terça-feira, 25 de outubro de 2016

A VIDA POR TRÁS DO ABORTO

Republico aqui um texto incrível de Carolina Unzelte, da agência de reportagens da J. Press Jornalismo Júnior, da ECA-USP.

Um grito silencioso. Era assim que os abortos da tia Clara (nome fictício) eram tratados na família. Eu, que nunca a conheci, sabia que ela tinha interrompido várias gestações, assim como sabia que não se falava sobre isso. Tanto que nem lembro como tomei conhecimento do fato-tabu em primeiro lugar. Só minha avó, que sempre foi muito sincera, me falou quando perguntei. “Ela fazia com cabides, agulhas de tricô”, me disse.
“No banheiro de casa, sem ninguém.” 
Só no ano passado, foram feitos 1,1 milhão de abortos no Brasil, segundo estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) — e esse número representa muito menos do que a realidade: muitas mulheres sentem receio de admitir que realizaram um procedimento abortivo, que só é legalizado no país em casos de gravidez resultante de violência sexual e de fetos anencéfalos. “A lei penal vigia os corpos e decisões reprodutivas das mulheres com força de polícia e punição”, afirma a Dra. Débora Diniz, professora de Direito na Universidade de Brasília (UnB) e pesquisadora do Instituto Anis de Bioética.
“A solidão entrou em mim de uma maneira inexplicável”
“Medo” é a resposta imediata de Júlia quando questionei o que ela sentiu durante o aborto que realizou em 2014, aos 28 anos. Ela, já mãe de uma menina de nove, engravidou novamente e, pelas “condições econômicas e do relacionamento” que tinha com o marido, resolveu interromper a gravidez. “Tentei não sentimentalizar demais”, afirma. “Tomei a decisão, fui lá e fiz. E faria novamente. O aborto, em si, é o que menos me faz refletir.” O que dói mais para Júlia é o modo como as coisas foram feitas. 
Logo que soube da  gravidez, procurou a medicação abortiva. “Em questão de dias já estava com ela em mãos”, diz. Apesar de proibido no Brasil, o Cytotec, que é usado também para prevenir úlceras gástricas, não é impossível de se obter. Júlia, por exemplo, recebeu a dose por correio — mediante, é claro, um alto preço. Era um sábado quando tomou o remédio. Seu marido não estava presente, porque “não quis desmarcar o ensaio com a banda em que toca”. Ela ficou sozinha em sua casa. “Não senti dor física, mas a solidão entrou em mim de uma maneira inexplicável. Eu estava totalmente desamparada”, conta.
Depois disso, Júlia permaneceu em repouso por dois dias. Na terça-feira, teve uma hemorragia muito forte enquanto estava no trabalho. Foi levada ao hospital, onde chegou às 13h20, mas só foi atendida mais de seis horas depois. “O médico não acreditou em como eu ainda estava conseguindo ficar em pé por tanto tempo”, lembra. Durante as horas de espera, ela telefonava para o marido, “chorando, desesperada”, contando da situação e pedindo ajuda. “Ele ria de mim e dizia que não iria me ver”, relata. O companheiro só apareceu quase às sete horas da noite, dizendo: “Tu acha que eu iria mesmo te deixar sozinha?”. “A questão é: ele já havia feito isso”, afirma.
Após o atendimento, Júlia foi encaminhada para a curetagem — uma intervenção cirúrgica para retirar os restos do aborto do útero da mulher. Mais uma vez, se viu sozinha: o marido deu apenas a entrada no centro cirúrgico e foi embora. Para piorar a situação, ela foi vítima de maus-tratos logo antes de passar pelo processo. Enquanto a anestesia fazia efeito, Júlia ouviu os médicos dizerem “coisas horríveis, horrores”, quando ela “não podia reagir ou dizer nada”. Quando acordou após a cirurgia, ela telefonou para o companheiro, já que, para ganhar alta médica, precisaria de alguém para buscá-la. Após esperar a manhã toda, o marido chegou apenas para levá-la ao ponto de ônibus mais próximo. “Tentei abstrair ao máximo tudo o que aconteceu, para não me sensibilizar demais com os fatos”, conta.
O aborto foi um acontecimento transformador para vários aspectos da vida de Júlia. “Me tocar ainda é estranho. Sinto um pouco de medo do que vou encontrar lá dentro.” Coisas cotidianas, como fazer xixi e lidar com a menstruação, também ficaram diferentes. “É uma sensação de estranheza com o seu próprio corpo”, expressa. Além disso, o cuidado para não engravidar novamente é redobrado depois da experiência. 
O relacionamento com o marido, por outro lado, apenas piorou: além da dor e do ressentimento provocados pelo desamparo, hoje Júlia vive uma relação abusiva. “Ele tem o teste de gravidez positivo e ameaça mostrar para a minha família caso eu faça algo que o desagrade”, ela conta. Uma hora depois de desligarmos o telefone, Júlia me disse, por mensagens de texto, que ainda estava “trêmula e nervosa”. Ela deixou de dizer várias coisas porque seu marido estava ouvindo. Combinamos de conversar depois, já que ela “nunca tem oportunidade de falar sobre o assunto”. “É um peso enorme carregar esse tabu.”
“Fiquei à espera da dor. Esperava até a morte”
“A pior parte é realmente após o processo”, concorda Beatriz, que fez um aborto aos 15 anos. A clandestinidade à qual as mulheres estão submetidas tanto durante quanto após o procedimento é traumatizante em quase todos os casos. “Externar e ter apoio é fundamental nesta situação — mas, com a criminalização, é quase impossível falar abertamente sem o receio de sofrer represálias ou de ser agredida por pessoas que não entendem a dor do próximo”, diz Beatriz. Ela engravidou do primeiro namorado, que era três anos mais velho que ela. Além da inexperiência de ambos, sexualidade não era um assunto tratado pelas suas famílias. “Transamos pela primeira vez juntos e achávamos que usar o método do coito interrompido era algo eficaz”, ela conta. “É aquele ditado: nunca pensamos que vai acontecer com a gente.”
Mas aconteceu. Após três semanas do término do namoro, num momento em que estava “plenamente realizada” com a sua vida, trabalhando como jovem aprendiz numa multinacional, Bia começou a ter “tonturas fortíssimas, enjoos extremamente fortes e dores de cabeça”. Quando contou para o ex sobre os primeiros sintomas da gravidez, ele achou que era “neurose”, já que ela ficava com medo de ter engravidado todos os meses. Depois de muito insistir, foi comprado um teste de gravidez. Eles esperaram os pais saírem de casa. “Quando vi as duas riscas, perdi meu chão”, ela lembra. Com a notícia, Beatriz chorou por horas. Dormiu na casa do ex, que disse não querer terminar o relacionamento, que eles dariam um jeito e que estava disposto a cuidar da criança com muito amor. Ela, no entanto, não estava de acordo com os planos. “Naquele momento, eu não conseguia aceitar o  fato de ter um filho de um homem com quem já não mais me relacionava.”
Farmácias no Uruguai vendem Cytotec
Quando voltou para casa, contou da gravidez para a irmã e para a mãe. “Ela não esboçou nenhuma reação, apenas abaixou a cabeça em sinal de decepção”, lembra Bia. Apesar disso, recebeu ajuda, pois, já tendo feito dois abortos, a mãe tinha um farmacêutico de confiança para conseguir Cytotec. “Ela comprou o medicamento, com dinheiro dado pelo meu ex-namorado, dizendo que era para uma amiga. Se dissesse que era para uma menina de 15 anos, ele [o farmacêutico] jamais concordaria, sabendo do risco de vida que eu estava correndo.” 
A mãe também se preocupava com sua saúde: chegou a se oferecer para cuidar do bebê. O ex silenciou e não tentou impedi-la. Dois comprimidos via oral e dois via vaginal, ela fez o procedimento quando estava com cerca de seis semanas, em um Dia das Mães. “Grande ironia”, comenta. Avisada das dores que viriam, Beatriz foi dormir, cheia de medo. “Fiquei à espera da dor. Esperava até a morte.” Foi por volta das cinco da manhã que despertou com fortes queimações na região abdominal.
Beatriz foi até o banheiro e sentiu sair. Sem coragem de olhar, deu descarga e deitou-se. Quando acordou novamente, percebeu algo molhado. Uma poça de sangue. “Foi o que mais me chocou; parecia uma cena de assassinato”, ela diz. A mãe a acalmou, dizendo que tudo daria certo. “Fui tomar banho me sentindo liberta”, afirma. “Nunca me arrependi de ter feito a minha escolha. E sempre agradeci todo apoio e amor que a minha mãe me ofereceu.” Nas duas semanas seguintes, ela experimentaria um fluxo intenso de sangue, diferente de menstruação: “Desciam também pedaços de carne, do meu útero. Pedaços grandes”, recorda. “Eu sobrevivi, mas muitas mulheres morrem.”
Ela não conversava sobre o assunto com ninguém, por medo de represálias. Só recentemente contou para uma amiga, com quem se sentiu confortável para falar. “Aquilo parecia tão vivo dentro de mim, já que nunca tinha conseguido externar”, ela afirma. “Chorei muito, simplesmente por me sentir egoísta. Me senti uma pessoa podre, tive duas crises de depressão.” 
Mesmo assim, passar pelo aborto trouxe aprendizados, novas visões positivas e força para encarar certos aspectos da vida. “Amadureci muito, na marra”, conta. “Sempre me pego pensando que não irei desistir dos meus sonhos, já que abdiquei de algo tão grande como uma vida por eles. É motivacional.” Assim como Júlia, o cuidado que tem para não passar por uma gravidez indesejada novamente é bem maior.
“Até hoje não sei se deveria ter saído correndo”
Caroline, assim como Bia, passou pela experiência do aborto muito jovem, aos 17 anos. Depois de “um namorico”, foi viajar com as amigas. De volta em casa, notou um atraso na menstruação; fez um exame e descobriu que estava grávida. “Fiquei desesperada e extremamente desnorteada”, ela diz. Quando contou para o pai da criança, recebeu uma péssima reação: ele estava agora com uma menina de que gostava antes mesmo de conhecê-la e “não queria de jeito nenhum”. Foi ele quem apontou o aborto como “única solução” para o problema. “Até então, eu nem sabia o que pensar, só chorava, sem conseguir tomar posição nenhuma”, lembra Caroline. “Era muito imatura.” Conversar com a família sobre isso também foi difícil. Apesar da relação próxima com a mãe, ela não sabia como falar. “E não tinha uma estrutura familiar muito grande. Vivia só com a minha mãe; meu pai e meus irmãos moravam no Paraná.”
Cabide como símbolo pró-legalização:
Proibir aborto não torna a sua
prática menos frequente, apenas
mais perigosa
Depois de saber da gestação da filha, a mãe de Carol quis conhecer o pai. E concordou com ele sobre interromper a gravidez. “Ela ficou preocupada com os riscos, mas achou que era até melhor, porque eu era jovem e estava ferrada”, diz. O pai também veio para acompanhar a situação de perto e engrossar o coro de quem aconselhava a garota a abortar. A garota também enxergava que seguir com a gravidez não era a melhor das alternativas: além de se preocupar com a reação de colegas quando aparecesse grávida, ela via como uma amiga que tinha sido mãe cedo perdera várias experiências da juventude. Mesmo assim, sua decisão ainda não era sólida. “Na verdade, não queria abortar”, conta. “Coloquei tudo na balança, mas ainda não estava convencida de que era o que desejava fazer.” Aos 34 anos, ainda se questiona sobre a escolha. “Até hoje não sei se devia ter saído correndo antes de ele chegar com a moto.”
Quando estava com cerca de dois meses de gestação, o ex-namorado a levou até a clínica clandestina de motocicleta. “Lembro de todos os detalhes do dia porque ficava imaginando até o ultimo minuto que pudesse acontecer algo para que eu não tivesse que fazer aquilo”, ela diz. Carol se lembra do momento como “difícil” e do local em que fez o procedimento como “horroroso”. “Era um lugar sinistro.” Ainda chorando, chateada e triste, tomou um remédio que a deixou parcialmente anestesiada, podendo ainda ver flashes do que acontecia com ela. “Foi traumatizante”, recorda. 
Depois, acordou e vomitou muito. O ex aguardava que ela se recuperasse para irem embora. Em casa, foi cuidada pela mãe. “Meu pai fez um convênio para mim, coisa que eu nunca tinha tido. Ele sabia que podia ter alguma complicação.” Ela ficou por três dias com cólicas fortes e hemorragias e, quando ligava para a clínica em busca de ajuda, “eles diziam que era assim mesmo”. Quando não pode mais suportar as dores, foi ao pronto-socorro e submeteu-se à curetagem.
Agora, com dois filhos, Carol diz que “é difícil passar um dia sem pensar nisso”. Sente que tomou a decisão por “influência e pressão”, apesar de entender que sua vida teria sido muito diferente caso tivesse levado a gravidez adiante. Ainda sente culpa: “É uma mistura. Existe uma linha tênue de onde eu me culpo ou vem de uma carga social”, afirma. A proximidade com o avô evangélico também fez com que ela “se torturasse”. Mas, apesar de considerar sua experiência muito “dura e triste”, ela afirma que “cada mulher tem que decidir o que é melhor pra ela de acordo com as suas condições no momento” — e a legalização do aborto é um caminho para isso. “A descriminalização significa levar a vida das mulheres a sério, assumir a proteção a suas vidas e saúde”, reforça a Dra. Débora Diniz.
“Da primeira vez eu tive sozinha, da segunda vez eu tirei sozinha”
“Aborto existe; a diferença é que quem tem dinheiro pode fazer de maneira segura.” É o que diz Joana, que fez o procedimento com 26 anos. Já tinha sido mãe de Lucas aos 18: “Da primeira vez eu tive sozinha, da segunda vez eu tirei sozinha”, ela conta. Criando o filho apenas com a ajuda da mãe e sem nenhum tipo de auxílio do pai da criança, ela engravidou quando estava num relacionamento havia um ano e meio. “Eu surtei”, lembra. 
Após o choque inicial,  avaliou a situação: além de não desejar ter o vínculo de uma criança com o ex-parceiro, ela sabia como seria difícil criar outro filho sozinha. “Também não queria privar meu filho de coisas, porque minha vida financeira não era estável”, diz. “Ele já tinha uma vida difícil e eu ainda ia colocar mais uma criança na situação?” Assim, a escolha por não continuar com a gravidez foi feita racionalmente. “Não tive nenhum remorso ou crises de consciência, porque eu era muito bem resolvida com isso”, explica.
Para realizar o aborto, Joana contou com o apoio de sua mãe e de uma amiga que já tinha passado pelo procedimento — o ex-namorado apenas pagou pelo remédio, que conseguiu com um amigo que trabalhava na indústria farmacêutica. “Tomei e passei a noite na casa dessa minha amiga”, conta. “No dia seguinte fui para o hospital.” Ela estava assustada com as hemorragias e não encontrava uma emergência que tivesse um ginecologista. Assim, marcou com um médico que já conhecia. 
“Ele foi incrível”, afirma Joana. “Me perguntou por que eu não tinha ido antes para fazer exames, disse que não fazia [o procedimento], mas poderia dar o contato de alguém.” Ela ressalta que a sorte que teve — ao ter o apoio da mãe, da amiga e de um profissional com quem pudesse dividir a experiência sem medo — não é regra para as mulheres que fazem aborto. “Porque não tem grana ou contatos, muita gente tem que se expor a coisas horríveis, por não ter como conseguir remédio ou clínicas.” No entanto, ela recorda que não se sentiu segura pelo fato de ser um procedimento ilegal. “Na hora dá medo”, conta.
“A primeira coisa que nasce quando se aborta é alguém disposta a ser uma mãe preparada”
Amanda, ao contrário de muitos casos em que as mulheres optam pelo aborto, era casada e estava tentando engravidar aos 32 anos. “Apesar de não estarmos em um momento muito bom da relação, como casal, acabou acontecendo”, ela conta. “Mas tinha muita dúvida sobre ter filhos.” A descoberta da gestação veio com apenas três semanas: por ter o ciclo menstrual desregulado, sempre ficava atenta. Depois de um teste de gravidez e um exame, estava confirmado que ela esperava um bebê. “E tava correndo tudo bem”, lembra. 
Mas o modo como se sentia sobre o assunto mudou: “Comecei a entrar em pânico”. A relação com o marido, que já não estava boa, começou a se deteriorar ainda mais, com a “explosão hormonal”. “Também fazia terapia, tomava remédio psiquiátrico e tenho crises de depressão”, acrescenta. Além disso, ela começou a questionar o modo como o parceiro influenciaria na criação do filho. “Ele é vinte anos mais velho que eu e já tem dois filhos, e eu sempre detestei o jeito como ele os criava, em total desacordo com o que acredito”, diz ela. “Achando que pode dar um jeitinho em tudo, resolve as coisas com grana.”
Com todos esses aspectos, Amanda considerou o aborto como uma alternativa e conversou com o marido. “Comecei a explicar para ele que achava que tinha que tirar a criança”, recorda. “A partir desse momento eu estava sozinha. Ele falou que eu era uma assassina, que ia me denunciar.” Sem trabalhar, ela recorreu à mãe para o dinheiro. “É um esquema assim: quando você tem dinheiro, você pode não ter amparo psicológico, mas o amparo médico é outro”, afirma. Ela fez o aborto em uma clínica num bairro nobre de São Paulo. Depois de uma primeira consulta com o médico para exames, a data foi marcada: por ser antes das dez semanas, o processo era mais simples. Amanda foi sozinha, apesar de alguns amigos terem se oferecido para acompanhá-la. “Mas eu achei que aquilo era meu: já bastava eu ter aquela lembrança; ninguém precisava daquilo.”
Ela diz que o único momento em que teve um segundo pensamento foi quando estava anestesiada, prestes a se submeter ao procedimento. “Quando eu acordei, a primeira pergunta que fiz foi se eles sabiam o sexo. Comecei a me apegar depois que eu tirei”, lembra. “Aí foi foda. Tive momentos muito horríveis, de surtar, de ter crise de choro ininterruptas.” Ela entrou num processo confuso, com sensações que não sabe de fato descrever. “Fiz um retiro budista pra tentar me perdoar de um desvio de percurso. Ainda é uma coisa que cutuca.” 
Amanda também passou por processos cirúrgicos para lidar com como se sentia: ela fez uma lipoaspiração e próteses de silicone. “Não gostava de me olhar no espelho, porque você pensa em como seria seu corpo caso você estivesse grávida.” Por outro lado, a experiência trouxe novas perspectivas sobre a maternidade. “Quando você engravida, você quer o melhor. E tenho pavor de pensar que tipo de mãe eu ia ser naquele momento”, diz. “A primeira coisa que nasce quando se aborta é uma pessoa disposta a ser uma mãe preparada.”

