sexta-feira, 11 de abril de 2014

O QUE SE PODE APRENDER COM O MAIOR ESTUDO JÁ FEITO SOBRE ESTUPRO

Enquanto escrevia um dos vários posts sobre os resultados da pesquisa do Ipea, me deparei com este artigo do ano passado, escrito por Tara Culp-Ressler.  
Pedi pra querida Elis traduzi-lo, e ei-lo. É assustador.

Pesquisadores das Nações Unidas acabam de publicar um extenso estudo sobre as raízes da violência sexual, cobrindo seis países e com duração de dois anos. A pesquisa que, segundo a organização, representa o  maior projeto científico sobre o tema até o momento, teve como objetivo investigar a “sub-pesquisada” área do estupro perpetrado por homens. Em média, cerca de um em cada quatro homens que participaram do estudo afirmou que já havia estuprado alguém em algum momento de sua vida. Um em cada dez havia estuprado alguém que não era sua parceira romântica.
O estudo da ONU entrevistou mais de 10.000 homens de Bangladesh, China, Camboja, Indonésia, Papua-Nova Guiné e Sri Lanka. Os pesquisadores alertam para o fato de que alguns comportamentos regionais relativos à sexualidade no sudeste da Ásia podem contribuir para os resultados coletados nos seis países. Ainda assim, no entanto, há pontos muito importantes nos resultados. Vejamos o que a nova pesquisa pode nos dizer sobre o panorama geral da violência sexual:
Muitas pessoas têm a ideia errada quanto ao que realmente constitui “estupro”. Os pesquisadores, intencionalmente, não utilizaram a palavra “estupro” em nenhum de seus questionários sobre o histórico sexual dos homens asiáticos. Em vez disso, perguntaram aos homens se eles já haviam “forçado uma mulher que não fosse sua esposa ou namorada no momento a fazer sexo”, ou se já haviam “feito sexo com uma mulher que estava bêbada ou drogada demais para consentir com o ato”. 
Provavelmente, essa abordagem ajudou os pesquisadores a reunirem informações mais precisas sobre atos sexuais não consentidos nos quais os homens haviam tomado parte. 
Como muitas pessoas não compreendem os limites do consentimento, muitos adultos ativos sexualmente não entendem quando estão violando alguém -- e podem não acreditar que, de fato, estupraram alguém. “O estupro não envolve apenas alguém que aponta uma arma para a cabeça de uma mulher”, destacou Michele Decker, a professora de saúde pública que é coautora do comentário que acompanhou o novo estudo, à CBS News. “As pessoas tendem a pensar no estupro como algo que outra pessoa faria.”
Estupros também ocorrem dentro do casamento. De forma semelhante, muitas pessoas pensam no estupro como algo que ocorre entre desconhecidos, quando mulheres são abordadas por criminosos em becos escuros. Mas não é essa a realidade da violência sexual. A pesquisa da ONU descobriu que estupros entre parceiros casados são mais comuns que estupros entre pessoas que não estão em um relacionamento romântico. 
Estudos realizados nos Estados Unidos revelaram resultados semelhantes sobre a prevalência de violência entre parceiros íntimos no país. Quando se trata de educar as pessoas sobre a violência sexual, é importante enfatizar que o consentimento não é infinito – ou seja, mesmo quando falamos em cônjuges que fizeram sexo consentido muitas vezes no passado, nenhum dos dois consentiu em fazer sexo em todas as ocasiões em que o parceiro o exigir no futuro.
Os níveis de repetição do crime são muito altos entre estupradores. Quase metade dos entrevistados que afirmaram ter estuprado pelo menos uma vez acabaram, mais tarde, estuprando diversas vítimas. Quase 23% afirmaram ter estuprado de duas a três pessoas, 12% afirmaram ter estuprado de quatro a dez pessoas, e cerca de 4% afirmaram ter estuprado mais de dez pessoas. 
Nos Estados Unidos, algumas pesquisas chegaram a conclusões semelhantes sobre estupradores que repetem o ato no nível da faculdade. Um estudo da Universidade de Harvard descobriu que os jovens que estupram na faculdade têm probabilidade de se tornarem estupradores em série –- e muitos deles o fazem, uma vez que as políticas brandas relativas à violência sexual na faculdade frequentemente permitem que eles não sofram punições.
