quarta-feira, 24 de agosto de 2016

R$ 5 PRA VOCÊ ENTENDER O QUE É ESTUPRO

Uma jovem africana/indiana chamada Nafisa Ahmed escreveu esses dias uma série de tuítes em inglês que talvez ajudem aqueles mais tapadinhos a entender o que é consentimento e estupro. 
Ela usa uma comparação que muitos dos tapadinhos adotam ("você vai a uma favela de Rolex e não espera ser assaltado?") -- dinheiro. Vou traduzir seus tuítes. Prestem atenção:

Não entendo como estupro é tão difícil de entender para alguns homens. Mas, se você põe as coisas dessa forma, eles entendem:
Se você me pede R$ 5 e eu estou bêbada demais para dizer sim ou não, não é legal tirar R$ 5 da minha bolsa... só porque eu não disse não.
Se você põe uma arma na minha cabeça para me obrigar a te dar R$ 5, você ainda roubou R$ 5. Mesmo que eu fisicamente te dei os R$ 5.
Se vc pega R$ 5 emprestados de mim, isso não dá ao seu amigo o direito de tirar R$ 5 da minha bolsa. "Mas vc deu pra ele, por que não pra mim?"
Se você rouba R$ 5 e eu não posso provar isso num tribunal, isso não significa que vc NÃO roubou R$ 5.
Só porque eu te dei R$ 5 no passado não quer dizer que devo te dar R$ 5 no futuro.
Se você consegue entender TUDO isso, como você não entende o conceito de estupro?

123 comentários:

Anônimo disse...

Sim lola, mas e quanto ao caso da Patricia Lelis e do Feliciano?
Aquilo lá foi estupro ou não?

Claire disse...

Coleguinhas, é o seguinte: sexo tem tudo a ver com consentimento. Se a menina está plenamente sóbria o suficiente para saber o que está fazendo, e ela consente em ter relação com você, sim, não é estupro.
Já se ela insinuou para você, está com roupa curta, te deixa de pau duro mas não quer ceder, atiça mas na hora diz não, mostra que tá de fio dental e não dá, fala pornografia pra você e na hora do vamo vê age de forma que não quer nada, querido, se você fizer algo e ela depois de ter feito todo esse show e te rejeitar, SERÁ ESTUPRO
Portanto, enfia nessa sua cabeça: só entre onde for convidado, se no momento de alguma relação ela dizer que não quer, pule fora, NÃO É NÃO. Não tem dessa de " ain, fez charme" . Não só tem um significado.
Pare de mimimimi, sexo só é bom quando há o consentimento das duas partes, para desse enjoo de que tava com fogo, de que tava pedindo, que tava com roupa curta, só mete se ela não te empurrar, se não te xingar, se não houver resistência alguma.
Pode ser a mulher mais rodada da rua, pode tá no meio de um swing, se ela não quer, não force a barra e pronto.

Anônimo disse...

Homens não têm problemas em entender estupro, eles entendem perfeitamente, apenas não se importam.

Anônimo disse...

Acho que essa matéria explica muita coisa: http://www.mulher.com.br/12616/porque-os-homens-acham-mulheres-um-objeto-sexual

Anônimo disse...

E essa matéria também: http://hypescience.com/porque-vemos-homens-como-pessoas-e-mulheres-como-partes-de-corpo/

Anônimo disse...

Porque consentimento não é o suficiente

Consentimento é o pó de fada mágico que transforma estupro em sexo e abuso sexualizado, tortura e subjugação em libertação sexual – pelo menos é o que alguns dizem. Muitas feministas “sex positive” reconhecem que o entendimento legal de consentimento (definido como uma falta de resistência ativa) é problemático: é culpabilizante, normaliza a agressão sexual masculina, desenha uma linha arbitrária entre quanta coerção é “de mais” (geralmente não permite coerção física, mas deixa passar coerção social, emocional e econômica) e é irrelevante se a mulher quer se envolver em uma atividade sexual ou apenas se submete a ela.

As feministas argumentam que gênero e sexualidade são socialmente construídos, e especificamente que a masculinidade é construída em termos de dominação social e sexual e a feminilidade em termos de submissão social e sexual. Nós podemos ver como isso se manifesta nas nossas normas sexuais e sociais: coagir mulheres é sexy, mulheres são mercadorias a serem usadas pelos homens, machucar mulheres é sexy. Essa construção social da nossa identidade é possível porque nossa concepção de nós mesmos bem como nossos desejos e preferências são condicionados e construídos através de interações interpessoais e do nosso ambiente social. Nós nos tornamos quem somos através de como os outros nos tratam, e tem numerosas maneiras bem documentadas demonstrando que normais sociais moldam quem somos e o que fazemos: estereótipos, profecias que se cumprem, preconceito e preferências adaptativas.

Preferências adaptativas, particularmente, mostram ser um problema para a ideia de que perseguir quaisquer preferências pessoais expressa nosso status de seres livres e iguais. Preferências adaptativas surgem quando nós inconscientemente mudamos nossas preferências para que elas se adaptem as nossas circunstâncias. As mulheres frequentemente não sentem que tem direito a igualdade para com homens, a integridade corporal, ao prazer sexual ou mesmo a necessidades básicas como comida suficiente porque elas foram colocadas em uma situação onde estas coisas não estão disponíveis a elas ou são sistematicamente negadas a elas. Mas existe um outro, e ainda mais mortal fator psicológico: as mulheres frequentemente não compreendem o abuso que sofrem nas mãos dos homens como abuso (e é por isso que boa parte da “segunda-onda” se foca na criação de consciência).

Jennifer Freyd é uma psicóloga que estudou a repressão de memórias de abuso infantil. Ela argumenta que seres humanos são programados a reagir com o mecanismo de “luta ou fuga” quando são traídos. Porém, em relações onde existe dependência ou desequilíbrio de poder, a pessoa subordinada para de ter consciência do abuso porque ela não tem a opção de “luta ou fuga”. Se adicionarmos a isso o fato de que mulheres são invalidadas ou são sujeitos de vários graus de violência social quando não se conformam as normas do gênero, nós temos um problema sério com a dita “escolha individual”.

Anônimo disse...

Problemas com Consentimento

Rosalind Hursthouse uma vez disse que se alguém lesse toda a literatura sobre ética do aborto, essa pessoa não teria nenhuma ideia de como a gravidez de fato é ou que ela envolve homens fazendo sexo com mulheres. Similarmente, discussões pró-BDSM ou pró-pornografia tendem a se focar nas escolhas das mulheres, não na ação dos homens ou nas experiências de mulheres que se feriram com estas práticas. Eles dizem as mulheres que é sexualmente libertador experienciar abuso físico ou sexual desde que ela “escolha” isso, mas eles nunca se perguntam porque é aceitável que homens inflijam dor ou machuquem mulheres. Em fazer isso eles frequentemente ignoram, invalidam e silenciam mulheres que já foram feridas por estas práticas e normas enquanto endossam a erotização da violência através da defesa do “consentimento”.

Consentimento baseia-se na presunção que pessoas escolhem pensando nos seus próprios interesses ou pelo menos em maneiras que fundamentalmente não violam sua humanidade. Como demonstrado no caso de preferências adaptativas, isso é simplesmente falso. Mas existe um problema ainda mais fundo: consentimento impede a avaliação política ou ética do ato e ao invés coloca a “culpa” do ato na pessoa que o sofre (a pessoa sendo abusada). Nos defender é extremamente difícil na melhor das circunstâncias, visto que é exaustivo emocionalmente e o desejo por pertencimento pessoal frequentemente passa por cima da autoproteção básica: mesmo, ou talvez, especialmente, homens brancos estão sujeitos a rituais sádicos em trotes da faculdade, grupos de amigos, equipes esportivas ou no exército. Quando mulheres são ensinadas que são objetos para serem machucados ou usados, isto se torna ainda mais difícil. Nós nunca devemos colocar alguém na posição de exigir respeito; isso cria um peso emocional, social e moral na pessoa que está sujeita a um possível abuso ou comportamento de exploração ao invés de no perpetuador da ação.

Um outro problema surge quando consideramos quanta violência o “consentimento” pode legitimar. Se o consentimento deve ter tal poder transformador, quando o pó de fada para de funcionar? O quanto de dor, dano e lesão são aceitáveis que sejam causadas em uma pessoa para que não sejam mais justificáveis? Em casos de lesões permanentes e mutilações? Assassinato consensual é aceitável? Feministas “sex-positive” e apoiadores de BDSM tem o problema de arbitrariamente determinar o quanto de violência é aceitável antes de se tornar “de mais” (soa mais como a maneira que o patriarcado determina arbitrariamente o quanto de coerção é aceitável antes de ser “de mais”. Hmm…) Nós não podemos pressupor que as pessoas irão simplesmente não consentir a algo danoso, mulheres tem “consentido” a morte quando um aborto poderia facilmente ter salvo suas vidas.

Mas ativistas do BDSM tem um problema em particular. Mesmo enquanto eles se entendem como “o padrão de ouro” do consentimento, não é o consenso que é erotizado: é precisamente a coerção (“bondage”, a sujeição, a dominação) e a violência (o abuso físico, o sexo “selvagem”) que são sexy. Um homem que estupra, tortura e escraviza mulheres tem uma reclamação genuína contra ativistas do BDSM que condenam suas atitudes: como eles podem dizer que o que ele fez é errado quando ele estava simplesmente fazendo o que eles falaram que era sexy?

Talvez eles digam que ele deveria ter obtido o consentimento da vítima anteriormente (mas é uma pergunta aberta se coerção emocional, desequilíbrio de poder ou, por exemplo, convencer uma mulher com baixa autoestima de que ela merece ser abusada contam como consentimento). Todos, as feministas pró-sexo argumentam, deveriam ter o tipo de sexo que desejam – mesmo que isso envolva machucar outra pessoa, desde que seja “consensual”. Vamos ver se esse de fato seria o caso.

Anônimo disse...

