Acompanho seu blog e gosto muito das reflexões e do espaço aberto para relatos.
Tenho 25 anos e sou formada em ciência sociais, pretendo um dia fazer mestrado em antropologia, com foco em gênero e antropologia do corpo. Faço dança de salão há anos e como dançarina percebo muita ideologia por trás do aprendizado corporal e gostaria de estudar isso.
Sempre fui independente em relação a relacionamentos. Não sei se por sorte ou por escolha, nunca tive namorados ciumentos ou possessivos. A primeira vez que lembro de ter feito algo que hoje considero feminista foi numa conversa como meu pai. Tive muitos namoricos e ele, em seu machismo, falou que eu não encontraria alguém que me levasse a sério se continuasse assim, que os estagiários que trabalhavam com ele chamavam mulheres como eu de "rodadas". Respondi simples e calmamente: "homem assim não é homem pra mim".
Outra vez ele falou que pelo número de namorados que eu já tinha tido eu me aproximava de uma prostituta; respondi que essa era a opinião dele, e que como eu não via desse jeito ia seguir minha vida amorosa do jeito que bem entendesse. Minhas respostas a ele sempre foram calmas e seguras de forma que ele não tinha como rebater e não se sentia ofendido. Acredito que consegui isso por fazer terapia com uma psicóloga muito boa, que me ajudou a ter segurança, e por fazer uma faculdade que me ajudou a entender um pouco como funciona o processo de argumentação.
Outra vez ele falou que pelo número de namorados que eu já tinha tido eu me aproximava de uma prostituta; respondi que essa era a opinião dele, e que como eu não via desse jeito ia seguir minha vida amorosa do jeito que bem entendesse. Minhas respostas a ele sempre foram calmas e seguras de forma que ele não tinha como rebater e não se sentia ofendido. Acredito que consegui isso por fazer terapia com uma psicóloga muito boa, que me ajudou a ter segurança, e por fazer uma faculdade que me ajudou a entender um pouco como funciona o processo de argumentação.
Ultimamente tenho lido diversos artigos feministas que me ajudam a repensar o machismo que tenho internalizado, converso muito com meu namorado sobre esses assuntos e tento fazer com que ele questione alguns pressupostos dele. Não que ele seja do tipo machista -- pelo contrário --, mas sempre tem algum resquício da sociedade patriarcal.
Um desafio que vejo à frente é que passei em um concurso público e terei um bom salário, e meu namorado escolheu uma profissão difícil e provavelmente não conseguirá ganhar metade do que ganharei, então teremos que vencer a concepção machista que diz que o homem deve ganhar pelo mesmo o mesmo que sua parceira (preferivelmente mais). Minha terapeuta tem me ajudado a combater esses preconceitos internalizados, trazendo pra superfície essa questão que no começo eu estava negando, e me fazendo refletir sobre o que é mais importante, amor ou dinheiro.
Ele é um namorado maravilhoso, temos uma relação bem igualitária sem possessividade de nenhuma das partes, posso conversar com ele sobre qualquer coisa, ele me ouve e me ajuda a melhorar, tem uma forma de pensar de esquerda e tenta não dar valor demais ao dinheiro. E o mais importante: ele me traz paz e eu trago paz a ele. Assim, a resposta sobre o que é mais importante é bem fácil: sem ter ele do meu lado como meu parceiro, o dinheiro não seria grande coisa, principalmente porque com o que vou ganhar, poderia bancar nós dois. Acho importante que ele tenha seu dinheiro e independência e não se sinta preso, mas não precisa ser mais que o necessário pra isso, o importante é que ele siga fazendo o que gosta e se satisfaça assim.
Ouvi duas mulheres novas (menos de 30 anos) que passaram no mesmo concurso dizendo "Ah, eu sou machista e não importa o quanto eu ganhe, meu marido tem que ganhar mais". Acho muito complicado impor algo tão desnecessário ao seu parceiro, não tem para que a não ser para alimentar uma cultura machista e, na minha opinião, esvaziar o relacionamento -- condicionando o seu sucesso a uma questão financeira e prejudicando a parceria entre os dois.
Escolhi o caminho dos concursos públicos porque queria tranquilidade e liberdade (condições financeiras boas sem ser escrava do mercado privado e com estabilidade), escolhi isso antes de começar meu relacionamento, e se deixasse que meu salário atrapalhasse essa relação ele seria uma prisão e não um facilitador. Nós já conversamos muito sobre o assunto e no começo ele estava um pouco tenso, então falei pra ele que eu corri atrás do que eu queria e consegui e que agora vou poder ajudar ele a correr atrás do que ele quer, o que quer que seja, e cada dia que passa estou mais certa disso.
Meu caso é bem tranquilo perto de tantos outros, mas mostra uma dificuldade nas mulheres de se permitirem empoderar, mesmo aquelas que poderiam muito bem manter uma casa sozinhas insistem em colocar o homem na situação de provedor.
Meu comentário: Pois é, L., essa história de que o homem precisa ganhar mais é parte do senso comum e está mesmo muito internalizada, até pra quem é feminista. E obviamente esse tipo de pensamento não condiz com as mudanças profundas que a sociedade passou e continua passando. Um dia, o fato de mulheres terem maior escolaridade irá se traduzir em salários pelo menos iguais.
Felizmente, eu e o maridão nunca tivemos problemas quanto a isso, e creio que esse é um indício de que realmente sempre fomos feministas. Nesses 23 anos em que estamos juntos, sempre trabalhamos fora, e sempre revezamos -- havia semestres que eu ganhava mais, havia semestres que ele ganhava mais, mas sempre foi bastante equivalente.
Só que aí eu passei dois anos fazendo mestrado (com bolsa), e mais quatro fazendo doutorado (com bolsa também, graças!), e eu sabia que meu futuro seria ser professora universitária. E entre professores, quem está na universidade é quem ganha melhor (bom, já ouvi falar de professor de cursinho que ganha uma nota, mas não acho que seja a maioria).
E o maridão é jogador profissional, técnico e professor de xadrez, e não existe doutorado pra isso, e ele não tem perfil acadêmico. Ele vive de xadrez desde os treze anos de idade, é a vida dele, é o que ele ama fazer. Maravilha quando o que você ama fazer te traz um dinheirão, mas é raro. Em geral, acho, as pessoas ganham mal em empregos que não gostam. Então o maridão ganhar o suficiente pra se sustentar e ainda guardar grana fazendo o que gosta, putz, só tenho aplausos pra ele.
Desde que entrei na UFC, em 2010, eu ganho mais que o maridão. E assim será enquanto eu estiver na universidade (provavelmente, até a nossa aposentadoria). E estamos nos lixando pra isso. Eu ganhar mais que ele é tanto um problema quanto seria se ele ganhasse mais que eu -- ou seja, não é um problema, porque não medimos nosso valor, nem baseamos nosso relacionamento, no salário do outro.
Somospão-duros miseráveis frugais, gastamos menos do que ganhamos, não temos sonhos de consumo, temos tudo que queremos. Nunca discutimos por dinheiro (que é uma das principais causas de divórcio).
Uma coisa eu posso atestar: é muito bom prum relacionamento amoroso não estar preso a estereótipos de gênero. Isso nos dá uma liberdade indescritível. Equivale a se livrar de uma das camisas de força impostas pela sociedade, sabe?
Meu comentário: Pois é, L., essa história de que o homem precisa ganhar mais é parte do senso comum e está mesmo muito internalizada, até pra quem é feminista. E obviamente esse tipo de pensamento não condiz com as mudanças profundas que a sociedade passou e continua passando. Um dia, o fato de mulheres terem maior escolaridade irá se traduzir em salários pelo menos iguais.
Felizmente, eu e o maridão nunca tivemos problemas quanto a isso, e creio que esse é um indício de que realmente sempre fomos feministas. Nesses 23 anos em que estamos juntos, sempre trabalhamos fora, e sempre revezamos -- havia semestres que eu ganhava mais, havia semestres que ele ganhava mais, mas sempre foi bastante equivalente.
Só que aí eu passei dois anos fazendo mestrado (com bolsa), e mais quatro fazendo doutorado (com bolsa também, graças!), e eu sabia que meu futuro seria ser professora universitária. E entre professores, quem está na universidade é quem ganha melhor (bom, já ouvi falar de professor de cursinho que ganha uma nota, mas não acho que seja a maioria).
E o maridão é jogador profissional, técnico e professor de xadrez, e não existe doutorado pra isso, e ele não tem perfil acadêmico. Ele vive de xadrez desde os treze anos de idade, é a vida dele, é o que ele ama fazer. Maravilha quando o que você ama fazer te traz um dinheirão, mas é raro. Em geral, acho, as pessoas ganham mal em empregos que não gostam. Então o maridão ganhar o suficiente pra se sustentar e ainda guardar grana fazendo o que gosta, putz, só tenho aplausos pra ele.
Desde que entrei na UFC, em 2010, eu ganho mais que o maridão. E assim será enquanto eu estiver na universidade (provavelmente, até a nossa aposentadoria). E estamos nos lixando pra isso. Eu ganhar mais que ele é tanto um problema quanto seria se ele ganhasse mais que eu -- ou seja, não é um problema, porque não medimos nosso valor, nem baseamos nosso relacionamento, no salário do outro.
Somos
Uma coisa eu posso atestar: é muito bom prum relacionamento amoroso não estar preso a estereótipos de gênero. Isso nos dá uma liberdade indescritível. Equivale a se livrar de uma das camisas de força impostas pela sociedade, sabe?
105 comentários:
Olá,
Eu nasci em uma família do interior de Minas e cresci com muitos valores machistas, embora o arranjo familiar as coisas não fossem tão a ferro e fogo. Vi meus pais se revezando no papel de provedores, exatamente como você e seu marido fazem. Ao mesmo tempo, os dois se revezavam nas tarefas domésticas. Meu pai sempre fez as comidas e cuidou de mim e do meu irmão, enquanto a minha mãe estudava. Isso nunca foi um problema para mim.
Recentemente, tive um relacionamento abortado precocemente por essa razão de ganhar mais que o namorado. Mas percebi o desconforto mais da parte dele, do que da minha. Ele TINHA necessidade de se colocar como "macho provedor" sempre que possível, de uma maneira que até me constrangia.
Fico pensando que não gostaria de perder a minha independência, mesmo que me casasse com um cara com muito dinheiro. E acredito também que o momento é bem complicado para os homens porque eles precisam entender que as coisas mudaram e que não há mal nenhum nisso. O importante é a pareceria, mas esse caminho ainda é bem longo.
Coincidência, estou passando por um relacionamento parecido. Ganho muito mais do que meu namorado ( sou médica e ele trabalha com segurança) e desde o começo do namoro eu me sentia muito insegura, pelo preconceito que ele poderia vir a sofrer, por ter que escolher os lugares pra sair pelo fato de ele não poder pagar... Por influência de um "amigo", cheguei a cogitar o fim do namoro por causa dessas diferenças. Mas depois de um certo tempo( e de um bocado de terapia) estou percebendo que o mais importante é o carinho e o respeito que temos um pelo outro. Às vezes usamos nossos parceiros como troféus, para exibir que não estamos sozinhos, ou que "meu parceiro é melhor que o seu, mais bonito, mais rico..."