100 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, não consegui ler até o final, muita dor essa história da Júlia...

Lizandra disse...

As pessoas ' de bem' que dizem que se o aborto for legalizado será usado como método contraceptivo deveriam ler esse tipo de depoimento.

Anônimo disse...

Julia, se separa desse lixo. Foda-se se ele contar pra sua família. Se livra desse encosto.

Anônimo disse...

Eu já li Lizandra, é gente cometendo crime e na maior cara de pau querendo apoio da sociedade inteira.

Anônimo disse...

Lizandra, não vejo problema no procedimento nem que o aborto seja usado de fato como método contraceptivo (o que eu duvido muito. Uma ou outra, que tablóide reaça vai fazer questão de ficar histérico e sentimentalizar ao máximo, talvez. Via de regra? Senta lá, Cláudia). Pra quem acha que embrião é criança, abortar uma vez só seria tão grave quanto abortar doze vezes no ano (porque né, é o limite). Mas sabe por que eu não teria uma gota de peso na consciência mesmo se decidisse que marcar consulta, fazer exame, voltar pro aborto, ficar de salvaguarda é o máximo e muito mais fácil que tomar pílula ou exigir camisinha de macho? Porque embrião não sente, porra. Embrião não "quer" nascer, não vai sentir dor, não vai se arrepender de não ter nascido nem escrever cartinha "perdoando" a mamãe. Mas querer que o defensor médio da "meritocracia", da "doutrinação marxista", do "minha-avó-criou-doze" pense além do próprio umbigo é demais, aparentemente.

clarissa disse...

Passou da hora de legalizar o aborto no nosso país... Fico impressionada que ainda não se tenha regulamentado a prática... precisamos cobrar das nossas representantes (?!) no congresso que adiantem a pauta do aborto da mesma forma aguerrida que adiantaram a pauta do impeachment ( a favor ou contra, tanto faz)... Se você é contrário ao aborto, não o faça, mas não impeça que mulheres o pratiquem com segurança...

Unknown disse...

Aff, uma escolha difícil e potencialmente terrível, não há dúvidas. Por isso mesmo, tão necessário que cada mulher a tome com autonomia e consciência.

O relato de Júlia é de uma angústia sem fim, mais um daqueles exemplos terríveis do quanto nenhum homem deve ter 'opinião' sobre aborto alheio, que cara mais escroto..

Me doeu todas as histórias, inclusive da moça que não queria abortar, mas não teve o apoio de ninguém para ter o bebe, puxa vida, que triste, que angústia. Espero que ela encontre paz.

Samantha disse...

Uma vez, por algumas horas, achei que estava grávida. Eu tomo pílula e, mesmo estando na pausa, a menstruação não veio como deveria. Gelei e, comprei um teste de farmácia. O resultado veio negativo.

Me lembro que entre o tempo de ir comprar o teste e fazer o mesmo, minha amiga, que estava comigo, me perguntou o que eu faria. Eu nem pisquei: falei que abortaria. E ela perguntou se eu falaria para meu namorado antes. Eu disse que não, mas que falaria depois que abortasse.

Ela me perguntou o motivo. Eu disse que se eu falasse antes, a moral dele iria obrigá-lo a querer assumir o filho e tentar me fazer mudar de ideia. E isso não ia acontecer. Ele apenas ia sofrer com algo que não ia ocorrer e ia me atormentar no processo. Mas, ao mesmo tempo, depois do procedimento, ele tinha o direito de saber o que eu tinha feito e decidir ficar ou não comigo. Eu não iria guardar esse segredo como se fosse algo vergonhoso.

