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quarta-feira, 25 de junho de 2008

HULK KING SIZE

Assim como no filme do Ang Lee, em Incrível Hulk nosso indomável herói verde também tem tamanho variável. É só ver quando ele está carregando a Liv Tyler. Em certas tomadas ela parece uma bonequinha. Noutras ela é apenas um pouco menor que o montanhoso. E há vários toques de King Kong no meio, de monstro sendo domado pela bela. Isso eu gostei. Mas eles não podiam optar pelo Hulk num tamanho único?

terça-feira, 24 de junho de 2008

HULK ANTI-MILITARISTA

Um dos pontos que acho bastante insuportáveis no Hulk em geral é que ele é um acidente do exército, e o exército passa o resto da história atrás do monstro, e boa parte da ação se passa em bases militares. Mas ao menos neste filme de 2008 o tom é anti-militarista. De cara, o general no comando (feito por um William Hurt com a maior pinta de patriarca, devido ao bigode imponente) explica que Bruce não é nem nunca foi um deles, já que é um cientista, e sugere que esse traidor do Bruce prefere a paz à guerra. Pra muita gente, pacifista é palavrão. Sério. Acabei de ler um artigo americano da direita que xinga a Hillary Clinton de... pacifista. A idéia é assim: como que um pacifista pode zelar pelos interesses americanos se vai ter receios morais em fazer coisas rotineiras como, sei lá, invadir outros países? Assim não dá! Assim não pode!Ah, o personagem do William realmente parece ter nascido pra ficar amigão do Tony Stark, pelo menos em sua fase armamentista. Os dois podiam se dar as mãos e sair andando por aí. Opa, aparentemente a Marvel já teve esse lampejo de criatividade. Hulk e Homem de Ferro estarão juntos em breve. É, eu sei. Eu também mal posso esperar.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

IMPOTÊNCIA NO TRIÂNGULO DAS BERMUDAS

Na introdução à minha crítica ao Incrível Hulk, eu falei em impotência. Preciso explicar, pra quem não viu ou não quer ver o filme. Impotência porque o Bruce não pode mais ter vida sexual. Se as batidas de coração sobem demais por causa da excitação, ele se transforma no bicho verde, que não é a criatura mais afável do mundo. Prum herói que vive de bermuda rasgada, não poder usar seu potencial não deve ser legal. Sobre as bermudas (sempre um ponto nebuloso em Hulk), o filme demonstra ao menos ter pensado no assunto, se bem que não o resolveu. Bruce usa calças elásticas grandes por baixo do seu jeans, mas tem vezes que não quer vesti-las, só por serem roxas. E os sapatos? Maior preju com os sapatos! Mas o maridão esclareceu: “Ninguém liga pros sapatos. Se eles se rompem, a câmera só mostra os pés, enquanto que um rombo na bermuda mostra o bilau”. O bilau de um incrível Hulk deve garantir no mínimo censura pra 18 anos, e aí adeus público-alvo.

sábado, 21 de junho de 2008

LOBISOMEM 10 X 5 HULK

Como eu já disse, as partes com o Hulk em si no filme de ação homônimo são bastante ruins e fajutas. Tudo que ele faz é terminar qualquer ação com um grito e um close dos dentes muito brancos. A melhor cena com o bicho verde é quando ele está no laboratório do cientista maluquinho, amarrado em cima de uma mesa, e passa por várias transformações (e gosto quando a Liv Tyler pula em cima dele). Mas acho inevitável comparar essa cena com a metamorfose do homem pra lobo no excelente Um Lobisomem Americano em Londres. Aquilo é de 1981, quase três décadas atrás, e foi feito inteiramente com maquiagem pelo mestre Rick Baker. Neca de efeitos especiais gerados por computador. Então por que a sequência de Lobisomem é tão superior à do Hulk? A promessa não era de que os efeitos especiais por computador iriam baratear e melhorar o processo? Alguém me explica, por favor.Bom, talvez nessas fotos o poder de Lobisomem não salte tanto aos olhos. Encontrei isso no youtube, só que tem que pular pra segunda parte, porque a primeira é sobre a transformação em Grito de Horror (The Howling, do mesmo ano de Lobisomem, muito inferior). E mesmo a sequência sem todo o contexto do filme perde um pouco a força. Quem viu Lobisomem sabe do que estou falando. E se não viu, devia ver, porque é um filmaço. Duvido que alguém diga isso de Hulk daqui a um quarto de século.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

TIM ROTH VILÃO

No Incrível Hulk, a gente sabe que o Tim Roth é o vilão da história antes mesmo d'ele virar monstro porque ele atira em dois cachorros e bate em duas mulheres (e uma delas ele chama de “bitch”, “cadela”, se alguém não entendeu a relação). Agora, será que os emails trocados em Hulk entre Mr. Green e Mr. Blue são uma homenagem ao Tim por Cães de Aluguel (que era Mr. Orange no ótimo filme do Taranta)?