Meu namorado pode até ganhar menos e ter estudado menos do que eu, mas me trata muito melhor que muitos ex-namorados que ganham mais!
Eu e meu namorado decidimos morar junto. Também sou funcionária pública, mestranda, planejo seguir a carreira acadêmica. Ele, é autônomo, tem a empresa dele, ganha razoavelmente bem, mas é bem menos que eu. O que decidimos?
Todas as despesas como casal são divididas na metade (aluguel, condomínio, luz, internet, comida etc). Depositamos o valor que cabe a cada um em uma conta poupança, que usamos para pagar os débitos, e sempre colocamos 10% a mais do valor, para juntarmos pra um "rainy day". O que sobra dele, ele gasta como bem entender. O que sobra meu, eu gasto como bem entender. Assim, mantemos em dia nossas responsabilidades um com o outro (como casal) e também mantemos nossa individualidade (de ter grana pra comprar as coisas que queremos, de sair com amigos, essas coisinhas). Funciona muito bem.
Desde muito jovem eu me vi em situações em q eu ganhava mais q meu companheiro, isso nunca me perturbou, mesmo qdo via a cara de espanto qdo era eu q pagava uma conta em um restaurante ou motel.
Mas os companheiros q tive nunca aceitaram muito fácil essa situação.
Um deles fez de tudo para reverter nossas posições e conseguiu, durante muito tempo, depois q nasceram nossos filhos eu parei de trabalhar, e ele sustentou a casa.
Não demorou nada, para q ele se tornasse um déspota e mostrasse todo o seu machismo.
Com o tempo voltei a ter controle financeiro da minha vida, e hje tenho outro companheiro, q ganha muito menos q eu, mas q eu amo muito.
Percebo q ele se sente muito incomodado por precisar da minha ajuda, e vive sonhando em ganhar na loteria pra nunca mais precisar de mim nesse sentido.
Ele me passa segurança no amor q sente, mas nunca concordei com o jeito q ele lida com o dinheiro, pra mim ele é um perdulário nato.
Não sei se é machismo da minha parte, mas as vezes passa uma sombra de desconfiança sobre mim, qdo penso se ele esta mais comigo por me amar ou por precisar de mim.
Passei por algo bem parecido, mas o final não foi feliz... Namorei 8 anos, a maioria deles ganhando mais que o namorado, e isso nunca pareceu ter importância. Com o tempo, ele foi passando cada vez mais dias da semana na minha casa, que era mais próxima do trabalho dele, e como ele ganhava menos, eu não exigia nenhuma ajuda nas contas da casa. Ele ajudava apenas na compra de comida e eu nunca tive problema algum com isso... Nunca fui rica mas sempre tive as finanças em ordem, então eu simplesmente não pensava muito nisso. Nós nos dávamos bem, a companhia dele me fazia bem, então ficamos assim durante vários anos. Nesses anos todos, eu queria casar, mas ele dizia que não queria enquanto não tivesse estabilidade financeira (o que até pode soar razoável, mas o fato é que já levávamos uma vida de casados, ele apenas não assumia). Acabei passando em um concurso em uma cidade distante e me mudei com a promessa de que ele logo viria morar comigo... O que não aconteceu porque, entre outros fatores, ele não quer ser meu "dependente" enquanto procura emprego aqui. Acabei terminando o namoro por causa da distância. Ele disse que queria "se acertar na vida" para voltar comigo, mas pra mim isso não tem significado... Simplesmente não entendo como o dinheiro e o sentimento de obrigação de ser "o provedor" podem ser maiores que o amor e a vontade de ficar junto... Mas acontece.
numa sociedade tão dificil pra homem de bem conseguir uma arma, segurança embora ganhe pouco, tem porte de arma, isso ja simboliza poder, ou seja, algum poder o cara tem, duvido mulher ficar com cara totalmente fracassado na vida.
Cadê os "machos" da real pra dizer que mulheres são todas interesseiras porque só procuram caras que ganham bem e tem carro? Ué guerreiros, aqui temos bons exemplos de mulheres que não ligam pra isso: as feministas! Só que feministas e mascus juntos não combinam né? Então melhor continuarem aí nos seus mundinhos de betas e alfas. Mulher que é bom vocês nuncam vão ter (só buc...., já que mulher pra vocês não passa de um órgão genital).
Aliás, nem esse órgão vocês vão ter, lembrei que preferem travestis.
Disparidade grande de cunho financeiro,vá lá. Abismo intelectual, não dá não. O comentário da médica com um segurança é tenso.
Tenho um arranjo bom, parecido com o da anônima das 11:43, mas um pouco mais "distribuidor de renda". As despesas comuns (aluguel, condomínio, mercado etc.),os dois pagam de modo proporcional ao que cada um ganha (tipo: se ele ganha 3mil e eu ganho 7mil, e o aluguel é 1mil, ele paga 300 e eu 700), e o que sobra de cada um, cada um gasta ou guarda como quer. Pra gente, funciona.
Juliana
Eu e meu namorado temos a mesma profissão, e somos autônomos. Atualmente, estamos trabalhando juntos paralelamente num projeto que ainda não está dando dinheiro.
Tem mês que um ganha mais, tem mês que o outro ganha mais... na verdade, isso é bastante irrelevante. Na verdade, nem sei exatamente o quanto ele ganha.
A única coisa que eu espero, e sei que ele também, é que a gente possa sempre crescer e ter uma vida sem aperto.
Não moramos juntos, então não dividimos despesas da casa, mas tudo que fazemos juntos, é dividido. Se um dos dois está apertado, os dois economizam e pronto.
Já ouvi falar até mesmo de um gay que não namoraria um cara que não ganhasse melhor que ele. Pra a gente ver como o machismo está entranhado.
Isso me lembra uma vez, uns 4 anos atrás, quando a minha então namorada e eu estávamos conversando sobre a aprovação dela em um estágio em uma empresa grande, aí ela falou que ganharia mais que eu (que era bolsista de iniciação científica, ganhando a incrível fortuna de 350 reais por mês). Eu ri e falei 'olha, ganhar mais que eu não é exatamente um desafio', e ela respondeu "e isso não te incomoda?', falei 'nem um pouco' e ela ficou (sinceramente) chateada e falou "mas tu devia se importar com isso", e logo mudamos de assunto. Faz tempo, mas é algo que ficou na memória.
Kkkk a falsidade feminina... A única sincera foi a outra mulher do texto,o que interessa a mulher é o dinheiro do homem n o homem em si.
Nunca que uma mulher sustentaria o marido.
Frequentemente penso nisso, pois sempre ganhei mais que meu namorado, com quem pretendo me casar.
Ele é machista em relação a quem tem que prover as necessidades de uma família e tenho certeza que será algo problemático no futuro. Por mais que ele não tenha dinheiro, prefere deixar de sair cmg a aceitar minha ajuda financeira.
Ele não é organizado financeiramente e frequentmente está devendo. Sempre me ofereço pra ajudar e ele nunca aceita. Vive repetindo que o carro dele "é nosso", mas nunca me deixa ajudar a pagar manutenção e nem algumas parcelas.
Por um lado eu fico feliz em saber que ele não se aproveita, mas por outro fico triste porque tudo isso é fruto do machismo.
fico triste de ver que tantos relacionamentos felizes como o das mocas que comentaram acima tem esse "fantasma" do salario maior delas. poxa, que bom que o amor e parceria falam mais alto, mas da uma tristeza de ver que a propria mulher se sente ate um pouco culpada de ganhar mais pela pressao da sociedade tao machista..
que o amor venca. <3
Vivo essa realidade há alguns anos. Tanto eu quanto o marido somos servidores públicos, mas eu sou de um cargo ligeiramente superior e ganho mais. Sempre ganhei mais que ele, então isso deve ter ajudado. Mas sim, ele ouviu muitas piadinhas de amigos do mesmo concurso que a gente, justamente porque nós somos os únicos do grupo que o casal todo trabalha.
Nunca me incomodou, e ele diz que nunca incomodou a ele. Enquanto namorados, sempre dividíamos a conta toda. Mas se eu queria ir num lugar que ele não poderia bancar a parte dele, conversávamos. Às vezes, eu complementava o que ele não poderia pagar. Às vezes, pagava tudo. Sempre fui da opinião que eu preferia sair mais vezes com ele, com as contas divididas, do que sair menos vezes porque ele teria que bancar.
Lembrando que isso acontece muito em nosso país , que define as pessoas pelo que são e possuem e as diferenças salariais são gritantes.
Meu esposo está desempregado a algum tempo, e eu estou nos sustentando. Ele cuida de tudo o que dá pra cuidar (carros, casa, comprar coisas, bichos etc) sem mim e tem total acesso ao dinheiro, o que é meu é dele praticamente sem restrições e vice-versa. Dou a ele toda a liberdade possivel para ele comprar as coisas dele sem ter que "prestar contas", mas como somos bem razoáveis, não compramos excessivamente sem falar com o outro antes - puro hábito e precaução. No começo ele trabalhava e eu não, mas a situação era outra por vários motivos. E nessa época, eu cheguei a ser meio retardada de cobrar dele algumas colocações tipicas de papel de gênero (cacete, eu me incomodava porquê ele não era macholouco. que debiloida...) e acabei gerando alguns atritos por causa disso. quando falo "gerar atritos", diga-se: não fui legal com ele ao cobrar coisas que eram mais frutos de expectativas alheias do que nossas. Vi o quanto fui mongolona e acabei largando pra lá muitas outras expectativas que partiam mais dos outros, inclusive em mim mesma (tipo como me comportar, vestir, agradar os outros...)
Já conversei com ele muitas vezes pra ter certeza de que ele não está se sentindo mal por essa situação. Bem, ele já disse que estaria um pouco insatisfeito porquê fica achando que não está colaborando o suficiente, mas ele nem sabe o tanto que colabora... dinheiro não é tudo. O que ele faz é muito maior do que ser um mero provedor e algo muito mais significativo que isso. procuro fazer o mesmo por ele.
Devo ganhar umas cinco vezes mais que minha mulher. E faço questão de pagar as contas sozinhos.
Quem paga, manda! Não importa o que digam as ideologias X, Y ou Z.
E disso eu não abro mão.
E os maaascuuus piiiiram na quantidade de mulheres aqui que ganham mais que os respectivos e ainda sim ficam com eles!huahauha..Sempre engraçados esses mascus!
Mas enfim, tbm estou nessa situação, ganho um pouco mais que meu noivo e isso não é um problema. Ele diz que as vezes se incomoda, mais pela reação de alguns tapados da família do que por ele mesmo, sabem?
Mas o nosso esquema de dinheiro é tão junto q o meu salário maior nunca foi problema dentro do nosso relacionamento..Sempre vimos o meu dinheiro como nosso e o dele tbm, e, qdo queremos comprar alguma coisa indivudual que custe um pouco mais, conversamos numa boa e resolvemos, sem dramas.
"Devo ganhar umas cinco vezes mais que minha mulher. E faço questão de pagar as contas sozinhos.
