segunda-feira, 6 de maio de 2019

NÃO VAI TER CORTE, VAI TER LUTA

Hoje o Colégio Militar no Rio comemorou 130 anos, e o presidente dos ignorantes foi prestigiar o evento. 
Não contava com o protesto gigantesco de alunos, pais e professores dos colégios Pedro II, Instituto Federal de Ciência e Tecnologia, CEFET, Fundação Osório e Colégio de Aplicação da UFRJ. Centenas cantaram belos gritos de guerra, como: 
"Acabou a paz / mexeu com estudante / mexeu com satanás".
"Não somos balbúrdia / Lutamos por direitos / Se tira nossa verba nós tiramos seu sossego".
"Ih a federal vai resistir / 30% é o caralho / eu quero escola pra estudar".
"30% é o caralho, eu quero ver você cortar do seu salário". 

Dentro do Colégio Militar Bolso também não teve sossego. Uma ex-aluna do colégio, que hoje é estudante de Direito da UFRJ, disse ao fascista: "vergonha, ser inimigo da educação pública". Depois, Maria Eduarda Sá Ferreira justificou à imprensa: “Eu sou contra esses cortes porque sei que a maioria dos sonhos dos estudantes daqui, que não vão seguir na carreira militar, justamente é estudar nas universidades de ponta do País, e as universidades de ponta do País são as universidades públicas”. 
Não foi só o governo que foi pego de surpresa. Alguns haviam menosprezado os protestos, que também aconteceram em outras instituições, como na UFBA, em Salvador, e no IFRN, em Natal, pelas imagens que vi. "Se for 50 cabeça é muito", disseram. Foram muito mais que "50 cabeças". E é só o começo. 
Pelo jeito, quem vai nos mostrar como resistir serão os jovens, mais uma vez. Foram eles (e eu também, jovem na época) que derrubamos o Collor em 1992 com as passeatas dos caras pintadas. E, pra mim, o maior movimento de resistência depois do golpe de 2016 foi a ocupação das escolas. Ocupação comandada por estudantes, na sua maioria garotas da periferia.
Vivemos um momento crítico no Brasil. Já era esperado isso do governo fascista. O Meteoro Br resumiu bem num vídeo por que Bolso e o sinistro do MEC se empenham para acabar com a educação: são ressentidos. Como a academia nunca deu espaço pra olavismo, pra terraplanismo, pra teorias da conspiração tipo "marxismo cultural", esses lunáticos que são frequentemente deixados de fora de qualquer discussão minimamente séria querem vingança.  
Clique para ampliar
Mas não havia previsão do corte de 30% na educação (e em outros setores básicos também). O sinistro Weintraub primeiro anunciou o corte como se fosse uma punição pela "balbúrdia" a três universidades, a UnB, a UFBA e a UFF, que estão entre as melhores do país. Fez chantagem: afirmou que, se a Reforma da Previdência passasse, o governo poderia voltar atrás. Depois viu-se que o corte era para todas as universidades e institutos federais. Weintraub ainda teve a desfaçatez de mentir mais uma vez: disse que a meta era tirar recursos da educação superior para priorizar a educação básica, escondendo que pelo menos R$ 2,4 bilhões dos quase 8 bi de corte viriam de programas do ensino infantil e médio. 
A outra mentira do sinistro consistiu em sugerir que haverá aumento dos gastos na educação básica. O Teto dos Gastos, também conhecido como a PEC da Morte, proibiu investimentos sociais (porque não é gasto -- é investimento!) por duas décadas. Essa PEC aprovada por Temer, com o apoio de Bolso, congelou os gastos do governo federal por vinte anos. Com isso todos os serviços sociais sofrem: educação, saúde, segurança, saneamento básico. 
Ninguém solta a mão de ninguém!
Em cima desse congelamento da PEC, os donos do poder meteram outro, este agora dos 30%. O Colégio Pedro II,  por exemplo, a mais antiga instituição federal de ensino básico do Brasil, e que atende cerca de 13 mil alunos, sofreu quase 37% de cortes no orçamento de custeio. Um bloqueio de mais de R$ 18 milhões, que inviabiliza a sobrevivência da escola. Não à toa, muitos de seus estudantes foram às ruas protestar hoje. 
Acharam que iam fechar universidades e institutos federais sem que houvesse reação? Pois se enganaram. Além dos protestos de hoje, já há uma greve de estudantes, professores e servidores marcada para o dia 15 de maio, que pode ser vista como um esquenta para a greve geral de 14 de junho. 
Mas é terrível como os fascistas estão tentando destruir o Brasil. Lembra quando a gente lutava para que 10% do PIB fosse pra educação? Não se falou mais nisso. Entregamos o Pré-Sal pros gringos, e só vieram cortes, que não começaram agora, mas com o governo Dilma. 
Não é de hoje que as universidades públicas e os institutos federais estão endividadas. Só que cortar 30% do que já está baixo é um golpe pra nocautear mesmo. E é um projeto deste governo que, já na campanha, escolheu professores como seus principais inimigos.
Parece que boa parte da população sofreu uma lavagem cerebral pra eleger os políticos mais podres, mais corruptos, mais incompetentes. Isso não aconteceria se tivéssemos doutrinação de verdade nas escolas e universidades, como os reaças amam inventar. Estamos num período de muitos retrocessos: antes a gente tinha que mostrar a importância das cotas. Agora tem que mostrar a importância da educação pública. 
Esse golpe duro na educação pública vai fazer muita gente acordar. Já tem anos que projetos totalitários como o Escola sem Partido tentam criminalizar professores. Reaças passaram os últimos meses implorando para que alunos filmem seus professores "doutrinadores". Mas é um blefe, e Bolso e sua gangue sabem disso. Pais e alunos não veem professores como inimigos, e sim como aliados. Estamos no mesmo barco. De que lado esses salafrários acham que os estudantes ficam, do lado dos professores ou de um governo que persegue professores e quer fechar suas escolas e universidades?
Estamos só começando. É balbúrdia que eles querem? Pois vamos fazer balbúrdia!