Suponha que nós tenhamos um mundo em que definimos consenso como ativo, explícito e contínuo. Em adição, vamos presumir que temos um sistema legal confiável e que lida de forma adequada com casos de abuso sexual. Porém nós vamos manter as outras normas sociais e sexuais intactas (normalização da dor, erotização da violência, e instrumentalização das mulheres). Nesse mundo, Alice é uma fêmea heterossexual que quer a intimidade física e emocional de um relacionamento romântico. Ela não quer participar de nenhuma atividade sexual que seja dolorosa ou degradante para ela; ao invés disso ela quer que o sexo seja mutuamente prazeroso. Quais são as opções dela?

Encontrar um homem que não tenha preferência por erotização da violência. Isso vai ser extremamente difícil porque homens foram socializados dentro de normas que treinam as respostas sexuais dos homens para situações em que a mulher é objetificada e machucada. Já que não machucar mulheres é uma mera preferência não existe nenhuma motivação para homens não terem estas respostas ou para que se preocupem para que sexo seja consensual.

Nunca transar ou se envolver romanticamente com um homem.

Se habituar as normais sexuais-sociais.

Eu não estou dizendo que existe uma dívida relacional para com Alice. Mas é Alice coagida? A resposta é sim, pois é negada a ela uma oportunidade igual de buscar uma relação que satisfaça suas necessidades de intimidade emocional e física. Se nós requerêssemos, por exemplo, que todas as pessoas negras primeiramente sofressem um abuso físico antes de poderem conseguir um diploma universitário, isso claramente seria injusto. Similarmente, uma relação sexual ou emocional para Alice – algo que as pessoas frequentemente pensam que é uma necessidade humana genuína ou pelo menos um benefício pessoal importante – vem a um custo que homens não têm que pagar, e o custo é seu sofrimento e o risco de sua integridade física. Alice não seria mais coagida se ela se habituasse a participar de comportamentos sexuais dolorosos ou degradantes para conseguir a intimidade que ela deseja? Parece que isso é uma forma ainda maior de coerção; uma coerção que se torna tão impregnada, arraigada que ela não consegue mais ver ela mesma como qualquer outra coisa além de merecedora de dor e abuso.

E é isso precisamente que acontece. Consentimento é vulnerável a defesa “Wal-mart”: um entendimento robusto de consentimento talvez seja capaz de lidar com certos tipos de coerção em pequena escala, mas uma vez que a coerção se torna tão profunda e universal que constitui a norma social ela de repente se torna “grande demais para falhar” (expressão usada no capitalismo quando uma empresa, mesmo em tempos de crise, é salva devido a sua importância, sua interconectividade). Consenso turva, ao invés de atacar, uma das raízes da causa da desigualdade de gênero: que machucar mulheres é sexy.

Anônimo disse...

Respondendo Objeções

“Você não pode fazer as pessoas se sentirem envergonhadas por suas preferências ou orientações sexuais”

Primeiro, eu já coloquei que preferências são frequentemente condicionadas socialmente. Segundo, o mero fato de ter uma preferência, uma orientação ou identidade não carrega nenhum peso. Nós podemos e devemos fazer críticas sobre o conteúdo de preferências e identidades. Algumas pessoas se identificam fortemente como supremacistas brancos ou neo-nazis. Alguns consideram que sua orientação sexual envolve pedofilia, estupro ou assassinato. O fato de eles considerarem estas coisas como orientações sexuais não torna pedofilia, estupro ou assassinato aceitáveis.

“Você não fala por todas as mulheres. Estas mulheres não enxergam isso como prejudicial”

Eu não nego que mulheres talvez genuinamente sintam que dor e subjugação são sexy. Isso é precisamente por que fomentar consciência é um componente necessário do projeto de política feminista. Como feminista, eu posso validar a experiência de uma mulher sem endossar o conteúdo, que foi moldado por condições de desigualdade. Por exemplo, eu não nego que mulheres sentem vergonha dos seus corpos e sentem a necessidade de serem impossivelmente magras, mas eu não apoio que elas devam sentir vergonha dos seus corpos ou que elas devam passar fome.

Dano não é subjetivo e não pode ser meramente um produto dos sentimentos de alguém. Primeiro porque nós sabemos que pessoas, devido a socialização, invalidação e desigualdade não estão sempre conscientes de que dano é dano. Segundo, porque nós não diríamos, por exemplo, que homens sofrem “danos” se eles não podem transar com qualquer mulher que quiserem ou que Cristãos sofrem “danos” por causa da homossexualidade – mesmo que muitos claramente sintam-se dessa forma.

“Você está negando as mulheres sua agência em não valorizar suas escolhas individuais”

Nunca é uma questão de agência de uma mulher. Em um nível trivial e metafísico, nós sempre somos livres para escolher o que fazemos a menos que estejamos inconscientes, sobre o efeito de alucinógenos ou fisicamente inválidos. Eu não estou julgando ou argumentando contra o que mulheres estão escolhendo quando elas “consentem” mas o que homens (e algumas mulheres) escolhem fazer com elas. O que é importante são as normas sociais, práticas e condições que tornam aquela escolha possível. Prostituição não poderia ser uma escolha se não houvesse demanda e se nós não pensássemos que pessoas fossem coisas que podem ser vendidas e compradas.

“E se nós fizéssemos pornografia com homens no papel submisso?”

Equiparar violências não cria condições iguais. Nós não resolvemos o problema de desigualdade racial fazendo com que a polícia prenda e viole as liberdades civis de um número igual de pessoas brancas; nós erradicamos a desigualdade através da erradicação de condições de subordinação e criando mudança material e positiva que de fato valorize todas as pessoas como livres e iguais.”

Texto escrito originalmente em inglês por C.K. Egbert, disponível em: http://www.feministcurrent.com/2014/06/25/why-consent-is-not-enough/

Anônimo disse...

Vivemos uma falsa "liberdade sexual", que idolatra funk, pornografia e erotização infantil. Ver isso como "liberdade" é erro principalmente no Brasil, ou vocês acham que ser popozuda e ter filhos antes do 18 é melhor do que ter menstrado?

Anônimo disse...

21:02, infelizmente as feministas "pro-sexo" não conseguem ver o dano que causam, principalmente as mulheres da periferia. A mulher brasileira precisa de menos BDSM e mais incentivo ao estudo. Menos funk e mais planejamento familiar. Menos erotização precoce de crianças e mais confiança entre mãe e filha.

Anônimo disse...

tweets perfeitos!!!

Anônimo disse...

Para o feminismo liberal, quando a mulher "consente" não há estupro. Para o feminismo radical, há que se analisar friamente a diferença entre ceder, apesar de desejar outra coisa, e querer - fazer o que quer. Quando uma mulher está em situação de prostituição, portanto, para o feminismo radical está sendo vítima de estupro. O fato de ela ter "consentido" com aquela relação sexual não quer dizer que ela não o fez mediante coação - financeira e social.
A própria "mecânica" do sexo heterossexual e degradante para mulher, o próprio nome penetração já nos indica a violência do ato, tanto que o patriarcado levou milênios de lavagem cerebral para naturalizar e erotizar esta violência para com as mulheres.

Anônimo disse...

"Não só tem um significado"

=) Será mesmo? Vou contar uma historinha acontecida comigo anos atrás:

Eu tentando agarrar a menina e levar ela pra cama. Tento aqui, agarra de lá.
Ela: Não, não, pára.
Eu continuo tentando um pouco mais.
Ela: Não, pára.
Eu: Tá bom. (Solto ela)
Ela (decepcionada): Ah, vc desiste muito fácil!
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Então não me venham com a xurumela de que não significa sempre não. As interações sociais são bem mais complexas que isso. No caso relatado, o não claramente significava "vença minha resistência (fingida) que vc chega lá".
Todos sabemos que as mulheres são condicionadas (por normas culturais) a não querer aparentar que foram 'fáceis'. Isso gera esses joguinhos sutis e bem conhecidos das interações românticas /sexuais.
De forma que um homem pode, de boa fé, confundir um falso não (como o que eu recebi), com um não de verdade.

Anônimo disse...

Então finalmente as feministas reconhecem que sexo e moeda de troca feminina? =D

Anônimo disse...

Isso me lembrou também de um namoro que eu tive em a moça, relembrando o começo do relacionamento, soltou essa: "Nossa, eu fui muito fácil. Que vergonha!"
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Traduzindo:" Eu devia ter fingido que não queria para não aparentar que fui fácil. "
É, as relações humanas são assim de complexas.

Anônimo disse...

Não é só no funk, a violência sexualizada, a pornografização, perpassa em maior ou menor grau toda a cultura popular. A aceitação e veneração da sexualização, da desumanização e instrumentalização de mulheres, da erotização da violência, da erotização de crianças, impregnadas na nossa cultura, estão em todos os lugares e não se restringem a um gênero musical apenas.

Anônimo disse...

sexo não é moeda de troca feminina, mascu babaca do caralho, sexo é moeda de troca masculina: homens demandam sexo das mulheres em troca de um prato de comida, um teto, alguns trocados pra conseguir sobreviver mais um dia nesse mundo escroto, umas migalhas de atenção, afeto, validação...

Anônimo disse...

Não foram as mulheres que estabeleceram o próprio comércio de seus corpos, esse comércio não poderia existir se os homens não demandassem acesso aos corpos das mulheres, se apropriassem delas, as vendesse e as comprasse. A prostituição foi criada e é administrada por homens e serve ao consumo e interesses masculinos.

Anônimo disse...

Existe um jeito beeeeeeeeeeeem fácil de fazer homem entender estupro. Mas INFELIZMENTE essa é uma "palestra" que só se recebe dentro de uma cela, com 40 caras bastante entendiados lá dentro.

Se homem fosse sistematicamente vítima disso, estupro era apenado com morte no mundo inteirinho.

Anônimo disse...

"Sim lola, mas e quanto ao caso da Patricia Lelis e do Feliciano?
Aquilo lá foi estupro ou não?"

Eu não sabia que a Lola estava presente durante os fatos, acho que nem ela heim.

Anônimo disse...

Moeda de troca feminina UÉ mas quem tá comprando? kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

esses ómis, cadê uma guerra pra eles morrerem quando a gente mais precisa?

Unknown disse...

Ela não conseguiu provar nada, e pelo contrário, gravações provarão que ele estava em reunião no dia e horário do suposto estupro!

Anônimo disse...

Nossa como homem é burro (ou se finge de burro) tô pretérita!

titia disse...