Quem paga, manda! Não importa o que digam as ideologias X, Y ou Z.
E disso eu não abro mão."
Mais fácil você comprar um robô então. Pagando (comprando), ele faz o que você quiser!
Sou a anônima das 11:13 e lembrei de outras situações com homens - no caso, com meus melhores amigos: sempre ganhei bem mais que eles e, quando saíamos para jantar, na época de vacas magras, pagava quem podia e se os dois não podiam, eu bancava a conta toda. Conforme eles foram arranjando empregos melhores, fomos dividindo mais proporcionalmente nossas saídas (uma vez, eu falidinha num pós-férias, fui bancada por eles, como forma de retribuição das outras vezes). Para mim é bem simples.
Namoro/Casamento tem que ser, acima de tudo, parceria. Com respeito, com conversa. Acho que não há muito mistério nisso.
Eu e o namorado somos médicos, e ganhamos bem! Desde a época da faculdade ganho mais que ele (sempre recebi bolsas de iniciação científica, e ele nunca fez nada acadêmico). Atualmente ganho mais que o dobro (às vezes o triplo) do salário dele!
Ele sempre foi muito tranquilo quanto a isso, dividimos as contas, e nós nunca deixamos de sair por ele não ter dinheiro (e sempre que foi preciso paguei nossos passeios inteiramente)! Quando ele recebe o salario sempre me leva pra um lugar legal e faz questão de pagar, pra retribuir.. Ou me compra um presente!
Eu não suportaria viver com alguém que paga tudo pra mim... Já me basta os anos que fui dependente do meu pai!!
O importante é que nós nos amamos, respeitamos, e achamos que dinheiro a gente ganha é pra gastar, se não não tem sentido! Tem dado certo há 6 anos! hahaha!
Não consigo conceber como algumas pessoas reduzem tudo a dinheiro..
Tanto faz quanto ganha meu companheiro. Quero olhar pra ele e vê-lo realizado, feliz no que faz, satisfeito com seu trabalho e sua vida. Quero que meu companheiro me veja da mesma forma, que comemore minhas conquistas pessoais, que torça pelo meu sucesso profissional. Somos grandes parceiros e amigos, queremos viver uma vida linda, plena e feliz. E nessa vida que buscamos, não tem lugar para disputas, mesquinharias, brigas por bens materiais.. Falar de dinheiro é tão simples entre nós, se eu tenho que emprestar faço com prazer, se eu me apertar ele é o primeiro a me ajudar...
Honestamente, se um dia o fato de eu ganhar mais que ele se tornar um problema entre nós, é porque o problema não é só esse.
Apesar de ainda estar na faculdade, eu arrumei um emprego em um buffet pra ajudar meus pais em casa. Ou seja, sou eu quem compro minhas coisas e meus pais nunca precisaram do meu dinheiro para a casa [os dois trabalham e ganham bem] então eu só ajudo quando eles pedem. Assim que eu terminar a faculdade, eu vou morar sozinha.
Mas aí vamos ao ponto do texto. Meu namorado também tem um trabalho, em um restaurante, com o mesmo objetivo que eu: ajudar os pais. Tem vezes que eu ganho mais, e tem vezes que ele ganha mais. Ele não liga pra isso e eu também não. Ainda bem. Não conseguiria me relacionar com alguém que se importa se ganha mais ou menos do que eu. Que quer ganhar mais e me 'bancar' e assim, ter autoridade sobre mim. Se ele fosse assim, posso dizer que eu cairia fora e ele também. Nós dois gostamos de independência.
Ah, e posso dizer que homem que acha que 'toda" mulher é interesseira [tipo o anon aí] e mesmo assim quer ficar com ela, é um cara muito idiota, caso fique com uma pessoa que não interessa-se nele, mas no que ele ganha.
Sabemos muito bem que existem sim as interesseiras [e existem caras interesseiros também] e adivinha: são machistas. Eu, pelo menos, nunca conheci uma mulher feminista que quisesse ser sustentada e não independente.
Leia-se interesseira: é aquele tipo de mulher "Eu cuido da casa e meu marido trabalha e me sustenta"
Se gostam tanto da mulher "ideal" do patriarcado, defendem que a natureza quis assim, os dois em seus "papéis originais", não entendo esse mimimi de reclamar de mulher interesseira.
"Nós já conversamos muito sobre o assunto e no começo ele estava um pouco tenso, então falei pra ele que eu corri atrás do que eu queria e consegui e que agora vou poder ajudar ele a correr atrás do que ele quer, o que quer que seja, e cada dia que passa estou mais certa disso."
Pelo jeito, já começaram as cobranças para o sujeito. Cuidado para não substituir o machismo da equivalência financeira por outro tipo de cobrança.
Interessante que a maioria das mulheres que comentaram aqui não ligam para quem esteja ganhando mais, desde que o relacionamento esteja bem isso não faz diferença.
É uma pena que essa mentalidade ainda é de uma minoria na nossa sociedade, que ainda acha que o homem deve ganhar bem mais que a mulher.
Tem um caso interessante que aconteceu com uma amiga minha. No meu círculo de amigos, todos pareciam não se importar com essa questão. Até que um dia uma amiga minha começou a namorar um rapaz que trabalha num açougue e ganha um salário mínimo. Todo mundo comentava (sempre na ausência dela) que esse namoro não ia dar certo, que ela estava doida de namorar um assalariado, que ele não fazia o tipo dela (ela sempre gostou de festas mais badaladas).
Interessante que todos os rapazes que ela namorou, antes de conhecer esse cara, traíram ela ou foram babacas durante a relação. E mesmo com todo mundo criticando o relacionamento dela, ela está mais feliz do que nunca. Eu perdi um pouco o contato com ela, que já está namorando há 5 anos, mas sempre que encontro com ela eu percebo o quanto ela está feliz com esse relacionamento.
OFF
Haha, vi essa matéria e lembrei da Lola, que adora esquilinhos: http://g1.globo.com/planeta-bizarro/noticia/2014/04/esquilo-fica-revoltado-apos-selfie-e-ataca-fotografo-nos-eua.html
Saca só a cara de "alegria" do esquilo ao tirar a selfie rsrsrs
Quem está preocupada(o) com o fato de ela ganhar mais que o dobro dele? Parece até que isso está incomodando mais a ela. Sorry, é uma impressão que tive.
Pelo que vejo, a prática demonstra uma diferença abismal da teoria. Há uma grande distinção entre repetir, sem raciocinar o que ouviu, e viver tal realidade. Por exemplo, conheço mulheres machistas que dizem exatamente a mesma coisa que a autora ouviu das outras concursadas e, no entanto, não hesitam em pagar menininhos de 18 ou 19 para uma trepada e mesmo para relacionamento. Ou seja, machismo delas está apenas no discurso repetido porque em termos pragmáticos tudo é diametralmente oposto.
eu esperava ver mais casos como o meu aqui, mas vamos lá: eu sustento a minha casa. ganho 3 vezes mais que meu marido, sempre ganhei mais (por muitos motivos que nao cabem aqui) e isso jamais foi um problema entre nós. Ele compra o que quer, eu compro o que quero, ninguém se cobra ou briga por dinheiro. ninguém se sente mais ou menos por dinheiro. e assim como no caso da Lola, comos mto parecidos qto ao que pensamos sobre comprar: nao temos grandes gastos nem grandes sonhos de consumo. saímos pra comer fora, temos um carrinho, viajamos de vez em qdo, temos filhos e vivemos felizes assim. e isso tampouco afeta a divisao do trabalho doméstico, ambos trabalham fora, ambos trabalham dentro, sem importar quem ganha mais. vamos nos adequando ao momento e fazendo concessoes um pro outro quando é necessário. e pronto!
é mto lindo e feliz entre nós dois, mas realmente o povo de fora gosta de criticar (nao entendo o motivo, já que o casamento vai bem, obrigada).
Sempre passei por isso. Nao tive muitos namorados, mas sempre ganhei mais que eles. E nunca foi um problema.
No entanto, agora to me vendo numa situacao atipica, e ando surpresa com os meus sentimentos. Sofri varios reveses profissionais e financeiros esse ano, e estou gravida, ou seja: impossivel conseguir ttabalho. Acabei tendo que aceitar ajuda do meu pai e do meu namorado. Tenho me sentido pesima com isso! Ha mais de 10 anos nao pedia ajuda financeira a ninguem, e de repente me vi nessa situacao...as poucas vezes em que imaginei que algo assim poderia acontecer, achei que seria mais facil pra mim :( mas a real e que doeu, e muito, perder a minha independencia! Assim que me recuperar, esoero nao passar por isso nunca mais!
Uma pena...uma questão tão boba e que faz tantos estragos....
nós seres humanos adoramos procurar chifre em cabeça de cavalo rs r s rs r
só dando uma pequena notícia, fora desse assunto [como é que se chama... Off-topic, é isso?]
eu vi na página do Feminismo Sem Demagogia a notícia:
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2014/04/28/interna_vidaurbana,501197/professor-de-jiu-jitsu-preso-por-ameacar-publicar-videos-intimos-da-ex-namorada.shtml
Muito foi falado disso aqui no blog, e pelo visto, os caras idiotas continuam ameaçando publicar 'coisas que mocinha certa não faz'. Que ódio!
Nossa...como o ser humano procura problema onde não tem ....
Uma questão tão mundana e que traz tanta dor e problemas...
Uma pena...
Ganho mais que meu marido desde a época do namoro (atualmente 2,5 vezes mais) e de verdade isso nunca foi objeto de discussão nesses 16 anos de relacionamento. Nossas contas são conjuntas, meu dinheiro + seu dinheiro = nosso dinheiro, qualquer gasto realmente impactante no orçamento nós discutimos antes mas só, coisas menores cada um faz conforme a necessidade e controlamos tudo pelo netbanking. Responsabilidade financeira funciona pra qualquer entidade familiar.
"fico triste de ver que tantos relacionamentos felizes como o das mocas que comentaram acima tem esse "fantasma" do salario maior delas. poxa, que bom que o amor e parceria falam mais alto, mas da uma tristeza de ver que a propria mulher se sente ate um pouco culpada de ganhar mais pela pressao da sociedade tao machista.."
Reparei no machismo introjetado também e achei bem tosco, que que tem ganhar mais afinal? Se o parceiro não aceita que arrume outro, gente com baixa estima só dá problema mesmo rsrsrsrsr
Eu sei que não se deve alimentar os trolls, mas como hoje estou sem paciência, aí vai: troll das 13h53, OK, você já estabeleceu que é um idiota e que oprime a coitada de sua esposa, mas vc acha que a gente aqui nesse blog realmente quer ouvir esse seu pensamento estúpido e mesquinho?
Não se tocou que a conversa aqui é reflexão e como podemos contribuir para que as pessoas vivam relacionamentos melhores, e que os questionamentos levantados nos ajudam a perceber o preconceito e o machismo arraigado na nossa cultura?
Não? Então se toque e vá exercer o seu pequeno poder no seu quintal e não venha aqui encher o saco porque nem uma opinião minimamente inteligente você tem capacidade de dar.
