sábado, 9 de maio de 2015

RADFEMS E TRANSATIVISTAS DEFLAGRAM A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL. DE NOVO

Infelizmente, um lindo evento virou palco para uma briga antiga

Pediram pra que eu escrevesse sobre o 6o Encontro de Mulheres Estudantes da UNE. Então vamulá, já avisando que quase ninguém vai ficar feliz com a minha opinião.
Pra começar, digo que fui convidada para participar de uma mesa na EME. Mas foi um convite muito em cima da hora, e eu já tinha planejado três dias de praia durante o feriado. Portanto, com muita dor no coração, tive que recusar.
Depois de ver o rolo que deu, eu só posso agradecer por não ter ido.
O que aconteceu exatamente depende da versão. Mas vamos resumir assim: apareceu no encontro um rapaz de barba, que foi ao banheiro, se barbeou, pegou uma saia emprestada, e disse se chamar Luisa, uma mulher trans lésbica. Isso causou estranhamento entre várias participantes, que não se sentiram à vontade com o que elas viram como um homem dividindo o seu banheiro, o seu alojamento. 
A situação piorou quando, num sarau, Luisa ficou com uma mulher lésbica, causando grande revolta entre algumas mulheres. Várias quiseram falar desse seu desconforto durante uns plenários. Segundo elas, não conseguiram. Sentiram-se silenciadas
Já Luisa e outras transativistas sentiram-se muito mal com tudo que ocorreu. 
Exemplo de co-
mentário reaça
Creio que este é um resumo sem muitos julgamentos.
Nesses últimos dias, reaças dos mais repugnantes, que odeiam feministas, lésbicas, pessoas trans, esquerdistas, enfim, tudo que não é espelho, ficaram sabendo do que aconteceu no EME. E estão refastelando na lama. Pra eles, tudo é ridículo e motivo de zoação. 
A opinião deles é totalmente insignificante. Dane-se o que eles pensam. Só estou mencionando esses seres das trevas porque vi gente preocupada com a opinião desse povo. Como se valesse alguma coisa. 
Na realidade, isso tudo que aconteceu é a culminação de um conflito que se desenvolve faz anos. Um conflito absurdo made in USA que muitas feministas brasileiras decidiriam importar pra cá. Um conflito entre dois nichos, o de feministas radicais (geralmente chamadas de radfems) e de transfeministas. 
Até podem existir motivos legítimos para que esses grupos não se biquem, mas é ridículo se centrar neles. Há disputas e discordâncias entre todas as correntes feministas -– só que certamente há mais coisas que nos unem do que coisas que nos separam. Por que devemos nos concentrar nas discordâncias? Queremos mesmo passar o tempo todo brigando?
Sim, parece que sim. Tem muita gente que vive disso, que se alimenta dessas tretas intermináveis. 
De blog de extrema direita: reaças
odeiam ideologia de gênero
De modo geral, radfems querem abolir gêneros. E transativistas querem gêneros múltiplos, infinitos. Ambos os grupos são contra o binarismo entre masculino e feminino. Ambos os grupos poderiam começar a conversar por este ponto de partida, mas o que vemos nas redes sociais é só ódio. 
Da parte das trans, tem gente que faz lista negra de feministas que deveriam ser queimadas em fogueiras (eu integro essa lista desde que incluí um clássico da Germaine Greer na minha bibliografia recomendada). Há muitas queixas vistas como fúteis, como não querer que mulheres feministas cis (não trans) falem de temas relevantes, como menstruação e gravidez, porque seriam temas que “lembram” as mulheres trans de que elas não seriam mulheres “de verdade”. 
Há transativistas super agressivas que chamam radfems (e outras) de cis scum (escória cis). Há também detalhes bastante irrisórios, como insistir para que não se use o conhecido slogan de que 100% dos líderes homens anti-aborto não poderem engravidar. Por conta de uma dúzia de homens trans que têm útero e, portanto, podem engravidar, pede-se para que se diga que pessoas –- não mulheres –- engravidam. 
Além do mais, outra besteira copiada do feminismo americano foi o tal do cotton ceiling (o teto de algodão), que diz que uma mulher lésbica cis que não quer se relacionar com uma mulher lésbica trans que tenha pênis está sendo transfóbica, por não aceitar um pênis. Pra terminar, existem também algumas poucas mulheres trans que são mascus, misóginas, gente da pior espécie. Um exemplo é um mascu que “virou” mulher mas nunca deixou de ser misógina. Mas eu não me canso de repetir: o problema daquela pessoa não é ser trans, é ser mascu. 
Da parte das radfems, a agressão também bate nas alturas. Muitas se recusam a chamar uma pessoa trans por outro pronome ou por seu nome social, o que é considerado transfobia. Muitas negam que uma mulher trans seja mulher -– seriam apenas “pirocos”, machos de peruca, ou, como o absurdo que li outro dia, nos comentários aqui do blog, “brancos usando blackface para oprimir negros”. 
Pichação no banheiro da Unicamp
Esse ódio todo, que pode ser observado facilmente em milhares de posts no Twitter no Facebook, várias vezes vira ameaças, como a ocorrida no banheiro da Unicamp, onde alguém deixou mensagens ofensivas dizendo que iriam “cortar a pica” de mulheres trans. É bastante impossível, lendo os comentários de radfems, negar que elas sejam transfóbicas (mas elas se ofendem ao serem chamadas de transfóbicas! Se ofendem até quando são chamadas de um termo mais técnico e descritivo, TERF, trans-exclusionary radical feminist, ou feminista radical que exclui trans). 
Sem falar nas opiniões (que para mim são insanas) de algumas feministas radicais que dizem que todo homem é um estuprador em potencial, que todo sexo entre homem e mulher é estupro, que o pênis é uma arma, que uma ereção é uma ameaça, e por aí vai. Como radfems acham que mulheres trans são homens, tudo que se aplica a homens cis se aplica às mulheres trans. Muitas radfems acham que um montão de homem cis vai se passar por trans para invadir seus espaços (cadeias femininas, banheiros femininos, congressos feministas) e estuprá-las.
Como você pode ver, homens trans (pessoas que foram designadas mulheres ao nascer mas que fizeram a transição e hoje são homens) são completamente ignorados nessa equação. Eles existem muito pouco, tanto para as transativistas, quanto para as radfems (que os aceitam nos seus espaços porque os consideram mulheres, ou seja, continuam negando sua identidade). 
E aí no meio desta guerra entra Luisa. Eu não acho mesmo que ela foi ao evento para tumultuá-lo, ou que ela representava uma ameaça às mulheres lá presentes. Mas sim, entendo o desconforto de algumas participantes ao ver uma pessoa que mal começou sua transição usar um banheiro feminino. O que não entendo é o medo. Li várias vezes que Luisa, “um homem”, era uma ameaça a 50 mulheres. Gente, vocês estão num espaço feminista. Vocês não se sentem empoderadas não? Nem lá? Se um homem cis com a maior cara de mau cruzar com 50 mulheres na rua, vocês têm medo? Porque eu não tenho. 
Li que várias mulheres "cantaram alto" ao ver Luisa e uma participante se beijando (consensualmente). Sério, gente, se desesperar por causa de um beijo? Isso é o que Eduardo Cunha e seus asseclas da bancada religiosa fazem. Pensei que nós fossemos mais inteligentes.
Há várias etapas na transição de uma pessoa trans. Luisa seguramente está dando os primeiros passos. Por que transformar um evento com mil feministas num evento sobre Luisa? 
Como eu suscito uma grande dose de raiva tanto de algumas transativistas quanto de muitas radfems (outro dia um ícone transfóbico, Cathy Brennan, deixou um comentário me chamando de male feminist), não me sinto à vontade de pedir paz entre os grupos. Mas minha opinião é que essa briguinha ridícula e sem fim só faz mal a todo mundo. 
Eu não pertenço a nenhuma corrente feminista. Não me identifico totalmente com nenhuma, apesar de haver pontos com que concordo em todas elas. Mas eu realmente acho que tenho mais o que fazer do que ficar decidindo qual feminista é ou não feminista, qual mulher é ou não mulher. Tenho mais o que fazer do que ficar brigando com feminista. 
Meus inimigos não são feministas. Meus inimigos são pessoas preconceituosas, reacionárias, misóginas, anti-feministas. 
Vamos combater quem realmente devemos combater? Vamos combater sistemas de exploração? Juro que é muito mais produtivo e prazeroso do que ficar brigando entre nós.

318 comentários:

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Anônimo disse...

Parabéns Lola pelo banho de lucidez e tolerância que vc está dando hoje. Infelizmente nos tempos atuais, bom senso e educação virou artigo de luxo.

Anônimo disse...

Uma coisa em comum que as radfems tem com os mascus, é falar tanto de genética e IGNORAR a parte social. O ser humano é um animal social. Partir do princípio, que se nasce com cromossomos XY, vai ter "cérebro" e níveis hormonais masculinos e se nasce com o XX, vai ser mulher e ignorar toda a construção social dos papeis de gênero, é algo absurdo.

anon A. disse...

Olá Lola, eu considero que você esqueceu o principal motivo de discórdia:
- radfems consideram que ser mulher == ser biologicamente mulher, independente da personalidade da pessoa. E que ter nascido com uma vagina é que o faz mulheres serem oprimidas, não elas se "identificarem" como mulheres.
- transfeministas consideram que ser mulher == se identificar como uma. Não consideram nem mesmo que disforia sexual é necessaria, já que pessoas trans que consideram isso importante e o motivo da sua transição são excluidas do grupo, e chamadas pejorativamente de "truscum". A maioria tambem acha socialização irrelevante. O que sobra? Esteriotipos de gênero. O que define uma mulher, para eles, é ser gentil, submissa, usar maquiagem, saia, etc, já que a biologia é ignorada.

Acho que com isso fica bem claro porque é impossível esses grupos se darem bem. O primeiro sempre vai considerar o segundo machista. E o segundo sempre vai considerar o primeiro transfobico.

Sobre radfems serem transfobicas, não é verdade. Nós não queremos que mulheres trans tenham acesso aos banheiros femininos porque isso diminui a segurança das mulheres. Mas somos a favor de estabelecimentos terem banheiros unisex, de forma a não ser perigoso para pessoas trans. Mas as mulheres trans não aceitam o banheiro unisex, elas querem o banheiro feminino. Ao mesmo tempo as transfeministas não colocam nenhuma restrição no que é "ser mulher", a pessoa pode estar com as genitais intactas e não tomar hormonios. Se usar uma saia, "é" mulher. Daí acontece problemas como o da Planet Fitness, nos EUA, um cara entrou de saia, não era nem da academia, deixou uma bolsa lá, e voltou no dia seguinte para buscá-la. Uma mulher reclamou de haver um homem no banheiro, não deram bola. Daí ela avisou outras mulheres para tomarem cuidado com o banheiro, e perdeu a isncrição da academia. Nada aconteceu com a suposta mulher trans, e se você conferir o twitter da pessoa há vários posts com taras sobre mulheres atletas. Se essa pessoa não era membro da academia, porque diabos deixou uma bolsa lá por um dia? O único motivo plausivel é que deixou uma gravadora lá para gravar as mulheres trocando de roupa. Caras fazendo isso é longe de ser incomum. Mas por ele ter se declarado uma mulher trans, nada aconteceu. E as transfeministas não ligam a minima para esses casos.

Já houve discussão entre os grupos onde as radfems basicamente falaram "ok, mulheres trans podem entrar, mas elas tem que ter feito a cirurgia genital ou estar usando hormonios por X tempo", e as transfeministas responderam com um "isso é gatekeeping!"

(continua)

anon A. disse...

(continuando, desculpem o post gigante...)

E aí? A segurança das mulheres fica como? Outro caso, no Canadá, foi de uma mulher trans também meio suspeita, que foi aceita em um abrigo feminino e estuprou mulheres lá. Mas esse tipo de mulher trans não é barrada, porque não querem que haja nenhum tipo de restrição.

Jamais vi radfems serem a favor de espancarem ou matarem mulheres trans, ou de não derem emrpegos e moradias. Há várias mulheres e homens trans, os "truscum", ou os que acham que precisa haver restrições, que se consideram radfems. Geralmente são pessoas trans que transicionaram por motivos de segurança (tipo um gay afemininado, que sofre mais risco de violencia e preconceito), que tem esse tipo de perspectiva. Inclusive, eu mesma, radfem, já argumentei em uma sala de aula, contra toda a sala de aula, incluindo a professora, porque ela estava fazendo comentarios extremamente ofensivos em relação a uma aluna trans que não estava presente.

Radfems são mesmo transfobicas por considerar a segurança das mulheres importante, e por achar que a opressão das mulheres acontece por elas terem nascido com uma vagina, e não porque elas se identificarem com saias e batom?