Também acredito que muito homem por aí sabe sim o que é estupro, mas prefere fingir que estupro é só o desconhecido com a faca no beco escuro pra não terem que tratar mulheres como seres humanos. Esses bem que mereciam levar um tiro no saco e outro no rabo. O resto ou aprende ou é descartado. Sem mas.

22:20 e colega da tese de mestrado, eu não sei o que vocês pensam mas é perfeitamente possível ser independente, ter mestrado e gostar de BDSM. Uma coisa não anula a outra, quem acredita que ser submisso no BDSM é sinônimo de ser controlado e oprimido em todo e qualquer relacionamento, ou que ser dominador é sinônimo de ser um possessivo doentio obcecado em oprimir e controlar até um "oi" do parceiro pra outras pessoas é machista e gente que não entende pitombas de sexualidade fora do padrão papai-e-mamãe transando pra ter filhinhos. Lembra culturas antigas, tipo, Ártemis podia ser guerreira e Atena a mais sábia do Olimpo mas as duas tinham que ser virgens puras e castas, ou você é guerreira e sábia ou trepa, se não quiser ser a esposa dona de casa submissa nada de pinto nem xota pra você. Que revolucionário, hein?, obrigar a mulher a escolher entre conhecimento e emancipação social ou viver sua sexualidade.

Tem muita coisa precisando ser questionada? Claro. Tem abusos e comercialização da sexualidade feminina? Mas certamente. Erotização precoce sendo usada pra vender? Em cada esquina. Objetificação da mulher como brinquedo pro uso do homem? E como, e a população pseudo moralista do Brasil só falta canonizar panicats. E tudo isso tem que ser questionado e combatido, mas a solução que vocês dão seria que a mulher abrisse mão de exercer sua sexualidade da maneira que quiser, com quem quiser e como quiser pra ganhar um pouquinho mais de conhecimento (tipo, as freiras da idade média, que em troca de não trepar eram alfabetizadas, aprendiam latim, matemática enquanto as donas de casa analfabetas tinham permissão pra dar umazinha de vez em quando)?

Mana, não acredito que em pleno século XXI ainda tô ouvindo que as mulheres devem escolher entre emponderamento social e sexualidade ao invés de que as mulheres deveriam ter o direito à sua sexulidade como parte do emponderamento. Estamos mais afundados na idade das trevas do que eu imaginava...

02:00, cuidado que Louis C.K. te processa por tentar usar a piada dele sem dar os devidos créditos.

Cão do Mato disse...

Bom, a Justiça funciona com base em PROVAS. Se a defesa da vítima e a promotoria não conseguem provar o estupro (assim como qualquer outro crime), então para efeito de punição não houve estupro. Um exemplo disso é o assassinato do Coronel Ubiratan (do massacre do Carandiru). Tá na cara que foi a namorada que matou, mas como não conseguiram provar, ela está por aí, livre, leve e solta...

Anônimo disse...

mais empoNderamento social e menos vazamento de chorume, por favor!

Mila disse...

Só tem um problema na teoria dos 5 reais. Se eu roubei seus 5 reais, ainda posso te devolver (embora não anule o fato de eu ter roubado, mas minimizo os danos), mas com o estupro, não tem como devolver sua dignidade.

Vou ter de concordar com o anônimo de 20:06, talvez eles simplesmente não se importem mesmo.

Anônimo disse...

Achei uma bosta essa "explicação". Não dá pra comparar ser estuprada com te roubarem cinco reais de merda. É minimizar demais a questão e a dor das mulheres. Sem contar que tudo isso é muito pegar na mão dos homens e ensinar pra eles algo que deveria ser fundamental pra todo mundo - empatia e respeito. Como se fosse função das mulheres servir de mãe ou de professora de maternal pra ficar ensinando isso aos homens e como se os homens fossem criancinhas ou muito especiais pra terem de receber esse tipo de tratamento.

Marcos Vieira Santos disse...

sair com prostituta agora é estupro?


donadio disse...

"Se você me pede R$ 5"

Há um problema muito grave com essa analogia entre o ato sexual e a transferência de dinheiro de um bolso para outro: ela parte do princípio de que a parte passiva na relação sexual sai perdendo, e a parte ativa sai ganhando. Por que quando se trata de dinheiro, não há tergiversação: se eu te dou cinco reais, você se torna cinco reais mais rica, e eu me torno cinco reais mais pobre.

Se a analogia é válida, então só há duas formas possíveis de relação heterossexual: o estupro, análogo ao roubo, ao furto e ao estelionato, de um lado, e a prostituição, análoga à compra e venda de mercadorias, por outro.

Preciso dizer que toda a analogia é parte estruturante do patriarcado, fundamenta a cultura do estupro, e parte do princípio que a parte ativa de uma relação é a única que tem algo a ganhar numa relação sexual? Preciso dizer que essa analogia é profundamente anti-feminista?

Hugo E. disse...

O foda é que hoje em dia muitas pessoas não conseguem enxergar as outras como seres humanos. Pensar apenas no próprio benefício, no próprio prazer. O egoísmo é o grande problema, na minha opinião. Obviamente, num geral tende a ser no sentido homem -> mulher, levando em consideração a questão de força física e, obviamente, a questão histórica. O cara aqui em cima disse que já aconteceu com ele de uma mulher dizer não pra depois querer dizer sim, eu particularmente acho que, se ela disse não, cara, aceita, afinal você não tem poderes telepáticos pra saber que aquilo na verdade é um "tenta mais", e também, sério que você insiste com todas as mulheres que dizem não? Você deve ser bem chato! xD Aceita que tem mulheres que não vão pra festas, baladas ou o que quer que seja só pra ficar com alguém, e respeite isso. Lembre-se que o mundo não gira em torno de você e nem todas as mulheres são uma transa em potencial.

Anônimo disse...

Nesse caso a moeda de troca masculina são o prato de comida, o teto, alguns trocados, etc. Lógica não é o seu forte, né?

Coisas da Danu disse...

Me lembro essas tirinhas que ilustram também:

http://www.oversodoinverso.com.br/estupro-e-consentimento-explicados-em-7-ilustracoes/

Anônimo disse...

pra imensa maioria dos homens estuprar não é diferente de ter sexo, eles pegam, metem e tem um orgasmo, no fim dá no mesmo, tudo certo pra eles.

pros homens estupro só é realmente diferente de sexo se são eles que estiverem sendo estuprados...

Anônimo disse...

Concordo com vc Hugo E.
Para o anônimo das 2:00, então só pq rolou com vc uma vez, significa que todas as mulheres são assim?
Tem duas opções. Se a mulher falar para parar(lembrando que além da linguagem verbal, tem a não-verbal, dá para perceber quando a pessoa está desconfortável ou sentindo dor), você para. Simples. Ela pode falar que fazia parte do fetiche, que você desiste fácil. Mas essa é uma exceção. Se a mulher falar para você parar, você continua. Daí é denunciado por estupro e não pode choramingar depois. Entre sair de uma situação como "desiste fácil" ou estuprador, qual vc prefere?

Anônimo disse...

Vi um vídeo explicando consentimento comparando SEXO com CHÁ. Bem bacana pra quem não consegue entender:
https://www.youtube.com/watch?v=4oMGFspEFBY

Anônimo disse...

Se vc me der R$ 5,00 e depois se arrepender e disser que eu roubei, isso tb é estupro?

Anônimo disse...

Se você for considerar a construção social machista sim sair com oristituta e estupro, clientes de prostituição deveriam serem presos por isto.

Anônimo disse...

O cara prefere correr o risco de estuprar a menina do que sair como "desistente"... Nem precisa falar mais nada.
O que eu percebo é que a sociedade é tão misógina que a mulher precisa ser uma mestre jedi da coerencia e auto controle O TEMPO TODO. Qualquer "não sei", "talvez" já é motivo pra tacar pedra, vide as justificativas na roupa e no comportamento em casos de abuso. Temos que ser vítimas perfeitas, senão não temos o direito de reclamar.
E Hugo E., muito obrigada. Não é querendo pagar pau pra homem não, mas no meio de tanta merda vc é um oásis de lucidez. Eu ando sinceramente pensando em parar de ter contato com homens, e olha que nem comecei direito.

Dan

Anônimo disse...

O problema é que todas as mulheres que não são piriguetes rodadas fazem cu doce. Se uma mulher diz sim é pq ela esta oferecendo a xeca, já quando ela diz não ela está fazendo cu doce. E se a mulher não quer nada com vc ela não vai dizer não ela simplesmente sai fora sem dizer nada. Resumindo:
Sim=piriguete rodada
Não=fazendo cu doce
*não fala nada e vaza*=não

lola aronovich disse...

O PROBLEMA é o estupro, anônimo escroto das 15:16! Não o que as mulheres fazem ou deixam de fazer. Vcs realmente têm dificuldade em pensar e interpretar textos, não?

Anônimo disse...

A solução não é explicar pruzomi o que é estupro pra ver se eles entendem e param. Os homens sabem muito bem o que estão fazendo. Fica a dica.

Anônimo disse...

A ideia de que suas escolhas pessoais e identidades são construídas socialmente é ultrajante para os liberais. Para eles, cada indivíduo é um todo distinto que tem potencial interior enorme de liberdade e auto realização, se ninguém restringir suas atividades. Nós nascemos livres, mas a sociedade inibe os nossos desejos e anseios através de costumes conservadores e tradições. Liberais acham que podem mudar o mundo - propagar a vida, a liberdade e a busca da felicidade - por meio de indivíduos mudarem suas mentes, uma pessoa de cada vez, através da educação. Nesses aspectos o liberalismo é idealista, naturalista, voluntarista e fragmentado. Ele não vê que as instituições da sociedade são fabricadas pelo sexo masculino quer elas sejam liberais (por exemplo, pornografia e economia) ou conservadoras (por exemplo, religião e governo). Desejo masculino e poder masculino têm construído o mundo como nós o conhecemos. Consequentemente, não há tal coisa como individualidade divorciada da vida socialmente estruturada, não há escolha pura não construída. Portanto, instituições sociais masculinas devem ser analisadas para determinar como elas afetam os grupos sociais (por exemplo, as mulheres) e indivíduos dentro delas e como estas organizações devem ser destruídas ou refeitas para que possa haver verdadeira igualdade e liberdade para todo mundo. Isto é o que o feminismo radical faz tão bem e de forma exclusiva.