20 comentários:

Lola Aronovich disse...

Artigo muito completo no NEXO:

O governo contra as universidades, em dados e análises Juliana Sayuri 04 Mai 2019 (atualizado 05/Mai 17h33) Decisões da equipe de Jair Bolsonaro sobre investimentos redefinem o rumo das instituições federais e levantam um debate: o ensino superior deve se destinar a todos ou a poucos?
No início da década de 2000, o Ministério da Educação passou a investir na expansão das instituições federais, aumentando o número de cursos de graduação e pós-graduação fora das capitais, com especial atenção às regiões Norte e Nordeste do país. Entre 2002 e 2014, o número de cursos de graduação passou de 2.047 para 4.867. O número de alunos matriculados na graduação subiu de 500.459 para 932.263; na pós-graduação, saltou de 48.925 para 203.717. Ao longo desses 12 anos, 18 novas universidades federais foram fundadas e 173 campi de instituições federais foram instalados no interior do país.
Segundo relatório da SESu (Secretaria de Educação Superior), unidade do Ministério da Educação responsável por coordenar a Política Nacional de Educação Superior, o número de instituições federais de ensino superior cresceu 31%; as matrículas na graduação, 86%; e na pós-graduação, 316%. A expansão foi acompanhada por incentivos para ampliação do acesso ao ensino superior, mediante programas como o ProUni (Universidade Para Todos). Na época, também foram formuladas ações para inclusão de indígenas e negros nos programas de pós-graduação, como as políticas afirmativas de cotas raciais. Embora o orçamento empenhado para despesas obrigatórias (como pagamento de salários dos docentes) tenha aumentado entre 2000 e 2018, conforme mostra este gráfico elaborado pelo Nexo a partir de dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento, o montante para despesas discricionárias (que incluem gastos básicos de manutenção predial, água, luz, limpeza, bem como bolsas de auxílio e assistência estudantil) para universidades e institutos federais registrou queda, a partir de 2014.
Naquele ano, R$ 7,1 bilhões foram para as universidades e R$ 4,2 bilhões para institutos federais, em valores corrigidos para reais de dezembro de 2018. Em 2016, foram R$ 6,8 bilhões para universidades e R$ 3,4 para institutos federais. Em 2018, foram R$ 5,8 bilhões para universidades e R$ 3,1 bilhões para institutos federais. A crise deu sinais visíveis nos campi: com as restrições orçamentárias, bolsas foram cortadas, funcionários foram demitidos, projetos e obras foram paralisadas. Durante a campanha eleitoral de 2018, universidades públicas foram palco de disputas, com manifestações contrárias à candidatura de Jair Bolsonaro e ações judiciais que interromperam aulas e ordenaram a retirada de faixas e cartazes. As medidas foram suspensas pelo Supremo Tribunal Federal, sob o argumento da autonomia universitária e da liberdade de expressão. As universidades públicas estão diretamente vinculadas a repasses do governo federal e, portanto, sujeitas a impactos diretos de suas decisões orçamentárias. Estão no centro do debate político diante de recentes ações anunciadas que vão de encontro à autonomia universitária e à liberdade de cátedra, provocando reações críticas de acadêmicos.