Comportamentos negativos relativos à sexualidade têm raízes na juventude. Mais da metade dos entrevistados que admitiram ter violado alguém eram adolescentes na primeira vez em que estupraram. A maioria dos crimes sexuais registrados pelo estudo ocorreu quando os homens tinham entre 15 e 19 anos de idade. Os autores destacam que este fato "reforça a necessidade da prevenção ao estupro entre pessoas jovens”.
Defensores da prevenção contra a violência sexual nos EUA afirmam que esse tipo de educação por ter início com uma educação sexual abrangente. Ensinar as crianças sobre seus corpos quando são jovens ajuda a lhes conferir um senso de autoconfiança e propriedade sobre o próprio corpo. Dessa forma, elas teriam maior probabilidade de evitar violar o consentimento de alguém e estariam mais dispostas a se expressar quando alguém tentasse violar seu consentimento.
Por que alguns homens estupram? A maioria é porque pensa que tem direito sexual sobre as mulheres
Os homens estupram porque foram ensinados que têm o direito de reivindicar para si os corpos das mulheres. Um dos conceitos fundamentais no núcleo da cultura do estupro é a ideia de que o estupro é inevitável, os homens não conseguem se controlar e, portanto, as mulheres devem se esforçar para se protegerem. No contexto da cultura do estupro, a ideia de que os homens têm direto a experiências sexuais é profundamente enraizada. 
Os pesquisadores da ONU descobriram que este comportamento é amplamente difundido entre os estupradores entrevistados. Entre os homens que reconheceram ter praticado violência sexual contra alguém, mais de 70% afirmaram que o fizeram devido ao seu “direito sexual”. Além disso, 40% afirmaram que estavam com raiva ou queriam punir a mulher. Cerca de metade dos homens afirmaram que não se sentiam culpados.
Normalmente, não há punição pelo estupro no sudeste da Ásia. Apenas 23% dos homens que afirmaram ter estuprado alguém haviam, de fato, sido presos por seus crimes. Essa tendência é verdadeira em países de fora do sudeste da Ásia que foram incluídos no estudo. 
A RAINN (Rape, Abuse, and Incest National Network, Rede Nacional doa EUA de Assistência a Vítimas de Estupro, Abuso e Incesto) estima que, após levar em consideração o número extremamente alto de casos de estupro que não são denunciados à polícia, cerca de 3% dos estupradores dos EUA acabam na prisão. Este tem sido, ultimamente, um tema bastante conflituoso em campi universitários, onde muitos estupradores recebem punições extremamente leves, como ter que escrever redações e ser colocado em liberdade vigiada, em vez de serem expulsos.
***
“Está claro que a violência contra as mulheres é muito mais difundida no público geral do que imaginávamos”, afirmou Rachel Jewkes, membro do Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul e líder do novo estudo, em uma declaração sobre os resultados. Pesquisas anteriores também supervisionadas por Jewkes descobriram que uma em cada três mulheres no mundo inteiro sofreu algum tipo de violência perpetrada pelo parceiro íntimo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar tal violência um problema de saúde global “epidêmico”.
Jewkes e seus colegas pesquisadores esperam que o novo estudo -– um dos primeiros a se concentrar nos homens que perpetram a violência sexual, e não nas mulheres vítimas -– ajude a incentivar mudanças concretas em políticas para reverter as dinâmicas que contribuem para a cultura do estupro. “A prevenção do estupro é essencial”, concluem eles. “As intervenções devem ter como foco a infância e a adolescência, e devem lidar com relações de poder e socialização do sexo masculino profundamente enraizadas, com abusos na infância e com a pobreza.”