Anônimo disse...

Meninas, cês nasceram com esse manual que o mascu das 15:16 tá falando? Tô procurando o meu aqui.

Ana disse...

Nem sei se são burros, n se importam ou é a banalização do estupro. Ou tudo junto. E mulheres vão pelo mesmo caminho.
Gostava de novelas e é cada coisa escrota que vejo, que to perdendo a vontade. A nova novela da Turquia da band. O cara estupra a mulher e um bando de mulher achando ele um príncipe... Minha própria tia acha, já que pouco antes dela ser estuprada pelo marido, ela quis transar e ele n, dias depois ele quis e ela n. Então q mal há se quis antes?! Puta merda...
Novela mexicana do sbt, uma mulher é estuprada duas vezes por homens diferentes, fica louca, tem uma filha. Anos depois a filha descobre a merda toda e o pai estuprador descobre sobre a filha. Ela repudia ele e recebe vários conselhos de como ela deve perdoar o coitadinho, pois q dó, ele tava bêbado... A novela tá no fim, tinha parado de ver, voltei e vejo que a mãe n está mais louca e vai se casar com o estuprador pois se amam muito... É pra vomitar!

titia disse...

14:54 para de cheirar fundilho de bode antes de comentar no blog. A gente já sabe que vocês mascus são idiotas, não precisa se empenhar tanto pra provar.

titia disse...

16:50 acho que ele confundiu com o manual da boneca inflável...

Anônimo disse...

(Viviane)
Titia, você é demais! O melhor argumento que já vi, ao menos neste blog, sobre essa "escolha". Engraçado que ninguém tenta limitar as escolhas masculinas, né não?

Anônimo disse...

14:54: Se ela está te acusando de roubo, então provavelmente você a enganou para conseguir esses R$ 5. Se foi o caso, então sim, é estupro.

Anônimo disse...

Hugo, As mulheres eram tratadas como objeto em tempos antigos tbm e eram bem piores que hoje.

titia disse...

Viviane eu também fico besta quando vejo feministas dizendo que a mulher deve abrir mão de sua sexualidade porque creem que sexo é nocivo pra mulher (e veja, só para a mulher, homem pode trepar à vontade que tá de boas). A mesma coisa que a gente ouve das religiões, dos mascus, dos machistas e das validadoras: que as mulheres não podem exercer sua sexualidade livremente porque ela é uma coisa ruim, prejudicial, que tira o "valor" da mulher. Olha, pra continuar acreditando nisso, não precisava ter todas as revoluções, as sufragetes, o massacre das empregadas em indústrias, o feminismo. Era só continuar no século XIX mesmo.

Anônimo disse...

"que sexo é nocivo pra mulher (e veja, só para a mulher, homem pode trepar à vontade que tá de boas"
Ninguém diz que mulher deve abrir mão de sua sexualidade, mas sim desconstruir a heteronormatividade imposta a milênios as mulheres e principalmente a falocentrismo.
Não tem como negar que em uma "relação sexual" entre mulheres e homens nós sempre levamos a pior, quem e penetradX? Que fica mais exposto a doenças como corrimentos, feridas no colo do útero, ou gravidez indesejada? Então e fato que sexo com homens heterossexuais e degradante ao corpo da mulher sim.

Anônimo disse...

Bom, vc pode fazer apenas sexo sem penetração e, se quiser engravidar, inseminação artificial. Mas não precisa que as demais mulheres pensem assim.

Anônimo disse...

(Viviane)
Bom, anon de 22h18, considerar penetração intrinsecamente degradante é a cara do patriarcado. O que torna sua opinião ainda mais decepcionante, por supostamente se tratar de uma "feminista".
Quanto às DSTs, usar camisinha é uma boa #ficaadica

Anônimo disse...

Por que tem que existir um grande reservatório de mulheres para servir sexualmente os homens né?

Anônimo disse...

Ceder à heterossexualidade compulsória e ser constantemente fodida por vários homens diferentes ou repetidamente pelo mesmo, agora é "exercer sua sexualidade livremente" e não fazer exatamente o que todo o patriarcado ensina, reforça e relega como "função natural" das mulheres, imagina!

titia disse...

Amiga radfem anti sexo hétero, por favor não esqueça que o feminismo defende, entre várias outras coisas, a liberdade da mulher fazer o que quiser em relação ao seu corpo. Você não quer transar com homens? Não transe, é seu total direito. Não precisa arranjar mil teorias ou um grupo apoiando a sua opinião: você não quer e pronto. Sua não-vontade de transar com homens é o suficiente. Você não precisa de mais do que isso nem precisa se justificar com teses de mestrado. Feminismo em parte é isso, você não querer é motivo suficiente. Acabou. Ponto. Cagar regra sobre o que as mulheres devem fazer com seus corpos é coisa de mascu e machista. São os extremos se tocando e no fim você e os mascus estão fazendo a mesma coisa: oprimindo sexualmente as mulheres.

titia disse...

Ah, eu esqueci de falar, colega, mas de todos esses riscos que você mencionou no seu comentário, sexo lésbico só não causa gravidez. Mulheres podem penetrar outras mulheres com os dedos ou com algum brinquedo sexual, e transmitem DSTs, corrimento, feridas no colo do útero (HPV), AIDS uma pra outra, tanto que se você procurar saber sobre sexo seguro pra lésbicas vai descobrir que elas são orientadas a usar camisinha cortada em retângulos ou filme plástico pra evitar contato direto de fluidos. Ou seja, de acordo com a sua postura TODO sexo, e não só o sexo hétero, é degradante para a mulher. Porque lésbicas podem penetrar uma à outra e transmitir doenças tanto quanto homens podem fazer isso com mulheres.

Anônimo disse...

É incrível como feministas "liberadas" negam insistentemente em reconhecer que o outro lado da mesma moeda imunda patriarcal da mãe/esposa submissa é a mulher prostituída, ops, desculpa, a mulher "sexualmente liberada" que fornece "livremente" seus serviços sexuais aos homens. Não é muito diferente um lado do outro, é tudo escravidão sexual das mulheres.

Mas parece que as feministas "liberadas" acham que o outro lado da moeda de subjugação patriarcal da mãe/esposa servil seria a mulher "não liberada", "que não dá", a "puritana" ou a lésbica, cuja sexualidade não existe à disposição do sexo masculino. Isso não faz o menor sentido e só demonstra quão profunda pode ser a subordinação sexual feminina aos machos.

Anônimo disse...

Feminismo não defende a liberdade da mulher fazer o que quiser com o próprio corpo, o feminismo não defende que as mulheres se mutilem, por exemplo, quem defende isso é o liberalismo. Que aliás, é sempre tão individualista e tão cego aos problemas sociais, às questões de grupo e opressões (que se baseiam em grupos, não em meros indivíduos opressores e oprimidos, de forma aparentemente desconexa das relações existentes entre grupos opressores e grupos oprimidos).

Anônimo disse...

''Sinto que o feminismo não avança porque na maior parte do tempo a gente tem que ficar consertando as merdas que o feminismo liberal faz

Vc quer libertar mulher, o liberal diz que ser mulher é só "um sentimento"

Vc quer que mulheres tenham autonomia sexual, o liberal diz que temos liberdade sexual, que é pra praticar amor livre e mandar nudes

Vc quer salvar as mulheres do tráfico de pessoas e exploração sexual, o liberal diz que prostituição é "escolha"

Vc quer educar sobre os males da indústria pornográfica, o liberal diz que "pornô feminista" é empoderamento

Vc quer um movimento autônomo sem a influência de macho e o liberal vem com "mimimi tem que desconstruir os homens"

Olha, liberal além de não ser feminismo, só atrapalha viu

Bora sair dessa fase?''

- Carol Wojtyla

Anônimo disse...

SEM FALAR QUE ATÉ PEDOFILIA O LIBERAL RELATIVIZA DIZENDO QUE ADOLESCENTES TEM "ESCOLHAS".

Anônimo disse...

Qual é a diferença entre o movimento de mulheres que tínhamos e o que temos agora, se é que ele pode ser chamado de um movimento? Acho que a diferença é o liberalismo. Onde o feminismo era coletivo, o liberalismo é individualista. Temos sido reduzidas a isso. Onde o feminismo é socialmente baseado e crítico, o liberalismo é naturalista, atribuindo o produto da opressão das mulheres à sexualidade natural das mulheres, tornando-o "nosso". Onde o feminismo critica as formas em que as mulheres têm sido socialmente determinadas em uma tentativa de mudar essa determinação, o liberalismo é voluntarista, ou seja, ele age como se tivéssemos escolhas que nós não temos. Onde o feminismo é baseado na realidade material, o liberalismo é baseado em algum reino ideal na cabeça. E onde o feminismo é implacavelmente político, sobre poder e falta de poder, o melhor que pode ser reunido por este movimento novo é uma forma diluída de moralismo: isso é bom, isso é ruim, nenhuma análise de poder ou de falta de poder.

- Catharine Mackinnon, Liberalismo e a Morte do Feminismo

Anônimo disse...

Um indivíduo pode compreender todo o horror da situação, do micro ao macro, tanto seu conluio em sua própria opressão e a brutalidade enorme e institucional de sistemas como o patriarcado, o industrialismo, o capitalismo. Mas o problema com a política é que, ela é um projeto de grupo. Uma mulher ou um pequeno grupo de mulheres não vai transformar a cultura do estupro. E embora conscientização e educação política são componentes fundamentais de qualquer movimento revolucionário, se o nosso objetivo é simplesmente "educação", então ainda somos firmemente liberais, e não radicais.

Eu acho que é crucial entender o que diferencia o liberalismo do radicalismo. Acho que podemos evitar uma série de discussões inúteis e traumas de grupo através da compreensão das correntes filosóficas subjacentes em várias abordagens para a mudança social. Uma diferença principal é idealismo versus materialismo. O liberalismo é idealista; o cadinho da realidade social é colocado no campo das ideias, em conceitos, linguagem, atitudes. E o liberalismo é individualista. A unidade social básica é o indivíduo.