Lola Aronovich disse...

Ou seja:
Em 2014: R$ 7,1 bi p/univ, 4,2 bi p/institutos federais
Em 2016: R$ 6,8 bi p/univ, 3,4 p/inst fed
Em 2018: R$ 5,8 bi p/univ, 3,1 p/inst fed
A educação já estava em crise. E aí vem o gov fascista cortar 30% EM CIMA DISSO

Lola Aronovich disse...

Mais do artigo do Nexo:

As diferentes ações governamentais se apoiam no argumento de alto custo e baixa produtividade das universidades públicas. Universidades públicas, entretanto, são responsáveis por 95% da produção científica brasileira, segundo o relatório “Research in Brazil”, realizado pela empresa americana de análise de dados Clarivate Analytics, divulgado em 2017. De acordo com dados da Web of Science, plataforma internacional de indexação de citações científicas da Clarivate Analytics, em 2019, das 50 instituições que mais publicaram pesquisas científicas no Brasil, 44 são universidades (36 federais, 7 estaduais e 1 particular), 5 são institutos de pesquisa e 1 é instituto federal de ensino técnico. Entre 2014 e 2018, o investimento em educação caiu 56% no país (de R$ 11,3 bilhões para R$ 4,9 bilhões) e, segundo a Lei Orçamentária de 2019, pode chegar a R$ 4,2 bilhões. O ensino superior, sozinho, registrou queda de investimentos da ordem de 15%, segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal. Dados do relatório “Aspectos fiscais da educação no Brasil”, de 2018, produzido pelo Tesouro Nacional, mostram que o país destina 6% do PIB em educação pública por ano, índice maior que a média da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Na outra ponta, os dados mostram outra realidade: o gasto médio do Brasil em educação universitária em 2015 (cerca de US$ 14.200 anuais, por aluno), está abaixo da média investida pelos países da OCDE, que é de US$ 15.600 por aluno. Em 2017, o gasto primário da União em educação totalizou R$ 117,2 bilhões, sendo R$ 75,4 bilhões com educação superior e R$ 34,6 bilhões em educação básica. A diferença de gastos entre a educação básica e a superior foi o argumento usado pelo ministro Weintraub, após as críticas aos cortes nas universidades federais. "Para cada aluno que eu coloco na faculdade, eu poderia trazer dez crianças para uma creche. Crianças que geralmente são mais humildes, mais pobres, mais carentes, e que, hoje, não têm creches para elas. O que você faria no meu lugar?", questionou, em vídeo divulgado no Twitter, em 1º de maio de 2019. O ministro não citou a fonte dos dados citados. Embora tenha passado os últimos meses afirmando que privilegiaria a educação básica, um levantamento da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes) feito a pedido do jornal O Estado de S. Paulo e divulgado no sábado (4), mostra que o MEC, obedecendo a um contingenciamento de recursos solicitado pelo governo, bloqueou R$ 2,4 bilhões que seriam destinados a programas do ensino infantil ao médio. Antes de assumir a pasta, Weintraub também comentou a distribuição geográfica e os cursos oferecidos nas universidades. Em transmissão ao vivo pela internet, em setembro de 2018, declarou que universidades do Nordeste não deveriam oferecer cursos de disciplinas como sociologia e filosofia, priorizando agronomia e “energia na veia”.