CRÍTICA: INCRÍVEL HULK / Troco grande bicho verde por um Edward Norton menor

Edward Norton é um grande ator, além de bonitinho. Mas ele não parece estar se divertindo em Hulk nem a metade do Robert Downey Jr. em Homem de Ferro.

Eu gostaria de comparar o Incrível Hulk com o Hulk do Ang Lee de apenas cinco atrás, mas pra isso teria que me lembrar dele. E suspeito que, daqui a um mês, eu também já terei me esquecido deste. Mas, por enquanto, antes que ele se apague totalmente da memória, eu até gostei. Tem um bom ritmo, e as cenas não-hulkentas, ou seja, sem a presença do abominável bicho verde, são interessantes. O quê? Aposto que não sou a única mulher do mundo a ir ver Hulk pra ver o Edward Norton. Aliás, não entendo por que o Hulk é considerado um super-herói, se até seu alter-ego e criador, Bruce Banner, quer se ver livre dele. Cada vez mais tenho a impressão que Hulk só é herói porque representa o que muitos pré-adolescentes franzinos gostariam de ser – uma montanha de músculos, que podem ser adquiridos com anabolizantes ou raios gama, tanto faz. E se ocorrer esse indesejável efeito colateral de ficar verde e impotente no processo, paciência.

Começa com o Bruce refugiado na Rocinha, tentando controlar sua raiva através de técnicas respiratórias. O filme não fala que a Rocinha fica no Rio. Eu senti que eles fizeram o máximo pra americano pensar que a favela fica na Amazônia, já que há a imagem de uma floresta enorme bem do lado, e nada de Cristo Redentor ou Baía da Guanabara, símbolos postais cariocas. Porém, no fundo, o filme presta um serviço ao Brasil. Pra começar, exibe um dicionário English-Portuguese. Tudo bem que alguns atores não falam muito bem o português. Um dos antagonistas do Bruce tem o maior sotaque, e o dono da fábrica em que Bruce trabalha, idem (imagino que é porque eles devem ter filmado as cenas da fábrica em Toronto). Chega uma hora em que o exército americano descobre a localização do Bruce, manda procurar “um homem branco” (porque brasileiro deve ser hispânico ou latino pra eles, e essas são consideradas raças não-brancas nos EUA), e invade a Rocinha, sem precisar pedir licença pros traficantes. Pensei que eles iam topar com o pessoal de Tropa de Elite. Pelo menos o exército não mata ninguém, tirando alguns cachorros (chuif). E a favela tá bonita, colorida, cheia de gente boa e corajosa. Pode-se ouvir claramente uma mulher gritar prum milico “Cuidado com as minhas roupas!”.

Daí o Bruce, após ter virado Hulk, acorda no que parece a selva amazônica. Não é. Logo logo a gente descobre que é a... Guatemala. Como que ele foi parar do Rio pra Guatemala em um pulinho eu não sei, mas já é um avanço que ele pare um carro, diga alguma coisa em alguma língua estranha que é pra ser o português, e o motorista responda: “No hablo português”. Olha só o quanto os gringos já estão aprendendo com esse filme! Não apenas que no Brasil não se fala espanhol, como que existe um país chamado Guatemala e que lá não se fala português. Mais um instantinho e o Bruce tá no México. E lá ele compra roupas de uma moça que fala... português. Pô, agora embaralhou de vez a cabecinha dos americanos! Mas sério, compare essa imersão no terceiro mundo com a de Sex and the City. Em Hulk não tem nada disso de “não beba a água”. Bruce bebe água e cozinha numa boa na Rocinha – e isso que ele tá numa favela, não num resort cinco estrelas. Ele até poderia acusar a asquerosa água brasileira de fazê-lo ficar verde, mas não.

Agora, se alguém achar que a Rocinha é desrespeitada de alguma forma, ou vira parquinho de diversões do exército americano, precisa ver o que fazem com Nova York. É nessa cidade que não dorme nunca que dois monstros decidem brincar, como se fosse seu playground particular (e bem na rua 120 com Broadway, pertíssimo de onde ficamos por lá). Eu tava esperando que chegasse o Cloverfield e sem querer pisasse nos dois. Há uma longa sequência de luta entre os dois brutamontes, e essas cenas de ação deixam muito a desejar. Não dá pra ver nada direito e é tudo muito rápido. Segurou o meu interesse tanto quanto em Transformers, porque a idéia é a mesma: dois ferros-velhos disputando território. Soninho, né?Leia mais comentários meus sobre o Incrível Hulk aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.