35 comentários:

Unknown disse...

quanto mais se fala sobre o assunto, se estuda, mais impossível fica negar a cultura do estupro. educamos nossas crianças de modo a perpetuar a violência sexual, como isso é possível, como é aceito? ensinamos que os meninos tem o direito ao sexo sempre, que eles precisam ser "esperto" para conseguirem sexo, que vale enganar para conseguir sexo, que não é sim ... um monte de pequenas ideias estereotipadas que dão base para o estupro e a violência sexual.

Anônimo disse...

Interessante o posto, me faz lembrar numa situação que vivo as vezes...
Não tem haver com violência e no contexto que é usada é tida como uma forma de "carinho", mas meu namorado gosta de dizer que sou dele (ele tá sendo carinhoso e não conhece bolhufas do feminismo), mas o engraçado que convivendo fui entender da onde veio isso e vi que a mãe dele fala de mulher "ser" de um homem... no sentido de posse msm de servidão. Ela já discutiu comigo por n querer usar o sobrenome dele se casarmos, afinal, como eu ia provar que era dele???
Quanto desses homens foram criados da msm maneira, onde mulheres são feitas para servir e serem deles??? Não é só o estupro é a desumanização da mulher, é escravidaõ...
E por mais que sejam de ouro, gaiolas são sempre gaiolas...

Sara disse...

Excelente post Lola, sempre acreditei q a violência masculina precisava ser melhor estudada e tb equacionada.
No passado através dessa violência, fomos subjugadas e obrigadas a conviver com ela, e cúmulo dos absurdos até exalta-la.
Mas hje isso não deveria mais fazer sentido, e temos que lutar contra ela.
O mundo precisa rever seus valores e conceitos há muito estabelecidos em todas as culturas.
vejo muitos homens revoltados, afirmando que o feminismo quer mudar sua natureza, pouco se importando com a injustiça que sempre existiu na relação entre os sexos.
Pior é ver algumas mulheres validando essa infâmia como no video q vi recentemente, onde uma mulher afirma que através do cavalheirismo (q aliás foi uma invenção patriarcal, baseada na falácia de q nós mulheres somos incapazes) as mulheres sempre foram protegidas, em detrimento dos homens, no video ela afirma que os homens são considerados descartáveis e q são enormemente desprezados pela sociedade, usando um argumento q pra mim foi uma obra de arte em matéria de distorção da realidade.

https://www.youtube.com/watch?v=sTD1Vp3Zv28

Anônimo disse...

Voces são obececados por estupro pensam nisso dia e noite o que essa mulherada anda precisando vergonha na cara, mulher casa é pra cuidar da casa e obedecer o mariso essa é a ordem natural da vida

Anônimo disse...

Devemos ensinar às mulheres o que é estupro, não só aos homens. Esse é um crime ainda com baixo nível de notificação, por diversas razões e não raro a pessoa se sente mal, sabe que alguma coisa errada ali aconteceu, que aquilo não é certo mas não sabe dar nome à situação de violência que sofreu.

É importante deixar claro o conceito JURÍDICO do crime, que não abrange só a penetração forçada de uma pessoa apanhando. Na mudança da lei atual, ficou bem mais abrangente.

Anônimo disse...

Cruzes.
Hoje vi a notícia de que a Dilma afirmou que é necessário incluir a discussão sobre o estupro nas escolas. nos comentários da notícia o que mais tinha era gente dizendo que isso nao é importante, que presidente não tinha que querer saber disso porquê a economia é mais importante, que isso é "fruto do gayzismo" (???), e asneiras do tipo. obviamente, quase todos homens.
Acho curioso como a maioria dos homens querem simplesmente não querer ouvir sobre o assunto.
É como se não quisessem saber das regras do jogo para que quando transgridam possam dizer "ah, mas eu não sabia".

Anônimo disse...

Kittsukissu, nunca leia os comentários!kkkk

Julia disse...

Quem precisa de vergonha na cara são homens como você que se intrometem aonde não forem chamados para darem opiniões não solicitadas. A "ordem natural da vida" vai ser todinha deturpada e homens como você vão todos acabar no limbo em pouquíssimo tempo. Se é que você já não está nele, mascu porco :D

Julia disse...