Lola Aronovich disse...

Qual a importância das universidades federais no Brasil? PAULO ROBERTO CORBUCCI Podemos destacar quatro fatores. O primeiro é a pesquisa. No Brasil, a pesquisa acadêmica é feita fundamentalmente nas universidades públicas, entre elas as estaduais e as federais. Pesquisa é algo caro, que demanda investimentos públicos – em geral, o setor privado investe só se tiver retorno imediato. Nas universidades particulares, privilegia-se o ensino. O segundo fator é a presença de hospitais universitários, na maioria das federais. Esses hospitais atendem pelo SUS (Sistema Único de Saúde), aprimoram a formação dos médicos que, por sua vez, vão trabalhar nos hospitais públicos e na rede privada. O terceiro é a extensão. E o quarto fator é o ensino, isto é, a formação de professores, que vão para a educação básica e para a educação superior. É nas universidades públicas que acontece o processo de qualificação do corpo docente. Há, portanto, quatro razões básicas para se considerar a importância das universidades federais no país.

Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/05/04/O-governo-contra-as-universidades-em-dados-e-an%C3%A1lises?utm_content=buffer17028&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer

Lola Aronovich disse...

Mais do Nexo:

Universidades federais são muito caras? Quais as diferenças entre investimentos na educação básica e educação superior? PAULO ROBERTO CORBUCCI Vou partir de dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Em 2004, nós tínhamos cerca de 575 mil estudantes na graduação nas universidades federais. Em 2014, o número saltou para cerca de 1 milhão e 84 mil estudantes, isto é, um aumento de 89% de alunos. Em 2004, o gasto por aluno na educação básica era 11,8% em relação ao PIB per capita. Em 2014, esse gasto subiu para 21,8%, um aumento de dez pontos percentuais. Já na educação superior, o gasto per capita na educação superior era de 89,1%, em 2004, e passou a 80,3%, em 2014. Ou seja, enquanto o gasto dobrou na educação básica em relação ao PIB, na educação superior o gasto não cresceu tanto, ainda que o número de alunos tenha aumentado e ainda que o número de universidades tenha aumentado. Em 2004, portanto, o gasto per capita na educação superior era cerca de oito vezes maior do que a educação básica (R$ 16.157 ante R$ 2.153, em valores corrigidos pela inflação). Em 2014, a diferença caiu para menos de quatro vezes (R$ 21.855 ante R$ 5.935, em valores atualizados). Então, o gasto relativo com a educação superior, na verdade, diminuiu nos últimos 15 anos. Respondendo à questão que está sendo levantada recentemente: nós gastamos muito na educação superior e pouco na educação básica? Não. Nós ainda gastamos pouco na educação básica, mas também não gastamos muito na educação superior. O total corresponde a 6% do PIB. Tanto que, ao aprovar o Plano Nacional de Educação, em 2014, estabeleceu-se que o Brasil passaria a destinar 10% do PIB na educação, até 2024. Nos países ricos, investe-se, no mínimo, 2% do PIB na ciência. Se quisermos ter ciência, inovação e tecnologia como os países ricos, precisamos de mais de 1% do PIB [destinado ao setor]. Se nos contentarmos com a condição de país consumidor de tecnologia produzida fora, nós continuamos como estamos. Se quisermos sair desse patamar, é preciso investir - e, para investir, é preciso crescer. Quem conhece o contexto científico e educacional do país sabe que há carência de investimentos para dar condições mínimas. Se investir menos do que é investido agora na educação superior, não é possível formar professores e, sem professores, não há educação básica. Não se trata de escolher ou a educação básica ou a educação superior, mas de encontrar um ponto de equilíbrio e investir nas duas áreas. Não é uma “escolha de Sofia” [expressão que se refere a uma decisão difícil].

Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/05/04/O-governo-contra-as-universidades-em-dados-e-an%C3%A1lises?utm_content=buffer17028&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer

Anônimo disse...

A Lola podia abrir mão de 50% do salário dela. Aí não faltaria as verbas. Mas não né? Corte é bom quando é para os outros, mas não pra mim...

titia disse...

Claro que os jovens é que lutam. Anos passam, décadas passam, milênios passam, e parece que nunca muda o fato de que os velhos só servem pra ferrar com a vida dos jovens por serem incapazes de se adaptar, e quererem forçar seus valores primitivos num mundo em que eles simplesmente não cabem mais.

Quanto ao rancor por não conseguir entrar numa federal, é bem comum até. Tá cheio de gente burra por aí que acha que pra entrar numa federal é só fazer um ENEM medíocre pra um curso de humanas, e quando descobrem que ciências humanas exigem esforço e inteligência tanto quando ciências exatas ou de saúde, ficam putinhos. Outro dia li um desses rancorosos burros dizendo que um curso de exatas em qualquer uniesquina da vida vale mais que qualquer curso de humanas na federal. Obviamente tentou entrar num curso de humanas achando que era fácil e se fodeu. O nazipalhaço, a familícia e seus sinistros, o Olasno e todos que votaram no Mijair Boçalnazi são só mais desses idiotas que querem ser alguém na vida apenas por serem homens brancos e héteros porque tem prguiça de se esforçar e estudar. Contiuarão sendo um bando de zé ninguém, só que agora o mundo inteiro saberá disso.

Lola Aronovich disse...

Puxa, é mesmo, mascutroll das 22:45! Como o meu salário anual é de 16 bilhões de reais, eu cortando metade, compenso o corte de 8 bilhões deste governo salafrário na educação! Vc deveria ser sinistro da Economia no lugar do Sapo Guedes!
(Pedir sacrifício pro seu presidente, que ganha R$ 10 mil mensais desde que se aposentou, aos 33 anos, vc não pede, né? Vem pedir que professores se sacrifiquem!)

Anônimo disse...

Lola, salafrário esse governo não é, desde o início: enquanto Lula e Dilma assinavam com Montblanc, Bolsonaro e moro assinavam de Bic. Concorda?

Anônimo disse...

a) Esta lindo ver a luta dos alunos pais pela educacao federal um vento de esperanca

b) A maioria das pessoas que criticam as universidades sao recalcadas nao conseguiram passar na prova.

c) Lola vc esta acompanhando a treta envolvendo o filme Vingadores e a producao nacional De pernas para o ar 3 gente a producao estrangeira pegou todas as salas achei errado

Anônimo disse...

"Entre 2002 e 2014, o número de cursos de graduação passou de 2.047 para 4.867"

Não vejo isso como algo de positivo.
Qual o valor em jogo? Quantidade ou qualidade?

Havia disponível em 2002 um "estoque" de professores? Ou os que tinham estavam ociosos?

A educação formal superior é uma atividade fim, ou somente uma atividade meio para atender as exigências do mercado de trabalho?

Anônimo disse...

Não haverá CORTE de 30% na educação! As Universidades que não forem capazes de comprovar “ as despesas” na área terão 30% da verba pública bloqueada e o dinheiro será realocado para o ENSINO FUNDAMENTAL!!! Ou seja, não está havendo nenhum corte na EDUCAÇÃO!!!
Acordem, a maioria destes gastos está no salários dos reitores, diretores e alguns poucos professores, que em sua maioria não contribuem em nada para o desenvolvimento estudantil ou científico. Quem trabalha de verdade ganha pouco.