O aborto é solitário. Se você conta, você recebe uma omissão ou um discurso moral de volta. O companheiro não te impede, mas também não te acompanha. Tudo recai sobre os teus ombros e é você, mulher, que vai acabar na prisão.

Esse texto é a prova disso. É desesperador. E mesmo lendo isso, mesmo hoje, se o resultado do meu exame vier positivo, eu encaro todos os riscos. Porque quem não quer ter filho está disposto a tudo para não tê-los.

Unknown disse...

Eu sabia que aborto e muito agressivo e doloroso, mais porque tantas mulheres se submetem a isso. E bem mais se prervinir e não ter que passar pot toda esse processo.

Anônimo disse...

Samantha fez o melhor comentário desse blog.

Anônimo disse...

"Porque quem não quer ter filho está disposto a tudo para não tê-los".

Exceto, talvez, se precaver ou se abster de transar no período fértil. Isso jamais.

Mas abortar, interromper uma gravidez... ah, ai ok, tranquilo.

Anônimo disse...

14:04, o apoio vem de gente que acha que aborto nao deveria ser crime. Aborto só é crime em países atrasados.

Anônimo disse...

Na minha visão, a lei atual é o ideal. Aborto legal apenas em caso de estupro ou risco de vida para a mulher. Fora desses casos, não justifica.

Anônimo disse...

Fiz minha primeira ultrassom ontem. 5 semanas e 5 dias. Mede 3 milímetros e tem um coraçãozinho que fica piscando na tela. Batendo a 106 bpm. Não entendo o sinismo de quem se diz defensor dos direitos humanos e defende o aborto. Ja tentei entender de todos os ângulos. Impossível.

E a Lola em alguns posts ainda publica história de gente que tem todas as condições de ter o bebê (idade, marido presente, estabilidade e cobdicoes financeiras, etc etc) mas simplesmente não quer. E acha que defender legalização do aborto pra esse tipo de história é estar a favor dos direitos humanos. Ta Mto errada a lógica.

Ps: o tempo de gestação significa que foi concebido há 3 semanas e 5 dias, pq a data do médico é a da última menstruação.

Anônimo disse...

É possível ver que muitas feministas usam o lado emocional para defender suas causas assim como conservadores.De um lado as mulheres coitadas e de outro os fetos coitados.Na maioria das vezes, não acho que existe esse drama todo no aborto. Essas retratações, no fundo, são anti-maternidade. Mas não se preocupe, ter filhos não pertence ao nosso futuro. Como Paulo Ghiraldelli diz, as pessoas trocarão filhos humanos por filhos-cães ou filhos-gatos, como já fazem em países desenvolvidos

Anônimo disse...

A lola pergunta pq caiu o movimento do blog.
Antes os comentários eram aprovados quase instantaneamente, essa demora prejudica o debate.

titia disse...

Eu só posso expressar minha solidariedade a essas mulheres. Tanto sofrimento, tanta angústia, tanta dor, tanto desespero, só porque essa sociedade de merda em que vivemos odeia a sexualidade feminina e não suporta ver uma mulher gozar. Quer punir o prazer da mulher com a maternidade e, se ela não aceita essa punição, quer que ela morra como castigo por gozar - algo que, não esqueçamos, os homens tem plena liberdade pra fazer. Isso é totalmente doentio. Coisa do mais alto grau de psicopatia, vivemos numa sociedade de monstros menos dignos que Jeffrey Dahmer ou Champinha. Prefiro morrer a colocar mais alguém num mundo de merda desses.

Quanto aos mascus e trolls TODOS hipócritas que virão aqui protestar; meu dia foi uma bosta então por favor façam a imensa gentileza de pegarem seus mimimis hipócritas, enfiarem em seus cus sujos, darem-se as mãos e irem todos pro décimo quinto dos infernos brincar de espadinha. Fodam-se, literal e figurativamente pra ver se gozando vocês deixam de tentar castigar as outras por gozarem.

titia disse...

17:36 isso é ótimo, porque assim só terá filhos quem quiser ter e, consequentemente, estará disposta (o) a se esforçar pra ser uma boa mãe ou pai. Essa história de ter filho só por ter, porque é "natural", é o "curso normal das coisas", porque todo mundo tá tendo também, só faz mal às pessoas e principalmente às crianças que nascem de maria-vai-com-as-outras "vou ter porque todo mundo tem, dãããã". Chega disso. Maternidade e paternidade é só pra quem QUER, pra quem tá com disposição pra ralar e não pra quem quer cumprir tabela.

17:05 já que você tá cansada de sentimentalismo, vou explicar em termos práticos: porque embriões não são seres humanos. Embriões são apenas projetos de vida humana e só se tornam seres humanos sujeitos de direitos se nascerem vivos - olha só, se nascer morto não é sujeito de direitos, incrível não? Ah, e olha, vou furar sua bolhinha da fantasia, mas coração batendo não significa nada além de que o sangue está sendo bombeado, meu bem. Ah, se eu ganhasse um real pra cada vez que preciso repetir isso... vamos lá: O que torna alguém humano não é o coração, é o CÉREBRO. É o cérebro que permite, pensar, raciocinar, sentir, falar, enfim, é o cérebro que nos faz humanos, não o coração. Coração de feto anencefálico também bate, mas ele não está vivo no sentido humano. E quando alguém tem morte cerebral o coração continua batendo, mas pode ser extraído e transplantado porque a pessoa está morta. O dia que seu feto tiver cérebro você vem com papinho sentimental (e ainda tem a cara de pau de dizer que tá farta de sentimentalismo, né? Hipócrita).

Anônimo disse...

“Transamos pela primeira vez juntos e achávamos que usar o método do coito interrompido era algo eficaz”

PELA DEUSA
Fico embasbacada com a quantidade de mulheres que transam, não se previnem (irresponsabilidade delas e dos parceiros, camisinha é fundamental, se ele não quiser, não transe oras. diga um não e pronto) e ainda ficam "chocadaaaaas" ou "entram em surtoo" quando descobrem a gravidez. Tá transando sem prevenção ou tomando anticoncepcional duas vezes na semana e olhe lá e quer o quê, nunca engravidar? Uma estrelinha dourada premiando a campeã de correr perigo? Pelo amor... Você pode sim nunca engravidar e ficar de boas mas também pode engravidar lindamente. Mais responsabilidade!

Anônimo disse...

Exato anôny das 16:14.

No mercado tem uma porrada de métodos anticoncepcionais que podem ser utilizados juntos, mil aplicativos que ao menos ajudam a ter uma noção do seu período fértil... Tanta informação disponível. Aí engravidam e ficam sem chão, desnorteadas, entram em surto >> "OMG, TRANSEI E ESTOU GRÁVIDA QUE ABSURDOOO".

Zzzzz

Anónimo disse...

Show ein kkkkkkkkk trofeu joinha pra sua moral e a da maioria das feministas :D

Anônimo disse...

Que escolha difícil. :(

Anônimo disse...

Então não aborte fora dos casos mencionados na lei, mas não queira que outras mulheres se conformem com isso. Ah, e se você for homem: no uterus, no opinion.

Anônimo disse...

Sim, você pode ver pelos depoimentos daqui que o aborto é suuuper tranquilo. Aposto que é um homem cínico que não tem nem ideia do que é uma gravidez indesejada.
ps. métodos anticoncepcionais falham, nem todos tem informações o suficiente para usá-los de forma correta e existe gravidez decorrente de estupro.

Anônimo disse...

anônima 17h05
não entendi bem a equação:
idade adequada + marido presente + estabilidade + condições financeiras = desejo incontrolável de ser mãe

primeiro é preciso entender que existem mais de 6 bilhões de seres humanos no mundo, dos quais, uns 3 bilhões são mulheres. algumas terão as condições para serem mães e o desejo também. outras terão apenas as condições. outras, por outro lado, só o desejo, e não as condições. e finalmente existirão aquelas sem condições e sem desejo. mas o mais importante aqui é enxergar que é uma decisão pessoal. porque essa decisão vai afetar a vida da mulher, e somente dela, de mais ninguém. a lola publica porque é preciso falar sobre o aborto. é preciso falar que em pleno século XXI as mulheres brasileiras tem um direito tão básico sobre o seus proprios corpos negado. é preciso falar quando a negação desse direito leva à morte de milhões de mulheres. é preciso falar quando existe uma distorção tão grande entre países ricos e desenvolvidos e países pobres e subdesenvolvidos no que tange à garantia do direito das mulheres sobre seus próprios corpos. países mais violentos, desiguais e figuram entre os primeiros no ranking dos piores lugares para uma mulher viver tem mais restrições ao aborto, enquanto aqueles que dispõe de um estado forte de bem estar social que figuram entre os melhores para as mulheres viverem garantem há anos esse direito às suas cidadãs.

eu não acho que um embrião ou um feto sejam só um amontoado de células. é uma vida em potencial, o que significa que pode se concretizar ou não. e essa não concretização pode ocorrer de forma espontânea, quando o corpo feminino rejeita esse corpo dentro dela, ou de forma provocada, pela mulher que decide interromper conscientemente esse processo. tanto é assim que mulheres que tem abortos espontâneos nao precisam fazer certificado de óbito, nem um velório e nem um enterro pro feto, porque ele ainda não é considerado uma pessoa desde a perspectiva jurídica. logo não se aplicam as prerrogativas dos direitos humanos para o feto. mas o filho havendo nascido, é assustador que o pai o abandone como acontece aos milhões todos os dias. nesse caso se aplicam os direitos humanos. também sendo a mulher um ser humano formado, consciente, não só pode, como deve falar em direitos humanos. a questão aqui portanto é: quando a mulher deixa de ser um ser humano para se converter em uma encubadora regulada pelo estado sem o menor direito sobre seu próprio corpo? quando a vida de mulher importa tão pouco? quando os sonhos, os projetos, a escolha dela não valem nada?

Mya disse...

Nossa, é cada comentário estúpido q a gente encontra.

Não legalizam o aborto porque as pessoas adoram se intrometer na vida alheia. Querem controlar o corpo do outro de qualquer forma.

Eu sou evangélica e sou totalmente a favor da legalização. Sabe pq? Porque cada um tem sua própria vida e não sou eu quem devo determinar o que outra mulher faz com seu próprio corpo.

A minha religião ( fé e modelo de vida) devem direcionar apenas a mim, e não a todas as pessoas.

Eu faria um aborto? Provavelmente não. Mas minha escolha não tira o DIREITO de todas as demais.

Anônimo disse...

Emocionante os relatos. Nós, mulheres, não temos o direito ao prazer.Engravidar sem querer é maldição.

Anônimo disse...

Verdade, Samantha. Eu e meu marido estamos juntos a mais de 15 anos e não queremos filhos. Tomo pílula mas caso ela falhe muito provavelmente faria um aborto. Sei q sou extremamente sortuda e minoria nesse aspecto, meu companheiro apoiaria minha decisão, fosse um processo de alguns dias como um aborto ou de vários anos como uma criança.

Anônimo disse...

Blog sem discussão fluída é direto para o buraco.

Anônimo disse...

"Na minha visão, a lei atual é o ideal. Aborto legal apenas em caso de estupro ou risco de vida para a mulher. Fora desses casos, não justifica".