Sara, tinha escrito um outro comentário mas esqueci d enviar :p
Já assisti a alguns trechos de vídeos dessa mulher mas ainda não consegui descobrir qual é a dela..

Julia disse...

Eu sempre leio os comentários. Pra saber com quem estou lidando e porque não resisto a ver a repercussão das noticias.

Anônimo disse...

Gente, POR FAVOR, vejam esse video: http://youtu.be/-G2Zfhlp6pc

A figura, super vaidosa, negando a existência de uma cultura de estupro com um discurso que reafirma a existência dela.

Rafa disse...

Eu não acho correta a palavra "Cultura do Estupro". Concordo plenamente que o Estupro é um problema grave da nossa sociedade. Penso apenas que designar esse problema com a palavra "cultura" é um erro. Minha visão é que toda cultura envolve uma construção consciente e coletiva, por exemplo, a "cultura do futebol" envolve a construção consciente e coletiva do futebol. Nazismo tem sua cultura, assim como a música, a arte ou as gangues de rua, pois todos envolvem uma construção consciente. A cultura das gangues ou do Futebol pode até induzir ao estupro, porém, a cultura não esta no estupro, pois ele não envolve qualquer construção consciente e coletiva.

Sara disse...

A impressão q tive do video q postei o link JULIA, foi de uma mãe machista, que acha q seus filhinhos estão perdendo os privilégios que o patriarcado sempre lhes deu, essa mulher na sua loucura para defender o direito de seus filhinhos chega até a afirmar que toda a repressão de culturas extremamente machistas exercem sobre as mulheres, tem apenas o objetivo de protege- las, pq elas são consideradas mais valiosas q os homens, depois dessa comecei achar q o caso dessa senhora merece internação com camisa de força.

Fabiana disse...

Anon 15:20

O vídeo é do canal do pirulla, que é um canal que eu assisto com uma certa frequência. O pirulla, em geral, faz videos muito bem documentados, embasados em pesquisas e dados científicos.

Como em quase tudo, tem uns temas q ele manda muito bem (como, na minha opinião, no caso da série dos índios ou da série sobre o ateísmo) e outros que ele escorrega (no do caso das cotas).

Mas em geral ele é muito aberto à criticas e a novos dados e muitas vezes faz até videos respostas mostrando no que ele errou e sobre o que ele mudou de ideia.

O que ele fala é que na opinião dele o termo cultura de estupro condiz mais com uma situação tipo a da africana do que com a da brasileira. E o que eu acho é que ele esta mal informado e não mal intencionado. No vídeo ele critica ferozmente a violência sexual e menciona a necessidade da abrangência do termo abuso e da questão que a maior parte das vítimas são abusadas por conhecidos.

O que eu penso, é que os
próprios comentários machistas nos post do vídeo já vão dá uma machadada de realidade na cabeça dele. E que vale demais enviar dados e pesquisas para ele. Pq é quase certo que ele deve fazer um segundo vídeo comentando isso.

Para se ter uma ideia, tem um vlogger trans chamado fox, que uma época teve seu perfil excluído do facebook por causa da mudança do nome (como se ele fosse fake) e o pirulla fez campanha em prol do fox(pra ter o facebook de volta) e das pessoas trans. Vou ver se eu acho o link.

Então acho que vale a pena tentar abrir o diálogo.

Anônimo disse...

Vi o video dessa mulher e o que ela diz é verdade pura,o homem sempre foi criado achando que deve proteger a mulher,se arriscar para salvar a donzela em perigo.
Já o contrário.... Raramente uma mulher vai se arriscar pra salvar o homem.
Aqui mesmo ja vi amostras disso, como parece q vcs acham q o mundo gira ao redor de vcs,relatam que foram bolinadas por alguem,juram que todo mundo viu e ninguém fez nada.
Ficam putas pq um homem n se moveu para ajudar.
Se querem igualdade mesmo,é cada um por si.

Incomoda vcs,ver que nem toda mulher,se deixa manipular pelo feminismo rsrsrsrs.

Julia disse...