Vê se cresce, sua aberração cognitiva!
(Inspirado na Sawl - always the rebel, uma das minhas ídolas na caixa de comentários do blog - rs)
"Disparidade grande de cunho financeiro,vá lá. Abismo intelectual, não dá não. O comentário da médica com um segurança é tenso. "
Fiquei impressionada com esse comentário. Só porque a moça é médica (fez faculdade) e o cara é segurança (não sabemos que tipo de estudo ele teve) já deduziu-se que existe um "abismo intelectual" entre eles.
Acorda, gente, o mundo não é tão simples assim. O fato de uma pessoa estar numa função não especializada não faz dela uma ignorante! (e vice versa)
Faz um bom tempo que ganho mais que meu marido. Por uns dois anos, quando ele tava começando o doutorado, eu fui a única provedora. Agora ele está mais próximo de mim, porque arrumou um novo emprego melhor. Mas isso nunca interferiu no nosso relacionamento. Nunca vimos dinheiro como meu ou dele, o dinheiro é e foi sempre nosso. As circunstâncias que me fizeram ganhar mais tem a ver com as escolhas que fizemos como casal. Nunca tive problema em segurar a onda, porque sempre vi nele um homem super sério e trabalhador e ambicioso, só que como sou um pouco mais velha (4 anos) estava e estou um pouco à frente. O que não gostaria seria sustentar vagabundo, mas lutar para gente construir junto nunca diminuiu meu homem diante de mim e eu tenho certeza que ele também não se sentiu menor, apenas orgulhoso da mulher forte combativa que ele tem.
Minha melhor amiga estuda pra ser juíza. E como ela é muito inteligente todos imaginam que ela vai passar em dois tempos. Dai um amigo em comum fez uma piadinha com o marido dela dizendo qual seria a função dele depois que a esposa passasse a ganhar muito mais que ele. A resposta dele foi simples e genial:
"Eu vou estar casado com uma juíza. E você?"
Ou seja, ele mostrou que simplesmente vai ter orgulho do que sua esposa realizou. E se isso significa que ela vai ganhar mais que ele... Grandes coisas! Ela estará feliz e, consequentemente, ele tb.
anonimo das 11:48
Quem te garante que, pela composição do casal ser: médica e segurança há algum abismo intelectual?
Tu sabe do passado do segurança?
Ás vezes, meu amigo, o cara tem 2 faculdades mas ganha mais dinheiro - ou se satisfaz muito mais - como segurança do que como professor.
E mesmo que ele não tenha cursado nenhuma faculdade na vida, não é apenas na academia que se adquire conhecimento. Biologia celular,anatomia, fisiologia e etc não garantem erudição cultural a ninguém.
O problema do pequeno burguês preconceituoso está aí: desfaz do pobre pela aparência e pelo rótulo social antes de conhecê-lo. Se é pobre, automaticamente é burro e inculto.
Preconceito é dureza, amigão. Liberte-se dele e pare de passar vergonha por aí.
Abraço.
Anon das 13:53 só pode estar de zoeirinha
"Devo ganhar umas cinco vezes mais que minha mulher. E faço questão de pagar as contas sozinhos.
Quem paga, manda! Não importa o que digam as ideologias X, Y ou Z.
E disso eu não abro mão"
Querido, ganhar 5x mais que ela, infelizmente, não faz o teu pau ficar 5x maior. Mas esse teu machismo colabora muito para o aumento dos chifres.
Ass: tua mulher
Minha mãe sempre ganhou mais que o meu pai. Na verdade, meu pai sempre tentou ser autônomo, mas nunca dava certo.
Ao invés de botar ele pra trabalhar na casa, minha mãe trabalhava fora E fazia as tarefas domésticas ao mesmo tempo, enquanto que bancava cada uma das empreitadas desastrosas que ele tentava, pra ele não se sentir impotente. Ele fingia que trabalhava, ela pagava as contas, e ainda se fazia de dona de casa pra ele não ficar bravo.
Isso me emputece muito. Conheço vários casos iguais ao da minha mãe. Todos que seriam bem menos complicados se o homem se comprometesse a cuidar da casa e dos filhos. Meu pai era metódico, competente, e cozinhava super bem, mil vezes melhor que minha mãe - mas ele não se mexia pra lavar um prato ou fritar um ovo.
Eu tenho um problema contrário: eu saio com caras que ganham muito mais que eu, mas não tenho coragem de deixar nenhum deles pagar a conta.
Às vezes eles me levam em lugares que eu descubro tarde demais que são super caros - pra mim, pra eles não é nada - e eu arco com metade da despesa sempre, mesmo que eles se ofereçam pra pagar, e mesmo que eu saiba que aquela conta provavelmente vai me deixar a pão e água no fim do mês e vai faltar grana pra coisas básicas e importantes.
Eu morro de medo de deixar um cara pagar minha conta e ouvir depois que eu sou interesseira, ou que eu "devo alguma coisa" pra ele porque ele me bancou. Sei lá, tenho medo da ficada terminar e ele jogar na minha cara que gastou dinheiro comigo.
Aliás, se o rapaz com quem eu estou saindo me dá um presente, eu dou outro de volta o quanto antes, também pra aquilo não ser "usado contra mim". Eu tenho medo de sei lá, ser forçada a fazer sexo por ter sido bancada, medo de ser verbalmente agredida, e por aí vai. Isso me incomoda muito.
Eu e meu esposo estamos juntos há 9 anos. Destes, 1 ano e meio morando juntos e 1 ano e meio de casados "oficialmente". Quando nos conhecemos eu era recém formada, não atuava na minha área e tinha um emprego que ganhava pouco. Ele tb trabalhava na sua área e ganhava um pouco melhor e apesar de vir de uma família com uma situação financeira muito boa, nunca se prendeu a isto e mesmo quando precisava nunca pedia ajuda aos pais .
Com poucos meses de namoro passei em um concurso pra minha área, mudei de cidade e passei a ganhar melhor que ele. Depois passei em outro concurso em outra cidade ganhando melhor que antes, mudei novamente e fiquei por 4 anos neste emprego. Neste período,sofri um grave acidente de trânsito e por isto quando voltei a trabalhar depois da licença médica de 2 anos, ele mudou pra cidade onde eu estava empregada, abandonou seu emprego pra ficar cuidando de mim, pois eu ainda tinha muitas limitações de locomoção. Ficou um período desempregado, cuidando de mim e nos mantivemos com meu salário até ele achar um emprego. E veio mais um concurso, na cidade da minha família, com a oportunidade de ganhar o dobro. Passei e mudei novamente, e adivinha? Meu marido, então noivo, deixou o emprego e mudou comigo. Aí nos firmamos na minha cidade, ele achou um emprego melhor, mas continou ganhando menos que eu. Compramos nossa casa, fizemos nossa festa de casamento, e quando achamos que ali nos firmaríamos, veio mais um concurso, em outro estado, com o qual eu nunca sonhei que passaria. Mas fui aprovada em primeiro lugar e como era um salário muito bom, que quase não se ve na minha área, assumi. Há 4 meses mudamos de cidade e de estado, e meu marido largou tudo e veio comigo. Hj está desempregado, estudando e com projetos de futuros empreendimentos. E qual o nosdo sofrimento com isto tudo? Nenhum! Somos muito felizes, bem resolvidos com isto e temos uma vida tranquila, dentro das nossas possibilidades e o principal, nos amamos muito. E pra nós isto é o que importa!
Sou a anônima das 20:52, e só pra compartilhar, tenho uma amiga que tem uma vida muito parecida com a minha, casada, uma filhinha, temos a mesma formação e ela tb é concurseira e vive mudando de cidade por conta de assumir concurso. Está no aguardo, pois e a próxima a ser chamada no mesmo concurso que assumi. Sabe qual a postura do esposo dela? A mesma que o meu esposo. Acompanha a esposa onde ela vai trabalhar e não se prende ao fato dela ganhar mais que ele, pelo contrário, a incentiva sempre.
Acho legal compartilhar histórias assim, pra mostrar o quanto esta situação é comum apesar deste pensamento machista que determina que o homem seja o provedor.
( Lolinha, sou sua leitora assídua desde 2011 quando conheci seu blog, mas só hj resolvi comentar. Saiba que seu blog e sempre citado nos meus argumentos em defesa do feminismo, e das demais causas. Sou sua fã! )
Anon 19:10, tu tá coberto de razão.
Ninguém me garante. Vai ver ele ganha menos porque fez voto de pobreza, vai saber. Espero que você tenha igual sorte como o segurança em questão. Muito boa sorte para a médica e para sua companheira.
O problema do pequeno burguês preconceituoso está aí: desfaz do pobre pela aparência e pelo rótulo social antes de conhecê-lo. Se é pobre, automaticamente é burro e inculto.
Eu conheci uma moça funcionária de um banco que fez medicina, era humilde (olha o preconceito aí, gente), o namorado era camioneiro. Médica e camioneiro: tudo a ver.
Só que não. BOBÃO.
ah sei não..e vai que ela sustenta o cara, se for a dele, fazer mestrado e doutorado, e dae no fim ele dá um chute na bunda dela? kkkkkkkkkkkk o preconceito está em mim.
Marido que ganha menos que a mulher porém tem renda fixa e gosta de trablhar ok.
Marido que é "empresário" " músico" e esse caras cheios de projetos estou correndo.
Durante um rompimento de um relacionamento, eu tinha acabado de tomar um fora conheci um cara muito legal porém vivia com a familia e ainda por cima não trabalha, é "músico", não não falo desses músicos de barzinho que ainda tiram uma graninha, falo de músicos sabe tem uma banda com meia dúzia de amigos. O meu feminismo não chegou nesse nível preciso de alguém que ao menos trabalhe ou que queira trabalhar... Eu sempre trabalhei mas não pra sustentar os outros.
Entao, devo concordar. Claro nao me cabe julgar a felicidade alheia. Também ganho mais que meu namorido, contudo temos a mesma escolaridade. Nao se como seria se fosse diferente!
''Marido que é "empresário" " músico" e esse caras cheios de projetos estou correndo.
Durante um rompimento de um relacionamento, eu tinha acabado de tomar um fora conheci um cara muito legal porém vivia com a familia e ainda por cima não trabalha, é "músico", não não falo desses músicos de barzinho que ainda tiram uma graninha, falo de músicos sabe tem uma banda com meia dúzia de amigos.''
eu tenho outra visão sobre a música. as bandas que eu mais gosto tem integrantes que trabalham em areas diferentes, tem seus empregos que não tem nada a ver com música, e fazem música por que são verdadeiros artistas.
eu mesmo, nunca fui dessa profissão ''músico'', porem toco guitarra, bateria, teclado, baixo, e ja gravei diversas demos, eps, albuns etc faço isso porque sinto a necessidade de criar música, mesmo que eu não ganhe dinheiro com isso.
a música que eu aprecio é totalmente anti-comercial, saõ poucas as bandas que aprecio que fazem sucesso e conseguem sobreviver fazendo shows no mundo inteiro. muitas bandas que ouço os caras precisam trabalhar em outras coisas pra poder sobreviver.
na minha opinião, o simples fato de alguém fazer música buscando reconhecimento popular e dinheiro, ja não é arte de verdade, por isso que qualquer idiota pode tocar sertanejo, funk, axé e fazer sucesso no brasil inteiro com essas musicas que não passam de fezes mesmo.
a maioria das pessoas acha inútil o fato de eu tocar guitarra, ter 4 guitarras, ter gravado muitas músicas, mas e daí? queriam que eu tivesse gastando dinheiro com baladas, vida social e mulheres? eu faço o que realmente quero fazer. tenho nojo de baladas e vida social.