EXATO, E JAA ESTA BOM DEMAIS

Anônimo disse...

É porque ela precisa moderar, queridinh@...

Acha fácil ?!? Pra deixar os comentários mais "prolixos" possíveis é necessário dedicar um bom tempo - e não sei se tu percebeu - o tempo está corrido pra Lolinha...

Quando ela abre os portais do inferno, digo, deixa o blog sem moderação - os comentários que aparecem são sempre os mais podres possíveis... Sem nenhuma ética, educação ou um pingo de respeito. São repletos de palavras de baixo calão e idéias absurdas (dessas que você tem vontade de "desver")...

Presta atenção pra tu ver só a belezura que é !

Samantha disse...

"Exceto, talvez, se precaver ou se abster de transar no período fértil. Isso jamais.

Mas abortar, interromper uma gravidez... ah, ai ok, tranquilo."

A razão pela qual eu pensei que podia ter engravidado, caro Anon babaca, é porque eu havia passado mal no dia anterior.

Por anos, eu não sabia que se você vomitasse após tomar a pílula, havia chance de engravidar.

Até hoje, eu não sei exatamente quais remédios cortam efeitos da pílula. Hoje, exatamente porque eu sou obcecada para não engravidar, eu opto por não praticar o coito (sexo é bem mais que isso) quando tomo algum remédio.

Até hoje, eu tomo pílula, uso camisinha e acompanho tabelinha.

Porque se eu vacilar, se eu fizer algo errado, se eu me descuidar, sou eu quem vou ficar grávida e ser forçada a levar a gravidez adiante ou correr o risco de morrer ao praticar o aborto. Talvez ser presa, embora no meu caso é difícil.

Mas eu tenho capacidade de fazer essa gestão. Porque meu marido é um cara legal que entende eu não querer algo durante a semana. Porque ele não me pressiona. Porque eu tenho conhecimento, sei onde buscar informações. Porque eu aprendi com 13 anos o que era sexo e tive educação sexual.

Nem todas as mulheres tem essa sorte e não merecem ser punidas com uma gravidez por isso.

Anônimo disse...

Lola, como te envio um relato?

Anônimo disse...

Ué,por que após 14 anos de governo do PT não se conseguiu legalizar o aborto no Brasil? Não era um governo progressista, então, por que não se conseguiu legalizar o aborto? Só para lembrar, na campanha de 2010, Dilma se disse contra o aborto. É isso que é ser progressista no Brasil? Sério, mesmo? Que dó. Ser progressista não é dar esmola. Não, mesmo. E pergunto de novo, por que o "governo progressista e perfeito" do PT não legalizou o aborto? Por que? Por que?

Anônimo disse...

Só é humano se tiver cérebro e pensar como os demais, senão n está vivo kkkkkk é muito relativismo escroto. Ou mais escroto ainda, como vi no outro post, só há vida se eu quiser o filho, caso contrário é um punhado de células.
E pessoas com síndrome de down, autismo ? N pensam como a maioria, n são humanos, n estão vivos? Pode matar, né?

É muita lavagem cerebral, por isso vemos uma mulher feminista q se diz evangélica( nem um pouco contraditório ), q ainda apoia o aborto mesmo sendo contra ??! e é evangélica? Algo aí é falso, o feminismo ou a religião.

E trocam a palavra assassinato por aborto pra n soar tão mal, como se mudasse alguma coisa.

E sempre fica claro nos relatos q é pura irresponsabilidade, parece q é mais fácil abortar q lembrar da camisinha.
Nem lembro se ja vi algum relato de gente q se prevenia direito e engravidou.

SECRET FACE disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

00:45
Ou usam exemplos pra desculpar a irresponsabilidade "minha mãe engravidou de mim usando diu", "a vizinha engravidou tomando anticoncepcional". Sei...

Anônimo disse...

titia disse...

Eu só posso expressar minha solidariedade a essas mulheres. Tanto sofrimento, tanta angústia, tanta dor, tanto desespero, só porque essa sociedade de merda em que vivemos odeia a sexualidade feminina e não suporta ver uma mulher gozar. Quer punir o prazer da mulher com a maternidade e, se ela não aceita essa punição, quer que ela morra como castigo por gozar - algo que, não esqueçamos, os homens tem plena liberdade pra fazer. Isso é totalmente doentio. Coisa do mais alto grau de psicopatia, vivemos numa sociedade de monstros menos dignos que Jeffrey Dahmer ou Champinha. Prefiro morrer a colocar mais alguém num mundo de merda desses.

Quanto aos mascus e trolls TODOS hipócritas que virão aqui protestar; meu dia foi uma bosta então por favor façam a imensa gentileza de pegarem seus mimimis hipócritas, enfiarem em seus cus sujos, darem-se as mãos e irem todos pro décimo quinto dos infernos brincar de espadinha. Fodam-se, literal e figurativamente pra ver se gozando vocês deixam de tentar castigar as outras por gozarem.

25 de outubro de 2016 18:31


Titia, penso que não foi só na data anterior que seu dia foi uma bosta e sim todos os dias. Sempre colérica e não é à toa que se sente assim. Bom, deixa eu dizer uma coisa: a natureza está se lixando para se nó sentimos prazer ou não em função do sexo. O prazer no ato sexual é tão somente um truque que dentro do nosso processo evolutivo para que nós procriemos. Muito óbvio. Se é através do ato sexual que geramos outro ser, para realizarmos este ato precisamos de uma recompensa e esta é dada pelos hormônios secretados pelo ato sexual e que dão prazer, só isso, nada de mágico.Queiram vocês aceitem ou não, é assim que funciona. O problema é que o ser humano se considera especial demais e considera tudo que ocorre com ele como sendo um produto de sua vontade.

Unknown disse...

Se informe melhor, pode-se engravidar fora do período fértil

Prof. Ane Santos disse...

Pílula falha se tomada junto com certos remédios, ou quando a mulher tem vômito ou diarreia, ou mesmo se a cartela ficar exposta ao calor do Sol por muito tempo! Isso muitas não sabem. Nas escolas o tempo para tratar de educação sexual é mínimo, e quando tem, as vezes vem pais reclamar que isso é tarefa só deles, mas o(a) jovem nunca tinha ouvido falar de certos assuntos e os jovens gostam bastante de discutir suas dúvidas sem medo. SE a mulher tem acesso a informações, verifica cuidadosamente o uso do AC e ainda assim engravida, imagine aquelas que não tem acesso a estas coisas básicas garantidas pela Lei do Planejamento Familiar. Querer dar pitaco na vida dos outros é fácil, mas vai ajudar a cuidar da criança em uma família desestruturada, ou vai sobrar para os professores e Estado? (Daí a criança vira bandido e então "bandido bom é bandido morto"...)

Ricardo disse...

Mesmo com moderação, aparecem comentários sem nenhuma educação ou respeito.
Mas comentários maleducados são permitidos, desde que sejam de feministas.

Ou seja, "pode ser ofensivo, desde que pense como eu".

E ainda tem gente nesse blog querendo falar de hipocrisia.

Concordo com a maioria dos posts da Lola. Sou totalmente a favor de boa parte dos ideais feministas.
Mas agredir e minimizar quem tem opinião contrária so mostra a infantilidade e a falta de capacidade de argumentar de vários membros deste fórum.

Marcia. disse...

Ricardo, tem uma diferença gigantesca entre 'mal educação' e ataque pessoal. Posso não concordar com muitas feministas aqui, mas é muito raro vê-las atacando alguém. Já os homens que frequentam esses comentários, aí é o inverso: há ataques e menosprezo em todos os post, inacreditável. Raros são os que comentam de forma decente (e nem estou falando de conteúdo).

Raramente algum de vocês se presta ao trabalho de contradizer esses comentários cheios de ódio, mas estão sempre aqui, reclamando do menor mal estar que o post de uma mulher lhe traga.

Esse é um espaço de debate sobre feminismo, acostume-se: mulheres aqui, ao contrário da sociedade machista onde vivemos, estão autorizadas a se expressarem de qualquer forma (e olha que eu sei que Lola filtra muitos comentários agressivos de feministas), não está contente? Pegue a sua liberdade de expressão e abra seu próprio blog sobre o assunto, crie conteúdo, faça as regras dos comentários e boa sorte.

Não estou disposta a deixar nenhum homem diminuir a voz das mulheres aqui. Aproveita e leva seus companheiros reclamões da falta de moderação, nós sabemos muito bem que só há reclamação nesse post, por que há homens indignados em não poder xingar nenhuma das mulheres do relato e, de quebra, todas as outras.

Anônimo disse...

(Viviane)
Prof. Ane, outra questão é que os médicos e demais profissionais de saúde também não orientam sobre o uso correto da pílula. Eu, por exemplo, só soube de medicamentos ou doenças que cortam o efeito do AC através da internet. Nenhum médico nunca me orientou...

Marcia disse...

A minha cara Titia pode ter raiva, mas isso não define sua sempre brilhante participação nesse blog, vamos admitir: ela é mais inteligente do que raivosa. Sem falar que raramente há um argumento verdadeiramente raivoso da Titia, ela é muito mais sarcástica. Algo que é raro, pois é preciso ser dona de uma capacidade afiada de argumentação para sustentar sarcasmo com charme.

Aqui mesmo, me comovi com a capacidade de empatia dela com as mulheres do relato. Só foi xingar os mascu, por que, né? Ninguém deveria ter orgulho de permanecer calado quando a dor do outro é tripudia. Ter coragem não é para os fracos.

Titia, não se preocupe com o seu dia ruim. Eles passam. Te admiro demais, e sua participação aqui é sempre ótima. Não se importe com os ataques dos mascu, eles sempre acham que é mais fácil derrubar quem está cansada, mas se esquecem de que lutamos há séculos pelo feminismo exatamente por que estamos cansadas de opressão.

Um abraço, e dois beijos carinhosos. Se você morasse na mesma cidade que eu, era o dia da gente tomar um chopp e falar sobre a vida.

Anônimo disse...

O que mais tem é mulher contra a legalização do aborto e ainda desejando mal a mulheres que são a favor. Quanto a evangélica, não vejo problema, nem todo mundo deixa a religião tomar conta de seus próprios pensamentos individuais. Assim como tem ateu contra a legalização do aborto também. Tem muito misógino que se diz ''bonzinho, religioso, honrado'' e blablabla que só é contra o aborto se a mulher for a ''top'' dos sonhos dele, se não já era, já vi mascu falando que colocaria abortivo no copo de suco da mulher.

Unknown disse...

O que e interessante , e que em nenhum dos casos a gravidez foi algo imposto a essas mulheres, todas fizeram sexo de livre e espontânea vontade, todas parecem ser mulheres esclarecida e com acesso a informação, que poderiam muito bem ter evitado a gravidez. Todas engravidaram por que quiseram ou simplesmente não tomaram as devidas providencias para evitar.

E os motivos são os mais variados desde os batidos "não tenho condições financeira", poxa se todo mundo que não tem dinheiro para ter filho fosse abortar a população do brasil não seria de mais de 200 milhões, ou "sou jovem, e não quero perde oportunidade, tenho muita vida para curtir", o que demostra profundo egoísmo, mais tem o melhor "não tinha maturidade", tinha para fazer sexo e não para assumir as consequências dos seus atos, sempre vejo cartazes do tipo nem de deus nem do homem o meu corpo me pertence, pois as consequências também.