Sara, eu já acho que ela está ganhando uma grana com esse discurso dela. Ela não me pareceu maluca, só ridícula. Em um trecho de um vídeo que assisti dela ela fala sobre um livro - do qual ninguém nunca ouviu falar e que eu obviamente não lembro o nome - em que o homem é descrito como praticamente um burro de carga que tem que sustentar a mulher que exige todos os luxos. Os homens seriam usados pelas mulheres, descartáveis. E ela apresentava isso como uma evidência de como as mulheres exploram os homens. Se eu tivesse a oportunidade eu perguntaria se ela já ouviu falar de um livro que ensina que é a mulher quem deve ser servil ao homem, submissa, dócil e que a mulher é naturalmente inferior.

Chama-se bíblia e vem fazendo um sucessozinho já há algum tempo. Mas vai ver ela não é fã de bestsellers..

@dddrocha disse...

É o horror.

Julia disse...

rsrsrsrs
Como é que é? Explica o negocio direito aí. Todo homem é criado pra proteger as mulheres. Mas são homens que agridem mulheres. São homens que estupram mulheres. São homens que matam mulheres.
O problema é que também é dito pra mulheres que homens vão protegê-las.
Algumas acreditam.

Vamos espalhar a verdade.

Você me ajuda, amiguinho?

Quero ser sua amiga mas primeiro você tem que aprender a usar as vírgulas, tá?
Bjus rçrçrçrç

LOVE GÓTIC disse...

Sempre que falamos de ESTUPRO aparece um ordinàrio(a) para defender o estuprador. E sempre me dar nojo ver essas defesas. Mulher não é objeto. Quem o homem pensa que é? Para invadir minha vida, meu corpo? E ainda sair dizendo que é normal? Cria vergonha na sua cara. Desapareça daqui nunca eu me casaria com você machista idiota.

Unknown disse...

Lola só passando pra dizer que adoro seu bloguinho!

Anônimo disse...

é a realidade julia,n adianta vc ironizar,numa situação de perigo,a mulher corre e o homem que se dane,já o homem tenta salvar a mulher.
sempre foi assim,mas hj alguns n fazem mais,é a igualdade ,agora é cada um por si.

e n se esqueça que mulher mata,estupra,rouba,faz tanta merda como muitos homens.
ah,esqueci que vcs n gostam de falar nisso,só o homem é o lixo da sociedade.


"rçrçrçrç" ???

cleber disse...

mulher é cheia de frescura,é só sexo.

Anônimo disse...

Incomoda vcs,ver que nem toda mulher,se deixa manipular pelo feminismo rsrsrsrs

Fico com pena das gerações futuras quando leio comentários desse tipo. Espero que isso esteja extinto no futuro.

Anônimo disse...

È possível reconhecer o problema do estupro e ao mesmo tempo achar que não existe cultura do estupro.
Ok, cultura de estupro é um nome que chama a atenção, porém o termo engloba atitudes que não são ligadas diretamente ao estupro mais fortalecem a "cultura do estupro" e por isso estariam ligadas ao estupro, porém uma cantada na rua não é estupro, porque trazer o estupro ao centro da teoria quando ele não é inerente a todos os atos daquela cultura?
Talvez eu esteja falando bobagens e/ou esteja fugindo da ótica feminista, mais acho "cultura da objetificação da mulher" um termo mais realista.

Julia disse...

Não. Vai ser cada um por si quando homens pararem de atacar mulheres. Por enquanto é covardia mesmo.

E para de ler conto de fadas que isso não está fazendo bem pra você.

Jessica disse...

Olá, Lola! Acompanho o blog há bastante tempo, porém é a primeira vez que comento uma matéria.

Primeiramente, parabéns pela coragem de trazer a tona um tema tão polêmico e relevante nos dias de hoje. Não consigo entender como tantas pessoas, homem e mulheres, são capazes de negar a existência da cultura do estupro no nosso país. Pior ainda, muitos fazem questão de exaltá-la! É revoltante!

Novamente parabéns pelos textos e continue escrevendo! Abraços! :)

Daniela disse...