Eu ganho mais que meu marido e até hoje isso não se mostrou um problema em nossa família. Ele é professor, eu sou servidora e muitas vezes chego a conclusão que mesmo ele ganhando menos, ao menos ele trabalha com o que gosta. Dividimos as contas, as tarefas de casa, nos ajudamos e apoiamos mutuamente. Temos uma filha e nos revezamos nos cuidados. Mas a nossa sociedade é machista, algumas pessoas acham errado a situação da esposa ganhar mais que o marido, mas claro que ninguém me fala isso diretamente e mesmo que falassem não me importo com o que pensam as pessoas, o que importa é que estamos juntos há 13 anos e vamos completar 10 anos de casados. Eu não tenho necessidade de ter um homem provedor, nossa relação é de companheirismo. As pessoas pensam que o homem deve ganhar mais, porque acreditam que quem mantém o lar é quem manda na casa e acreditam que o homem deve mandar na mulher. Já fui bem criticada, já ouvi indiretas da família, minha e dele, principalmente porque ocupo um cargo de chefia e acabo tendo que me dedicar um pouco mais ao trabalho. Já ouvi que deveria me dedicar mais à família, ou que deveria trabalhar menos, críticas que nunca ouvi dirigidas à um homem. Já recebi críticas porque não passo roupa e meu marido estava amassado. Tô nem aí.Minha mãe é dona de casa, meu pai sempre sustentou a família e ainda que minha educação tenha sido bem machista em muitos aspectos, meus pais sempre se esmeraram para que as filhas estudassem e tivessem um sustento. Achei importante a postura de meus pais de romperem com uma tradição machista, incentivando às filhas que estudassem. Estudei sempre em escolas públicas, passei em federal e em concurso público, e considerando que minha mãe estudou até a quarta série, porque meu avô achava que mulher não deveria estudar e que meu pai se formou na faculdade com mais de 70 anos, acredito que conseguimos romper com a herança machista, com a educação deficitária e com as dificuldades oriundas da pobreza.
Enfim, quem não deve se incomodar com quem ganha mais é o casal, o que os outros pensam não é nossa culpa.
Francisca
Você em vários momentos contrapõe: emprego X namorado. Esta é uma coisa que deve ser esclarecida pois mesmo que você aparentemente tenha resolvido, o fundo da sua inquietação é preocupante.
Em uma relação legal na qual os dois se respeitem igualmente, você NÃO precisa escolher.
Não há a escolha de bom emprego ou seu namorado. Simplesmente não são coisas comparáveis e nem simétricas, não dizem a respeito das mesmas coisas da sua vida, portanto, esse "dilema" que aparece em uma parte do texto é muito importante que você avalie da onde que vem.
O que é mais importante, o emprego ou o namorado? Esta pergunta é extremamente perigosa, pois não há o mais importante neste caso. Ambos são importantes, e uma questão na exclui a outra. O emprego diz respeito a sua capacidade de cuidar da própria vida com autonomia, se sustentar, pagar por um lugar para morar e cuidar dos seus problemas de saúde futuros, além de garantir sua aposentadoria. Você sendo responsável por SI mesma, de agora até o fim da sua vida. Este é o ponto principal em avaliar um emprego (ou qualquer forma que escolha para se sustentar): ele supre minhas necessidades imediatas e minhas necessidades futuras? Serei uma idosa que integrará as estatísticas vivendo abaixo da linha da pobreza (a maioria dos idosos muito pobres são mulheres) ou serei capaz de me sustentar até lá?
Fiquei aliviada que você optou pelo concurso. Você colocou seu futuro em primeiro lugar, e foi uma sábia decisão.
O seu namorado ganha menos, e espero que ele consiga pensar no futuro dele e se organizar para isso, ou ele estará em maus lençóis. O relacionamento de vocês pode acabar, porém neste caso quem deve se preocupar é o seu namorado (por este motivo temos mais idosas do que idosos pobres, por que elas se separaram e ficam sem recursos financeiros, já que dependiam de seus maridos em algum grau). Enquanto vocês namorarem/casarem, você pode até ajudá-lo financeiramente, mas se algo acontecer, ele estará por conta própria. E ele deve estar preparado pra isso.
Essa questão da aposentadoria nunca é comentada, as pessoas ignoram este fato por puro desconhecimento. Mas no mundo todo a maioria das mulheres coloca seu relacionamento acima do seu futuro, e como resultado temos estatísticas horrendas em que milhares de mulheres idosas vivem completamente paupérrimas.
Beijos e boa sorte!
Anônimo das 20:01
Eu também pensava exatamente assim!
Porém após conversar com um amigo (gay) ele me disse que muitas vezes os caras que ele saia bancavam as coisas, e inclusive outros amigos. Ele, que não vive essa dicotomia homem/mulher, entendia como um gesto de gentileza apenas. Eu vi o quanto eu estava com o preconceito internalizado, e resolvi agir como ele. Se oferecem pra pagar, eu aceito. Se a pessoa for mau caráter e me incomodar por isso, melhor ainda que ela tenha pago a despesa, pois é o mínimo que merece por ser idiota, arcar com o prejuízo.
Pessoas legais não ficam cobrando gentileza. Hoje em dia inclusive eu pago coisas para meus amigos, e vejo como um gesto de gentileza apenas, que eles também fazem para mim.
pra deixar os mascus de plantão mais putinhos ainda, eu sustento meu companheiro pq o amo e tenho certeza q ele tb me ama, mas deixei pra traz homens muito ricos mesmo, que me ofereceram o mundo pra q eu ficasse com eles, não vou dizer q foi facil, pois poder usifruir do q o dinheiro pode te dar é tentador.
Mas meu amor por ele foi muito mais forte, eu o sustentei durante oito meses de desemprego, e ainda o ajudo agora pq ele ganha muito menos q eu, mas pra compensar, sei q bem poucas pessoas nesse mundo puderam viver os momentos felizes q eu tenho vivido ao lado dele ja por oito anos.
lola, olha os masculinistas no facebook falando em chutar ratos, esmagar ratos com o pé
https://www.facebook.com/photo.php?v=505593216230875&stream_ref=10
tipo, eu não tenho medo de ratos, porem tenho pena. tenho pena de pequenos animais, mesmo o rato podendo transmitir doenças, eu sou contra a violencia contra eles. queria que voce comentasse a respeito disso. eu realmente me decepciono quando vejo masculinistas falando essas coisas. isso é covardia pura, pra mim covardia não é fugir de uma briga contra um cara mais forte, e sim maltratar pequenos animais indefesos.
Anônima das 20:01
Como são lugares caros e você não sabia disso, ajude como pode, mas sem ter que se deixar a pão e água. Tipo, deixe que ele pague a conta, mas não totalmente, de modo que você ajude mas não se prejudique, porque afinal, você não sabia do valor que ia dar ir nesses lugares.
Tive um namorado que pagava a conta pra mim quando eu não tinha grana. Eu achava gentil, claro, mas não gostava porque eu tinha medo de ser cobrada e não era justo, já que não eram lugares caros. Eu e ele sempre dividíamos a conta, em igual. E eu terminei quando ele me cobrou por isso. Mandei ir passear.
Porque, certos caras não entendem uma coisa: Eu sair com um cara e deixar ele pagar minha conta não é um convite para dormir comigo, nem pra me beijar.
Ele te levou em lugares caros porque QUIS. Você não é ricaça, é? Como ia pagar a conta? Então não, você não deve nada pra ele. E se exigir, ele é um babaca machistão, então caia fora. Se ele jogar na cara que bancou você por uma noite, responde que você não é prostituta que é paga com jantar pra dormir com ele.
Um cara que te dá um presente nem sempre espera algo em troca, e se esperar, é um cretino, porque presente é algo que se dá e pronto, sem segundas intenções de receber outro.
Essa é minha visão do seu caso.
[Prevejo mascus me chamando de feminista hipócrita; Se forem fazer isso, favor usar sua mente pequenina para interpretar o texto suficientemente bem]
Anônima das 20:01 e Anna Milani:
Concordo!
E na minha experiência pessoal, se não posso pagar de jeito nenhum e o cara faz questão de fazer determinado programa, aceito que ele pague numa boa. Outro dia, se ele não puder pagar e eu quiser muito fazer alguma coisa, eu pago e pronto, sem choro nem vela.
E sempre pensei nisso também, tá dando porque quer dar, tá pagando porque quer, nunca pedi/peço nada. Então não me sinto em dívida (e nunca fui "cobrada" pelos caras que faziam questão de pagar).
E ganho mais do que meu atual namorado, sem maiores problemas para nenhum de nós dois.
Volto a dizer quando eu disse "músicos" e "empresários" entre aspas, não me referi a artistas ou empreendedores que buscam por sonho ou hobby fazer o que gostam, muitas pessoas mantém seus hobbys porém se sustentam, não vivem as custas de pais, namoradas...
O que eu vejo cada vez mais são homens sim principalente homens que colam no pé de mulheres com o emocional destruído como vampiros emocionais e financeiros, com rótulos de namorados fofos...
Muitos aos poucos se mostram piores que muitos homens assumidamente machistas.
Eu não quero ninguém pra me sustentar mas repito também não vou sustentar esperto com disfarce de namorado fofo e feminista... Nesses casos na boa prefiro um homem ainda que seja machista.
Eu acho que essa obrigação do homem de ganhar mais é uma prisão de limita as escolhas das mulheres, assim como a obrigação do homem ser mais velho ou da mesma faixa etária.
Quanto mais um homem envelhece mais opções ele tem, pois ele não se importa nenhum pouco de sair com meninas cada vez mais novas. Já com a mulher é o contrario. Se com 18 anos ela te a opçãode sair com os caras da idade dela e mais velhos, aos 25 essa faixa etária dos "mais velhos" diminui bastante, se contas com alguns homens de 25 que poderiam estar saindo com essa mulher estão saindo com meninas de 18 (sem julgar o homem,veja bem). O que eu observo no meu circulo social é isso, meninas de 25 se sentido oprimidas por terem, em seus círculos sociais, reduzido número de homens solteiros na faixa etária procurada, sem abrir a mente e o coração para homens solteiros mais novas com a desculpa de que "Homem amadurece mais tarde" que é, em grande parte, um senso comum criado para dar a homens liberdade de agirem feito eternos adolescentes por mais tempo.
A questão salarial é a mesma problemática: então quer dizer que, para a sociedade machista, quanto mais ambiciosa e bem sucedida for uma mulher menor o número de homens com quem esta pode se relacionar (pq o homem tem que ganhar no mínimo a mesma faixa salarial que sua esposa). Enquanto homem bem sucedidos não tem o menor puder em sair com mulheres que ganhem menos.