Agora que vergonha desse homens que ajudaram a realizar um aborto, quanta imaturidade ficam transando por ai mais quando tem que assumir a sua parcela de responsabilidade fogem, ou procuram o meio mais rápido para se livrar do "problema", mais e esse o tipo de homem que vocês feministas gostam né. Esses ai não são misóginos nem machistas.

Agora uma curiosidade, em dois casos os pais ajudaram a realizar o aborto e incrivelmente reagiram de forma natural, que dizer conversar com a filha sobre sexo e prevenção não pode e tabu como as mesmas disseram, mais falar de aborto e super normal, que dizer dinheiro para uma camisinha ou anticoncepcional não tem mais comprar o remédio para o aborto ai não falta. Não da para entender.

Anônimo disse...

Esse ''marido'' da Julia não gosta (mais) dela e não sobrou mais nenhum respeito e carinho dele por ela. Já passou da hora e assinar o divórcio e acabar com esse casamento formal, porque o relacionamento já acabou há muito tempo. Quanto a chantagem, se ele contar para todo mundo ela deveria dizer que perdeu o filho em um aborto espontâneo e que não quis contar para evitar tristeza e frustração na família. Não tem mais como continuar casada com um homem assim que ainda faz terror através de chantagens.

Anônimo disse...

É impossível aborto ser usado como método contraceptivo porque o objetivo de tal método é evitar a gravidez e estando a mulher grávida é impossível reverter o processo. O máximo que dá pra fazer a partir daí é interromper o desenvolvimento de um embrião indesejado. É disso que se trata o aborto

titia disse...

Obrigada, Marcia. Eu também admiro muito as inteligência, sua paciência pra responder aos tipos machistas que aparecem por aqui e concordo com as suas palavras de sabedoria, dias ruins passam e hoje já é um dia melhor. Sua capacidade de empatia também é maravilhosa e o mundo seria tão lindo se mais pessoas pensassem como você. Beijos, abraços e eu também adoraria tomar um chope com você, hehe.

E, só pros mascus chorarem mais, podem cacarejar e zurrar à vontade (perdão, galinhas e burros, perdão!) que eu não vou desistir. Eu ofereceria um lencinho, mas quero mais é que vocês se afoguem nas próprias lágrimas...

00:45 uau cara, que argumento de gênio, porque um amontoado de células sem qualquer nervo ou matéria cerebral é a mesma coisa que uma pessoa NASCIDA VIVA com síndrome de Down e autismo - percebeu a minha ênfase nas palavras NASCIDA e VIVA? Pois é, elas costumam fazer uma diferença quando se trata de direitos humanos se você não sabia, inclusive o tal direito à vida. E você troca a palavra feminicídio por arcar com as consequências dos seus atos pra não soar tão mal, como se mudasse alguma coisa. Você defende a morte em série de mulheres como castigo por terem transado pra gozar, e pior, simplesmente porque odeia a sexualidade feminina. Você não é melhor que o Maníaco da Cruz; na verdade, é pior do que ele, porque ao menos o maníaco se assume como o assassino misógino que é. Você finge (mal, porque não engana absolutamente ninguém) ser gente do bem.

Ah, não esqueçamos que você caga pras crianças, pros autistas, pros portadores de Down e pra vida em geral. Nós sabemos. Não adianta tentar fingir. Já sabemos. Pode se matar agora.

07:29 uma dia meu foi uma bosta e isso acontece. Tenho pena é de você, coitado, porque não é só um dia, sua vida inteira é uma bosta. Pensando bem, não tenho pena não. Você é um mascu misógino que odeia mulheres e quer puni-las com a maternidade ou a morte por fazerem sexo. Você merece que sua vida seja uma bosta.

Agora, vamos lá: a natureza está se lixando para se um embrião vive ou morre, ohumano tem a capacidade de provocar um aborto assim como outras fêmeas na natureza tem a capacidade de matar crias que ela não queiram Muito óbvio. Se uma fêmea não quer ser mãe ela não será, seja abandonando os filhotes aos predadores, seja matando-os pessoalmente. O ser humano tem a capacidade de evitar maternidade indesejada sem ser preciso abandonar um bebê NASCIDO VIVO, que pensa e sente, pra ser devorado por um predador ou morto pela mãe. Queiram vocês ou não, é assim que funciona. E a natureza colocou essa decisão exclusivamente na mão da fêmea, é ela quem decide se vai gestar, se vai ser mãe, se vai nutrir e criar o bebê ou se não o terá em absoluto e macho não dá palpite. Sempre foi e sempre será assim. O problema é que o macho humano se considera especial demais e considera tudo que ocorre com ele como sendo um produto de sua vontade. É por isso que macho humano tem raivinha de não poder controlar o útero e tenta a todo custo evitar que as mulheres descubram que o poder sobre o útero é delas e vocês não podem fazer porra nenhuma a respeito disso. Porque, no fundo, a raiva de vocês é essa: NÃO PODEM CONTROLAR O ÚTERO. Vocês querem controlar o útero (não podem) e se lixam pra vida, só ver como cagam pras crianças.

titia disse...

19:09 por favor me responda:

Como se coloca uma camisinha corretamente?

Como saber se a camisinha é adequada?

Quais são os remédios que cortam o efeito da pílula?

Em que condições a pílula não é absorvida e não funciona?

Existem mulheres que não podem usar a pílula? Por que?

Responda-me essas questões e eu penso se respondo ao seu comentário mimizento ou não.

20:45 a menos, é claro, que você engravide a pobre otária que pegou na balada e com a qual não quis usar camisinha. Se for pra você pagar pensão não vale, então aborto é ok e corretíssimo mesmo que ela não tenha sido estuprada, não corra risco de vida nem esteja grávida de um anencéfalo. Por que você não se mata?

Aninha disse...

Samantha, antibióticos como amoxicilina influenciam na pilula

Anônimo disse...

O certo nem é ''maleducado'' e nem ''mal educação'' e sim mal educado ou má educação.

Anônimo disse...

Incrível como ninguém sabe como se previne gravidez, ninguém tem dinheiro pra comprar proteção, mas para abortar o dinheiro aparece magicamente e todo mundo sabe como conseguir o abortivo. ..

Anônimo disse...

Ah sim, a maior coerência do mundo é ser pró-vida e cagar para a vida de alguém já nascido, ser pró-vida de algo que nem juridicamente é vida, mas ser a favor de pena de morte e da morte da mulher que ousou a abortar, bem como ser conivente com o abandono paterno. Isso é ter muita coerência mesmo!

E Ricardo, na boa, quanta reclamação. Aqui neste blog sempre são postados comentários que divergem da nossa visão, pessoas educadas procuram debatê-los. Mas troll que vem aqui destilar racismo, sexismo e misoginia (não se faça de inocente, são vários) não devem mesmo ser tolerados. Porque aí as meninas querem responder à altura e a caixa de comentários vira um show de horrores.

Anônimo disse...

Exatamente, Ricardo. Porque de vc quiser ver ofensas contra mulheres pode ir em qualquer outro site da internet. Aqui nós temos a prioridades, a voz é nossa. Varias feministas aqui perdem um tempo precioso debatendo com os tipos mais baixos e de argumentos mais ridículos. Mas parece que vcs nunca estão satisfeitos. Querem agredir e serem respondidos com doçura. Homens são pior do que criança mimada

Anônimo disse...

Titia, eu amo seus comentários. Espero que amanhã seu dia seja ótimo!

Anônimo disse...

Com certeza foi ideia do cara essa do coito interrompido. Ontem na página da Ginecologista sincera algumas mulheres comentaram que transando pela primeira com um cara ele tinha colocado a camisinha mas tirado no meio do ato. Elas só viram quando acabou. Que tal engravidar de um cara imbecil desses ou pegar um doença?

Anônimo disse...

Lolinha, esse comentário poderia ser guest post. Bem didático, simples de entender. Parabéns anon.

Anônimo disse...

Vai ter moderação sim. O choro é livre.

Anônimo disse...

Pela tal governabilidade, para nao desagradar os setores conservadores que tem milhões de votos. Pra não perder eleitor.

Anônimo disse...

Também nunca vi relato de algum homem que deixou de transar porque a mulher tava no período fértil. Se vc conhece compartilha com a gente.

Anônimo disse...

Gravidez virou punição pra irresponsabilidade?

Anônimo disse...

A maioria das pessoas transa pra obter prazer, nao pra procriar. A procriação é uma consequência possível e não o objetivo. Gostaria de lembrar, no entanto que mulher não precisa gozar pra engravidar. Então esses psicopatas querem punir mulheres por simplesmente transar com homens, ou seja, eles mesmos.

Anônimo disse...

"Agora que vergonha desse homens que ajudaram a realizar um aborto, quanta imaturidade ficam transando por ai mais quando tem que assumir a sua parcela de responsabilidade fogem, ou procuram o meio mais rápido para se livrar do "problema", mais e esse o tipo de homem que vocês feministas gostam né. Esses ai não são misóginos nem machistas."

Cara, você tem problema? Quem foi que te disse que esse é o tipo de homem que nós gostamos? Broder, homem que faz filho e depois manda a parceira se virar é justamente o tipo de atitude que nós condenamos nos machistas e misóginos. Uma parte do que faz a mulher ir pelo caminho do aborto é justamente saber que vai dar à luz sozinha porque o safado pica a mula quando sabe que vai ser pai.

Mila disse...

Obrigada por trazer este texto. Ler depoimentos assim só me faz pensar que falamos pouco da questão do pós-aborto. Além de estressante, deve ser muito desgastante física e emocionalmente passar por isso. A decisão de abortar me parece acompanhada de uma imensa dor, conheço casos de mulheres que parecem ter se arrependido. Ler isso é bom para afastar de vez o argumento raso e ridículo de que as mulheres abortam por serem irresponsáveis e mimadas.
Antes de tomar a decisão do aborto, acredito que há muitas coisas que favorecem ou não a decisão, e pouco falamos do que faz as mulheres abortarem. Os "pró-vida" mesmo estão se lixando, nunca vi um deles se perguntar porque uma mulher tomaria uma decisão assim e se submeteria a um procedimento cirúrgico invasivo e feito, na maioria das vezes, de maneira caseira e improvisada. Nunca passou pela cabeça de vocês se perguntar o que faria essas mulheres gastarem uma grana que elas nem tem, ter o risco de complicações de saúde, morte e até mesmo prisão. É muito desonesto achar que todos esses riscos que a mulher passa para fazer um aborto é fruto apenas de "não querer assumir responsabilidades".

Anônimo disse...

Taí, os argumentos pró vida são situados em dois grandes contextos:
1) Questões religiosas (que o Estado não é obrigado a acatar, visto que há cidadãos que de múltiplas religiões, e que, portanto, não são obrigados a seguir uma lei baseada em costumes religiosos)
2) Punição sobre a sexualidade da mulher. A titia já disse inúmeras vezes, mas não custa frisar mais - há um ressentimento gigantesco sob os ombros da mulher que transa sem finalidade reprodutiva. A maioria dos "argumentos" são baseados no "se fez sexo, sabia que podia engravidar!", "por que não se previne", "fez e agora não quer arcar com as consequências". Ou seja, para esse pessoal um tanto quanto hipócrita e moralista (todos eles transam sem a finalidade de ter filho, o que é irônico) a gravidez é algo para se punir uma mulher que não deseja ter filhos. A legalização do aborto só seria um motivo a menos para homens terem o prazer de ver mulheres morrerem por que elas se atreveram a transar.

