesmo tempo, eu me revolto. Tipo: ele tá lá no documentário, dizendo como é ridículo levar a bíblia ao pé da letra e tentar justificar lendas como a de Jonas, que teria passado três dias dentro de uma baleia. Um carinha religioso diz que não é bem assim, que na verdade não era uma baleia, e sim um peixe grande, como se isso melhorasse a situação. Mas aí Bill tem que tacar uma piadinha machista no meio, né? Ele diz: “Jonas passa três dia dentro do estômago de um peixe e sai de lá cheirando a uma vagina?”. Hã? O que nós temos a ver com a história? (falar que vaginas cheiram a peixe ou queijo podre é uma velha estratégia pra nos lembrar de como somos sujas e erradas). Pô, se tem algo que fica bem claro em Religulous é que mulheres e religião não andam juntas. Aparentemente todas as religiões foram criadas pelo homem (que Bill explica, didaticamente, tratar-se de uma pessoa com pênis), e todas excluem mulheres das decisões e do comando. Mulher segue sendo o último degrau na hierarquia de todas as religiões: só serve pra ser rebanho, nunca pra ser pastor. Entendo que fosse assim há mil, quinhentos, vá lá, cinquenta anos, mas que as religiões se mantenham assim até hoje é sinal inequívoco da sua dificuldade de acompanhar os tempos.
Praticamente as únicas mulheres que aparecem no filme todo são algumas entrevistadas em Holy Land, uma espécie de Disneylândia cristã na Flórida, um parque temático com a crucificação e ressurreição de Cristo. Eu nem sabia que isso existia. Isso do Museu do Criacionismo em Kentucky (que mostra dinossauros brincando com crianças, a la Flintstones) eu conhecia.
Lógico, há coisas divertidas em Religulous, mas o negócio falha. As cenas de Bill no carro, sem sequer olhar pra câmera, não funcionam. E há inúmeras cenas dessas. A edição que intercala filmes bíblicos antigos com as entrevistas é boa, mas devia ser melhor. Vamos a alguns itens que me agradaram:
- Tem que ter coragem pra declarar que as três maiores religiões do mundo são como contos de fadas para adultos. E Bill, apesar de antipático, tem.
- Ele deixa de lado as religiões orientais, como budismo e hinduísmo. E ataca todo o resto, o que é coerente. Afinal, tirar sarro da Cientologia e dos Mórmons é meio fácil, né? Mas será que os dogmas delas são muito mais escandalosos que os das religiões mais tradicionais?
- Adorei quando Bill está numa mesquita e questiona um carinha sobre o papel da mulher entre os muçulmanos. O sujeito responde que a tal discriminação não é verdadeira. E aponta pro lugar reservado que as mulheres têm na mesquita. A câmera mostra uma mulher rezando num cantinho ínfimo. O contraste é evidente e é o tipo de imagem que vale mais que mil palavras: o homem no meio de um salão enorme; a mulher, encolhida num canto.
- Bill deixa todo mundo mal. Inclusive o carinha na Holanda, cuja religião é fumar maconha.
- O senador americano (que diz que pra ser senador não é preciso passar num teste de QI) ilustra bem que não é só aqui que elegemos Collors, Clodovis e Enéas. É assustador.
- É hilário quando um pastor tenta convencer Bill que Jesus defendia a riqueza material.
- Muito bom o que Bill fala dos dez mandamentos: que deveria haver leis mais importantes ali, já que as únicas que realmente fazem sentido são não matarás e não roubarás. Que tal não estuprarás, não cometerás abuso infantil, não espancarás tua mulher e teus filhos?
- Gosto também da definição dele sobre como foi sua criação católica até os 13 anos: “É um pouco como a guerra. Longos períodos de tédio com pitadas de terror de vez em quando”.
Enfim, Religulous é um filme feito pra gente rir das pessoas religiosas. Usa todos os truquinhos sujos pra alcançar esse objetivo: legendas contrárias enquanto a pessoa tá falando, cortes abruptos, imagens que contradizem o depoimento etc. Acho que um ateu (e falta a Bill a coragem de se declarar ateu. Ele se diz apenas alguém com dúvidas) tem todo o direito de fazer isso. Assim como os religiosos têm todo o direito - exercido sem descanso - de dizer que ateus são monstros sem moral que vão arder no inferno.
Ah, e o cara que faz o Jesus no Holy Land... eu faria.

27 comentários:

Luciana disse...