Em contraste, o radicalismo é materialista. Radicais veem a sociedade como composta de instituições reais - econômicas, políticas, culturais - que exercem o poder, inclusive o poder de usar a violência. A unidade social básica é uma classe ou grupo, quer seja classe racial, casta sexual, classe econômica, ou outro agrupamento. Radicalismo entende opressão como dano baseado em grupo.

(Lierre Keith)

Anônimo disse...

São dois problemas:

1. As mulheres se recusam a desconstruir a ideia de que somos inimigas, que temos que competir entre nós o tempo todo.
2. As mulheres se recusam a parar de defender macho, de assumir o papel de mãe acolhedora de tudo e todos.

Enquanto isso existir, não haverá avanço, pq não dá pra fazer movimento sem unidade.

- Marysila Oliveira

Anônimo disse...

O problema não é a falta de conhecimento, mas a de vergonha. Essa mentalidade é semelhante a dos "dimenor", "não sabem o que fazem".

Maldade nunca ou quase nunca é falta de conhecimento, é fruto de vontade.

Os homens sabem o que estão fazendo. Sabem quando há estupro. Não é falta de "ensinar" o problema, é falta de punir.

As idéias de que as mulheres devem ensinar os homens a não estuprar são ingenuidade pura, assim como a de que a sociedade apóia tal comportamento.

BLH

Natasha disse...

O feminismo liberal é mole e cego, não querem reconhecer o machismo. Essa historia de que nós temos que ensinar qualquer merda aos homens é sintoma de machismo. Eles fazem de tudo com as mulheres e ainda assim é nosso dever cuidar dos infelizes.
Como é possível um cara n saber o que é estupro, isso não existe. Eles estão pouco se fudendo para nós, simplesmente isso.
Ou quando um estuprador para na cadeia e é estuprado por vários, ele não percebe nada? Vai ter certeza que aconteceu porque ele quis, porque ele tava fazendo cu doce ? Fala serio!!

Por isso vejo feministas liberais negando o machismo, minimizando a coisa toda. Daí tem feministas negando até padrões de beleza por ex. Todas garantem que passam grande parte da vida preocupadas em parecerem bonitas porque querem...

Mulher pode ter prazer sim com homem, a questão é, ela realmente transou porque quis?
Vão ignorar a criação e nojeira que a gente ouve desde sempre? Que quando a gente casa ou namora é nosso dever transar com o pobre omi, mimimi suas necessidades e as ameaças de que se você não transar, ele vai achar outra que queira? Se não fizer certas coisas no sexo, ele vai procurar outra? Já vi feminista negando isso tb, mulher nenhuma faz certas coisas no sexo só para agradar o pobre omi necessitado, só rindo mesmo.
Então dentro de um relacionamento, a mulher ter aceitado transar n prova merda nenhuma, n prova que ela realmente tinha vontade. E não to dizendo que nenhuma goste de transar ou que tenha feito porque quis, o problema é negar que muitas fazem por pura pressão e medo de perder um homem tão maravilhoso que caga e anda para mulher.

E ainda falando sobre como é nosso dever cuidar dos omi, tem um canal do youtube de um cara que é supostamente coach em relacionamento, só vi um video e já deu para perceber a merda, só vomitou machismo.
Ele reconhece que homens tem problemas em ver mulheres como algo mais além de sexo, de ter sentimentos. E ele dá a solução, adivinha de quem é a responsabilidade de mudar os coitadinhos?? É nossa! Vai se fuder!
Quer dizer, se um cara só usa a mulher pra sexo e descarta em seguida, é porque ela n soube seduzir o infeliz, a ponto de ele ter algum sentimento. Então é nosso dever mudar isso, claro. Nós temos que ensinar os omis a terem o mínimo de sensibilidade!

Anônimo disse...

Essa turminha de rads "anti sexo hetero opressor patriarcal" tão parecendo evangélicos fanáticos pregando castidade e colocando sexo como algo sujo, degradante, imoral e que deve ser evitado a todo custo. Migx, tratamento psicológico pra tratar suas frustrações já!

titia disse...

Radfem, mulher livre não é sinônimo de mulher prostituída. Você fala como se mulheres não tivessem qualquer interesse por sexo que não venha da socialização, não tivessem libido, desejos próprios, como se mulher não fosse um ser sexual (há exceções, claro, assexuais) e essa "perversa" vontade de transar fosse apenas uma indução ou condicionamento social. De novo, isso chega muito perto do que o machismo fala sobre a sexualidade feminina. E porra, mulher, comparar algo que dá prazer com sintoma de graves problemas psicológicos é um argumento digno de mascu!

Anônimo disse...

Feminismo não é defesa do "livre" exercício de hábitos, costumes e práticas danosas e prejudiciais às mulheres. Feminismo é a luta pela libertação das mulheres de toda forma de dominação masculina.

Anônimo disse...

Nossa, tem gente que realmente não entende o significado do uso de aspas. Ou é pura desonestidade mesmo? A necessidade de inverter totalmente o sentido do discurso contra o qual tenta argumentar e as projeções da própria estupidez na outra interlocutora indica que é o segundo caso. Assim não dá nem pra começar...

Anônimo disse...

Toda feminista que se preze deve zombar/criticar todos os tipos de "escolhas" (entre aspas pq escolha sob o patriarcado é um assunto complicado), práticas, ideias, etc. que dão poder aos homens sobre nós e nos machucam no final. Trata-se de uma parte fundamental de tornar-se consciente da opressão a que as mulheres estão sujeitas em um mundo dominado pelos homens.

Anônimo disse...

Anônimo Marcos Vieira Santos disse...

sair com prostituta agora é estupro?


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agora não, sempre foi estupro pago.

Anônimo disse...

Alguém tira essa radcrente daqui logo?
Ela teve o dom de me irritar mais do que os mascus, e olha que eu sou lésbica. (e eu adoro penetração, não me machuco, não tenho doenças e não vou parar de fazer, você não manda no meu prazer)

Dá a impressão que a mente delas parou nos primórdios do feminismo e não evoluiu desde então.


"A mulher é condicionada a gostar de homem e blablabla ter que seguir as regras blablabla tem que fazer isso"
Então por que eu gosto de mulher?!

É tão difícil assim entender que tem mulher que está sim num relacionamento hétero abusivo e precisa de ajuda, mas que NÃO SÃO TODAS. Que vocês estão GENERALIZANDO. Isso é falta de acreditar nas pessoas. Suas mentes se acostumaram a ler tantas desgraças na internet que acabaram tão podres a ponto de não conseguir mais acreditar no amor, projetando apenas maldade e abuso nos outros.

Quanto ao fato de ser uma escolha...Socorro, esse povo não entende nada de psicologia e mente humana, eles se fecham nas explicações filosóficas e sociais e acham que tudo está resumido nisso.

Eu não escolhi ser lésbica, dá licença?
Ninguém escolhe ser homo, ninguém escolhe ser agredida, espancada, zoada, não ter direitos reconhecidos.
Então cala a boca e pare de tentar converter pessoas héteros ou impedir suas sexualidades de serem exercidas livremente.

Isso me parece mais coisa de uma lésbica que sofreu homofobia e agora tá frustrada, querendo fazer preconceito reverso com outros (juro que achei que heterofobia não existia até hoje)

Já tiveram inúmeros movimentos que tentaram proibir sexo, especialmente religiosos, e todos eles resultaram em...adivinha...merda. Muita merda para o mundo.
Incrível como elas não reconhecem que estão fazendo a mesma opressão que homens fazem.


Ps: Titia, te adoro e você me representa.
Ps2: Reclamam que o feminismo liberal atrapalha e não se tocam que vocês radcrentes atrapalham ainda mais.

Anônimo disse...

(Viviane)
Diante de tantos comentários assustadores de supostas radfems, um me chamou a atenção, não pelo conteúdo, mas pela assinatura: "Carol Wojtila". É isso mesmo? Cara, a não ser que seja de fato uma descendente de poloneses com esse sobrenome (ainda vou me arrepender desse otimismo incorrigível), usar o nome de um dos maiores responsáveis pelo backlash atual é incoerente para uma feminista, não?

Anônimo disse...

Devemos para de apoiar "putarias" e começar a agir no que realmente interessa: incentivar jovens meninas a seguir suas ambições e carreiras, que inclusive pode ser uma melhoria para o país.

Anônimo disse...

"Essa turminha de rads "anti sexo hetero opressor patriarcal" tão parecendo evangélicos fanáticos pregando castidade e colocando sexo como algo sujo, degradante, imoral e que deve ser evitado a todo custo. Migx, tratamento psicológico pra tratar suas frustrações já! "
Não. Só estou cansada de ver pornografia,putaria e prostituição como algo a ser seguido, enquanto que mulheres que estudam e podem fazer diferença no meio político e econômico do país são ridicularizadas. A seriedade e objetividade virou motivo de vergonha. Sabe como as mulheres islandesas fizeram de seu país o melhor para mulheres? Estudando,trabalhando, se esforçando e agindo de modos políticos para alcançarem seus objetivos, e não mostrando a bunda ou virando prostitutas de macho.

Anônimo disse...

Não,"rads" não atrapalham, querem apenas um feminismo mais realista. E com isso é necessário deixar algumas baboseiras de lado:
1- mulher trans não é e nunca vai ser mulher,e sua concepção vai totalmente nossas metas
2- Agir como puta não vai trazer vantagem nenhuma. Puta não é orgulho, é apenas um tipo de escrava sexual.

Anônimo disse...

Não, não é o sinomino, mas infelizmente estão todas agindo como vagabundas quando deveriam ficar o mais longe possível de práticas que violentam mulheres. Um mascu falaria para uma mulher parar de ser usada sexualmenre pelos homens? acho que não, querem exatamente que elas aceitem passivamente sexo anal violento.

Anônimo disse...

Refletir sobre sexo não é o mesmo que ser religiosa, visto que a última coisa que as religiosas possuem são liberdade sexual. Se os maridos das evangélicas quissesem estuprar suas mulheres, elas teriam que aceitar passivamente porque na biblia mulher não possui escolha. Simples.

Anônimo disse...

Aprendam de uma vez: quanto mais distante dos homens, melhor.

titia disse...