Sobre "TERF", esse termo é usado de forma extremamente ofensiva, e para silenciar tanto radfems como mulheres no geral. Até mulheres conversando sobre menstruação são acusadas de serem TERFs se falarem "mulheres menstruam". E frases ameaçando matar e estuprar TERFs estão longe de serem incomuns. É uma maneira de desunamizar, não um termo técnico.

Sobre homens trans, pelo menos nos meus círculos eles são muito mais aceitos pelas radfems (é biologicamente mulher, então tudo certo), no que nos circulos trans, onde frequentemente são acusados de serem "opressores do patriarcado" por mulheres trans, e não podem reclamar da socilização feminina que receberam, ou de problemas menstruais. Sim, a maioria das radfems vai considerar o homem trans como uma mulher, pois para elas o que conta é o sexo, mas a maioria tambem ou vai tentar evitar pronomes no geral ou vai usar "ele" se o homem trans parecer homem, não por respeito a identidade, mas para evitar que ele sofra violencia de quem não sabe que ele é trans. Pessoalmente, nunca vi um homem trans ser excluido ou silenciado em um grupo radfem.

(E como um disclaimer, não uso Facebook, uso blogs, Twitter e Tumblr, então não faço ideia de como são as radfems de Facebook)

anon A. disse...

@anon das 16:05

Radfems são contra a teoria de que mulheres e homens tem cerebros diferentes, tanto por ela já ter sido disprovada várias vezes, como por ela ser inerentemente machista.

E somos contra papéis de gênero, cada um deveria ser livre para ter qualquer personalidade e hobbies sem a frescura de "isso é coisa de homem/mulher!".

Nós não ignoramos a parte social, mas consideramos que ela é ruim e deve ser desconstruida, não ser louvada.

Como diabos isso é ser parecido com mascus?

Anônimo disse...

Ao afirmar que o gênero é biológico, e definido pelos cromossomos sexuais (XX ou XY), que se manifestam respectivamente pelos orgãos genitais femininos e masculinos, se abre precedente para que possam existir outras diferenças entre os gêneros determinadas pela biologia, como comportamento, capacidades cognitivas e emoções.

Anônimo disse...

Anon das 16:30, "o homem é uma fêmea incompleta, um aborto com pernas, falhado na fase do gene - Valeria Solanas

Se isto não é reduzir o ser humano a um animal escravo dos genes, como os mascus fazem ,o que é?

Julia disse...

Mas é verdade que essa pessoa causou tumulto na Eme atrapalhando as discussões sobre aborto porque eram "tranfobicas" e sobre racismo se dizendo uma pessoa negra?

Jac disse...

Na verdade, eu vejo que a dificuldade está em definir o que é mulher e o que é trans.

Achei uma história complicada a descrita no post. Não conheço essa Luísa, não posso julgá-la, mas confesso que me passou pela cabeça que um homem hetero cis pode perfeitamente chegar em um evento assim, fazer a barba, colocar uma saia, mudar o nome para um feminino por um dia e ter as "vantagens" de ser uma mulher trans (ficar com lésbicas, usar banheiro feminino). Terminado o evento, ele pode novamente circular pelo mundo como homem hetero cis cheio de privilégios que é.

Abrir brechas para um caso desses acontecer é prejudicial para todo mundo - feministas no geral, lésbicas que possam ser enganadas para satisfação de uma tara masculina e pessoas trans que lutam por reconhecimento e respeito.

Anônimo disse...

"Achei uma história complicada a descrita no post. Não conheço essa Luísa, não posso julgá-la, mas confesso que me passou pela cabeça que um homem hetero cis pode perfeitamente chegar em um evento assim, fazer a barba, colocar uma saia, mudar o nome para um feminino por um dia e ter as "vantagens" de ser uma mulher trans (ficar com lésbicas, usar banheiro feminino). Terminado o evento, ele pode novamente circular pelo mundo como homem hetero cis cheio de privilégios que é. "

Ué, mas qual é o problema? O gênero não é uma construção social? Então: por duas horas, Luisa é mulher e lésbica e frequenta os mesmos lugares que as mulheres frequentam, inclusive o banheiro feminino. Passou aquelas duas horas, ela se constrói como homem cis. Quando der na telha, se constrói como Luisa de novo. Totalmente coerente com a ideologia de gênero, portanto.

Anônimo disse...

Anon 16:50, eu acho que a ideia expressa pela anon A é justamente de que o gênero não é. Ser mulher seria biológico (ser fêmea). Genero seria uma construção sócio-cultural.

Anônimo disse...

" sobre racismo se dizendo uma pessoa negra?"

Ué, mas ser negro não é questão de auto-declaração??

Anônimo disse...

"Anon 16:50, eu acho que a ideia expressa pela anon A é justamente de que o gênero não é. Ser mulher seria biológico (ser fêmea). Genero seria uma construção sócio-cultural."


Dá no mesmo. Ao considerar que "o ser mulher, fêmea" e consequentemente "o ser homem, macho" é biológico, vc abre espaço para que se diga que existem características biológicas na mulher e homem que vão além dos genitais. E entre essas características podem ser incluídas aptidões, padrões de comportamento, emoções etc.

Anônimo disse...

Trans-ativismo É anti-feminismo. Só não enxerga quem não quer.

Unknown disse...

anon A., segregar é uma clássica estratégia mascu para dizer que mulheres, ora bolas, exatamente por que tem vagina, são inferiores aos homens. Rads, ainda bem, não dizem nada com isso, mas usam do argumento que é contruído sobre a mesma categoria: biologia, para diferenciar mulher de mulher trans. Então para muitas feministas, aí eu me incluo, definir mulher (que é também gênero, construção social) por uma característica biológica é abraçar com carinho nossos inimigos. Não funciona para mim.

Sobre sociabilização, sequer acho que há uma única construção social sobre o que é ser mulher, mas certamente, ser delicada, usar maquiagem, ser carinhosa, cuidar das pessoas, é uma das construções mais usuais, pelo menos, para o imaginário de muitas escritoras feministas, geralmente todas de classe média ou classe alta. Que radicais queiram apontar como essa construção de uma figura mulher dócil, é, também a contra parte obrigatória da figura mulher submetida, acho ótimo.
Só que acontece que a figura da mulher submetida também é construída de outras formas, que passam longe da imagem da mulher dócil, aquela que usa maquiagem, tem como único trabalho óbvio cuidar dos outros/família, e deve ser linda e cordial acima de qualquer coisa.

Daí que eu não vejo muito sentido acuar mulheres trans por quererem seguir esse esteriótipo, por que ele não determina (pelo menos, na minha opinião) a estrutura de opressão sobre mulheres.

Mulheres agricultoras e operárias, por exemplo, tem, historicamente no brasil, sua figura de mulher projeta de forma complemente diferente, não se vestem bem, ou usam as mesmas vestimentas que homens (especialmente as mais pobres) não usam maquiagem, não devem chorar, precisam ser fortes o tempo todo, cumprem desde a escravidão dupla jornada de trabalho. A figura da mulher submissa aí é construída em outros termos, e a opressão específica de ser mulher, foge as relações da vida privada que são tão fortes para parte da crítica feminista dita radical.
Meu problema com a vertente radical, então, é tornar política apenas a primeira construção da mulher submetida e não saber lidar muito bem com as outras figuras.
E aí tem outra similaridade com o discurso mascu que me é assustadora: reduzir tudo a uma única imagem, com pouca tolerância para a diversidade. Eu presenciei feministas radicais brancas, dizerem a uma trans negra, que essa não tinha o direito de falar sobre racismo. Se alguém negro não tem o direito de falar sobre racismo, então quem tem? E, dessa forma, agir segregando não apenas biologicamente, mas racialmente, mulheres de homens.

Por outro lado, entendo totalmente a questão do silenciamento que muitos espaços radicais sofrem não por segregarem trans, mas por terem uma pauta específica de atuação. Não tem jeito, temas com menstruação, aborto, parto, estão indissociavelmente ligados a característica biológica de ser fêmea, então precisam sim ser tratados por quem vivencia esses fenômenos.

No fundo vejo essa questão como parte da nossa falta de maduridade em lidar com muitas dores, mas acho que haver espaços específicos para debates da pauta trans e rad em enventos feministas poderiam começar a abrandar essas polêmicas, que não passam de uma disputa para dizer quem sofre mais. Gente, dor não tem hierarquia, quem sente, sente.

Unknown disse...

Não anônimo das 18:00 hs, é apenas outro feminismo. Que diz, se nomeia, simples assim. Ninguém tem ou deveria ter o poder de dizer o que outro é.

Anônimo disse...

E num mundo onde qualquer otário tem um smartphone, uma tex pix, um tablet: ninguém filmou isso? Pq daí neh? Filmado. Íamos ver quem está mentindo ou não.

Anônimo disse...

Preguiça de ler tudo. Muita treta, e já tenho suficientes na minha vida.
Só uma coisa que eu não entendo de verdade (e não, não é ironia):

Se todas as pessoas passam por uma construção social de gênero desde o nascimento (até mesmo antes de nascer já definem seu destino baseado no seu sexo), por que mulheres transexuais acham (ou peli menos deixam transparecer isso) que faz parte do sentir-se mulher a reprodução de todo estereótipo de gênero feminino?
Já tentei buscar informação sobre isso a fins de conhecimento, mas parece que tem uma batalha entre pessoas trans e feministas radicais, e isso acabou por me cansar e desisti de procurar saber.
Porque, na boa, pra que tudo isso? '-'

Paolo McCooy disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
anon A. disse...

Sem tempo para ler os comentários, mas só para adicionar, homens trans famosos como o Bucky Angel são a favor de espaços unisex para pessoas trans e que mulheres possam ter seus espaços de forma segura, por sexo biologico. Inclusive, a problemática de "pessoa trans ir no banheiro do sexo oposto mesmo sem parecer alguem do sexo oposto" é praticamente exclusiva de mulheres trans, porque homens trans reconhecem estupro como um problema, e tem eles mesmos medo de estupro, como por exemplo no último post sobre penitenciária.

Anônimo disse...

tenho um colega, q faz pós em uma prestigiosa universidade. O tema q estuda é gênero e diversidade. Ele é homem e hetero. Algumas vezes o vi saindo do banheiro feminino... uma vez perguntei pq ele fazia isso, me respondeu q essa questão de gênero tinha q ser desconstruída e separar os banheiros era uma bobagem. Na boa, eu vi isso como um abuso, já que nenhuma das meninas fazia isso no banheiro masculino. Não achei legal, acho q isso pode abrir precedentes; não era uma trans usando o banheiro feminino mas um homem utilizando-se desse argumento. PS: ele não é o primeiro q vejo usar esse discurso e subterfúgio... sei lá...

Anônimo disse...

Deixa eu ver se entendi?
O cara chegou lá barbudo, fez a barba, pegou uma saia emprestada, se alto proclamou mulher, apesar de branco, disse ser negra, apesar de geneticamente homem, disse ser uma mulher lésbica.
E ta tudo certo?
Gente, tudo tem limites. Como podemos achar tudo isto normal? Só para ficar na "moda do ativismo"
Concordo que muita coisa, e construção social,mas nem tudo, exitem certas coisas que são inerentes ao ser humano.
Alita

Anônimo disse...

Extra, ajudante de pedreiro se declara mulher, para poder usar o banheiro feminino.

anon A. disse...

@"se gênero é biologico abre precedentes para determinações biologicas e cognitivas"

Isso é exatamente o que o machismo já faz hoje. É tão dificil de entender que radfems são contra essa determinações biologicas e cognitivas? Que consideram isso machismo? Você só está querendo manter essas determinações, mas dando a "opção" da pessoa escolher que determinação/esteriotipo ela prefere. Mulheres sofrem e sofreram opressão por nasceram no sexo biologico feminino (ou isso ser assumido no nascimento, no caso de alguns intersex). Radfems não consideram que a construção de gênero deveria sequer existir, muito menos que determinismos fossem feitos de acordo com os genitais de alguém!

@Paolo McCooy
Eu sinceramente não sei se isso é uma piada ou sério. Porque as radfems pensam exatemente isso, sem ironias. Nós sofremos opressão por termos vaginas (ou por isso ser assumido), não por nos "identificarmos" como mulheres. Isso não é contraditório a dizer que mulheres são muito mais que vaginas. Inclusive, quem cisma em querer chamar as pessoas de "vagina-havers", "menstruators", "penis-havers", "utero-bearers" são justamente os transativistas.

Para radfems mulher == ser humano do sexo feminino. Não somos maquiagem, submissão, roupas, fragilidade, nada disso. E homem == ser humano do sexo masculino, tanto faz se ele gosta de maquiagem. Como essa definição pode ser limitante?

Anônimo disse...

Me responda uma coisa dona Lola, o transexual em questão ( que tinha ate barba) se declarou "mulher" mas tem um pênis, e sente atração por mulheres, tanto que se declarou "lésbica" e ficou com uma mulher Cis.
O que o impediria, se quisesse, de estuprar uma de nos, em um vestiário por exemplo?

anon A. disse...