Eu nao gostei do documentário. As críticas dele nao foram nada revolucionárias, é o que a gente já escuta em todo lado. Ele criticou basicamente os cristaos. O judaísmo quase nao foi criticado, ele só entrevistou um rabino "diferente". E a parte muculmana foi a mais absurda, porque ele só falava as críticas dele e na parte da resposta vinham cortes. Só dava pra ouvir o entrevistado falar "nao é bem assim..." e CORTE. Também achei que ele podia ter falado mais dos católicos e menos de mórmons, já que tem muito mais seguidores do primeiro grupo. Enfim, o comeco até foi engracadinho, mas depois comecou a ficar tedioso e no final achei perda de tempo.
E numa mesquita, as mulheres podem andar e permanecer em todas as partes, mas os homens nao podem entrar na parte feminina. Talvez o entrevistado tenha explicado isso, mas como nao era interessante mostrar..CORTE

Srta.T disse...

Por isso que te perguntei tanto do filme! Parecia uma premissa tão boa, mas me decepcionou também. Achei o cara bem sem-graça, e muitas vezes ele ultrapassava a tênue linha entre perguntas incômodas e ofensas às pessoas.
O maior mérito do filme, na minha opinião, é instigar as pessoas a questionar os dogmas religiosos e buscar respostas por si próprias. Como entretenimento, não gostei. Preferi "Justiceiro: War Zone". =P

Tina Lopes disse...

Protesto aqui por você usar de novo aquela imagem do peixe pendurado no anzol. Você não quer que eu durma essa semana, Lolinha? Eca! (eu ainda duvido que esse anúncio tenha sido publicado - acho que é propaganda fantasma, sabe? aquelas que os clientes não aprovam mas são divulgadas pelos criadores)
Quanto a religião, cito o Millôr - Os dez mandamentos não impediram nada, mas deram cada idéia... ;)

L. Archilla disse...

esse negócio de ter direito ou não é muito relativo. eu acredito em Deus e não discrimino de jeito nenhum quem não acredita. não acho que alguém tenha direito de ME ridicularizar porque eu acredito. não é porque tem um monte de crente babaca que quer obrigar os outros a crer que os ateus têm uma justificativa pra fazer o mesmo, só que ao contrário.

enfim, acho que assim como os religiosos NÃO têm o direito de acusar os ateus de demoníacos, os ateus NÃO têm o direito de dizer que crentes são infantis e assim por diante. seria tão bom se todo mundo tivesse essa noção de respeito!

e acho que o cara do documentário poderia direcioná-lo pra algo muito mais útil, por exemplo, fazer um trabalho explicando a importância do estado laico.

Leila Silva disse...

Nossa, nunca tinha ouvido falar deste filme.

O assunto é bem interessante, mas pelo seu comentário (e o dos outros aqui) já perdi a vontade de ver.

Realmente, essa imagem do peixe, allahmelivre.

Abraço

Gabriela disse...

Oi! Assisti esse documentário e acho que o apresentador só acertou mesmo na parte bem final dele. Não sei, também sou atéia e realmente não snto falta de nada na minha vida e mesmo achando que iria morrer nunca chamei por nada... enfim, só acho que ele usou muita arrogancia no documentario, ao inves de conversar ele meio q ataca.. isso nao faz as pesssoas pensarem no problema e sim na raiva que sentem contra aquele que faz a pergunta.

=)

Alfredo disse...

Tb sou ateu. Nem sequer quero ver o filme... nao suporto ver gente rezando. baita duma ladainha. O ator que interpreta o Jesus é um gato!!!
Tb faria ele todinho!!!!! Amo cabeludos!!!
Quem do Brasil vai ser corajoso em aprovar casamento gay e aborto??

Ana Lu disse...

Tb achei arrogante,mas me diverti bastante em certas horas.Essa do "com cheiro de vagina" foi horrível mesmo!
Mas achei interessante quando ele coloca que ficava aterrorizado quando a mãe o levava na igreja quando era criança,pq eu tb ficava!Aquilo me dava pesadelos,todo aquel sofrimento dos santos.Pensava que fosse só eu!

Anônimo disse...

Sim Lola o Estado precisa ser
laico para ter saude, parabéns! Gosto de uns caras tipo Francisco de Assis e Antonio de Pádua.
Mulheres cheiram a peixe? Não. Mulheres cheiram a vida. E quanto aos peixes, cheiram ao mar, que será fonte de vida enquanto preservado.Quanto a Deus Lola acabo de descobrir um lugar onde Deus é totalmente desvendado eheheh
pois ontem tive a honra de ler e me deleitar com "A Hora da Estrela" e da Clarice Lispector nessa obra, tem o seguinte:"BASTA DESCOBRIR A VERDADE QUE ELA LOGO JÁ NÃO É MAIS: PASSOU O MOMENTO. PERGUNTO:O QUE É? RESPOSTA:NÃO É."
eheheheheh essa Clarice era o bicho! Fatima, desde Laguna.