Rad eu entendo o que você quer e concordo que mais mulheres deveriam ter acesso à educação e à política, mas essa carência não é necessariamente porque as mulheres não querem esse acesso; o interesse da população brasileira em geral, não só a feminina, por política é baixíssima. Brasileiro não bate no peito dizendo orgulhoso que odeia política? Não é só uma questão de machismo, o analfabetismo político é geral. Quanto à educação também escapa apenas da alçada do querer. De que adianta querer o acesso à educação se não tem escolas de qualidade, universidade pública com creche e residência estudantil, programas de acompanhamento e de bolsas? Ou mesmo transporte adequado? Ah, participação política resolveria isso, ok, mas CADÊ O INTERESSE NÃO SÓ FEMININO MAS DA POPULAÇÃO BRASILEIRA EM GERAL SOBRE POLÍTICA? Tá certo que é absurdo uma mulher fruta ganhar mais que uma engenheira, mas não adianta só bater o pé dizendo "Eu quero que as mulheres parem de mostrar a bunda e estudem!". Essas mulheres tem que sobreviver. Pagar contas, aluguel, comprar remédios pros pais, alimentar os filhos, pagar escola pra eles e, se mostrar a bunda dá condições de terem tudo isso enquanto com um diploma elas mal conseguem comer, qual a escolha que você acha que ela vai fazer? Ou você acha legal que uma mulher deixe o filho passar fome por ideologia?

É claro que isso não é legal. Mas reclamar dizendo que mulheres que transam ou mostram a bunda são todas umas putas (cof cof, machismo enrustido, cof cof) que desgraçam as vidas das mulheres sérias e as inimigas públicas número um do feminismo? Amiga, percebeu que você tá fazendo o jogo do machismo? O mesmo machismo que prega que as mulheres são inimigas umas das outras, que mulheres são todas as causas das desgraças da vida uma da outra, que se odeiam, que se você tá mal a culpa é de outra e portanto é ela lá e você aqui, etc. E você está aqui culpando "as outras" pelos problemas das mulheres, declarando essas "outras" inimigas públicas do feminismo, culpadas pelo seu atraso de vida, o motivo pelo qual as coisas estão mal pra você? Percebeu, Rad, que querendo combater o machismo você está agindo como uma validadora iludida qualquer?

Quanto à sua insistência em condenar a sexualidade feminina, não sei se você não gosta de sexo e por insegurança procura validar essa característica com teses e tentando convencer outras mulheres a abrirem mão de exercer sua sexualidade, ou se é apenas machismo arraigado que você tenta maquiar e disfarçar como preocupação com as "pobres bobinhas héteros que só transam com homens porque são condicionadas já que obviamente mulher não é um ser sexual", porque tanta preocupação com o que a vizinha faz consensualmente da própria xota não é coisa de gente bem resolvida. Mas de qualquer forma mulheres tem o direito de exercer sua sexualidade e ponto. Não adianta espernear e fazer birra porque você não tem direito de interferir na sexualidade das outras. Acha que todo relacionamento hétero é estupro? Não transe com um homem. Mas do mesmo jeito que eu não posso chegar em você e te obrigar a trepar, você não pode chegar nas mulheres hétero que curtem transar e obrigá-las a parar de trepar. Mais claro que isso só se desenhar.

Aliás, isso é outra característica do machismo: tanta coisa errada no mundo, tanto problema pra resolver, e ao invés de procurar conscientizar as pessoas sobre política e educação vou fiscalizar a buceta alheia...

titia disse...

19:27 você me representa, gata. Adorei o seu comentário, mais claro que isso só se desenhar. E eu realmente não entendo essa implicância da radfem com sexo hétero - na verdade, do jeito que essa senhora implica com qualquer tipo de sexo - nem porque ela está aqui tentando convencer todo mundo a não trepar enquanto poderia estar fazendo alguma coisa pra conscientizar as pessoas sobre a importância da participação política e da educação, que ela diz serem sua maior área de interesse. Também acho ridículo ficar batendo nas mulheres que se submetem a esse mercado por necessidade (uma vez que casa, comida, roupa, água limpa e remédio não são de graça) e não mencionar nem uma vezinha só os maiores responsáveis por prostituição e pornografia existirem: homens. Os homens que aliciam e vendem, mas principalmente os que compram, os que consomem esse mercado e são os maiores responsáveis por ele se manter. É como querer tratar pneumonia com xarope pra tosse.

Anônimo disse...

Muitas mulheres continuarão durante algum tempo a pensar que se interessam pelos homens, mas à medida que forem se acostumando à sociedade feminina e se concentrando em seus próprios projetos, elas acabarão por perceber a total inutilidade e banalidade do macho.

Jonathan Nunes Souza disse...

Ótimo post. ^.^

Anônimo disse...

Quanto egocentrismo, desonestidade e desespero desse povinho que não aguenta críticas e desafios ao status quo. Deve ser mal de liberal, sempre tentam reduzir a realidade social à "realidade" do seu próprio umbigo sujo.

Deprimente! Eu achava que presunção, desonestidade e estupidez tinham limites, mas sempre tem alguém querendo se superar um pouco mais. Vivendo e aprendendo...

Anônimo disse...

Sexo não é parte de um relacionamento, pelo contrário, é uma experiência solitária, não criativa, uma total perda de tempo. A fêmea, com grande facilidade – mais facilmente do que ela mesma acredita – pode afastar seu impulso sexual, ficar completamente fria e cerebral e livre para buscar relações e atividades verdadeiramente valiosas; mas o macho, que parece gostar sexualmente das mulheres e que busca constantemente excitá-las, estimula a fêmea muito sexual a frenesis de luxúria, arremessando-a em um abismo sexual do qual poucas mulheres conseguem escapar. O macho lúbrico excita a fêmea luxuriosa; ele precisa fazê-lo: quando a fêmea transcende seu corpo, se eleva acima da bestialidade, o macho, cujo ego consiste de seu pênis, desaparecerá.

Sexo é o refúgio dos idiotas. Quanto mais estúpida é uma mulher, quanto mais profundamente encaixada na “cultura” masculina, para resumir, quanto mais amável, mais sexual. As mulheres mais amáveis em nossa “sociedade” são maníacas sexuais alucinadas. Mas por serem tremendamente amáveis não se rebaixam, naturalmente, a foder – isso é grosseiro –, em vez disso fazem amor, comungam por meio de seus corpos e estabelecem relações sensuais; as letradas se harmonizam com as pulsações de Eros e conseguem agarrar-se ao Universo; as religiosas têm uma comunhão espiritual com o Sensualismo Divino; as místicas se fundem com o Princípio Erótico e se misturam com o Cosmos, e as usuárias de ácido entram em contato com suas células eróticas.

Por outro lado, aquelas fêmeas menos integradas na “Cultura” do macho, as menos amáveis, aquelas almas simples e grosseiras para quem foder não é mais que foder, que são muito infantis para o mundo adulto das zonas residenciais, das hipotecas, dos esfregões e do cocô de bebê, muito egoístas para criar filhos e maridos, muito incivilizadas para se importarem com a opinião que os outros tenham delas, muito arrogantes para respeitar o Papai, os “Grandes” ou a profunda sabedoria dos Antigos; que só confiam nos próprios instintos animais de suas entranhas, que equiparam Cultura a garotas, cuja única diversão é perambular em busca de emoções e entusiasmo, que são inclinadas a provocar “cenas” desagradáveis, indecentes, perturbadoras; cadelas violentas, odiosas, dispostas a bater na cara de quem as irritam demais, que afundariam uma faca no peito de um homem ou enterrariam um pica gelo no seu cu assim que o vissem, se soubessem que poderiam fazê-lo sem serem punidas; em suma, aquelas que, segundo os padrões de nossa “cultura”, são a escória… estas fêmeas são desembaraçadas e relativamente cerebrais e beiram a assexualidade.

Livres do decoro, da amabilidade, da discrição, da opinião pública, da “moral”, do “respeito” dos idiotas, as sempre autênticas, sujas, despudoradas estão por todas as partes… todas as partes… já viram de tudo – todo o espetáculo: a cena da foda, a cena da chupada, a cena da sapatão – cobriram todo porto, estiveram debaixo de cada píer e quebra-mar – o quebra-mar do pau, o quebra-mar da xana… é preciso ter se enfastiado de sexo para chegar a ser anti-sexo, e as que são a Escória viveram todo tipo de experiências, e agora estão preparadas para um espetáculo novo; querem sair rastejando debaixo do píer, mover-se, decolar, emergir. Mas a Escória ainda não prevalece; a Escória continua ainda nas valetas de nossa “sociedade”, que, se não for desviada de seu percurso atual e se a Bomba não cair sobre ela, se precipitará para a morte. (V.S)

Luana disse...

Não, quem valida esse comportamento é o machismo.

Se você criar desde pequena uma pessoa e ensiná-la que deve agir de tal forma e ainda ter uma sociedade praticamente inteira que reforce e incentive esses comportamentos, é óbvio que essa pessoa vai agir desta maneira e acreditar que seus comportamentos e conceitos estão corretos, porque passaram a vida inteira escutando e presenciando situações que perpetuam esses preceitos.

O machismo está tão presente e enraizado na nossa cultura, que em muita das vezes passa despercebido e acabamos aceitando certas situações e comportamentos sem questioná-los, pois já estamos habituados e familiarizados, então agimos de forma passiva, como se fosse natural.

Joana disse...

Não é natural querer se maltratar, mas é compreensível que vc acredite que merece merda porque foi isso que te disseram durante toda sua vida.

Já imaginou como seria um mundo onde mulheres não precisassem fingir ser quem não são? Um mundo onde mulher não é execrada por não agir exatamente de acordo com o que os homens desejam ou esperam dela?

Colocaram na minha cabeça e na de todas as outras mulheres que precisamos pôr as necessidades dos machos em primeiro lugar. O patriarcado fez isso, nos colocou em algemas invisíveis. E como nos livrar de algo que nem vemos?

O machismo determinou que sexo não é para mim, é para os machos. Não sou eu que quero. Eu tenho que passar pelo crivo masculino, tenho que ser boa, tenho que ser gostosa para ganhar aprovação. Os homens não são inocentes ao comprarem pessoas. Não é por que alguém se deita no chão voluntariamente que eu tenho que pisar em cima ou mesmo ser justificado por isso. Se mais mulheres fossem promovidas pela inteligência ao invés de serem vistas como burras, menos mulheres se sujeitariam a fazerem troca sexual.