Anônimo disse...

Titia

Como eu disse relativizam a vida, a mulher engravidou, tem um novo ser se formando mas n tem vida nenhuma claro...
Pela lei o feto ou punhado de células como vc dizem, já é protegido e por isso aborto é crime. Vcs é q n aceitam isso.
E quanto ao resto, nem perco tempo pondo meu nome, sou mulher mas como n concordo com aborto , vcs tem certeza q sou homem, patético.

Anônimo disse...

Lola, que trabalho brilhante e de grande utilidade pública que é o seu blog. Muitos tem ideias similares as suas, mas poucos tem a coragem de expor seus ideais. Obrigada!
Sobre aborto, é difícil alguém que não conheça uma mulher que fez essa escolha. E as pessoas precisam entender que fazer um aborto não é uma decisão"como um passeio no parque", há muito, muito sofrimento e como muitos disseram: Solidão. A primeira vez que ouvi falar sobre aborto eu tinha cerca de 10 anos. Na escola em que estudava havia uma garota muito simpática e popular com cerca de 14,15 anos e começou a circular um boato que ela estava grávida. Passado algumas semanas ficamos sabendo que ela havia morrido em decorrência de um aborto mal feito. Ela usou agulha de tricô.

Pessoas idiotizadas dizem que toda mulher tem acesso a informação, a anticoncepcional, a camisinha... Mentira! A maior parte das mulheres que recorrem ao aborto são pobres, casadas, com muitos filhos e como vão por exemplo pedir ao marido para usar camisinha? São jovens que estão começando a vida sexual e vem de famílias reprimidas em que educação sexual não existe. Falo isso porque porque sou psicóloga e relatos sobre aborto é muito frequente se não da própria paciente, da mãe, de uma tia, da avó, da irmã. Enquanto o machismo e a religião dominarem milhares de mulheres sofrerão.

titia disse...

Obrigada, 13:58! Boto fé que amanhã meu dia será melhor e também desejo um dia ótimo pra você.

03:55 isso acontece, mascu imbecil. Se você realmente entendesse de contracepção saberia disso.

16:42 leia a Constituição ou ao menos jogue no google antes de falar besteira, mula acéfala. Aborto é crime de PROPRIEDADE, não contra a vida. Porque essa lei vem do tempo em que o homem era dono da família, e até hoje o embrião é socialmente considerado propriedade do homem. O punhado de células, que é exatamente o que um embrião é, não tem direito constitucional à vida. Direito constitucional à vida só quem tem é quem NASCEU VIVO. O embrião pode até estar vivo, mas não é uma vida humana uma vez que não tem o que nos torna humanos - a porra do cérebro.

Não é física quântica do universo Marvel, qualquer porífero com o mínimo de boa vontade consegue entender. Pra terminar, eu tô me lixando se você é homem ou mulher -embora troll se fingindo de mulher seja o que mais rola aqui. Você é uma criatura misógina e hipócrita que quer punir mulheres por fazer sexo e é só isso que importa.

Anônimo disse...

aborto é crime de propriedade? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

rindo pra sempre.

Amiga, abre o código penal aí a partir do art 121 e vai descendo. É a lista de crimes contra a vida. Da última vez que olhei (ontem) aborto ainda tava lá.

bjos, alícia

Anônimo disse...

(Viviane)
Titia, você lembrou algo muito importante: a não punição de alguns casos de aborto no Brasil foi feita pensando no homem. No caso de estupro, para que este não fosse obrigado a criar um filho de ouro homem. E no caso de risco de vida para a mãe, para que o homem não ficasse viúvo com outros filhos para criar sozinho. Acho que foi o Donadio que escreveu aqui, há muito tempo, que o discurso de "aborto é assassinato" só ganhou força a partir da década de 1980.
Daí eu fiquei pensando: "o divórcio no Brasil foi legalizado em 1977. Foi quando mulheres passaram a não ter nem pai mem marido como "proprietários" e, teoricamente, não precisariam mais de um aval deles. Será coincidência essa mudança de discurso?"
O que você (e demais leitores) acham?

Marcia disse...

Alicia, como estudante de direito, vá deve saber: o que está escrito nos motivos do código penal? qual a justificativa aventada pelos propositores do código? Qual a justificativa apresentada nas sentenças durante as décadas de 1940, 1950, 1960 e 1970? Antes de rir, pesquise.

ricardo disse...

Não quero ver ofensas contra mulheres. Não acho q os comentários ofensivos contra mulheres devam ser liberados. Apenas acho q quaisquer ofensas, independente do lado, devam ser excluídas.

Para mim, parece criança mimada qualquer um que xinga por não ter argumento para debater. O que é o caso de muitos nesse blog.

ricardo disse...

E não venha me falar que aqui so são ofendidas pessoas que ofendem. Basta ter opinião contrária para ser xingado.

Marcia disse...

Viviane, fez parte dos debates do código penal essa justificativa (não foi a única, mas me lembro bem de ter lido num antigo código penal da faculdade - está nos códigos impressos antes da reforma da parte geral em 1984): seria necessário permitir o aborto por motivos sentimentais (em caso de estupro), por que também não seria justo impor a um homem casado, arcar com as custas da criação de um filho que não fosse seu, caso a esposa fosse estuprada por outro.

Até 1991 era consenso que mulher casada estuprada pelo marido não tinha direito ao aborto legal, por que, ora, nenhum marido 'pode' estuprar a mulher, pois sexo é dever inerente ao casamento. Essa pérola ainda é aplicada por juízes mais conservadores e, não por acaso, está em desuso pela constante denúncia da sua injustiça. Denúncia que começaram, não antes, de 1980, exatamente quando o feminismo consegue as primeiras vitórias institucionais penais no Brasil.

Não acho que a mudança de discurso seja acidental, muito pelo contrário, mas no caso brasileiro, o estupro da mulher honesta, coagida a força, fora de sua casa, por homem desconhecido, sempre foi a principal narrativa para a legitimidade da voz da vítima, juntamente com o estupro de menores.

Qualquer história que saia desse roteiro não merece proteção. O Aborto em caso de estupro também foi pensado para esses casos, a restrição de que mulher é propriedade do marido (isso não está implícito em termos jurídicos, mas está em termos morais) está demonstrado nessa jurisprudência que não aceita o estupro de mulher casada pelo marido. Um mal, infelizmente, a ser combatido ainda nos dias de hoje.

obs: ainda é majoritária a jurisprudência que considera 'impossível' uma prostituta ser estuprada.

Anônimo disse...

Gente, cadê o Donadio?
Precisa responder a mula que comparou embriões a autistas e pessoas com síndrome de down? Acho que a titia já o fez, né.
Anjos, enquanto vocês tão aí chilicando sobre "aiiiin, mulher podia se prevenir" pra defender esse nobre embrião, vou dar uma dica: ele não tá nem aí. Sabe por que? Porque ele não tem cérebro. Sabe o que isso significa? Que quem quer que ele nasça é você, não ele. Vamos deixar os neurônios trabalharem, já que, olha só, todos aqui possuem um cérebro - ao contrário do já citado embrião.
Não sei quem falou sobre, mas sim, minha mãe engravidou de mim usando DIU. Era o único método que ela estava usando, mas ainda assim o ginecologista juroooou que só ele bastava. Depois vem aqui falar pra ela que os machucados da retirada do DIU do útero dela são imaginação, que é im pos sí vel engravidar usando algum contraceptivo.
E garanto, todos vocês conhecem uma mulher que já abortou. Uma mulher linda, maravilhosa, que talvez até seja mãe e que em algum momento decidiu que aquela gravidez em específico ela não queria levar adiante. Bora prender todo mundo? Porque né, impedir que um embrião se desenvolva, noooooooossa, que crime hediondo e horrível, igualzinho a apunhalar recém nascidos no berçário!

Unknown disse...

E interessante que varias aqui disseram que homem não deve se intrometer nessa discursão, que a decisão sobre om aborto e pessoal e exclusivamente das mulheres, mais pera ai, se um dia for aprovado a legalização o sus ira ter quer criar toda uma infraestrutura para que a mulheres possam ser atendidas na rede publica, e ai vai a pergunta que paga a conta?

Sera a autora do blog, os coletivos feministas, as ongs, Não quem irar pagar a conta sera o contribuinte inclusive os homens, então que dizer que na hora de se discutir nos temos que ficar de fora mais na hora de arcar com os custo ai nos estamos dentro. querem aprovar uma lei e depois que aprovada virão mostrar a fatura, terei que financiar a promiscuidade irresponsabilidade dos outros sem sequer ser ouvido.

"E garanto, todos vocês conhecem uma mulher que já abortou. Uma mulher linda, maravilhosa, que talvez até seja mãe e que em algum momento decidiu que aquela gravidez em específico ela não queria levar adiante. Bora prender todo mundo? Porque né, impedir que um embrião se desenvolva, noooooooossa, que crime hediondo e horrível, igualzinho a apunhalar recém nascidos no berçário!"


E depois tem algumas que dizem que se legalizar o aborto, ele não sera usado como método contraceptivo. Eu tenho uma solução para que mulheres não morram mais ao fazer um aborto, olha so que revolucionário. E so elas pararem de fazer, ai não terão mais que se entupir com remédios agressivos a sua anatomia, não morreram mais nesse açougues clandestinos que chamam de clinica de aborto ou muito menos terão quer recorrer a métodos medievais como usar uma agulha de tricô



E so usar uma camisinha, ir a um ginecologista e se por um descuido engravidar, ela podem tentar ter a criança e cumprir junto com o pai as suas obrigações.




Marcia. disse...

ricardo, qual opinião sua recebeu xingamentos? Por que pessoas tem estilos diferentes de argumentação. Algumas debatedoras são mais sutis, outras mais assertivas, e você precisa reconhecer que para a maioria das feministas a ofensa não se resume a ser chamada de 'vadia', 'puta', etc, etc.

Ler alguém argumentar que exageramos ao falar da violência, de que há mulheres ruins, e que já temos plena igualdade no mundo é tão ofensivo quanto.

Não vai ser você que vai, autoritariamente, ditar o que ofende ou não mulheres aqui. O que te custa pedir desculpas se percebe que alguém se ofendeu com o seu argumento, e tentar explicar de outro jeito? Machismo introjetado que te faz acreditar que o seu jeito de ver o mundo, e ora, decidir sobre a validade dos sentimentos e argumentos da mulheres é a única verdade?

Desculpe-me, mas isso não irá funcionar aqui. Quer respeito pela suas opiniões odiosas e preconceituosas? O fato de ser sua opinião, não a faz menos babaca. Quer ser interpretado de outra forma? A responsabilidade de argumentar é toda sua, o mesmo direito de expressão que você tem de discordar, uma mulher têm de discordar de você.

E não, o que discordância significa você não pode definir unilateralmente, tem que construir com as demais debatedoras.