Que diabos Valeria Solanas tem a ver com radfems anon 16:50?! Ela não era nem considerada uma feminista por outras feministas, muito menos radfem.

Anônimo disse...

Muito triste, ver o que já foi um dia incone do feminismo nacional, apoiar a colonização do feminismo, e silenciamento de mulheres, por Esquerdomachos. Eu estava lá, este sujeito zombou de nós, nos humilhou, era sarcástico o tempo todo.
Eu vi muitas companheiras chorando, e outras jogarem a soronidade no lixão.
Muitas que estavam la, já sofreram abusos e historias de horror( diga para elas que o pênis não e uma arma) e virão que o ambiente, que deveriam se sentir acolhidas, e protegidas dos opressores, pode ser tomado de assalto por eles, a qualquer momento.

RadFem, na resistência

Paolo McCooy disse...

@anon A., não foi uma piada. Comentei isto porque uma vez vi uma RadFem falar que as mulheres são mais do que uma vagina ambulante, como os misóginos as veem.

E porque diabos meus comentários estão "bugando"?

anon A. disse...

@Marcia Baratto

As radfems brancas que falaram que a trans negra não tem direito de falar de racismo são completas imbecis, e sinceramente acho uma pena que se considerem radfems.

Fora essa parte, juro que não entendi seu ponto muito bem. Várias radfems históricas e de hoje são negras e/ou da classe trabalhadora. Mesmo uma mulher agricultora é ensinada a ser submissa a homens, a ter boa aparência (mesmo que em um grau menor que uma mulher clase média, com certeza é maior que um homem, como a frequente "obrigação" de ter cabelo comprido, por exemplo), ela também sofre pressão para ser acolhedora e gentil, ela também tem medo constante de estupro, e sofre rpessão para ter filhos. Digo isso baseado tanto no que li como na minha mãe ter sido uma agricultora por boa parte da vida. Homens ou não sofrem essas pressões ou sofrem em menor escala. Não é incomum que agricultoras tenham que trabalhar na roça e fazer trabalhos domésticos, enquanto um agricultor trabalha só na roça. Inclusive, boa parte das radfems serem da classe trabalhadora é uma questão que frequentemente entre em conflito com as libfems. A segregação de espaços masculinos e femininos como banheiros, vestiários e abrigos é necessária pois as taxas de homens que estupram, matam e agridem mulheres são altíssimas. É uma questão de segurança. Inclusive banheiros públicos femininos nem existiam, foram criados com luta, e no inicio homens frequentemente invadiam ou vandalizavam esses banheiros. Realmente não entendi seu ponto.

Anônimo disse...

O que leva uma mulher lésbica, sentir atração por outra mulher, que parece um homem, socialmente falando?
Pergunto de forma sincera.Ate hoje não entendo por exemplo, quem diz combater estereótipos de gênero, copiar estereótipos de gênero oposto, socialmente construídos.
Homens trns tirarem o seio, se "masculininarem". Nos trejeitos. Mulheres trans, aplicando silicone, usando maquiagem pesada, mudando a voz.
Isto tudo não são imitações de construções sociais?
Eu acho que o combate a construção social de gêneros, deveria ser muito mais, que " imitações e caricaturas" de gêneros considerados, opostos, socialmente construídos.

anon A. disse...

Só aproveitar para fazer um comentário sobre a acusação de radfems serem misantropas ou odiarem homens.

Sim, há radfems que odeiam homens. Todas que eu já conheci que odiavam homens haviam passado por múltiplas situações de estupro e/ou violência doméstica. Frequentemente nas mãos de homens que elas confiavam. Essas mulheres não matam ou agridem homens, muito pelo contrário, elas querem ficar o mais longe deles possível (incluindo de mulheres trans com pênis em banheiros, abrigos e vestiários). É comum que até ver um pênis cause pânico, devido a estupros. Eu sinceramente acho compreensivel que essas mulheres odeiem homens.

Fora isso, existe inclusive homens radfems, mas nesse caso a idéia de não roubar o protagonismo é bastante repetida. É deixado bem claro que ele deve ser um aliado, e não falar em nome das radfems.

Unknown disse...

Camila, seu questionamento é muito interessante e até fácil de responder, imagine a seguinte situação: ao caminhar na rua você se depara comigo, sou alto, musculoso, peludo, barbudo, cabelo curto, usando uma calça jeans e camisa de manga longa. Ao lhe abordar para pedir uma informação, você escuta a minha voz grave, imediatamente saberia que sou homem, mas imagine por um momento que sou uma pessoa trans* e me identifico com o gênero feminino, você acreditaria que sou mulher? Muito provavelmente não, é por isso que transsexuais tentam se adequar ao "esteriótipo" feminino, fazendo cirurgias, injetando hormônios e tudo mais que fazem. Não sei se conhece o "Ensaios de Gênero" aprendi muito sobre esse assunto lá, eles escrevem muito bem.

Anônimo disse...

O que leva uma mulher lésbica, sentir atração por outra mulher, que parece um homem, socialmente falando?
----_-------------
Vc deve estar falando de um homem trans, ou seja um relacionamento hétero, entre uma mulher e um homem.
A vantagem de se relacionar com homens trans, e a ausência de pinto, e da degradação da penetração. E possível que está mulher já tenha sofrido uma história de horror, com algum portador de pinto.

Anônimo disse...

Penetração e degradante?

Julia disse...

Mas gente, porque não expulsaram ele?

Julia disse...

Também não entendi a mulher lésbica que se pegou com o homem só porque ele estava de saia.

Anônimo disse...

Muitas o defenderam, por ele ter se declarado " mulher negra" Julia.
Depois nos Rads, e que dividimos o movimento.
Muito triste ver ditas feministas, defenderem portadores de líricas, em detrimento de mulheres.

Anônimo disse...

Então bem vinda a loucura dos novos tempos.

Anônimo disse...

*portadores de pirocas

Julia disse...

Mas ele é branco, né? Como pode uma coisa dessas.. As rads estavam em minoria lá?

Julia disse...

Alguém tem que avisar pra ele que há mais de 100 anos mulher já pode usar calça. Avisa pro moço, anon 19:57.
Bjs

Anônimo disse...

Moço? Acabou de assumir sua transfobia Júlia.
O calcanhar de aquiles do feminismo mainstream, e claramente a gestação e maternidade, que re afirma construções sociais históricas. A inveja que as Rads tem das trans, entre outras coisas, e que não temos esta limitação
Vá estudar Julinha querida, beijinho no ombro pra ti. ;)

Anônimo disse...

Olha só a quantidade de feministas transfóbicas nesse blog, que absurdo.

#somostodasluiza

Julia disse...

Inveja de que exatamente?
To perdida.

Anônimo disse...

Desculpe, mas o movimento feminista está parecendo hospício.

Ninguém consegue conversar e muito menos chegar a consensos sobre situações que sempre vão ocorrer.

Quer dizer que vai existir um "detector de pênis" em cada espaço feminino? Revista íntima para saber se aquela é pessoa é "mulher de verdade" ou um "piroco"?

Anônimo disse...

Muito obrigada a deusa lola por apoiar o transfeminismo. Fora radfems.
#somostodasluisa

Anônimo disse...

Sugestão para as radfems:

Comprem em grupo uma fazenda, criem uma ecovila onde só poderão viver mulheres com vagina e esqueçam que existe mundo exterior, pois nele sempre vão existir pessoas com pênis.

Anônimo disse...

Então no seu contexto, se uma mulher sofre algum tipo de violência de UM homem, ela pode generalizar todos os homens do mundo?
Pergunto, porque me chamam de mascu, quando sou traido ou sofro violencia física e emocional de uma mulher, e chamo todas de vadias.

Anônimo disse...

O que define uma pessoa branca? E o que a define negra? ( não estou falando de pigmentação da pele, que e um determinismo biológico, mas sim da construção social)

Anônimo disse...

Até em sites feministas em inglês já vi "Support your sisters, not only your cisters".

Trad: "Apoie suas irmãs, não apenas suas irmãs cis".

Cris disse...

"Mas sim, entendo o desconforto de algumas participantes ao ver uma pessoa que mal começou sua transição usar um banheiro feminino. O que não entendo é o medo. Li várias vezes que Luisa, “um homem”, era uma ameaça a 50 mulheres. Gente, vocês estão num espaço feminista. Vocês não se sentem empoderadas não? Nem lá? Se um homem cis com a maior cara de mau cruzar com 50 mulheres na rua, vocês têm medo? Porque eu não tenho. "

EXATO! era precisamente isso que eu estava pensando, Lola! Sou feminista e o primeiro passo não é esperar que o empoderamento caia do céu ou seja gentilmente concedido pelos homens. o nosso empoderamento tem que vir de dentro, precisamos nos portar de forma mais assertiva, reivindicar o exercício do poder QUE JÁ TEMOS.

NAONDE que um homem (e isso SE for homem, né, no caso em tela) ia me oprimir fisicamente se eu estivesse cercada das minhas irmãs? NUNCA, NUNQUINHA.

não tem coisa mais triste do que uma mulher esclarecida, feminista, aceitando o silenciamento dos outros em vez de gritar mais alto, mostrar que tem mais legitimidade e que será ouvida. mulher, empoderar-se é EXERCER PODER E SE IMPOR. não é só discursinho de Facebook sobre como você está se sentindo ótima hoje.

Anônima disse...

a denúncia do que ocorreu no EME é uma denúncia que eu e outras mulheres fazemos há umas par de ano sendo desacreditadas, atacadas, ameaçadas etc. só que tem uma coisa que ainda é interessante de se dizer pra quem se revoltou com o que aconteceu no EME:

se você de algum modo apóia o transativismo, se você defende em espaços femininos a permanência de pessoas do sexo masculino (homens) que se auto-identificam como trans ou travesti ou transsexual ou transgênero ou drag ou qualquer outra coisa...

você não tem que ficar chocadinha com o que aconteceu no EME.

não interessa se você acha que o seu trans de estimação é uma pessoa sensata que jamais faria isso. todas nós já achamos isso.

não interessa se você confia, conhece, é amiga de infância, é teu pai ou oscarai.

você não é a RAZÃO do que aconteceu no EME, mas você ESTÁ AJUDANDO PARA QUE ISSO ACONTEÇA, e não para que isso acabe.

então diminuam o "meu deus isso é inaceitável, um absurdo, que horror" e aumentem o "mulheres têm direito a espaços exclusivos".

converse com suas amigas, as que ainda relativizam a situação. permitir que UM homem acesse nossos espaços, usando critérios subjetivos, é permitir que QUALQUER homem acesse nossos espaços.

parem de abrir nossos espaços para homens.

L. disse...

Eu só fico feliz de não ter ido porque se visse esse maluco no banheiro com as mina morrendo de medo ia tirar ele na base de pancada.
Certeza que sairia presa de lá.

Anônimo disse...

"converse com suas amigas, as que ainda relativizam a situação. permitir que UM homem acesse nossos espaços, usando critérios subjetivos, é permitir que QUALQUER homem acesse nossos espaços."

Foi a coisa mais sensata que eu já li nesse blog!!!

Anônimo disse...

Lola, gosto muito dos seus posicionamentos, q estão sempre dentro da razoabilidade e são muito coerentes. Infelizmente, essa fragmentação interna faz com que o movimento perca expressividade. Feministas ficam se digladiando em seu próprio meio, enqnt continuamos a enfrentar milhões de problemas sociais. Acho q só vamos começar a ter representatividade com força de mudança qnd o grupo parar com essas divergências esquisitas e se tornar mais coeso. A verdade é que não dá pra demonizar todo e qualquer homem só pelo fato de ser homem. Ou seja, combater o ódio com mais discurso de ódio. E colocar toda e qualquer mulher em um pedestal, em posição de vítima. A verdade nua e crua é que existem sim, mulheres de má índole e péssimo caráter, pessoas verdadeiramente cruéis (as pessoas que mais me magoaram e que quiseram me prejudicar foram mulheres, não pelo fato de serem mulheres, mas por faltar-lhes mais ética e empatia). Não dá pra adotar a tese de que as mulheres são assim pq são ensinadas a ser assim. Deveríamos lutar é para que o tratamento social fosse mais justo e igualitário, e não os dois pesos e duas medidas que temos de acordo com o gênero.

Anônimo disse...

Concordo que da maneira como ocorreu toda situação as pessoas acabam tendo dúvidas ou questionamentos que geram comentários insensiveis a causa transfeminista.
Mas anon das 20:12: "claramente a gestação e maternidade, que re afirma construções sociais históricas A inveja que as Rad tem das trans...que não temos esta limitação"
Dizer que mulher cis é mais limitada (que pareceu uma insinuação de inferioridade) que mulher trans devido a gestação e ao papel de mãe tb é preconceituoso mesmo pq a sociedade já faz sem precisar que outras mulheres(cis ou trans) perpetuem esse esteriotipo.

Julia disse...

-deusa lola-
Agora peguei o mascu.
Tem mais o que fazer não, traste?
RALA DAQUI!