Ana Cristina Powell disse...

Concordo com voce sobre o filme e quanto ao Jesus da Holy Land: me too! :)

Luma disse...

Não vi esse documentário. Saiu em DVD?

Respondendo ao comentário do outro post, coincidência mesmo! Devia começar a ganhar dinheiro com isso hahaha
O livro minha irmã comprou. Não sei onde, mas tem pra vender na Saraiva. Eu dei de presente ela o livro novo da Alice Sebold, "Quase Noite", mas ainda não li. O "Vida Interrompida" eu quero ler, mas não tem mais pra vender. Vou ter que esperar pra ler o da minha tia quando eu for pro Rio nas férias.

Tatiana disse...

Oi Lola!

Então, qto ao seu comentário no meu post, super agradeço a dica. Eu cheguei a ter aulas sobre esses tipos de pesquisa: quantitativas e qualitativas. E,infelizmente, só fizemos quantitativas mesmo. Nosso trabalho deverá ter essas pesquisas relatadas em formas estatísticas com gráficos, porcentagens,etc., demonstrando se nosso produto teria uma grande aceitação no mercado ou não.Por isso,estamos nos afundando nessas pesquisas. Mas sua idéia não me saiu da cabeça desde quando li seu comentário, afinal,precisamos ajustar certas coisas e uma pesquisa qualitativa com pessoas que gostam de peixe seria uma forma bastante prática e rápida de se fazer isso, além de que seria muito interessante colocar esse tipo de pesquisa no nosso trabalho. Com certeza seria um diferencial, já que nenhum dos outros grupos fez algo parecido!

De novo, obrigada pela dica!

b disse...

Cho que o fato de ter uma crítica forte ao cristianismo é basica: Cristão promoveram as cruzadas, a santa inquisição, extermínio indígena na américa do sul... Por isso acho o estudo de história tão importante.. detesto católico condenando pais-de-santo, ou muçulmano... pow.. olha pro seu rabo....
Façam um estudo e levantem o número de pessoas mortas pelos católicos durante a colonização da américa...sem utilizar aviões, metralhadoras, napalm ou bombas atômicas, conseguiram matar mais gente em meio século do que em um século inteiro utilizando-se de toda a tecnologia.

A religião é o ópio do povo,e frase final sobre contos de fadas de adultos foi simplesmente fantástico...

b disse...

Antes que eu me esqueça lola.... eu sou o thiago.. na última vez que comentei vc me confundiu com outro rapaz (que nao lembro o nome)... isso chateia... não há indícios de que somos a mesma pessoa, poxa....

b disse...

.

Anônimo disse...

Também me incomodam as características que muitos religiosos e religiões tem e foram apontadas por você no texto. Entretanto, não acho que ironizar ou fazer piada com religiões seja a melhor forma de apontar as “falhas” que nelas existem (como faz o documentário e outros filmes que já foram produzidos. Se essa análise viesse livre de julgamentos e mais munida de reflexões, acho que teria sido mais produtiva e contribuiria melhor para o debate. Afinal, ninguém tem que convencer ninguém de nada... Eis o mundo das idéias: todos tem as próprias e acho que vale mais a pena ouvir e tentar levar algo positivo do que ficar “dando bom dia a cavalo” ou mesmo deixar que os outros digam como se deve ou não pensar.

Beijos, lola!

Elisa

Isabella disse...

Sabe que eu tb tomei uma certa antipatia do sujeito? Até fui vê-lo ao vivo mas o achei agressivo e não engraçado...
Ele fala de assuntos importantes e tem sempre os 2 lados (R e D) no programa dele mas nem me lembro mais de ligar a tv...
Quanto a ser atéia, tn me considero uma e o meu CORTE digamos assim tb se deu por volta dos 12, 13 anos. Ser obrigada a ir a igreja aos domingos? Pecados? Rezar e ficar tudo bem? Não muito obrigada. Posso ser do bem sem ter que acreditar em nada disso.

Mas acho que vou assistir ao doc assim mesmo...

btw, o Bill não é judeu?

Tina Lopes disse...