Resumindo: para o chororô e começa a argumentar sobre assuntos.

Marcia. disse...

Leonardo, a infraestrutura já existe, todos nós já pagamos a conta, mulheres que abortam clandestinamente, pagam também com a vida. Uma curretagem, cirurgia feita para retirar abortos mal feitos, custa 345.00 reais para o SUS, é a segundo cirurgia mais feita na rede hoje. Entre 1999 e 2007, era a mais realizada. O Estudo que eu conheço, feito pelos pesquisadores do Incor, entre 1999 e 2007 foram realizadas 3,1 milhões de curretagens. http://www.estadao.com.br/noticias/geral,curetagem-apos-aborto-e-a-cirurgia-mais-realizada-no-sus-revela-estudo-imp-,580854

A cirurgia de Aborto, aquela que é legalmente oferecida para vítimas de estupro, e quando há risco de vida para a mãe, após o 4 mês, custa 448,00 reais.

Os dados mais atuais revelam que a média anual se mantém: "O número de curetagens pós-aborto ou puerpério se manteve nos últimos anos (190 mil em 2013, 187 mil em 2014 e 181 mil em 2015) enquanto o número de AMIUs aumentou (5.704 em 2013, 8.168 em 2014 e 10.623 em 2015)." É importante notar, que em alguns casos de abortamento espontâneo, também se faz necessário que a mulher passe pelo procedimento, especialmente se o aborto acontece após o 4 mês. http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2016/03/10/sus-atende-100-vezes-mais-casos-pos-aborto-do-que-faz-interrupcoes-legais.htm Esse estudo aqui é feito com base no banco de dados do SIH. Não há dados compilados das redes privadas, por que né? Fazer um aborto ilegal custa muito dinheiro (bem mais do que a tabela do Ministério da Saúde aponta), então os dados não são compilados.

Aqui uma comparação do número de abortos legais que o SUS fez, e o número de procedimentos para lidar com aborto provocado:

Mulheres atendidas no SUS pós-aborto
2015 - 181 mil
2014 - 187 mil
2013 - 190 mil

Procedimentos por AMIU (esvaziamento do útero por aspiração manual intrauterina)
2015 - 10.623
2014 - 8.168
2013 - 5.704

Abortos legais realizados pelo SUS
2014* - 1.600
2013 - 1.523
2012 - 1.613
2011 - 1.495
2010 - 1.666

O aborto legal, feito até o fima do terceiro mês, medicamentoso, custa por volta de 72,00 reais. Sim, fica bem mais barato legalizar o aborto. Mas para ser bem sincera com você, detesto esses argumentos econômicos. A decisão de oferecer o aborto legal e seguro não deveria se basear unicamente em números, a discussão sobre a autonomia das mulheres é bem mais importante, bem como as ainda muito necessárias políticas públicas de educação sexual, planejamento familiar e distribuição realmente universal de métodos contraceptivos variados (eu, por exemplo, não posso tomar pílula. Como paciente que tem enxaqueca crônica, a maioria dos remédios contra as crises corta o efeito do anticoncepcional, sem falar que minha família tem muitos casos de câncer de mama, o que desautoriza o uso contínuo por muitos anos da pílula). E mais, a maioria dos postos de saúde não tem distribuição regular de anticoncepcionais, sem falar no preconceito que ainda impera sobre mulheres solteiras e as casadas (transar com camisinha com o marido ainda é tabu).

E se tudo isso funcionasse, ainda teríamos gravidez indesejada, é para isso que o aborto deve ser legal.

Pessoalmente, gostaria que o aborto fosse legalizado, e que o dinheiro que hoje se gasta nas curretagens e outros procedimentos fosse destinado à medicina preventiva, para garantir que informação e meios variados de contracepção fossem oferecidos igualmente para todas as mulheres, para diminuir muito o número de abortos feitos.

Anônimo disse...

(Viviane)
Marcia, obrigada por responder. Como leiga em Direito, acho importantes as informações que você trouxe. E ainda há quem tenha coragem de dizer que o feminismo não é necessário... Por essas informações, fica claro que crimes contra mulheres só são punidos se também incomodam a um homem. Dignidade humana? Cidadania? Quem as mulheres pensam que são? Gente?
Em tempo: eu sei que tivemos avanços significativos, mas o caminho ainda é longo...

Anônimo disse...

Legal que a esquerda não se sensibiliza com nada disso. Dilmãe, comunista, guerrilheira, assinou compromissozinho de não mexer nisso pra ganhar voto de igreja. E dá-lhe mulher morrendo, mas vamos falar do """""""golpe""""""""...

Já teve como aprovar a legalização do Brasil, já existiu congresso pra isso. Não fizeram por falta de vontade, mesmo. Porque defender mulher fica bom só em propaganda.

Unknown disse...

Marcia, quando eu falo de infraestrutura me refiro a adequação da rede frente a demanda, pois olha so os números que você apresentou.

2014* - 1.600
2013 - 1.523
2012 - 1.613
2011 - 1.495
2010 - 1.666

e olha so o que diz a própria matéria postada no blog:
"Só no ano passado, foram feitos 1,1 milhão de abortos no Brasil, segundo estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)"

Viu a diferença entre oferta e demanda, a rede publica vai conseguir suprir esse contingente sem precisar de investimentos? duvido. O que você esquece e que o aborto e um processo atualmente restrito a algumas situações especificas, por isso a discrepância, que ao legalizar o aborto para todos os casos o sus precisar de recursos extras para atender essas mulheres.


Quantos aos direitos individuais, e interessante se nos homens temos responsabilidade na hora da reprodução, porque que na hora de decidir se vai ou não interromper a gravidez nos não podemos decidir também, quero dizer na proposta de legalização a decisão e unilateral, restrito apenas as mulheres, mais se o pai da criança quiser que ela nasça, como fica? ai ja não e de responsabilidade dos homens?


Sou totalmente a favor, de mais investimentos em educação sexual, principalmente para acabar com o preconceito a respeito de métodos contraceptivos, mais duvido que a legalização do aborto va resolver qualquer uma dessas questões.

titia disse...

Não tenho a menor dúvida, Viviane. Não tenho a menor dúvida que essa bosta de "pró-vidismo" começou com algum macho chiliquento irritadinho porque mulheres não eram mais propriedade.

"alícia" você leu a parte em que só quem NASCEU VIVO é sujeito de direitos? Então, por dedução simples que ninguém precisa ser um Sherlock Holmes pra fazer, embriões não são sujeitos de direito. Inclusive não são sujeitos do direito à vida. Logo, aborto não é crime contra a vida. Posso sugerir que vá no médico? Essa coisa saindo do seu nariz não deve ser catarro...

E Leonardo, quem vai criar todas as crianças indesejadas que nasceriam caso ninguém abortasse? Você? Não, você não vai criar. Não vai sequer dar uma latinha de leite ou um pacote de fraldas.

Vocês, homens, não devem decidir nada sobre o aborto por um simples motivo: não são vocês que arriscam literalmente a vida gestando nem parindo. Não são vocês que sofrem violência obstétrica simplesmente porque fizeram sexo. Não são vocês que são abandonados pra criar uma criança sozinhos com, no máximo, uma pensão mixuruca. Não são vocês que perdem oportunidades de emprego, estacionam a carreira, são apontados e humilhados na rua como "pai solteiro, aquele vadio imoral, deve dar pra todo mundo". Resumindo, vocês não decidem nada sobre aborto porque vocês não arcam com os maiores pesos e responsabilidades. Pelo contrário, o que mais tem por aí é paizão do ano de facebook que nem olha pra cara do filho enquanto a mãe se fode pra criar. Então façam o favor de ter vergonha e calar a boca sobre aborto, ok?

Marcia. disse...

Mas Leonardo, a maioria dos abortos já têm efeitos nos custos do SUS. Você notou apenas o número de abortos legais, esquecendo que a curretagem e a AMIU também são procedimentos feitos após o aborto (e são mais caros que o aborto medicamentoso)

Voltando para os dados:
Mulheres atendidas no SUS pós-aborto
2015 - 181 mil
2014 - 187 mil
2013 - 190 mil

Procedimentos por AMIU (esvaziamento do útero por aspiração manual intrauterina)
2015 - 10.623
2014 - 8.168
2013 - 5.704

Cada um deses procedimentos aí custa, pelo menos, três vezes o valor de um aborto medicamentoso. Isso que os dados, provavelmente, são subestimados. O que não significa que o SUS não seja acionado para lidar com os resultados do aborto clandestino. A demanda existe, é verdade. Mas também é verdade que a maioria dos países que regulariza o aborto tem os números de atendimentos diminuídos. Por quê? Quando deixa de ser crime, é mais fácil debater, é mais fácil prevenir, as pessoas falam mais livremente sobre o assunto, e assim o tema deixa de ser um assunto proibido.

E não, eu não acho que um homem possa opinar sobre um aborto. Para mim, o feto não é uma pessoa autônoma, que precise ser representado por pai e mãe, para mim o feto é parte da mulher, portanto é óbvio que a única escolha que importa é a dela, pois a gravidez acontece no corpo dela somente.

E responsabilidade legal de pai é muito diferente da responsabilidade social, infelizmente. Veja bem, até pena de prisão temos aprovada para pai que não paga pensão alimentícia, e ainda sim, a imensa maioria das mães chefes de família assumem todo o encargo (financeiro e afetivo) da criação de seus filhos sozinhas. E de quem é, socialmente, a culpa? Da mulher, que não soube 'escolher' um pai decente para seus filhos.

Uma mãe é socialmente e juridicamente constrangida a parir, socialmente e juridicamente obrigada a criar, (por quê nenhum pai é denunciado por abandono de menor?) um pai não é nem socialmente nem juridicamente constrangido a criar, não é punido quando abandona. No máximo vai contribuir financeiramente para os custos de criação (mas educar mesmo, não precisa), se, e apenas se, não for um canalha completo. A paternidade é opcional, a maternidade é obrigatória. Legalizar o aborto é uma medida para tornar essa relação menos desigual e, na minha perspectiva, um jeito responsável de poupar muitas crianças de uma vida miserável e cheia de sofrimento, onde a falta de condições econômicas não é, nem de longe, o que mais me assombra. Ser criado sem amor, não é algo que nenhum ser humano mereça.

donadio disse...

"Só no ano passado, foram feitos 1,1 milhão de abortos no Brasil, segundo estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) "

Não. Não é isso que o IBGE diz. O que ele diz é bem diferente: considerando todas as mulheres entre 18 e 49 anos no Brasil, todas elas, em seu conjunto, e ao longo de toda a sua vida, fizeram 1 milhão e cem mil abortos (na verdade, 1.068.000, mas não vamos discutir detalhes). Como evidentemente esses abortos não aconteceram todos no ano passado, mas ao longo dos últimos 30 anos, isso aí vai dar em torno de setenta a oitenta mil abortos por ano, nunca um milhão e cem mil.

Anônimo disse...