Julia disse...

L., eu ia presa junto com vc. <3
Íamos acabar com o evento mas pelo menos teria um lado positivo disso tudo..

Anônimo disse...

é errado denegrir uma pessoa por ser negra e trans...

Anônimo disse...

Onde é esse planeta cheio de homens éticos, empáticos, generosos e solidários em que vivem essas feministas que sempre defendem homem?

Anônimo disse...

#somostodasluisa

ABAIXO A OPRESSÃO!!!

Anônimo disse...

Eu penso que as mulheres correm muito menos risco de estupro num banheiro compartilhado entre mulheres cis e trans do que em outras situações.

Vamos ser realistas. Quantas mulheres no Brasil já foram estupradas por trans?

Cris disse...

Anônimo das 21:21:

já li vários relatos de mulheres que foram estupradas por mulheres trans. aliás, estupro, por ser simplesmente qualquer ato libidinoso não consentido, pode sim ser praticado até mesmo sem uso de falo, portanto também por mulheres cis.

creio que o fato de uma mulher trans portadora de falo estuprar uma mulher não necessariamente é indicativo de que ela na verdade é "um homem cis disfarçado", mas sim uma mulher trans que não aprendeu a parar de objetificar pessoas.

e digo pessoas pq pessoas socializadas como homens acabam aprendendo a objetificar todo mundo, razão pela qual homens gays também sofrem estupro.

ocorre que muitas mulheres têm sim mais medo de serem estupradas por quem tem falo. não vou dizer aqui se esse receio é legítimo ou não. tenho minha ideia e vc provavelmente formulará a sua.

Anônimo disse...

Alguém já viu homem trans, afirmar ser gay, e ficar com outro homem?

Anônimo disse...

Mas também não dá pra dizer que é igual nascer XY, ter uma educação patriarcal para homem e, depois de inegáveis sofrimentos que eu nem imagino, tornarsse mulher como quem nasceu XX!
É complicado....

Anônimo disse...

No perfil dele, no facebook, este indivíduo, defende ate a pedofilia.
Em uma postagem ele disse:
"Sexualuzaçao infantil esta ai, e uma realidadeque veio para ficar, parem de hipocrisia, e aprendam a lidar com isto"
Você vai mesmo defender este lixo Lola?

Anônimo disse...

Nossa Marcia! Que bonito e verdadeiro!
Virei sua fã!
Beatriz

Anônimo disse...

Que bonito e verdadeiro!
Virei sua fã, Marcia.
Beatriz

Anônimo disse...

Anônimo 21:53

sim. e muito. como exemplo, menciono Buck Angel, homem trans que atua em filmes pornôs gays.

Anônimo disse...

Entrou errado, esse comentário é para o que a Marcia Baratto fala abaixo sobre as dores...
Beatriz

Anônimo disse...

Acho que eu sou radfem...

Anônimo disse...

Eu queria acompanhar a história da Luiza de agora em diante porque, sinceramente, acho que tudo não passou de trollagem de mascu. ...

Anônimo disse...

Vai lá Lola, continua defendendo o cara que criou perfil fake em setembro de 2014 e se define como "travesti" e não mulher no facebook:

https://www.facebook.com/lelenamarcondes/about?section=bio

Fora o comentário de quem conhece ele:

"Se a nota não fosse dirigida a um feministo escroto que eu tive o desprazer de conhecer no nosso primeiro ano de faculdade seria válida. Se trata de um machista ex aluno de ciências sociais da Universidade Estadual de Maringá, ameaçava psicologicamente a ex-namorada, tentou induzir psicologicamente amigas minhas a transar com ele, não se trata de uma camarada trans, não mesmo." - Adriana Souza

Fonte: https://www.facebook.com/ruajuventudeanticapitalista/posts/440011926166089

Anônimo disse...

ACABEI DE DESCOBRIR O NOME VERDADEIRO DA MACHO TROLL.

PRINTS SENDO SALVOS E TUDO O MAIS, EM BREVE DIVULGO DOSSIÊ.

Anônimo disse...

Vou propor:
ao invés de somostodasluiza....
#pegadinhadoluiz
kkkkkkkk

Anônimo disse...

O pior é que não tem graça. ..é bem triste por sinal. Mas é verdade! Foi só pra tumultuar e enfraquecer!

Anônimo disse...

E o Luiz (# pegadinhadoluiz) pegou geral!!
Pegou até a mulher em quem deu uns amassos...que merda!!!

Anônimo disse...

Ah anom 23:06! Publica logo esse dosie porque tenho certeza que foi macho mal intencionado!!!

Anônimo disse...

Eu sou um homem gay, e não me sinto a vontade em opinar se uma trans deve ou não circular livremente pelos espaços femininos.

Mas com certeza uma trans frequentando banheiros masculinos é convite para vários tipos de agressões.

Não será tão fácil achar uma solução para essa questão.

Anônimo disse...

Mas é muita falta do que fazer ficar escrevendo dossiê sobre os outros...

Anônimo disse...

Falta do que fazer é ir trollar encontro de feminista. ...

Anônimo disse...

Lamentável esse episódio. Fomos troladas por um mascu porque, mais uma vez, temos tanto medo de desagradar que permitimos uma situação ridícula como essa.


Cada vez me identifico mais com o feminismo radical.

Anônimo disse...

Eu também!!!!!

Anônimo disse...

Depois que for provado que a Luiza não passa de um Luizao mal intencionado vai ser:
#somostodastrouxas
E o lindo "dia das mães" rolando e nada sobre isso por aqui.....foco na "Luiza", que droga!!!!

Anônimo disse...

É verdade. Nem nos espaços feministas conseguimos tirar o homem do papel de protagonista.

Vivian S. disse...

Me parece que a questão aqui não é transfobia ou não. X sujeitx que está transicionando chega barbudx num evento feminista, faz a barba no local e se veste como mulher e é isso? Questionar isso é transfobia? Sinceramente, elx teria sido mais bem-vindx se tivesse um pouco mais de sensibilidade e bom-senso. De alguma forma fica achando que elx quis por a tudo e a todos em xeque, se tornar o centro das atenções, causar... me parece um sujeitx extremamente autocentradx e sem a menor noção do que é sororidade ou empatia... assim, ma parece mesmo que quis sombar da situação. Se chagasse na humildade assumindo a complexidade do seu processo, assumindo estar colocando uma questão igualmente complexa para as feministas presentes no evento... sem dúvidas teria sido melhor recibdx. Considerando que x sujeitx tinha boas e sinceras intenções, faltou humildade.

Anônimo disse...

Mas não tinha! Está claro que foi lá só pra tumultuar!!!!

Julia disse...

Quero dossiê e quero escracho também!!

lola aronovich disse...

O post "Uma das quinze" foi publicado sem querer. Vcs devem ter visto que ele não estava pronto, não tinha imagens, e eu nem tinha acabado de responder. Não é a primeira vez que eu deixo um post agendado e esqueço de tirá-lo. Tem que ser muito paranoicx pra achar que publico post pra "sair da discussão", como se eu tivesse medo de discussão.


Muitos dos comentários aqui estão absurdos. Alguém já leu a versão da Luisa? Está linkado no post. Vejam se ela parece mesmo um mascu que foi a um evento feminista trollar. Aliás, a ideia de que montes de homens cis misóginos vão se vestir de mulher pra invadir espaços feministas não é muito diferente dos racistas que são contra as cotas e acham que um monte de branco vai se declarar negro pra poder tirar proveito das cotas. Não é assim que as coisas funcionam.

Anônimo disse...

Somente quanto a questão do banheiro, sou mulher e uso muito o banheiro masculino. Menos fila, mais limpo (ahhhh sim, banheiro masculino é mais limpo!) e os caras não ficam perdendo tempo na pia fofocando, passando maquiagem, vendo se a roupa tá boa, fofocando, gastando água, fofocando...

Anônimo disse...

Complicado, eu tendo a concordar totalmente com o que a Lola está falando mas fico em dúvida quando penso na segurança dessas mulheres.
E parabéns a Lola por dar sua opinião sincera sempre :)

Anônimo disse...

Ah sim. Nuna fui estuprada no banheiro masculino.

Raven Deschain disse...

Pois eu se fosse mulher trans ia ostentar uma barbona igual a do Dumbledore.

Mas sou cis, fazer o quê?

Anônimo disse...

Lola, a história deste cara já e conhecida geral. Ele cria perfis falsos aos montes, estruturados em discursos, para validar suas trollagens.

Infelizmente você caiu de inocente nesta história.

Anônimo disse...

Ai Lola pelamor, acorda. Eu li o relato do LUIS sim, e por favor né, vai me dizer que isso aqui é verdade?

"Eu cheguei de barba no evento, já que não tenho controle de meus hormônios e não estava em posse de meus pertences para que pudesse me barbear, apenas conseguindo uma lâmina emprestada de uma amiga, sendo ela a mesma que me emprestou também a saia que usei durante o evento, já que tenho poucas peças femininas por quase não ter poder aquisitivo algum."

Olha, tem que ser muito ingênua pra acreditar nesse rapaz. A pessoa vai para um evento DE MULHERES e não se preocupa em fazer nem a barba antes, ou levar uma lâmina de casa? Quase não tem poder aquisitivo? Vocês caíram nisso? E se tem poucas peças femininas quer dizer que TEM peças femininas, então porque não trouxe de casa?

Resumindo, se ele é trans então costuma fazer a barba em casa e usar peças "femininas". Agora porque não trouxe a poha da lâmina e alguma peça de roupa? Preferiu deixar pra fazer a "transformação" na hora pra causar polêmica, nem se preocupou se isso ia fazer ele ser discriminado ou se impediria a entrada dele no evento. Sério, já estava tudo planejado. ACORDEM!

Anônimo disse...

Puta que pariu, quem parece que não leu a versão dele é quem apoia o cara.

Julia disse...

Aham toma aqui seu biscoito 01:01

Julia disse...

Ele foi com várias amigas pro evento, né? Será que não foi uma dessas com quem ele tava se pegando na verdade?

B. disse...

diogo luis marcondes machado

Anônimo disse...

Lola, você reclama dos mascus, mas faz analogias estapafúrdias e absurdas parecidas com as deles, comparando homens com negros e mulheres com brancos. Virou masculinismo mesmo esse seu feminismo? Mulheres dominam e oprimem os homens agora? Mulheres querem que os homens permaneçam em seus lugares de oprimidos pra elas continuarem oprimindo, explorando os coitadinhos? É por isso que essas mulheres malvadas não querem homens em seus espaços, tá tudo explicado!

Anônimo disse...

"Lola, você reclama dos mascus, mas faz analogias estapafúrdias e absurdas parecidas com as deles"
_
Devemos ter muito cuidado, quando combatemos monstros, para não nos tornarmos um deles.Porque quando olhamos durante muito tempo, para o fundo do abismo, o abismo olha de volta para o fundo de nossas almas.
Friedrich Nietzsche

Anônimo disse...

Anon 18:52,

Mas é isso, né? A espécie é factualmente dividida entre machos e fêmeas. Não importa se gênero é uma construção social ou não. A discussão "científica" que você aponta não pesquisa "características biológicas distintas" entre "homens" e "mulheres" mas sim entre machos e fêmeas. A existência da discussão de gênero não faz esses trabalhos desaparecerem, porque são trabalhos de BIOLOGIA.

Anônimo disse...

É Lola, eu não concordo com a interpretação rad de gênero, mas pelos relatos a "trans" nem nome fixo tinha e foi só pra fazer tumulto.
Ela se disse negra, isso é muito absurdo.
Na verdade eu acredito, caso os relatos das mulheres que lá estiveram sejam verdade, que o transativismo deveria se manifestar contra a atitude mesquinha e contraproducente dessa pessoa nesse evento.

Outro Fábio disse...

Dá para fazer um filme sobre essa história toda.Ou até um livro.

Naquela foto dele barbudo, ele estava com a maior cara de trol.Não dá para acreditar que ele esteja dizendo a verdade.

Anônimo disse...

É como muita tristeza que leio comentários recriminando pessoas trans*, sinceramente, não sei onde essas pessoas se diferem de um machista, cissexista. O problema de dxs transfobicxs é o simples fato de negarem a identidade de gênero alheio, afinal, elxs já têm o seu reconhecido, ninguém é questionado ou excluído por ser cis. Enquanto cis, você não vai ter seu nome sociais e os pronomes desrespeitados, você usa o seu banheiro que você se sente confortável e tá tudo de boa. Enquanto cis, e somente cis, você não está em grupo de risco, você não está incluso na evasão escolar, você não é expulso de casa, ficando desamparado tanto de afeto quanto de necessidades básicas, você não está na margem da margem da sociedade, se ser LGB já é complicado, ser T é outro nível de exclusão, inclusive dentro do próprio movimento LGBT, e não somente pelos gays machistas e transfóbicos, mas pelas lésbicas transfóbicas que se dizem radfem. É tudo uma questão de reconhecer privilégios, que, aparentemente, algumas pessoas se negam a fazer isso alegando fatores biológicos, como a violência obstétrica, e mais uma vez sendo transfobicxs, e fingindo que os transhomens não existem. Se isso não é estar na margem, porran, o que é então? Me questiono se essa aversão as pessas trans, justificada como medida de segurança, não é apenas uma forma de ser transfobicx, ignorante, cheio de ódio, mas sem parece burro/coxinha/reaça/conserva, ao menos os reaças assumem que são o que são, não ficam mascarando com "ideologias".