Tenho 25 anos, sou estudante de medicina quase me formando e vejo muitas amigas solteiras próximas sofrendo por esses dois padrões do "Homem mais velho e mais bem sucedido"...
Elas sofrem, reclamam da solidão e gostariam de estar em um relacionamento amoroso, mas fecham as portas para homens que não atinjam esse patamar de sucesso social. Sendo que homens de 27, 30 anos que ganhem extremamente bem e estejam solteiros em busca de relacionamento estável heterossexual não são tão abundantes assim. Afinal medicina tem um dos salários iniciais médios mais altos, dificilmente um advogado ou fisioterapeuta recém formado ganha tão bem qt uma médica recém formada que não esteja cursando residencia. Muitas acabam numa obsessão boba por arranjar um namorado médico ou estudante de medicina, como se esses fossem o santo graal dos relacionamentos monogâmico heterossexuais...
Segurança? Não, Nazgul. Quem pode ter porte é vigilante, com curso de vigilante e de tiro). Além do registro da arma. E ainda te digo que não é tão fácil assim, tá cheio de regras pra que essa criatura possa portá-la. Nazgul, não sei se vai adiantar te falar algumas coisas, pq parece que tu tens bem clara tua visão do mundo, mas como te vejo todos os dias por aqui, tenho tanta esperança em ti... Olha, quando comecei a namorar com meu atual marido, eu tinha 19 anos, fazendo faculdade, trabalhava. Ele tinha 33, fundamental incompleto, fazia bicos como segurança, e ganhava 30 reais por noite, em uma boate que só abria 3x na semana. Ele tinha uma filha pra sustentar sozinho, que vivia com ele, e nunca, nunca sobrava dinheiro pra comprar sequer roupas. Saca a situação? Ele era uma pessoa maravilhosa pra mim. Nunca o vi como um fracassado, não. As coisas foram dando certo financeiramente e estamos juntos há 8 anos. Minha história não é a única, pode ter certeza disso.
Faço minhas as tuas palavras. Posso? Comentei lá em cima que tenho curso superior e meu marido fundamental incompleto, e preciso contar mais uma coisa: abismo intelectual ocorreu inúmeras vezes entre mim e colegas de faculdade, mas não há entre mim e meu marido. Não estou aqui pra tentar convencer a ninguém, apenas gostaria de expor um fato. Conversamos sobre economia, política, história, e sobre qualquer assunto. Nunca o vi cometendo um erro de grafia... Não achemos que a única forma de não sermos boçais seja frequentando alguma instituição de ensino. Ah, vou ter que confessar que na hora da matemática eu era melhor que meu marido. Há alguns anos, porém, encontramos a solução para o problema. Chama-se calculadora.
Entendo perfeitamente quem disse que não sustenta "musico". ME considero feminista de corpo e alma. Se o cara ganhar menos que eu , sem problemas. Se o cara se encostar em mim e pensr que eu tenho que pagar pelas coisas deles, aí temos um problema ENORME.
Atulmente namoro uma pessoa da mesma empresa que eu. Eu dependo de comissão, mas meu fixo é muito baixo. Alguns meses ganho mais do que ele, ma na média, ele ganha mais. Vou falar que me sinto mal... até porque ele não hesita em pagar 150 euros em um sapato, e nquanto eu vou pagar 50 chorando.
Temos maneiras diferentes de ver e lidar com o dinheiro.. e as vezes isso me assusta sim, porque eu fico mal de não dividir as contas, mesmo ganhando menos muitas vezes...;
Lia
Anna Milani,
Acho também que tá faltando um pouco de diálogo nesses encontros dela. Ela deixa os caras escolherem o programa e nem dá pitaco? A menos que tenham combinado antes e ambos tenham concordado como o local, quem convida é que deve pagar a conta. E as cobranças, seja porque um dos dois pagou conta, deu presente ou fez sexo seja quantas vezes forem, já é um bom motivo pra encerrar o relacionamento. Esse é um indício de um relacionamento abusivo, não é?
Eu gosto de dividir a conta, acho justo. Agora, claro, uma pessoa pode pagar algo a outra por gentileza, e isso vale para os dois lados. E dá para o casal encontrar um equilíbrio, mesmo estando em níveis financeiros diferentes.
Para a moça que disse que sempre faz questão de pagar a conta, mesmo em lugares muito caros, não precisa ser assim. Às vezes aquele restaurante é ok para o padrão dele e não vai fazer tanta diferença quanto pra você. Vale a pena conversar para saber por que ele quer te levar lá, não? Se for para só te impressionar, diga que você prefere ir a outro lugar (não sei você, mas restaurante caro não me impressiona). Se ele realmente gosta e faz questão de ir, explique que você está um pouco apertada e o lugar é caro. Talvez ele mude de ideia e vocês façam outro programa, talvez ele insista em pagar sozinho. Nesse caso, você diz que a próxima é por sua conta. Não precisa ser para caro, viu? Leve ele em um lugar legal, bem diferente, mas que seja mais em conta. Pode ser um jantar na sua casa, também. Ou o convide para ir ao cinema e assistam o tipo filme que ele mais gosta, mesmo que você não curta ao gênero. Ou, sei lá, procura algo que ele curte em promoções na internet (tipo grupon). Uma vez eu e uma amiga fizemos rapel por 30,00 reais cada. Foi um programa muito legal e pagamos bem mais barato que o preço normal. Essa mesma amiga uma vez comprou um fim de semana em uma pousada para ela e o namorado, bem em conta também.
O que importa não é só quanto dinheiro você gasta, mas a sua intenção, sabe? Fazer algo por sua conta, que seja bancar um programa ou preparar um jantar gostoso. Isso para mim é um relacionamento equilibrado :)
Camila
Se o cara quer pagar a conta eu deixo, não fico me fazendo de ofendida não. Se o sujeito não implicar qdo eu insistir pra pagar a conta, ótimo. Se rachar, tá certinho pra mim também. Se fizer MUUUUITA questão de pagar, praticamente um mártir, vai fundo... quer ser machinho, gasta então. Geralmente com esses aí eu não saio uma segunda vez.
Meu marido ganha 10 vezes mais e portanto me sustenta, pois com a minha renda de professora infantil eu não teria a vida que tenho. Em caso de divorcio fico com a casa, os filhos e a pensão. Para o ponto de vista masculino vejo que esse arranjo não é vantajoso. A mulher é sofredora e blá blá blá? Nem sempre! Muitas vezes sai em vantagem sobre o homem! Umas conseguem empregos melhores usando sua "sedução" e etc! Curiosidade/Pergunta para as mulheres que ganham tanto a mais que praticamente sustentam o marido: em caso de divórcio, vc pagaria numa boa a PENSAO ALIMENTICIA pra ele?
Mayonnaigs, descola essas musicas aí!
Quanto aos filhos da puta torturando animais, só digo uma coisa: olha aí a clara demonstração de que esses imbecís são covardes que não valem nada. E não adianta ir lá e falar alguma coisa, eles vão é gostar... porquê gente covarde é assim. fica aí se borrando de medo e raivinha de caras mais fortes ou influentes que eles e aí vão descontar suas frustrações contra quem não pode se defender. É por isso que esses caras não prestam pra viver em sociedade. Não hesitarão em maltratar quem tem dificuldade para se defender. Esse é um dos motivos pelo qual acho que isso não é um "ambiente" bom: são psicopatas arrebanhando pessoas fragilizadas e confusas e as induzindo a se enterrarem mais no buraco. vampiros espirituais...
Enfim. Se você sabe quem são os autores você pode juntar as provas e denunciar na polícia. ficar trocando farpas com esse povo só vai servir pra ficar exaurido e chateado.
"Meu marido ganha 10 vezes mais e portanto me sustenta, pois com a minha renda de professora infantil eu não teria a vida que tenho. Em caso de divorcio fico com a casa, os filhos e a pensão. Para o ponto de vista masculino vejo que esse arranjo não é vantajoso. A mulher é sofredora e blá blá blá? Nem sempre! Muitas vezes sai em vantagem sobre o homem! Umas conseguem empregos melhores usando sua "sedução" e etc! Curiosidade/Pergunta para as mulheres que ganham tanto a mais que praticamente sustentam o marido: em caso de divórcio, vc pagaria numa boa a PENSAO ALIMENTICIA pra ele?"
Cara, você disfarça muito mal. vai lá usar a sua sedução masculina, vai.
OFF TÓPIC nao sei se foi comentado esse artigo do colunista da veja dizendo que a culpa do estupro nao é da mulher MAS....fiquei tão indignada, pior que os homens que ali comentam acham meio certo o que o cara falou.
veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/cultura/o-estupro-e-culpa-da-mulher-seminua-nao-mas/#comment-109490
Eu ganho mais que meu marido. Sempre ganhei.Tanto que quanto a nossa segunda filha nasceu, optamos por ele ficar em casa e cuidar dela nos primeiros três anos. Dentre outras coisas, porque viajava muito a trabalho. Funcionou pra gente, melhor pra mim do que pra ele, pq a cobrança social em cima dele foi muito maior, é claro. Puro machismo. Tive o desprazer de vê-lo sendo chamado de gigolô...dentre outras coisas. E sou muito, muito grata a ele por ter tido a lucidez, o amor e a força de ter feito isso.
Agora, o comentário sobre abismo intelectual é de uma arrogância classista tão grande que chega a ser nojento. Ter faculdade não garante a ninguém uma boa conversa, sensibilidade, informação...principalmente (e sem querer ofender, eu mesma sou engenheira), faculdades mais pesadas em termos de estudo, como engenharia ou medicina. Acaba não sobrando tempo pra muita coisa além de se formar. E conheço mt gente com segundo grau, ou menos, que lê, reflete, tem carisma, ou seja, pessoas mentalmente estimulantes. Bem como um bocado de gente formada que não tem um único livro em casa. Menos, né? Abismo intelectual realmente é dificil de lidar, ao menos para mim. Mas ter ou não cursado faculdade não tem uma relação exatamente precisa com isso.
Ainda, uma das coisas que vejo com alguma frequência em feministas, é abominar donas de casa e mães, que optaram por fazer isso da vida. Cuidar bem e educar uma criança é, a meu ver, o trabalho mais importante do mundo. Nos primeiros anos, notadamente. O tempo de qualidade não é sinonimo de tempo o suficiente, infelizmente. Claro, tem uma grande discussão sobre autonomia, independencia, respeito, conforto na velhice e vários outros temas correlatos. Mas donas de casa não são interesseiras. Sério gente. Uma coisa é ser madame, aquela que não precisa trabalhar em lugar nenhum, com dinheiro o suficiente para contratar pessoal para fazer tudo. Outra é ser dona de casa.
Creio que desvalorizar o trabalho tipicamente feminino de cuidar é tiro no pé do feminismo. Em minha opinião, ele deveria ser é mais, muito mais valorizado socialmente, e economicamente também. E não sexualizado como trabalho que as mulheres fazem 'por amor', como obrigação natural.