Anônimo disse...

ESCLARECIMENTOS SOBRE OS CORTES NA EDUCAÇÃO

1) Não estão sendo cortados 30% do orçamento das universidades, mas 30% da parte discricionária desses orçamentos (porque a parte obrigatória não dá pra cortar). Do orçamento total, os cortes estão girando em torno de apenas 4%.

2) Os cortes não foram motivados por nenhum dos fatores que o Bolsonaro, o Weintraub ou os seus amigos no Face estão dizendo. O motivo é contingenciamento orçamentário, para cumprir a meta de déficit primário firmada para 2019.

3) Os gastos que estão sendo cortados não são apenas na Educação, mas em tudo quanto é despesa discricionária possível.

4) Não é que o governo "quer acabar com a Educação"; é que não tem pra onde correr: ou sai cortando tudo o que pode, ou vai estourar a meta e o Congresso precisará aprovar uma suplementação - aumento do já dramático endividamento público -, se aproximando perigosamente do limite da Regra de Ouro.

5) Mesmo com os cortes, o gasto em Educação se mantém acima do piso constitucional, e em linha com os gastos dos países desenvolvidos (como % do PIB).

6) Isso tem acontecido desde 2015 (sim, com Dilma), mas está dando mais polêmica este ano, por causa da forma amadora, impolida, birrenta e revanchista como membros do governo (incluindo o presidente) comunicaram o fato.

7) Por que isso está acontecendo? Porque o gasto previdenciário está canibalizando as demais rubricas do orçamento (mas tá tudo bem... não precisa reformar, não...)

.

FONTES:

- Decreto 9741/19
- LOA 2019
- BGU 2017
- RREO (qualquer período)

Anônimo disse...

Lola, obrigada por não parar esse seu trabalho maravilhoso.
Você é, na minha opinião, uma das pessoas mais incríveis desse Brasil <3
Ps: sinto muito por tudo que você já passou e passa. O Brasil um dia reconhecerá o seu valor, não tenho dúvida. Esse momento ficará marcado como obscuro e será uma incógnita na cabeça de muitos, mas vamos vencer.

Ass: uma brasileira que acredita na educação.

Lola Aronovich disse...

Parem de mentir, bolsominions! O corte é de quase 8 bilhões de reais na educação! Isso não vai mexer nos salários, porque esses o governo ainda não pode cortar. Mas vai afetar os gastos não obrigatórios, como por exemplo água, luz e bolsas de estudantes. As universidades já estavam endividadas e, como esse corte, não poderão pagar mais água e luz. Como uma universidade pode funcionar sem luz e água? Vejam o quadrinho que pus no post.

Anônimo disse...

Lola, a gente gastava vários bilhões com educação e ainda assim amargavamos as últimas posições nos testes internacionais de desempenho escolar.

Pra que continuar gastando dinheiro com isso??? Pra continuarmos em último?

titia disse...

16:07 você acha mesmo que consegue enganar alguém batendo pé e fazendo birra? Desculpa, fofo, mas uma mentira repetida mil vezes não vira verdade... não na época da internet. Senta e chora que é só o que você pode fazer.

Anônimo disse...

Reforma da previdência realmente não precisa. A CPI do Senado já comprovou isso!!! O governo federal desvia 30% do dinheiro da previdência para pagar em juros da dívida pública aos 20 mil rentistas da bolsa-banqueiro!!!!

Anônimo disse...

Mas o Brasil está nos últimos lugares nos testes do pisa... Pra que gastar dinheiro com algo que não dá retorno?

Lara disse...

Lola, faz mais posts sobre isso, fala mais, confio em você e venho aqui buscar informações com um posicionamento que eu respeito muito... mas essa questão dos cortes é bem complexa e precisamos estar bem informados para poder discutir com os bolsominions por ai!