Paula disse...

Estou me identificando mais com as rad com esse post, sinceramente. Pelo menos elas colocam a mulher no centro do feminismo. e não ficam se preocupando em colocar todas as demais lutas na frente da das mulheres.

Concordo quando elas se dizem contra papéis de gênero, que trans fazem uma caricatura das mulheres e que ser mulher não é simplesmente gostar de maquiagem, vestido e cabelo comprido. Se travestis gostassem tanto do "papel de gênero" feminino, pq não os vemos trabalhando como empregadas dosmesticas?

Anônimo disse...

Ensaios de Gênero é um site? Não conheço, mas vou pesquisar sobre. E obrigada pela resposta, Donatien.

Anônimo disse...

O lado positivo seria: duas loucas transfobicas presas.

Anônimo disse...

Um monte não Lola....apenas um já acabou com o evento!

Anônimo disse...

# pegadinhadoluiz

Anônimo disse...

E o dia das mães???

Anônimo disse...

Porque não conseguem emprego! Ou você acha que as famílias de classe média e alta estão querendo contratar trabs? Se até as feministas tem medo de estupro. ...
Mas concordo com a caricatura, também estou me identificando com as rad....

Anônimo disse...

Que graça! Raven linda!!!@

Anônimo disse...

*trans

Anônimo disse...

# pegadinhadoluiz
#somostodastrouxas

Valéria Fernandes disse...

O argumento do se gostam tanto do papel feminino, porque travestis ou mulheres trans não se empregam como domésticas tem pelo menos dois grandes problemas. 1. Trabalho doméstico é trabalho de mulher? Só de mulher? E mulheres não se empregam na construção civil (há muitas lá, mas o argumentador sempre esquece), porque auerem os direitos dos homens, mas, não, seus encargos, não é? 2. Uma das demendas das mulheres trans e das travestis é emprego. Elas são discriminadas por sua condição, empurradas, muitas vezes, para z marginalidade e a prostituição. Falta empatia e um olhar para o social.

Desculpem mas precisava escrever somente isso. A confusão geral não me toca tanto, porque se um evento feminista foi detonado por causa da uma rrans mulher ou de um troll, vai lá saber, esse evento estava realmente condenado desde o inicio.

Anônimo disse...

Pois é. ..assunto tão importante para o feminismo e o Luiz roubando a cena

Anônimo disse...

Palmas!!!!! E mais aplausos!!!!

camila santos disse...

Bem eu respeito as trans mas usar banheiro de mulher é ridículo! nenhuma mulher tem que ser obrigada a se sentir bem em dividir banheiro com um homem eu entendo que transexuais sofram muito preconceito e quero sim que elas sejam respeitadas mas nessa questão sobre transexuais usar banheiro feminino eu sou totalmente contra e a segurança das mulheres? qualquer homem que se vestir de mulher agora vai poder entrar e sair de banheiro feminino? porque não um banheiro unissex? Agora só faltava essa se não gostar é transfobica....

Anônimo disse...

Banheiros públicos são um problema que trancende a questão trans:

Eu sou mulher (cis e hetero) e já fui beijada a força em um banheiro feminino por uma mulher (ao que parecia cis e homo ou bi)

Meus filhos homens (de 11 e 13 anos, ao que parece até agora, cis e sem iniciação sexual) iam ao banheiro feminino comigo até pouco tempo por segurança. Agora que o de 13 já pode constranger alguma mulher eles vão ao masculino mas eu fico aflita e exijo que eles façam isso juntos por questão de segurança ( pré adolescentes são mais suscetíveis a abusos)

Homens cis e homo também enfrentam grandes constrangimentos em banheiros públicos!

Minha total simpatia a causa trans! Mas o aborto e a maternidade tem que ser discutidos no feminismo sim!

A propósito: feliz dia fas mães :)

Beatriz

Anônimo disse...

Concordo com camila santos (menos com o banheiro unissex. Melhor banheiro pra trans) e outras. Nos chamar de transfóbicas por causa disso é o cúmulo e nenhuma mulher deve se sujeitar às quaisquer vontades de transexuais só por medo de ser considerada transfóbica. Transexuais devem ser respeitadxs mas não podem nos impor suas vontades. E não consigo ver uma mulher trans como uma mulher mesmo, sou transfóbica por isso também? Ou radfem? Mais é cada uma, viu.

Lívia Pinheiro disse...

Acho que é meio óbvio que falta bom senso e respeito de ambos os lados. Mas uma coisa é certa: não tem como existir diálogo quando um dos lados considera divergência teórica uma "fobia".

Se o gênero é fluido, e o não reconhecimento de uma pessoa com TODAS as características consideradas masculinas como mulher é "transfobia", como esse povo queer espera que isso não vire a casa da mãe Joana? Porque, ao contrário da comparação infeliz que a Lola fez com racismo, pelo menos no Brasil, não existe o equivalente de mascus querendo trollar o movimento negro.

Só espero que quando este indivíduo for desmascarado até pra quem não está enxergando o óbvio, essas mulheres coloquem a mão na consciência e vejam a merda que estão fazendo.

Anônimo disse...

É, você está sendo transfóbica sim!

Anônimo disse...

Lola é a Marina Silva do Feminismo. Como disse Plínio Arruda pra Marina: "Numa tentativa de agradar gregos e troianos, você não agrada ninguém." Talvez seja por isso que você receba pedradas dos dois lados, Lola. Sendo a primeira a chamar radfems de mascus e a defender esquerdomachos, você bem que faz por merecer ser comparada com eles também.

lola aronovich disse...

É, anon, agora vc me pegou. Eu comecei o blog há 7,5 anos e o mantenho pra agradar pessoas. Eu pensei: como fazer amigas e conquistar pessoas? Já sei, vou fazer um blog feminista! Afinal, feminismo é tão bem aceito por toda a sociedade! E dentro do feminismo reina a sororidade, ninguém briga com ninguém! Taí uma boa ideia!
Está dando certo!


E anon das 10:13, que perguntou se vc está sendo transfóbica por não conseguir ver uma mulher trans como mulher, a resposta é óbvia: SIM. Ou vc acha que transfobia é só espancar ou matar uma pessoa trans? Parece o cara que diz "Não consigo ver um gay como um cara normal, mas não quero ser chamado de transfóbico".

lola aronovich disse...

Eu não estou acompanhando do que estou sendo acusada agora. A comparação com o blackface não fui eu que fiz, foi uma comentarista (aparentemente radfem, mas não dá pra saber, é quase tudo anônimo, e os comentários se assemelham muito aos de outros grupos transfóbicos). Às vezes fico achanado que tem uma galera que nem lê o post e vem direto falar besteira nos comentários.

Anônimo disse...

Radfems nunca se importaram se trans irão fazer mudança de sexo, se irão ter um nome social e se elas se vestirão em trajes "femininos". (Embora temos diversas críticas que, ok, não devem interferir na vida individual de ninguém). Sequer nos importamos se elas lutarem por um banheiro só para transgêneros, celas p trans e afins. Cada um faz o que quer da vida, nossa defesa é para que Laertes não entrem em banheiros femininos. Não entendo pq declarar guerra as mulheres e não aos homens que os destratam nos banheiros. Mas há uma força meio que invisível nos fazendo ceder ao patriarcado quando pensamos que "ah, deixa ozome, é da natureza deles serem agressivos, violentos, homofóbicos, transfóbicos, machistas". Com isso colocamos transsexuais feito Veronica Bolina numa cela feminina, criamos vagões rosas.. Isso é tão paliativo, tão contraproducente, tão conservador. E ainda nos chamam de segregacionistas quando sugerimos que a solução seria um banheiro só para elas. Estamos negando que são mulheres! Ah, dá um tempo, partindo dessa premissa, VOCÊS estão negando a luta de seus/suas irmãs/irmãos transgêneros que sequer operam, sequer se identificam com qualquer gênero! Não somos nós as binaristas, mas vocês. Vocês são os essencialistas, vocês acham que passividade e afins são algo feminino, mesmo pq algumas de vocês sequer tem as boas qualidades femininas (ou ditas como femininas), vocês definem mulher por sapato, bolsa, maquiagem, silicone e outras coisas que oprimem o sexo feminino. Cadê os homens trans? Pq é que não escutamos o que eles tem a falar? Quando resolvi escutar, ele me disse que a misoginia corre solta no movimento trans. Homens trans não tem seus problemas resolvidos com uma cirurgia p retirada dos seios. Homens trans continuam sofrendo risco de estupros, continuam menstruando, engravidando e sendo oprimido como mulher. Reconheçam o privilégio de vocês antes de virem falar de privilégio cis, "mulheres" transsexuais.

Anônimo disse...

Viu como funciona o transativismo, Camila Santos?
Você é transfóbica pq vc não vê como mulher um macho de barba com cara de mascu e heterossexual.

Anônimo disse...

O comentário acima é pra anon das 10:13, mas acho que pra tal Camila também.

Anônimo disse...

Anon A, adorei sua explicaçao. Estou me descobrindo rad também. CLARO que esse zé bosta foi no evento só pra tumultuar e falar "tomem, provem do seu proprio veneno, femnistas que abraçam o mundo".

Eu quero sim que trans tenham segurança, e vivam dignamente. Mas nao aceito um homem, ou uma trans venham falar sobre o que podemos ou nao falar no movimento feminista. Cada movimento tem suas pautas e falar de aborto e utero é coisa de mulher. Se vc acha isso opressor, caia fora.

Dar espaço pra esse cara e dar espaço para qualquer merdinha vir dar pitaco no nosso movimento, pautando os assuntos que julgma importantes.

Yara

Anônimo disse...

A Yara esta se descobrindo RAD. Loga vai estar falando que "homem tem uma arma biologica entre as pernas, e todo sexo hetero, e estupro no patriarcado" E "Se o feto for portador de piroca, e empoderador o aborto"
Como eu já ouvi muito, em paginas RadFens no Face.

Anônimo disse...

Exatamente

Anônimo disse...

Todo extremismo é burro

Anônimo disse...

E a Yara é inteligente

Anônimo disse...

"todo sexo hétero, e estupro no patriarcado"

E é mentira? Se formos levar a questão histórica, e de construções sociais patriarcais, onde esta a mentira nesta afirmação?

Raven Deschain disse...

Não sei se a pessoa é homem, mulher ou vogon e nem me interessa. Muito barulho por pouca merda.

Maaas duas coisas me incomodam nesses comentários.

1: banheiros - como um anon disse aí encima, tb uso e muito, o masculino. Realmente tem menos fila, sempre tem papel higiênico e na moral? Vai soar machista, até pq deve ser, mas homens really não ficam enrolando na pia. Se pá, nem lavam a mão e saem fora. E sério, COMIGO chegava a ser engraçado. Os caras me olhavam como se eu fosse um et. Como se só por eu estar - ali - eles fossem ser acusados de qualquer coisa. Nem chegavam perto. E banheiros exclusivos para pessoas trans não continua sendo um banheiro unissex, anyway? Afinal homens e mulheres o frequentarão. Ou não?

2: barba - como eu disse ali encima, teria barba tranquilamente. A minha maior inveja masculina (fora os milhões de privilégios) é a barba. Eu queria ter pelos na cara e ponto! Se o/a Luis/a resolvesse que não ia fazer a barba pq foda-se, o objetivo é desconstrução da feminilidade ou não? Quer desconstrução maior q mulher barbada? Ou seria uma ofensa maior ainda?

A impressão que esse tipo de coisa me dá é que o único objetivo dessa ala feminista é tretar com "pirocos". Seeei que não é, não me encham. Mas parece ser. Tipo... 1000 mulheres e o único assunto foi um trolläo. Cês jura? A dias que o único assunto aqui nos comentários da Lola são trans vs rads. Na boa, enquanto vcs tão nessa babaquice tem mulher apanhando. Tem mulher morrendo. Tem mulher sendo estuprada. Mas isso parece ser esquecido pq um cara resolveu colocar saia. Depois vcs acusam as libs de só pensar em macho, mas nunca vi lib nenhuma fixar só nesse assunto. E citar mil autoras que falam desse assunto. E só refutar comentários que falem desse assunto. E cobrar da dona do blog que fale desse assunto e pior: concorde com elas!

Julia disse...

É.. porque ele não vai a uma reunião do Movimento Negro se dizendo negro e tenta atrapalhar as discussões? Vai lá amiguinho...