Vou contar uma coisa bem particular aqui. Tava lendo os coments e pensando nisso. Eu sou atéia. Mas nunca tive um corte, um rompimento, uma decepção, sei lá, que me levasse a isso. Minha família é católica, frequentei igreja, missa, fiz catequese, primeira comunhão. Mas o negócio todo nunca me pegou, sabe? Eu nunca acreditei, nem quando era criancinha. Eu rezava, sim, porque me mandavam, e eu sempre fui obediente, mas não acreditava, me achava meio ridícula. Tipo, "ah, tá bom que Deus tá ligando pro que eu peço". Na catequese tive alguns questionamentos mas passei por ela sem traumas - uma chatice necessária pra um evento social, a comunhão. Estudei religião, então, como estudaria matemática (ou seja, mal e sem interesse). Depois da primeira comunhão informei que pararia por ali, que não ia perder tempo com crisma. Meus pais disseram ok, eles mesmos não eram muito fãs de missa. Um dia me dei conta de que não precisava nada disso, aliás, que nunca tinha usado fé pra nada. E antes que algum espírito de porco diga que numa hora de apuro (doença, emergência)eu vou arranjar alguma fé (sempre me dizem isso), informo que já passei por maus bocados e me virei muito bem; aliás, entendo a fé como alívio, esperança, muleta - respeito e não discuto.

L. disse...

Lola, depois de toda aquele debate aqui no seu blog sobre feminismos, e sem levantar de novo a questão do doritos, gostaria de propor um novo debate aqui em relação ao feminicidio e a mídia, o que acha? Escrevi no meu blog um texto sobre isto!

Felipe Guimarães disse...

Oi Lola!
Acabei de notar que você não tem uma crítica (pelo menos eu vi na letra P) sobre o Psicose (do Hitchcook claro, o remake deve ser um lixo). Você poderia escrever sobre?

Obrigado...

Camila disse...

Você já leu isso, Lola?
http://patriciagalvao.tempsite.ws/joomla/index.php?option=com_content&view=article&id=1784:derrotas-de-marco-miriam-leitao-o-globo-290309&catid=1:artigos-assinados&Itemid=5

Lembrei de você... Achei super forte esse texto.

Beijos

Chris disse...

Eu até acho que o povão precisa acreditar em algo/alguém para viver, para dar/ter um sentido em suas existências, mas sou contra o fanatismo e o exagero.
É aí que entra o perigo, né? rs

Sobre o documentário, não assisti, e, pelas críticas, vou passar longe!

Beijos

Yas1989 disse...

Eu cago pra ateus contanto que eles caguem, me deixem quieta, com as minhas crenças. Simples assim, não se mete comigo que não me meto contigo e viveremos em paz.

Yasmin Fernandes Nabuco

elenmateus disse...

Eu concordo contigo em muita coisa cara. O Bill é um convencido e as vezes parece estar ofendendo os outros c seu sarcasmo. Obviamente q o raciocínio do cara é fantástico, não dá p mandar uma banana p ele, até pq os entrevistados todos ficam muito desconcertados e nunca têm uma resposta à altura ou um comentário coerente. O riso surge justamente daí, do incômodo, da situação constrangedora daquela galera entrevistada. Mas as considerações q tu fizeste são muitissimo pertinentes e o filme podia ser bem melhor se o Bill não se achasse tão gostoso p cortar tanto a fala da galera e fazer piadinha machista...

L. M. de Souza disse...

pois é, ele falou pouco dos católicos prq acho q só dois padres aceitaram falar com ele, um em roma e outro que estuda astronomia, e foram os sacerdotes mais sensatos de todos. a igreja católica nunca pregou a literalidade da bíblia, muito pelo contrário. apesar de chamar todas as outras religiões de seitas e esperar o fim dos tempos e o retorno do salvador, como todas as outras. o filme é ruim mesmo, enquanto filme. concordo que ele teve uma postura muito arrogante em várias situações, e os caras que toparam aceitar dar entrevistas, os menos espertos foram facilmente enredados na trama dele e se deixaram ser motivo de piada, como o ex-gay, o senador. o que não aconteceu com o padre sendo entrevistado em roma, por ex.

Anônimo disse...

Para opinar é preciso ver o filme, difícil levantar estas duvidas, mas que é um perigo a todos querer ou manipular fiéis pra que certas profecias se concretizem não há duvida,
se isto ajudar num alerta, o filme num seria somente uma comédia(pessoalmente não acho!).

Unknown disse...

Eu não vi esse filme , mas parece muito interessante. A religião é uma questão tão controversa , e eu gostaria de vê-lo a partir da perspectiva de Bill Maher. Atualmente eu vejo VICE , que também é acargo deste produtor , é muito bom, eles recomendam.