Eu entendo a anonima das 20:01....tenho PANICO de deixar qq homem pagar a conta sozinho! Sempre acho que da margem pro cara achar que tem "direito" a alguna coisa por isso. Sempre checo o preco dos programas antes, e se nao puder dividir, nao vou.
Eu tambem sou medica. E ao contrario da minha colega que esta se dando bem com o segurança, so tive experiências ruins nesse sentido .
Um ex namorado estava comigo somente do status da profissão de medica ( eu tinha acabado de me formar , e ele nem vestibular nao tinha feito ainda - namorar medica e ' um bom negocio' - palavras do pai dele).uns meses depois se endividou porque fez uma burrada e vejo me pedir $ emprestado, ' senão ia procurar agiota ' - respondi : ' problema seu '.
Tive outro que vira e mexe ficava me pedindo pra pagar coisas , ate mesmo a cerveja que ele tomava.alem de ficar reclamando do preço dos lugares onde eu o levava e o fazia gastar ( a gente procura levar o namorado no lugar que gosta ,se nao estava a altura do que ele podia gastar, falasse com jeito, sem ficar reclamando depois pros meus amigos ...
Entao , se a amiga deu certo com o segurança, fico super feliz, mas nao foi a minha experiência.Eu ,Maria. Valéria. Ok? Nao estou querendo dizer que outras pessoas nao tenham se dado bem assim.
Uma coisa e vc ganhar mais que o cara , outra coisa e o cara se encostar em vc e fazer vc sustenta- lo, como ja tentaram fazer comigo,
Quanto ao abismo cultural, acho muito relativo.uma vez conheci um casal numa viagem o exterior : ele era mecânico de carros. E reclamou exatamente disso : que eles sempre viajavam , tomavam bons vinhos, tinham boa cultura, mas que muita gente da cidade dele o tratava como sendo ' inferior em cultura ' por ser mecânico e nao ter faculdade.realmente isso e muito chato e nao deve ser generalizado, ate porque ja conheci muita gente com diploma na gaveta , falando e escrevendo errado, e ainda achando ruim quando alguém tentava corrigir,...
Abraços !!
Graciema seu comentário foi perfeito, eu tb considero importantíssimo o trabalho de educar filhos e cuidar do serviço doméstico.
Mas neste sistema patriarcal em q vivemos o trabalho doméstico por não ser remunerado foi extremamente desvalorizado, e usado como motivo para q mulheres sejam tratadas como inferiores e menos importantes.
O feminismo contribuiu para q as mulheres entrassem no mercado de trabalho e tenham através disso mas poder dentro dessa sociedade machista.
Mas realmente a infra estrutura dos lares ficou deficiente, tb considero urgente que encontremos outras maneiras de resolver essa questão.
A solução q vc encontrou junto do seu companheiro , embora não seja usual deve ser respeitada e acatada por outros casais, porque só a mulher cabe fazer esse serviço???
Acho tb q nossa sociedade deveria prover meios de proteger os trabalhadores e trabalhadoras q se dediquem a essa função, com incentivos inclusive econômicos e de previdência.
"Se (machistas) gostam tanto da mulher "ideal" do patriarcado, defendem que a natureza quis assim, os dois em seus "papéis originais", não entendo esse mimimi de reclamar de mulher interesseira."
Anna, isso se chama irracionalidade e falta de lógica!
Vendo os comentários é que eu entendi a relevância do post. Isso para mim jamais foi um assunto!!! Eu SEMPRE ganhei mais, até mesada. Dividir contas ou um pagar pro outro quando queria fazer gentilezas, ou eu pagar um programa quando o parceiro não tinha grana, nunca foi assunto. Sempre muito natural. Mas pra ser bem sincera, minha mãe reclamava (também que eles tinham minha idade -- não eram mais velhos -- e que eram baixos e magros demais). Só que era um zumbido de mosca tão irrelevante pra mim que só lembrei disso agora, lendo os comentários e tentando empatizar com o pseudo-dilema.... Fico ao menos feliz em ver muitos homens e mulheres bem resolvidos quanto a isso por aqui. Depois dizem que o patriarcado é bom pros homens...
"As pessoas pensam que o homem deve ganhar mais, porque acreditam que quem mantém o lar é quem manda na casa e acreditam que o homem deve mandar na mulher."
Isso! São esses que reclamam que a família está sendo destruída. Se o homem não for o chefe e mandar na mulher nao pode existir família.
Só que não.
PRO ANONIMO DA PENSÃO ALIMENTÍCIA:
Vc tá muito mal informado como funciona pensão alimentícia pra ex-companheiro.
Pensão alimentícia é pra ex companheiros que NÃO tem sustento próprio e não que ganham menos.
E NÃO É VITALICIA. É só até a pessoa se reestabelecer financeiramente. Muitas vezes mesmo que isso não tenha ocorrido a pensão é cortada. Pq um adulto não tem obrigação de sustentar outro vitaliciamente se apessoa tem condições de se sustentar.
Sou advogada e hoje em dia é bem raro pensão alimentícia pra ex companheiros. Pensão é pra filhos via de regra.
Mas suspeito que vc "mulher professora infantil" seja apenas um mascu troll.
Se não for sinto muito amiga. Se informe melhor e bote os bracinhos pra trabalhar pq vc não vai arrumar pensão de ex marido médico que ganha dez vezes mais,até pq tem sustento próprio.
Alice
Concordo com a Juliana das 11:56. Cada um deve pagar as despesas em comum proporcionalmente ao salário que ganha. Afinal, igualdade é "tratar os desiguais de maneira desigual".
Puxa vida. Uma vez na vida concordo com o Maionese. Achei preconceituoso o comentário contra músicos. Conheço um montão de músicos que fazem o som e trabalham em outras coisas, porque música é uma profissão extremamente mal paga. Meu marido é músico e tem muito dono de casa que acha que se der uma garrafa d'água já tá pago.
Ah anon. Desculpa. Comentei e depois vi teu segundo comentário. Entendi oq vc quis dizer agora. =)
Seguinte, sou eu A comentarista do casal pedagoga (prof. de educação infantil) e médico. É bem a décima vez que ridículas desse blog pensam que sou homem pelas minhas opiniões. Sou mulher. E mulher vaidosa, que sabe cozinhar e que cuida pessoalmente dos seus filhos pois trabalha meio expediente. Não tenho babá e não me dedico totalmente à profissão que é mal remunerada e não vale a pena se meu marido ganha muito bem e quer me sustentar para eu me dedicar bem aos nossos filhos e a nossa casa. O condomínio do meu prédio ((1.500 reais) é o meu salário líquido no colégio. Vc, advogada, que disse que eu coloque meus bracinhos pra trabalhar (sendo que os uso o dia inteiro pra isso, dentro e fora de casa) deve ser a mesma mulher que critica quem deixa os filhos léu criados por colégio integral e babá. Que inveja mulheres que tem tempo e dinheiro pra clínica de estética. Vcs, ou algumas de vcs, são PODRES, pois vcs mulheres, são as piores críticas e algozes das próprias mulheres, criticam a mulher de qq jeito, tanto se trabalha demais e descuida dos filhos, como se trabalha pouco e depende financeiramente do marido e tem que ouvir piada. Ou, melhor, talvez o problema de vcs esquerdistas seja alguém ganhar BEM? Preconceito com madame? Com dona de casa? Com mulher workholic? Não são vcs que dizem que a mulher deve ter ESCOLHAS? Mulheres de bom senso e que gostam de ser bem relacionadas com os homens, ouçam-me: não levem a sério tudo que é dito aqui. Vale inclusive dar uma lida em blogs masculinos pra ver outros pontos de vista. Homem é bom e eu gosto. Ser mulher é bom e eu gosto.
Infelizmente 99% das mulheres não está preparada para ganhar mais do que o marido.
Fui casado com uma maluca que era mais rica do que eu.
Puta que o pariu, era só humilhação.
Depois disso, nunca mais.
Eu ganho mal e se ganhasse bem não ia querer pagar coisas pra namorado nenhum, mas pagaria com prazer pro meu marido ficar em casa cuidando do meu filho. Só que em caso de divorcio ele ia ter mais direito a guarda do que eu (pq é quem cuida e tem o apego)e eu ainda ia ter que sustentar ele pq ele teria parado sua vida profissional por um acordo do casamento. Nan, prefiro ficar do lado oposto.
Também simpatizei!!! Surpreendente.
Ser dona de casa é bem diferente de ser interesseira.
Interesseiras são as que vejo aos montes,só saem com cara se tiver carro e dinheiro,marias chuteiras que engravidam "sem querer" e as vezes ate dona de casa q n olha a realidade em q vive e acha q o marido é banco 24h.
Feministas podem chorar a vontade,q a realidade é escancarada.
Tem tambem uma outra "realidade escancarada" q testemunhei:
mulheres q ganham algum $ e respectivos "companheiros" q mal trabalham e/ou estudam, mal e mal cuidam da casa, dos filhos, alguns só na maconha, nos butecos, nos flertes e no sexo casual enquanto a mulher ralando, a perfetita otária...
Agora as mulheres querem sustentar os homens. Como se já não bastasse a sociedade machista em que vivemos. Umas das poucas vantagens que as mulheres tem em relação aos homens, é o fato de ser sustentada por eles, não podemos perder essa única vantagem, porque de resto é sempre o homem que se impõe na relação.
Sim feminismo a parte, sou feminista mas tenho meu lado mulherzinha de querem suporte emocional e financeiro, de dividir as contas e os problemas, os caras "pseudo feministas" são em suma: maconheiros, empreendedores sem empresa alguma, músicos e artistas "incompreendido" caras que não querem mulheres querem otárias que os sustentem a ainda batam palma para seus "talentos" que só a mãe reconhece sujeitos que querem parar de explorar a mãe para explorar a namorada, em todos os sentidos.
Eu tenho trauma do último homem moderno que conheci, explorar o dinheiro dos pais e querer uma idiota pra bater palmas não é ser moderno.
Então entre um cara desses e um homem tradicional eu ainda prefiro aquele que trabalha por mais que tenha resquícios de machismo, o machismo a gente vai conversando e se for extremo parte para outra... Já pessoas exploradoras...
Anon 12:06, mas é machista também pela ideia que mulheres devem ser sustentadas. Ser sustentada não é vantagem se você for pensar bem. Se o relacionamento acaba o que acontece com essa mulher que largou a vida profissional pra ser sustentada?
E das mulheres que permanecem em relacionamentos abusivos/ruins porque dependem financeiramente do parceiro?
Não é vantagem nenhuma.
Pode ser sim confortável poder parar de trabalhar um tempo quando se têm filhos. Mas isso não deveria ser só uma opção (não obrigação) da mulher e sim do homem também.
Querida Julia, quem disse aqui em ser sustentada?
Eu me refiro a pagar as contas.
Na minha cara é meio a meio, um paga a energia elétrica o outro o telefone, um paga as compras e despesas com supermercado, os passeios são revezados, enfim alguns meses meu namorado paga mais contas, outras eu ajudo mais...