Anônimo disse...

Radfens = lesbicas escrotas

Unknown disse...

Anon A., sim, eu sei que há feministas radicais que olham para a vivência das agriculturas e operárias, mas eu acho que elas reduzem essas vivências para caber na caixinha da opressão feminina padrão, que continua sendo a da mulher branca de classe média. Adoraria ler um estudo radical sobre vivência de agricultoras que fugisse disso, conhece algum?

Falo isso por que eu nasci numa família de agricultores e trabalhei no sítio dos meus pais até os 17 anos. Há trabalhos de homem e de mulher? Há, mas é muito mais frequente haver trocar de papéis. Algo que eu percebia que não acontecia com as amigas de família de profissionais liberais que moravam na vila, por exemplo. Mulheres na minha família sempre foram a roça, plantaram, colheram, cuidaram do rebanho, da horta. Trabalho doméstico era feito uma vez por semana, durante a semana todo mundo lava louça, arruma a cama e cozinha, inclusive meu pai. E isso era comum com outras famílias da vizinhança.


A geração da minha avó, não usava saia, não usava maquiagem, e moralizava sobre isso de forma extraodinariamente conservadora. Qualquer traço de vaidade era automaticamente associada a 'mulher da vida', sexualidade feminina era tabu e assunto que nunca, jamais, seria discutido por mulheres de família. As famílias estavam em assentamentos de colonos e a violência era tão generalizada que perder dois ou três filhos (geralmente homens) assassinados era normal. Que pelo menos outros dois (todos bêbes) morressem de fome ou doentes, também era parte do rumo normal da vida. Sexo se resumia a fins de procriação, só prostitutas gozavam. E sim, os maridos as procuravam por que era assim mesmo que tinha que ser. Fico chocada com os relatos...

Estupro era sim cotidiano, mas também era medida de opressão para homens. Senhores de terras, posseiros, quando queriam expulsar uma família da colônia, estupravam o pai na frente da mulher e de todos os filhos. Se alguém insistisse, bem, aí era 'só' queimar a família toda na casa.

Relatos de horror comuns ao interior do Paraná entre 1940 e 1960. Acho que você pode perceber então como me é estranho um feminismo que centra toda a forma de opressão sobre as mulheres na construção exclusiva de uma figura de mulher submissa. Veja bem, eu sei que ela está aí, mas há outras camadas de opressão que se sobrepõe a essa figura. E se isso está presente nos estudos rad, na prática da militância, a história me parece outra.

Unknown disse...

Cont. Outra coisa que dá no topo da minha paciência, espero que não tenha sido sua intenção, é essa constante necessidade de referência acadêmica para lidar com qualquer vivência de mulher que não esteja no discurso rad (mas vou ser justa, com outros feminismos no Brasil, especialmente em espaços acadêmicos, o mesmo ocorre).

Qualquer experiência de vida que fuja da caixa do descrito em um estudo famoso, é prova auto-evidente de que, veja bem, a mulher em questão está equivocada, ou aquela experiência não serve para o feminismo. Muitas vezes esse dignóstico vem acompanhado de frases não simpáticas como: adoradora de pirocos, machista, ignorante, arremedo de mulher...

Talvez essas experiências não sirvam mesmo para o feminismo radical, mas custa admitir que pode ser explicado por outras correntes? Vai rachar o mundo admitir que somos diferentes e que muitas vezes vamos lutar por coisas diferentes, sem que isso significa que alguém de nós tem que estar errada?

Anônimo disse...

Raven, então você entra em banheiros masculinos? Na maior cara de pau?
Já te passou pela cabeça, que você pode estar constrangendo alguns homens por la? Jà pensou que tem crianças lá (sim, apesar de feministas acharem impossível, homens também já foram crianças) Homens de idade, timidos, conservadores?
e a tipica feminista, que enxerga homens apenas como acessórios, e os desumaniza. Vendo a todos como uma manda de ogros, se achando superior (homens neaderthais, mulheres homo sapiens) não respeitando-os como individuos que são
E se desse na veneta de um homem, de sair entrando no banheiro feminino? imaginem o escandalo que a senhora Revem não faria? Há mais e claro, "homens são predadores sexuais naturais,que não podem ver xota, mulheres são seres angelicais, que jamais se exitariam com a imagem de um homem de pênis de fora"

No banheiro masculino, os mictórios são expostos, diferente do feminino, que e todo de cabines.

camila santos disse...

Eu acho que deveria ter banheiros próprios para transexuais, sabe transexuais podem ser tratadas como mulheres em várias situações mas não em tudo tipo se uma transexual agride uma mulher vcs achar justo mesmo tendo mais força? São duas mulheres então não tem problema nenhum? E eu também tenho certeza se transexuais começaram a usar banheiro feminino vai encher de tarado se vestindo de mulher e isso vai terminar com banheiro feminino precisando de seguranças.

Paolo McCooy disse...

Anônimo das 11:36
Por que sexo heterossexual é estupro?

Anônimo disse...

"Paolo McCooy disse...
Anônimo das 11:36
Por que sexo heterossexual é estupro?"
__________________________________
Numa sociedade patriarcal, toda relação sexual heterossexual é estupro porque as mulheres, como um grupo, não são fortes o suficiente para consentir, de forma plena e conciente. A descoberta dos homens que sua genitália poderia servir como arma pra gerar medo deve ser classificada como uma das descobertas mais importantes dos tempos pré-históricos, junto com o uso do fogo e o primeiro rudimentar maçado de pedra.
Nossa cultura patriarcal, não retrata sexo como estupro para que homens e mulheres se tornem mais interessados nisso. Uma das razões que as mulheres são mantidas em um estado econômica de degradação – porque é assim que estão a maioria das mulheres – é porque isso é a melhor forma de manter as mulheres sexualmente disponíveis.Uma das razões que as mulheres são mantidas em um estado econômica de degradação – porque é assim que estão a maioria das mulheres – é porque isso é a melhor forma de manter as mulheres sexualmente disponíveis.Uma das razões que as mulheres são mantidas em um estado econômica de degradação,porque é assim que estão a maioria das mulheres, é porque isso é a melhor forma de manter as mulheres sexualmente disponíveis. Neste contexto meu caro, o Lesbianismo, um ato de resistência.
Casamento por exemplo; como uma instituição desenvolveu-se do estupro como uma prática. Estupro, originalmente definido como abdução, tornou-se casamento por captura. Casamento significava que a tomada seria extendida em tempo.Apenas quando a masculinidade estiver morta, e ela perecerá quando a feminilidade devastada não mais a sustentar.
A família nuclear é um viveiro de violência e depravação.
Patriarcalismo requer violência ou a ameaça subliminar de violência de modo a se manter… A situação mais perigosa para uma mulher não é um homem desconhecido na rua ou mesmo o inimigo em tempos de Guerra, mas o marido ou amante no isolamento do seu lar
No patriarcado os homens nos estupram sim, e constantemente, com sua moral, suas leis, seu falo, seus conceito estabelecidos.

Lirica.

Anônimo disse...

Ai meu Deus. Não sei se com voces não tem conversa ou não expliquei direito. Eu disse que mulher de verdade é mulher normal? Sei que tem gente de todo tipo e que a diversidade é natural, se não não haveria tantas espécies e mutações. Mas fatores biológicos pra mim contam e óbvio que as mulheres trans podem fazer o que quiserem mais nunca vão ter biologicamente as mesmas características femininas e isso é óbvio. Não me obriguem a ver só a construção cultural do que é feminino porque desse jeito qualquer um pode ser mulher, mas biologicamente só nascendo. E essas pessoas que fazem o máximo pra se tornar um animal que elas querem ser, tenho que dizer que ela é bicho de verdade? Ora pois!

Anônimo disse...

O feminismo inclusivo e acolhedor é o da terceira onda, que aceita todas as mulheres. Desde as que nasceram mulheres, as que se tornaram mulheres e aquelas que ainda serão.

Não exige vestibular nem diploma de feminista. Não faz divisão entre mulheres de primeira e de segunda categoria.

Todas podem ser feministas, sejam ativistas, mães e donas de casa,lésbicas, modelos de passarela, prostitutas, cantoras de funk, travestis, transex.

Não precisam abrir mão de seus sonhos e ser elas mesmas, sem se preocupar em melindrar femistas fundamentalistas. Têm o direito de gostar de sexo e de homens.

Anônimo disse...

Que ótimo. Sexo é biológico.


Vai ver, também deve ser biológico mulher ser frágil, florzinha, sensível, cuidadora.

A desonestidade de algumas feministas aqui é aparente. O biológico vai até onde me interesse. Quando não me interessa, "é cultural".

Unknown disse...

Camila é esse aqui: https://ensaiosdegenero.wordpress.com/
Espero que goste da leitura! ^_^

Paolo McCooy disse...

Anônimo das 12:35
Menos, menos...

Anônimo disse...

E é só isso que vc consegue responder?
Quando a verdade aparece faltam argumentos não é?!

Raven Deschain disse...

Hum. Eu estou falando especificamente de banheiros de balada ou bares, anta. Se há crianças lá, bom.. Haha. Estranho. E eu não faria escândalo nenhum, anta. Nunca vi e se visse, é um banheiro. Eu ia mijar e ir embora. Uma situação é o cara mijar. Outra situação (aí sim, digna de escândalo) é como no banheiro daquela faculdade que o cara ia espionar e tirar foto das meninas. Maaas era um cara hetero, cis e idiota. E não. Nem todo banheiro masculino é só mictório. Lugares estranhos esses que vc frequenta.

E por favor, escreva direito, anta. Não sei oq é "Revem".

Anônimo disse...

"as mulheres, como um grupo, não são fortes o suficiente para consentir"

nao disse que pras radfem mulher eh merdinha?

Anônimo disse...

O objetivo deste lenga lenga, de "feminismo de terceira onda acolhedor" e a destruição da masculinidade, e ter o feminino, como padrão humano.
As Rads, pelo menos, em seu extremismo, duvidem bem homens e mulheres.
Já estas feministas, baseadas no marxismo cultural, querem que homens se tornem mulheres, na mente delas, só assim, teriam igualdade plena, nivelando tudo ao feminino, que é o que elas aceitam por "humano aceitável "
Senão como acreditar, que uma mulher feminista, fique com um homem trans, que se declare "lésbica" ? Na verdade ela quer o sexo hetero, apesar de negar, o que ela não que e a masculinidade, que a ideologia plantada na mente dela, a dez acreditar que e doentia. Ou seja, ela transa com uma "mulher de pênis " não com um homem.

Unknown disse...

"A nova estratégia de deterministas culturais é "fearmongering" - incitação ao medo. Para expulsar a biologia da compreensão da dimensão biológica de gênero e orientação sexual (que é inegável), agora a moda para tentar censurar a curiosidade sobre isso é alegar que será apenas outra fonte de segregação. Pode até ser, é possível. Mas ser
possível não é sinônimo de ser provável, e ser submetido a mau uso não significa ser falso."

Eli Vieira, geneticista, feminista. Texto completo aqui:

http://www.elivieira.com/2014/03/sobre-generos-e-deterministas-culturais.html

RADicalista disse...

Cara de pau a Marcia Baratto vindo falar que o Feminismo Radical é centrado na mulher branca de classe média. Características típicas do backlash. Parece os reaças que falam que os esquerdistas são todos universitários, classe média. Você e todos os fanboys da terceira onda do feminismo, inclusive o anon das 12:25 certamente NUNCA leram teoria feminista radical para repetirem as mesmas bobeiras que todo leigo repete. É a vertente do feminismo mais inclusiva para MULHERES (nascidas mulheres) negras e lésbicas. Tanto que vocês, libfems, vivem chamando todas as radfems de lésbicas pq há teorias dentro da vertente que problematiza penetração. O que eu tbm achava absurdo no início, mas hoje em dia entendo e apoio totalmente, mesmo sendo heterossexual. Continuo achando que o feminismo radical é o feminismo mais à esquerda que existe, menos racista de todos (quero ver vocês provar que o racismo acabou na terceira onda, pelo contrário, aumentou) e mais acolhedor com lésbicas que qualquer outra vertente.
Reparem no comentário da feminista "terceira-ondista" das 12:25 a lesbofobia: "Têm o direito de gostar de sexo e de homens". Vão pro inferno, depois ainda tem gente que tem o descaramento de falar que a Segunda Onda do feminismo é que era lesbofóbica! Sabe pq anon infeliz das 12:25 na terceira onda as modelos, as cantoras de funk e mesmo os homens podem ser feministas? (embora a segunda onda não tenha proibido homens de apoiarem o movimento)
Pq a terceira onda nunca existiu. A terceira onda não é nem nunca foi feminismo, mas um backlash disfarçado de feminismo, um pós-feminismo que prega que qualquer mulher reprodutora do machismo é feminista. Como você bem disse, a terceira onda prega que mesmo as subalternas dos maridos e dos filhos no lar são feministas pq estão "escolhendo" isso. Eu me recuso a chamar de feminista uma cantora de funk que incentiva a competição entre mulheres chamando-as de recalcadas e invejosas em suas músicas, depois cantando pornografia numa outra onde diz que pica boa é que a já tem dona!
O Feminismo Radical surgiu do Feminismo Socialista e classifica homem e mulher como uma forma de hierarquia. Os homens não tem privilégios masculinos como prega a conservadora terceira onda do feminismo, os homens SE BENEFICIAM da opressão feminina. A mulher é o proletário do homem.
O feminismo radical da segunda onda americana só chegou no Brasil com a internet onde garotas traduzem muitas coisas que nunca foram lançadas em livros aqui e ainda tem gente que diz que somos acadêmicas. Eu entrei no seu perfil, Marcia Baratto e vi que só tem posts típicos do pós-feminismo: maquiagens e afins. Onde que isso é inclusivo?
Quero ver você provar que a terceira onda do feminismo se preocupa com essas supostas mulheres desprivilegiadas mais do que o feminismo radical. Você não prova. Não assim.