Anônimo disse...

Pouco importa se estupro é ou não da natureza humana. O assassinato também. A violência também é. Mas eu não vejo ninguém justificar isso ou colocar a culpa na vítima.

Nada justifica estupro, agressão física, agressão verbal, assédio, mulheres recebendo menos que homens, a desvalorização do feminino (ser mulher é ser frágil, débil e infantil).

É egocentrismo puro.

MACHISMO EXISTE PORQUE HOMEM ACHA QUE É SUPERIOR E QUE MULHER É FEITA PARA SERVI-LO E AINDA POR CIMA, TEM A PETULÂNCIA DE QUERER TIRAR O RABO DA RETA E SE EXIMIR DA RESPONSABILIDADE.

Anônimo disse...

Vou começar colocando minhas cartas na mesa aqui. Eu não acredito em nada ‘natural’ quando isso vem em uma organização social de supremacia masculina. Tudo no mundo é dado significância social e politicamente para beneficiar os homens como uma classe, à custa das mulheres como uma classe. Sim, especialmente, o amado pênis. O pênis é o centro da supremacia masculina. Simbolicamente e realmente. O pênis tem sido usado pelos homens como uma arma violenta contra as mulheres por séculos. Por séculos, mulheres aprenderam que, se elas sentem asco, ou medo, do pênis, então há algo errado com elas. Elas necessitam de terapia ou intervenção médica ou seus sentimentos serão ignorados em favor das ‘necessidades inatas’ dos homens (sic). Lésbicas têm recebido tratamentos de choque, por dias, por rejeitarem os homens e seus pênis. Essa é uma mentira estabelecia pelo patriarcado que as mulheres estão em falta se elas rejeitam o pênis. Elas são ‘não-naturais’, egoístas, doentes ou loucas. Interessante que alguém que se apresentam como ‘‘feminista’’ reforce isso.

Anônimo disse...


Com certeza, muitas mulheres conhecem o pênis em um contexto não consensual. Nós somos estupradas e abusadas sexualmente diversas vezes, e sabemos, portanto, que o pênis se iguala a uma arma violenta através de experiências pessoais. Mas, ei, nós somos apenas ‘‘fanáticas’’.

Anônimo disse...

Eu odeio quando venho com uma opinião discrepante aqui no blog (ou outra pessoa) e o único argumento contra é "aiiin, com certeza é mascu se passando de mulher". Mas essas "radfems" desse post tão cheirando a mascu alfabetizado tentando provar que o "verdadeiro feminismo" na verdade corrobora com o discurso conservador. Por partes o discurso geral desses comentários "radfem":
1. "Penetração e sexo hétero é inerentemente degradante pra mulher". Quem costuma dizer isso? Ah, sim, os machistas que acham que buceta gasta com uso mas adoram ver duas mulheres se pegando.
2."Mulher devia ganhar dinheiro com inteligência, não mostrando a bunda". Ouço esse discurso de quem mesmo? Ah sim, dos bolsominions que juram que não existe discriminação de gênero no meio acadêmico e no mercado de trabalho, que tudo é "meritocracia", mas são os primeiros a falar que mulher bem sucedida "deu pro chefe", recebe ajuda de colegas "mangina" por conta do "poder da buceta".
3."Não é sendo puta que o feminismo vai pra frente". Quem mesmo me diz que mulher que transou com mais de dois caras na vida ou usa roupa curta é puta? Ah, sim, os machistas.
4. "Feminista liberal passa a mão na cabeça de homem, eles sabem mto bem o que fazem". Esse espantalho de que feminista quer "dar aulinha de história pra estuprador" é usado por quem? Ah, sim, pelos conservadores que acham que Bolsonaro sim é mito e feminista, com o projeto de castração química.
5."A culpa do feminismo não produzir nada é das próprias mulheres". Preciso dizer quem que gosta de colocar mulheres umas contra as outras e fazer mansplaining?

Enfim, pode colocar o textão que quiser, com o sobrenome europeu que achar melhor e as "teorias" que convirem. Em essência, o discurso é extremamente machista. Não, não acho que tudo é "escolha individual". Mas empurrar cartilha do que "mulher nenhuma pode fazer ou é puta", é estratégia gritantemente machista. Obrigada Titia e algumas outras anônimas pelas respostas.

Anônimo disse...

Quanto mais as mulheres se afastarem fos homens melhor. Li um estudo que diz sobre a diminuição do sexo na nova geração. Fico um pouco esperançosa de que aos poucos as mulheres vão largar seus relacionamentos conflituosos e usarem suas energias em coisas mais úteis.

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkk que babaca

Anônimo disse...

Tenho nojo de homem, mas não vejo sexo como algo sujo, principalmente se for um relacionamento entre mulheres. E agora, o machismo vai me esfolar por não gostar de homem e gostar de sexo sem a presença masculina?

Anônimo disse...

Liberais sempre reduzem o significado social do sexo a uma questão puramente privada e individual que só diz respeito a dois ou mais indivíduos envolvidos em atos sexuais na privacidade de seus quartos. Eles reduzem o feminismo a isso porque eles possuem uma política que é uma forma profundamente conservadora de individualismo. Como se, debaixo do patriarcado, nós pudéssemos apenas esquecer as estruturas de poder vigentes e focar apenas nos atos sexuais isolados, independentemente do que tem sido feito com eles ou por eles.

Anônimo disse...

1- homens possuem péssimos hábitos higiênicos,não conseguem satisfazer a mulher,são medalhistas de traições e utilizam o próprio sexo como revenge porn. A pergunta é: porque se relacionar com alguém que te faz tanto mal? Não seria mais vantajoso ficar distante do problema? sinceramente, para mim a sexualidade feminina é a melhor que existe,por não prejudicar ninguém, mas a masculina acaba estragando tudo. O que era para ser exemplo vira boneca sexual.
2-bolsominions nem querem que mulheres estudem ou trabalhem. A opinião deles valem zero para mim. É fato de que os estudos podem melhorar a vida econômica e social dos indivíduos, e mesmo ainda existindo barreiras,as mulheres só estão em uma boa posição hoje em dia porque conseguiram alcançar a sociedade intelectual. É errado desejar que as mulheres tenham como o objetivo estudo, logo algo que foi tão negado a nós? (vide a malala).
3-A questão é que não há nenhuma vantagem sequer em idolatrar bsdm, sexo violento no meio feminista. Transar de cabeça para baixo é algo que desde as prostitutas da Grécia antiga faziam. Machistas podem xingar essas mulheres, mas adoram uma escravinha sexual. A opinião hipócrita deles não deve se igualar a nossa reflexão.
4- Se o bolsonoro realmente defendese as mulheres ele pediria castração física e não química. Mas a questão é que muitas feministas já estão cansadas de ficar dando aulinha para homem. Tem muitos estudos que mostram que se não houvesse punição, homens estuprariam geral. É preciso uma maior punição e que as mulheres (e só as mulheres) possam ter armas para poderem se defender. Vamos deixar de coitadismo com estupradores.
5- Só estamos discutindo agora porque o feminismo nos permitiu que fôssemos alfabetizadas. Todas as mulheres dependem dele, independentemente de serem ou não. Crítico uma parte machista, que muitas fingem não ver,como a pressão de práticas sexuais, violencoa nos relacionamentos, misoginia até intrínseca nos homens. O feminismo sempre foi um movimento sério,e não podemos deixar que o machismo de "não podemos conviver sem homem, mesmo com eles conseguindo nos fazer tendo orgasmo" acabe com isso.

Anônimo disse...

"Quanto mais as mulheres se afastarem dos homens melhor. Li um estudo que diz sobre a diminuição do sexo na nova geração. Fico um pouco esperançosa de que aos poucos as mulheres vão largar seus relacionamentos conflituosos e usarem suas energias em coisas mais úteis."

Amei muito esse seu comentário. Concordo plenamente com cada uma dessas palavras. Corroboro totalmente isso que você disse. Obrigada!

Anônimo disse...

Só um lembrete: a liberdade de dizer NÃO ao sexo e ser completamente respeitada É liberdade sexual. Diria mais, é uma liberdade essencial a qualquer pessoa, mas que as mulheres não possuem nesse mundo e todas deveriam lutar por esse direito básico.

titia disse...

Já perdi a conta de quantas vezes eu disse a essa radfem que é ok ela não querer transar e se relacionar, mas que ela não pode agir como os machistas e tentar impor sua opinião às outras mulheres. 15:25 eu também não quero sair dizendo que todo mundo com discurso absurdo é mascu, mas que essa radfem é uma alma gêmea de um mascu com certeza. Os dois tem o mesmo tipo de postura e pensamento, então se descobrirem que é um mascu se passando por radfem não vou ficar surpresa. Mas também não vou ficar surpresa se for mesmo uma radfem, afinal desconstruir o próprio machismo todo dia dói e dá trabalho. Mais fácil fingir que o machismo internalizado é apenas preocupação com as pobres mulheres que se ocupam transando e não estudam, não fazem política nem carreira (me pergunto se essa peça realmente conhece a Lola).

14:52 você não é anormal por ser lésbica, assexual, por não gostar de sexo, nada disso. Apenas não é certo você impor características suas como padrão de perfeição e obrigar todos a segui-lo. Vou te dizer o que seus pais não te ensinaram, o mundo não gira em torno do seu umbiguinho.

15:53 o machismo vai te esfolar, se você não permitir que sua orientação sexual seja usada como fetiche dos homens machistas. E vai te aplaudir se você usar sua homossexualidade pra macho gozar. O feminismo simplesmente quer que você seja feliz com sua parceira e tenha os mesmos direitos e liberdade das mulheres hétero.

16:20 sexo enquanto consensual de ambas as partes sempre foi assunto íntimo e privado. Quem quiser torna-lo público que o faça à vontade com a permissão do parceiro. O que NÃO é consensual é assunto público, pois falta de consentimento implica estupro.

Masturbação é experiência solitária. Sexo exige duas ou mais pessoas, portanto solidão zero.