Agora sustentar um cara nem ferrando, desculpa quem acha fofo, libertador e afins mas cada vez mais homens tem se aproveitado do feminismo para explorar mulheres, elas cansadas dos machismos dos homens comuns, tem se sujeitado a morrer de amores por homens que nem uma porra de uma torneira sabem trocar, homens que sequer tem a decência de te levar no médico se você passar mal, homens que adoram quando vc saca o cartão e fala eu pago o jantar. NESSES CASOS EU REPITO: viva o homem normal. Porque aproveitador disfarçado de feminista eu to correndo.
Julinha onde é q eu assino seu comentário das 18.22hs, não ha vantagem nenhuma em ser sustentada, antes mil vezes prefiro o contrário.
Tambem considero preconceituoso quem falou dos ' artistas ' ...conheço algumas pessoas dessa area ( música, teatro ) e que de aproveitadores nao tem nada,
Aproveitadores tem em qualquer profissão, inclusive na minha ( médicos ) e em outras profissões com mais ' status' ...
Abraços
Valeu a indicação de blogue!
Sobre homem disfarçado de feminista e homem machista, eu não prefiro nenhum!
[Só] conheço casos em que o aproveitador não se disfarça de feminista. Todo cuidado é pouco: se o cara vier com aquela "ótima" ideia, e dizer que só precisa de um apoio inicial.... recomenda-se esconder a carteira, antes de fugir.
Mas a torneira, prefiro aprender a trocar eu mesma rsrs (sério).
Thata
Boa, Marta!
Sou médica recém formada, meu namorado está no início da faculdade de engenharia e é um ano mais novo. Pra completar a quebra de padrões, eu sou branca e ele, negro. Quer saber? Somos muito felizes!
Também não dou muito certo com homens da medicina, muitos (não todos) são presos a um certo status quo e reproduzem pensamentos padronizados, tô fora!
Bjo grande!
Sinceramente? As brasileiras são extremamente machistas e boa parte é criada por cafetões e cafetinas que as criam para arrumar um "bom partido".
No Brasil a maioria é feminista da boca pra fora e acha um absurdo dividir conta em restaurante por exemplo. Podem até aceitar rachar, mas é muito comum jogarem isso na cara com o passar do tempo.
Se o cara ganha menos então é um merda!
Claro que existem muitas que já saíram do período das cavernas, mas você tem que peneirar pra achar alguma com mentalidade igualitária.
Vivo na Austrália e aqui elas ficam ofendidas se o homem insiste em pagar a conta e fazem questão de dividir as contas e tarefas domésticas, o que acho justíssimo e correto.
Acredito que as leitoras desse blog não fazem esse tipo que estou criticando, mas infelizmente vocês não são maioria e estão muito longe disso.
Cheguei na Oceania com uma mão na frente e outra atrás e tomei um choque de civilidade.
Minha esposa por exemplo é oftamologista e quando começamos a namorar eu era ajudante de pedreiro, o que no início até me causou constrangimento até eu descobrir que por aqui todas as profissões são respeitadas. Mas se fosse no Brasil isso seria visto como um escândalo, motivo de chacota. E mesmo antes de conhece-la não tive problema algum nesse aspecto ao me relacionar com outras mulheres com profissões de nível universitário.
Hoje trabalho na minha área de formação e nossos salários são equivalentes, mas se fosse no Brasil um relacionamento desse tipo JAMAIS teria chegado a algum lugar.
Confesso que ganho menos que minha mulher e nós nos amamos muito e sempre nos demos bem. Infelizmente o maior problema é a FAMÍLIA dela!Como venho de família humilde e ela de família rica, sempre ouvimos piadinhas quanto a eu ser o pobretão, e a família dela sempre querer que nosso relacionamento acabasse, sempre dizendo que ela "tinha que namorar um cara que pudesse dar uma boa vida pra ela". Claro que minha esposa finge que não ouve, mas confesso que me sinto MUITO mal por ser conhecido como "o cara pobre que a filha deles arrumou" e me sinto pior ainda por saber que isso trouxe sofrimento pra minha mulher, pois apesar do nosso relacionamento ir muito bem, sei que ela não gosta nem um pouco dos comentários da família dela e deve se sentir mal. Já pensei em terminar o nosso relacionamento, não por vergonha do pouco que tenho, mas por pensar que ela seria muito mais feliz se conseguisse um cara financeiramente melhor que eu.
Ei Anônimo, antes de tomar qualquer decisão drástica, fale com sua esposa. Aposto que ela teria uma visão bem diferente dessa sua.
Confesso que diferente da maioria das mulheres aqui, eu nunca busquei ser "a mulher business" mas isso naturalmente chegou até mim e infelizmente o salário e o cargo do meu namorado não foi evoluindo gradativamente como o meu e isso me incomoda muito, mas queria muito tirar esta penumbra moral dentro de mim! Estamos juntos a quase 7 anos e quando ele me conheceu eu era estudante de arquitetura e ele não fazia faculdade apenas trabalhava como músico e professor de música. Nós acabamos nos apaixonando, mas ficava muito angustiada em pensar no nosso futuro, pq sabia que o caminho escolhido por ele seria música e nada mais do que isso. Mas ele me animava colocando argumentos de que ele iria ganhar bem, que ele iria seguir a carreira de professor universitário etc, etc...(sempre fui mais pé no chão e não acreditava muito por questões lógicas) Ao longo destes 7 anos me formei, arranjei um emprego que no começo me pagava mal, mas aos poucos fui tendo aumento de salário e me destacando na empresa e hoje 4 anos depois de ter me formado, ganho um salário que me satisfaz. Mas o salário dele parou no tempo. Nestes últimos anos ele fez faculdade de música e nem por isso a vida dele melhorou. Ele tirou a ideia de ser professor universitário pq o próprio professor dele disse que o salário é ridículo. Agora, anos depois, ele pensa em ter uma outra formação que dê dinheiro, justamente pq a profissão dele não sustenta os gastos q ele tem com instrumentos e gastos da vida cotidiana. Confesso que nesta parte financeira queria que fosse o contrário. Ele não se sente incomodado de eu ganhar mais que ele, e muitas vezes ele precisa de mim pra pagar alguma dívida dele. Isso está me cansando muito. Nossas maiores discussões são por causa disso. Pq ele me pede dinheiro emprestado e não me devolve e eu tenho que ficar lembrando ele. Enfim...me sinto triste. Ele não é vagabundo, mas ele é cabeça dura e não me ouviu qdo precisava, precisou uma pessoa do ramo dele falar das dificuldades da profissão pra ele resolver tomar atitude de mudar um pouco. Quanto ao resto, nós nos damos bem e queria muito que nós se acertássemos 100%. Mas vejo que pra gente ficar bem, eu que vou precisar mudar (eu já tento isso a muito tempo) meu interior, pq ele é uma pessoa muito difícil de conversar. Hj em dia ele até me cobra mais por eu ter um salário maior que o dele. Isso me deixa triste. Nunca busquei ser a provedora. Tbm não sou interesseira, eu não me recuso em participar das contas, mas ser sempre a tapa buraco e agora por ganhar mais a provedora me deixa triste e sem motivação como mulher. É isso. Abraços
primeiramente, eu moro em um pais asiatico, nao tem acento, nem tiu nem cedilha no teclado do meu celular, embora eu tenha tentado, nao deu pra instalar.
Meu caso eh um pouco diferente, eu moro longe da minha amada esposa, geralmente eh ela que se sustenta, mas teve uma epoca que ela ficou desempregada, automaticamente eu me ofereci pra ajudar ela. Nessa hora o fantasma que nos assombrou, foi o fantasma do nao querer dar o braco a torcer. Eu sempre fui da opiniao de que, mesmo que o marido sustente a esposa ou diseーversa, desde que os 2 se amem e confiem um no outro, ninguem se torna dependente de ninguem, pois para nos, o casal que se ama e confia verdadeiramente, acaba se tornando 2 pessoas na mesma carne. Nao importa quem ganhar mais, nao importa se eu sustentar ela ou ela me sustentar, no nosso relacionamento nenhum dos 2 se sente abaixo do outro. Aquele que tiver condicoes X contribui com despesas X, aquele que passar a nao conseguir contribuir nada financeiramente, contribui de outra forma. No comeco ela ficou se sentindo mau por ter que aceitar a minha ajuda, mas depois ela percebeu que eu nunca a cobrei por essas ajudas, e nao ficava perguntando com o que ela gastava. Eu simplesmente deixava ela admistras o dinheiro e fazer o que quiser com o o que sobrar, sempre dizendo que o que eh meu tambem eh dela. Com o passar do tempo ela comecou se sentir a vontade, e de fato nunca a fiz se sentir presa ou dependente, sempre a lembrando que a conquista financeira de 1 eh tambem a conquista dos 2. Hoje ela voltou a trabalhar, pode ser que um dia eu acabe tendo que me sustentar com o dinheiro dela. Mas como eu a amo e a concidero minha outra metade, nao irei sentir mau por isso. Como diz o ditado romano 〃Mano mano lavat〃(uma mao lava a outra)
Olá, sei que o post já é um tanto antigo, mas estou vivendo esta situação agora, então, fuçando na Internet sobre o assunto, me deparei com ele, o qual me fez refletir bastante. Gostaria, no entanto, de por uma questão que não vi tratada aqui [posso não ter lido com atenção todos os comentários]. Pelo que entendi, todas as situações dos casais em que a mulher ganha mais que o homem, eles se conheceram numa situação financeira mais ou menos igual, e depois a mulher veio a ficar melhor que ele financeiramente. Mas a minha situação é: ele já me conheceu numa situação confortável, então uma dúvida que fica me atormentando volta e meia é: será que ele está comigo porque gosta realmente de mim ou pelo o quê eu posso lhe proporcionar??
Ganhar bem é uma felicidade !!!! Somos seres individuais e se eu ganho bem isso é tão bom, o que o outro ganha é a vida dele, e na nossa vida em conjunto vai dar tudo certo se os dois forem maduros, dedicados ... Já pensou ficar com alguém porque a pessoa paga sua faculdade, sua casa, suas roupas??? Há um risco grande de isso pesar mais do que o carinho e o amor ... Mulheres, criem sua vida, ganhar bem é uma maravilha muito maior do que o marido/namorado ganhar bem!!!
Nem todos os homens talentosos, inteligentes, virtuosos, amorosos, carinhosos, bons de cama, bons de papo, bons cozinheiros, bons esportistas, malhados, gatos, gente boa ganham bem, e o que isso importa?
Precisamos nos perguntar: queremos um homem rico ou um homem bom?
Coisas prioritárias são prioritárias e detalhes são detalhes.
Dada nossa forte cultura patriarcal, a mulher ganhar mais é um ótimo caminho para exterminar nosso machismo escondido interior e viver a felicidade da liberdade, da igualdade e do amor!
O meu ex-marido trabalhava 8h/dia 5d/sem. Ganhava 800, eu ganhava 1500. Eu, Pagava a casa, e todas as despesas excepto as de alimentação isso era ele. Mesmo assim deitava-me em cara o que me pagava e discutimos muito por outros motivos. Eu nunca vi a relação como ele a aproveitar-se de mim. É nem ele.
E continuam juntos??
Ainda continua assim?
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