Anônimo disse...

Pior que esta merda faz todo o sentido, as mulheres neste neo feminismo, não querem um homem, querem uma "mulher com pinto"
Nem precisa ser trans, o que mais tem nos antros de humanas hoje, e homem se emasculando, para serem aceitos por elas.
Diabólico.

lola aronovich disse...

E ninguém falou de como não é empoderador um feminismo que sempre coloca as mulheres como vítimas. Um feminismo em que 50 (ou mil mulheres, dependendo da versão) ficaram coletivamente com medo de serem estupradas por um homem em processo de transição.


Anon das 12:51 é mascu, mas aponta um outro ponto de ligação entre radfems e mascus da vertente MGTOW (Men Going Their Own Way): o segregacionismo. Muitos mascus gostariam de viver num mundo exclusivamente de homens. Muitas radfems gostariam de viver num mundo exclusivamente de mulheres.
Como um mundo assim não vai existir (ainda bem que não!), ambos os grupos vivem na fantasia.

Anônimo disse...

RADicalista,

Pelo visto, é você quem está fazendo o processo seletivo para feministas.

Como faço para me inscrever? Me passa a bibliografia para a prova.

Se eu for aceita, quanto tempo demora para chegar a minha carteirinha?

Anônimo disse...

Uê Raven, que esquisito? Tu entra em banheiro masculino de balada, e não e estuprada? Mas,mas, mas... As feministas dizem que os "omia tudo estuprador" fazem fila nestes locais, para estuprar, e que e cultural, tipo, que eles saem dando parabéns uns aos outros depois: "aee irmão, legal aquele estupro" TAP TAP TAP ( tapinhas nas costas)

Anônimo disse...

Muito me admira a Lola falando de vitimismo de Radfems aqui. Não se esqueça que para os mascus somos TODAS vitimistas. TODAS. Liberais ou radicais. O "vitimismo" é o argumento preferido da Direita. O oprimido não é vitimista pq odeia a opressão do opressor.

RADicalista disse...

Aliás, isso já acontece. Só reparar como as feministas liberais comparam as radicais com religiosos moralistas e conservadores quando problematizamos prostituição e pornografia. Até frígida e anti-sexo acham que somos. Pegam as ideias mais extremistas do feminismo radical: essa coisa de achar que todo homem estupra, que todo sexo é estupro pra generalizar e estereotipar uma vertente inteira. Canseira.

lola aronovich disse...

Nem mencionei a palavra vitimismo, anon das 13:14. E nem mencionei a palavra radfem nesse meu último comentário. A carapuça serviu? Não acredito que as 50 ou 1000 feministas presentes no EME eram feministas radicais. Mas realmente gostaria de entender como 50 ou 1000 ficaram com medo de uma pessoa. Porque, como eu disse no post, se estou num grupo de mulheres, eu não tenho medo de ninguém. Eu acho que esse argumento do "um homem pôs em risco 50 ou 1000 mulheres" é péssimo pro feminismo, porque pressupõe que mulheres são sempre mais fracas, mesmo quando estão em grupo. Mesmo quando são feministas!


Anon das 13:09, elas estão mais interessadas em cassar carteirinhas feministas do que em distribuir novas carteirinhas. Será que fica no mesmo guichê?

Anônimo disse...

"Anon das 12:51 é mascu, mas aponta um outro ponto de ligação entre radfems e mascus da vertente MGTOW (Men Going Their Own Way): o segregacionismo. Muitos mascus gostariam de viver num mundo exclusivamente de homens. Muitas radfems gostariam de viver num mundo exclusivamente de mulheres.
Como um mundo assim não vai existir (ainda bem que não!), ambos os grupos vivem na fantasia."

Você se enterra cada vez mais para nós Lola. Cada afirmação sua, e a teimosia de nos comparar com um grupo ridiculo, de fracassados, nos coloca com antagonistas do que você considera feminismo.
muito triste, Lola, a casadora de carteirinhas

Anônimo disse...

lola aronovich disse...

E ninguém falou de como não é empoderador um feminismo que sempre coloca as mulheres como vítimas.

Raven Deschain disse...

Hur dur herp derp. A Marcia não é feminista pq gosta de maquiagem.

Tava demorando...

RADicalista disse...

Fala que caçamos carteirinha como se nos comparar com mascus não fosse caçar carteirinha tbm. Tudo isso pq? Pq nosso feminismo não é como o dela. Não somos excludentes, filha. Inclusive você devia saber que TERF é uma ofensa, é um termo criado por transsexuais que acham que são feministas radicais (pq não entenderam o feminismo radical). Daí criaram o termo pra tentar nos definir como um subgrupo do feminismo radical, sendo que o transsexualismo está completamente em oposição ao Radfem. Massss, tem algumas trans que acham que são rads!
Não somos excludentes pq achamos que o feminismo radical deve ser protagonizado por mulheres, Lola. O homem que realmente tem intenção de ser feminista, ele estuda, Lola. Ele lê, entende que deve respeitar o espaço e o protagonismo feminino. Eles são menos de 1 em 1 milhão, especialmente se pegarmos como exemplo esses homens de saia que você defende.

Raven Deschain disse...

Eu ia falar, Lola. Mas viro alvo de novo. Concordo com a Valeria. Um evento "arruinado" por uma pessoa, trans ou não, já não era, desde o começo um evento muito empoderado. Aí no meio desse nulherio todo, elas ficaram com medo?

Ah gente. Me sinto uma florzinha indefesa quando leio isso. Me sinto obrigada a ter medo de tudo o tempo todo, mesmo acompanhada com minhas irmãs. E iszo é um absurdo.

lola aronovich disse...

Já estou enterrada entre radfems faz muito tempo, anon das 13:26. Eu e qualquer feminista, qualquer mulher, que não concorda com o que vcs dizem. Infelizmente, vcs têm pontos em comum com os mascus: o ódio, a transfobia, o segregacionismo. E a total falta de autocrítica.
Nem por considerar o feminismo radical equivocado em vários pontos eu casso a carteirinha de alguém. Quem faz isso são vcs. Eu não digo que vcs são menos feministas. Apenas que é um feminismo que não me representa.
Por que a insistência em vir comentar num blog que, segundo vcs, as silencia, as demoniza, cassa as carteirinhas de vcs? Vcs não têm espaços próprios, espaços seguros? Vcs não querem convencer ninguém. Não sei porque continuam tentando. O feminismo é só pra vcs e pronto.

Anônimo disse...

Não falei que feminista não usa maquiagem, falei que maquiagem não é empoderador nem inclusivo. Eu falo, o feminismo hoje em dia não é mais nem de terceira onda, pq uma feminista liberal da terceira onda, a Naomi Wolf, escreveu um livro chamado "O Mito da Beleza" e talvez seja chamada de Radical por gente que se declara feminista sem saber o que é, já que o feminismo 2015 não é feminismo!

Cris disse...

obrigada mil vezes, Lola, por expressar exatamente o que precisa ser dito. pelo amor de qualquer coisa que vocês achem importante ou sagrado, PAREM de achar que tem que ter tanto medo assim de homem! feminismo é também mostrar que nós mulheres TEMOS PODER E DEVEMOS REIVINDICÁ-LO, em vez de esperar que o homem placidamente abdique de parte de seu poder e o outorgue a nós.

CHORAR POR CAUSA DE MULHER TRANS? SÉRIO MESMO? ainda se fosse realmente um homem trollando (não vou assumir isso como verdade absoluta), bastava aplicar-lhe um belo chute nas bolas, adeus perigo. mas nem era um homem trollador simplesmente, por relatos que ouvi era uma pessoa em transição, portando-se de forma submissa. PAREM DE PERMITIR QUE A PRESENÇA MASCULINA SEJA TÃO INTIMIDADORA. CONSTRUAM UMA REALIDADE DIFERENTE, DE DENTRO PRA FORA.

Anônimo disse...

Mal aí, mas não consigo acreditar em outra coisa que não nesse sujeito ser um troll babaca que quis aparecer e estragar o evento. No post em que contou a versão dele, o cara convidou as pessoas a conhecerem sua hsitória de transição, mas não tem NADA sobre isso na internet. Nada. Só um texto safado e sem nada que dê a entender um processo de mudança.

Anon das 12:51 mas ter o homem branco como padrão humano e desumanizar, oprimir, estuprar, mutilar e até matar quem não se encaixa pode, né? O certo é ter homens como padrão humano e se alguém nascer sem pênis, matar, oprimir, estuprar e até mutilar a genitália dessa pessoa como "castigo" por ter nascido com as "partes erradas", né? Vai se jogar de cabeça num poço, hipócrita.

Anon das 11:36, a diferença é que se a mulher quer e diz "Sim, eu quero transar com você" pro cara ela consentiu e aí não é estupro. Putz, pra você e pra Lirica, mulheres são oprimidas mas não retardadas. Se uma mulher adulta e consciente quer transar com o cara e diz "sim" isso não é estupro. Aceita que dói menos. Quem não quer transar com homens, quem odeia relação hétero e penetração tem todo o direito de ser recusar a isso, e ninguém tem o direito de se meter; vcs tbm não tem que se meter na vida de quem transa porque gosta.

RADicalista disse...

Lola é uma pessoa extremamente dogmática e solipsista. Ela é uma neoliberal enrustida! Não adianta, ela faz questão de (fingir) não entender.

As feministas liberais que são hipócritas e sem autocrítica. Já que somos mesmo segregacionistas, vá exigir que todos os banheiros sejam unissex, então, afinal é vitimismo que estejamos separadas dos homens. Vá lá apoiar a pedofilia, a prostituição e a pornografia só pq a Direita religiosa é contra. Você já começou bem quando chamou suas seguidoras de reaças quando elas se irritaram pq vc publicou o relato de um estuprador. Típico fanatismo de esquerda pós-moderna. Você não tem moral pra nos chamar de extremistas.

Anônimo disse...

Eu gostaria de saber uma coisa das radfems:

Se um homem espanca sua companheira trans, ele não é um agressor de mulheres? É apenas "briga entre machos"?

RAD disse...

Ele sim é transfóbico, Anon das 13:57.

lola aronovich disse...

Gente, eu não conheço a pessoa, só li relatos aqui e ali. Mas conheço mascus muito bem, e não consigo imaginar algum que colocaria uma saia pra ir trollar um evento feminista (não estou falando de um ou dois mascus que hoje são mulheres trans e continuam sendo mascus -- obviamente que o problema é ser mascu, não ser mulher trans). Essa Luisa parece estar em processo de transição. Aí o anon das 13:45 diz que, se não há nada sobre essa transição na internet, é porque não existe. Como se toda pessoa trans fosse documentar seu processo de transição... Pelos relatos que li, Luisa não se diz negra. A foto dela barbada que foi divulgada não é atual. Não foi assim que ela chegou ao evento. Mas, sinceramente, é uma pessoa só. O que salta aos olhos nessa história toda é como um evento com mil feministas virou a história em que "um homem pôs em risco a vida de mil mulheres". Essa questão é muito mais importante, a meu ver, do que a trajetória de Luisa.
E há contradição demais por aqui. Criticam mulheres trans se elas são "femininas" demais, porque aí estariam sendo caricaturas de mulheres. Criticam mulheres trans se elas não são femininas. Tem etiqueta e uniforme pra ser mulher trans? (homem trans nem existe nessas discussões, é completamente invisibilizado). Tudo se resume a um ponto: radfems consideram que mulheres trans são homens (e sim, isso é transfobia).
E, pelo jeito, radfems têm medo de homem. Até quando estão na proporção de 50 (ou mil) contra um.

lola aronovich disse...