E chega de jogar xadrez com pombo. Se a rad-mascu quer causar eu é que não vou dar ibope pra ela. A colega que leia o blog.

Anônimo disse...

Desde quando trepada é remédio pra solidão? Tá só se enganando tomando um placebo e se afundando cada vez mais nessa areia movediça deprimente, amiga. Melhoras.

Anônimo disse...

a desgraça é que a maioria entra no feminismo pelo liberal.

o libfem "é acessível", aceitável por não ir contra o desejo dos machos.

lola aronovich disse...

Ai ai, que saco... Voltaram as radfems (ou os mascus se passando por radfems) para falar um monte de besteiras. Radfems me consideram libfem. Pelas ameaças e criação de fakes que recebo por parte de homens, dá pra ver como eles me acham "acessível".
Ainda bem que essa gente comenta como anônima, senão passaria muita vergonha.

Anônimo disse...

Você tá vestindo a carapuça pq quer, Lolinha. Ninguém tava falando de você aqui, tirando o mascu otário do primeiro comentário, mas ela já foi colocado no devido lugar.

Anônimo disse...

Não é bem assim não viu. Eu sou homem e jamais faria isso.

titia disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

Mas, Lola, quem te disse isso? Você não é Liberal, você é de Esquerda. Só que o Feminismo, o não-modificado em favor dos homens, o de raiz, não pertence ao espectro político masculino (definido e dominado por machos).

Anônimo disse...

Lola você é a favor do livre mercado da prostituição ou é aa favor do modelo sueco?

titia (a verdadeira) disse...

Ah, seu mascu safado das 21:12 que história é essa de pegar meu comentário de outro post e colocar aqui de novo como se fosse eu que comentei, seu covarde? Ahahahai, olha aí prova de que essa radfem na verdade é um mascu babaca querendo causar! Olha, mascu, não importa o que digam as radfems NUNCA se passam por outra comentarista. Mesmo anônimas, elas sempre usam as próprias palavras, não tentam falsificar os comentários das outras.as radfems não importa o que digam elas tem a DIGNIDADE e o CARÁTER de assumir os próprios comentários mesmo se as outras comentaristas discordam delas. E falsificar minha assinatura pra dar a impressão de que estou concordando com sua postura, mascu! Uma radfem JAMAIS faria isso.

Mascu, todo mundo aqui já sabe que na minha opinião as pessoas não devem confiar 100% em ninguém. NINGUÉM. E que, na minha humilde opinião, os homens são em quem as mulheres menos devem confiar porque vocês mesmos já saem por aí mostrando que não são dignos de confiança feminina. É só ler os guest posts pra provar. Mas imagino que um mascu não tem mesmo como saber já que nunca se relaciona nem com a própria família, não confiar 100% não é sinônimo de odiar e evitar a todo custo. Não confiar 100% é se relacionar com prudência, garantindo que se algo sair errado o dano será muito menor do que se a confiança fosse 100%. Tipo assim, um caso no blog da Iara de Dupont em que um casal trabalhou duro por anos e economizou dinheiro numa conta conjunta pra comprar uma casa, e o cara rapelou a conta do casal pra pagar um festão de casamento com outra e nunca devolveu o dinheiro da ex. Duas continhas separadas teriam evitado isso, né? Não significava que a mulher o amava menos, apenas que ela não teria terminado o relacionamento corna e falida.

Outro caso relatado no SMM: o cara de família rica convenceu a moça pobre que ia ainda começar a faculdade pra ter uma vida melhor a não abortar. Disse que ia dar tudo, casa, educação pra criança, que ia cuidar do filhos. Ela concordou em não abortar. Na gravidez, o homem era só carinho, beijo na barriga, etc. Comprou apê, mobiliou, casou, fez chá de bebê. Nasceu o menino? Em seis meses ele saiu correndo dizendo que não tinha paciência pra ser pai. Vendeu o apartamento com as coisas da mulher e do filho dentro e depois disse que o menino não era dele. Puxa, quanta hombridade, hein? Justificou totalmente a confiança total da moça, né?

Tem também o cara que durante os anos de bonança era um pai maravilhoso. Quando a filha de dois anos teve leucemia, pegou o carro e sumiu no mundo. Largou a mulher sozinha pra cuidar da criança doente sem sequer pagar uma pensãozinha. A mulher perdeu a casa, que era perto do hospital, do trabalho e da escola porque só o salário dela não era suficiente pra cobrir as parcelas. Perdeu o carro também. Se mudou pra casa da mãe, velha, cheia de infiltrações e danos estruturais. Todo dia saía às quatro da manhã com a menina no colo debaixo de chuva e sol pra pegar o ônibus. Não disse a ninguém na empresa pra não perder o emprego. Confiável, não?

Se essas mulheres não tivessem tido essa confiança total nos seus homens, estariam bem melhores e mais tranquilas agora. A raiva nesse comentário, mascu, é completamente contra vocês. Porque vocês veem isso acontecer e não ligam. Porque as mulheres choram e sangram devido à essa confiança equivocada mas vocês não ligam. Porque os filhos dessas mulheres, crianças inocentes, sofrem também e vocês não ligam. Querem vítimas. Querem o prazer de manipular mesmo que o preço a pagar depois seja todo pra essas mulheres e seus filhos. Então não, nada de confiar 100% em ninguém. Eu não confia 100% nos meus pais e mesmo assim os amo. Mas pedir que um mascu entenda de amor e relacionamentos saudáveis é como pedir pra que uma árvore recite Shakespeare. Mascus não veem relacionamento como algo entre duas pessoas; acham que é sempre uma pessoa e um objeto. Vocês me dão muita pena. As vidas de vocês não tem nda de bom, não valem à pena.

titia disse...

Ah, mascu, não esqueça as atitudes que vocês cobram das mulheres que vocês mesmos não tem. Hipocrisia da porra viu...

Anônimo disse...

Titia, precisamos analisar o seguinte: Quem vem primeiro,a precaução ou o "amor" aos homens? Porque na maioria dos acontecimentos,o feminismo e as mulheres precisam evitar atitudes misogininas que muitas vezes inclui evitar homens em geral. Isso seria realmente um problema? Porque sempre é visto que mulheres necessitam de homens? Se as garotas fossem ensinadas que não precisam da companhia deles, poderia se ter uma diminuição da violência doméstica no futuro.

Obs: Se não me lembro, Rosseau disse que os homens não dependem das mulheres, enquanto que estas são totalmente dependentes. Então porque existe uma neurose masculina em torno das mulheres não quererem se casar e formar famílias? Quem tem medo de ficar sozinho?

Anônimo disse...

É uma inversão patriarcal isso daí que Rousseau e muitos muitos outros disseram. Na verdade as mulheres não dependem realmente dos homens, enquanto que os homens dependem das mulheres pra praticamente tudo até pra existirem, tanto que eles entram,totalmente em desespero pela simples ideia de serem abandonados pelas mulheres e ficam extremamente desestabilizados/nervosos/indignados/desolados ao serem rejeitados/recusados pelas mulheres.

Do mesmo jeito que dizem que mulher só pensa em casar e que ter marido e filhos é o maior sonho/realização feminina. Mas a medida que mais mulheres se tornam mais livres e independentes, cada vez mais fica evidente que são os homens que mais desejam casar e constituir famílias. Porque no fundo isso só beneficia eles né? É uma estrutura criada para servi-los às nossas custas.

Anônimo disse...

Uma mulher tentar conquistar a empatia masculina faz tanto sentido e é tão efetivo quanto tentar diminuir a temperatura no Sol abanando um leque aqui da Terra.

Anônimo disse...

Parece que sim 18:16. O interessante é que o divórcio no ocidente sempre esteve entrelaçado com a causa feminista e foi (e é) criticado. Mas quando o divórcio existia na Grécia antiga e os hebreus, somente os homens podiam se divorciar. Porque razão proibir as mulheres de se divorciarem se não dependem delas?

titia disse...

Ai, o mascu falsificador voltou... Lola, nesse post eu não fiz nenhum comentário que fugisse do assunto. Os comentários das 21:12 e das 16:50 foram feitos pelo mascu-radfem.

Anônimo disse...

Casamento como uma instituição desenvolveu-se do estupro como uma prática. Estupro, originalmente definido como abdução, tornou-se casamento por captura [das mulheres pelos homens]. Casamento significa que o rapto seria estendido em tempo, para ser não somente de uso mas de posse, ou propriedade. (Andrea Dworkin)

lola aronovich disse...

Ô Titia, que droga... Mil desculpas. Não tenho como saber se é vc ou não. De vez em quando troll faz isso, copia algum comentarista. Já até fizeram clone de mim. Eles são ridículos. Titia, se me permite sugerir, por que vc não registra seu nome? Quero dizer, "titia" mesmo, mas em vez de só escrever "titia", vc abre uma conta no Google com esse nome. Assim fica mais difícil pros cretinos copiarem. Seu nome vai sair azul sempre e vou saber que é vc.
Não deixe de comentar aqui, querida!

Horácio disse...

Quem escreve isso jamais entrou num bordel e viu que o cafetão é de fato cafetina. Deve chutar algumas sociólogos de gabinete descobrir uma cafetina lésbica.

Anônimo disse...

Não reduza a realidade mundial a sua "realidade" pessoal (ou a que vc criou e só existe dentro da sua cabeça), PORRA!

Anônimo disse...

"Uma mulher tentar conquistar a empatia masculina faz tanto sentido e é tão efetivo quanto tentar diminuir a temperatura no Sol abanando um leque aqui da Terra."

Não à toa estudos comprovam como a empatia é uma qualidade muito mais presente em mulheres, pelo menor nível de testosterona.

Anônimo disse...

Tal como acontece com todos os campos masculinos, os homens nos despem de nossa autonomia e do acesso a recursos, destroem nosso conhecimento ancestral e comunitário, proclamam-se especialistas exclusivos, reservam o monopólio desse "conhecimento" ou dos recursos a uma elite selecionada e, em seguida, forçam a nossa dependência de suas injeções letais, tóxicas, para a nossa sobrevivência - o que no fim nos mata, mas o fazem devagar o suficiente para que nós não vejamos que vem deles. O ponto central da psicologia é manter nosso cativeiro aos homens.