Ordem natural pra vc.. que beneficia só vcs homens! Pare de negar que existem estupros, vcs machistas, podem até tentar mas não vão conseguir nos calar. Vamos falar de estupro, SIM! Não vamos mais esconder as merdas que ccs dazem debaixo do tapete!

Daniela disse...

Eii anônimo, volta aqui e responde a Julia!
Tô curiosa!

Daniela disse...

Homens tentam salvar as mulheres de quem mesmo? Aahhhh de OUTROS HOMENS!! PARAM DE ATACAR MULHERES QUE NÃO PRECISAREMOS DE NENHIM SOCORRO!!!

Daniela disse...

E vcs é que não gostam quando falamos de estupro! Quando expomos o quão violento é o homem, se não fosse isso vc nao estaria aqui de mimimi!!

Unknown disse...

Lola, sou mais uma passando aqui só pra dizer que adoro o seu bloguinho! E os comentários da Julia são os melhores, haha!

Anônimo disse...

Sawl
para:
Anônimo de 11 de abril de 2014 12:45
Não somos obcecadas com isso não, seu imbecil! É algo que acontece até com crianças!
o que pseudo-homens como você precisam é de VERGONHA NA CARA, aprender que mulher é ser humano!
Mulher casa pra complementar a vida do homem e vice-versa!
O "obedecer" só se refere à seres anencéfalos como você que acha que mulher é "objeto de casa"!
E caso NÃO saiba(porque é BURRO demais pra isso!) muitas mulheres são agredidas, estupradas e assassinadas dentro de casa por seus "valorosos" maridos!!
Será que vc achava a mesma coisa da tua mãe?! Infelizmente ela pariu um ser obtuso como você!
Se fala "marido", NÃO "mariso" seu analfabeto!!!! Volta pra escola antes de julgar as mulheres!
Pra destilar tanta misoginia é porque você é um bichona enrustida que não foi homem o suficiente pra sair do armário.
Respeitar os seres humanos, esta é a ordem natural da vida!

Sawl - Always the rebel

Anônimo disse...

Sawl
Para Anônimo do "mimimi"(tadinho de mim, kkk) de
11 de abril de 2014 20:25

O homem foi criado com este tipo de pensamento graças à própria sociedade machista que sempre o obrigou a se arriscar e não se perceber à nível de ser humano e sim, de suposto "machão" que tem que resolver todos os problemas que aparecem.
E a mulher ser vista como a "donzela em apuros" não é graças ao feminismo, vc tá mal informado é graças ao Machismo que tanto distorce os relacionamentos e pensamentos.

Raramente viu uma mulher salvar um homem? Pois bem, na tragédia de Santa Maria várias garotas se queimaram e muitas até morreram tentando ou conseguindo salvar amigas e amigos!
Teve um caso no em MS de uma mulher que salvou a vida do marido que queria se jogar de um prédio. No Rio, muitas mães encaram traficantes pra salvar seus filhos, então meu caro, pare de falar tanta MERDA!!
E NÃO generalize seu babaca afirmando que "todas" as mulheres ficam supostamente putas quando não são socorridas pq isso é falácia da tua parte!
Um machista como você realmente deve se incomodar que no Brasil não existam leis pra homens velhos como vc casarem com crianças, meninas poderem ter clitóris arrancados e nem mulheres violentadas irem pra cadeia ao denunciar o agressor. Ô porque o Brasil apesar de tão machista não podia ficar mais ainda né(caso não tenha notado pq é um ignorante, imbecil da pior espécie, to sendo sarcástica!)!

Sawl- Always the rebel

Anônimo disse...

Sawl cleber de 11 de abril de 2014 22:13

Caro, se estupro é só "sexo" e mulher é que fica de frescura, então quando vc for pra cadeia(tomara que um misógino como vc aconteça isso!) vários fortões te enrabarem à força, então é só "sexo" e se vc alegar que foi estuprado é "frescura" né?
Seu ridículo!!


Sawl - Always the rebel

Julia disse...

Valeu Wasp! Também sou sua fã. Te amo :)