"Ele sim é transfóbico".
Rad achando que transfobia é só espancar trans. Negar-lhes a identidade não é transfobia, chamar pelo pronome errado, insistir em usar o nome de nascença, chamá-lo de "piroco" e "macho de peruca", nada disso é transfobia. Por esse ponto de vista, homofobia e lesbofobia é só quem espanca ou mata gays/lésbicas. Dizer que um beijo entre duas mulheres é nojento, por exemplo, não seria lesbofobia. (Isso é o que o senso comum acredita também: que qualquercoisafobia é apenas quando ocorre violência física).


RADicalista, resumiu direitinho. Sou uma neoliberal enrustida que criou um blog feminista pra agradar pessoas. Again: vai ver se eu tô na esquina transfóbica catando coquinho radical.

Samantha disse...

Saudades dos tempos em que bastava se assumir feminista, ter ideais feministas e acreditar no feminismo para ser feminista.

Hoje temos que nos preocupar com nomes e com o ódio dentro do grupo. Nunca li tanto comentário anti mulher quanto os proferidos pelas radfem com relação as ditas libfem.

Hoje eu me considero feminista, mas não faço a menor vontade de participar do movimento feminista.

Anônimo disse...

Gente, era a Luisa em fase de transição (segundo a Lola)

Que coincidência o primeiro dia de transição dela ser junto com o início do evento! =o

Porque obviamente que foi o primeiro né, se ela já estivesse em transição antes teria trazido de casa uma peça "feminina", sem precisar pedir emprestado na hora. Fora a história da barba que não convence, tinha lâmina em casa não?

Anônimo disse...

Tá difícil pra Lola entender que não estamos negando a identidade dele por ser trans, e sim porque NÃO era trans, e sim um troll.

Anônimo disse...

"um homem pôs em risco a vida de mil mulheres"

Pelo visto vou ter explicar essa parte também. A partir do momento que um homem TROLL de saias entra em um evento de mulheres, abre brecha pra QUALQUER homem fazer isso. Se um psicopata estuprador quisesse entrar lá, ele poderia, só fazer a barba e colocar uma saia igual o Luis. E não só no evento da UNE, mas de agora em diante em qualquer evento feminista isso pode acontecer.

Lívia Pinheiro disse...

Dear Lord. Gente, isso não é difícil:

Matar, espancar, humilhar, expor, maltratar, negar direitos concedidos e todos os demais seres humanos, desrespeitar = x-fobia

Partir de um pressuposto teórico sobre gênero que discorda do seu = divergência teórica

Querer OBRIGAR alguém a concordar com seu pressuposto teórico de gênero, caso contrário vc é x-fóbico = intolerância

Quem se recusa a aceitar que mulheres trans devam estar na mesma categoria que mulheres cis possui "apenas" uma divergência teórica com quem o faz. Divergência esta que é muito profunda, eu sei, por isso as aspas. Mas parem de querer enfiar o SEU pressuposto sobre gênero goela abaixo dos outros. Ele é seu, não tem que ser o de mais ninguém.

E isso é completamente diferente de chamar de piroco e macho de saia - o que é uma falta de respeito gigantesca, e aí eu talvez até concorde que possa ser chamado de transfobia. E também não acho que caiba nenhuma comparação com homossexualidade. Se um indivíduo me diz que "não acredita em lésbicas" (como já aconteceu comigo, aliás), isso só faz dele um boçal, e não "lesbofóbico". A não ser que, adicionalmente a isso, ele faça uma ou mais das coisas listadas no segundo parágrafo.

As pessoas acreditam no que quiserem, quer isso tenha embasamento, quer não. O que esse povo queer quer é forçar a sua definição de gênero pra todo mundo, e se vc pensa diferente, vc é "transfóbico". E antes que venham dizer que negar a auto-definição de gênero é aceitar a definição das rads: não foram elas que inventaram essa merda, quiridinhos. Aliás, é exatamente a eliminação dessa merda toda o que elas querem.

Anônimo disse...

Outra coisa, Lola você está apoiando o cara porque supostamente ele estava em fase de transição e foi mal incompreendido por isso. Certo, mas e as trollagens dele nos debates do evento? O fato de ele ser sarcástico o tempo todo como relataram participantes? Somado ao fato de que preferiu fazer a "transformação" na hora, porque será? Vai continuar dizendo que ele era trans em fase de transição, com boas intenções?

Anônimo disse...

(Nem precisa ser trans, o que mais tem nos antros de humanas hoje, e homem se emasculando, para serem aceitos por elas.
Diabólico)

Diabólico não mascultroll, revolucionário.

Anônimo disse...

Escroto é o seu preconceito

Anônimo disse...

Nao estamos dizendo que ela não é feminista. Mas se você concorda que a pressao estética é uma opressão, é problemático usar um espaço feminista para reforçar o discurso de que a aparência feminina precisa ser aperfeiçoada.

Anônimo disse...

Só alguem muito limitado pra achar que ela tava realmente em transição

Raven Deschain disse...

Ela não está usando "espaço feminista" nenhum, amore. Vcs é que foram encher lá na página dela.

Alguém disse...

Enxergar a realidade é transfobia nessa forma atual de deferência às chantagens de tiranos que fazem de tudo para te controlar.

Quando você deixa de mentir para si e para as outras pessoas e prioriza a busca pela verdade, quando abandona a viseira do auto engano que colocaram em você para te manter em ilusões e te controlar melhor, quando sua preocupação não é mais agradar os outros nem tentar satisfazer as vontades de quem nunca estará satisfeito (porque ferir os sentimentos dos seus tiranos pode ser perigoso e mortal) então você deixará de se importar com a opinião dos outros sobre você, todos os ataques e acusações que fizerem contra ti perderão poder e você estará livre.

Unknown disse...

RADicalista, obrigada por ilustrar os meus argumentos, eu, certamente não argumentaria melhor sobre a falta de empatia de algumas radicais.

Só para constar: se a minha leitura é amadora e iniciante, seria elegante da sua parte dizer como e o porquê, só me xingar de ignorante é uma tática muito desonesta de debate.

E fica calma, eu não disse em hipótese alguma que o feminismo radical não serve (acho que ele serve muito, faz a crítica cultural mais incomodada da atualidade, deve ser lido e merece ter espaço), só não acho que seja o melhor para mim, eu, felizmente, não sou o universo todo das mulheres. Boa sorte em convencer as demais, nessa pauta, não vou poder te ajudar.

E, na boa... Brasil não é Estado Unidos, vamos abandonar essa mentalidade colonizada e começar a historicizar o nosso próprio movimento? Aqui, a história é outra. Recomendaria o documentário Resistir é preciso, cd 6 -Imprensa de Mulheres (Brasil Mulher, Nós Mulhere, Mulherio, Maria Quitéria) sobre a história da imprensa feminista no Brasil que iniciou os debates pré-redemocratização para ver quem é que foram nossos inimigos históricos recentes, e já adianto: os liberais é que não eram.

Raven, o problema não é eu gostar de maquiagem, eu realmente gosto muito, não tiro o batom vermelho e muito menos a sombra azul calcinha esfumada até a 'sombran', o problema mesmo é de identificação de classe.

A minha vivência como mulher agricultora não conta, ela precisa e deve ser silenciada, não sou um bom exemplo de 'mulher'.

Pelo menos, é o que eu concluo das respostas que recebo,
será que estou viajando?

Mas deixa eu ir ali terminar meu currículo para o banco mundial, por que certamente com todo esse meu liberalismo, não vai ser difícil arrumar uma vaga entre as 'feministas pelegas' das organizações internacionais. Pelo menos esse cargo paga as contas, essa coisa mundana que uma filha de pequenos agricultores como eu tem se preocupar, sabe? ;)

Anônimo disse...

É diabólico sim!
E eu sou mulher. ...

Raven Deschain disse...

Pois é Marcia. Eu tb adoro cabelo, moda e maquiagem e como disse em outros posts, tudo isso PODE sim ser empoderador pra algumas mulheres.

Oq é inacreditável e inaceitável é a pessoa não refutar argumento nenhum e dizer 'aiii mas os posts dela são só sobre maquiagem, isso não é feminista sua boba'. Ah por favor. Bando de mulher estudada, pode fazer melhor doq isso. Acho que não tá viajando não. Foi isso que entendi tb.

Anônimo disse...

Os governos, que consistem em muito poucas mulheres, apressaram-se a identificar como mulheres os homens que acham que o são e mandam que se castrem para prová-lo, porque vêem as mulheres não como outro sexo, mas como um não-sexo. Ninguém que se submeteu à intervenção cirúrgica visando a transformação sexual jamais pediu um transplante de útero/ovários; se esses transplantes fossem obrigatórios para as pretensas mulheres, elas desapareceriam da noite para o dia. A insistência em que as mulheres feitas pelo homem sejam aceitas como mulheres é a expressão institucional da convicção errônea de que as mulheres são homens defeituosos. A verdade biológica é o oposto; todos os biólogos sabem que os homens é que são mulheres defeituosas. Embora os órgãos externos sejam a expressão do defeito cromossômico, a remoção deles não alterará o fato cromossômico, da mesma forma que a remoção de rabos de filhotes de cachorro não produzirá uma raça sem rabo.

— Germaine Greer, A Mulher Inteira, 1999

Anônimo disse...

Lola, agradeço por esse espaço que você mantém. Adoro as caixas de comentários do seu bloguinho! Dá pra fazer vários estudos de campo sem nem precisar sair de casa.

Anônimo disse...

Na boa Raven, tb não acho legal... acho desrespeito ao espaço alheio. Você mede i ato de entrar no banheiro masculino por sua personalidade e experiências, mas tente se colocar no lugar de homens (e mulheres, no caso de um homem entra no feminino) que tenham personalidade diferentenet da sua. Pode ser uma atitude bem agressiva e constrangedora pra algumas pessoas.

Anônimo disse...

Comentário das 18:28, todas as guerras que os homens fizeram não foram "sacrificios para as mulheres" ou qualquer outra porcaria que você defenda. Biologicamente falando, a vida dos homens teria um menor valor já que o papel dele é apenas fecundar a fêmea. E por isso seria necessário que os machos brigassem e matassem uns aos outros para que as fêmeas tivessem comida suficiente para alimentar suas crias. Não se pode falar que uma sociedade que contribui para a violência e morte de mulheres esteja "contribuindo para a espécie", pelo contrário, a eficiência de uma espécie é medida pelo numero do sexo que dá a luz a prole, ou seja, quanto maior o numero de mulheres em uma sociedade, mais saudável ela será . Qual seria o valor do macho? Porque muitas vezes eles são perigosos para a própria espécie por matar os filhotes. O macho só existe por causa da teoria da rainha das copas, ou seja, da corrida armamentista contra os microorganismos no qual é necessário uma maior variabilidade genética.

Anônimo disse...

Mas gente... Isso vai mal.

Friamente, o que aconteceu foi: havia um encontro de um movimento político; uma pessoa aparece, dizendo se sentir parte desse movimento; e, mesmo sem ser aceita unanimemente, força sua permanência no encontro. No mínimo, uma atitude impositiva.

Não consigo imaginar de que outro movimento, fora o feminismo, seria exigido que os outros ativistas aceitassem essa atitude sem nenhuma objeção. Em que outro movimento estaria havendo defesa dessa atitude impositiva? Que outro movimento aceitaria, além disso, que outras pessoas de fora do movimento os criticassem por não aceitar essa atitude impositiva?

Pior. Pensem friamente: o resultado concreto disso tudo qual foi? Que, depois de um encontro de um movimento político, a repercussão passa a girar inteirinha em torno do impositivo. Ou seja, a pessoa que forçou sua entrada criou uma polêmica que apagou qualquer outra notícia sobre o encontro.

Vamos acordar gente... Que isso vai mal.

Anônimo disse...

Anon 19:43

Comente mais sobre esse assunto, por favor. Você parece ser uma pessoa bastante sensata que sabe muito sobre esse tema que acho tão interessante e importante.

Só que acho que não entendi muito bem isso que você disse: "E por isso seria necessário que os machos brigassem e matassem uns aos outros para que as fêmeas tivessem comida suficiente para alimentar suas crias." Pode desenvolver mais suas ideias, por favor?

Anônimo disse...

Na verdade o que eu não entendo é porque muitas espécies, inclusive a nossa, chegaram à produção de machos e fêmeas em uma proporção de praticamente 50/50. Isso não parece evolutivamente vantajoso nem economicamente viável, considerando que A) os machos muitas vezes são prejudiciais para a própria espécie B) a existência de machos só é necessária para que haja uma maior variabilidade genética e C) para desempenhar essa função, a existência de poucos machos é o suficiente.

Anônimo disse...

Simples, quem não tem medo de lutar contra a natureza, de explorar e expandir domínios, é o macho, ou seja fatores determinantes para a sobrevivência de uma espécie, na verdade todas funcionam assim, se isso dependesse das fêmeas estaríamos extintos há um bom tempo.

Anônimo disse...

Acredito que uma das coisas que mais incomoda as rads em relação às trans, é que aquilo que as rads colocam exclusivamente como opressão, as trans buscam como forma de libertação, o que relativiza o maniqueísmo cego da teoria delas.

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