Demorou para a ladainha do "ain meus impostos"
Já ouviu falar em algo como viver em sociedade?
Amigo, eu não bebo e nem dirijo. Mas sou obrigada a pagar pela irresponsabilidade dos outros em beber e dirigir.
Não fumo, ainda assim sou obrigada a pagar pelos males do tabagismo.
Não deixo água parada em casa, mas também preciso arcar com os custos da dengue, zika etc
Não tenho crianças. Mas meus impostos são usados para diversas finalidades que visam melhorar a infância no país.
Gravidez também consta no atendimento do SUS. Todos os que não estão nessa condição estão pagando pela "promiscuidade alheia" (engraçado, que agora gravidez virou indicativo de promiscuidade. Então todas as nossas senhoras santas mães são promíscuas mesmo que só tenham transado uma vez, você é um gênio, Leonardo).
E também não tenho pinto. Mas financio a amputação de homens que por falta de higiene precisam ter seus membros amputados. Aliás, se a gente fosse reclamar do que pagamos por causa da irresponsabilidade masculina, seria uma economia e tanto né. Tá achando ruim? Vá viver isolado e não arque com a "promiscuidade alheia".

Anônimo disse...

ricardo, lá na página Tombei tem dois neonazis xingando feministas gratuitamente. Sugiro que copie e cole seu discurso para eles e depois nos conte a experiência.

Unknown disse...

Marcia e titia, bom se a gravidez e assim tão traumática na vida de uma mulher, se homens ou pelo uma boa parte, são seres desprezíveis que somem ao menor sinal de gestação, então vamos fazer o seguinte, vamos esterilizar todas as mulheres para que esse ato tão traumático de se reproduzir não as atinja mais, ai podemos todos junto ir de mão dadas a extinção.

Vocês duas acham, que o aborto resolveria o problema, essas crianças que estão nas ruas e abrigos hoje em dia, são frutos de pessoas irresponsáveis que não conseguem lidar com suas obrigações e que na sua maioria fazem mais de dois filhos, o aborto não iria fazer eles pararem de procriar sem consciência, uma mãe que abonadona 1,2,3,4 filhos como cansamos de ver, também aborta 1,2,3,4. SE a gravidez não pode ser usada para o punição para irresponsabilidade, o aborto não pode servir de tabua de salvação para esses mesmos irresponsáveis.


Querida anônima, eu também pago tudo isso, so que eu posso usar caso precise, e você também, se um dia for atropelada ou sofre um acidente de carro pode receber o dpvat, eu pago também pelo ginecologista, transvaginal, ultrassom caso você use a rede publica, assim como a minha esposa um dia pode utilizar, são direitos coletivos, agora o aborto e algo unilateral que so beneficia a mulher que não que perde os anos dourados de sua vida cuidado de um bebe( como o caso de boa parte dos casos relato no post)



MARCIA, os custo de você expandir o aborto a todos os casos ainda não foi devidamente calculado, pois temos que considerar inflação, custo de matérias, remuneração dos medicos e do equipe de enfermagem, sem falar que tempos que observar que vivemos em pais de proporções continentais cujo o desenvolvimento de sua rede publica de saúde não e uniforme.

titia disse...

A diferença, caro Leonardo, é que as crianças abandonadas estão sofrendo. Talvez sofram abuso sexual, estupros, violência física, psicológica, sejam obrigadas a se prostituir, consumam drogas, assassinadas. Talvez passem fome ou terminem espancadas até a morte pela família. Os embriões abortados não sentem nada. Não tente se fingir de santo, Leonardo. Todo mundo aqui sabe que você caga pras crianças. Que você, como todo "pró-morte-pra-vadia-que-transa" não liga pro sofrimento das crianças e menos ainda pra vida delas. Você considera crianças punição pra mulher que transa, e repito, ninguém precisa ser Sherlock Holmes pra saber que quem considera criança castigo pra "piranha" caga e anda pra vida dela. Que não as considera nem mesmos eres humanos. Que o bem dessas crianças é a última coisa, aliás, nem mesmo passa pela sua cabeça quando se fala em aborto. Sua intenção é única e exclusivamente punir a mulher por ter se atrevido a transar.

E acredite, tem muita mulher por aí querendo se esterilizar. Eu sou uma delas. Mas advinha: os médicos não fazem isso porque acham que todas nós temos obrigação de parir - ou, como você, querem garantir que nós seremos punidas por trepar. Leonardo Vieira e companhia: cagando o mundo pras mulheres e crianças desde 1 A.C!

Titio disse...

Tá certo, se importar é mandar matar, matar n né "abortar". Engraçado q n vejo os verdadeiros pró - vida, lutando pra ter qualquer melhoria na vida das crianças, é só pelo aborto. Emocionante.
E n pode faltar a sessão sobrenatural de como será a vida de todos nesse planeta. Todos q n forem abortados terão uma vida de merda, o mais caridoso é n deixar q nasçam.

Titio disse...

E falo por experiência, meus pais pensaram em me abortar porque eram muito novos, felizmente desistiram. E nem por isso fui tratado como lixo. Esse achismo barato sobre como será a vida dos outros é um argumento ridículo.

Anônimo disse...

Bwhahahahahahahahahw !

Titia !!! Olha isso !!! Eis aqui um mascu que deve ter criado esse nome intencionalmente (já que você é uma comentarista muito boa e presente por aqui...) e quer se comparar com seu nível - sendo seu "oposto".

Mas não se preocupe... Percebeu que ele é um idiota e quer te contradizer em tudo ? Você tem uma inteligência e humor (negro) tão invejável que até arrumou um "masCuzinho" pra encher sua paciência...

Nem liga. Faz que nem a Beyoncé - liga o botão de "que se foda" e arrasa.

Bjos !

Anônimo disse...

Ķkkkkkkkkkkk

Catarina a grande

Anônimo disse...

Tem que ser inteligente, sarcástico e ir além do senso comum para se opor à "titia". Não é o seu caso, mascu. Sorry! Você no máximo é o tio sukita com menos idade e menos neurônios.

titia disse...

Ah, obrigada pessoal! Fico feliz que meus palpites sejam tão apreciados no blog. Obrigada anons, já tô apertando o botão mágico aqui.

*Botão "que se foda" pressionado. Inicializando sistema de esculhambamento em 3,2,1*

Claro tiozinho, claro. Porque uma vez que você foi desejado e nasceu como tal, mesmo que a primeiro momento teus pais tenham te rejeitado, significa automaticamente que toda criança indesejada que nascer vai ser amada e desejada. Todo mundo que tem uma gravidez indesejada vai automaticamente amar a criança e cuidar bem dela. Nossos abrigos e orfanatos só estão cheios porque importamos crianças da Suécia, EUA e de outros países onde o aborto é legalizado pra enchê-los, mas todo mundo que nasce aqui é muito amado e bem cuidado!


Essas notícias aqui são só invenção da mídia feminazi golpista aborteira:

noticias.r7.com/cidades/crianca-de-4-anos-morta-pelo-pai-foi-atingida-por-13-golpes-de-facão

g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2016/07/crianca-morta-pelo-pai-em-sp-foi-agredida-o-dia-todo

Criança morre após ser estuprada pelo pai em Santana do Livramento - diariogaucho.clicrbs.com.br › Diário Gaúcho › Polícia

g1.globo.com/al/.../2014/09/menina-de-11-anos-e-estuprada-pelo-pai-em-Jacintinho

Delegado chora ao falar das gêmeas estupradas pelo pai - www.youtube.com/watch?v=Lnd-WUh0WlM

g1.globo.com/mg/vales-mg/noticia/2014/06/crianca-torturada-supostamente-pela-mae-é-achada-morta-em-minas-gerais

www.itatiaia.com.br/noticia/mae-confessou-ter-matado-criança-encontrada-morta-em-sofa-na-grande-bh-diz-pai

Agora faça o grande favor de ir pros vigésimos oitavos dos infernos por ter me obrigado a procurar essas notícias logo de manhã. Aproveite e tire a cabeça de dentro da bunda por lá, seu bosta.

Titio disse...

Nenhuma surpresa distorcer o q eu disse, n afirmei q todos serão bem tratados, só desmenti a mentirada q vcs propagam como verdade absoluta de q todos serão tratados como lixo.
Impossível prever isso, seja com os pais q desejaram os filhos ou com os q n conseguiram ou desesistiram de abortar.
E violência existe contra todos, me diz como aborto vai acabar com isso? Essas pessoas q cometeram esses crimes provavelmente já eram volentas antes mesmo da existência dos filhos ou tá querendo dizer q foi tudo raiva por n ter conseguido abortar? E aliás como sabe q nesses casos os filhos n foram desejados?
Achismo n prova nada. Cadê as pesquisas,dados? Queria ver a pesquisa pra todas as baboseiras q afirmam e nunca mostram provas.

donadio disse...

"e ai vai a pergunta que paga a conta?"

O que você, que se acha de exatas, pensa que é mais caro?

Um aborto, ou educação da creche ao segundo grau? Um aborto, ou o cuidado da saúde da criança, desde o parto?

Deixa de ser tapado, moço: o seu argumento é completamente falso. Diga que você prefere pagar muito mais caro só para evitar a morte de um feto que não é da sua conta. Mas não venha com esse papo absurdo de "vou pagar pela promiscuidade dos outros". Não quer pagar pelo funcionamento de uma sociedade? Vá viver isolado numa cabana na floresta. Mas não venha nos impor a sua moralidade capenga sob o disfarce de cálculo econômica, por que essa asneira não se sustenta nem mesmo no mais reles liberalismo econômico.

Anônimo disse...

Sabe o que "engraçado", é que a grande maioria dessas mulheres que abortam, sabiam muito bem o que estavam fazendo, não foi por falta de informação que ficaram grávidas! Assim fica fácil! É só um embrião, é só um amontoado de células né? NÃO! É uma vida. Todas tem o direito de decidir pelos próprios corpos, mas um feto que está no seu corpo não é o seu corpo! Hj em dia não dá pra vir com esse papinho furado. Existe camisinha, pílula do dia seguinte, DIU e inúmeros métodos pra evitar a gravidez! Agora simplesmente alguém tirar um feto de dentro de si como se fosse lixo e ainda dizer que não se arrepende! É muito egoísmo! Sei que é errado julgar, mas sinceramente esse tema me tira do sério!
Eu tive uma gravidez indesejada (totalmente), tive depressão pré e pós parto, sabia que o "pai" seria, um lixo (como realmente é), mas mesmo assim não abortei! Lógico que cada experiência é uma experiência, a vida de ninguém é igual! Mas como eu disse, é fácil descontar em um ser que não tem nada a ver com nossas cabeçadas né!
Enfim, cada um responderá pelos próprios atos!

titia disse...

Simples, titio: se as mães dessas crianças tivessem abortado, elas não teriam nascido pra ter passado por isso. Agora que tal arranjar um argumento de verdade ao invés de "você distorceu o que eu disse", típica desculpa de mascu sem argumento?

23:55 claro, claro. Típico papo de "pró-punição-pra-vadia-que-transa", nem uma vírgula de originalidade ou de preocupação verdadeira com as crianças. Nem merecia resposta mas eu quero fazer uma perguntinha pra 23:55, se for mesmo uma mulher: quando é que você vai tirar a cabeça da bunda e olhar pro mundo real, hein, fia?

Nati-Nati disse...

Cara, essa Márcia é muito foda, desculpe a expressão! Vc podia fazer um post sobre a questão legal, social e econômica do aborto no Brasil! Muito bem explicado, eu não tinha nem noção destes dados!